Fast-food Reviews 014: Playstation Portable

Games segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

Syphon Filter: Logan’s Shadow

Descaralhante.

Vocês não vão me ouvir falar isso de muitos jogos. Podem ter certeza de que esse merece.

Se você ainda não jogou Syphon Filter: Dark Mirror, de 2006, saiba que perdeu um dos melhores motivos para se ter um PSP. Foi o primeiro jogo de ação em terceira pessoa que conseguiu se adequar perfeitamente aos controles do portátil, e não se entregou á ladainha do “ah, mas o o psp só tem um analógico, não dá pra jogar esse tipo de jogo”. NÃO TEM DESSA, MEU! Quando o desenvolvedor se dedica e bota uma equipe competente pra trabalhar na bagaça, o resultado é Syphon Filter: delicioso de se jogar, divertido do início ao fim e totalmente adequado aos controles disponíveis. Ao lado de Metal Gear Solid: Portable Ops, é provavelmente um dos melhores jogos de ação do PSP.

E agora Logan’s Shadow; a porra do jogo simplesmente melhorou em TUDO desde o ano passado. Mantiveram o ótimo esquema de controle e ainda adicionaram novas movimentações para Logan, o que para mim é algo inacreditável (agora você pode combater na água, por exemplo). Logan se tornou um personagem ainda mais dinâmico e flexível, deixando o jogador totalmente á vontade para jogar Logan’s Shadow no seu ritmo e da maneira que achar melhor.

A gama de armamentos continua extremamente interessante, os personagens cada vez mais canastrões e a história cada vez mais esdrúxula. Esse sempre foi o espírito de Syphon Filter, desde o Playstation 1, e com Logan’s Shadow a franquia ganha mais um sólido jogo para apagar de vez a fama daquela merda (Omega Strain) que lançaram para o PS2. Bom para nós.

Julgamento final: Descaralhante, como já falei, e totalmente recomendado. Se você não jogou o anterior vai levar um tempinho para se acostumar com os controles, mas depois eles viram a coisa mais natural do mundo e você fica se perguntando por que todos os jogos do PSP não são assim.

Hot Wheels Ultimate Racing

Jogo rapidão… até o momento em que você precisa usar slow-motion. Q?

Sim, Hot Wheels. Aqueles carrinhos de brinquedo que eventualmente são engolidos por tubarões, pegam fogo, explodem e ficam espalhados pela casa como cascas de banana ambulantes, esperando um desavisado pisar em cima e decolar rumo á terra-do-nariz-no-chão. Pelo menos quando eu era pequeno era assim.

É lógico que esse jogo é uma merda, o que você esperava? Depois que você se acostuma a jogar coisas como Burnout e Need for Speed na telinha do PSP, você nunca mais se satisfaz com joguinhos medianos de corrida, principalmente quando são tão simplistas e tão… de brinquedo… como Hot Wheels.

Ao mesmo tempo que tudo parece de binquedo no jogo, ele é difícil pra cacete; isso parece contraditório, e é. Se você rela no guard-rail de qualquer curva, você imediatamente perde toda sua aceleração e a galera passa zunindo por você. Frustrante. Depois que você apanha bastante, você aprende que precisa usar um recurso de slow-motion para fazer as curvas mais nervosas. Aperta o R e tudo fica mais lento, a física do carro muda e você consegue vencer a curva. Combina isso aí com o botão de boost, e Hot Wheels começa a ficar mais jogável.

Ok, é um recurso relativamente interessante. Mas não pra um jogo de corrida, porra! Quem quer jogar jogo de corrida em slow-motion, cacete? Qual é o problema com esses desenvolvedores?

Julgamento final: Não. Não jogue. Burnout é melhor em tudo que Hot Wheels tenta fazer.

Crash of the Titans

Só achei imagem do Wii, não me matem. A versão do PSP é parecida, ok?

Eu já tinha falado sobre esse jogo pro DS, e que ele tinha ficado legalzinho no portátil da Nintendo. Meu medo era que só tivessem portado o jogo entre as diferentes plataformas, o que normalmente significa que ele fica bom em UMA delas e uma desgraça em todas as outras (Vide Tom Clancy’s Ghost Recon, como exemplo).

Felizmente me enganei. A versão do PSP é bastante diferente da versão DS, e utiliza muito bem a capacidade 3D do portátil, transformando-o de fato em outro jogo. A idéia básica (e divertida) de montar em monstros para vencer algumas partes das fases continua lá, e ainda é muito bem implementada. Também gosto muito do fato de Crash adquirir novas habilidades automaticamente, conforme coleta esferas pelas fases. Estimula o jogador a explorar os cenários e descobrir o esforço dos desenvolvedores para criar um jogo bonito e interessante. A versão do PSP é bem menos restritiva do que a do DS, e a sensação de liberdade é bem maior do que aquela idéia de “corredor” que imperava nos jogos do Playstation 1.

A cada fase completa você também abre alguns bônus, como arte original do jogo e essas tanguices que os desenvolvedores gostam de colocar ás vezes. Não serve pra nada em termos de jogo, mas é legal para quem é fã da série, como eu.

Julgamento final: Hmmm… não sei. O jogo é bem legal, mas só se você jogou os Crash Bandicoot do playstation 1 e guarda boas lembranças daquela época. Se você não conhece a franquia, jogue Ratchet & Clank que você está mais bem-servido.

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