Patrulha Politicamente Correta

Primeira Fila sexta-feira, 03 de outubro de 2008 – 7 comentários

Se tem uma coisa (de várias) que o mundo globalizado padronizou, infelizmente, foi a geração do POLITICAMENTE CORRETO, isto é, nada deve ser dito ou mostrado que possa ofender algum indivíduo de nossa sociedade, principalmente, as minorias.

Digo isto porque nesta semana saiu uma notícia na imprensa divulgando que a Federação Nacional de Cegos, nos Eua, pretende organizar um protesto contra o filme Ensaio Sobre a Cegueira na sexta-feira (3/10), quando o longa será lançado nos Estados Unidos. Marc Maurer, que é cego, afirmou que o cenário apresentado no filme retrata cegos como monstros. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros, diz o presidente da Federação.

Continuando a nota, segundo a Federação, o longa reforça estereótipos incorretos. Nós enfrentamos uma taxa de 70% de desemprego e outros problemas sociais porque as pessoas não acham que a gente possa fazer nada. E esse filme não ajuda em nada, conta Christopher Danielsen, porta-voz da entidade.

Deixando de lado um pouco a discussão, para quem não sabe (ou como eu ainda não pode assistir ao filme, thanks cinemas da minha cidade!) Ensaio sobre a Cegueira, é um longa baseado num livro homônimo escrito por José Saramago, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, que conta com Julianne Moore (Hannibal), Mark Ruffalo (Zodíaco) e a brasileira Alice Braga (Cinturão Vermelho) no elenco. Uma inexplicável epidemia chamada de “cegueira branca” (já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa) surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.

Da parte que me interessa, não me importo como cada um encara uma piada grosseira ou preconceituosa, no entanto, quando estou assistindo uma série ou um filme, O-B-V-I-A-M-E-N-T-E, sei que o que está sendo exibido é uma FICÇÃO, logo, não é real, e mesmo que fosse é um reflexo da visão do diretor e/ou roteirista, portanto a visão de uma pessoa específica, não de um grupo de pessoas e, muito menos, a minha.

Agora, imaginem indagar um livro conhecido mundialmente, escrito há mais de 10 anos por um senhor de idade, que vê na cegueira uma metáfora, repito, metáfora (isto mesmo, aquela figura de linguagem das aulas de português), sobre a condição humana para criar sua história, não sobre o indivíduo cego. São estas cachaças que me indignam e irritam tanto no público em geral e, principalmente, no americano. Sei que aqui no Brasil vez por outra isto acontece, mas nos Eua – outrora, a Terra da Liberdade – isto ocorre constantemente. Parece que estamos em plena Caça às Bruxas, quem pensa ou representa o diferente é jogado na fogueira!

Uma pena eles não fazerem a mesma campanha contra as comédias idiotas de Roy Schneider, Adam Sandler & cia (que, normalmente, rendem milhões em bilheterias), que somente utilizam estereótipos de gay, nerds, judeus, evangélicos, loiras burras, em seus fiapos de tramas, com a desculpa de fazerem humor.

Obs: Para quem, como eu, acha tudo isto uma bobagem sem tamanho, veja (se você ainda não viu) que emocionante a reação do escritor Jose Saramago, com Meirelles ao seu lado, ao término da exibição especial para o escritor de sua obra na telona.

Destaques da Semana em DVD – 29/09 à 03/10

Cinema sexta-feira, 03 de outubro de 2008 – 0 comentários

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal: O velho Spielberg trouxe para esta temporada o maior herói humano dos cinemas. Total sentimento de nostalgia, o velho Indy retorna mostrando que ainda rende muita ação e boas doses de humor. Boa escolha em “ressuscitar” a mocinha Marion, que tem excelente química com Harrison Ford, Sessão da Tarde imperdível. A aventura começa quando Indiana é obrigado, pelos russos, a recuperar um valioso artefato. Depois de escapar dos comunistas – que são os vilões dessa vez, substituindo os nazistas – ele acaba sendo investigado pelo FBI e perde seu emprego. Desiludido, ele parte para uma longa viagem, onde acabará conhecendo um homem que o colocará mais uma vez de frente com o perigo. O filme consegue ser moderno e ainda respeitar o espírito da série, tornando-se, mesmo depois de tanto tempo, uma seqüência digna. Confira a crítica.

A Outra: Dizem que A Outra sofre de divergências históricas, isto é, deixam de lado o lado histórico pela trama de amor e traição. No entanto, ter juntas as gatinhas Natalie Portman e Scarlett Johansson vale uma conferida. Uma fascinante e sensual história de intriga, romance e traição. Duas irmãs, Anne (Natalie Portman) e Mary (Scarlett Johansson) Bolena, conduzidas pela ambição da família, na busca pelo poder e status, se envolvem em um jogo onde o amor e a atenção do rei da Inglaterra são o objetivo. Jogadas na perigosa e excitante vida da corte, o que era para ser uma tentativa de ajuda à família transforma-se em uma cruel rivalidade entre irmãs. Confira a crítica.

Alguns cegos dos EUA não gostaram nada de Ensaio Sobre a Cegueira, e…

Cinema quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 12 comentários

Eu não preciso dizer muito. Leia AQUI a nossa resenha desse filme aparentemente espetacular (eu ainda não vi). Após isso, se liga em mais um protesto imbecil:

Cegos confinados num hospital psiquiátrico, atacando uns aos outros, trocando comida por sexo. Para alguns cegos norte-americanos, o cenário mostrado no filme Ensaio Sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles, é ofensivo para a classe. “O filme mostra os cegos como monstros e isso é uma mentira”, disse Marc Maurer, presidente na Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos (NFB). A organização planeja um protesto na frente dos 75 cinemas onde o filme vai estrear na sexta-feira, 3, nos Estados Unidos. Eles carregarão slogans dizendo “eu não sou um ator, mas um cego na vida real”. (…)

Peraí, eu disse imbecil? PORRA, isso é um PUTA protesto sensacional. Ao invés de simplesmente fazerem uma greve de comida, o povo simplesmente trocou comida por SEXO!

De resto, é tudo imbecil mesmo, cê pode ler clicando no link acima. Mas isso devia virar moda.

QUÊ? Estão comendo MAIS CARNE? Eu, como vegan ASSÍDUO, declaro GREVE! Vamos CORTAR O NABO e FAZER SEXO até pararem de comer carne! VAMOS SALVAR O MUNDO!

Tá, foi um exemplo infeliz. Todo mundo sabe que vegan não gosta de contato carnal.

Assista ao TRAILER de Dragonball

Cinema quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 4 comentários

Papo rápido que já já sai fora do ar:

Direto do Dragonball – The Movie! O que eu achei? AINDA não mostrou muita coisa. E, CARÁI, o que é aquele decote? :teehee:

Estréias da semana – 03/10

Cinema quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 4 comentários

Super-Heróis – A Liga da Injustiça (Disaster Movie)
Com: Matt Lanter, Vanessa Minnillo, G. Thang, Nicole Parker, Crista Flanagan, Kimberly Kardashian, Ike Barinholtz, Carmen Electra, Tony Cox, Tad Hilgenbrink
Mais uma daquelas imitações no estilo “Todo Mundo em Pânico” que já encheu o saco. Mas pior que “Zorra Total”…

Noites de Tormenta (Nights in Rodanthe)
Com: Diane Lane, Richard Gere, James Franco, Scott Glenn, Christopher Meloni, Mae Whitman, Viola Davis, Pablo Schreiber, Charlie Tahan, Austin James
Adrienne Willis é uma tia que não sabe se caga ou desocupa a moita com seu marido, e sua vida muda em uma viagem, quando conhece o galã Paul, um médico que tenta uma reaproximação com seu filho, na Carolina do Norte.

Busca Implacável (Taken)
Com: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Xander Berkeley, Katie Cassidy, Olivier Rabourdin, Leland Orser, Jon Gries, David Warshofsky, Holly Valance
Um ex-soldado [como em todo filme de ação dos anos 80] ouve, no celular, o momento em que sua filha, em viagem à Europa, é sequestrada. Ele irá, então, usar seus conhecimentos de militar para encontra-la antes que seja vendida como escrava em algum rincão escondido do mundo…

E duas correções: Ao contrário do publicado nas Estréias da semana – 26/09, Fay Grim teve sua estréia adiada [Sem alarde] pra 17 de outubro. E Bolas em Pânico, anunciado nas Estréias da semana – 12/09, teve sua estréia jogada lá pra 5 de dezembro. Antes tarde do que nunca… E desculpae, Luli!

Busca Implacável (Taken)

Cinema quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 3 comentários

Quando fiquei sabendo desse filme, senti um arrepio na espinha. Logo pensei: Porra, SENTENÇA DE MORTE VIBRATIONS!, e estava contando os dias pra ver logo este longa. Não é um Sentença de Morte, segue uma linha um pouco diferente. Mas, ainda assim, é espetacular!

Em Busca Implacável, Bryam (Liam Neeson) escuta, pelo celular, o momento do seqüestro de sua filha por uma gangue especializada no tráfico de mulheres. Agente aposentado do serviço secreto, Bryan tem de enfrentar o primeiro desafio, que é a distância entre Paris, local do seqüestro, e Los Angeles, aonde se encontra.

Liam Neeson é um tio com uma puta cara de coitado, eu acabei não botando muita fé no filme só por causa dele. Porém, após 30 minutos de filme, o cara já me convenceu de que quem vê cara, escreve pra concorrência. O cara é foda, e encarna um personagem de uma supremacia sensacional. Em Busca Implacável, você vê um misto de diversos filmes do gênero, mas eu diria que este misto traz só as melhores partes de cada um desses filmes. Foi como se alguém finalmente aprendeu a fazer um filme de perseguição/vingança, sabe? Mas é lógico que este não é o melhor do gênero, não vamos generalizar.

Coitado?

O que eu quero dizer é que este “mercado” está terrivelmente saturado. E quando eu digo terrivelmente, é porque tem muita merda rolando aí. Ou cê vai DISCORDAR?

O suspense é bom, e acho que é aí que o filme peca por não inovar. Porém, sempre há alguma surpresa, mas muitas vezes elas são forçadas. Típico do gênero, claro, até parece que cê nunca assistiu a um filme do Steven Seagal. Mas não vá se enganar, Busca Implacável segue os limites da física, não tem nada inacreditável de tão forçado. Mas tenho que afirmar: Bryam não é tão humano, ele se comporta como um robô diversas vezes. Frieza, excesso de supremacia ou síndrome do Keanu Reeves?

Esse tio é ainda pior na telona, acredite.

Busca Implacável empolga, sem frescura alguma. Se você assistir e não curtir, eu posso me explicar: Você é noob.

Busca Implacável

Taken (93 minutos – Ação / Suspense)
Lançamento: 2008, França
Direção: Pierre Morel
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Xander Berkeley

Natascha Stellmach disse que irá fumar Kurt Cobain!

Música quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 4 comentários

Direto do Whiplash:

A artista alemã Natascha Stellmach (38), famosa por obras polêmicas inspiradas em Adolf Hitler e temas semelhantes, afirmou que irá fumar as cinzas do líder do Nirvana, Kurt Cobain, em um baseado.

Segundo a New Musical Express, as cinzas estariam em posse de sua viúva, Courtney Love, mas foram roubadas. Stellmach disse que adquiriu os restos mortais de Kurt e os fumaria como parte de sua exibição na galeria Wagner + Partner, em Berlim.

A previsão da artista é que as cinzas sejam fumadas no dia 11 de outubro, última dia da exibição chamada “Set Me Free”.

Natascha Stellmach ainda falou que o ato de fumar as cinzas do roqueiro irão libertar sua alma atormentada pela mídia. Sobre a legitimidade dos restos mortais, ela não informou nada que pudesse comprovar que as cinzas adquiridas são realmente de Kurt e também não informou de quem as comprou.

“Isso é confidencial e meio mágico. Elas vieram até mim. E eu vou libertá-lo”, disse à repórter da revista Artworld.

Essa aí é absurdamente maluca. Não por querer fumar as cinzas de um morto, é claro, todo mundo faz isso. Mas, porra, PRA QUÊ botar maconha no meio das cinzas? Fumando SÓ o Kurt, já daria uma overdose logo na primeira tragada.

Cadê os grunges pra salvar o que restou do cara, aliás?

Saiba mais detalhes sobre o filme Resident Evil: Degeneration

Cinema quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 3 comentários

Eu vi isso ontem à noite, mas estava com preguiça de traduzir e estava sob o efeito de um anti-inflamatório SONÍFERO, então caí no sono. Hoje o Omelete já deu o furo, então fica mais fácil dar a sinopse procês:

Na trama, o “Incidente Umbrella” que aconteceu em Racoon City encerrou-se com o ataque de um míssil disparado pelo governo para erradicar a infestação zumbi. Na seqüência da catástrofe as ações da Umbrella Corporation despencaram, levando a gigante à falência. Sete anos depois, em um aeroporto no coração dos Estados Unidos, um avião inadvertidamente entrega uma carga letal. Agora, nesse local que rapidamente se enche de desmortos, o terrível desastre pode acontecer novamente, exigindo que Leon e Claire voltem à guerra contra os furiosos zumbis.

Vale lembrar que o filme é totalmente computadorizado, sem atores cagando no pau. O lançamento será direto em DVD, mas o Japão vai passar nas telonas. O que interessa é que aqui, no ocidente, o DVD sai em Novembro. Mas como tudo chega mais tarde no Brasil, quando será que o teremos?

Se você quer assistir ao trailer do filme, se liga nos artigos relacionados aí.

2 garotas, 1 joystick (+18)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 14 comentários

Então, pra começar, gostaria de fazer um questionamento relevante aos leitores aqui presentes:

QUEM GOSTA DE VER MULHER SE PEGANDO LEVANTA A MÃO

Ah, seus safadinhos. Vocês são um bando de malandrófilos mesmo. Mas não os culpo. Afinal, quem não aprecia ver duas fêmeas se atracando, roçando e esfregando, enquanto promovem uma troca saudável e generosa de fluidos corporais para nosso deleite visual? Até mesmo pequenas e rápidas provocações são suficientes para levantar pensamentos nefastos e libidinosos no meu célebro:

Bater bundinha: isso deveria ter uma olimpíada específica, envolvendo bundinhas redondinhas de todas as nações do mundo, reunidas num evento esportivo de paz e confraternização em torno de bundinhas, bundas e bundonas chocando-se umas com as outras e gerando ondas sísmicas de prazer visual. Isso deveria ser ensinado nas escolas, para que as pequenas fêmeas desenvolvessem suas habilidades desde cedo, se tornando proficientes batedoras de bunda quando chegassem à idade do abate. Esse tipo de coisa pode CURAR O CÂNCER.

Todos nós sabemos que isso é só provocação, utilizada com o intuito de fazer os machos da espécie colocarem a língua pra fora e babarem litros de saliva em antecipação aos atos que só ocorrerão em suas mentes sujas (na maior parte das vezes). Mas ô: ME PROVOCA AÍ, MANO:

Caralho, isso que é divulgação boa de Dead or Alive; as intenções homoeróticas neste vídeo foram muito gratuitas e quase completamente inúteis para o jogo em questão. Só que: TÔ NEM AÍ. Na minha opinião, qualquer coisa é desculpa para botar duas gostosas junto se esfregando. Isso é saudável, é bonito, é prazeroso e deveria ser feito com mais frequência. No dia em que eu for presidente do mundo, prometo que o bissexualismo feminino será mandatório entre gostosas. Votem em mim.

Aliás, isso me lembrou do quanto vocês são noobs. Cara, eu continuo impressionado com a virgindade e conservadorismo das pessoas que frequentam essa porra desse site. Sério, depois de ter que moderar os comentários desse texto da Bel, eu senti vergonha alheia. Vergonha de pertencer a uma espécie que ainda vê sexo como um problema a ser discutido com argumentos altamente preconceituosos e vitorianos. É por isso que eu gosto dos vídeo-games; lá as pessoas são bem mais legais do que as pessoas no mundo real. Até mesmo um jogo de “brincar de casinha” como The Sims já incorporou o amor entre as mulheres sem maiores problemas:

Eu acho surpreendente que um jogo da Electronic Arts possa fazer crítica social. Eu acho impressionante que esse tipo de coisa ainda possa ser usada como chamariz, como se fosse algum comportamento desviante, errado ou transgressor:

É lógico que eu faço questão de promover esse tipo de coisa na minha coluna. Se esse espaço serve pra alguma coisa, é justamente para tentar aumentar a quantidade de prazer no mundo. Vídeo-games são satisfação hedonista, são busca de prazer e envolvimento sensorial. Até mesmo quando um jogo é ruim, como Rumble Roses, ele deve ser apreciado pelo que realmente interessa: MULHERES SE PEGANDO GOSTOSO

Isso aí é SÉQUIÇO, cara. SÉQUIÇO com um quê sadomasô. Luta no ringue seria umas das alternativas de esportes que constariam das Olimpíadas, quando eu for presidente do mundo:

Votem em mim.

Como Hanna-Barbera dominou o mercado das animações

Televisão quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 6 comentários

A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.

Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.

Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.

Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera

Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.

O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.

Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.

Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos

Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.

Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.

Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?

Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.

Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.

Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA

A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.

Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.

Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem

Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.

Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.

Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.

Afinal, isso aqui tem que durar.

confira

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