Made In Taiwan – Bergenteif

Música domingo, 23 de setembro de 2007 – 2 comentários

Mais uma banda espetacular para o nosso quadro Made In Taiwan.

Dessa vez trazemos pra vocês:

Bergenteif. Banda para piratas, vikings, bárbaros e gladiadores.

A banda Bergenteif (que significa “Demônios da montanha”) vem com a seguinte proposta, que tá lá no MySpace da banda:

Melhor banda de barbarian metal de todos os tempos, tem como objetivo o fim do amor e de tudo o que é belo e cor de rosa

O estilo musical é inusitado e os próprios integrantes o classificam como True Barbarian Metal. Misturando instrumentos normalmente utilizados em música erudita, umas harmonias medievais e porrada no último, Bergenteif é música pra beber, tacar fogo em vilarejos e estuprar a filha do chefe da aldeia.

Escute “The Second Coming” aqui

Escute “Merchant of Windmills” aqui

Reunidos em 2001, a banda conta com Atílio (gostei do nome, deve ser parente) na guitarra e vocais, Thiago na guitarra, Renan no baixo e Rodrigo quebrando a bateria. A formação mudou desde 2001, e cada componente influencia o som com suas preferências musicais. Consegui falar com o Atílio e o cara deu a real:

Atillah: Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem.
Bergenteif – Atilio: Então, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!”
Atillah: Porra, mas é um som Conan mesmo, cara.
Bergenteif – Atilio: Pode crer: diga não ao donzelismo!

Quer ver a entrevista toda? Tá aí embaixo.

As letras acompanham o som pesado, sempre abordando temas de relevância como o paganismo e o suicídio. Uma pena que a banda só tenha duas músicas gravadas. Mas segundo Atílio, tem várias outras no forno, só dependendo de uma oportunidade pra juntar os cúmplices e tocar o horror musical.

A banda não possui shows agendados no momento. Vamos ver se tiramos os caras de sua caverna e promovemos a destruição em nível mundial.

Contato: bergenteif@hotmail.com

Entrevista com Atílio do Bergenteif.

Atillah: Então cara, pra começar, o que significa “Bergenteif”?
Bergenteif – Atilio: Demônios da montanha.
Atillah: Puta merda, só podia. Demais.
Atillah: E, Atilio, qual o seu papel na Bergenteif?
Bergenteif – Atilio: Eu sou guitarra e vocal, componho e faço as partes de violão. Ultimamente também tenho feito as letras.

Atillah: Cara, escutei as músicas de vocês, e me deu vontade de beber, brigar e sair abusando de donzelas. Você acha que é efeito da música ou tem algum problema comigo?
Bergenteif – Atilio: Huhauhahua, é a volta aos tempos bárbaros. Essa é a nossa proposta: fazer o verdadeiro barbarian metal
Atillah: Quando eu tava escutando eu pensei: “Caralho essa é a mistura perfeita de Matanza com Therion”. É por aí mesmo?
Bergenteif – Atilio: Acho que essa é a parte legal de ouvir nosso som: você pode especular á vontade e nunca vai chegar perto das influências hahahaha. Therion e Matanza eu só conheço de nome.
Atillah: Então falei merda. Mas gostei do som do mesmo jeito.
Bergenteif – Atilio: Mas falando sério, é tanta mistura… da minha parte é mais musica erudita, o baixista curte mais black metal e o batera metal melódico.

Atillah: Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem.
Bergenteif – Atilio: Entao, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!”
Atillah: Porra, mas é um som Conan mesmo, cara.
Bergenteif – Atilio: Pode crer: diga não ao donzelismo!
Atillah: Você devia ler a série que eu escrevi sobre piratas. Mas e as letras? Vocês estão abordando que temas ultimamente?
Bergenteif – Atilio: Ah, basicamente suicidio, barbarianismo, um satanzinho básico…..
Atillah: Você devem gostar dos vikings cara, eles eram um tipo de pirata que eu respeito, porque eles tocavam o horror no mar e na terra. Aliás, bárbaros se suicidam?
Bergenteif – Atilio: Sei lá, é que eu sou meio depressivo sabe?.
Atillah: Você devia estuprar mais donzelas, cara. Voltando á banda, vocês estão com a mesma formação desde quando?
Bergenteif – Atilio: Faz um ano mais ou menos.
Atillah: A galera se dá bem mesmo tendo um bando de influências diferentes?
Bergenteif – Atilio: Sim, essas influencias se completam.

Atillah: As músicas que ainda não foram gravadas são no mesmo estilão das que já estão disponíveis? Com uma introdução em instrumentos eruditos e tal e daí dá um tempinho e entra batera, guitarra e baixo quebrando tudo?
Bergenteif – Atilio: Então, eu busco algo diferente em cada musica, cada uma é uma jornada pagã por uma regiao diferente do ser.
Atillah: Orra, fala mais sobre as letras cara. Como foi que saíram as letras das duas musicas que estão disponíveis?
Bergenteif – Atilio: A “Merchant of Windmills” foi feita pelo Tiago (violino e guitarra), é uma letra complexa e cheia de trocadilhos filosóficos. A “The Second Coming” é um poema do Yeats.

Atillah: Quando sai mais música cara?
Bergenteif – Atilio: Dificil dizer, tá todo mundo ocupado com trampo e faculdade por enquanto.
Atillah: Cara, mas barbarianismo é PRIORIDADE!
Bergenteif – Atilio: Huahauahua.

Atillah: Legal cara, agradeço aí pelas suas palavras e paciência. Tem mais alguma coisa que você queria dizer pro pessoal do Ato ou Efeito?
Bergenteif – Atilio: Quero agradecer a você pela oportunidade e todos os fãs pelo suporte.
Bergenteif – Atilio: E STAY FUCKIN’ BARBARIAN!!!!!

Made in Taiwan – Super Hi-Fi

Música sábado, 22 de setembro de 2007 – 3 comentários

Antes de começarmos a falar de Super Hi-Fi, quero conseguir que vocês tenham a correta primeira impressão desses caras, portanto, vou começar com um pedaço da entrevista. O Don Gralha (vocalista) foi quem conversou comigo.

bel:
na sua opinião, qual foi o show que consagrou vocês de verdade?
Super Hi-Fi:
Como sempre, o pior está por vir… mas em junho de 2006 entramos no palco completamente bêbados e drogados, prá casa cheia. Foi um arraso…huahahua. Perceberam que não éramos de brincadeira…

Pra você ter CERTEZA que eles não são de brincadeira, dá uma olhada nesse vídeo, protagonizado pelo Don:


Apesar de parecer malvadão, ele foi um amor na entrevista. Além do mais, o panaca pediu prá levar couro.

Ladies and gentlemen, quero apresentar-lhes o Super Hi-Fi.

Perronex (guitarra), Don Gralha (baixo e vocal) e Caetano (bateria).

Rock bacana, bem paulêra. O melhor: letras debochadas cantando em português. Nada contra letras em inglês, mas acho muito mais emocionante bandas de rock brasileiras cantando no bom e velho português brasileiro contemporâneo. Dá um ar mais tupiniquim, manja?

Super Hi-quem? A breve saga da origem ao contrato com a Monstro

O três aí se conheceram em Nova Friburgo, nos anos 90, mas cada um tinha sua banda e eles nem sonhavam com Super Hi-Fi. Foi em 2005 que a coisa começou a se desenrolar: os três descobriram que estavam morando na mesma cidade, mas só no ano seguinte que resolveram se unir pra fazer sujeira.
Influenciados por BRUTOS tipo Motörhead, Metallica, Misfits, White Zombie e Black Sabbath, rodaram muuuito pelo Brasil e finalmente conseguiram chantagear foram descobertos por uma gravadora. Agora, carregam o selo da Monstro Discos e estão ansiosos prá fazer a coisa acontecer (heh).
O primeiro CD já tá saindo do forno, contando com participação dos caras do Cachorro Grande, produção de Jimmi London (vocalista do Matanza) e mixado por Jorge Guerreiro (Deck).
A data de lançamento tá pro dia 14 de setembro, mas aqui ainda não recebi nada… e você?

Essa é a capa do CD. Se você ver por aí em alguma loja, compra e dá uma força pros caras!

Gostou? Vai lá ver!

bel:
e como é que tá a agenda de vocês?
Super Hi-Fi:
Agenda do Super Hi-Fi tem muito show pré agendado… agora confirmado que eu sei é o seguinte:
07/09 – Niterói/RJ – Espaço Convés
12/09 – Belo Horizonte – A Obra
13/09 – Taguatinga/DF – Blues Pub
14/09 – Goiânia/GO – Pré Goiania Noise
15/09 – Uberlândia/MG – Festival Jambolada
22/09 – Nova Friburgo/RJ – Anirrê
25/09 – Juiz de Fora/MG – Festival Balaio
27/09 – Rio de Janeiro/RJ – Espaço Marun

É claro que se você não puder ir em nenhum desses lugares conferir a música dos caras, eu te dou uma força: o site “teoricamente” oficial, com uma simpática mensagem de boas-vindas (“Clique aqui prá abrir essa porra”. Adorei!) e o myspace dos caras, onde dá prá ouvir umas três músicas e sentir como vai ficar o CD. Se você quiser ouvir TODAS as músicas mesmo, em primeira mão, só comprando o CD. Eu tenho aqui porque coloquei um decote na imagem de exibição sou uma garota muito simpática e ganhei de presente via MSN.
Valeu a pena… eles mandam bem!

– O FILHO É TEU, PORRAAAA!

Agora, é esperar prá ver. A banda tem talento, só precisa de espaço e… Ah, eu curti o som, nem vou me delongar em elogios. Ouve aí e diz se gosta, pronto.

Roqueiros de boteco, putamente old school.

Ressurgindo das cinzas: Musicais

Primeira Fila sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 4 comentários

Nesta semana entrou em cartaz nos cinemas Hairspray – Em Busca da Fama, refilmagem de um obscuro filme dos anos 80, que agora recebeu um investimento de superprodução e grande elenco. Apesar de se comentar a presença de John Travolta (eterno Tony Manero, de Embalos de Sábado á Noite) que volta aos musicais e ainda interpretando uma mulher (Edna Turnblad, mãe da protagonista), Hairspray é mais uma tentativa de retificar a volta, nesta década, deste gênero tão caro ao cinema americano, os musicais.

“Cantando e dançando com John Tra…, Edna Turnbald!”

Este gênero é o legítimo representante do ame-o ou deixe-o cinematográfico. A maioria das pessoas odeia esta história de uma conversa que daqui a pouco se transforma num dueto, num solo ou numa ópera, no entanto, os musicais possuem apreciadores fanáticos. Tanto isto é verdade que a Broadway possui toda uma estrutura milionária em Nova York somente em função de peças teatrais musicais.

Nos cinemas já foi assim também; nos anos 50 era a época de artistas (atores+cantores+dançarinos) como Gene Kelly e Fred Astaire faturando alto para os grandes estúdios de Hollywood, porém desde os anos 80 (época de Flashdance e Footloose) diminuiu-se em muito a produção de musicais e quase nenhum filme conseguiu ganhar notoriedade. Esporadicamente surgiam filmes como Todos Dizem eu Te Amo de Woody Allen, em 1996.

No entanto, em 2001, o australiano Baz Luhrmann (que já havia flertado com o gênero em Vem Dançar Comigo e Romeu + Julieta, dramas musicados) realizou um verdadeiro musical moderno, sucesso de público e crítica: Moulin Rouge – Amor em Vermelho, o filme tem romance proibido, bons coadjuvantes, uma reconstituição de época brilhante e números musicais originais e releituras de músicas já conhecidas de David Bowie, U2 e Sting. Abaixo o vídeo de uns dos melhores momentos do filme: Elephant Love Medley, com os protagonistas Nicole Kidman e Ewan McGregor.

Após o sucesso de Moulin Rouge houve a consagração de Chicago, que inclusive recebeu o Oscar de melhor filme do ano em 2003. Na verdade, Chicago é um musical mais clássico que Moulin Rouge, tanto pela temática -a busca pela fama a qualquer preço- quanto pelo estilo musical onde músicas soam como diálogos cantados. No elenco, Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones e Richard Gere. No video abaixo Catherine canta All That Jazz.

Assim, os produtores americanos observaram que existia, novamente, uma faixa de mercado a ser trabalhada (isto é dinheiro a ser ganho). Desde então, foram lançados inúmeros musicais, principalmente adaptações de peças da broadway (mais cômodo) como o clássico O Fantasma da ópera, Rent – Os Boêmios, Os Produtores. Além disso, se apostou em dramas com temática musical como 8 Mile – Rua das Ilusões (do rapper Eminem), Ray (biografia de Ray Charles), Johnny & June (biografia de Johnny Cash e June Turner) e O Ritmo de um Sonho (este original sobre um cafetão, Djay, que quer fazer sucesso com suas composições de hip-hop).

George Miller confirmado em Liga da Justiça

Cinema sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 1 comentário

A notícia parece velha, mas desta vez é oficial, George Miller (Mad Max, Happy Feet) foi realmente confirmado como o diretor do vindouro filme sobre os maiores heróis da DC Comics.

Ainda não há nenhuma confirmação de elenco, e todos nós esperamos que os boatos bizarros veiculados recentemente não se confirmem, afinal Ben Stiller como Batman e a participação dos Super Gêmeos na pele dos irmãos Jake e Maggie Gyllenhaal seria pior do que todas as atrocidades cometidas por Joel Schumacher em Batman Forever e Batman & Robin juntas.

Ok, talvez não mais que os batmamilos.

Forma de um cowboy veado!

Liga da Justiça será produzido por Doug Mitchell e Barrie M. Osborne (Senhor dos Anéis, Matrix) e o roteiro é de Kieran e Michele Mulroney e é a aposta da Warner para a temporada de verão de 2009. Rezemos!

Resenha – Tenacious D and the Pick of Destiny

Cinema sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 3 comentários

Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre musicais. Inclusive a parte que eles são chatos e sonolentos e toda a maluquice de estar conversando com um outro personagem – ou sei lá, jogando Mico Sagüi – e de repente jogar tudo pro alto e começar a dançar e sapatear e… e… sei lá, fazer coisas que as pessoas fazem em musicais.

Tenacious D and the Pick of Destiny é o melhor musical que você não viu ainda.

O jovem JB sonha em ser um metal hero, mas suas tentativas são frustradas pela família religiosa. Jables decide então fugir da casa de seus pais que acham que rock é coisa do capeta e seguindo uma profecia de Ronnie James Dio – sim, é o mesmo Dio que você está pensando – ele parte em busca de uma parceria infernal.

Chegando a California, logo de cara ele encontra Kyle Gass, que viria a se tornar seu parceiro no Tenacious D, mas não sem antes tirar com a cara do nosso camarada. Tudo isso é só enrolação, já que o que interessa mesmo é a Palheta do Destino. A Palheta, segundo uma lenda ancestral é uma parte do corpo do próprio demônio e já passou de mão em mão de cada astro do rock que conhecemos e hoje se encontra muito bem guardada no Museu do Rock. JB e Kyle partem então em busca da palheta, que lhes trará sucesso, groupies e quem sabe um ou dois discos de platina. O que eles não contavam era que o próprio capeta viria buscar a parte que faltava de seu corpo.

E quem é o capeta?

I’M THE DEVIL, I CAN DO WHAT I WANT!!!

Sim, Dave Grohl! Lógico que você só vai reparar isso quando ver o nome dele nos créditos, mas ele faz algumas performances na bateria e na guitarra durante um desafio imposto pelo Tenacious D.

Com participações especiais (além de Dio e Grohl) de Meat Loaf, Ben Stiller, Tim Robbins e Amy Poehler, Tenacious D é um filme engraçadissimo, que com duas ou três músicas já faz rir mais que muita comédiazinha pretensiosa por aí.
O filme foi lançado direto pra DVD no mês passada com o nome de Tenacious D – Uma Dupla Infernal.
Não se deixe levar pela tradução hedionda e aluga logo, véi. Tá esperando o que?

Especial Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes

Música sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 5 comentários

Se existe uma banda que sabe usar todo o poder que um vídeoclipe tem, essa banda é o Foo Fighters. Dá pra contar nos dedos os músicos que tem uma vasta videografia de trabalhos bem cuidados, com idéias originais e engraçadas. No texto abaixo você vai encontrar os melhores vídeos da banda e o link para os restantes juntamente com uma breve descrição e alguma curiosidades a respeito da música ou do vídeo. O que você ainda está fazendo aqui?

FOO FIGHTERS

I’ll Stick Around
Diretor: Gerald Casale

Como primeiro clipe da banda, não podíamos esperar muito. Dave Grohl ainda era aquele cara que saiu do Nirvana e a possibilidade de um novo projeto fracassar diante de um passado na mega fuckin’ big band of the moment era imenso. Apesar de I’ll Stick Around ser uma das melhores canções do álbum de estréia, o clipe é bem fraco. Dave Grohl parece não saber o que fazer recém saído de uma bateria, pois fica pulando de maneira estranha durante o clipe e a transição de cores é mais chata do que aqueles efeitos de gelo seco nos clipes da Legião Urbana. Afora isso, você pode se lembrar do clipe por outras passagens bizarras, como quando Grohl literalmente come algumas peças de xadrez ou escova os dentes com uma lixa.

Big Me
Diretor:
Jesse Peretz

Em seguida veio Big Me, baladinha bacana e com um dos clipes mais lembrados por todo mundo. A idéia do clipe se baseia no comercial das balinhas Menthos, onde todo mundo tem uma inspiração sobrenatural depois de comer algumas pra transpor os obstáculos do dia a dia. Agora, se você nunca comeu um Menthos, levante essa bunda gorda da frente do computador pela primeira vez na sua vida e vá até uma doceria se engasgar com essa balinha do demônio.
PS: durante muito tempo o Foo Fighters deixou essa música de fora do setlist nos shows, pois cada vez que era executada, uma chuva de Menthos se abatia sobre a banda. Da próxima vez eles fazem um clipe parodiando uma marca de Maria-Mole.

THE COLOUR AND THE SHAPE

Monkey Wrench
Diretor:
Dave Grohl

Você entra no seu prédio, dá um olá pro porteiro, entra no elevador, escuta uma musiquinha que você tem certeza que já ouviu em algum lugar, mas não lembra onde, até que se dá conta que é uma versão “música de elevador” de Big Me, dos Foo Fighters e quando tenta entrar no seu apartamento adivinha só quem está lá quebrando tudo? Se você disse Engenheiros do Hawaii, tente novamente mais tarde. Claro que são os Foo Fighters, mas enquanto eu e você ficaríamos maravilhados com isso, Dave Grohl achou muito estranho, uma vez que a casa era dele e obviamente aquilo era uma falha na Matrix, já que ele estava dentro da casa, fora da casa e ainda por cima dirigindo o clipe.

My Hero
Diretor:
Dave Grohl

There goes my hero, he’s ordinary! Não é a toa que o rosto do protagonista não aparece em nenhum momento e você também não vê ninguém com uma cueca por cima da calça nos mais de quatro minutos do vídeo, Dave compôs essa canção homenageando pessoas que de uma forma ou de outra se tornaram heróis pra ele e que invariavelmente eram pessoas comuns. Embora não seja um herói no sentido mais completo da palavra, Grohl ainda usa seus poderes para cantar, tocar no meio de um incêndio e ainda arruma tempo pra dirigir o clipe.

Walking After You
Diretor:
Matthew Rolston

Em 1997, chegava aos cinemas a versão cinematográfica da mega série Arquivo X. Era também o ano em que o Foo Fighters estava quebrando tudo com as músicas e clipes antológicos de Everlong e My Hero. Tão fácil quanto saber que 2+2=4 era chamar Dave Grohl e companhia pra fazer parte da trilha do filme e ter retorno garantido. Pena que isso não se refletiu no clipe, que é bem mais ou menos: Grohl contracena com uma bela garota, mas ambos estão separados por um vidro, que representa as barreiras de um relacionamento e blá blá blá… bullshit! O vídeo seria bem mais legal se eles tivessem feito algumas caretas no vidro. A propósito, nem Dave Grohl gostou dele, porque não tinha nada de engraçado que os outros tinham. Se o cara não gostou, quem sou eu pra discordar?

Everlong
Diretor:
Michel Gondry

Definitivamente, um clássico. Já começa pelo fato de ser uma paródia de um ícone do cinema trash, Evil Dead. Junte o clássico, o roteiro pirado e um diretor competente como Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e o clipe de Fell in Love With a Girl do White Stripes) e tenha cenas no imaginário de qualquer um que tenha visto a MTV quando alguém ainda tocava música lá, como Dave dando um cacete em seus algozes com uma mão gigante ou então a cena clássica da cama que vira bateria. A propósito, Taylor Hawkins fica melhor de mulher do que de homem.

THERE’S NOTHING LEFT TO LOSE

Breakout
Diretor:
Emmet Malloy & Brendan Malloy

Trilha do filme Eu, eu mesmo & Irene, o clipe se aproveita do mote do filme e mostra um Dave bobão (como é que ele conseguiu um encontro sendo tão idiota?) que depois de ser passado pra trás por velhotas, pelos seus colegas de banda, por alguns folgados num drive – in e perder sua garota pra um anão bem dotado, vemos o bobão se transformar no nosso Dave gritão velho de guerra encerrar o clipe com um showzinho pra galera que estava assistindo o filme – que nem é lá muito bom.

Next Year
Diretor:
Phil Harder

Sou meio suspeito pra falar de Next Year porque é a música que eu mais odeio em toda a discografia dos Foo Fighters, no entanto além de transformá-la numa música de trabalho, ainda fizeram um clipe para a dita cuja. E o clipe consiste basicamente na tática Forrest Gump de participar de eventos históricos: recorte a cabeça de seus protagonistas e cole nas imagens da época. Phil Harder faz isso e transforma os Foos em astronautas.

Learn to Fly
Diretor:
Jesse Peretz

Rivaliza com Everlong nos quesitos produção e roteiro. Embora faça referências literais a aprender a voar durante o clipe, o resto não tem nada a ver. O clipe começa com os caras do Tenacious D (Quem? Kyle Gass e o bizarrão Jack Black) escondendo uma substância, hum… estranha no café que é servido no avião e quando até o piloto já está mais pra lá do que pra cá, – there goes our hero, again – lá vai Dave mostrar tudo que aprendeu durante anos jogando Flight Simulator. A banda toda representa vários personagens (e de novo Taylor Hawkins faz o papel da gostosa). Dave como a adolescente fã dos Foo Fighters é impagável e nos faz lembrar o Dave de trancinhas do clipe de Big Me.

ONE BY ONE

All My Life
Diretor:
Dave Grohl

Eu tenho um certo problema com bandas que fazem clips onde tudo o que eles fazem é tocar, uma vez que se eu quisesse vê-los apenas tocando eu veria um show ao vivo e não seriam gastos rios de dinheiro em um clipe com nada. As únicas coisas que diferem All My Life de todos os clipes com a mesma idéia é a força da performance da banda no palco, belos truques de câmera e o fato de que ela está sendo apresentada pra… ninguém.

Low
Diretor:
Jesse Peretz

Mais uma transição literal da letra para o clipe, “low as you go” é o que você pode esperar de Dave Grohl e Jack Black como dois caminhoneiros que encostam num motelzinho de beira de estrada e começam a brincar com uma câmera, depois com umas cachacinhas, e já que estão de bobeira mesmo, porque não perucas e lingeries? Duas perguntas ficam no ar: alguém mais ficou com medo do Jack Black de saiote e com a pança de fora, e porque Taylor Hawkins não apareceu vestido de mulher neste clipe também?

Times Like These
Diretor:
Liam Lynch

Ainda bem que o clipe foi gravado antes dessa moda de conscientização contra o aquecimento global ou coisa que o valha, afinal atirar toda a sorte de objetos ás margens de um rio não é o que podemos chamar de ecologicamente responsável. Aliás, muito me admira que entre os diversos objetos arremessados eles não tenham acertado nenhum na cabeça de algum integrante da banda.

PS: Segundo nossa equipe de análise, foram arremessados: um game boy, 2 TVs, 1 amplificador, 1 violão, 1 calota, 1 skate, 1 caixa de som, 1 maleta, diversas folhas de papel, 1 busto, 1 projeto de ciências, 1 sofá, 1 urso de pelúcia, 1 teclado, 1 jacuzzi, 1 porta retrato, 2 carros e 1 casa.

IN YOUR HONOR

DOA
Diretor:
Mike Palmieri

Lembra quando sua mãe te falava pra você não ficar de cabeça pra baixo senão o sangue ia todo pro cérebro e ia acontecer alguma coisa que você não lembra porque você não ouviu sua mãe e seu sangue foi pro cérebro? Os Foo Fighters também não ouviram suas respectivas progenitoras e fizeram um clipe amarrados num quarto que vai girando 360 graus até que você fique zonzo e desista de entender o conceito. Assista ao clipe e saiba por que Dave apelidou o quarto de Barf Ball (Bola de vômito).

Resolve
Diretor:
Mike Palmieiri

Apesar de ser uma música meio quadradona, é a retomada do videoclipe engraçadinho. Dave exagera na comida japonesa e mergulha (rá, como eu sou engraçado) num mundo de sereias, lulas, enguias, comidas cruas e sobra tempo até pra achar um clone japinha. Repare na referência ao clipe de DOA com a imagem da TV de cabeça para baixo, dê risada do Dave desdenhando do próprio refrão e quebre a taça de cristal da sua mãe tentando equilibrar uma colher e um garfo em cima de um palito de dente.

No Way Back
Diretor:
Nick Wickham

Típico clipe “fala rapeize, esse sou eu e meus brothers na Estrada: nate, taylor, chris e eu causando na estrada, mó legal, só de brinks”. Perfeitamente descartável, se utiliza de um expediente muito comum quando alguém decide que precisam de mais uma música de trabalho, mas ninguém está com paciência de produzir um vídeo novo.

Best of You
Diretor:
Mark Pellington

Por mim, se o clipe de Best of You fosse uma tela preta somente com a música rolando de fundo ou então apenas com os quatro sentados olhando pra cara do espectador sem fazer nada já seria genial. Porque essa música consegue ser tão contundente e empolgante que na verdade ela não necessitaria de outros elementos pra melhorar. No entanto, o diretor Mark Pellington capta a essência da música e com uma câmera nervosa e com cortes rápidos complementa a porrada na orelha gerada por Dave e Cia.

ECHOES, SILENCE, PATIENCE & GRACE

The Pretender

É interessante notar que mesmo quando faz um vídeo minimalista, os caras ainda assim fazem um trabalho muito bem feito. Você começa a assistir The Pretender achando que é um remake pelado de All My Life: os caras pegando os instrumentos, deixando o cabelo cair na cara, pulando, moendo a batera e tal, de repente você vê um cara da tropa de choque do outro lado e pensa “isso vai dar merda” e o clipe não tem muita alteração até que aparece o resto do batalhão comandado pelo Tenente Coronel Praxedes, que recebeu ordem de “fazer esses cabeludos pararem com a arruaça”. Como diria o Fernando Vanucci: simplezinho, mas bonitinho.

***

Se você viu todos esses clipes e ainda não saciou sua sede de Foo Fighters veja ainda o trabalho de um desocupado que tentou achar sentido numa versão de DOA tocada ao contrário ou assista a versão de See You que um cabra magrelo que não tinha mais o que fazer gravou no banheiro de casa.

Trailer oficial de Tropa de Elite

Cinema quinta-feira, 20 de setembro de 2007 – 11 comentários

Tropa de Elite, filme nacional de José Padilha (do documentário Ônibus 174), que vem sendo notícia desde que o filme vazou e começou a ser comercializado nas ruas e na internet, tem seu trailer oficial divulgado pela distribuidora Paramount. No filme, os policiais Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro) entram no Batalhão de Operações Especiais (Bope), cujos oficiais são tidos como incorruptíveis e bem-treinados, mas que torturam os suspeitos para obter informações e depois os matam. Ambos são comandados pelo estressado capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura.

Tropa de Elite abre hoje (20/09) o Festival do Rio e entra em cartaz em todo Brasil dia 12/10. Por curiosidade eu assisti a cópia pirata (que seria uma versão criada para mandar a festivais, não sendo a versão final) e posso dizer que Tropa de Elite é um filme do c…, excelente, um dos melhores que assisti este ano, com certeza vou conferí-lo nos cinemas quando estreiar para ver a versão final de Padilha.

Veja o novo comercial de “Heroes”

Televisão quinta-feira, 20 de setembro de 2007 – 0 comentários

Pois é, a 2ª temporada se aproxima, e o pessoal da NBC continua na divulgação da série. confira abaixo o mais novo comercial da série:

Com data de estréia para dia 24 de setembro, espero ansiosamente o primeiro episódio

Playstation Phone. Boato ou realidade?

Games quinta-feira, 20 de setembro de 2007 – 2 comentários

Rumores afirmam que a Sony está trabalhando em um concorrente para o Iphone da Apple. Será?

O futuro dos games está nos celulares: Essa teoria é defendida por John Carmack, conhecido como o guru dos videogames e o pai de Doom. Segundo profetizou em uma entrevista na CNN Money, na coluna “Game Over” de Chris Morris, no futuro os jogos eletrônicos migrarão, em sua maioria, para os celulares. Ele afirma que para o mercado atual é muito arriscado gastar, por exemplo, 20 milhões de dólares na criação de uma nova série de games e as seqüências como Quake 4 e Doom 3 ficarão bastante repetitivas e desestimularão os gamers. Carmack também acredita que, com a grande possibilidade de interação online nos games, os hackers facilmente encontrarão possibilidades em inserir vírus nos consoles, o que será uma catástrofe.

O problema é que para os celulares se tornarem um grande centro de entretenimento seria necessário uma internet “banda-larga” 24h com um preço acessível. Até agora, uma utopia.

E a Sony, como uma forte empresa do setor tecnológico, não pretende ficar para trás da nova era de celulares multi-uso. Depois do lançamento do Iphone (Apple) e de boatos do lançamento de um Gphone (Google) surgiu a notícia de que a Sony está trablhando em um Playstatio Phone Sony, uma plataforma que pretende anexar o poder dos consoles da empresa com as opções de comunicação que tanto emergem no mercado.

Quem divulgou o rumor foi Peter Ahngard, gerente de projetos da Sony Ericsson, em uma entrevista ao site Daily Tech afirmando que a empresa está de olho nesse mercado promissor, mas que ainda não pode comentar nada sobre os projetos. Questionado sobre possível data de lançamento ironizou dizendo que acontecerá “antes do Natal, com certeza, mas qual Natal exatamente não posso confirmar”.

A única afirmação objetiva sobre o Playstation Phone foi que ele seria um híbrido de celular e console, com estrutura similar ao PSP (Playstation Portable). A nós, míseros mortais, resta aguardar para mais novidades…

Leo prosopopeio Cardoso – prosopopeio@hotmail.com

Leo é redator do site http://www.playstation.com.br , freelancer da revista Gamers da Editora Escala e escreve a pauta do programa de televisão “Aperte Start!” da Tv União.

Review – There Is Nothing Left to Lose (Foo Fighters)

Música quinta-feira, 20 de setembro de 2007 – 0 comentários

Os caras do Foo Fighters estavam (e estão) muito, mas MUITO longe de parar. Com a formação definida, There Is Nothing Left to Lose é o terceiro álbum da banda.

Stacked Actors abre o álbum da melhor maneira possível: Som putamente EMPOLGANTE. Lembra do som que te chama pra porrada? Esqueça de todos, esse esclarece tudo que eu disse até então. Você pode perder a vida antes que a faixa acabe, o que seria uma pena, afinal, você perderia outra sonzeira: Breakout. O som está na trilha sonora do filme Eu, eu Mesmo e Irene, uma comédia sensacional com o Jim Carrey. Se você sobreviveu com o primeiro som, vai ficar rouco com esse. Sem dúvidas, essas duas faixas são as melhores do álbum.

Learn To Fly é uma das músicas mais chatas do Foo Fighters, e uma das mais conhecidas também. E não sou só eu quem não gosta dessa música, o próprio Dave Grohl não gosta dela. Então, quem sou eu pra dizer o contrário? Mesmo assim, me empolgo com ela, é incrível. Gimme Stitches é um dos sons mais divertidos do álbum, que segue uma linha diferente do álbum anterior da banda. Ou seja: eles definiram o estilo, e agora já estão começando a inovar. Isso é legal, mas só quando a banda continua a mesma – o que acontece com o Foo Fighters, uma das pouquíssimas bandas que seguem o mesmo estilo desde o começo. É foda ver uma banda do mainstream assim.

Generator é uma baladinha bacana, assim como a maioria das baladas da banda. Enfim, a maioria das músicas da banda são baladinhas, mas quem liga ou se lembra disso quando Dave Grohl é o “frontman” da banda? Não dá pra levar o cara a sério. Aurora, outra baladinha, dessa vez mais melosa. O ritmo do álbum começa a cair nessa parte, eles deixaram toda a empolgação pro começo. Mas nem por isso o álbum ficou uma merda, só ficou mais calmo. E outra, você ficou rouco na segunda música, devia agradecer. Aí vem Live-In Skin pra dar uma animadinha, mas não vá se empolgando. Ou não vá se empolgando muito. Enfim, é o tipo de música “padrão” da banda. Ou seja, é BOA. Então tá, pode se empolgar.

Next Year, pra mim, é uma das melhores baladinhas da banda, pelo menos musicalmente falando. Eu sempre gosto da interação do baixo com a bateria, e esse som segue esse estilo, o que quebra toda a monotonia que uma baladinha causa. Headwires já é mais calma, com um refrão mais empolgante. O gozado é que, antes de começar a resenhar os álbuns, eu considerava este o álbum mais chato da banda. Em termos, ele se torna chato pela sequência de baladinhas, mas agora eu estou tendo uma visão diferente dele.

Ain’t It The Life, sinceramente, é uma música deveras chatinha e até um pouco repetitiva, o que prova que nem Dave Grohl é perfeito. M.I.A, então, fecha o álbum, deixando mais uma vez aquele gostinho de “quero mais”, por mais idiota que isso pareça. É aquela coisa, eu não sou muito fã de baladinhas, e provavelmente quem não gosta vai achar o álbum chato. Porém, como fã de Foo Fighters, eu gostei do álbum. Orra, me empolgo até com a música que eu considero a mais chata.

There Is Nothing Left to Lose – Foo Fighters
1. Stacked Actors
2. Breakout
3. Learn To Fly
4. Gimme Stitches
5. Generator
6. Aurora
7. Live-In Skin
8. Next Year
9. Headwires
10. Ain’t It The Life
11. M.I.A

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