Filmes bons que passam batidos 04 – Oldboy.

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 07 de setembro de 2007 – 7 comentários

Quem trouxe esse filme á minha atenção e finalmente me fez assisti-lo foi o Paulo Jr., na sua coluna sobre a diversidade do cinema oriental. Mesmo quem já está acostumado com a estética e cultura “um pouco” diferentes dos asiáticos, sempre fica com o pé atrás ao começar a assistir um desses filmes que não pertencem ao agora conhecido gênero de horror oriental. Mas aqui temos uma grata surpresa.

 

Oldboy (2003)

O roteiro não deve ser detalhado aqui, pois é parte fundamental da experiência de Oldboy. É um desses filmes em que o entretenimento depende muito da confusão inicial do telespectador, como Memento (“Amnésia” aqui no Brasil). O que você precisa saber é: Oh Dae-Su é um bebum que foi raptado e ficou preso por 15 anos. Depois desse período ele é solto, e agora vai tentar se vingar de quem fez isso com ele.

Eu sei que parece enredo de filme ruim, tipo “Hora do Rush”. Mas, por favor, ignore as sinopses que viu por aí. O que menos interessa no filme é esse resumo do enredo. O que mais interessa é: QUEM raptou Dae-su, POR QUE soltá-lo depois de 15 anos e POR QUE raptá-lo em primeiro lugar. Essas perguntas são respondidas através de uma narrativa surpreendente, que não é confusa como em “Amnésia”, mas se desenrola de forma muito natural e com um final bem amarrado. Os 15 minutos finais do filme realmente me surpreenderam, com muita coisa acontecendo em cenas com alto conteúdo dramático.

Isso me lembra Manhunt. (Playstation 2)

Todos os atores do filme são absolutamente geniais. Fica difícil para nós ocidentais avaliarmos o desempenho de atores orientais, já que a cultura deles normalmente pede uma atuação que ás vezes nos parece exagerada, com muitas caras e bocas. Mas mesmo com essa nossa ignorância, é impossível não se admirar com a riqueza e originalidade dos personagens. O filme não tem heróis, todos que aparecem em cena têm algum pecado ou transtorno sério de personalidade. E conforme a história vai se desenvolvendo, vemos como esses personagens são realmente muito humanos e lesados, o que faz com que a gente se aproxime ainda mais da história e aumente o interesse pelo filme.

Até mesmo as cenas de ação fogem aos clichês. Dae-su passou anos treinando luta em seu cubículo, como todo bom cativo que não tem porra nenhuma pra fazer. Quando é solto, ele sabe lutar e se virar, mas não significa que virou o Batman. Em uma das melhores seqüências do filme vemos Dae-su derrubando, sei lá, uns 20 caras, SOZINHO e só com um martelo na mão. Mas a cena foi montada e filmada de tal maneira que não ofende o telespectador e nem faz a gente pensar “Até parece que alguém consegue fazer isso”, tipo aquelas cenas de “Triplo X”. Dae-su leva muita porrada, se arrasta pelo chão, pára pra recuperar o fôlego, usa golpes baixos, e no final está todo quebrado. Como deveria ficar QUALQUER UM que briga com uma dezena de caras ao mesmo tempo. Definitivamente um filme fora dos padrões.

Esse é o vilão de Oldboy. Você vai ficar confuso. De um jeito bom.

Oldboy, em minha opinião, é um desses filmes que transcendem o seu contexto cultural; Sem contar com orçamento bilionário e nem efeitos especiais estrambólicos, consegue contar uma história inteligente, com validade universal. Coisa quente, cara.

Recomendação final: Oldboy é um dos exemplos do que existe de melhor no cinema oriental. Se você não gostar de Oldboy, então fique só com o cinema americano mesmo.

Temporada 2007 – Temporada das Trilogias

Primeira Fila sexta-feira, 07 de setembro de 2007 – 5 comentários

O ano de 2007, principalmente o verão americano, vai ser reconhecido como o ano das trilogias, nada mais, nada menos que seis filmes foram lançados num curto período de quatro meses, que eram o terceiro filme da série. Alguns foram planejados como uma trilogia desde o princípio, outros chegaram a este número pelos sucesso nas bilheterias ($$$). No entanto, um fator os une: o desgate da trama e dos personagens é inquestionável, salvo raras exceções.

Das trilogias desta temporada já passaram nos cinemas Homem-Aranha 3, Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, Shrek Terceiro, Treze Homens e um Novo Segredo e O Ultimato Bourne. Neste final-de-semana estréia A Hora do Rush 3 (com um orçamento absurdo de 140 milhões de dólares, onde colocaram todo este dinheiro?) e em outubro (dia 5) estréia Resident Evil 3 – A Extinção. Aos detratores destes filmes uma notícia: em sua maioria os filmes acima são fracos e pouco apresentam novidades, mas nada que incomode o grande público que lotou as salas de cinema ávidos por novas aventuras de Peter Park, Jack Sparrow, entre outros.

“Meninas, não contém a ninguém, mas pode ser que eu apareça em outra trilogia”.

A exceção neste grupo atende pelo nome O Ultimato Bourne, dirigido pelo competente Paul Greengrass (indicado ao Oscar por Vôo United 93), que havia dirigido A Supremacia Bourne, finaliza os mistérios, adiciona novos personagens e muita ação num filme nervoso e tenso que une uma trama adulta com divertimento nas ótimas sequências de ação em lugares exôticos como Marrocos e Rússia.

Não só a melhor trilogia citada acima, como um dos melhores filmes do ano

No entanto, a temporada não se conteve em apenas fechar (espero eu) estas trilogias citadas, houve uma nova enxurrada de continuações e refilmagens, prática bastante difundida nestes últimos anos para garantir retorno financeiro sem muito risco. Fiz um levantamento destes últimos meses e fiquei surpreso com o número de lançamentos nos cinemas que reflete esta prática, independente da qualidade do filme. Somente para citar alguns: Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (fraco), A Volta do Todo Poderoso (fraquinho), Harry Potter e a Ordem da Fênix, Duro de Matar 4.0 (diverte se não levado a sério, assim como seu protagonista), Luzes do Além (nem deveria esta nesta lista, pois é uma produção realizada diretamente para dvd, que por aqui foi exibida nos cinemas), Espíritos 2 (não é uma continuação, mas a distribuidora resolveu trabalhar com ele desta maneira) e Extermínio 2 (exceção, consegue ser tão bom quanto o original). No caso das refilmagens, foram A Morte pede Carona (mediano) e Sem Reservas (refilmagem do alemão Simplesmente Martha).

Luzes do Além, um legítimo caso de continuação picareta

Além disso, no próximo mês estão prometidos Jogos Mortais IV e os remakes Invasores e Halloween, e para 2008 já estão prometidas as continuações de A Lenda do Tesouro Perdido, Alien vs. Predador, As Crônicas de Nárnia e do Indiana Jones. Como podemos perceber continuações, refilmagens e trilogias não vão deixar de ser moda em Hollywood durante uns bons anos, claro, que isso se modificará somente quando as bilheterias não corresponderem ás expectativas dos estúdios e produtores, até lá, haja imaginação para nomear e enumerar os filmes.

Se for divertido como o primeiro, tá valendo

Festival Planeta Terra – saiba mais sobre o evento

Música quinta-feira, 06 de setembro de 2007 – 5 comentários

Olha, essa é pra quem me acha um cara deveras estressado depois de descer o sarrafo no Tim Festival, na coluna New Emo dessa semana, aqui. Vamos falar do Festival Planeta Terra, que antes não era um festival, mas eles tiveram a manha de trazer Pearl Jam, Jamiroquai e… Black Eyed Peas pra cá.

Se deus existe, ele trabalha no Terra.

A assessoria de imprensa do Festival Planeta Terra, que acontecerá no dia 10 de Novembro no Galpão Savoy (Zona Sul de São Paulo), já confirmou cinco nomes: The Rapture, Lilly Allen, Cansei de Ser Sexy, Datarock e Devo. Devo? DEEEEEEEEVO!

Devo é uma banda muito boa de New Wave, tipo Talking Heads, você devia ouvir. A banda é dos anos 70, eu não a conhecia até o começo desse ano, quando um amigo começou a me passar umas músicas dos caras. Como assim, você não conhece a banda? Porra, quem nunca se empolgou ao som de Whip It? Bom, você pode ouvir essa e mais umas no MySpace da banda, ou se empolgar por aqui mesmo. Selecionei três vídeos com a ajuda do Roger, “colaborador fantasma” do AOE, segura:

Gut Feeling / Slap Your Mammy (ao vivo), saca os tiozões:

Satisfaction, cover do Rolling Stones (bem melhor):

E a cláááááássica Whip It:

Sinceramente, o clipe mais foda da galáxia.

The Rapture já é uma banda mais nova, com um ritmo mais Rock Eletrônico. Pode ser um som legal com algumas doses de cerveja, sem dúvidas. Enfim, cola lá no MySpace da banda. Lily Allen? Bom, sinceramente, definitivamente não é o tipo de som que me empolga. E nem o que eu estou acostumado a ouvir. Bom, ela também tem um MySpace, vê lá. Melhor que Björk. Datarock, outra banda que manda um Rock Eletrônico que, sinceramente, é bacana. Também tem MySpace, quem não tem MySpace? E, claro, o Cansei de Ser Sexy também tem, e lá vem mais Rock com influência eletrônica (ou o contrário). Enfim, vai ver o MySpace deles. Hm, se bem que as músicas que estão lá não dizem muito sobre a banda, mas eu digo o mesmo que disse sobre a primeira nesse parágrafo: Com algumas doses de cerveja, pode ser legal.

Mas então, não pára por aí. Sabe quem mais eles estão querendo trazer? QUEENS OF THE STONE AGE, e até mesmo SMASHING PUMPKINS.

E, mesmo que não tragam: Chupa, Tim.

Street Fighter no cinema de novo?

Cinema quinta-feira, 06 de setembro de 2007 – 2 comentários

Hollywood não aprende mesmo. A Capcom, a Fox e uma meia dúzia de pessoas que pretendem explorar a ingenuidade da comunidade nerd-gamemaníaca anunciaram que um novo filme baseado nos personagens de Street Fighter será lançado em 2008, provavelmente coincidindo com o aniversário de 20 anos da franquia.

Se seu cérebro fez questão de apagar a história do primeiro filme da sua memória, eu vou ser cruel e te relembrar que o medonho filme que matou Raul Julia (M. Bison) de desgosto além de levar a carreira de Kylie Minogue (Cammy) pro limbo, trazia um roteiro indescritivelmente cretino e o anão de jardim Jean Claude van Damme no papel de Guile. O filme foi um fracasso retumbante e nós pensamos que mais idéias desse tipo estariam enterradas bem fundo na mente dos produtores hollywoodianos. Porém não foi isso que aconteceu.

Quero ver é alguém achar uma japa com esse peitão

A nova trama, dirigida por Andrzej Bartkowiak (quem?) ainda é um grande mistério e tudo o que se sabe é que a história será focada na personagem Chun-li.

Façam suas apostas: eu acho que vai conseguir ser pior do que o primeiro.

Novos personagens em Lost

Televisão quinta-feira, 06 de setembro de 2007 – 2 comentários

Mesmo estando longe de estrear a quarta temporada, nos Eua em fevereiro de 2008, os produtores de Lost, Damon Lindelof e Carlton Cuse, parece terem fechado o período de contratações para o elenco, por enquanto. Pouco foi revelado sobre os novos personagens, nem mesmo os boatos sobre seus nomes foram confirmados pelos produtores que preferiram manter o mistério até o início da temporada.

De cima para baixo: Jeremy Davies, Ken Leung, Rebecca Mader, Lance Reddick e Jeff Fahey

Para os fãs do seriado (eu!eu!eu!) , Cuse e Lindelof apenas  comentaram que nenhum desses atores irá participar de apenas um episódio. Alguns terão histórias contadas ao longo da temporada, alguns vão aparecer muito no início da temporada e depois podem ou não continuar, alguns têm potencial para virarem personagens fixos no futuro. Resumindo: tudo é muito vago ainda. Nesses próximos meses muitas notícias ou boatos devem surgir até a estréia ano que vem.

Saiba mais sobre o novo álbum do Monster Magnet

Música quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 1 comentário

Sério, Monster Magnet é uma banda que todo mundo devia ouvir. Corre pro MySpace dos caras e depois dá uma sacada nos vídeos que eu vou deixar aqui. Agora, vamos falar sobre o novo trabalho da banda.

4 Way Diablo é o nome do novo álbum da banda, que será lançado no dia 2 de Novembro. Os caras apostaram de novo na parceria com o produtor Matt Hyde, o mesmo que produziu Powertrip, o álbum de mais sucesso da banda, e o que eu “melhor” ouvi. Não ouvi nada ainda, mas já espero por algo sensacional e, sinceramente, estou ansioso. E vou te mostrar porquê.

Por isso (Space Lord):

Isso (Atomic Clock):

Isso (See You in Hell) – malditos que não deixam eu colocar o vídeo aqui.

E, pra finalizar, isso (Powertrip) – malditos, de novo.

E os caras ainda vão mandar um cover de Rolling Stones, 2000 Light Years from Home. Não que isso seja bom, mas vale frisar.

4 Way Diablo – Monster Magnet
1. 4 Way Diablo
2. Wall of Fire
3. You’re Alive
4. Blow Your Mind
5. Cyclone
6. 2000 Light Years from Home
7. No Vacation
8. I’m Calling You
9. Solid Gold
10. Freeze and Pixillate
11. A Thousand Stars
12. Slap in the Face
13. Little Bag of Gloom

Ira! – O fim da banda?

Música quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 41 comentários

Uma das coisas mais legais a se fazer é acompanhar a bagunça da imprensa. Bom, o vocalista do Ira!, Nasi, disse a uma revista que vai cair fora da banda e pretende não voltar mais. Mas agora ele desmentiu, dizendo que a banda apenas vai entrar em férias após o final da turnê do último álbum da banda, Invisível DJ, e deve voltar só lá pra 2009. Sim, um ano de férias.

Enfim, todos os membros estão de acordo com as férias, e o guitarrista Edgard Scandurra já tem planos pra 2008, com seu projeto solo, e Nasi disse que provavelmente esse pode ser o fim da banda.

O Ira! nasceu nos anos 80, e fez parte da história do Rock brasileiro sendo uma das bandas mais importantes da cena. Mas, particularmente, eu não vejo muita graça na banda, e o trabalho solo do Scandurra parece ser bem legal. Agora, esse lance de férias enche mesmo o saco, não tem jeito, e a banda já tem seus 26 anos, é uma boa hora de parar, ainda mais depois do acústico. Mas e os fãs, o que acham?

Eu prefiro o Scandurra, ó, clipe de Amor Incondicional:

Mas se você prefere Ira!, fica aí com Eu Vou Tentar:

Resenha – O Incrível Exército de Brancaleone

Cinema quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 4 comentários

Branca! Branca! Branca! Leon, leon, leon! É esse o grito de guerra que embala mais uma maravilha da comédia italiana.

O Incrível Exército de Brancaleone (L’Armatta Brancaleone), lançado em 1966, serve até hoje como exemplo de filme sobre a época medieval (e, aliás, supera o humor bobo de Monty Python and the Holy Grail), sendo, ao mesmo tempo, uma maravilhosa comédia e uma das apresentações mais honestas sobre a época medieval que se pode ver hoje em dia.

Nessa maravilha da sétima arte, dirigida por Mario Monicelli e distribuída pela Titanus Film, não temos como personagem principal nenhum tipo de cavaleiro baitola que quer resgatar a amada, vingar o pai ou qualquer outro desses enredos clichês de filme. Brancaleone da Norcia (Vittorio Gassman) é um cavaleiro errante atrapalhado e mulherengo que tenta usar seu título de nobreza para aproveitar a vida, e, após ser abordado por um grupo de plebeus que o oferecem o título de posse de um feudo, parte em busca da glória e da fortuna em Aurocastro.

O filme, uma bela paródia a Dom Quixote, satiriza também a própria situação da Europa no século XI. Brancaleone e os quatro miseráveis famintos que acabam se tornando seu exército confrontam boa parte das grandes polêmicas da Baixa Idade Média. Percorrendo o longo caminho até Aurocastro no lombro do pangaré Aquilante (referência ao “Rocinante” do Quixote), Brancaleone se depara com a peste negra, bárbaros, piratas, leprosos, vigaristas e muito mais dos seres que povoavam a Europa medieval. Um dos pontos altos do filme é o encontro com o monge Zenone, que no meio do filme acaba recrutando Brancaleone e seu exército para lutar na guerra santa (o que, inclusive, gerou a maravilhosa continuação do filme: Brancaleone Alle Crociate)

Apesar de ser bem antigo, o filme até hoje parece ser o trabalho que melhor conseguiu ridicularizar o conceito de honra dos filmes e livros medievais. Como é dito na própria capa do DVD, você nunca verá O Senhor dos Anéis com os mesmos olhos após Brancaleone.

Enfim, eis aí uma comédia das melhores. Uma maravilha desde a primeira até a última cena. Recomendo a todos, aliás: Vale cada centavo dos R$ 9,90 que ele deve custar em qualquer uma dessas Lojas Americanas da vida.

Não deixem de conferir também Brancaleone e as Cruzadas, onde Brancaleone enfrenta até a própria morte. Claro que num futuro próximo eu ponho uma resenha sobre esse aqui no AOE, também.

Tim Festival: Até o Carnaval de Taboão da Serra é melhor

New Emo quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 19 comentários

Nessa semana começou a correria pra comprar os ingressos do Tim Festival desse ano, que, na boa, é um dos shows mais decadentes do ano. Atrações principais? Posso citar duas: Björk e The Killers. Eu podia terminar essa coluna aqui, mas não, preciso citar as outras atrações pra você ver que eles conseguiram ser ainda piores. Saudades da concorrente Claro, que trouxe IGGY POP, quase do lado da minha casa. Enfim, vamos ao que interessa (que irônico): Tim Festival 2007.

Arctic Monkeys e Juliette and the Licks também são uma das atrações mais esperadas pelo povo mais assutador da galáxia (vulgo indies), aqueeeles que costumam gastar mais de cem contos num festival com bandas assustadoras como essas (indies). O pouco que eu ouvi das duas bandas, principalmente da primeira, já foi o bastante pra me manter longe delas. Sério, Arctic Monkeys é uma das bandas mais chatas que eu ouvi nos últimos tempos, mesmo assim eu sou suspeito a falar por ter ouvido pouca coisa da banda, e admito isso. Uma coisa é eu criticar a banda só por ela ser indie (o que já é o bastante), outra coisa é eu criticar ela sem saber do que eu estou falando. Então, vou analisar uma música deles AGORA, em tempo real, ao vivo, na frente do seu monitor.

Cara, como eu odeio ser chato. Não acredito que vou ter que ver e ouvir isso só pra falar mal da banda.

Eu não vou falar NADA sobre o clipe, os clipes do Xitãozinho e Xororó são mais bem feitos e não mostram um cara sem camisa com óculos escuros de repente. E outra, essas minazinhas dançando são um plágio descarado do clipe Pretty Fly (For A White Guy), do Offspring. Enfim, vamos falar da música: O vocal não canta nada, em primeiro lugar. Em segundo, eu não sei porque indie gosta de começar as músicas desse jeito. É clássico pegar um álbum de alguma banda indie e ouvir uma pseudo-porrada como introdução, e aí vem uma música chata, monótona e sem graça, com toda essa redundância, mesmo. E o ritmo? É uma mistura de música eletrônica com, sei lá, alguma música do Terra Samba, com umas guitarras. Eu tinha um cd do Terra Samba na minha pseudo-infância, sei do que estou falando. É uma batida repetitiva com umas paradinhas pra dar uma rebolada. Juliette and the Licks já é um som mais poser, e… caramba, não tem como não ser redundante. Enfim, se tem algo que valha a pena nessa banda, é…

…se manter longe do cd, não se deixe levar por essa foto.

Björk faz um tipo de música que não me agrada, assim como o resto das atrações que eu não citei aqui, e até mesmo como as atrações que eu citei aqui. Ou seja, o festival INTEIRO não me agrada, deve ser por isso que eu não estou falando bem dele, e me resumindo a falar de bandas dentro do gênero que mais se aproxima do Rock. Então, vamos falar de The Killers. Não! NÃO! Eu nunca vou me perdoar por isso.

HAHAHAHAHA, sabe o cara que toca bateria, lá no fundo? Pois é, ele chamou o sobrinho de 13 anos pra ser vocalista da banda, e ainda pintou uma barba mal-feita na cara do coitado. E se o clipe anterior era ruim, esse aí merecia um Grammy. Os clipes antigos do Black Sabbath eram bem melhores, e não estamos falando da música – afinal, comparar The Killers com Black Sabbath é como comparar a Preta Gil com a Kate Winslet. Não dá pra suportar a voz desse cara, imagina ter que aturar isso e a performance dessa banda ao vivo? E eu não sei o que é pior, se é a melancolia da música ou o pseudo backing-vocal que chega atropelando os gritinhos do vocalista, antes do refrão. Sem contar que todas as músicas dessa banda são iguais, o que era de se esperar de uma banda indie.

Mas não estamos aqui só pra falar mal das bandas indies, mas pra falar mal do Tim Festival. Eu pagaria cinco, CINCO reais pra ver o show do Tony Platão e a bunda da Juliette, e ainda reclamaria do preço alto. Sério, eu não quero criar polêmica ou provocar quem gosta das bandas, é só a minha opinião: Tony Platão e a bunda da Juliette são as “coisas” que livraram o Tim Festival de ser a pior decadência da galáxia. Afinal, poderiam entrar Kaiser Chiefs e The Magic Numbers no lugar, aí eu juro que eu ia reclamar pelo resto da minha vida até alguém ter a moral de trazer o que realmente vale a pena. E não é só a minha opinião, não sou só eu quem quer Foo Fighters por aqui. Aposto que mais que o dobro de quem vai ao Tim Festival espera por esse dia. Até mesmo por Green Day, que é outra banda decadente, mas vale BEM MAIS do que qualquer coisa que estejam trazendo por aí. Fazem tantos shows internacionais no Brasil mas não conseguem trazer o que o povo mais quer. Foi sorte trazer o Pearl Jam.

Então, fica aí minha dica pra essas grandes multinacionais fodonas que querem ganhar dinheiro pra cacete com shows. Tragam bandas de verdade se é pra fazer valer o ingresso.

Speed Racer nas telonas

Cinema quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 2 comentários

Você era daquelas pessoas que vibravam a cada vez que o ronco do Mach 5 era ouvido? Você pirava a cada carro que explodia naquelas infindáveis repetições de animação durante as corridas? Você também sonhava em colocar molas gigantes no seu carro pra pular todo mundo num engarrafamento?

Pois bem, a diversão está de volta! Speed Racer, em filme, agora, sairá nos cinemas em 2008, lançado pela Warner Bros, escrito e dirigido pelos irmãos Wa… Wacho… Wachows… enfim, os caras que fizeram Matrix.

Teremos Emile Hirsch no papel de Speed Racer, Christina Ricci como Trixie, John Goodman como Pops e por aí vai. Enfim, esse tipo de coisa você pode ver sozinho no site do filme.

Mach 5. Uma maravilha, mas ainda prefiro um bom fusca 67.

O desenho, que foi criado por Tatsuo Yoshida, no Japão, com o nome de Mach Go Go Go(Um trocadilho com o número 5, o nome do personagem principal e a palavra “go” em inglês, mesmo), virou febre no mundo inteiro após ser adaptado para os EUA. Além da série original, que data do final dos anos 60, duas tentativas de reviver a série ocorreram, com The New Adventures of Speed Racer, em 1993, e Speed Racer X, em 2002. A primeira parou após treze episódios por não ter agradado o público e a segunda também foi abandonada no meio por diversos problemas.
O filme parece mais uma vez tentar reviver a grande onda que foi a primeira série de Speed Racer. Pelo Mach 5 ali dá pra ver que a coisa começou bem.
Agora, se você não está satisfeito só com o filme, pode ficar tranqüilo. Uma nova série animada, produzida pela Nicktoons Network, deve estrear junto do filme, lá pra maio de 2008.
Enfim, agora o jeito é esperar os caras lançarem os trailers pra ter uma noção de como o filme vai ficar.

Go, Speed Racer, Go!

confira

quem?

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