Sentiram minha falta por aqui? É, imaginei que não.
Queiram vocês ou não, os anos oitenta foram a década maldita do rock’n’roll nacional. Ou a primeira delas, pelo menos.
“Mas Piratão”, você, mané, diz. “Você está sendo completamente parcial e sem consideração! Minha banda favorita, a (insira aqui algum nome de banda brasileira mané dos anos 80) era um dos ícones da década mimimimi”.
Pois que seja, eu sou parcial e sem respeito, mas mesmo assim eu posso provar o que eu disse. Começando pelo grande ícone dos anos 80: RPM. Uma banda que tem como maior clássico uma música sobre um mané que além de não chegar na mulé acha que é o big motherfucker por causa de um olhar baitola deveria ser, no mínimo, proibida de pensar em se chamar “Revoluções Por Minuto”. Claro, seria só uma década como qualquer outra, se conseguissem deixar os malditos anos 80 morrerem. Mas não, vocês aparecem com “festas ploc” e sei lá mais que cacete tentando reviver esse pop-rock maldito a cada semana. Claro, se as bandas tentassem voltar à vida de verdade, o problema também seria menor, mas quem quer voltar à ativa se você pode viver pra sempre de sucessos do passado?
Entendam, meus caros, que mesmo que vocês queiram me apunhalar pelas costas, há de se convir que quase todo o “rock” brasileiro dos anos 80 foi pop, e não rock’n’roll. Quase toda tentativa de se fazer rock de verdade no brasil na década maldita foi uma falha miserável, gostem vocês ou não. E eu nem falo sobre a qualidade da música. Dizer que boa parte das músicas do “rock oitentista” eram rock’n’roll é quase como dizer que Miles Davis tocava thrash metal, por exemplo.
Mas, aparentemente, é nas minas mais imundas que se encontram bons diamantes. Vagando por entre o pop oitentista, passando por coisas como Blitz, Legião Urbana e Cazuza, você acaba encontrando Celso Blues Boy. E é aí que você quase que naturalmente solta o refrão mais famoso do cara: “aumenta que isso aí é rock’n’roll!”
Percebem agora o que eu quero dizer? O cara foi provavelmente o único maldito guitar hero brasileiro da época. E é bem complicado citar algum guitarrista de tamanha importância na história do rock brasileiro (quem vocês vão citar? Kiko Loureiro? Thiago Della Vega? GEE ROCHA? Ces são mesmo um bando de frangos).
Apesar de seu auge ter sido nos anos 80, Celso já tocava desde o meio da década de 70, sendo integrante da banda de ninguém menos que Raul Seixas, além de ter tocado com mais gente famosa, como Sá & Guarabira e Renato e seus Blue Caps. Tocou também nas bandas Legião Estrangeira e na Aero Blues, sendo, até onde eu sei, o primeiro cantor de blues em português (corrijam-me se eu estiver errado).
Sua carreira solo começou em 1984, com o disco Som na Guitarra, que nos trouxe clássicos como Aumenta que isso aí é rock’n’roll e Blues Motel. O disco mostrou não só que Celso é um excelente artista, mas também que é possível haver blues de qualidade no Brasil. A voz rouca – lembrando talvez a de Nazi, do Ira! – combina perfeitamente com o timbre e o estilo da guitarra do cidadão. Querem um exemplo? Pois bem, ei-lo.
Fumando na Escuridão:
Durante a década de 80, o cara crescia cada vez mais musicalmente. Sons como Tempos Difíceis, Sempre Brilhará e Fumando na Escuridão (que você pode ouvir aí em cima, aliás) mostravam ao Brasil o que é o blues e o rock’n’roll. Mas, ao contrário de boa parte das bandas oitentistas, o cara não se prendeu a uma só década de sucessos. Em 1996 era lançado o excelente álbum Indiana Blues, contando com a participação especial do próprio rei!
…BB King, seu demente! Que mané Roberto Carlos.
A música que BB gravou com Celso é Mississipi – uma das minhas favoritas do cara, aliás -, que homenageia o grandioso Robert Johnson, falando sobre a velha lenda sobre o diabo e a encruzilhada. Ouve aí, rapaz!
Esses blues sobre o diabo são sempre os melhores, incrível. E o refrão é viciante pra carái.
Ainda nos anos 90, Celso lançou mais dois discos: Nuvens Negras Choram, em 1998, e Vagabundo Errante em 99. E nem a chegada do novo milênio conseguiu derrubar o bluesman. Celso não chegou a lançar nenhum CD só de músicas inéditas, mas pra quem acha que o rock morreu, o cara deixou sua resposta, que pode ser conferida no DVD “Quem foi que falou que acabou o rock’n’roll?“, lançado esse ano. A música inédita, que leva o mesmo nome do disco, mostra o que todo mundo já devia saber faz tempo: O rock não vai se dar por vencido tão fácil, e vai lutar pra continuar existindo até que a última guitarra se cale. Hah!
Recomendação do dia:
Dever de casa pra vocês, marujos.
Lynyrd Skynyrd é provavelmente uma das bandas mais clássicas do rock americano, trazendo influências fortes do country, blues e bluegrass. Talvez vocês já tenham ouvido até bastante deles. Provavelmente Sweet Home Alabama, Tuesday’s Gone (que foi gravada também pelo Metallica no Garage Inc. ) ou Freebird (muito provavelmente graças ao Guitar Hero, mas enfim).
Recomendo o primeiro disco deles, (pronounced ‘l?h-‘nérd ‘skin-‘nérd), se aceitam uma sugestão.
Nota do editor: Atrasado, culpa minha, mas nem por isso cê vai deixar de passar na locadora nesse fim de semana! -théo
Homem de Ferro: Excelente exemplo de como um blockbuster em boas mãos consegue ser um ótimo passatempo. Na trama, se você não esteve no planeta Terra nos últimos meses, a vida do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano Tony Stark nunca mais será a mesma depois que ele é atacado e mantido refém por um grupo de rebeldes afegãos. Ferido por estilhaços de granada que se alojam perto de seu coração, Tony recebe a ordem de construir no cativeiro uma devastadora arma, mas, em vez disso, usa suas habilidades para criar uma armadura que permite que ele consiga fugir. Ao retornar aos Estados Unidos, Tony promete dar um novo rumo às Indústrias Stark. Ele passa dias e noites desenvolvendo e aperfeiçoando uma avançada armadura que lhe propiciará uma força sobre-humana. Quando Tony descobre um plano abominável com implicações globais, jura proteger o mundo como sua nova personalidade, o Homem de Ferro. Confira a crítica.
Quebrando a Banca: Apesar de clichê em cima de clichê, o filme vale uma conferida pela simples idéia de imaginar que a história é baseada em fatos reais, nerds também são malandros! Na trama, um grupo de alunos brilhantes do M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology), que, sob o comando de um professor genial em estatística, dominou uma forma de contar as cartas para ganhar milhões de dólares nos cassinos de Las Vegas. Para narrar a trama, o roteiro é centrado em um jovem que, vendo nisso a melhor oportunidade de pagar os estudos, acaba aceitando o convite dos jovens. O pessoal se manda para a cidade do pecado com um plano em mente. A idéia é quebrar a banca dos principais cassinos, mas, para isso, eles precisam tomar cuidado com a vigilância.
O Acompanhante: Filme inédito nos cinemas, chama a atenção pelo ilustre elenco (além de Woody Harrelson, as excelentes atrizes Lauren Bacall e Kristin Scott Thomas) sob a direção de Paul Schrader (roteirista de Taxi Driver). Na trama, Carter Page III (Woody Harrelson) tem um trabalho bastante atípico. Ele vive de acompanhar senhoras da elite de Washington a óperas, jantares e jogos de cartas. Por isso, quando Lynn Lockner (Kristin Scott Thomas), a esposa de um senador, encontra seu amante morto, é a Carter que ela pede ajuda. Para protegê-la, ele diz ter sido a pessoa que descobriu o corpo. Mas esse gesto de bondade tornará Carter o maior suspeito do assassinato. De repente ele se vê preso numa rede de intrigas e rumores. Abandonado pelos amigos, só resta a Carter correr contra o tempo e tentar provar sua inocência.
Bella: Filme mexicano que conseguiu arrebatar inúmeros fãs no Brasil com sua trama humana e tocante, é quase um filme de bate-papo, lembrando, inclusive pra mim, filmes como Antes do Pôr-do-Sol. Na trama, o simpático José (Eduardo Verástegui) alcançou o topo do mundo como uma jovem revelação no futebol. A história então apresenta como ele chegou até ali, quando poucos anos antes trabalhava sob as ordens do irmão, dono de um restaurante mexicano em Nova York. Toda a transformação de sua vida aconteceu quando ele decidiu passar um dia inteiro ao lado de uma completa estranha.
A Força da Amizade: Já sabem, se querem agradar sua mãe, tia ou avô, aqui está uma boa opção, filme sobre amizade de mulheres mais velhas, todas excelentes atrizes (Jessica Lange, Kathy Bates e Joan Allen). Na trama, uma mulher de idade avançada tem a vida virada de cabeça para baixo depois de acontecimentos recentes. Para tentar superar tudo que está passando, ela convoca as suas duas melhores amigas e as três caem na estrada a bordo de um carrão. Nessa jornada de autoconhecimento, percorrem todo o país e cruzam, em seu caminho, com lindas paisagens, grandes aventuras e até mesmo um simpático caminhoneiro. Quando percebem, dão conta de que estão vivendo juntas o melhor momento de suas vidas.
Felon: O sucesso de séries como Oz e Prison Break trouxeram a tona um subgênero sumido do mercado há algum tempo, o drama de presídio. Aqui ainda, para surpresa minha surge um IRRECONHECÍVEL Val Kilmer, além dele Harold “Michael Lost” Perrineau. Na trama, depois que mata, acidentalmente, um ladrão que invade sua casa, um pai de família dedicado tem a vida virada do avesso e perde tudo. Condenado a três anos em uma penitenciária de segurança máxima, local em que as regras da sociedade de nada servem, já que os presos têm seu próprio código de honra, é obrigado a dividir a cela com um perigoso assassino que foi vítima de espancamentos orquestrados pelo chefe dos guardas. Ele terá, agora, de se tornar o preso mais durão do pedaço para manter sua integridade física. Sem alternativas, encara o maior e mais difícil desafio por que já passou.
Este ano os produtores do Emmy não tem o que reclamar da baixa audiência televisiva da premiação (apenas 12,2 milhões). Bem que eles tentaram, colocaram os apresentadores – indicados em categoria específica na noite – dos reallitys que juntos devem somar em audiência mais de 60 milhões de espectadores, resultado: não teve retorno algum, até porque as apresentações e as inserções dos hosts foram O fracasso da noite, um equívoco sem tamanho. O grande problema da premiação em relação ao público, ultimamente, é sua tendência elitista – os grandes vencedores da noite foram (e estão sendo) séries da tevê a cabo, o que afasta o telespectador comum, e o destaque da tevê aberta na noite, 30 Rock, não chega a dois dígitos de audiência, e somente não foi cancelada devido ao inúmeros prêmios que vem recebendo.
Assim, o que mais me preocupa é este pouco caso da comissão votante do Emmy com os shows mais populares. Não acho que se deve premiar séries pelo seu índice de audiência, mas esnobar séries do quilate de House, Lost, Desperate Housewives que, na minha opnião, tiveram boas temporadas, é não saber diferenciar o timing de um prêmio correto a uma homenagem a um grande artista, principalmente se vindo do cinema ou dando a volta por cima numa série.
Sobre o show, as inúmeras referências aos antigos seriados são sempre momentos nostalgia pura, e simplesmente a apresentação de aberturas pelo cantor Josh Groban foi um dos pontos altos da noite, inclusive com direito a imitação dos garotos de South Park, assim como a participação do inglês Rick Gervais (vencedor na categoria de melhor ator em comédia no ano passado por Extras) numa sequência com o ótimo Steve Carrell (que tinha recebido seu prêmio no ano anterior). Talvez se observarmos os premiados podemos notar que a noite foi de poucas surpresas, pra mim, pessoalmente somente duas (Jean Smart, Samantha Who? e Brian Cranstom, Breaking Bad, sacanagem roubar o prêmio de Hugh “House”Laurie e Michael C. “Dexter” Hall), no mais tudo estava meio que previsto.
Sobre Mad Men, vencedora na categoria Melhor série dramática, posso dizer que a série é super bem produzida com uma recriação de época fenomenal (além de cultural e social), mas não me pegou com este universo dos bastidores da propagando dos anos 60. Já sobre 30 Rock, vencedora de melhor comédia, nem comento porque pouco acompanho, mas a série é a queridinha dos críticos e artistas (nesta temporada que se inicia em Outubro nos EUA, a série já conta com participações de Jennifer Aniston, Oprah Winfrey, Steven Martin e as garotas de Gossip Girl). Atualmente, no meu estoque de séries, somente 3 comédias têm espaço garantido: How I Met Your Mother (do canal Fox Life), Entourage (do canal HBO) e The New Adventures of Old Christine (do canal Warner).
Ainda sobre os prêmios, gostei muito da premiação de Damages, para Glenn Close e Zeljko Ivanek, o Emmy de House para melhor direção dramática, pelo fantástico episódio “House’s Head, e Pushing Daisies, melhor direção em série cômica.
Abaixo, a lista com os principais vencedores do Emmy 2008:
Melhor Drama – Mad Men (do canal HBO)
Melhor Comédia – 30 Rock (do canal Sony e, em algum momento da Record)
Melhor Atriz em Drama – Glenn Close – Damages (do canal AXN)
Melhor Ator em Drama – Bryan Cranstom – Breaking Bad (do canal Sony)
Melhor Ator em Comédia – Alec Baldwin – 30 Rock (do canal Sony)
Melhor Atriz em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)
Melhor Ator Coadjuvante em Drama – Zeljko Ivanek – Damages (do canal AXN)
Melhor Atriz Coadjuvante em Drama – Dianne Wiest – In Treatment (do canal HBO)
Melhor Ator Coadjuvante em Comédia – Jeremy Piven – Entourage (do canal HBO)
Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia – Jean Smart – Samantha Who? (do canal Sony)
Melhor Direção em Drama – Greg Yaitanes – House (do canal Universal e da Record)
Melhor Roteiro em Drama – Matthew Weiner – Mad Men (do canal HBO)
Melhor Direção em Comédia – Barry Sonnenfeld – Pushing Daisies (do canal Warner)
Melhor Roteiro em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)
Melhor Reality Show – The Amazing Race (do canal AXN)
Melhor Apresentador de Reality/Game Show – Jeff Probst – Survivor (do canal People & Arts)
Melhor Programa de Variedades – The Daily Show with Jon Stewart (do canal Sony)
OBS: pelo menos estas premiações servem para captarmos momentos como este, a gatissíma Thirteen de House
Eu não gosto do Batman, mas tenho que admitir: Esses jogos da LEGO são espetaculares. Sério, LEGO Indiana Jones é sensacional. É difícil uma paródia ser realmente boa.
LEGO Batman não foge disso, como você pode conferir no trailer:
O único problema no game que eu citei é a chatice de você ter que completar a fase mais de uma vez pra conseguir todos os itens e tudo mais. De resto, é um belo game de “plataforma” que não veio pra substituir ninguém, mas veio pra provar que nem sempre um jogo que acompanha um filme pode ser ruim.
O game sai HOJE para DS, PC, PS2, PS3, X360 e Wii. Faltou PSP ou é impressão minha?
Acho que não cheguei a falar por aqui, mas a venda dos ingressos havia sido cancelada. Eu preferi não ACREDITAR nisso, então preferi esperar. Eis que um fã-blog dos caras me deu esperanças:
(…)
Mas hoje falei com a assessoria da Ticketmaster, e me informou que a vendas dos ingressos estão SOMENTE SUSPENSAS PARA ELES.
Já na T4F, a Assessoria me diz que está CANCELADO MESMO. e que para a devolução do dinheiro, tem que entrar em contato com a Ticketmaster.
De acordo com a Ticketmaster, eles irão confirmar esse cancelamento,mas a informação que eles têm lá é que somente estão suspensas as vendas e que estão em acordo pro show acontecer em NOVEMBRO. mas nada confirmado. Mas quem comprou e mesmo assim, não aguenta mais esse vai-e-vem de informações, você tem que se dirigir ao local de aonde efetuou a compra do ingresso e pedir a devolução. Para quem comprou em dinheiro ou cartão de débito, irá receber a quantia em dinheiro, caso você tenha comprado com cartão de crédito, tenha em mãos o comprovante do débito na sua conta que eles estornarão.
Por enquanto, tenho essas informações. Me prometeram que segunda-feira, terão uma posição melhor.
(…)
E então, vamos ter fé ou gastar a grana do ingresso em sake? Eu prefiro os dois.
Aí cê me pergunta: The Breeders QUEM? Sim, eu não conheço e tenho medo de pesquisar. Que o Planeta Terra Festival 2008 é um lixo ENORME, você já sabe porque leu AQUI. Então, eu prefiro manter distância das bandas que vão se apresentar lá.
Eis que confirmaram Offspring há uns dias. Aí eu paro e penso: Offspring já foi uma banda legal. Se eu vou pagar 100 reais pra ver Offspring no meio de um monte de banda ruim? Eu não pagaria nem 40 reais por um show do Offspring, véi! Oportunismo puro, é óbvio que é essa a banda do evento. Porém, levando em consideração o que vai tocar lá… carnaval fora de época?
Sério, se é pra ter uma banda grande e relevante como Offspring, que seja em um show menor. No MESMO show onde teremos KAISER CHIEFS chega a ser humilhante.
Bom, dia 8 de outubro será o grande show. O primeiro lote de ingressos acabou, o que significa que agora os preços aumentaram de R$ 80 para R$ 100. Tem meia, mas um show do Offspring não merece o sacrifício. Eu insisto: Mais informações aqui.
Lembra quando eu divulguei AQUI o som Rock ‘N Roll Train, novo single da melhor banda do mundo? Então, é exatamente desse som que veio o novo clipe da banda, que pode ser conferido AQUI.
Clipe bacana, tradicional, com vários clichês e uns efeitos que provocam ataques epiléticos. Inclusive, eu achjjfwof wqhf jdkivslinavmaq 4 q4 tpcm0 tq mp9mctk
Pois bem, mal lançaram o clipe e já estão com som novo: War Machine. Ouça AQUI, véi!
O que eu poderia dizer? Som bacana, tradicional… porra, é AC/DC. AC/DC é ROCK, e ROCK nunca decepciona. AC/DC nunca decepciona. Não há um “clássico” ou “voltando às origens”, é simplesmente… AC/DC. QUALQUER coisa que eu diga aqui será pouco. Então, ouça o som e tenha uma vida melhor, véi.
Black Ice será lançado no dia 20 de outubro, cê sabe.
Andei olhando umas prateleiras diferentes da última vez que fui a uma livraria e ainda não cheguei a conclusão se isso foi uma coisa boa ou ruim. Estava lá eu em um pocket show de uma banda que era foda quando do nada, me lembro que estou numa livraria e ainda não tinha visto nenhum livro. Como o show devia estar no final, vou andar por lá, folheando uns livros aleatórios, até que o show acaba e volto pra casa pensando umas merdas sobre o que vi. Sobre os livros, o show não, estava legal.
Primeiro de tudo, seção de psicologia. Não cheguei a ver muitos livros médicos porque não entendo nada disso, mas os livros que podem ser considerados normais nessa seção me chamaram um pouco a atenção. Que tipo de livro se chama Como tornar-se um doente mental?. Tá, o título é sugestivo, mas sabe como é que funciona isso tudo, o título não chega aos pés do que ele quer significar. Não vou falar desse livro, acredito que o resumo dele no site da editora já deve dar uma idéia do que ele é e porque eu nem cheguei a cogitar a possibilidade de o comprar:
Em ‘Como tornar-se um doente mental’, o autor apresenta uma psicopatologia às avessas. Em vez de dar receitas de uma vida saudável, revela, passo a passo, como ser um doente mental. Com isso, abre uma porta para que o doente possa entender melhor, e de forma bem-humorada, como ficou doente. Somente assim ele tem a liberdade de modificar o estado das coisas.
Bem-humorada, sei…
Enfim na volta pra casa fiquei tentando encaixar esse livro em alguma prateleira que não fosse a de psicologia, mas não consegui. Apesar de isso ser um livro que tem uma temática séria, seja lá qual for, a mistura de gêneros que estão sendo feitas hoje em dia na literatura tem me deixado um pouco ressabiado de comprar algo que possa ser muito diferente. Tem livro de psicologia se metendo a engraçadinho, livro de culinária que parece um guia turístico, volumes de auto-ajuda que contam trechos da história do país, livros técnicos que servem de modelo pra administradores e uma porrada de outros tipos de livros misturados que eu nem acredito que existem, mas se continuar assim, terão que ser criadas categorias novas para os colocar em algum lugar. Isso me lembra aqueles livros que tinha jogos pra fazer durante a leitura, pra entender direito a história, tipo palavras cruzadas, ligue os pontos, aqueles jogos que eram legais…
E nisso tudo, acabei por pensar em uma história cretina sobre um bando de albinos pescadores de golfinhos que só o fazem a noite por causa de seus problemas e que durante o dia se dedicam a fazer shows de marionetes. Durante o livro, eles iriam ensinar como mexer um boneco ou pescar um golfinho, até que um deles é morto por um boneco manipulado por um gofinho, ou algo parecido. Enquanto eles matam golfinhos, tentam descobrir qual é o que matou o seu amigo ou sei lá o que mais. A história é RUIM, eu sei, mas se é o caso de misturar gêneros, isso se encaixa perfeitamente nessas alterações que estão fazendo por aí.
Não estou falando que quebrar os padrões de escrita é algo ruim, mas apostar algo nisso é arriscado. O pior problema disso tudo é que sempre antes de feiras e convenções de literatura aparece uns livros assim, meio que se encaixando em uns 4 tipos de gêneros. Alguns são considerados os melhores da feira, ganhando destaque e uma matéria na Veja, pra que caso alguém tenha lido, consiga entender, o que leva ao segundo problema. Com tantas misturas de gêneros, a maior parte do público acaba por terminar de ler o livro sem saber o que se passou ali, tendo que reler ou desistir. Ou praqueles que são perseverantes, recorre a livros que servem de guias de leitura, algo que irei falar em outra oportunidade, mais conhecida como semana que vem.
O 3D&T Alpha (que eu já havia comentado) já está disponível. O livro tem 144 páginas e está disponível tanto impresso por R$25,00 ou em PDF de graça a partir do site da própria editora.
Isso mesmo, de graça véi.
Abaixo um texto enorme do autor explicando o porque da decisão:
“Não é mais novidade que 3D&T voltou.
Somando suas várias edições publicadas pela antiga Editora Talismã, foram vendidos mais de 60 mil livros básicos — muito acima de qualquer outro RPG publicado no Brasil, nacional ou importado. E veja bem, estamos falando apenas do Manual 3D&T, sem incluir as primeiras adaptações oficiais de games — Street Fighter Zero, Mortal Kombat, Final Fight, Darkstalkers, Megaman… — que deram origem ao jogo.
Então por que parou, afinal? Por que o RPG mais jogado do Brasil ficou cinco anos sem ganhar novos títulos?
Não é segredo que eu, Rogério Saladino e J.M.Trevisan (localmente conhecidos como o Trio Tormenta) tivemos problemas trabalhistas com a antiga Editora Talismã, que originalmente publicou o jogo. A empresa seguiu comercializando nossos títulos, sem nossa autorização. E usava essa verba para dar suporte à “nova fase” de seu segmento de RPG — que, após nossa saída, ia de mal a pior.
A última coisa que eu queria, era ajudar a sustentar essa “nova fase” com meu esforço.
Hoje o problema não existe mais. A Talismã encerrou seu segmento de RPG (e que não volte). Logo, não haveria problemas em voltar a trabalhar com 3D&T.
Não? Foram cinco anos sem suporte! Em média, esse é o tempo que grupos de RPG permanecem jogando antes de perder o interesse e abraçar outros jogos, ou outros passatempos. Grupos mais duradouros são escassos. Pelo menos, assim eu pensava.
Mas 3D&T demonstrou ter uma base de fãs mais difícil de matar que um Cavaleiro do Zodíaco. O resultado é o novo Manual 3D&T Alpha.
Quer saber mais? Regras que mudam, regras que ficam iguais, vantagens banidas, desvantagens mais banidas? Não vou contar. Porque você não precisa da minha opinião ou análise. Você mesmo pode verificar o jogo. Pois, pela primeira vez no Brasil, um livro de RPG está sendo lançado simultaneamente em versão impressa (que você compra na loja, ou pelo correio) e em arquivo eletrônico gratuito!
A grande pergunta: se o livro completo está disponível na Internet, em alta qualidade, por que alguém pagaria pelo impresso? Como sabe qualquer mestre experiente, PDFs não são práticos em sessões efetivas; o jogo de mesa exige folhear e consultar páginas rapidamente, algo difícil mesmo com um laptop.
Uma lan house cobra pelo menos R$ 0,60 por página de impressão em preto e branco. Um arquivo de 144 páginas não sai por menos de 80 Reais. Quando o Manual 3D&T Alpha original (com acabamento superior) custa quase três vezes menos, imprimir o PDF não parece lá muito inteligente. E mesmo quem tem impressora em casa deve igualar ou superar esse custo com tinta.
Assim, a versão em PDF oferece ao jogador uma “folheada à distância”, uma avaliação cuidadosa antes de decidir se vale a pena comprar. E também permite acesso ao jogo àqueles que não tenham por perto nenhuma loja onde adquirir o original (pagar mais caro pela impressão do PDF pode ser uma opção ruim, mas pelo menos existe essa opção).
Outra razão de espanto para os fãs é que o Manual 3D&T Alpha, embora mantenha o mesmo tamanho das versões anteriores (17x26cm), é horizontal. Ou widescreen, como agora é moda chamar. Parecido com o importado Star Wars Saga. Eu queria muito poder dizer que fui esperto o bastante para prever a versão digital e, portanto, esse formato facilita a leitura na tela do computador. Mas seria mentira. (Ou será que não?)
Não tenha ilusões. O Manual 3D&T Alpha é ricamente ilustrado — quase uma imagem por página —, mas muitos desenhos você nem agüenta mais ver. Alguns estão ali desde a primeira versão (quando eu ainda tinha tempo para rabiscar). Mesmo assim, Erica “Holy Avenger” Awano proporciona novas aberturas de capítulos, e também temos uma porção de artes nunca vistas de Eduardo “Victory” Francisco. Detalhe: os personagens coloridos nas capas são estudos para um possível longa-metragem de animação de Holy Avenger, que contaria a origem do Paladino de Arton. Não, nem adianta perguntar quando fica pronto. Eu não sei.
Alguns fãs argumentam que o Alpha é caro demais em relação a seus antecessores, sendo que um dos maiores atrativos de 3D&T sempre foi o preço baixo. Na verdade ele é um pouco mais barato: em 2003, um mangá de 100 páginas custava R$ 3,90. Hoje, custa R$ 7,90. Um aumento de 80%.
No mesmo ano de 2003 o Manual 3D&T Turbo custava 14,90. Um ajuste de 80% sobre esse preço resultaria em quase R$ 27,00. No entanto, a Jambô o manteve abaixo disso (com o mesmo número de páginas).
Enfim, a decisão é sua. 3D&T sempre existiu para facilitar a vinda de novos jogadores ao hobby, e ele agora pode cumprir esse papel ainda melhor que antes. Você pode olhar o Manual 3D&T Alpha, gostar e comprar. Pode olhar, gostar e imprimir em casa. Pode olhar, gostar e jogar com um laptop sobre a mesa. Pode até não gostar e ficar com o jogo antigo. O importante é que, agora, você tem opções.
E como disse certa vez um pessoal que sabia das coisas, RPG é sobre opções, não restrições.”
— Marcelo Cassaro “Paladino”
Para quem teve preguiça de ler, ele explica que todo mestre experiente sabe que ainda que PDFs sejam bons, eles não funcionam na mesa de jogo, que precisa de uma versão impressa para fluir melhor e justifica que o gasto de você imprimir a versão em PDF seria o mesmo (ou maior) que comprar o livro. Assim o PDF seria uma versão para você folhear e conhecer o sistema e as mudanças.
Nada mais verdadeiro e justo.
Os executivos americanos estão com um largo sorriso após o sucesso desta temporada Blockbuster: foi divulgado recentemente no site Box Office Mojo as maiores bilheterias até agora, e, é claro, está dominada pelos filmes desta época do ano.
Contudo, acredito que há inumeros sucessos merecidos, a temporada teve excelente filmes, claro que graças aos diretores e atores envolvidos que resolveram tomar as rédeas dos chamados blockbusters, e isto pode ser uma tendência para os próximos anos. No entanto, claro que há inúmeros fracassos. Abaixo cito somente 4, mais pelo tamanho do seu orçamento do que pelas suas qualidades, mas fica o registro.
Maiores Bilheterias
1. Batman – O Cavaleiro das Trevas, $518,376,320
Sem comentários…
2. Homem de Ferro, $318,146,675
Sem comentários …(2)
3. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, $316,515,680
Sempre o velho Indy para alegrar as aventuras de Sessão da Tarde e encher o cofrinho de Spielberg, George Lucas e Harrison Ford!
4. Hancock, $227,946,274
Se tem um ator que carrega público ao cinemas atuais, muito associado aos antigos astros e estrelas de Hollywood, este nome atende por Will Smith. É impressionante o carisma deste ator com sua geração, nem mesmo com este filme meia boca (boas idéias perdidas num roteiro confuso) Smith perde dinheiro;
5. WALL-E, $220,090,317
Um nome: PIXAR!!!
6. Kung Fu Panda, $214,669,830
Impressionate como crianças vão ao cinemas, coitados dos pais!
7. Horton e o Mundo dos Quem!, $154,529,439
Único representante que foi lançado antes da temporada blockbuster, a animação do estúdio Fox, baseada num conto do Dr. Seuss, está chegando em dvd, ocasionalmente, agora em outubro (alguém lembrou de uma data específica no dia 12?);
8. Sex and the City – O Filme, $152,641,732
Impressionante como mulheres conseguem carregar homens ao cinema;
9. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, $141,621,490
Não fosse o fiasco da primeira produção, misto de Harry Potter com O Senhor dos Anéis, Crônicas podia ter tido melhor sorte nesta sua continuação;
10. Mamma Mia!, $139,757,815
Impressionante como o público americano ainda gosta de musicais e, consequentemente, desta vez, do ABBA;
11. O Incrível Hulk, $134,533,885
Bem melhor esta nova versão do Hulk do que a anterior (sorry Ang Lee!). Melhores efeitos, um roteiro menos filosófico e muita ação num contexto mais “possível”;
12. O Procurado, $134,310,335
O diretor russo (que eu não consigo nem escrever seu nome aqui) estréia com pé direito nos EUA. Apesar de ser cheio de falhas, pricipalmente quando tenta ser dramático, O Procurado tem muita ação foda de ver na telona, humor e, ainda, tem Angelina Jolie (apesar da magreza);
Maiores Fracassos
Missão Babilônia:
Estreando neste findi, Missão Babilônia já chega cheio de polêmica, até mesmo seu diretor e o seu astro, Vin Diesel, comentam sobre as qualidades duvidosas do longa. Pelo que se sabe, o corte final ficou a mercê do estúdio e não do diretor. A princípio você deve pensar “mas o longa já obteve mais de 20 milhões nas bilheterias!”, no entanto, seu orçamento ultrapassou 70 milhões, é muito dinheiro para o mercado internacional cobrir (isto é, o sucesso do filme no resto do mundo). Claro que o filme, até por ser de um gênero estrintamente comercial, deve se pagar somando a renda em dvd, pay-per-view e outros direitos autorais, mas, como produto do astro Vin Diesel em comparação a seus outros longas, fica devendo pela expectativa suce$$o do filme;
Speed Racer:
Aqui também havia muita expectativa pelo retorno dos Irmãos Wachowski pós-Matrix. No entanto, a adaptação fiel ao anime ficou um pouco difícil de ser vendida para o grande público nesta temporada, o filme em si parece muito over em todos os quesitos. A qualidade não questiono, mas sim o orçamento gigantesco de 120 milhões e o retorno em solo americano de apenas 43 milhões nos cinemas (calculam que 90 milhões no mundo);
Perigo em Bangkok:
Não adianta o Théo propagandear o filme com boa resenha, que nem mesmo os leitores do AOE devem ter ido conferir o último atentado cinematográfico de Nicolas Cage (e pensar que ele tem um homenzinho dourado perdido em algum lugar na prateleira de sua casa). Se nos EUA o filme ainda não conseguiu ultrapassar os 15 milhões, aqui no Brasil, um filme com perfil bastante associado aos espectadores brasileiros ficou atrás, neste findi que estreiou, de filmes como Mamma Mia! e o difícil Ensaio Sobre a Cegueira (sorte o custo ser de somente 45 milhões);
Também, com este cabelo…
O Grande Dave:
Já diversas vezes comentado nesta coluna, o último filme de Eddie Murphy, que ainda conseguiu angariar 60 milhões para ser realizado – será que o EGO de Eddie recebe cachê também? Arrecadado, por enquanto, 11 milhões, vai ser difícil fechar esta conta!