Dias atrás estava vendo umas noticias por aí e me deparei com uma que me chamou a atenção. Chuck Palahniuk iria escrever um novo livro e ali ele estava fazendo um concurso pra escolher um leitor para que o nome dele fosse o de algum personagem do livro. Não chega a ser uma coisa grande ter seu nome em um personagem, mas isso me fez pensar sobre quantas vezes eu já conheci pessoas com nomes de personagens de livros e fiquei tentado a ver o que eles tinham de igual. Se tentei fazer isso ou não, é segredo.
Uma coisa que sempre ficou na minha cabeça é a de que um nome às vezes pode definir a personalidade de uma pessoa. Tipo, um cara chamado Epaminondas pode parecer um chato, pentelho, assim como um cara chamado Bob dá a impressão de ser um mendigo ou um daqueles personagens aleatórios, como o barman, ou o cara da gerência do hotel. Tá, isso é algo que eu não tenho como provar, mas acho que algumas pessoas que compartilham de um mesmo nome às vezes tem traços de personalidade em comum, algo sem explicação e que, por falta de argumento, vou deixar assim como está.
Personagens de um livro são seres que vivem em seu próprio universo, que tem tudo o que querem, desde que esteja de acordo com a vontade de seu Deus, o escritor da história. Ali, ele é o fodão, o cara principal, tudo gira em torno dele, tudo o que ele sabe já o salvou diversas vezes e o tornou o que é. Por isso que um personagem que passa de livro pra livro se torna tão carismático, aquilo de o leitor começar a se identificar com ele é o que o torna tão especial. Mas quando o Deus escritor filho da puta resolve acabar com tudo, é como se aquele cara ali, que só existe no papel, estivesse morrendo, até que, por fim, tudo acaba. Esse parágrafo foi estranho, mas tudo bem, acho uma justificativa pra ele mais pra frente.
Bom, agora, imagina se esse personagem fodão tem um nome que é conhecido por você, digamos o nome de seu tio desconhecido, que você só ouve falar as vezes? Em uma mente fraca, os dois podem acabar se misturando, acabando por se tornar um só na cabeça daquela pessoa. Isso me lembra um episódio de Simpsons, que Homer tem seu nome usado em um personagem de uma série. Tudo vai bem, com ele agindo como se fosse o personagem, dando autógrafos e tudo o mais, até que uma mudança no roteiro fode com tudo o que ele tinha “conseguido” até ali. É um episódio legal e ele ilustra bem o que eu quero dizer, quem souber o nome dele, favor se pronunciar. No caso, Homer, cara meio doido, começa a agir como o personagem somente por compartilhar o mesmo nome que ele.
E agora, voltando ao assunto, como seria se um personagem fosse inspirado realmente em uma pessoa real? Nada daqueles livros baseados em fatos reais, vamos dar uma melhorada nisso. Pense no seguinte: Dia após dia, você anda pelas ruas, vive sua vida da mesma maneira. Um dia, ao prestar atenção em outras coisas, começa a perceber que uma pessoa sempre está em todos os mesmos lugares que você. Aquele fato começa a incomodar, até que, por fim, depois de algum tempo, alguém te fala que tal livro tem um personagem que lembra muito você. Ao conferir, acaba por descobrir que aquele é você, a maneira de agir, falar, olhar o nada, rir, tudo aquilo ali é VOCÊ, até mesmo o nome. O que aconteceria? Você ficaria meio louco, paranóico com tudo o que fez antes, pensando que partes era observado, ou ignoraria e viveria normalmente? Duvido que a segunda resposta seja escolhida, isso seria como invadir a privacidade de alguém demais. Mas acho que poucos se sentiriam homenageados com isso, principalmente porque foi algo escrito contra a vontade de uma das partes.
O oposto pode acontecer. Assim como existem cosplayers para se travestirem de seus personagens favoritos, tem aqueles que também se vestem e agem como personagens de livros. Teatro é isso no fim das contas, só que sem um evento que eles são o centro da atenção. O que importa ali é a história, o que eles estão falando, a interpretação de tudo aquilo é só um gostinho a mais.
Jogadores de RPG também têm seu modo de encarnar os personagens, que é o Live-action, algo como se fosse uma partida real, com a maneira de agir de acordo com seu personagem e tudo o mais.
E acho que dessa vez me empolguei demais falando sobre isso. Acredito que isso eu poderia falar mais em outra oportunidade, acho que por hoje está bom. Semana que vem eu volto aqui pra falar sobre o nada, de novo.
Primeira Fila

sexta-feira, 17 de outubro de 2008 –
12 comentários paulojr
Nas últimas semanas, durante o Festival do Rio, o ator Pedro Cardoso (mais conhecido como Agostinho, da série A Grande Família) discursou antes da estréia de seu último filme, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, contra a nudez no cinema e na televisão, para ele um fetichismo gratuito de diretores e roteiristas que beira a pornografia. Em muitos casos, quase todas as cenas de sexo e nudez são estratégias de marketing para atrair espectadores e audiência.
Sinceramente, acho a discussão um pouco ultrapassada, parece que estamos nos anos 80 em plena era das pornochanchadas, não vejo tanta quantidade de nudez em destaque atualmente. Muito pelo contrário, acho tão estranho que em filmes, principalmente, dos castos americanos, que em cenas de sexo a mulher sempre esteja de sutiã, não é verdade? Observem. Ainda sobre a polêmica, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pedro Cardoso teria se irritado com a primeira cena de nudez de sua namorada, a atriz Graziella Moretto, no filme de Selton Mello, o ainda inédito, Feliz Natal.
Sinceramente, dizer que a nudez de mulheres (e atores em geral) em filmes e na televisão é puramente exploração do corpo é um equívoco absurdo. Claro que em filmes como Instinto Selvagem ou mesmo Pecado Original, sabemos que a presença da nudez de atrizes sexys (Sharon Stone e Angelina Jolie, respectivamente) faz parte do contexto de criar um chamariz num filme com clara proposta de tensão sexual e teor erótico, porém imagino que as atrizes tenham lido o roteiro antes de filmar, logo são maiores de idade para aceitar embarcar no projeto ou não!
No entanto, quase sempre, vejo a nudez de atores como momentos de extrema dramaticidade para os personagens, momentos de loucura, de solidão, de choque, não exclusivamente cenas eróticas, estas que também podem ser extremamente sensuais, e dentro de um contexto, como, por exemplo, nos filmes do diretor espanhol Pedro Almodóvar.
Também discordo do ator quando diz que “diante da irredutível realidade da nudez de seu corpo, o ator não consegue produzir a ilusão do personagem”. Isto significa dizer que atores somente interpretam personagens quando estão vestidos, o que desqualifica quase todo o arsenal de possibilidades artísticas que a expressão corporal, o olhar, um sorriso, uma lágrima e, logicamente, o corpo nu do personagem, podem expressar em determinadas cenas.
Claro que há muitos argumentos interessantes no manifesto de Pedro Cardoso, como argumentar que nudez e filmes de comédia não combinam, o que pensando bem é uma realidade, ou alguém lembra de gargalhar com algum personagem nu em cena? Difícil, né? No que o Pedro Cardoso tem mais razão é em reclamar da invasão da vida privada dos atores e homens públicos, quase sempre perseguidos por máquinas fotográficas e celulares para registrar momentos íntimos de suas vidas e ganhar dinheiro e/ou audiência com isto.
Cinema

sexta-feira, 17 de outubro de 2008 –
3 comentários rafabarbosa
Poster
Alguns filmes são feitos para as pessoas chorarem. Dramas que colocam atores consagrados do gênero contracenando juntos e criando mais uma daquelas histórias tristes que assistimos em um Super Cine da vida. Noites de Tormenta é exatamente isso. Um drama de casais e o típico filme que passa no Super Cine.
Uma mãe de família, Adrienne (Diane Lane), passando por problemas em casa com a filha rebelde e o marido putão que resolve voltar pra casa, decide passar um tempo na pousada de uma amiga, em Rodanthe, Carolina do Norte. Lá ela espera refletir sobre a vida e, quem sabe, tomar uma decisão. Em meio a isso, chega um único hóspede para o fim de semana, o médico Paul Flanner (Richard Gere), que espera encontrar ali as respostas para uma situação que de repente assola a sua vida. Pra completar, é anunciada uma tempestade violenta para o local, e com os dois ali, sozinhos, já viu o que vai rolar, né?
É a história do amor inusitado que surge para mudar radicalmente a vida de duas pessoas. Um ajuda o outro a resolver os seus problemas e juntos criam uma história nova que faz com que as suas vidas tenham um novo sentido. É drama pra mulherzinha, que fará qualquer pessoa mais sensível chorar.
O filme utiliza todos os clichês do gênero. Mas filmes de drama não teriam graça sem eles. Tem o marido que trai, a filha rebelde, o filho brigado com o pai, a mãe que só pensa na família e o pai que troca tudo pelo trabalho. São esses personagens e essa estrutura que dão sustento aos filmes do gênero.
A Clássica cena do beijo no píer.
A história tem uma reviravolta que até me surpreendeu, pois não era algo tão esperado. Ou era e como não sou fã do gênero não saquei logo de cara. O que importa é que o filme cumpre com a sua missão de fazer as pessoas chorarem. Quem é fã dos filmes do gênero, tem ai uma excelente oportunidade de conferir Richard Gere todo malandrão e a Diane Lane ainda dando um caldo. Tá enxuta a coroa.
O filme deixa aquela lição de não vivermos em função dos outros e viver o agora, sem se preocupar com o que pode ou não acontecer no futuro. Chorei.
Noites de Tormenta
Nights in Rodanthe (97 minutos – Drama/Romance)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: George C. Wolf
Roteiro: Ann Peacock, John Romano
Elenco: Richard Gere, Diane Lane, Scott Glenn, Christopher Meloni, Viola Davis
Cinema

sexta-feira, 17 de outubro de 2008 –
0 comentários paulojr
O Nevoeiro: Uma das melhores supresas deste ano, não sei porque demorou um ano para chegar por aqui. Tem a marca de Stephen King (num momento inspirado) e a direção de Frank Darabont (responsável por filmes como À Espera de um Milagre e Um Sonho de Liberdade, coincidentemente, todos baseados em obras de King). Na trama, uma violenta tempestade atinge e devasta a cidade de Maine. Com isso, um artista local e seu filho de 8 anos correm para o supermercado a fim de garantir os suprimentos necessários. Chegando lá, ele nota que um misterioso nevoeiro também tomou conta da cidade. Assim, ele, e outras pessoas que estão lá dentro, ficam impedidos de sair do abrigo e notam que existe algo de sobrenatural no nevoeiro. Mas, conforme o tempo vai passando, o caos toma conta do ambiente e até mesmo as pessoas que estão presas no mercado podem se tornar ameaçadoras. Confira a crítica.
Jogo de Amor em Las Vegas: Comédia meio sem pé nem cabeça, mas que trabalha em cima do carisma de seus protagonistas, Cameron Diaz e Ashton Kutcher. Na trama, Cameron é dispensada pelo noivo; Ashton é demitido pelo próprio pai. Ambos decidem chorar as mágoas em Las Vegas. Após uma noite de muita diversão, acordam e descobrem que se casaram. Já sóbrios, apostam uma última moeda no caça-níquel… e ganham 3 milhões de dólares. A partir daí, eles têm de aprender a conviver, pois só poderão desfrutar do dinheiro se provarem que formam um casal estável. Outra alternativa será convencer o outro a desistir da relação, tornando-a um inferno… Confira a crítica.
Garota Morta: Passados dois anos após seu lançamento nos Eua, Garota Morta chega em dvd sem passar nos cinemas. O drama, com uma trama mosaico, reúne um elenco muito bom, Toni Collete, Brittany Murphy, Giovanni Ribisi e Piper Laurie. Na trama, uma jovem que vive sob o controle rígido de sua mãe em uma propriedade rural, ao dar um passeio, acaba encontrando o corpo de uma moça morta. Depois disso, cansada dos maus tratos da mãe, ela decide fugir de casa. Ao mesmo tempo, uma outra adolescente é mostrada. Ela é viciada em drogas e também foge de casa para escapar da ira de sua mãe e seu padrasto. Estas duas garotas, em algum momento, irão se cruzar e o destino delas pode se tornar trágico.
Amor & Inocência: Depois de inúmeras adaptações cinematográficas de várias peças da obra de Jane Austen (Razão & Sensibilidade, Emma e Orgulho e Preconceito), ou sendo tema como no recente O Clube de Leitura de Jane Austen, chegou a hora de um filme relatar a vida da própria escritora, interpretada pela gatinha Anne Hathaway. Na sociedade inglesa de 1795, a divisão de classes era cruel e para as mulheres era pior ainda. Assim, Jane, uma garota com espírito independente e revolucionário, está prometida para se casar com um jovem rico da região onde mora. Porém, ela acaba se apaixonando por um escocês estudante de direito que, apesar de inteligente, é pobre. Isso pode contrariar seus pais e a solução aparente seria fugir. Mas ela sabe que isso poderá ser a vergonha de sua família e começa uma disputa pessoal para quebrar as regras e estabelecer sua felicidade.
Cinema

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
1 comentário Pizurk
Espelhos do Medo (Mirrors)
Com: Kiefer Sutherland, Paula Patton, Cameron Boyce, Erica Gluck, Amy Smart, Mary Beth Peil, John Shrapnel, Jason Flemyng, Tim Ahern, Julian Glover.
Depois de dar um tiro em um colega, Jack Bauer é afastado do departamento de polícia de Nova York, o que o leva a tomar uns goró frenéticamente e ficar puto. Pra ver se sai do buraco, o cara aceita uma vaga de vigia numa loja incendiada, onde começa a ver espirítos nos espelhos. E isso sóbrio!
Eu não vi, mas a minha filha o théo viu e falou que, se você não sentar perto do cara que cheira a CC [Vulgo do suor das axilas], o filme compensa 100%.
Na Mira do Chefe (In Bruges)
Com: Colin Farrell, Brendan Gleeson, Ralph Fiennes, Clemence Poesy, Jeremie Renier.
Matadores de aluguel são enviados de Londres pra executar um serviço em Bruges, na Bélgica [O que explica o nome original]. Só que, enquanto esperam a ligação do seu contato, vão dar uma de turistas e começam a presenciar coisas bizonhas… Outro filme que o théo recomenda!
Amigos, Amigos, Mulheres à Parte (My Best Friend’s Girl)
Com: Kate Hudson, Lizzy Caplan, Alec Baldwin, Dane Cook, Jason Biggs, Diora Baird, Diora Baird, Amanda Brooks, Taran Killam, Andrew Caldwell.
Um cara pede pra outro cara chamar a namorada de outro cara pra um encontro, que tá planejado pra dar errado. Tudo isso pra mostrar pra essa namorada que o cara com quem ela tá agora é ótimo. E as coisas não vão dar tão certas, ou melhor, erradas quanto o planejado. Foi o que eu entendi da sinopse. E o que ela quer dizer? Também não tenho certeza. Vá por sua conta e risco, porque parece uma daquelas comédias meia boca.
Corrida Mortal (Death Race)
Com: Jason Statham, Ian McShane, Tyrese Gibson, Joan Allen, Robin Shou, Janaya Stephens.
Numa penitenciária, Jensen Ames [Isso é nome de puta norueguesa!] corre com outros manés que foram presos, em uma espécie de Corrida Maluca num futuro alternativo, onde os detentos devem matar uns aos outros, não nos corredores com estiletes, mas com carros tunados e armados, num reality show muito melhor que todos os Big Brothers. Cê gosta de explosões e mortes e tá pouco se fudendo pra roteiro e essas frescuras? Vai na fé, malandro!
Cinema

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
3 comentários théo
Filme com JACK BAUER, véi! Tem como ser ruim? Óbvio que não. Mas a sinopse não agrada…
Ben Carson (Kiefer Sutherland) já teve dias melhores. Faz quase um ano desde que o detetive de gênio inconstante foi suspenso do Departamento de Polícia de Nova York por ter atingido com um tiro outro policial infiltrado, um acidente que não lhe custou apenas o emprego, mas gerou o alcoolismo e a raiva que o distanciaram da mulher e dos filhos e o deixaram encolhido no sofá de sua irmã.
Desesperado para retomar sua vida e restabelecer os vínculos com a família, Carson aceita um emprego como vigia noturno nas ruínas do incêndio de uma loja de departamentos. O que antes era um símbolo de prosperidade e imponência agora está decadente na escuridão, como um navio fantasma, destruído por um grande incêndio que levou as vidas de muitos inocentes.
Enquanto patrulha os resquícios escurecidos e sombrios da loja, ele começa a notar algo sinistro nos espelhos enfeitados que adornam as paredes da loja. Há imagens horripilantes refletidas nos gigantescos espelhos que chocam Carson.
Além de projetarem imagens hediondas do passado, os espelhos parecem também manipular a realidade. Quando Carson vê seu próprio reflexo sendo torturado, ele sofre os efeitos físicos de suas visões fragmentadas. De repente, o ex-policial se descobre lutando contra seus próprios fantasmas e os demônios que seqüestraram seu reflexo, atormentando-o com convulsões, hemorragia espontânea e um estado de quase sufocamento.
Sua irmã Angela (Amy Smart), solidária porém cética, não dá importância a esses “pesadelos” bizarros, considerando-os conseqüência do estresse e da culpa pelo tiro acidental. Já a mulher de Carson, Amy (Paula Patton), uma objetiva médica legista, é menos indulgente. O comportamento cada vez mais estranho do marido a assusta, pois ela teme que ele coloque os filhos em perigo.
Mas uma ameaça muito mais mortal vem à tona, presa nos espelhos e superfícies refletidas que permeiam seu cotidiano. Quando Carson investiga o desaparecimento misterioso de um segurança da loja e sua possível ligação com suas visões pavorosas, ele percebe que uma força malévola e sobrenatural está usando seu reflexo como um meio de aterrorizar a ele e à família.
Se ele tem alguma esperança de salvar sua mulher e filhos de uma morte horrível, Carson terá de desvendar a verdade por trás dos espelhos e convencer Amy a ajudá-lo a combater a maior força maligna que já enfrentou.
Q ISSO.
O filme já começa arrepiante, mostrando logo de cara que não veio ao mundo pra ser só mais um suspense. Gênero decadente este, não? Sério, qual foi a última vez que você viu um Suspense, lançamento mesmo, decente? DECENTE? Bom, Espelhos do Medo é um misto de Suspense, Terror e Thriller, e vou te contar uma coisa: Puta filme empolgante.
Eu fui pra cabine com o pensamento “Porra, um suspense/terror com ESPELHOS. Grande bosta, eu nem devia estar nesse trânsito perturbador que me fez acordar às 6 da manhã pra ver um filme sobre ESPELHOS!”, o que me preparou pra assistir uma bomba. Eu sou CRENTE de que não fazem mais filmes de terror bons (tirando o cinema trash), principalmente suspense. Logo no início, como eu disse acima, o filme já me impressionou. Mas, ainda assim, nada demais. Depois de uns sustos, o ritmo foi aumentando, aumentando… até que, quando eu imaginei que o filme estava acabando, eu estava me decidindo se daria nota 6 ou 7. De repente, em uma EXPLOSÃO de êxtase, eu estava entre 9 ou 10. ISSO que é guardar o MELHOR pro final. Eu saí da sala falando todos os palavrões que eu conheço.
Esse filme não te deixa na mão se você está atrás de um filme BOM do gênero. Sangue moderado no desenrolar da trama, uma pitada de investigação, um puta suspense e, no fim, aquela vontade de vibrar, aquela vontade de assistir ao filme de novo. Puta que pariu, finalmente um filme não só bom, mas ESPETACULAR do gênero. Espelhos? São só outra visão que o filme passa. E eu acabo de usar uma frase do filme à favor do mesmo, o que me empolga ainda mais.
DAEW BANHEIRA DO GUGU! :amd: :amd: :amd:
A única explicação de você não gostar desse filme é que você é um tremendo TANGA. Ou você é crítico de cinema – aposto que a crítica vai falar mal do filme, os mesmos que falaram bem de Nome Próprio. Nesse fim de semana, muito que provavelmente estarei no cinema para rever essa beleza. Se você sentiu o mesmo, não se esqueça de DESABAFAR aí nos comentários.
Espelhos do Medo
Mirrors (111 minutos – Terror/Suspense)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Gregory Levasseur, Alexandre Aja
Elenco: Kiefer Sutherland, Paula Patton, Amy Smart, Cameron Boyce
Cinema

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
3 comentários théo
Colin Farrell é um ator dos bons, e creio que muita gente ache interesse no filme por ter ele no elenco, levando em conta que esse nome não ajuda em nada. Ainda bem que existe o site mais quente da galáxia pra dizer “ignorem o título, o filme é bom!”.
Para os matadores Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson), Bruges (Bélgica) poderia ser a última parada. Um trabalho difícil fez com que os dois fossem enviados por seu chefe de Londres, Harry (Ralph Fiennes), para esfriar a cabeça antes do Natal na cidade de “conto-de-fadas” por algumas semanas.
Deslocado em meio à arquitetura Gótica, os canais e as ruas de paralelepípedo, os dois matadores ocupam seus dias vivendo como turistas. Ray, ainda assombrado pela carnificina de Londres, detesta o lugar, enquanto Ken, ao mesmo tempo em que fica de olho no comportamento de Ray, delicia-se com a beleza e a serenidade da cidade.
Porém, quanto mais eles esperam pela ligação de Harry, mais surreal torna-se sua experiência, que inclui estranhos encontros com locais e turistas; arte medieval; um ator americano anão (Jordan Prentice) que está filmando um filme de arte europeu; prostitutas holandesas e um potencial romance para Ray na forma de Chloë (Clémence Poésy), que pode ter seus próprios segredos obscuros.
Quando Harry finalmente liga, as férias de Ken e Ray tornam-se uma batalha de vida ou morte recheada de humor negro e com conseqüências surpreendentes.
Eu nem sabia que skinheads ainda existiam.
Humor inglês é muito chato, na minha opinião. Na Mira do Chefe queimou minha língua neste quesito, já que seu humor não é só fino, inteligente, mas é aquela coisa que faz você REALMENTE rir. Isso que é humor, afinal – mas não espere cair na gargalhada: confesso que ainda não sei se este filme devia ser rotulado como comédia, tendo em vista a qualidade E originalidade espetacular que embaralham o humor em drama, suspense E ação. Surpreendente devia ser gênero.
Não é brincadeira ou exagero. Tudo começa a ficar imprevisível de repente, reforçando a sua atenção, te CHAMANDO pra dentro do filme. Que tipo de COMÉDIA faz isso?
Em um momento você vê uma situação hilária com Ray e Ken, ou com Ray e o anão; e num outro momento você vê Ray se lamentando e Ken tentando ajudar, e é aí que rola a parte séria da bagaça, sem aquela coisa absurdamente clichê, como é de praxe nas comédias que puxam um drama. Eu diria que o humor foi inserido no filme para torná-lo ainda MAIS genial, tendo em vista que o drama em si, como dito acima E no pôster, é BEM original. Eu gosto de dar ênfase nisso, afinal, são raras as vezes que os filmes dessa linha realmente trazem algo de novo, falaí.
– É?
Com um elenco espetacular (Clémence Poésy é melhor que sake) e uma história marcante, Na Mira do Chefe atende a todos os gostos, ficando muito acima da expectativa esperada após você ler o título e a sinopse do filme no panfleto de filmes em cartaz do cinema. Esse parágrafo devia ser a resenha, já é o bastante. Encontrei uma certa dificuldade pra falar sobre o filme, até, já que contar qualquer detalhe pode estragar tudo. Ainda bem que a linguagem por aqui me permite dizer isso: ASSISTE ESSA PORRA, FDP!
Na Mira do Chefe
In Bruges (107 minutos – Comédia/Drama)
Lançamento: EUA/Bélgica, 2008
Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Elenco: Colin Farrell, Brendan Gleeson, Ralph Fiennes, Clémence Poésy, Jordan Prentice, Jérémie Rénier, Thekla Reuten, Eric Godon
Games

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
3 comentários marco
Dead Space (PC, Playstation 3 e Xbox 360)
Nessa semana a Eletronics Arts traz um ótimo jogo de survival horror. O gênero está cheio de jogos em que você acaba em um ambiente hostil cheio de monstros e Dead Space não é exceção, mas desde o começo do jogo você nota que ele é diferente.
A espaçonave de mineração USG Ishimura (uma pequena nave que minera planetas inteiros) perde o contato com a base e o engenheiro Isaac Clark é enviado com mais algumas pessoas em uma missão de rotina para restabelecer o sistema de comunicação, mas logo ao chegar na nave fica claro que algo errado aconteceu. Você é separado do resto do seu time pelo que foi a tripulação do Ishimura, que se transformou em monstros chamados Necromorphs.
O jogo tem vários detalhes interessantes, como a ausência de mostradores de informação na tela, sua vida é mostrada através de um cano em suas costas e a munição é mostrada em um visor na sua arma. Os menus também não abrem novas telas e sim um holograma, que aparece na frente do seu personagem.
Inimigos inteligentes, boa história, ótimo som e gráfico, gameplay realmente assustador e um interessante sistema de batalha, focado em estrategicamente desmembrar os inimigos (fala se isso não soa extremamente macho?). Ainda que as missões sejam um tanto quanto repetitivas, Dead Space definitivamente é um jogo que merece atenção.
Saints Row 2 (PC, Playstation 3 e Xbox 360)
Quando o primeiro Saints Row foi lançado a dois anos ele era uma alternativa aos fãs de GTA na nova geração enquanto não era lançado o próprio Grand Theft Auto IV. Enquanto este se preocupou em trazer mais maturidade ao gênero, Saints Row 2 não está nem um pouco preocupado com isso e é uma opção de GTA 4 imoral.
Começando com um extenso editor de personagem, um sistema de combate gratificante, liberdade para destruir o que você deseja, uma boa variedade de coisas a fazer, bom modo cooperativo e até uma invasão de zumbis, vei.
A inteligência artificial do jogo é bem fraca, as missões são repetivas mas o jogo parece, no mínimo, interessante.
Música

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
2 comentários théo
O festival é uma merda mas vocês têm mau gosto. Fazer o quê?!
Palco Principal
17h30 – Mallu Magalhães
19h – Vanguart
20h30 – Jesus and Mary Chain
22h – Offspring
23h45 – Bloc Party
1h30 – Kaiser Chiefs
Palco Indie
16h30 – Brothers of Brasil
18h – Curumin
19h30 – Animal Collective
21h – Foals
22h30 – Spoon
00h – The Breeders
Palco DJ
20h30 – Mau Mau
22h – Milo
23h30 – Calvin Harris
1h – Felix da Housecat
Cara…
O QUE CARALHOS O KAISER CHIEFS E O BLOC PARTY ESTÃO FAZENDO FORA DO PALCO INDIE?
Ainda assim, não vale à pena ir só pra ver Offspring. Que tristeza.
Bom, o Eric, do Cegos, Surdos e Mudos (bã), é um vendido e está fazendo um jabá pro festival, contando tudo que está rolando no backstage e o que vai rolar. Eric, o número de visitas que eu te enviar com esse link é relativo com o número de pessoas interessadas nesse festival DE MERDA!
Bom, o festival será no dia 8 de novembro, em São Paulo, na Vila Dos Galpões (SP).
Nerd-O-Matic

quinta-feira, 16 de outubro de 2008 –
27 comentários atillah
Comentário relevante da semana
Na coluna da semana passada pudemos contar com o comentário do JÃO:
Parabéns Jão. Parabéns pela sua tenacidade, empenho e paciência pra JOGAR UM JOGO VELHO DO CACETE.
Coisas que eu odeio nos games pt.2
Cara, como foi bom reclamar dos loadings na semana passada. Eu juro pra vocês que era um lance que me incomodava há anos, desde que os loadings realmente começaram a ficar chatos no playstation 1.
Mas é lógico que o lance não podia parar por aí. Na coluna de hoje falaremos de outro grande mal que assola os jogos contemporâneos:
Ficar FUCKING perdido no meio do jogo
Percebam a ênfase que eu dei na frase; eu não falei em simplesmente dar umas voltinhas numa dungeon até achar a saída, aquele lance meio Diablo ao qual todos estamos acostumados. Eu estou falando em ficar mais perdido que a sua virgindade anal num rodízio sexual de negões e convenção extra de aliens intergalácticos portadores de sondas anais com fins especulativos e cientificos.
“Eu venho para este rodízio em paz.”
Isso é se perder.
Mas vamos ilustrar com jogos, não é mesmo? Afinal, falar da ex-virgindade anal de vocês é chover no molhado.
O exemplo mais óbvio de ficar FUCKING perdido no meio do jogo está nos rpg’s, principalmente nos mais oldschool; é quando você se encontra no meio do maldito mapa enorme e não sabe pra onde ir pra encontrar o dark chocobo mágico restaurador de virgindade anal. Aí você sai andando de um lado pro outro, torcendo pra que do nada aconteça algo esdrúxulo que te diga que você está indo na direção certa, mas na verdade a única coisa que você acha é um monte de encontros randômicos com monstros que vão te matar, tirar sua virgindade anal e fazer você voltar no save de duas horas atrás. Porque já faziam duas horas que você estava rodando no mapa sem saber pra onde ir.
Tá fácil de saber pra onde ir, hein?
Tudo porque os desenvolvedores preferiram não te dar um mini-mapa apontando onde caralhos fica o dark chocobo mágico portador de sonda anal. É nessas horas que precisamos reconhecer a genialidade de jogos como Grand Theft Auto, com seu mini-mapa onipresente e sempre apontando a próxima missão e os principais pontos de interesse. Pra mim, isso é uma maneira muito clara de dizer: “esse jogo é FODA, e tem tantas coisas FODAS e DIVERTIDAS pra se fazer que a gente não quer que você perca tempo procurando por elas”. Respeito com o tempo do jogador e tals.
Mas existem coisas piores do que a falta de mapa.
Ah, eu me lembro. Eu me lembro das horas perdidas dando voltas naquela maldita torre de Devil May Cry 3. Sabem aquela torre que tem trocentos lances de escada e na qual às vezes você erra o pulo e cai pelo meio da torre INTEIRA até chegar no chão e ter que subir tudo de novo? Sabem como eu chamo isso?
INFERNO NA TERRA
Alternativamente também gosto de chamar de “vai se foder desenvolvedor de merda, pega essa torre inteira, dobra e enfia na sua ex-virgindade anal”. Os caras acham que a gente não tem mais o que fazer além de ficar subindo escadas. Você já subiu escadas na vida real? Meu, é um SACO subir escadas. É como andar, só que pra cima. Não é por acaso que inventaram elevadores. BOTA UM ELEVADOR NO JOGO, FDP.
Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu costumo evitar os jogos que têm puzzles. Manja puzzles? Aqueles “quebra-cabeças de cenário” onde você precisa fazer alguma coisa no ambiente, mover um objeto, levantar uma alavanca, pisar num certo lugar? Cara, como eu odeio isso. Não tem nada de divertido em ficar correndo de um lado para o outro procurando um lance escondido no cenário. Sabe quando você derruba a chave do carro embaixo da geladeira? E daí você tem que se arrastar pelo chão pra achar a porra da chave? E daí você acha um amendoim, uma pipoca e uma moeda de 7 centavos embaixo da geladeira, mas não acha a chave? Me digam quando alguma vez na vida de algum motherfucker foi legal ficar procurando coisas perdidas? Agora, olha que legal, vamos simular esse comportamento inútil NUM JOGO! Pra mim isso é só uma maneira artificial que os desenvolvedores encontram pra esticar o tempo de jogo e dar a impressão de que você está jogando, quando na verdade você não tá fazendo PORRA NENHUMA.
PUUUUZZLE… digo… MIOOOLOS…
Mas os puzzles são apenas uma das modalidades de estrutura gamística que fazem você perder tempo. O filet mignon de ficar FUCKING perdido é mesmo quando você não tem a menor idéia do que fazer no jogo. Não confunda com “não saber pra onde ir”, já explorado no começo desse texto. Agora estou falando daqueles momentos onde você simplesmente não sabe o que fazer, porque o jogo não diz. Gostoso mesmo é quando isso é um bug do jogo, causado por exemplo pelo fato de você não ter falado com algum personagem que ficou pra trás. Aí cê não pode voltar, aí o jogo trava e você fica fudido e mal-pago sem ter o que fazer a não ser dar load no último save e correr pro gamefaqs.com pra descobrir onde você errou.
Isso é bem legal, porque teoricamente o jogo deveria ser testado antes de ser lançado em sua versão final, mas às vezes os caras deixam mesmo passar esse tipo de coisa. Aí você fica lá feito um imbecil, até se dar conta de que não tem jeito e você vai ter que refazer tudo. Saboroso.
Nossa, véi, estou achando que reclamar dos jogos é mais gostoso até do que ficar jogando eles. Acho que estou ficando velho e ranzinza. Azar de vocês.
Aliás, se algum de vocês noobs quiser sugerir algo que odeiam nos games, fiquem à vontade aí nos comentários. Quem sabe eu me dou ao trabalho de contemplar a sua idéia numa futura coluna.