Attitude. Punk, Hardcore, empolgação e REGGAE numa banda só? Opa, é aqui mesmo.
Pay to Cum. Pela PRIMEIRA vez no Brasil, uma das bandas mais empolgantes da cena Hardcore da galáxia se apresentará no Brasil. Serão apenas três apresentações, então é melhor você correr.
São Paulo
09/04 – Easy
Recife
11/04 – Abril Pro Rock
Rio de Janeiro
12/04 – Circo Voador
Pedrada, rapaz. Querem mais? Que tal vocês pedirem ao Piratão uma matéria sobre a banda? ORRÃâ€!
Não sei como vocês encaram uma sessão de cinema, mas ao se observar a sinopse de ANTES DE PARTIR, a primeira impressão é de deja vu. Com certeza você já viu este filme antes, o roteiro une dois subgêneros bastante conhecidos do público: road movie e o filme sobre amizade entre estranhos; logo, o roteiro do filme é – nada mais, nada menos – mais do que o óbvio do que se podia esperar.
No entanto, para mim, as observações acima em nada atrapalharam as risadas e a emoção que os dois protagonistas, Jack Nicholson e Morgan Freeman, passam para quem os assiste. O roteiro deve ter construído os personagens em cima das características (ou fama) de cada intérprete; Nicholson é um multimilionário bon vivant casado diversas vezes e, ao descobrir sua doença, se descobre também sozinho. Já Freeman é o cara família que abriu mão de seus sonhos para viver uma vida simples ao lado da mulher e dos filhos. Ambos são diagnosticados com meses de vida devido a um câncer e, ao dividirem o quarto do hospital, após um primeiro tratamento de quimioterapia, resolvem cumprir uma série de desejos e fantasias listados numa lista, como saltar de paraquedas; conhecer as pirâmides; o Taj Mahal; fazer uma tatuagem; etc. Seqüências estas que claramente são criadas através de efeitos digitais, soando falso e desnecessárias.
Mais clichê impossível, mas ver estes dois grandes atores em cena quase á totalidade do filme é um deleite. Claro que o filme não é tão fantasioso, procurando dar uma subtrama realista para cada personagem: enquanto Freeman enfrenta a resistência da mulher que gostaria de ficar ao seu lado nestes últimos meses, Nicholson possui uma pendência com uma filha que não vê, nem fala há anos. A direção de Rob Reiner já foi mais eficiente, como em Conta Comigo (outro filme sobre amizade que também tinha um aspecto road movie), mas, pelo menos, se tem a impressão de que os atores estão á vontade num roteiro que acaba sendo formulaico.
No final, cada personagem ensina uma lição para o outro, em meio a risadas e discussões. Para o espectador fica a sensação de um bom passatempo e aquela inevitável pergunta: no seu caso, o que você colocaria numa lista de coisas a fazer antes de morrer?
Antes de Partir
The Bucket List (97 minutos – Comédia) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Rob Reiner Roteiro: Justin Zackham Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Beverly Todd, Alfonso Freeman
Cavalera Conspiracy era a minha aposta do ano. É simplesmente sensacional ver os irmãos Cavalera voltando a tocar juntos; e é impossível imaginar que algo ruim está por vir. Até que me deparo com um álbum acima das expectativas.
Faixa-a-faixa
O álbum começa extremamente nervoso: Inflikted é o primeiro som e, acredite, vai ser difícil você sair vivo dessa. Você sente um PUTA toque “Sepultura” nesse som, é incrível. Peso, velocidade e, é claro, Max Cavalera estourando a garganta. Uma viagem sonora, definitivamente. Solo impecável. PEDRAAAAAAAADA! Quase um revival do Sepultura. Um revival contemporâneo. Sanctuary mantém o ritmo, mantém a nostalgia acesa. Cara, Igor e Max são o casal perfeito do Metal. Não tem pra ninguém. E o som não é só pedrada: há um trecho calmo, marcando o suspense de o que está por vir. Uma pedrada MAIOR AINDA vem; Thrash Metal de primeira. Terrorize é um som nervoso, respeita MESMO o nome. Posso ser ousado ao dizer que esse som lembra MUITO, MUITO de PRA CARÍI, o início de carreira do Metallica. Imagina a pedrada. O vocal “latido” de “Fight Fire With Fire”. É uma loucura.
Estamos só na terceira faixa e você já está completamente satisfeito. O álbum poderia terminar aqui. Mas não, Black Ark chega detonando. Detonando. Um som que dá medo e empolga ao mesmo tempo. Um trabalho SENSACIONAL. Repare como é difícil transmitir o que eu sinto ao ouvir este som. Ultra-Violent é outro som que respeita seu nome. Ousadia mais uma vez: A experiência de ouvir o álbum até agora é pensar em uma fusão de Sepultura, Metallica (no início) e Pantera. Isso, pra mim, é um PUTA elogio; e, como eu já tive overdose dessas bandas, posso dizer com veemência que essas semelhanças são claras. Hex é uma pedrada veloz, daquelas que causaria mortes em um bate-cabeça. Até em um som relativamente mais cru os caras fizeram um trabalho sensacional. Absolutamente respeitável.
The Doom Of All Fires é mais um Thrash EMPOLGANTE, mas aguarde por um som sem a gritaria tradicional. Slayer. Cara, como esse som me lembra Slayer. SOQUE sua cabeça contra a parede ouvindo essa PEDRADA. Bloodbrawl é um daqueles sons que, provavelmente, você vai acabar decorando a letra logo. Ritmo alucinante. Um solo que traz de volta o Metal mais clássico; Cavalera Conspiracy marca a revolução do Metal com este álbum. Não tem pra ninguém.
Nevertrust, mais uma trilha pra um bate-cabeça mortal. Mais um som que nos leva aos tempos primórdios do Thrash Metal. São 2 minutos e 22 segundos de uma sonzeira que vai te TIRAR desse mundo; literalmente se você estiver em um bate cabeça. Hearts Of Darkness mantém o ritmo sensacional mantido no álbum inteiro: Peso; som cru e, ao mesmo tempo, bem trabalhado; e nostalgia. Esqueça as bandas que eu citei acima: Relembre-se dos bons e velhos tempos do Metal Pesado. São os pioneiros do Metal trabalhando juntos novamente. Must Kill encerra então esta obra prima em grande estilo, mais uma vez relembrando os velhos tempos de Sepultura. Mas não é Sepultura. Não é um misto de Pantera, Metallica, Sepultura e Slayer. É uma banda nova. É uma banda revolucionária. Cavalera Conspiracy encerra o álbum te obrigando a pressionar o botão REPEAT do seu som e ARRANCAR o botão POWER.
Crítica geral
Ao ouvir o álbum Inflikted, é quase obrigatório perceber a semelhança do som com algumas das bandas de Thrash Metal que fizeram a história do mesmo. Mas no fim você percebe que não é uma “comparação”; é pura nostalgia. Os sons são únicos, porém, mesmo contemporâneos, marcam perfeitamente como era o Metal Pesado daquela época. Cavalera Conspiracy, definitivamente, é uma banda que não só veste a camisa – faz valer á pena.
Iggor e Max Cavalera são grandes veteranos da área, é impossível falar mal do trabalho dos caras. Não pela importância dos caras, mas pelo fato de eles terem feito o dever de casa e nos proporcionar essa viagem espetacular regada a peso e velocidade. Empolgação não falta no trabalho de ESTRÉIA dos caras, e dá pra sentir que muita coisa boa está por vir.
Há tempos eu não ouço um álbum tão bom neste gênero. E foi completamente inesperado receber essa pedrada respeitável na cara. Ílbum completamente acima das expectativas, sem dúvida alguma. Agora você tem mais um motivo para ter bom gosto musical. Tanga.
Lançamento: 2008 Gênero musical: Thrash Metal Faixas:
1. Inflikted
2. Sanctuary
3. Terrorize
4. Black Ark
5. Ultra-Violent
6. Hex
7. The Doom Of All Fires
8. Bloodbrawl
9. Nevertrust
10. Hearts Of Darkness
11. Must Kill
Apesar de gostar da filmografia dos irmãos Coen, nunca “morri de amores” por seus filmes. Considero Fargo ainda sua melhor obra, até porque o que mais admiro no cinema dos cineastas/roteiristas é o humor negro espontâneo quase sempre presente nos seus filmes ou em, pelo menos, alguns de seus personagens.
Mesmo não sendo meu favorito são inegáveis as qualidades de ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ – grande vencedor do Oscar 2008. Com uma trama a princípio simples, um homem comum (Josh Brolin, inegavelmente num bom momento) encontra no meio do deserto uma mala com muito dinheiro e passa a ser perseguido por um frio assassino e, no encalço dos dois, um xerife já cansado da vida.
Mais simples impossível, mas a trama que se passa nos anos 80 retrata o clima árido e seco do Texas assim como de seus personagens. Sem contar com trilha sonora alguma, sobram momentos de tensão e muito sangue, como na cena do confronto dos personagens no hotel, em contraste com o silêncio das paisagens desérticas (mérito de Roger Deakins, diretor de fotografia) ou mesmo os diálogos introspectivos do xerife Tom Bell (Tommy Lee Jones, em papel ideal).
No entanto, a criação do psicopata assassino Anton Chigurgh pelo ator Javier Bardem é, para mim, o grande trunfo do filme. A personificação fria e calculista, os olhares demoníacos e o tanque de ar comprimido como arma são desde já ícones do cinema moderno; poucas vezes o cinema criou um personagem tão marcante. Mérito, também, do roteiro dos Coen.
Impecável a criação de Bardem
Claro que, privando os espectadores de verem o confronto final dos personagens e sendo o final do filme interrompido abruptamente sem clímax algum, ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ possa desagradar á maioria; no entanto, quem já apreciava o filme somente dará falta do universo rico e de personagens tão interessantes e instigantes.
Curiosidade: além de dividir com O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, o gênero e o diretor de fotografia, Roger Deakins (indicado por ambos os filmes ao Oscar 2008), há a presença do ator Garret Dillahunt em ambos os filmes, aqui como ajudante de Tommy Lee Jones e em Jesse James como comparsa do bandido. Além disso, Dillahunt foi figurinha fácil na telinha americana nesta temporada, estando presente em diversos episódios de séries como Damages, Life e, atualmente, em The Sarah Connor Chronicles.
Onde os Fracos Não Têm Vez
No Country for Old Men (122 minutos – Drama/Faroeste) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Joel e Ethan Coen Roteiro: Joel e Ethan Coen Elenco: Josh Brolin, Javier Bardem, Tommy Lee Jones, Woody Harrelson, Kelly MacDonald, Garret Dillahunt
Dexter – 1ª Temporada: Considero o pack de dvd de séries uma ótima opção para quem não possui tevê á cabo ou, se possui, não precisa ter paciência de esperar a cada semana o desenrolar da trama. Dito isto, Dexter é uma das mais ousadas séries de suspense policial dos últimos anos – já em produção para a terceira temporada. Nela, o personagem central (Dexter) é um assassino em série que trabalha para a policia ajudando, justamente, na investigação de outros assassinatos em série. Pensando como um deles, Dexter age com maior facilidade para entender a motivação e investigar quem está por trás de crimes terríveis e cruéis. Ele, por seu lado, satisfaz a sua necessidade de matar descontando nesses criminosos que escapam da justiça – seus desejos assassinos. Sem dúvida uma des melhores séries do momento, com um personagem extremamente rico e bem caracterizado, imperdível. A série já foi matéria no AOE, clique aqui.
Leões e Cordeiros: Dirigido pelo ator Robert Redford (presente no filme), Leões e Cordeiros abre o tema sobre a guerra do Iraque; suas motivações, conseqüências e manobras políticas. Uma pena que, para quem tem um conhecimento mais geral sobre os fatos, o filme soa meio que “notícia velha”, faltou um aprofundamento das questões. Na trama, Arian (Derek Luke) e Ernest (Michael Penãoa) são dois alunos universitários inspirados por seu professor cheio de ideais, Dr. Malley (Robert Redford). Desejando fazer algo de importante em suas vidas, resolvem se alistar no Exército e entrar na linha de fogo no Afeganistão. O filme acompanha as histórias pessoais desses dois personagens, que representam dois lados opostos da sociedade norte-americana. Além disso, em Washington D.C., o senador Jasper Irving (Tom Cruise) – carismático candidato á presidência dos EUA – está prestes a contar uma história bombástica á jornalista Janine Roth (Meryl Streep), a qual pode determinar para sempre os destinos de Arian e Ernest. Crítica no AOE.
No Vale das Sombras: Do roteirista do momento, Paul Haggis (vencedor do Oscar por Crash – No Limite), No Vale das Sombras rendeu uma indicação de melhor ator para Tommy Lee Jones (num papel sob medida para seu talento). Na trama, depois de retornar da Guerra do Iraque, um soldado desaparece e é considerado foragido do exército. Seu pai, um ex-policial militar, e sua mãe recebem um telefonema com as notícias. Agora, o pai parte em busca do filho com ajuda da detetive Emily Sanders (Charlize Theron, de Monster). Conforme as investigações avançam, o que parecia um caso de pessoa desaparecida acaba se tornando um possível caso de assassinato. Isso faz com que Sanders e o pai da vítima enfrentem o alto escalão do exército. Quando a verdade sobre o trabalho de seu filho vem á tona, o pai precisa reavaliar as suas crenças e os objetivos de uma guerra que não parece necessária. No elenco estão Tommy Lee Jones (de Três Enterros) e Susan Sarandon (de Os Últimos Passos de um Homem). Haggis acerta ao diminuir o tom dramático e manipulador apresentado em Crash; a trama soa mais natural e o recado do filme verdadeiro.
Santos e Demônios: Filme que passou rapidamente nos cinemas, mas que chama atenção pelo qualificado elenco. Nomes como Robert Downey Jr., Shia Labeuf, Dianne Wiest, Rosario Dawnson e Chazz Palminteri. A trama, cuja produção executiva é assinada pelo cantor Sting, mostra o crescimento do jovem Dito (Robert Downey Jr. e Shia LaBeouf na adolescência) em Nova York. Enquanto seus amigos acabam mortos, drogados ou presos, ele cresce achando que foi salvo por santos nos quais só ele acredita.
Hairspray – Em Busca da Fama: Este filme, indicado a três Globos de Ouro, é baseado em um filme de 1988, do cineasta John Waters. Com um elenco que tem John Travolta (de A Senha: Sworfish), Queen Latifah (de Chicago) e Christopher Walken (de Mulheres Perfeitas), entre outros, conta uma história divertida que mistura musica e um pouco de drama. A trama se passa nos anos 60 e retrata o sonho de todo adolescente: aparecer no programa de dança mais popular dos Estados Unidos, o The Corny Collins Show. É quando entra em cena uma garota cheinha e que tem como grande paixão em sua vida a dança. Mesmo fora dos padrões de beleza, ela consegue impressionar os jurados e ganha espaço na atração, acabando com a hegemonia de uma outra garota. Mas a competição se torna mesmo pessoal quando as duas começam a brigar pelo amor de um mesmo garoto. Crítica no AOE.
O Preço da Coragem: Filme do diretor Michael Winterbottom (de 9 Canções e Caminho para Guantanamo), baseado na história real e trágica da busca de uma esposa por seu marido – um jornalista que desapareceu e foi assassinado ao cobrir a guerra no Oriente Médio. A produção conta com uma grande atuação de Angelina Jolie como a esposa grávida do jornalista. Em 23 de janeiro de 2003, o jornalista, do Wall Street Journal, da Inglaterra, está escrevendo uma matéria sobre um homem-bomba. Algumas informações o levam até Karashi, onde um homem lhe prometeu uma boa fonte para a matéria. Dali ele jamais retorna, o que faz com que sua esposa desafie perigos e tome a decisão de escrever um livro para que seu filho fique sabendo como era o pai que nunca vai conhecer. Crítica no AOE.
Antes só do que Mal Casado: Eddie Cantrow (Ben Stiller) é um solteirão convicto, que jamais teve coragem de ter um relacionamento sério e duradouro. Isto muda quando ele conhece Lila (Malin Akerman), uma mulher sexy e aparentamente fabulosa. Pressionado por seu pai (Jerry Stiller) e Mac (Rob Corddry), seu melhor amigo, Eddie decide se casar com ela, mesmo conhecendo-a há apenas seis semanas. Porém, quando eles rumam para a lua-de-mel no México, Lila demonstra ser uma pessoa bem diferente da que Eddie conheceu, tornando-se uma mulher insuportável. Irritado com a transformação de sua esposa, Eddie conhece Miranda (Michelle Monaghan), uma jovem por quem se apaixona. Agora ele precisa encontrar um meio de manter Lila afastada, para que possa conquistar Miranda. Comédia dos irmãos Farrelly (de Quem Vai Ficar com Mary?), não tão engraçada, mas tem seus momentos. Pelo menos há a beleza da atriz Michelle Monaghan.
Sim, podem entrar em depressão. Em um show na semana passada, mais precisamente no dia 20 de Março, Scott Weiland, vocalista da banda, virou para a platéia e disse: “Vocês estão assistindo algo especial… a última turnê do Velvet Revolver!”. Após isso, o cara jogou o microfone no chão e caiu fora, voltando depois para terminar a canção It’s so Easy e… caiu fora. O baterista da banda, Matt Sorum, comentou sobre o incidente. Confira as palavras do cara, devidamente roubadas do Whiplash:
“Então, a última noite foi muito interessante. Houve um pequeno conflito no palco, como vocês devem estar sabendo.
Estar em uma banda é como manter uma relação. Não vou mentir, ás vezes é difícil conviver com isto. Minha carreira e vida dentro do Rock´n´Roll é recheada de altos e baixos. Infelizmente algumas pessoas neste ramo não enxergam o quão grande é a vida que levam. Viajam pelo mundo, conhecem pessoas muito interessantes e fãs em todos os lugares e apenas precisam tocar para viver. Me sinto abençoado. Mas de vez em quando estar na estrada longe de casa e da família se torna cansativo. Pessoalmente amo tudo isto e me sinto afortunado de fazer isto para viver.
Todos viram quem estava infeliz na última noite, e tudo o que posso dizer é que mantenham o Rock vivo!!! Nesta vida o que se pode fazer é viver e seguir adiante, e não deixar que ninguém te atrapalhe.”
Agora o que nos resta é torcer para que seja apenas um chilique de Scott, ou que isso seja só um pesadelo. Porra, a banda mais sensacional da atualidade não pode parar.
Alguém mais observou que nestes últimos anos houve uma verdadeira invasão de filmes com a singular frase na abertura “baseados em fatos reais”? Daqui há alguns anos até poderemos classificá-los como um gênero próprio, tamanha a oferta de filmes com este rótulo.
O segredo é simples: filmes com este tema abordam histórias humanas, personagens carismáticos e/ou fascinantes (para o bem ou para o mal), normalmente lacrimejantes, que enaltecem o espírito humano frente ás dificuldades extremas ou cotidianas.
A maioria dos filmes são dramas como Meninos Não Choram, que rendeu o Oscar de melhor atriz para Hillary Swank, que relatava a história de uma garota, Teena Brandon, que se comportava e vestia como um garoto, adotando o nome de Brandon Teena. Outros exemplos, seriam os filmes que, também, renderam Oscar para Julia Roberts, Erin Brockovich, e mais recente, Marion Cottilard, Piaf – Um Hino ao Amor.
Ainda na categoria de dramas há diversos filmes que relatam a vida de personagens exóticos como artistas (Amadeus), cantores (Johnny & June e lendas do cinema (strong>Ed Wood). Notem que para quem quiser ser o vencedor do Oscar esta fórmula é uma excelente dica.
Mas, mais do que filmes históricos e de personagens dramáticos, ainda sobram abordagens diferentes destas regras. Por exemplo, O Exorcismo de Emily Rose, que é um excelente suspense, principalmente pelo confronto da religião com a ciência, é baseado na história verídica de Anneliese Michel, uma jovem alemã que passou pela mesma situação de Emily Rose nos anos 70.
Seguindo uma linha mais conspiratória, os suspenses Munique, de Steven Spielberg, sobre os desdobramentos do atentado contra os judeus nas Olímpiadas em setembro de 72; ou mesmo, no mais recente, historicamente falando, O Informante, com Al Pacino e Russell Crowe, num filmaço sobre os bastidores de uma reportagem denunciando a indústria tabagista – imperdível se você não assistiu.
Mas nem só de história ou personagens densos vivem os filmes baseados em fatos reais. Um exemplo fácil de citar é o divertido e bem produzido Prenda-me se For Capaz, que mostrava história de um criminoso (o jovem Frank Abgnale Jr.), mestre em disfarces, que acaba se tornando consultor do FBI depois de ser um dos crimonisos mais procurados do EUA.
Um dos campeões de presença nestes filmes é Denzel Washington; temos desde o recente Gângster a Malcolm X e Hurricane, ambos figuras históricas; e no esportivo Duelo de Titãs.
O que faz esta fórmula cansar (mesmo que ainda seja um sucesso absoluto junto ao público) é sua falta de originalidade. Normalmente estes filmes são realizados para televisão – com exceção de uma minoria – e possuem uma estrutura de roteiro passional, exagerada e nada inovadora (a grande maioria, pra deixar bem claro).
É overdose de zumbis aqui no AOE, e como todo bom marvete eu não consigo pensar em zumbis sem lembrar de Marvel Zombies. A série foi iniciada por mark Millar, e ficou famosa principalmente por causa de Arthur Suydam e suas capas, zumbificações de capas clássicas da Marvel. Com clima e humor mórbido, Marvel Zombies está entre os melhores lançamentos da editora nos últimos tempos. E é justamente por isso que eu fiz esse guia cronológico. Você não precisa seguir esta ordem (até porque a ordem de lançamento foi outra completamente diferente), mas seria legal se o fizesse. Sem mais demoras, vamos ao que interessa:
Army of Darkness vs Marvel Zombies (John Layman e Fabiano Neves)
Você provavelmente já viu o filme ou leu alguma resenha (como a que o Piratão fez) de Army of Darkness. Pois bem, este belíssimo crossover começa após o término da décima terceira edição de Army of Darkness, publicado pela Dynamite Comics. O protagonista Ash Williams foi transportado para a Nova Iorque da Terra 2149, algum tempo antes do início da epidemia zumbi. Enquanto assistia uma briga entre o Demolidor e um dos membros da Gangue da Destruição, Ash é abordado por uma velha possuída por um dedite. Ela o avisa sobre o futuro sombrio deste universo, e diz que um exército das trevas iria se levantar. Ash vai para a Mansão dos Vingadores, avisá-los sobre o perigo, mas é dado como louco e posto para fora. Logo em seguida, os Vingadores recebem a notícia de que algo estranho está acontecendo no centro da cidade.
Ash tenta avisá-los novamente, mas é pego pelo Homem-Aranha e levado para longe. Ash conta sua história, até que os dois percebem que os Vingadores foram “mortos” por uma versão zumbi do Sentinela. O Homem-Aranha é mordido pelo Capitão América, e deixa Ash cair num beco. O nosso herói (no caso, Ash) é então cercado por heróis zumbis, mas acaba sendo salvo pelo Homem-Aranha. Preocupado com Mary Jane a sua tia May, o Aranha deixa Ash no topo de um prédio e vai para casa, mesmo estando infectado. Em meio a tanto caos e zumbis super-poderosos, Ash decide dar uma de messias e tentar salvar este mundo. Como? Com o Necronomicon. O único problema é: Onde está o livro?
Este é o “capítulo” mais bem-humorado da Saga dos Zumbis Marvels, e esclarece algumas dúvidas quanto a origem dos zumbis. As capas seguem a mesma linha de “capas clássicas zumbificadas”, e a arte de Neves é ótima. Leitura obrigatória para quem quer se adentrar no Universo dos Zumbis Marvel e para fãs de Evil Dead.
Marvel Zombies: Dead Days (Robert Kirkman e Sean Phillips)
Dead Days começa exatamente após o Homem-Aranha ter abandonado Ash, e se segue paralelo aos acontecimentos de Army of Darkness vs Marvel Zombies. Peter vai para seu apartamento com a intenção de salvar MJ e May, mas acaba sendo dominado pelo vírus e as devora.
Enquanto isso, os heróis sobreviventes se reúnem no Heliporto flutuante da SHIELD. Nova Iorque está devastada, e alguns dos super-seres mais poderosos dos EUA já foram transformados. Nick Fury resolve apostar alto nos dois homens mais inteligentes vivos: Reed Richards e Tony Stark. Reed se encarrega de procurar uma cura, e Tony de criar um portal para transportar os sobreviventes para uma outra dimensão. Mas tempo é algo escasso, e os zumbis se reúnem para um ataque ao Heliporto…
Dead Days fecha a origem dos zumbis de forma maestral. Se Army of Darkness explica alguns pontos da série, Dead Days esclarece todo o resto. De todas as edições desenhadas por Sean Phillips, esta é certamente a melhor. Dead Days é um One-Shot (edição única).
Ultimate Fantastic Four: Crossover (Mark Millar e Greg Land)
Foi durante as edições 21 a 23 de Ultimate Fantastic Four, no arco intitulado “Crossover”, que surgiu o conceito dos zumbis Marvel. Enquanto “brincava” com seu portal dimensional, Reed recebe uma mensagem vinda dele mesmo, em uma outra dimensão. Os dois batem altos papos, até que o Reed do universo desconhecido chama a versão Ultimate para um encontro. O ingênuo Ultimate Reed aceita, e ajusta o portal dimensional. Mas chegando lá, ele se depara com uma Terra totalmente diferente do que esperava: a Terra 2149, lar do zumbis Marvel.
O jovem estava prestes a ser devorado vivo quando foi salvo por um aliado inesperado, talvez a única pessoa capaz de sobreviver a tal situação. Falo de Magneto, o mestre do magnetismo. O mutante o leva até um esconderijo, onde se refugiavam também um homem e sua filha. Reed não sabia, porém, que enquanto ele se escondia, o Quarteto zumbi se dirigia á sua dimensão…
Crossover é o primeiro dos quatro arcos escritos por Mark Millar para a revista, e o início da melhor fase do Quarteto Ultimate (tanto em roteiro quanto em arte) e uma das séries mais interessantes da Marvel.
Marvel Zombies (Robert Kirkman e Sean Phillips)
O capítulo mais conhecido, Marvel Zombies dá continuação aos acontecimentos de Crossover. Magneto acabou de destruir o portal, e está cercado por zumbis. Ele corre e resiste por um tempo, mas acaba sendo morto. E eu me refiro a morte permanente. O resto da mini é focada exclusivamente nos zumbis. Eles devoraram todas os seres do mundo, e agora não têm o que comer. A única exceção é o Dr. Hank Pym que, como visto em Dead Days, esconde o Pantera Negra em seu laboratório e arranca pedaços dele quando tem fome.
Temos então um curto período de desenvolvimento de personagens antes do aparecimento do Surfista Prateado. Os zumbis têm uma certa dificuldade para enfrentá-lo, mas nada comparado ao que vem pela frente. Afinal, os zumbis podem ter devorado todos os seres do planeta, mas ainda assim não são nada quando comparados ao maior devorador do universo: Galactus!
Mórbida, divertida e mórbida de novo, Marvel Zombies incomoda em algumas partes (pelo fato de mostrar ícones da Marvel zumbificados e desumanos), mas no geral é uma ótima leitura. Ponto para Kirkman, o Rei Zumbis dos quadrinhos.
Ultimate Fantastic Four: Frightful (Mark Millar e Greg Land)
Essa parte é meio confusa (cronologicamente falando), e não sei ao certo onde se encaixa na cronologia. Arrisco dizer que acontece durante Marvel Zombies. Dr. Doom põe em prática sua vingança contra Reed, e o Quarteto zumbi está em seus planos. Bom, isso é tudo que posso falar, qualquer informação adicional estragaria esse arco e o plot twist surpreendente do final. Dadas as circunstâncias não tenho mais o que falar desse arco, a não que aquele que não for fã do Dr. Doom, está prestes a se tornar um.
Black Panther: Hell of a Mess (Reginald Hulin e Francis Portela)
Este arco do medíocre volume 3 da revista do Pantera Negra não tem muita importância para a série. Reed Richards e Sue Storm estão em sua segunda lua-de-mel, e enquanto eles estão fora, T’challa e Tempestade completam o Quarteto. E em meio a uma aventura bizarra viajando por entre as dimensões, o novo Quarteto vai parar no planeta dos Skrulls. Situação desagradável? Com certeza. Mas não tão desagradável quanto a chegada dos zumbis Marvel no planeta. Pois é, agora é zumbis Marvel vs Quarteto de T’challa!
Esta é uma revista que não fede nem cheira, e o Pantera Negra é um bom personagem que vem sido mal-aproveitado, mas este arco até que foi bacana. Não faz falta para a cronologia, porém.
Marvel Zombies 2 (Robert Kirkman e Sean Phillips)
Por fim, o último capítulo lançado. Recomendo que não leia esta parte se ainda não tiver visto o final de Marvel Zombies. Anos se passaram desde o dia em que os zumbis deixaram a Terra. Cansados de viajar pelo universo, e lamentando o fato de nenhum outro ser ter uma carne tão saborosa quanto os humanos, eles resolvem então voltar para a Terra, e reconstruir o portal dimensional.
Na Terra, T’challa, Janet e os acólitos administram um povoado e repovoam o planeta. Janet descobriu que quando um zumbi passa um longo período sem se alimentar, perde a fome. E é esta informação que divide o grupo de zumbis quando eles chegam. Parte deles resolve dominar o povoado e fazer uma criação de humanos, enquanto a outra decide lutar contra a fome. Prepare-se para a Civil War zumbi!
As batalhas estão sutilmente mais violentas, já que não há motivo para ter pena de destroçar zumbis. Marvel Zombies 2 segue a linha de qualidade de Marvel Zombies, e encerra a saga dos zumbis super-poderosos. Será mesmo?
A primeira coisa que falaram quando surgiu a idéia de fazermos uma coletânea de clipes com zumbis foi: “Thriller, Michael Jackson”. Pois bem, não existe melhor maneira de começar um post sobre clipes que com um indelével e indiscutível clássico.
‘Cause this is thrilleeeer… thriller niiight…
“Thriller” é de 1982, mas é, até hoje, o album que mais foi vendido no mundo (os números dizem algo entre cem milhões de cópias) e um dos clipes mais revolucionários da indústria. Na versão youtubesca “oficial” de Thriller, tem até uma declaração do Michael Jackson antes do clipe:
“Due to my strong personal convictions, I wish to stress that this film in no way endorses a belief in the occult” (tradução: “devido ás minhas fortes convicções pessoais, eu gostaria de ressaltar que este filme de maneira alguma endossa uma crença no oculto”)
Aí eu vos pergunto: o que houve com Michael? Ele era tão talentoso, cantava tão bem, criativo, inovador, o primeiro a fazer videoclipes como pequenos filmes e com coreografias que até ontem eram copiadas pelos Backstreet Boys, o primeiro negro a ganhar espaço na MTV… e hoje em dia tá aí, mais zumbi que nunca. Bom, esse é um tema prá um próximo post; o que importa nesse contexto são apenas os ZUMBIS (e não no sentido figurado da coisa).
Ah, claro… existe também uma cópia indiana de “Thriller” made in Bollywood. Eu IA colocar o vídeo aqui, mas achei muita queimação de filme. Mas uma coisa eu garanto: não só existe como vale a pena ver. Já sentiu aquela tal de “vergonha alheia”? Não? Então vai sentir assistindo esse clipe. Golimar-mar-mar-mar-mar…
Ainda falando sobre zumbis que dançam… aliás, você já viu algum zumbi de verdade dançar? Não? Ah, é… você nunca sequer VIU um zumbi de verdade. Que azar… eu não só vi, como converso com ele no MSN de vez em quando. Não vou contar quem é porque acho que é tipo uma identidade secreta, mas vou dizer que ele faz tirinhas e é um Pirata. No aumentativo.
Voltando aos zumbis que dançam, o que já é bem anormal, imaginem zumbis dançando vestidos de líder de torcida ao redor de uma japa rockeira ao som de uma música que coloca “rock” e “aleluia” na mesma estrofe. É o que você vai conferir no clipe “Hard Rock Hallelujah”, do Lordi (who?). Acredite se quiser: o clipe ficou ótimo. Vê aí.
Essa música é MUITO boa.
Agora, falando de zumbis de qualidade e que não dançam, apenas comem gente como todo zumbi normal, vamos ao punk rock (e quem vier comentar dando algum rótulo ridículo e/ou absurdo á banda vai apanhar) do Misfits, que estrelam esse excelente clipe. Zumbis são assustadores por si só, agora imaginem zumbis de moicano e spike? Meeedo.
Vale muitíssimo á pena assistir os zumbis perseguindo as pessoas num hospital, sem contar que a música também é ótima.
Seguindo a mesma linha de zumbis rockeiros, eis aqui “Zombies Ate Her Brain” da banda The Creepshow. Além de a música ser boa, achei o clipe super engraçadinho:
É uma zumbi bem pegável, né?
No mesmo estilo freak-engraçadinho, eis aqui “Fashion Zombies”, dos californianos The Aquabats!
Ainda temos uma parada completamente nonsense. Aqui você já viu zumbi punk, zumbi tatuado, líderes-de-torcida zumbis, zumbis indianos, zumbis com laquê no cabelo… agora você verá uma BANDA de zumbis. Com vocês, The Zombeatles cantando “A Hard Day’s Night of The Living Dead”.
“It’s been a hard day’s night… braaaaaaaaaaaain…” miacabei de rir.
Até os gótchiqueenhos trevosos do Moonspell entraram nessa onda de clipes com zumbis, na música “Everything Invaded”:
E eu não posso deixar de citar a engraçadinha da Nellie McKay. É um estilo completamente diferente do que se espera num clipe com mortos-vivos, já que essa música “Zombie” parece um jazz (bom, acho que é jazz. Alguém me corrige?), e ela canta num palco com um vestido formal. Pois é, zumbiiiis-zumbis de verdade não aparecem. Mas achei o clipe imperdível porque é repleto de takes de pessoas na rua imitando zumbis andando, então, vale mais pelas imitações e pela carinha bonitinha dela música que pelos zumbis.
Prá finalizar, um clipe que não é musical, mas é uma espécie de “manual de sobrevivência a zumbis” bem divertido. Se seu inglês não estiver muito capenga, assista e aprenda a sobreviver quando o dia em que os mortos saem de suas covas chegar.
E chega, né?
Ah, não chega, não? Quer tomar mais zumbi na fuça? Então vai lá ler o resto do Overdose, cara. Conteúdo morto-vivo e devorador de miolos é o que não falta por aqui.
Após termos alguns nomes confirmados, chegou a notícia tão esperada: QUEM será o Bison. E, melhor: O QUE será o Taboo, do Black Eyed Peas?
Neal McDonough (Minority Report) será o M. Bizon:
E, confirmando as suspeitas do Eric, Taboo será MESMO o VEGA!
Créditos para o FirstShowing.net pelas fotos, eu realmente estou compreguiça de editá-las do meu jeito. É plena madrugada de um feriado, tenha dó.
A direção do filme é por conta de Andrzej Bartkowiak (do sensacional Rede de Corrupção) e o roteiro é de Justin Marks (que tem na lista os filmes He-Man e SuperMax, que ainda estão pra começar). Lançamento? Só no ano que vem.