Capas

Nona Arte quarta-feira, 24 de setembro de 2008 – 4 comentários

Essa discussão quase sempre ficava de fora nas rodas de assuntos nerds das quais eu participava, mas sempre foi algo intrigante: as capas das histórias em quadrinhos.
Não me refiro dessa vez aos efeitos aplicados na mesma (tinta metal, capa dupla, etc, etc, etc) e sim ao que a capa tenta nos passar com os seus elementos.
As capas em geral são feitas de papel couche, que é um pouco mais resistente e brilhoso. Contém a logo da editora, o número da edição, o nome da revista, o preço, pequenos textos, arte e várias informações.

Essa é a parte da frente. Não é exatamente um mistério, é essa parte que tem o nome da revista, o número, o preço e etc.

Aqui é a parte de dentro da capa. Geralmente contém informações da edição anterior. Algumas revistas estão “inovando” e informando de uma forma diferente e que combine com a revista, como por exemplo, as revistas do Superman têm uma edição do Planeta Diário nessa parte dizendo o que aconteceu na edição anterior. Novos Titãs tem um blog e etc.

O lado oposto da revista também é detalhado. E sempre funciona de duas maneiras: ou é a propaganda de uma outra revista ou é continuação do desenho da frente (como nesse caso).

A parte interna do lado oposto contém informações, checklist, uma sinopse da próxima edição e etc. Às vezes também pode ter propagandas.

Mas é esse o ponto central da discussão. O que sempre me intrigou são as capas que enganam.
Devo deixar bem claro, capas são falsas. A velha frase “não julgue um livro pela capa” se aplica a “não compre um gibi pela capa”. Elas mentem, elas querem que você compre aquela edição sem pensar duas vezes, e elas não vão pensar duas vezes antes de por um desenho na capa que fuja totalmente da história. Então, se você ver uma capa com alguém morto nela, pode esquecer, ninguém vai morrer nessa edição.

A pior coisa que há é comprar um gibi por causa da capa e depois se decepcionar. Sempre que vou a banca, dou uma folheada na revista, tento ver se realmente a capa bate com a história. Infelizmente hoje em dia alguns putardos plastificam as revistas.

Lembro da capa de Superman & Batman 35 (coisa recente), a capa mostra o Batman e o Superman caídos, com roupas rasgadas, 5 robôs vilões e o título OMAC Triunfa!. Genial, pensei, provavelmente elas apanham nessa edição e a trama se fecha na edição 36 e tal. Mas na realidade na mesma edição os 5 robôs vilões viram do bem, o Batman e o Superman não apanham nada e o OMAC nem aparece direito.

Eu e vários outros trouxas compramos na intenção de ver uma bat-porrada e no fim fomos enganados, maldita publicidade.
São incontáveis os casos parecidos com esse. Compramos uma coisa e lemos outra.

Outro fator irritante em uma capa são as falas. Capas não deveriam ser faladas, até porque, falas em capas sempre são estúpidas. Essas falas geralmente são observações idiotas como “Isso é um serviço para o Superman” ou então “Eu sou o espetacular Homem-Aranha”.

Super hein? Não depois disto!!!

Isso é ridículo. Enquanto uma capa que te engana te induz a comprar, essas capas que falam no mínimo te fazem desistir da compra. Felizmente essa “técnica” já não é mais tão usada, é coisa do passado mesmo.

Essas características citadas são mais encontradas em Comics. Capas de mangás geralmente são bem tranqüilas. O desenho geralmente é uma prévia do que tem na edição, dificilmente se têm um desenho de uma situação que não acontece nas páginas. Quase sempre à frente e o seu oposto contém o mesmo desenho, e a parte de dentro das capas geralmente são ocupadas por propagandas.

Mesmo assim, as capas ainda têm uma utilidade: proteger o conteúdo da revista. O papel um pouco mais resistente dá uma proteção (mesmo que muito pequena) às outras paginas e garante alguns anos a mais para a vida do seu gibi.
Mas seja enganando, agradando ou irritando, as capas ainda são um dos motivos mais fortes na decisão da compra, nada mais justo que as editoras explorarem isso para vender mais, mesmo que seja enganando a gente.

AOE Festival!

New Emo quarta-feira, 24 de setembro de 2008 – 4 comentários

Após me revoltar com os shows que rolaram e estão pra rolar nesse ano, decidi CONTINUAR reclamando. Sério: É tão difícil assim fazer um show “uniformizado”? Porra, misturam bandas NADAVÊ uma com a outra, o que dá sempre, mas SEMPRE em casa vazia. Afinal, ultimamente só tem valido à pena ir nesses shows pra ver apenas uma banda, e ainda assim você tem que gastar 100 conto e pegar o trecho do show da banda anterior, que SEMPRE é uma merda.

Vejam o Orloff Five, por exemplo. The Hives (garage rock), Melvins (sludge metal – é isso?), Plastiscines (indie de merda), Vanguart (meio folk) e DJ Tittsworth (especialidade em música eletrônica, lógico). Sério, quem consegue gostar de tudo isso ao mesmo tempo? Ninguém. Essa onda de “eclético” é coisa de quem tem mau gosto, fato. Não tem essa de “ir pra se divertir”, porque não é todo mundo que se diverte com quatro garotas gritando ao mesmo tempo. Fora de uma suruba.

O foco é inexistente nesses shows, e eu sempre achei que eles deviam manter a “linha” da banda principal do evento. Afinal, é ela quem vai atrair maior parte do público, logo a casa tem OBRIGAÇÃO de agradar a esses putos. Mas não, ah não! Vejam o Tim Festival ou o Planeta Terra Festival. Aquilo é a visão do inferno.

Eu sempre venho dizendo: O que custava botar Astronautas ou até mesmo Autoramas no lugar de Vanguart? Aí era só tirar Plastiscines e botar, sei lá, MOSTER MAGNET ou Mondo Generator no lugar. Sério, aposto que mais gente conhece essas bandas, tendo em vista que eu nunca ouvi falar de Plastiscines. E outra, não precisa ser EXATAMENTE essas bandas, basta seguir a linha de Hives e até mesmo Melvins. Porra, só o show do The Hives lotou. E lotou relativamente, ainda.

Eu chamo isso de carnaval, mas o irônico é que o carnaval é uniformizado: SEMPRE tem mulher pelada, SEMPRE tem alguém falando de algum ator da Globo e SEMPRE é samba. Bom, aquilo é samba, né? Enfim, pra mim, carnaval é uma época boa porque todo mundo viaja. Eu não gosto de ninguém, mesmo. Mas, voltando ao assunto, não é possível que eu seja minoria. VOCÊS estão satisfeitos?

Nunca gostei muito de shows grandes, já que mesmo seguindo a linha existe muita banda ruim no mundo. Sempre preferi ver uma banda só, principalmente quando nem banda de abertura tem. O mais chato disso é que esse tipo de show acaba saindo mais caro. Deprimente, mas é melhor assim. Festivais deviam ser banidos da galáxia.

A verdade é que esses festivais que promovem uma marca sempre foram assim e nunca vão mudar. Infelizmente até o Rock In Rio virou palhaçada. Felizmente ele não é mais no Brasil. Infelizmente vai voltar a ser. E eu não vou passar o dia inteiro lamentando sobre o mesmo assunto.

Enfim, que fique registrada a revolta e que fique claro que eu vou continuar reclamando e dando palpite, por mais inútil que isso seja. Eu estou aqui pra reclamar, mesmo. Mas é FATO que é incrivelmente broxante saber que sua banda favorita vai tocar em um festival cheio de banda de outro planeta. IMAGINA você ter que aguentar Jota Quest no show do AC/DC, véi. Isso não é impossível, do jeito que as coisas andam.

Celso Blues Boy

Música quarta-feira, 24 de setembro de 2008 – 8 comentários

Sentiram minha falta por aqui? É, imaginei que não.

Queiram vocês ou não, os anos oitenta foram a década maldita do rock’n’roll nacional. Ou a primeira delas, pelo menos.

“Mas Piratão”, você, mané, diz. “Você está sendo completamente parcial e sem consideração! Minha banda favorita, a (insira aqui algum nome de banda brasileira mané dos anos 80) era um dos ícones da década mimimimi”.

Pois que seja, eu sou parcial e sem respeito, mas mesmo assim eu posso provar o que eu disse. Começando pelo grande ícone dos anos 80: RPM. Uma banda que tem como maior clássico uma música sobre um mané que além de não chegar na mulé acha que é o big motherfucker por causa de um olhar baitola deveria ser, no mínimo, proibida de pensar em se chamar “Revoluções Por Minuto”. Claro, seria só uma década como qualquer outra, se conseguissem deixar os malditos anos 80 morrerem. Mas não, vocês aparecem com “festas ploc” e sei lá mais que cacete tentando reviver esse pop-rock maldito a cada semana. Claro, se as bandas tentassem voltar à vida de verdade, o problema também seria menor, mas quem quer voltar à ativa se você pode viver pra sempre de sucessos do passado?

Entendam, meus caros, que mesmo que vocês queiram me apunhalar pelas costas, há de se convir que quase todo o “rock” brasileiro dos anos 80 foi pop, e não rock’n’roll. Quase toda tentativa de se fazer rock de verdade no brasil na década maldita foi uma falha miserável, gostem vocês ou não. E eu nem falo sobre a qualidade da música. Dizer que boa parte das músicas do “rock oitentista” eram rock’n’roll é quase como dizer que Miles Davis tocava thrash metal, por exemplo.

Mas, aparentemente, é nas minas mais imundas que se encontram bons diamantes. Vagando por entre o pop oitentista, passando por coisas como Blitz, Legião Urbana e Cazuza, você acaba encontrando Celso Blues Boy. E é aí que você quase que naturalmente solta o refrão mais famoso do cara: “aumenta que isso aí é rock’n’roll!”

Percebem agora o que eu quero dizer? O cara foi provavelmente o único maldito guitar hero brasileiro da época. E é bem complicado citar algum guitarrista de tamanha importância na história do rock brasileiro (quem vocês vão citar? Kiko Loureiro? Thiago Della Vega? GEE ROCHA? Ces são mesmo um bando de frangos).

Apesar de seu auge ter sido nos anos 80, Celso já tocava desde o meio da década de 70, sendo integrante da banda de ninguém menos que Raul Seixas, além de ter tocado com mais gente famosa, como Sá & Guarabira e Renato e seus Blue Caps. Tocou também nas bandas Legião Estrangeira e na Aero Blues, sendo, até onde eu sei, o primeiro cantor de blues em português (corrijam-me se eu estiver errado).

Sua carreira solo começou em 1984, com o disco Som na Guitarra, que nos trouxe clássicos como Aumenta que isso aí é rock’n’roll e Blues Motel. O disco mostrou não só que Celso é um excelente artista, mas também que é possível haver blues de qualidade no Brasil. A voz rouca – lembrando talvez a de Nazi, do Ira! – combina perfeitamente com o timbre e o estilo da guitarra do cidadão. Querem um exemplo? Pois bem, ei-lo.

Fumando na Escuridão:

Durante a década de 80, o cara crescia cada vez mais musicalmente. Sons como Tempos Difíceis, Sempre Brilhará e Fumando na Escuridão (que você pode ouvir aí em cima, aliás) mostravam ao Brasil o que é o blues e o rock’n’roll. Mas, ao contrário de boa parte das bandas oitentistas, o cara não se prendeu a uma só década de sucessos. Em 1996 era lançado o excelente álbum Indiana Blues, contando com a participação especial do próprio rei!

BB King, seu demente! Que mané Roberto Carlos.

A música que BB gravou com Celso é Mississipi – uma das minhas favoritas do cara, aliás -, que homenageia o grandioso Robert Johnson, falando sobre a velha lenda sobre o diabo e a encruzilhada. Ouve aí, rapaz!

Esses blues sobre o diabo são sempre os melhores, incrível. E o refrão é viciante pra carái.

Ainda nos anos 90, Celso lançou mais dois discos: Nuvens Negras Choram, em 1998, e Vagabundo Errante em 99. E nem a chegada do novo milênio conseguiu derrubar o bluesman. Celso não chegou a lançar nenhum CD só de músicas inéditas, mas pra quem acha que o rock morreu, o cara deixou sua resposta, que pode ser conferida no DVD “Quem foi que falou que acabou o rock’n’roll?“, lançado esse ano. A música inédita, que leva o mesmo nome do disco, mostra o que todo mundo já devia saber faz tempo: O rock não vai se dar por vencido tão fácil, e vai lutar pra continuar existindo até que a última guitarra se cale. Hah!

Recomendação do dia:

Dever de casa pra vocês, marujos.

Lynyrd Skynyrd é provavelmente uma das bandas mais clássicas do rock americano, trazendo influências fortes do country, blues e bluegrass. Talvez vocês já tenham ouvido até bastante deles. Provavelmente Sweet Home Alabama, Tuesday’s Gone (que foi gravada também pelo Metallica no Garage Inc. ) ou Freebird (muito provavelmente graças ao Guitar Hero, mas enfim).

Recomendo o primeiro disco deles, (pronounced ‘l?h-‘nérd ‘skin-‘nérd), se aceitam uma sugestão.

Até a próxima, bando de malditos!

Destaques da Semana em DVD – 15 à 19/09

Cinema terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 0 comentários

Nota do editor: Atrasado, culpa minha, mas nem por isso cê vai deixar de passar na locadora nesse fim de semana! -théo

Homem de Ferro: Excelente exemplo de como um blockbuster em boas mãos consegue ser um ótimo passatempo. Na trama, se você não esteve no planeta Terra nos últimos meses, a vida do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano Tony Stark nunca mais será a mesma depois que ele é atacado e mantido refém por um grupo de rebeldes afegãos. Ferido por estilhaços de granada que se alojam perto de seu coração, Tony recebe a ordem de construir no cativeiro uma devastadora arma, mas, em vez disso, usa suas habilidades para criar uma armadura que permite que ele consiga fugir. Ao retornar aos Estados Unidos, Tony promete dar um novo rumo às Indústrias Stark. Ele passa dias e noites desenvolvendo e aperfeiçoando uma avançada armadura que lhe propiciará uma força sobre-humana. Quando Tony descobre um plano abominável com implicações globais, jura proteger o mundo como sua nova personalidade, o Homem de Ferro. Confira a crítica.

Quebrando a Banca: Apesar de clichê em cima de clichê, o filme vale uma conferida pela simples idéia de imaginar que a história é baseada em fatos reais, nerds também são malandros! Na trama, um grupo de alunos brilhantes do M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology), que, sob o comando de um professor genial em estatística, dominou uma forma de contar as cartas para ganhar milhões de dólares nos cassinos de Las Vegas. Para narrar a trama, o roteiro é centrado em um jovem que, vendo nisso a melhor oportunidade de pagar os estudos, acaba aceitando o convite dos jovens. O pessoal se manda para a cidade do pecado com um plano em mente. A idéia é quebrar a banca dos principais cassinos, mas, para isso, eles precisam tomar cuidado com a vigilância.

O Acompanhante: Filme inédito nos cinemas, chama a atenção pelo ilustre elenco (além de Woody Harrelson, as excelentes atrizes Lauren Bacall e Kristin Scott Thomas) sob a direção de Paul Schrader (roteirista de Taxi Driver). Na trama, Carter Page III (Woody Harrelson) tem um trabalho bastante atípico. Ele vive de acompanhar senhoras da elite de Washington a óperas, jantares e jogos de cartas. Por isso, quando Lynn Lockner (Kristin Scott Thomas), a esposa de um senador, encontra seu amante morto, é a Carter que ela pede ajuda. Para protegê-la, ele diz ter sido a pessoa que descobriu o corpo. Mas esse gesto de bondade tornará Carter o maior suspeito do assassinato. De repente ele se vê preso numa rede de intrigas e rumores. Abandonado pelos amigos, só resta a Carter correr contra o tempo e tentar provar sua inocência.

Bella: Filme mexicano que conseguiu arrebatar inúmeros fãs no Brasil com sua trama humana e tocante, é quase um filme de bate-papo, lembrando, inclusive pra mim, filmes como Antes do Pôr-do-Sol. Na trama, o simpático José (Eduardo Verástegui) alcançou o topo do mundo como uma jovem revelação no futebol. A história então apresenta como ele chegou até ali, quando poucos anos antes trabalhava sob as ordens do irmão, dono de um restaurante mexicano em Nova York. Toda a transformação de sua vida aconteceu quando ele decidiu passar um dia inteiro ao lado de uma completa estranha.

A Força da Amizade: Já sabem, se querem agradar sua mãe, tia ou avô, aqui está uma boa opção, filme sobre amizade de mulheres mais velhas, todas excelentes atrizes (Jessica Lange, Kathy Bates e Joan Allen). Na trama, uma mulher de idade avançada tem a vida virada de cabeça para baixo depois de acontecimentos recentes. Para tentar superar tudo que está passando, ela convoca as suas duas melhores amigas e as três caem na estrada a bordo de um carrão. Nessa jornada de autoconhecimento, percorrem todo o país e cruzam, em seu caminho, com lindas paisagens, grandes aventuras e até mesmo um simpático caminhoneiro. Quando percebem, dão conta de que estão vivendo juntas o melhor momento de suas vidas.

Felon: O sucesso de séries como Oz e Prison Break trouxeram a tona um subgênero sumido do mercado há algum tempo, o drama de presídio. Aqui ainda, para surpresa minha surge um IRRECONHECÍVEL Val Kilmer, além dele Harold “Michael Lost” Perrineau. Na trama, depois que mata, acidentalmente, um ladrão que invade sua casa, um pai de família dedicado tem a vida virada do avesso e perde tudo. Condenado a três anos em uma penitenciária de segurança máxima, local em que as regras da sociedade de nada servem, já que os presos têm seu próprio código de honra, é obrigado a dividir a cela com um perigoso assassino que foi vítima de espancamentos orquestrados pelo chefe dos guardas. Ele terá, agora, de se tornar o preso mais durão do pedaço para manter sua integridade física. Sem alternativas, encara o maior e mais difícil desafio por que já passou.

Os premiados do Emmy

Sit.Com terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 2 comentários

Este ano os produtores do Emmy não tem o que reclamar da baixa audiência televisiva da premiação (apenas 12,2 milhões). Bem que eles tentaram, colocaram os apresentadores – indicados em categoria específica na noite – dos reallitys que juntos devem somar em audiência mais de 60 milhões de espectadores, resultado: não teve retorno algum, até porque as apresentações e as inserções dos hosts foram O fracasso da noite, um equívoco sem tamanho. O grande problema da premiação em relação ao público, ultimamente, é sua tendência elitista – os grandes vencedores da noite foram (e estão sendo) séries da tevê a cabo, o que afasta o telespectador comum, e o destaque da tevê aberta na noite, 30 Rock, não chega a dois dígitos de audiência, e somente não foi cancelada devido ao inúmeros prêmios que vem recebendo.

Assim, o que mais me preocupa é este pouco caso da comissão votante do Emmy com os shows mais populares. Não acho que se deve premiar séries pelo seu índice de audiência, mas esnobar séries do quilate de House, Lost, Desperate Housewives que, na minha opnião, tiveram boas temporadas, é não saber diferenciar o timing de um prêmio correto a uma homenagem a um grande artista, principalmente se vindo do cinema ou dando a volta por cima numa série.

Sobre o show, as inúmeras referências aos antigos seriados são sempre momentos nostalgia pura, e simplesmente a apresentação de aberturas pelo cantor Josh Groban foi um dos pontos altos da noite, inclusive com direito a imitação dos garotos de South Park, assim como a participação do inglês Rick Gervais (vencedor na categoria de melhor ator em comédia no ano passado por Extras) numa sequência com o ótimo Steve Carrell (que tinha recebido seu prêmio no ano anterior). Talvez se observarmos os premiados podemos notar que a noite foi de poucas surpresas, pra mim, pessoalmente somente duas (Jean Smart, Samantha Who? e Brian Cranstom, Breaking Bad, sacanagem roubar o prêmio de Hugh “House”Laurie e Michael C. “Dexter” Hall), no mais tudo estava meio que previsto.

Sobre Mad Men, vencedora na categoria Melhor série dramática, posso dizer que a série é super bem produzida com uma recriação de época fenomenal (além de cultural e social), mas não me pegou com este universo dos bastidores da propagando dos anos 60. Já sobre 30 Rock, vencedora de melhor comédia, nem comento porque pouco acompanho, mas a série é a queridinha dos críticos e artistas (nesta temporada que se inicia em Outubro nos EUA, a série já conta com participações de Jennifer Aniston, Oprah Winfrey, Steven Martin e as garotas de Gossip Girl). Atualmente, no meu estoque de séries, somente 3 comédias têm espaço garantido: How I Met Your Mother (do canal Fox Life), Entourage (do canal HBO) e The New Adventures of Old Christine (do canal Warner).

Ainda sobre os prêmios, gostei muito da premiação de Damages, para Glenn Close e Zeljko Ivanek, o Emmy de House para melhor direção dramática, pelo fantástico episódio “House’s Head, e Pushing Daisies, melhor direção em série cômica.

Abaixo, a lista com os principais vencedores do Emmy 2008:

Melhor Drama – Mad Men (do canal HBO)

Melhor Comédia – 30 Rock (do canal Sony e, em algum momento da Record)

Melhor Atriz em Drama – Glenn Close – Damages (do canal AXN)

Melhor Ator em Drama – Bryan Cranstom – Breaking Bad (do canal Sony)

Melhor Ator em Comédia – Alec Baldwin – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Atriz em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Ator Coadjuvante em Drama – Zeljko Ivanek – Damages (do canal AXN)

Melhor Atriz Coadjuvante em Drama – Dianne Wiest – In Treatment (do canal HBO)

Melhor Ator Coadjuvante em Comédia – Jeremy Piven – Entourage (do canal HBO)

Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia – Jean Smart – Samantha Who? (do canal Sony)

Melhor Direção em Drama – Greg Yaitanes – House (do canal Universal e da Record)

Melhor Roteiro em Drama – Matthew Weiner – Mad Men (do canal HBO)

Melhor Direção em Comédia – Barry Sonnenfeld – Pushing Daisies (do canal Warner)

Melhor Roteiro em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Reality Show – The Amazing Race (do canal AXN)

Melhor Apresentador de Reality/Game Show – Jeff Probst – Survivor (do canal People & Arts)

Melhor Programa de Variedades – The Daily Show with Jon Stewart (do canal Sony)

OBS: pelo menos estas premiações servem para captarmos momentos como este, a gatissíma Thirteen de House

Assista ao trailer de LEGO Batman

Games terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 3 comentários

Eu não gosto do Batman, mas tenho que admitir: Esses jogos da LEGO são espetaculares. Sério, LEGO Indiana Jones é sensacional. É difícil uma paródia ser realmente boa.

LEGO Batman não foge disso, como você pode conferir no trailer:

O único problema no game que eu citei é a chatice de você ter que completar a fase mais de uma vez pra conseguir todos os itens e tudo mais. De resto, é um belo game de “plataforma” que não veio pra substituir ninguém, mas veio pra provar que nem sempre um jogo que acompanha um filme pode ser ruim.

O game sai HOJE para DS, PC, PS2, PS3, X360 e Wii. Faltou PSP ou é impressão minha?

Afinal, o Stone Temple Pilots vem ou não?

Música terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 0 comentários

Acho que não cheguei a falar por aqui, mas a venda dos ingressos havia sido cancelada. Eu preferi não ACREDITAR nisso, então preferi esperar. Eis que um fã-blog dos caras me deu esperanças:

(…)

Mas hoje falei com a assessoria da Ticketmaster, e me informou que a vendas dos ingressos estão SOMENTE SUSPENSAS PARA ELES.

Já na T4F, a Assessoria me diz que está CANCELADO MESMO. e que para a devolução do dinheiro, tem que entrar em contato com a Ticketmaster.

De acordo com a Ticketmaster, eles irão confirmar esse cancelamento,mas a informação que eles têm lá é que somente estão suspensas as vendas e que estão em acordo pro show acontecer em NOVEMBRO. mas nada confirmado. Mas quem comprou e mesmo assim, não aguenta mais esse vai-e-vem de informações, você tem que se dirigir ao local de aonde efetuou a compra do ingresso e pedir a devolução. Para quem comprou em dinheiro ou cartão de débito, irá receber a quantia em dinheiro, caso você tenha comprado com cartão de crédito, tenha em mãos o comprovante do débito na sua conta que eles estornarão.

Por enquanto, tenho essas informações. Me prometeram que segunda-feira, terão uma posição melhor.

(…)

E então, vamos ter fé ou gastar a grana do ingresso em sake? Eu prefiro os dois.

Sim, Offspring tocará no Planeta Terra, que também confirmou The Breeders

Música segunda-feira, 22 de setembro de 2008 – 8 comentários

Aí cê me pergunta: The Breeders QUEM? Sim, eu não conheço e tenho medo de pesquisar. Que o Planeta Terra Festival 2008 é um lixo ENORME, você já sabe porque leu AQUI. Então, eu prefiro manter distância das bandas que vão se apresentar lá.

Eis que confirmaram Offspring há uns dias. Aí eu paro e penso: Offspring já foi uma banda legal. Se eu vou pagar 100 reais pra ver Offspring no meio de um monte de banda ruim? Eu não pagaria nem 40 reais por um show do Offspring, véi! Oportunismo puro, é óbvio que é essa a banda do evento. Porém, levando em consideração o que vai tocar lá… carnaval fora de época?

Sério, se é pra ter uma banda grande e relevante como Offspring, que seja em um show menor. No MESMO show onde teremos KAISER CHIEFS chega a ser humilhante.

Bom, dia 8 de outubro será o grande show. O primeiro lote de ingressos acabou, o que significa que agora os preços aumentaram de R$ 80 para R$ 100. Tem meia, mas um show do Offspring não merece o sacrifício. Eu insisto: Mais informações aqui.

Assista ao clipe de Rock ‘N Roll Train e ouça o mais novo som do AC/DC: War Machine!

Música segunda-feira, 22 de setembro de 2008 – 1 comentário

Lembra quando eu divulguei AQUI o som Rock ‘N Roll Train, novo single da melhor banda do mundo? Então, é exatamente desse som que veio o novo clipe da banda, que pode ser conferido AQUI.

Clipe bacana, tradicional, com vários clichês e uns efeitos que provocam ataques epiléticos. Inclusive, eu achjjfwof wqhf jdkivslinavmaq 4 q4 tpcm0 tq mp9mctk

Pois bem, mal lançaram o clipe e já estão com som novo: War Machine. Ouça AQUI, véi!

O que eu poderia dizer? Som bacana, tradicional… porra, é AC/DC. AC/DC é ROCK, e ROCK nunca decepciona. AC/DC nunca decepciona. Não há um “clássico” ou “voltando às origens”, é simplesmente… AC/DC. QUALQUER coisa que eu diga aqui será pouco. Então, ouça o som e tenha uma vida melhor, véi.

Black Ice será lançado no dia 20 de outubro, cê sabe.

Quebrando padrões

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 22 de setembro de 2008 – 6 comentários

Andei olhando umas prateleiras diferentes da última vez que fui a uma livraria e ainda não cheguei a conclusão se isso foi uma coisa boa ou ruim. Estava lá eu em um pocket show de uma banda que era foda quando do nada, me lembro que estou numa livraria e ainda não tinha visto nenhum livro. Como o show devia estar no final, vou andar por lá, folheando uns livros aleatórios, até que o show acaba e volto pra casa pensando umas merdas sobre o que vi. Sobre os livros, o show não, estava legal.
Primeiro de tudo, seção de psicologia. Não cheguei a ver muitos livros médicos porque não entendo nada disso, mas os livros que podem ser considerados normais nessa seção me chamaram um pouco a atenção. Que tipo de livro se chama Como tornar-se um doente mental?. Tá, o título é sugestivo, mas sabe como é que funciona isso tudo, o título não chega aos pés do que ele quer significar. Não vou falar desse livro, acredito que o resumo dele no site da editora já deve dar uma idéia do que ele é e porque eu nem cheguei a cogitar a possibilidade de o comprar:

Em ‘Como tornar-se um doente mental’, o autor apresenta uma psicopatologia às avessas. Em vez de dar receitas de uma vida saudável, revela, passo a passo, como ser um doente mental. Com isso, abre uma porta para que o doente possa entender melhor, e de forma bem-humorada, como ficou doente. Somente assim ele tem a liberdade de modificar o estado das coisas.

Bem-humorada, sei…
Enfim na volta pra casa fiquei tentando encaixar esse livro em alguma prateleira que não fosse a de psicologia, mas não consegui. Apesar de isso ser um livro que tem uma temática séria, seja lá qual for, a mistura de gêneros que estão sendo feitas hoje em dia na literatura tem me deixado um pouco ressabiado de comprar algo que possa ser muito diferente. Tem livro de psicologia se metendo a engraçadinho, livro de culinária que parece um guia turístico, volumes de auto-ajuda que contam trechos da história do país, livros técnicos que servem de modelo pra administradores e uma porrada de outros tipos de livros misturados que eu nem acredito que existem, mas se continuar assim, terão que ser criadas categorias novas para os colocar em algum lugar. Isso me lembra aqueles livros que tinha jogos pra fazer durante a leitura, pra entender direito a história, tipo palavras cruzadas, ligue os pontos, aqueles jogos que eram legais…
E nisso tudo, acabei por pensar em uma história cretina sobre um bando de albinos pescadores de golfinhos que só o fazem a noite por causa de seus problemas e que durante o dia se dedicam a fazer shows de marionetes. Durante o livro, eles iriam ensinar como mexer um boneco ou pescar um golfinho, até que um deles é morto por um boneco manipulado por um gofinho, ou algo parecido. Enquanto eles matam golfinhos, tentam descobrir qual é o que matou o seu amigo ou sei lá o que mais. A história é RUIM, eu sei, mas se é o caso de misturar gêneros, isso se encaixa perfeitamente nessas alterações que estão fazendo por aí.
Não estou falando que quebrar os padrões de escrita é algo ruim, mas apostar algo nisso é arriscado. O pior problema disso tudo é que sempre antes de feiras e convenções de literatura aparece uns livros assim, meio que se encaixando em uns 4 tipos de gêneros. Alguns são considerados os melhores da feira, ganhando destaque e uma matéria na Veja, pra que caso alguém tenha lido, consiga entender, o que leva ao segundo problema. Com tantas misturas de gêneros, a maior parte do público acaba por terminar de ler o livro sem saber o que se passou ali, tendo que reler ou desistir. Ou praqueles que são perseverantes, recorre a livros que servem de guias de leitura, algo que irei falar em outra oportunidade, mais conhecida como semana que vem.

confira

quem?

baconfrito