Uma longa lista de espera

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 25 de agosto de 2008 – 9 comentários

Ultimamente tenho mais livros pra ler do que tempo para fazer tal ato. Como nunca paro de comprar, acabou que agora tenho uma lista enorme de livros que são meus e que quero ler. Mas com a escolha de ler ou dormir, nos últimos tempos tenho escolhido a última opção, o que no fim de tudo está se revelando uma grande má escolha, pois acordo mal todos os dias. Mas meu sono não é a questão aqui, o que vou falar a vocês hoje é algo um pouco mais simples que isso.
Ter vários livros em sua prateleira só esperando o momento de serem abertos é bom, mas só quando se tem tempo pra isso. Depois de um tempo, mais ou menos uns 5 meses, aquilo ali começa a se tornar um peso, quase que uma obrigação começar a ler tudo. E é nessas horas que ou eu desisto de tudo ou começo a ler pelo que me parece mais melhor de bom.
Definir a lista de ordem dos livros é uma puta sacanagem, afinal, se você comprou todos eles, é porque você os quer ler, logo, decidir qual será antes do outro acaba por se tornar uma missão desagradável. E é aí que rola as merdas, como fazer sorteios, pedir pra amigos escolherem uma ordem, colocar todos em um saco e ler o primeiro que sair de lá, enfim, qualquer método que sirva pra tirar pedras de um jogo de bingo acaba por se revelar um bom método pra escolher a ordem.
Mas tem aqueles livros que são os TOP’s, os que tem que ser ou os primeiros ou os últimos da lista, para poderem ser apreciados com a atenção que se deve ter. São aqueles que você adia a leitura cada vez mais, sabendo que quando for a hora de o ler, vai valer a pena. No meu caso, é o Filhos de Anansi de Neil Gaiman que está no momento em último lugar da lista, porque ele me custou uns bons dias para encontrar e comprar. Poderia comparar isso com as pessoas que guardam garrafas de vinho para tomar alguns anos depois. É claro que guardar um livro como se guarda um vinho é um sacrilégio, tanto para o vinho quanto para o livro, não façam isso.
Tem aqueles que quando você olha pra capa, só se passa na cabeça o momento em que você o tirou da prateleira e passou no caixa, logo depois pensando “Porque diabos comprei isso!?!”. Esses são os que recheiam qualquer lista, fazendo com que ela se torne um castigo, dependendo de sua capacidade de comprar livros que não quer, como aquelas pessoas que comprar um aparador de pêlos de ouvido se nem tem pêlos lá.
Depois que a lista é feita, vem a parte de cumprir ela. Parece fácil, mas se sua lista tem mais de 13 livros, acaba por se tornar algo que merece ser anotado, para que não se esqueça e também porque quando algo está escrito, fica mais dificil de não se cumprir. Por isso que certidões de casamento são guardadas tão bem, quase sendo impossíveis de se achar.
Mas no fim de tudo, ver que a lista está terminada, que tudo o que foi comprado está com suas páginas lidas, dá aquela sensação de dever cumprido e que a vontade de começar tudo de novo aparece sem que se note, principalmente quando se vai numa livraria e sai de lá só com o dinheiro da passagem de ônibus, a mochila cheia de livros e aquela sensação de que acabou de esquecer de fazer algo. Mas não importa, o peso que você carrega justifica qualquer coisa. Pelo menos pra você, aquela pessoa que você foi comprar um presente que espere mais um pouco…

Destaques da Semana em DVD – 18 à 22/08

Cinema sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 0 comentários

Ponto de Vista: Instigante e interessante thriller sobre diversos pontos de vista de oito personagens que, na verdade, acaba funcionando como uma adição de cenas a cada “versão” de personagem, vale uma conferida. Na trama, durante uma histórica conferência sobre o combate ao terrorismo mundial realizada na Espanha, o presidente dos Estados Unidos é atingido por uma bala. Oito estranhos conseguiram ver o ataque, mas o que será que cada um deles realmente viu? À medida que os momentos anteriores ao tiro fatal são revistos através dos olhos de cada testemunha, a realidade do assassinato ganha sua forma real. Quando você achar que já descobriu a resposta, a chocante verdade será revelada.

Ensinando a Viver: Com rápida passagem nos cinemas, este filme prova que a carreira de John Cusack está a todo vapor. Na verdade, lendo a sinopse abaixo você verá que a trama lembra um versão juvenil do recente drama K-Pax A Caminho da Luz, com Kevin Spacey fazendo o papel do “louquinho” que se dizia vindo de outro planeta. Na trama, quando era criança, o escritor David Gordon (John Cusack) sempre se sentiu excluído. O menino se achava diferente, e cresceu sonhando com o dia em que os ETs viriam buscá-lo e levá-lo para casa, no espaço sideral. Os aliens nunca vieram. Mas sua imaginação o transformou em um escritor de sucesso. Mesmo hoje em dia, no entanto, David continua se sentindo um solitário. Desde a trágica morte de sua noiva há dois anos, ele nunca mais experimentou qualquer traço de vida afetiva. Todavia, David sempre quis ser um pai. E ele finalmente resolve tentar – e acaba adotando o brilhante e problemático Dennis. Assim como David, Dennis vive trancafiado em seu próprio mundo de fantasia. Quando era criança, David queria ser um alien. No caso de Dennis, ele acredita de verdade que é um marciano em missão de exploração na Terra.

Banquete de Amor: Também com rápida passagem pelos cinemas, este drama/romance se destaca dos demais pelo bom elenco e trama mosaico. Na trama, em uma cafeteria de uma comunidade bem pequena no Oregon, um professor e escritor local chamado Harry Stevenson (Morgan Freeman) testemunha intrigas amorosas entre os moradores da cidade. Entre jovens e velhos, pais e amantes; entre o dócil e o selvagem, humanos e animais; Harry observa admirado como o amor mistifica, fere, devasta, inspira, faz exigências insanas e molda profundamente as vidas de cada um ao seu redor, incluindo ele próprio. Do intransigente proprietário da romântica cafeteria, Bradley (Greg Kinnear), que tem o hábito constante de procurar pelo amor em lugares errados, incluindo sua atual esposa Kathyrn (Selma Blair); à geniosa corretora imobiliária Diana (Radha Mitchell), que foi flagrada em um encontro amoroso com um homem casado (Billy Burke), com quem ela compartilha uma ligação inexprimível; à bela jovem recém-chegada Chloe (Alexa Davalos) que desafia o destino ao ter um romance com o inquieto Oscar (Toby Hemingway); até o próprio Harry, cuja adorável esposa (Jane Alexander) está procurando encontrar uma luz no fim do túnel após o sofrimento da perda de uma pessoa amada.

Chega de Saudade: Uma das maiores bilheterias de filmes nacionais neste ano, não necessariamente sucesso de público, mas as críticas foram bastante positivas. Na trama, a história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. Tudo começa ainda à luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último freqüentador desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a solidão, a traição e o desejo, em um clima de muita música e dança, com participação especial de Elza Soares como a crooner da banda de baile.

Imagens do Além: Para quem não conhece Espíritos, terror tailandês que fez sucesso aqui no Brasil, até pode se surpreender com este filme. No entanto, como digna refilmagem americana de filme oriental, o filme somente clona o original, sem novidade alguma. Na trama, se você não conhece, uma lua-de-mel perfeita se transforma em uma imagem assustadora neste terror arrepiante assinado pelos produtores executivos de O Grito e de O Chamado. Logo após a chegada dos recém-casados nova-iorquinos Ben (Joshua Jackson) e Jane (Rachael Taylor) ao Japão, onde Ben vai assumir seu mais novo trabalho como fotógrafo, eles descobrem assustadores reflexos fantasmagóricos de uma jovem em suas próprias fotos. Esta inexplicável imagem de espírito está determinada a mostrar ao jovem casal que não há como escapar de um futuro horrendo, fruto de uma vingança implacável!

Qual o destino do suspense na telona?

Primeira Fila sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 5 comentários

Se há um gênero cinematográfico que sempre invisto meus trocadinhos em ingressos é o suspense, de preferência psicológico, tenso, mas de vez em quando, um sangue jorrando na telona em altos acordes não faz mal a ninguém. De contraponto, as comédias (principalmente, as americanas) me cansaram há muito, mas muito tempo, com suas piadas escatológias (com raras exceções!), humor grosseiro, apelando para constragimentos desnecessários e humilhando seus personagens em detrimento de uma “boa” piada.

No entanto, ultimamente, poucos filmes do gênero me animam, muito pelo contrário; em tempos de continuações, refilmagens e pouca criatividade, falta tensão e inteligência nas tramas e sobra mesmice e tédio. Exemplos de filmes “ditos” suspenses recentes foram: Awake – A Vida por um Fio, me nego a tecer comentários desta trama absurdamente ridícula com um protagonista idem; O Olho Do Mal, sem sequer conseguir imitar o clima do filme chinês original; Imagens do Além, se você não tiver assistido ao original tailandês, até pode render algum susto, mas os de sempre, menina chinesa cabeluda assombrando pessoas atrás de vingança; Uma Chamada Perdida, outra cópia mal realizada de filme chinês; Sem Vestígios, uma reunião de todos os clichês de filmes policiais com serial killer; entre outros.

Claro que não se perde tudo, alguns bons filmes me assusturam ou mexeram com meus nervos em tramas bem construídas com personagens excelentes, os famosos thrillers (Medo da Verdade, Conduta de Risco, O Orfanato e Joshua – O Filho do Mal) ou onde imperava a adrenalina e tensão alucinante (Cloverfield – Monstro e Rec – coincidentemente, ambos falsos documentários. Sim, aqueles filmes com câmeras balançando pra tudo que é lado, se você não curte… sorry).

Ótimo suspense sobrenatural

Mas o que mais me chamou a atenção nestes últimos dias, motivo da pergunta do título, é que a maioria dos filmes do gênero que estão sendo produzidos, neste momento, são refilmagens de filmes famosos e mesmo cult do gênero. Não consigo entender o porquê de mexer nestes “clássicos” (claro, que eu sei, é dinheiro!).

Entre os próximos títulos, novas rodadas de Jogos Mortais 5 e Halloween (já lançado no ano passado nos EUA, na verdade uma releitura, já que conta, novamente, o surgimento de Michael Myers, sempre perseguindo sua irmã mais nova), e refilmagens de títulos oitentistas como Poltergeist (aquele da menina engolida pela tevê), Piranhas (sim, você não leu errado), Sexta-feira 13 – parte 11 (Jason está de volta) e Brinquedo Assassino 6.

“Venha para Luz, Caroline!

The Day That Never Comes é o novo som do Metallica e, sinceramente…

Música sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 14 comentários

Véis, cliquem AQUI ou AQUI para ouvir o som novo do Metallica, The Day That Never Comes, que estará no álbum Death Magnetic.

Bom, vocês já ouviram a faixa Cyanide, ao vivo, aqui. Removeram o vídeo, mas no mesmo link acima vocês que AINDA não a ouviram poderão desfrutar de tal som… fraco. Fato.

Minhas previsões para este novo álbum já não eram nada boas, e esses dois sons me convenceram de vez: O Metallica já era. The Day That Never Comes parece ser o som de uma banda iniciante, mas não uma banda iniciante como o Metallica… no início de carreira. Eu diria que este som é uma bagunça, além de ser extremamente sem sal.

Ouvi diversas, DIVERSAS vezes seguidas para poder tentar GOSTAR da música, ao menos. Mas não deu. Se o álbum inteiro seguir essa linha, teremos um álbum ainda pior que St. Anger (que é melhor que Load e Reload JUNTOS, tenho que admitir, porém…), mas é possível que eles tenham errado cruelmente SÓ nesta faixa. Mas… usar logo essa como single? Alguma coisa muito errada tem.

Pra compensar, a parte final da música é muito boa e realmente lembra os primórdios da banda. Mas, de resto, sério: Puta merda.

12 de setembro, infelizmente o álbum sai. Vão querer especial?

Um Crime Americano (An American Crime)

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 7 comentários

Um Crime Americano é baseado na história real que chocou a nação em 1965. O filme reconstrói um dos crimes mais chocantes já cometidos a uma só vítima. Sylvia e Jennie Fae Likens, as duas filhas de um casal, que trabalha em um parque de diversões, são deixadas para uma estadia demorada em Indianápolis, na casa Gertrude Baniszewski, uma mãe solteira com sete crianças. Tempos difíceis, e as necessidades financeiras de Gertrude, obrigam-na a fazer este arranjo antes de perceber como esta obrigação levará sua natureza instável a um ponto de ruptura e horror.

Filmes de tortura já são meio revoltantes. Filmes de tortura de garotinhas bonitinhas, como a Juno [A Ellen Page, não o atillah] são muito revoltantes. Mas um filme de tortura de garotinhas por uma véia FDP e um monte de pirralho, baseado em fatos reais, é o que?

Tudo começa mostrando a vida de Sylvia Likens e sua irmã, Jennie, filhas de um casal que trabalha em feiras estaduais, aquelas feiras americanas que vocês provavelmente já viram nos Simpsons. Acontece que, como eles viajam muito, não tem com quem deixar as filhas, mesmo elas não querendo ficar com ninguém, mas acompanhar os pais. A mãe de Betty, avó das meninas, chega a ser considerada, mas sabe-se lá porque descartaram a idéia. E acabam deixando as filhas com Gertrude Baniszewski, que já tem outros trocentos filhos, por uma módica quantia de 20 doletas por mês. Acontece que Gertrude é uma doida varrida, que tem um senso próprio de verdade e justiça. Quando um dos pagamentos atrasa, por exemplo, ela resolve punir as duas, como se fosse culpa delas.

“Eu te espanquei, mas não é nada pessoal, você sabe, né?”

Mas Sylvia e Jennie fazem amigas, como Paula, que até conta um segredo para Sylvia, que essa usa pra salvar a amiga em determinado momento. Isso devia ser bom, certo? Mas não é. Paula fica putinha, e resolve falar pra mãe que Sylvia anda espalhando “mentiras” sobre ela. E quem é a mãe de Paula? Yeah, Gertrude. Que basicamente deixa as duas se estapearem no meio dos outros moleques. Quando a “boataria” [Já que não é nenhuma mentira] começa a rolar mais pesada, Gertrude resolve punir a garota de um modo mais exemplar: Oficialmente, manda-la para um reformatório. Mas na verdade ela é trancada no porão de Gertrude. E começa a ser torturada por Gertrude. Até que a véia se cansa, e começa a supervisionar as torturas feitas pelas crianças. E puta que pariu, como você fica com raiva desses pivetes. Eles fazem coisas extremamente cruéis sem a menor pena ou remorso.

O filme é praticamente todo baseado nos depoimentos do julgamento. E é lá que você vê a loucura de Gertrude. Ela foi a última a depor, depois de todos os seus filhos. Todos concordaram que Sylvia foi torturada, por todos eles, e sem motivo aparente. Menos Gertrude, que insiste que todos lá são mentirosos, inclusive seus filhos. Ela alega que Sylvia era uma péssima garota, que era má, coisa que você vê que não é verdade no decorrer do filme. E não há muito mais o que falar do filme sem estragar tudo. Mesmo que você saiba como vai terminar, vá ver. Se não sabe nada sobre ele, vá ver também, mas não pesquise sobre. Quanto menos você souber, melhor.

“Meritíssimo, a ré é uma FDP…”

Mas não recomendo que você vá ver se tiver estômago fraco ou for sensível. As torturas são gratuitas e agressivas. O filme é, com o perdão do clichê, um tapa na cara, principalmente de religiosos. Do espectador, de modo figurado, é claro. Sylvia sofre de outras maneiras. Ou tinha tapa também? Não me lembro, muitas torturas em um curto periodo de tempo…

Um Crime Americano

An American Crime (92 minutos – Drama)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Tommy O’Haver
Roteiro: Tommy O’Haver, Irene Turner
Elenco: Ellen Page, Catherine Keener, Hayley McFarland, Ari Graynor, Evan Peters, Bradley Whitford, Hannah Leigh Dworkin, Scout Taylor-Compton, Carlie Westerman, Nick Searcy

Reflexos da Inocência (Flashbacks of a Fool)

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 6 comentários

Joe Scot (Daniel Craig) é um astro de cinema em crise, que vive uma vida sem regras a base de excessos como alcool, drogas e sexo. A notícia repentina da morte de seu melhor amigo de infância leva o ator, perdido em sua realidade, voltar a um passado que lhe incomoda, devido a algumas passagens vividas durante a adolescência agitada e cheia de loucuras para a época. Amores perdidos e proibidos além de decisões tomadas repentinamente tornam difícil a volta para a cidade natal.
Agora será necessário enfrentar uma realidade que o colocará frente a frente o passado jamais esquecido e um presente com caminhos tão errados quanto os tomados quando jovem.

Parece filme cabeça, certo? Pois não é. Por increça que parível, o filme é divertido, e ao mesmo tempo, é um filme FDP. Por que FDP? Continua lendo ae, caraio.

Uma das primeiras cena é extremamente foda. Um menage [!] com duas gostosas e Joe. Só que ele não guenta muito, e as duas vão embora aloprando o cara.
Nisso chega sua secretária, Ophelia, que tá cansada de limpar as cagadas que o chefe faz. E quem não ficar puto de chegar no trabalho todo dia e encontrar o chefe estirado, com a BUNDA BRANCA pra cima, em um ambiente infecto? Só sua mãe, que limpa seu quarto. Depois de negociar uma encomenda de pó, ele recebe uma ligação da mãe, avisando que seu amigo de infância, Boots, morreu. Do nada. Sem razão ou motivo aparente.

Bateu as botas. Sacou?

Abalado com essa morte, ele vai tratar de negócios com seu agente e um diretor num almoço de negócios. O diretor o corta do filme, ele fica puto com o agente e os dois batem boca. Por fim, ele vai pra praia e se joga no mar, se perdendo em lembranças enquanto bóia por ae.
São as lembranças da adolescência de Joe, na Inglaterra. Quando era um bom garoto, que gostava de David Bowie e outros cantores estranhos da estranha década de 70.

Mas é ai que o filme começa a ficar interessante, já que mostra como o bom garoto se transformou num FDP de marca maior. Você acompanha a trajetória do moleque fazendo o que moleques fazem melhor: Cagadas que vão marcar sua vida. Coisas que não devia ter feito e fez, coisas que devia ter feito e não fez. Consequências. Eu cheguei a pensar, boa parte das vezes: “Caraio, não é que é? Eu sou reflexo do que eu fiz e deixei de fazer.” Cê fica puto com a cara de pau do pirralho, com a idiotice, e ao mesmo tempo se identifica, porque faria algumas coisas do mesmo jeito.

Não parece, mas ele é boa. Muito boa.

Menção honrosa: Evelyn, gordinha muito foda. Ela é casada, mas fica tentando o jovem Joe. E consegue. Afinal, que garoto de 15 anos ia recusar uma gostosa, mesmo que ela fosse casada? Cê recusava? Tanga.
Inclusive, por conta de uns chupões, ele se ferra com Ruth, uma gostosinha que ele tava a fim.
O problema é que, mesmo ninguém descobrindo o rolo, ele teve consequências desastrosas [Fora a bota de Ruth] na vida de Joe. Tanto que foi o gatilho de um evento que o levou até onde ele está. E não, eu não vou contar, o filme é bom e cês deviam ir ver.

Depois dessas lembranças todas, ele vai até o funeral do seu amigo. E lá encontra a mulher de Boots, Ruth!
Sim, ela se casou com Boots, porque Joe tava muito ocupado fazendo outras coisas. Mas não isso que você pensou, seu sujo.
Joe até tenta uma aproximação, mas Ruth meio que recusa. Talvez pelo que ele fez no passado. Joe então faz o que poderia fazer. O que? Cê acha que eu vou spoilerzar? Não quero ser linchado!

Ah, os anos 70

O que me irritou foi que não houve uma conclusão, no final. Quer dizer, o filme se concluiu, mas a história ficou devendo algumas explicações. Mas tudo bem. Nem sempre a vida nos explica as coisas mesmo.

Reflexos da Inocência

Flashbacks of a Fool (124 minutos – Drama)
Lançamento: Inglaterra, 2008
Direção: Baillie Walsh
Roteiro: Baillie Walsh
Elenco: Daniel Craig, Harry Eden, Eve, Miriam Karlin, Jodhi May, Helen McCrory, Olivia Williams, Felicity Jones, Keeley Hawes, Sid Mitchell

Estréias da semana – 22/08

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 4 comentários

O Procurado (Wanted)
Com: James McAvoy, Morgan Freeman, Angelina Jolie, Terence Stamp, Thomas Kretschmann, Common, Kristen Hager, Marc Warren, David O’Hara, Konstantin Khabensky
Wesley Gibson é um bundão. Um merda. Um nada. Quase um théo. 25 anos nas costas, criado pela mãe, depois do assassinato do pai. Até que Wes conhece Fox, uma assassina da Fraternidade, e por acaso uma gostosa de primeira. Fox vai treinar o moleque pra ser um assassino fodão da Fraternidade. E pra vingar a morte do pai. Filme baseado [E não adaptado, VSF] na série Wanted, criada por Mark Millar e J.G. Jones.

Reflexos da Inocência (Flashbacks of a Fool)
Com: Daniel Craig, Harry Eden, Eve, Miriam Karlin, Jodhi May, Helen McCrory, Olivia Williams, Felicity Jones, Keeley Hawes, Sid Mitchell
Joe é um ator famoso, cheio da grana e babaca que recebe a notícia de que seu melhor amigo de infância/adolescência morreu. Por conta disso, volta à sua cidade natal para o funeral, entra em parafuso e começa a se lembrar de acontecimentos do passado.

Um Crime Americano (An American Crime)
Com: Ellen Page, Catherine Keener, Hayley McFarland, Ari Graynor, Evan Peters, Bradley Whitford, Hannah Leigh Dworkin, Scout Taylor-Compton, Carlie Westerman, Nick Searcy
Vocês podem ler a descrição do Eric, se quiserem. Mas ele é noob. Tanto que o filme só estréia agora, no fim de Agosto.
Enfim, em 1965, Sylvia e Jennie Fae Likens, filhas de um casal que trabalha naquelas feiras estaduais americanas, são deixadas pelos pais com Gertrude Baniszewski, uma nativa de Indianápolis. Não de graça, é claro. Só que Gertrude é uma maluca, que acha que pode castigar as filhas dos outros, torturando até a morte.

Mandela – A Luta pela Liberdade (Goodbye Bafana)
Com: Joseph Fiennes, Dennis Haysbert, Diane Kruger, Shiloh Henderson, Tyrone Keogh, Patrick Lyster, Faith Ndukwana, Mehboob Bawa, Garth Breytenbach, Adrian Galley
Um carcereiro branco, racista e sul-africano, em plena época de apartheid, conta a história de sua convivência com um prisioneiro negro que ele vigiou por trinta anos: Nelson Mandela.

Dançarinas que fazem “música”

New Emo quarta-feira, 20 de agosto de 2008 – 8 comentários

Como prometido na coluna anterior, que falava sobre dançarinas e a “música”, é hora de falar sobre as dançarinas que FAZEM “música”. Ou simplesmente sobre as cantoras que dançam suas próprias… músicas. Aqui temos uma área mais… ampla.

Afinal, lembra de quando você ficava acordado até mais tarde pra ver o show das Spice Girls na Globo?

Malditas cadeiras. Isso é exatamente o que eu disse na coluna sobre Amy Winehouse: Cantoras feias fazem música, cantoras gostosas dançam. Voltemos ao velho papo: Desligue o som e… assista. Quem esperava que a Britney Spears poderia fazer ISSO um dia?

É óbvio que Shakira também é indispensável. Olha o tamanho dessa bunda, véi.

Bom, dando uma pausa nos vídeos, vamos aos fatos: É praticamente IMPOSSÍVEL (pra não dizer COMPLETAMENTE impossível) achar uma cantora realmente boa E gostosa. Sim, muitas cantam bem, mas suas músicas são uma merda. Mais uma vez digo: Não é machismo, é fato. A mulherada só quer fazer um ritmo bacana, mas o que realmente vende ali são suas curvas. Eu diria que essas cantoras são ótimas publicitárias. Todas as garotinhas querem dançar e SER como elas, e todos os machos passam o dia com o som desligado, contemplando a beleza chamada… dança. Dois públicos com uma bunda só.

É olhando por esse lado que você vê que até a pior música pode realmente ser aproveitada. Sempre há algo que se salva. É como ouvir grunge o dia inteiro: Vocês vão querer cometer o suicídio. E pra mim isso é ótimo!

Uma coisa boa (além das dançarinas) neste mundo, é que quase que semestralmente as gostosas são recicladas / substituídas / mais gostosas. A gostosa do momento é a… Alizée.

E valeu inSUPORTÁveis pelo gif!

Olhando agora, você percebe que ela foge completamente do padrão do AOE, e mal tem bunda. Falso teaser, rapaz:

Juliette Lewis que se cuide.

Obviamente eu fui ousado o bastante para OUVIR a Alizée, e cheguei à conclusão de que eu estava certo: Ou é gostosa / dança ou faz música boa.

Caramba, essa música é absurdamente ruim.

Enfim, obviamente os exemplos são infinitos, por isso não adianta falar “po, esqueceu da MADONNA”; não dá pra citar todo mundo. Hm, Madonna?

O curioso é que eu fui ver este vídeo AGORA e o que veio pela minha cabeça foi: OLOLCO, vovó Madonna dá um caldo. Belo contraste com a Alizée, inclusive.

Estou realmente me esforçando para tentar lembrar de gostosas que fazem música boa, mas nenhuma das lembradas dançam – e é este o foco da coluna. Até que descubro (DESCUBRO!) isso:

Mais bizarrice. Shirley Manson daria um caldo não fosse a maquiagem, o estilo e a inexpressividade. Pelo menos neste clipe. Por outro lado, estava dando uma olhada em clipes do grupo The Pussycat Dolls e percebi que se elas parassem de colocar rappers em seus clipes e também parassem de tentar cantar (nos clipes, ao invés de só dançarem), poderia até ser um dos meus grupos favoritos.

Elas dão um clima muito de “Musical” para os clipes. Se fosse um musical ASSIM…

…AÍ SIM! Moulin Rouge é um belo “meu passado me condena”, inclusive. Essa versão de Twisted Sister da Christina Aguilera é sensacional. E a Pink é a única que se salva visualmente e fisicamente falando, sinceramente. Mas esse é um vídeo que não poderia faltar aqui, fato.

Taí algo que sempre dá assunto. Tanto que, na semana que vem, na ausência de algo urgente no mundo da música, tem mais: A “música” fazendo as gostosas dançarem! Isso graças ao leitor Angelo Dias por causa desta indicação. Recomenda algo aí também, véi!

A publicação brasileira.

Nona Arte quarta-feira, 20 de agosto de 2008 – 4 comentários

Olá, eu sou o ricardus. Mas como ninguém quer saber de mim, vamos falar de gibis.

Let’s talk about.

Recentemente eu recebi uns gibis importados aqui em casa. De início você fica muito empolgado com a qualidade dos quadrinhos lá de fora. Capas, organização, efeitos, etc. Mas por coincidência, eu tenho os mesmos quadrinhos na versão brasileira. Depois de fazer uma comparação dos dois a idéia que fica é que a diferença entre os dois não é só a data de publicação (o Brasil tem mais ou menos 1 ano de atraso em relação aos EUA).

A edição X-men Giant-Sized 80 (publicada no Brasil como Os Fabulosos X-men 50) é um exemplo disso. Considerada uma edição especial, ela comemorava o aniversário de 35 anos dos X-men. A capa dela é toda trabalhada com brilho, passando uma percepção de imagem viva. A pele do Colossus tem um efeito metálico assim como partes das roupas do Wolverine e do Noturno. A Tempestade também é lembrada, seus raios são ilustrados com um brilho azul bem intenso. A revista ainda conta com páginas adicionais, mostrando alguns desenhos de comemoração.

A mesma edição publicada no Brasil também é comemorativa. O desenho da capa é igual ao da versão americana só que não é trabalhado, ele apenas tem uma colorização bem sólida. E a grande jogada da editora em relação a edição comemorativa foi botar um “EDIÇÃO COMEMORATIVA COM 80 PÁGINAS!” na capa e juntar duas edições em uma.
A edição The Uncanny X-men 350 (no Brasil Os Fabulosos X-men 43) também apresenta os mesmos traços e também é comemorativa. A capa se abre formando um capa de 3 páginas com vários personagens, sendo a maioria trabalhado com efeitos. Uma atenção especial as cartas do Gambit, elas estão com um efeito muito bom, parecem que estão sendo energizadas ali mesmo.

No Brasil a capa tem o mesmo desenho, mas é uma capa de uma só página com cores sólidas.
Fugindo da arte. Outro ponto forte é que cada revista contém uma única história. Você não vai achar a X-force perdida nas revistas dos X-men.
Aqui eu compro Superman & Batman e tenho que aturar as histórias do Aquaman no meio da revista. Os gibis aqui tem o costume de juntar 3 ou 4 histórias em uma única edição, deixando a revista um pouco mais grossa.
A publicidade americana também é notável. Enquanto lá temos publicidade de jogos, filmes e várias outras coisas bacanas, aqui temos só publicidade de produtos da mesma editora.
Batman the Dark Knight não teve nenhuma divulgação na revista mensal do Batman. Só apareceu como segundo plano numa promoção da Claro.

Mas por fim, não da pra ficar falando de publicação brasileira sem falar da Panini, que hoje manda praticamente em todo o mercado brasileiro de quadrinhos.
Eu não vou culpar a Panini por tudo o que citei acima, até porque, isso não é coisa recente.
Mas a Panini pegou o bonde andando quando comprou a Marvel e a DC e deixou ele andar no mesmo rumo.
As capas continuam mortas e sem nenhum atrativo, as revistas ainda são juntas e editora ela só anuncia ela mesmo.
Claro que tenho que dar o braço a torcer e dizer que as edições comemorativas da Panini são legais, pois geralmente vem um pôster do Alex Ross. Mas fica nisso e só.

Ainda falando da Panini, como a maldita tem a Marvel, a DC e muitos mangás no lado dela, ela pode fazer qualquer serviço de merda que ainda vai estar no lucro.
Já não existe mais guerra de gibis no Brasil, e nem comics x mangas. Com essa publicação horrível, já já os quadrinhos passam a ter menos valor do que já tem hoje em dia, se é que isso é possível.

Té mais.

Lançamentos de Jogos da Semana – 17/08 ~ 23/08

Games quarta-feira, 20 de agosto de 2008 – 0 comentários

Too Human (Xbox 360)
Too Human é um título que está em anunciado há dez anos e, depois de tanta espera, ele chega decepcionando muitos. Too Human é uma mistura entre ficção científica e mitologia nórdica, neste mundo você toma o papel de Baldur, um dos deuses que decidem ajudar os humanos em uma guerra contra as máquinas. A história é bem interessante, tem seus pontos fortes, a dublagem e o som também estão muitos bons.
O jogo conta com um sistema de combate interessante que usa ambos analógicos do controle para a batalha, ocupando os dois analógicos o jogo tira o controle do jogador sobre a câmera, que acaba sendo um tanto quanto fraca, com momentos do jogo que ela simplesmente não sabe o que fazer e fica girando.
O sistema de classes é bem interessante, sendo que cada classe é uma maneira completamente diferente de jogar, mas esse sistema tem suas fraquezas. Vários poderes das classes claramente são para jogar em um grupo de pessoas, porém o único modo multiplayer é um multiplayer cooperativo offline de duas pessoas, nem utilizando todos os controles. Classes como Bioengineer, que tem poderes de cura, se tornam simplesmente inúteis.
Outro problema grave do jogo é que ele não dá uma sensação de conquista ou vitória. Toda vez que você ganha um nível todos os inimigos do jogo são escalados para este nível, ficando mais fortes, o que torna subir de nível inútil. Quando você morre uma valkaria desce dos céus e te revive no exato mesmo lugar sem nenhum tipo de penalidade, a morte nesse jogo não influi em nada.
Para quem gosta de jogos de loot, como Diablo, você estará bem servido em Too Human que tem um número enorme de itens a serem encontrados.
Considerando o tempo de desenvolvimento e a expectativa em cima de Too Human, ele é um título de primeira linha porém extremamente mediano. Serve para distrair enquanto nada mais forte é lançado.

Commando: Steel Disaster (Nintendo DS)
Viciados em Metal Slug e que conseguiram já enjoar do novo Metal Slug 7 japonês ou ainda está esperando a versão americana, esse semana lança Commando: Steel Disaster para alimentar o seu vício. Commando: Steel Disaster copia o estilo, gameplay e tem até o mesmo estilo de arte do Metal Slug.
Ainda que seja uma cópia descarada, o jogo parece ser interessante, principalmente para aqueles que nunca se cansam dos jogos de correr e atirar. Simplesmente finja que foi apenas uma homenagem e não uma cópia e divirta-se.

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quem?

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