Quebrando padrões

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 22 de setembro de 2008 – 6 comentários

Andei olhando umas prateleiras diferentes da última vez que fui a uma livraria e ainda não cheguei a conclusão se isso foi uma coisa boa ou ruim. Estava lá eu em um pocket show de uma banda que era foda quando do nada, me lembro que estou numa livraria e ainda não tinha visto nenhum livro. Como o show devia estar no final, vou andar por lá, folheando uns livros aleatórios, até que o show acaba e volto pra casa pensando umas merdas sobre o que vi. Sobre os livros, o show não, estava legal.
Primeiro de tudo, seção de psicologia. Não cheguei a ver muitos livros médicos porque não entendo nada disso, mas os livros que podem ser considerados normais nessa seção me chamaram um pouco a atenção. Que tipo de livro se chama Como tornar-se um doente mental?. Tá, o título é sugestivo, mas sabe como é que funciona isso tudo, o título não chega aos pés do que ele quer significar. Não vou falar desse livro, acredito que o resumo dele no site da editora já deve dar uma idéia do que ele é e porque eu nem cheguei a cogitar a possibilidade de o comprar:

Em ‘Como tornar-se um doente mental’, o autor apresenta uma psicopatologia às avessas. Em vez de dar receitas de uma vida saudável, revela, passo a passo, como ser um doente mental. Com isso, abre uma porta para que o doente possa entender melhor, e de forma bem-humorada, como ficou doente. Somente assim ele tem a liberdade de modificar o estado das coisas.

Bem-humorada, sei…
Enfim na volta pra casa fiquei tentando encaixar esse livro em alguma prateleira que não fosse a de psicologia, mas não consegui. Apesar de isso ser um livro que tem uma temática séria, seja lá qual for, a mistura de gêneros que estão sendo feitas hoje em dia na literatura tem me deixado um pouco ressabiado de comprar algo que possa ser muito diferente. Tem livro de psicologia se metendo a engraçadinho, livro de culinária que parece um guia turístico, volumes de auto-ajuda que contam trechos da história do país, livros técnicos que servem de modelo pra administradores e uma porrada de outros tipos de livros misturados que eu nem acredito que existem, mas se continuar assim, terão que ser criadas categorias novas para os colocar em algum lugar. Isso me lembra aqueles livros que tinha jogos pra fazer durante a leitura, pra entender direito a história, tipo palavras cruzadas, ligue os pontos, aqueles jogos que eram legais…
E nisso tudo, acabei por pensar em uma história cretina sobre um bando de albinos pescadores de golfinhos que só o fazem a noite por causa de seus problemas e que durante o dia se dedicam a fazer shows de marionetes. Durante o livro, eles iriam ensinar como mexer um boneco ou pescar um golfinho, até que um deles é morto por um boneco manipulado por um gofinho, ou algo parecido. Enquanto eles matam golfinhos, tentam descobrir qual é o que matou o seu amigo ou sei lá o que mais. A história é RUIM, eu sei, mas se é o caso de misturar gêneros, isso se encaixa perfeitamente nessas alterações que estão fazendo por aí.
Não estou falando que quebrar os padrões de escrita é algo ruim, mas apostar algo nisso é arriscado. O pior problema disso tudo é que sempre antes de feiras e convenções de literatura aparece uns livros assim, meio que se encaixando em uns 4 tipos de gêneros. Alguns são considerados os melhores da feira, ganhando destaque e uma matéria na Veja, pra que caso alguém tenha lido, consiga entender, o que leva ao segundo problema. Com tantas misturas de gêneros, a maior parte do público acaba por terminar de ler o livro sem saber o que se passou ali, tendo que reler ou desistir. Ou praqueles que são perseverantes, recorre a livros que servem de guias de leitura, algo que irei falar em outra oportunidade, mais conhecida como semana que vem.

3D&T Alpha disponível como livro e PDF gratuito!

Games sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 13 comentários

O 3D&T Alpha (que eu já havia comentado) já está disponível. O livro tem 144 páginas e está disponível tanto impresso por R$25,00 ou em PDF de graça a partir do site da própria editora.
Isso mesmo, de graça véi.
Abaixo um texto enorme do autor explicando o porque da decisão:

“Não é mais novidade que 3D&T voltou.

Somando suas várias edições publicadas pela antiga Editora Talismã, foram vendidos mais de 60 mil livros básicos — muito acima de qualquer outro RPG publicado no Brasil, nacional ou importado. E veja bem, estamos falando apenas do Manual 3D&T, sem incluir as primeiras adaptações oficiais de games — Street Fighter Zero, Mortal Kombat, Final Fight, Darkstalkers, Megaman… — que deram origem ao jogo.

Então por que parou, afinal? Por que o RPG mais jogado do Brasil ficou cinco anos sem ganhar novos títulos?

Não é segredo que eu, Rogério Saladino e J.M.Trevisan (localmente conhecidos como o Trio Tormenta) tivemos problemas trabalhistas com a antiga Editora Talismã, que originalmente publicou o jogo. A empresa seguiu comercializando nossos títulos, sem nossa autorização. E usava essa verba para dar suporte à “nova fase” de seu segmento de RPG — que, após nossa saída, ia de mal a pior.

A última coisa que eu queria, era ajudar a sustentar essa “nova fase” com meu esforço.

Hoje o problema não existe mais. A Talismã encerrou seu segmento de RPG (e que não volte). Logo, não haveria problemas em voltar a trabalhar com 3D&T.

Não? Foram cinco anos sem suporte! Em média, esse é o tempo que grupos de RPG permanecem jogando antes de perder o interesse e abraçar outros jogos, ou outros passatempos. Grupos mais duradouros são escassos. Pelo menos, assim eu pensava.
Mas 3D&T demonstrou ter uma base de fãs mais difícil de matar que um Cavaleiro do Zodíaco. O resultado é o novo Manual 3D&T Alpha.

Quer saber mais? Regras que mudam, regras que ficam iguais, vantagens banidas, desvantagens mais banidas? Não vou contar. Porque você não precisa da minha opinião ou análise. Você mesmo pode verificar o jogo. Pois, pela primeira vez no Brasil, um livro de RPG está sendo lançado simultaneamente em versão impressa (que você compra na loja, ou pelo correio) e em arquivo eletrônico gratuito!

A grande pergunta: se o livro completo está disponível na Internet, em alta qualidade, por que alguém pagaria pelo impresso? Como sabe qualquer mestre experiente, PDFs não são práticos em sessões efetivas; o jogo de mesa exige folhear e consultar páginas rapidamente, algo difícil mesmo com um laptop.

Uma lan house cobra pelo menos R$ 0,60 por página de impressão em preto e branco. Um arquivo de 144 páginas não sai por menos de 80 Reais. Quando o Manual 3D&T Alpha original (com acabamento superior) custa quase três vezes menos, imprimir o PDF não parece lá muito inteligente. E mesmo quem tem impressora em casa deve igualar ou superar esse custo com tinta.

Assim, a versão em PDF oferece ao jogador uma “folheada à distância”, uma avaliação cuidadosa antes de decidir se vale a pena comprar. E também permite acesso ao jogo àqueles que não tenham por perto nenhuma loja onde adquirir o original (pagar mais caro pela impressão do PDF pode ser uma opção ruim, mas pelo menos existe essa opção).

Outra razão de espanto para os fãs é que o Manual 3D&T Alpha, embora mantenha o mesmo tamanho das versões anteriores (17x26cm), é horizontal. Ou widescreen, como agora é moda chamar. Parecido com o importado Star Wars Saga. Eu queria muito poder dizer que fui esperto o bastante para prever a versão digital e, portanto, esse formato facilita a leitura na tela do computador. Mas seria mentira. (Ou será que não?)

Não tenha ilusões. O Manual 3D&T Alpha é ricamente ilustrado — quase uma imagem por página —, mas muitos desenhos você nem agüenta mais ver. Alguns estão ali desde a primeira versão (quando eu ainda tinha tempo para rabiscar). Mesmo assim, Erica “Holy Avenger” Awano proporciona novas aberturas de capítulos, e também temos uma porção de artes nunca vistas de Eduardo “Victory” Francisco. Detalhe: os personagens coloridos nas capas são estudos para um possível longa-metragem de animação de Holy Avenger, que contaria a origem do Paladino de Arton. Não, nem adianta perguntar quando fica pronto. Eu não sei.

Alguns fãs argumentam que o Alpha é caro demais em relação a seus antecessores, sendo que um dos maiores atrativos de 3D&T sempre foi o preço baixo. Na verdade ele é um pouco mais barato: em 2003, um mangá de 100 páginas custava R$ 3,90. Hoje, custa R$ 7,90. Um aumento de 80%.

No mesmo ano de 2003 o Manual 3D&T Turbo custava 14,90. Um ajuste de 80% sobre esse preço resultaria em quase R$ 27,00. No entanto, a Jambô o manteve abaixo disso (com o mesmo número de páginas).

Enfim, a decisão é sua. 3D&T sempre existiu para facilitar a vinda de novos jogadores ao hobby, e ele agora pode cumprir esse papel ainda melhor que antes. Você pode olhar o Manual 3D&T Alpha, gostar e comprar. Pode olhar, gostar e imprimir em casa. Pode olhar, gostar e jogar com um laptop sobre a mesa. Pode até não gostar e ficar com o jogo antigo. O importante é que, agora, você tem opções.

E como disse certa vez um pessoal que sabia das coisas, RPG é sobre opções, não restrições.”

— Marcelo Cassaro “Paladino”

Para quem teve preguiça de ler, ele explica que todo mestre experiente sabe que ainda que PDFs sejam bons, eles não funcionam na mesa de jogo, que precisa de uma versão impressa para fluir melhor e justifica que o gasto de você imprimir a versão em PDF seria o mesmo (ou maior) que comprar o livro. Assim o PDF seria uma versão para você folhear e conhecer o sistema e as mudanças.
Nada mais verdadeiro e justo.

Então, vai lá e baixa, não custa nada mesmo.

Os dois extremos de uma lista

Primeira Fila sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 2 comentários

Os executivos americanos estão com um largo sorriso após o sucesso desta temporada Blockbuster: foi divulgado recentemente no site Box Office Mojo as maiores bilheterias até agora, e, é claro, está dominada pelos filmes desta época do ano.

Contudo, acredito que há inumeros sucessos merecidos, a temporada teve excelente filmes, claro que graças aos diretores e atores envolvidos que resolveram tomar as rédeas dos chamados blockbusters, e isto pode ser uma tendência para os próximos anos. No entanto, claro que há inúmeros fracassos. Abaixo cito somente 4, mais pelo tamanho do seu orçamento do que pelas suas qualidades, mas fica o registro.

Maiores Bilheterias

1. Batman – O Cavaleiro das Trevas, $518,376,320
Sem comentários…

2. Homem de Ferro, $318,146,675
Sem comentários …(2)

3. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, $316,515,680
Sempre o velho Indy para alegrar as aventuras de Sessão da Tarde e encher o cofrinho de Spielberg, George Lucas e Harrison Ford!

4. Hancock, $227,946,274
Se tem um ator que carrega público ao cinemas atuais, muito associado aos antigos astros e estrelas de Hollywood, este nome atende por Will Smith. É impressionante o carisma deste ator com sua geração, nem mesmo com este filme meia boca (boas idéias perdidas num roteiro confuso) Smith perde dinheiro;

5. WALL-E, $220,090,317
Um nome: PIXAR!!!

6. Kung Fu Panda, $214,669,830
Impressionate como crianças vão ao cinemas, coitados dos pais!

7. Horton e o Mundo dos Quem!, $154,529,439
Único representante que foi lançado antes da temporada blockbuster, a animação do estúdio Fox, baseada num conto do Dr. Seuss, está chegando em dvd, ocasionalmente, agora em outubro (alguém lembrou de uma data específica no dia 12?);

8. Sex and the City – O Filme, $152,641,732
Impressionante como mulheres conseguem carregar homens ao cinema;

9. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, $141,621,490
Não fosse o fiasco da primeira produção, misto de Harry Potter com O Senhor dos Anéis, Crônicas podia ter tido melhor sorte nesta sua continuação;

10. Mamma Mia!, $139,757,815
Impressionante como o público americano ainda gosta de musicais e, consequentemente, desta vez, do ABBA;

11. O Incrível Hulk, $134,533,885
Bem melhor esta nova versão do Hulk do que a anterior (sorry Ang Lee!). Melhores efeitos, um roteiro menos filosófico e muita ação num contexto mais “possível”;

12. O Procurado, $134,310,335
O diretor russo (que eu não consigo nem escrever seu nome aqui) estréia com pé direito nos EUA. Apesar de ser cheio de falhas, pricipalmente quando tenta ser dramático, O Procurado tem muita ação foda de ver na telona, humor e, ainda, tem Angelina Jolie (apesar da magreza);

Maiores Fracassos

Missão Babilônia:
Estreando neste findi, Missão Babilônia já chega cheio de polêmica, até mesmo seu diretor e o seu astro, Vin Diesel, comentam sobre as qualidades duvidosas do longa. Pelo que se sabe, o corte final ficou a mercê do estúdio e não do diretor. A princípio você deve pensar “mas o longa já obteve mais de 20 milhões nas bilheterias!”, no entanto, seu orçamento ultrapassou 70 milhões, é muito dinheiro para o mercado internacional cobrir (isto é, o sucesso do filme no resto do mundo). Claro que o filme, até por ser de um gênero estrintamente comercial, deve se pagar somando a renda em dvd, pay-per-view e outros direitos autorais, mas, como produto do astro Vin Diesel em comparação a seus outros longas, fica devendo pela expectativa suce$$o do filme;

Speed Racer:
Aqui também havia muita expectativa pelo retorno dos Irmãos Wachowski pós-Matrix. No entanto, a adaptação fiel ao anime ficou um pouco difícil de ser vendida para o grande público nesta temporada, o filme em si parece muito over em todos os quesitos. A qualidade não questiono, mas sim o orçamento gigantesco de 120 milhões e o retorno em solo americano de apenas 43 milhões nos cinemas (calculam que 90 milhões no mundo);

Perigo em Bangkok:
Não adianta o Théo propagandear o filme com boa resenha, que nem mesmo os leitores do AOE devem ter ido conferir o último atentado cinematográfico de Nicolas Cage (e pensar que ele tem um homenzinho dourado perdido em algum lugar na prateleira de sua casa). Se nos EUA o filme ainda não conseguiu ultrapassar os 15 milhões, aqui no Brasil, um filme com perfil bastante associado aos espectadores brasileiros ficou atrás, neste findi que estreiou, de filmes como Mamma Mia! e o difícil Ensaio Sobre a Cegueira (sorte o custo ser de somente 45 milhões);

Também, com este cabelo…

O Grande Dave:
Já diversas vezes comentado nesta coluna, o último filme de Eddie Murphy, que ainda conseguiu angariar 60 milhões para ser realizado – será que o EGO de Eddie recebe cachê também? Arrecadado, por enquanto, 11 milhões, vai ser difícil fechar esta conta!

Ouça Another Way to Die, a música-tema de 007 – Quantum of Solace

Cinema sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 6 comentários

Pra você que não sabe, Alicia Keys e Jack White ficaram encarregados de fazer a música-tema do novo filme de James Bond, o Quantum of Solace.

Pois bem, eu imagino que, após alguém receber uma responsa dessas, o cara ENLOUQUECE e corre atrás de fazer um PUTA trampo legal. Assim foi em todos os outros 007 que tiveram sons bacanas, com destaque para You Know My Name, de Chris Cornell, tema de Casino Royale. Música explêndida.

Clique AQUI para ouvir Another Way to Die, a tão esperada música tema do tão esperado novo filme do 007.

Sabe como é ter que carregar uma cruz pra salvar o mundo, tropeçar no meio do caminho, quebrar o tornozelo e com isso declarar o fim do mundo? A responsabilidade não é a mesma, mas esse som é tão ruim que até Jesus se arrependeria de ter salvo à nós. Eu NUNCA chamaria Jack White pra uma coisa dessas. Acho que a Alicia Keys sozinha faria algo à altura de 007. Mas isso ficou deprimente.

É fato que Amy Winehouse era perfeita pro “papel”, mas… coitada da moça. Enfim, espero que o filme seja MUITO bom, porque aguentar esse som no cinema não vai ser legal. Dia 7 de novembro é a grande estréia.

Vem aí o DJ Hero!

Games sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 6 comentários

PAUSA. Eu pensava que essa expressão “Hero” era usada apenas em “Guitar Hero”, mas parece que mais uma vez o modismo venceu. Enfim, direto do Cifra Club, o novo projeto dos produtores de Guitar Hero:

(…)

Batizado DJ Hero, o novo projeto da produtora FreeStyle Games está sendo elaborado com base em simuladores de DJs, segundo o JB Online. O game deve acompanhar um controle especial que parece a aparelhagem usada por DJs, contendo botões de bases gravadas e mecanismos especiais.

Mashups (misturas de duas músicas) com faixas de artistas como Beyoncé, Jimi Hendrix, 50 Cent e Beastie Boys devem compor o game.

(…)

Isso tem tudo pra NÃO dar certo, mas infelizmente vai dar. Eu só estranhei 50 Cent ali. Vão fazer um controle especial pro cara, tipo uma… arma?

Infelizmente o game vai mesmo sair, tem data de lançamento: julho de 2009.

Eu já disse que isso tá indo longe demais, principalmente por culpa do Wii. Esses games estão roubando a vida real, véi. Não vou estranhar se lançarem um Wii Housewife, por exemplo, uma espécie de “Wii Varrendo a Casa”, ou “Wii Pilotando o Fogão”.

Daqui a pouco sai o Virgem Hero. No game, você deve ficar o maior tempo possível controlando seu personagem… jogando video-game.

Ouça Paralysis, som novo de Scott Weiland

Música sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 0 comentários

Sim, o novo álbum solo de Scott Weiland, o ex-vocalista fodão da banda fodona Velvet Revolver, está próximo do lançamento. Happy In Galoshes é seu nome, e ele sai no dia 25 de novembro.

Eu não ouvi o primeiro álbum solo do cara, de exatos 10 anos atrás, o 12 Bar Blues, MAS imagino que seja bacana porque o cara é dos melhores.

Pois bem, Paralysis é o som novo do cara, e você pode ouvi-lo clicando AQUI, véi! É só clicar no player abaixo de “Now Hear This: Scott Weiland, “Paralysis”“.

É fato que eu nunca mais vou elogiar NINGUÉM. Nem todo mundo é como o Dave Grohl, que SEMPRE tem projetos legais paralelos ao Foo Fighters. Mas, porra, esse som é terrívelmente RUIM, cara. Parece… Weezer, sei lá.

Bom, já sabe: No dia 25, ouça o Death Magnetic que cê ganha mais.

E se a gente juntar trechos de um desenho animado com… música?

Televisão quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 5 comentários

O Bolinha debizou a coluna e, porra, é nessas horas em que eu sou o estagiário. O cara diz estar com caxumba, acho que essa eu ainda não tinha ouvido aqui. Disse até ter ATESTADO!

Pois bem, esse é o terceiro texto desta coluna, que nasceu da Otaku é a MÃE!. Como esse nome era bem específico, decidimos deixá-lo pra uma coluna só para cultura japonesa – ela está em transição, e já nessa segunda traz um tema mais… otáco. Então, a Papo Animado sim é uma coluna sobre desenhos animados. Noobs.

Pois bem, em minha coluna de música, eu costumo usar MUITOS vídeos do youtube com vídeos de bandas – O RLY? Porém, nem sempre eu encontro o vídeo original, e me deparo com algo assim:

Sim, Yu Yu Hakusho + DBZ ao som de Damage Inc., do Metallica. É muito do caralho encontrar um desenho que você curte ao lado de uma sonzeira que você também curte. E é descaralhante ver que um fã TRABALHOU nas cenas do desenho, fazendo REALMENTE um vídeo-clipe. Como esse do Cowboy Bebop ao lado de Song for the Deaf, do QOTSA:

E sim, chega de animes. Falemos sobre desenho de VERDADE, agora.

Acho que um dos vídeos mais criativos que eu já vi foi esse:

Simpsons, Troublemaker do Weezer. A música é uma merda, mas o clipe é muito bem feito. Esse desenho tem MUITOS episódios, mas não é muito trabalhoso encontrar Homer e Bart em encrenca – trabalhoso mesmo é deixar a bagaça assim, perfeita. Então, basta ter um som relevante e mandar ver. Não tem como Simpsons dar errado, enfim. Olha que lindo:

Você só ouve Simple Plan na coluna do Bolinha, falaí. Vai um My Chemical Romance também?

Invasor Zim é o desenho mais espetacular de todos os tempos, é FATO. O Gir é quase 30 comprimidos de BENFLOGIN. Sério, chega a ser alucinante pensar em que som usar como base pra um clipe com trechos do desenho. MUITAS cenas cairiam como uma luva em trechos de muitas músicas, até porque o Gir dança em quase todos os episódios. E como as coisas podem melhorar de vez? I’M A SCATMAN!

John Scatman é sempre relevante, véi. E olha o trampo que esse cara teve pra fazer esse vídeo. O cara simplesmente sincronizou a bagaça de uma forma em que o desenho entrou completamente no clima do som.

Eu sinceramente acho que esse tipo de coisa merecia um DESTAQUE. Sei lá, é um lance que merece não só respeito, mas admiração. Cadê a MTV pra investir nesses caras? Cadê o BOM DIA & CIA pra investir nesses caras? Deve ser por ISSO que não investem:

Bom, minha intenção foi realmente trazer algum tipo de destaque pros putos, além de compartilhar isso com vocês E tapar buraco. Como eu costumo fazer em muitas colunas, deixo os comentários para vocês indicarem mais vídeos. Semana que vem o Bolinha volta. Sem ração, mas volta.

Estréias da semana – 19/09

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 3 comentários

Missão Babilônia (Babylon A.D.)
Com: Vin Diesel, Michelle Yeoh, Mélanie Thierry, Gérard Depardieu, Charlotte Rampling, Mark Strong, Lambert Wilson, Jérôme Le Banner, Joel Kirby, Souleymane Dicko
Thoorop um mercenário guiado pelo seguinte lema: Mate ou morra. Eis que então ele é pago pra escoltar uma garotinha da Rússia até Nova York. E o que Babilônia tem a ver com a bagaça? Tou tentando descobrir até agora.

Violência Gratuita (Funny Games U.S.)
Com: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart, Boyd Gaines, Siobhan Fallon, Robert LuPone, Susanne C. Hanke, Linda Moran
Uma típica família vai passar um tempo na sua adorável casa de campo, quando são envolvidos por dois jovens bem vestidos, educados e assassinos em série. Tudo por culpa de alguns ovos.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body)
Com: Eva Longoria Parker, Paul Rudd, Lake Bell, Jason Biggs, Lindsay Sloane, Stephen Root, William Morgan Sheppard, Wendi McLendon-Covey, Ali Hillis, Deborah Theaker
Kate estava noiva, e morre no dia do seu casamento, enquanto organizava a cerimônia. Seu noivo, Henry, é empurrado pela irmã Chloe pra uma consulta com uma suposta médium espiritual chamada Ashley, para que vá em frente com o aval da morta. Só que Henry se apaixona por Ashley, e ela corresponde. Até ai, normal, o problema é quando Ashley começa a ser pentelhada pelo fantasma de Kate, que acha que sua missão é proteger o ex-noivo.

A Casa da Mãe Joana (A Casa da Mãe Joana)
Com: Paulo Betti, Cláudia Borioni, Laura Cardoso, Pedro Cardoso, Fernanda de Freitas, Maria Gladys, Beth Goulart, Lu Grimaldi, Malu Mader, Cláudio Marzo
Quadro malandros vivem num apartamento que eles descobrem estar hipotecado, e que se não pagarem a hipoteca em 30 dias, serão despejados. Depois de uma tentativa de golpe, que foi sabotada por um deles, os três restantes se viram pra tentar arrumar dinheiro: Seja fazendo serviço de garoto de programa, seja cuidando de idosos [Mesmo que sejam velhos travestidos] ou mesmo escrevendo uma coluna sentimental sob um pseudônimo.

Branca de Neve – Depois do Casamento (Blanche-Neige, la Suite)
Com vozes no original de: Cécile De France, Rik Mayall, Jean-Paul Rouve, Sally Ann Marsh, Marie Vincent, Jean-Claude Donda
Contando o que se passa depois do clássico beijo final, essa história mostra o que aconteceu com a Branca de Neve e o Príncipe Encantado. Eles tiveram filhos e foram felizes pra sempre? Balela!
Uma pseudo-Fada Boa enfeitiça o Príncipe Encanto, que acaba acordando a Bela Adormecida. E as cagadas não param por ai. Branca de Neve é caçada, Cinderela sai dançando descalça, os Sete Anões fazem uma rebelião, um ogro etíope subnutrido mete a mão nos pratos alheios, e por ai vai

Linha de Montagem (Linha de Montagem)
Com: Othon Bastos, Lula
Documentário de 1982 relançado pra aproveitar a popularidado do presidente, que mostra o início do movimento sindical de São Bernardo do Campo [Terra onde Lula começou a galgar postos de comando] entre os anos de 1978 e 1981, quando as maiores greves de metalúrgicos aconteceram na região, comandadas pelo próprio molusco, numa clara demonstração de desobediência à repressão do final da ditadura militar. São mostradas as assembléias no estádio da Vila Euclides, onde a peãozada decidia se ia voltar a trabalhar, e a prisão de líderes sindicais como Lula, por conta das greves de 1979 e 1980, baseadas na Lei de Segurança Nacional.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body)

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 1 comentário

Kate é uma noiva mandona e controladora que não deixa nada nem ninguém atrapalhar o dia do seu casamento. Isto é, até ela tornar-se vítima de sua própria tirania quando uma escultura de gelo que rejeitou cai sobre ela e a mata horas antes do casamento. Um ano se passa e Henri, seu amado noivo, ainda não prosseguiu com sua vida. A irmã de Henri decide tomar uma atitude e contrata Ashley, uma chef que faz bicos como médium, para fingir que Kate está entrando em contato com ela do além para encorajá-lo a namorar novamente. Quando Ashley se apaixona por Henri, a paixão por controle de Kate ressuscita e ela retorna, furiosa, com objetivo de deixar Ahsley – a única pessoa que realmente pode vê-la e ouvi-la – completamente louca e longe da vida de Henri.

Você provavelmente já viu um filme sobre alguém que morre mas não desencarna e fica pentelhando os vivos, certo? Seja drama, seja comédia, esse tema é recorrente. Mas o filme até que diverte, se você não esperar uma revelação espiritual no cinema.

Santa cópia do Exorcista, Batman!

Pois bem, vamos lá: Kate é uma psicopata maníaca por controle, que está organizando seu casamento com Henri, até que, depois de uma discussão com o tio que fez a estátua de gelo, ele, sem querer, derruba a estátua na cabeça de Kate. Com isso, ela vai pro outro lado. Em uma cena totalmente excelente no limbo, a mulher, que fala mais que a boca, acaba não ouvindo da anja [Anjos não tem sexo, eu sei, mas só pra situar que é uma atriz que representa o anjo] as instruções de qual seu objetivo como alma penada vagando pela Terra. Enquanto isso, Henri, seu ex-futuro-marido, por muita insistência da irmã Chloe [Ah, as irmãs pentelhas…], vai até a médium/sócia de buffet Ashley, pra ver se tem um sinal de que Kate quer que ele vá em frente.

“Você ouviu isso?”
“Não”

O problema é: Ashley não consegue contato com Kate, talvez porque a morta não queira liberar o mané. Chloe, que era amigona da defunta, repassa o diário da própria para Ashley, diário esse que tem vários segredos. Com tais detalhes, que Henri acha que ninguém mais saberia, a médium conquista a confiança do mané. E como acaba se apaixonando pelo truta, resolve sair com ele. Só que como Kate, que não ouviu sua missão, fica putinha da vida com isso, logo conclui que sua missão só pode ser impedir Henri de ter qualquer outro relacionamento na vida! E faz de tudo pra separar o casal, até que consegue. Mas como é uma comédia romântica, todo mundo sabe que não é por muito tempo.

“EU VOU TE MAT… Putz, cê já tá morta…”

Com piadas novas [Pelo menos eu nunca tinha visto] pra animais falantes, peidos e pessoas que falam sozinhas [Ou com fantasmas], o filme não é a melhor coisa do mundo. Mas é engraçadinho. Ah, sim: Dan, o amigo gay de Ashley, é uma anta.

Nem por Cima do Meu Cadáver

Over Her Dead Body (95 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Jeff Lowell
Roteiro: Jeff Lowell
Elenco:Eva Longoria Parker, Paul Rudd, Lake Bell, Jason Biggs, Lindsay Sloane, Stephen Root

Violência Gratuita (Funny Games U.S.)

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 12 comentários

Neste thriller provocante e brutal do diretor Michael Haneke, uma família em férias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados, em sua casa de campo, aparentemente calma e tranqüila. A partir daí, suas férias de sonhos se transformam em pesadelo quando são sujeitados a inimagináveis terrores e provações para continuarem vivos.

Pra começar, esse filme é um remake americano do filme Funny Games, que foi feito pelo próprio Michael Haneke. “E porque raios ele fez esse remake?” Oras, não seja ingênuo. Por que é divertido. E porque dá grana. Mas vamos ao filme.

A cena inicial, da família no carro, botando música clássica pra tocar e tentando adivinhar, dá uma falsa sensação de segurança. Que é quebrada quando, do nada, começa a tocar um death metal ou algo do gênero, não sou especialista. Ou seja, não fique contente com coisa boa que não dura.
Quando chegam na vizinhança, a família vê seus vizinhos jogando golfe com dois rapazes desconhecidos. Dão uma “bronca” nos vizinhos, inclusive. E vão para sua casa, descarregar tudo e se preparar pra temporada. Depois de algumas cenas típicas de convivência familiar, um dos jovens que estava com os vizinhos, Peter, vem pedir alguns ovos para Ann, pois ele e o outro jovem estão passando um tempo com os vizinhos, e os ovos de lá acabaram.

Não se engane…

Depois de um pouco de conversa, Peter derruba o celular de Ann na pia cheia d’água, fazendo ele parar de funcionar. Então o rapaz vai embora. Ou é o que você pensa. Depois, ele aparece novamente com Paul, pois Peter tem medo de cachorros. Paul então vê os tacos de golfe do marido de Ann, George, e pergunta se pode testar um. Quando ele sai com o taco, o cachorro começa a latir. E depois para. Nenhuma imagem é mostrada, mas você já pode imaginar o que acontece. Então que ele volta, e irrita Ann. George e o filho, Georgie, chegam, e o pai, vendo o transtorno de sua mulher, tenta expulsar os garotos de lá. Ledo engano. Eles não só não saem, como Paul quebra o joelho de George. E dai pra frente só piora. Quando outros vizinhos [Não os que apareceram no início] chamam no cáis, Paul e Ann descem lá, pra conversar, e fingir que está tudo bem. Depois de uma tentativa de fuga do filho, que é recapturado na casa do vizinho, chega a confirmação: O casal que estava com os garotos e a filha estão mortos. A dupla, que se chamam de Tom e Jerry ou Beavis e But-Head, os matou. E não parece que vá deixar essa família viva.

“É o seguinte: Cês tão fudidos na minha mão.”

Eles começam a jogar jogos [o que explica inclusive o nome original do filme], em que o único objetivo é causar mais sofrimento à família. Até que propoem uma aposta: Que todos vão morrer antes de nove horas da manhã do dia seguinte. Claro que se eles não morrerem, ganham. Mas se morrerem, quem ganha são os moleques. E eles não vão deixar de ganhar. E aqui começa a putaria generalizada: Até metalinguagem aparece no filme! Pra quem não sabe, vou dar um exemplo bem tosco: Quando um personagem fala com você, o espectador, isso é metalinguagem. E isso acontece mais de uma vez. Tem até uma hora em que Peter é morto com um tiro de escopeta, e o feladaputa do Paul pega o controle remoto, e volta até pouco antes do acontecido, pra impedir. Sem perder a classe, afinal ele é um gentleman. E, depois de um final que eu não sei se é inesperado ou totalmente explicavel, [depois do que foi visto] Paul e Peter vão para a casa dos vizinhos que foram ao cais, lembra?

O terror nunca pára…

O filme é revoltante, mas você queria o que? Ele se chama Violência Gratuita não é a toa! Acho que o nome brasileiro é melhor que o original, inclusive.

Violência Gratuita

Funny Games U.S. (111 minutos – Thriller)
Lançamento: EUA, França, Inglaterra, Áustria, Alemanha, Itália, 2007
Direção: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Elenco:Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart

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