Destaques da Semana em DVD – 01 à 05/12

Cinema sexta-feira, 05 de dezembro de 2008 – 1 comentário

Wall E: Com certeza um dos melhores filmes do ano, não somente como animação. Claro que estamos falando de mais uma obra-prima da Pixar (que, no ano passado, lançou outra inesquecível animação, Ratatouille). Os grandes diferenciais da Pixar são o contexto da trama e os incríveis personagens. Não há somente “gracinhas” e personagens “fofinhos”, a Pixar cria roteiros onde os sentimentos e tramas são o grande achado dos filmes, não esquecendo a riqueza da tecnologia aplicada à animação. Na trama, a humanidade abandonou o planeta Terra depois de entulhar tanto lixo nele que a vida ficou impraticável. Com isso, todos vivem em uma gigantesca nave. Porém, no planeta, ainda vive Wall-E, um simpático e solitário robozinho, que vive tentando limpar a sujeira que os seres humanos fizeram. Certo dia, uma robozinha bem moderna desembarca na Terra a procura de vida e Wall-E acaba se apaixonando por ela. Mais uma animação que muitos consideram uma obra-prima, já que conta uma história engraçada e humana, nos moldes de sucessos como Procurando Nemo, com apelo para agradar espectadores de todas as idades, além de passar uma mensagem contra o consumismo excessivo de nossa época. Confira a crítica.

Arquivo X – Eu Quero Acreditar: Não sei explicar o sentimento conflitante de ver Arquivo X anos após seu término da telinha (2002). Se a alegria de rever Mulder e Scully é inenarrável, fica um sentimento de desperdício dos personagens numa trama meia-boca. Claro que Chris Carter (sumido desde o término da série) parece se esforçar em criar um filme para um público amplo e, ao mesmo tempo, os fãs da série, mas focar somente a ação em “um caso isolado” parece, como disse antes, um desperdício (sorte de Gilliam Anderson que pelo menos teve um maior destaque, com sua personagem sendo confrontada pela sua crença religiosa, assunto recorrente na série). Na trama, o súbito desaparecimento da agente Monica Bannan (Xantha Radley) faz com que a agente Dakota Whitney (Amanda Peet) recorra à ajuda do padre Joe (Billy Connolly), um homem que abusou sexualmente de 37 coroinhas no passado e que alega ter visões. Para ajudá-la na busca, já que não conta com experiência em acontecimentos fora do comum, a agente Whitney busca o apoio de Fox Mulder (David Duchovny), que não é mais agente do FBI. O contato é feito através de Dana Scully (Gillian Anderson), que também deixou a organização e agora trabalha como médica em um hospital católico. Inicialmente relutante, Mulder decide cooperar e, aos poucos, passa a acreditar cada vez mais nas palavras do padre Joe.

Promessas de um Cara de Pau: Acredito que Kevin Costner tenha encontrado seu rumo no cinema novamente após alguns fracassos seguidos. Se apoiando em papéis mais diversificados (e, em alguns filmes, coadjuvantes) e deixando de lado o posto de galã, que não lhe pertence mais (em filmes como A outra Face da Raiva e Instinto Secreto). Aqui Kevin Costner é Bud, um pai solteiro que está mais preocupado em assistir televisão, pescar e tomar seus porres de vez em quando. Sua filha é uma jovem esperta e sonhadora que sempre está em busca de aprender algo novo e a cada dia tenta fazer com que seu pai mude o estilo em que vive. Numa dessas tentativas ela acaba colocando Bud em uma tremenda enrascada e o futuro de todo o país fica em suas nada responsáveis mãos. Agora, para sair dessa, ele terá que, depois de muitos anos, olhar a vida de uma maneira diferente e encarar a situação com menos sarcasmo. Confira a crítica.

Torturado: Inédito nos cinemas, este suspense, sem fugir do título a la Albergue e outras cópias, tem uma trama instigante e um elenco competente, com nomes como Laurence Fishbourne (futuramente em CSI) e o veterano ator australiano James Cromwell. Na trama, um homem é contratado pelo chefão do crime organizado para obter uma confissão de um contador. O chefão é um cara invisível, que ninguém sabe realmente quem é. Na verdade, o homem que deve obter a confissão do contador é um agente do FBI que está infiltrado para descobrir a identidade do bandido e impedir que ele se infiltre no FBI e acabe com os agentes. Porém, essa missão não é nada fácil, colocando em jogo a integridade moral e física de seus participantes.

Como Viajar com O Mala de seu Pai: Além do absurdo título, este filme deve ficar conhecido como o fundo do poço do comediante Martin Lawrence, que ficou bastante conhecido como parceiro de Will Smith em Os Bad-Boys e protagonista de inúmeras comédias, mas que acabou errando em diversos projetos e parece seguir o caminho de Eddie Murphy rumo ao esquecimento. Aqui o comediante precisa dividir os créditos com a novata Raven (muito conhecida do público por sua série juvenil, As Visões de Raven), sinal de que seu nome já não sustenta um filme sozinho. Na trama, ambiciosa e confiante, Melanie Porter não vê a hora de dar o seu primeiro passo rumo à independência – uma viagem somente com meninas para visitar escolas. Mas esse ritual de passagem erra o caminho quando seu pai superprotetor insiste em acompanhá-la. O sonho de Melanie se transforma em um pesadelo cheio de curvas e confusões.

Queime Depois de Ler (Burn After Reading)

Cinema sexta-feira, 05 de dezembro de 2008 – 10 comentários

John Malkovich é casado com Tilda Swinton, que tem um caso com George Clooney, que pega a Frances McDormand, que não sabe que ele é casado com Elizabeth Marvel. Nesse filme, todo mundo pega todo mundo (menos John Malkovich, que é corneado; e Brad Pitt, que gosta de tomar sucos energéticos e dançar ao som de músicas suspeitas).

O paint ainda funciona!

Mas não é essa a história do filme… Vamos começar de novo.

John Malkovich interpreta Osbourne Cox, um simpático senhor que é despedido da CIA. Ozzie resolve usar o tempo livre pra escrever um livro de memórias. Por acaso do destino, um CD com rascunhos do tal livro acaba parando numa academia de ginástica, onde Linda Litkze (Frances McDormand) e Chad Feldheimer (Brad Pitt) trabalham. Os dois desconfiam dos números e telefones e números e telefones e números [/spoiler] no CD e ali veem uma forma oportunidade de arrancar dinheiro do ex empregado da CIA. Mas é claro que eles não tem a menor noção de como fazer uma boa chantagem (noobs…) e isso, por mais clichê que seja, acaba arrancando umas boas gargalhadas.

A direção fica por conta de Ethan e Joel Coen, os mesmo de Onde os fracos não tem vez. Diz a lenda que os irmãos escreveram os dois filmes alternadamente durante o mesmo período. Particularmente, acredito que eles escreveram “Onde os fracos não tem vez” enquanto dormiam ou…sei lá, jogavam paciência e “Queime depois de ler” no resto do tempo. Enquanto o fodão do oscar desse ano não tem nenhum clímax, o novo filme é rápido e cheio de clichês momentos marcantes.

No final, você vai chegar a mesma conclusão que uns personagens do filme chegaram: que não tem como tirar uma moral dali. Dá pra pensar em toda uma crítica à sociedade consumista, em como vivemos num mundo que só liga para aparências ou em como a humanidade tem facilidade de varrer a sujeira pra debaixo do tapete, mas fazendo isso você vai acabar perdendo algumas boas piadas do filme, tipo as dancinhas e gags do Brad Pitt e a cara de “OMG” da personagem de Frances McDormand ao ver George Clooney num banquinho de praça, depois de pegar altos dragões em encontros cegos. Então acho que o melhor é desligar o cérebro e se divertir.

Queime depois de ler

Burn after reading (96 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, UK, França
Direção: Ethan e Joel Coen
Roteiro: Ethan e Joel Coen
Elenco: George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton, Elizabeth Marvel e Brad Pitt

Cinema Subversivo

Primeira Fila sexta-feira, 05 de dezembro de 2008 – 21 comentários

Atrás de idéias pra escrever um texto com urgência, um amigo sugeriu escrever sobre a decadência e o ressurgimento do “Cinema Subversivo”. Meu primeiro pensamento foi: Q

MOMENTO HOUAISS

sub.ver.são s.f. 1 Revolta contra ordem estabelecida 2 Pertubação

Traduzindo pra quem tem problemas com dicionários, Cinema Subversivo é aquele que foge do padrão “American Way of Life” no cinema.

AUGE(s) E DECADÊNCIA(s)

A própria invenção do cinema foi uma coisa subversiva, então é natural que os primeiros subversivos sejam os primeiros roteiristas e diretores da sétima arte. Entre eles, destaco Luis Buñuel. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, 1929) e A Idade do Ouro (L´âge d´or, 1930) são filmes que me deixaram de queixo caído quando os assisti num museu em Madri. Foi como se nunca tivesse visto um filme antes na vida, e como se todos os outros filmes fossem ridículos perto dele. Isso é subversão. Claro que parei de desenhar corações com o nome do Dalí umas horas depois, mas com certeza os filmes me pertubaram.

Depois dos anos 30 o cinema descambou pros musicais e houve a primeira decadência. Não que eu não goste de musicais, na verdade gosto muito, mas isso é só porque tenho personalidade bipolar. O que interessa é que o subversivo foi deixado de lado, em produções menores. Foi então que surgiu um diretor marcante: Stanley Kubrick. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)apresentou Alex, um anti-herói na medida pro Cinema Subversivo. O mundo ficou chocado com a imagem de um jovem que achava divertido espancar pessoas, falando uma língua diferente e que acaba sofrendo uma lavagem cerebral do governo pra se tornar bom.

Imagine se o Kubrick tivesse mencionado que ele só tem 15 anos

Depois que Kubrick partiu pro suspense, o Cinema Subversivo amoleceu de novo. Nos anos 90 é que veio uma boa safra do gênero, tendo seu ápice em Trainspotting (1996). A história de Renton, um escocês que escolheu não escolher, faz qualquer um querer chutar a própria televisão, largar o emprego e ir pra um bar ligar o foda-se. Três anos depois, mais uma ótima adaptação de um livro. O diretor David Fincher lançou o mais famosinho da minha lista, O Clube da Luta (Fight Club, 1999). Tyler Durden é tudo que o narrador do filme quer ser, e então ele foge da vida convencional que tinha pra ir morar no meio do nada, achando finalmente um sentido: o clube da luta (dâh!). Rá, eu sabia que você já tinha visto um filme subversivo, mesmo que nem você soubesse disso.

Você viu, mesmo que tenha se concentrado só no Brad Pitt

Atualmente, um dos maiores diretores de obras subversivas é o mexicano Alejandro González Iñárritu. Mesmo com esse nome difícil de escrever, o cara dirigiu filmes que dão voltas e mais voltas até chegar ao mesmo final que uma narrativa comum teria chegado, só que de uma forma BEM mais interessante, tipo 21 gramas (21 grams, 2003) e Babel (Babel, 2006), além de ter produzido Amores Brutos (Amores Perros, 2000). Em comum em todos eles está a fuga dos personagens do convencional.

Antes de pesquisar sobre Cinema Subversivo e depois do Q, perguntei pro meu amigo do início do texto o que diabos era aquilo, e pra minha surpresa ele usou como exemplo exatamente todos alguns dos meus filmes favoritos. Nem sabia que esses filmes tinham um rótulo, mas pelo menos eu vou ter uma resposta pronta da próxima vez que me perguntarem qual é o meu tipo de filme favorito.

Estréias da semana – 05/12

Cinema quinta-feira, 04 de dezembro de 2008 – 4 comentários

Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei (Appaloosa)
Com: Bobby Jauregui, Jeremy Irons, Timothy V. Murphy, Luce Rains, Jim Tarwater, Boyd Kestner, Gabriel Marantz, Ed Harris, Viggo Mortensen, Benjamin Rosenshein
Appaloosa é uma pequena cidade que tá dominada por um fazendeiro que não liga pra lei. Por conta disso, dois pistoleiros são chamados e ficam de puliça na cidade. Até ai tudo bem, o problema é quando uma viúva gostosa chega na cidade e atrapalha todo mundo.
Faroeste? Vai com fé, véi!

Colegiais em Apuros (College)
Com: Drake Bell, Andrew Caldwell, Andree Moss, Carolyn Moss, Wendy Talley e outros tantos pirralhos que ninguém conhece.
Três nerds amigos de colégio visitam o campus de uma universidade local, onde pretendem ser calouros. Só que, pra variar, os “fodões” [que sempre são uns babacas] resolve dar acesso às festas, em troca de humilhações. O que ninguém contava [Fora os espectadores] é que eles vão virar a mesa, criando um esquema pra contra-atacar, e o que parecia um fim de semana ferrado se torna o melhor das vidas desses pentelhos.
Comédia pastelão de qualidade duvidosa. Tá esperando o que pra ir assistir?

Quando Você Viu seu Pai pela Última Vez? (And When Did You Last See Your Father?)
Com: Jim Broadbent, Colin Firth, Juliet Stevenson, Gina McKee, Sarah Lancashire, Elaine Cassidy, Claire Skinner, Matthew Beard, Bradley Johnson, Chris Middleton
O pai de Blake Morrison tava morrendo, e que que o filho faz? Escreve um livro que vira um filme. Vai ficar com ele e a mãe, compartilhando experiências, segredos e problemas de relacionamento pai-filho. E quando o véio morre, ele começa a se questionar.
Se você tá a fim de drama, achou o que queria.

Entre Lençóis (Entre Lençóis)
Com: Reynaldo Gianecchini, Paola Oliveira
Nesse filme que aparentemente não tem mais ninguém no elenco, dois jovens se conhecem numa boate. Ela tá pra casar e ele tomou um pé na bunda saiu de uma relação duradoura. No fim, os dois vão varar a noite no motel, trepando e discutindo.
Cê corre o risco de ver o Gianecchini pelado, mas também tem chances de ver a Paola. Se fosse só pelo filme, eu não arriscaria.

Memória para Uso Diário (Memória para Uso Diário)
Documentário sem pôster sobre o grupo “Tortura Nunca Mais”, criado por ex-presos políticos da ditadura brasileira e seus familiares. Mas não é porque a ditadura acabou que a tortura acabou. O grupo continua lutando contra a Rota, o RBD e programação de domingo na TV.
Recomendado pra… você ae, masoquista enrustido.

Encerramento sobre as aberturas das animações

Televisão quinta-feira, 04 de dezembro de 2008 – 6 comentários

Apesar de ter gente que não gostou do texto anterior sobre as aberturas das animações, retomo o assunto, já que faltaram algumas considerações antes de partir para outra praia.

Primor nas aberturas da Disney

Afinal, falar de aberturas de desenhos animados e não citar a Disney é a mesma coisa que falar de internet e não saber o que é o Google.

Não se sabe o porquê, mas as aberturas dos desenhos da empresa do velho Walt geralmente são bem elaboradas, às vezes sendo bem melhores que os próprios desenhos em si.

Se liga na sincronia com a música

Acredito que eles aproveitam a equipe que cria (ou criava) os números musicais nos longas-metragens, pois a qualidade e a dublagem eram impecáveis. Inclusive a brasileira.

A abertura destes desenhos não apresentava apenas os personagens, mostrava o que se esperar do desenho, com a música e a ação já preparando o espectador para o que assistir e criando uma boa expectativa.

Aliás, a dublagem brasileira era um caso à parte, sendo muitas vezes melhor que o original. Infelizmente, para nós, a qualidade vem decaindo cada vez mais.

Essa do Tico e Teco, em português era muito boa, mas a Disney daqui mandou tirar

Voltando às aberturas das animações da Disney, no caso dos antigos, era interessante o fato de seus desenhos serem com personagens clássicos (tanto personagens da TV, como os de filmes), mas em roupagens diferentes.

Como sempre, isso é assunto para outra história.

TV Quack (Quack Pack), Turma do Pateta, Tico e Teco e os Defensores da Lei, Duck Tales, Darkwing Duck e Esquadrilha Parafuso (Tale Spin) possuíam aberturas que de tão perfeitas mereciam até ir para um CD, só por conta da mistura pop/rock que compunham, além da excelente montagem das imagens.

Hoje, tanto a Disney, quanto a dublagem brasileira não vão tão bem das pernas assim. As próprias aberturas carecem de um algo mais, sendo bobas e sem-graça, passando a impressão de que falta alguma coisa e, por conseqüência, transferindo esse sentimento para o programa.

A melhor, das que passam por aí, é a de Brandy e o Senhor Bigodes e a de Kim Possible, mas não chegam nem aos pés da TV Quack, por exemplo.

Aliás, um bônus para quem nunca viu essa na Globo.

Apresentando a Warner

A Warner possuía um estilo mais “apresentação de personagens e história”, mas no mesmo estilo empolgante da Disney, só que descambando para o infantil e pastelão, sem ser chato e nem criando aquela sensação de vergonha terceirizada.

Tiny Toon é um clássico

O interessante da Warner é que antigamente ela fazia paródias com suas próprias aberturas, como ocorreu no caso de Freakazoid em relação aos Animaniacs.

Se bem que hoje em dia, ocorre isso com os Cartoon, Cartoons, mas como eles preferem ser encarados como empresas diferentes, vamos deixá-los felizes.

Tiny Toon e Pinky e Cérebro também possuíam aberturas surreais e bem divertidas, mostrando a dinâmica do desenho e preparando o espectador para boas risadas.

Abertura original de Freakazoid

Menções honrosas

Para encerrar, comentar sobre as aberturas que não eram ligadas aos grandes conglomerados, mas que também primavam pela qualidade e criativadade, como a de Doug (antes da Disney), Fantástico Mundo de Bobby e de As Aventuras de Tintim, em minha modestíssima opinião, que é o que importa, a melhor de todas.

Empolgante demais véio

Enfim, me despeço com mais uma que ninguém deve ter visto por conta da Globo.

Semana que vem estou de volta.

Mais bônus, não é abertura mas ri pracarai com isso e isso.

Jogando e ficando puto Pt. 8

Nerd-O-Matic quinta-feira, 04 de dezembro de 2008 – 26 comentários

Comentário relevante da semana

Continuando a série “Eu só tenho leitor Crasse A”, admirem o comentário do Cagão (que não é o Red)

Depois do comentário Crasse A, o Felipe sugeriu que nosso amigo Cagão desse um pause no jogo pra aliviar suas entranhas. Mas sabe, não é a mesma coisa. Além do mais, no caso do XBox 360, todo o tempo em que ele fica ligado (mesmo que em pause) é mais tempo que o processador fica esquentando e ameaçando torrar o aparelho todo. Aí como é que eu vou dar aquela barrigada susse se eu ficar preocupado com a hipótese de eu sair do banheiro e meu 360 estar derretido e pingando plástico no chão da sala? Nem dá.

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Vicky Cristina Barcelona

Cinema quinta-feira, 04 de dezembro de 2008 – 4 comentários

Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) se conheceram na faculdade e são amigas desde então. A primeira está prestes a se casar e acha que o ápice de uma relação é a estabilidade. A segunda… não sabe o que quer, só o que não quer. As duas vão pra Barcelona juntas, cada uma com um objetivo. Lá conhecem Juan Antonio, um pintor espanhol que as aborda em um restaurante convidando para uma viagem, para ver uma estátua e fazer amor. Simples e direto assim.

Conversa vai, conversa vem, Cristina convence a amiga e eles vão pra Oviedo. Lá, quem acaba indo pra cama com Juan Antonio é a certinha Vicky. Eles voltam para Barcelona e é a vez de Cristina com o latin lover. A loira acaba indo morar com Juan Antonio depois de pouco tempo, sem saber que a amiga não consegue esquecer aquela noitada com o cara em Oviedo. Numa bela noite, Juan (cansei de escrever o nome duplo…aff!) recebe uma ligação, sai atônito de casa e volta com a ex-mulher de baixo do braço. Fica claro que os dois ainda têm uma ligação muito forte, de amor e ódio. A princípio Cristina fica enciumada, mas depois os três se resolvem bem direitinho. No meio da história Vicky se casa, mas isso não vem ao caso.

Se eu assistisse somente as cenas de Maria Elena (Penélope Cruz), juraria que o Almodóvar lançou outro filme com ela. Mas a tabelinha repetida de diretor/atriz favorita vêm de outro par: Scarlett Johansson e Woody Allen. No terceiro filme dos dois juntos começa a ficar chato ouvir algum ator babão dizendo pra Scarlett “Já te disseram que você tem lábios muito sensuais?”. No quarto filme vou acabar respondendo em voz alta “Já, caramba, você não assiste os filmes do Woody Allen??”. Mas ela realmente convence no papel de americana gostosona na Europa, sem saber muito bem o que quer da vida além de ir pra cama com o protagonista (depois de fazer charminho por 2 minutos e meio). Não assisti Scoop, mas posso apostar que ela interpreta o mesmo papel de Match Point e Vicky Cristina.

“Então… Vamos pro quarto?”

Javier Bardem assusta um pouco na primeira aparição, por conta do excesso de bronzeamento artificial, mas vende bem seu peixe mais uma vez. Patina um pouco no inglês, mas no caso desse filme era justificável já que ele estava mesmo no papel de amante latino. Juan Antonio é um cafajeste, mas não dos piores, já que não tenta enganar ninguém.

A outra atriz? Tentei me lembrar em que outro filme ela aparece, mas não consegui. Depois de olhar novamente o pôster do Vicky Cristina (volta na imagem lá em cima!) não me senti culpada, já que nem lá ela aparece, mesmo sendo protagonista. O filme devia se chamar Juan Antonio Cristina Maria Elena Desconhecida Barcelona.

No mais, a trilha do filme é bem legal e Barcelona é encantadora dentro e fora das telas. A cidade, com Javier Bardem e Penélope Cruz me fizeram ir assistir esse filme. Tá, a Scarlett Johansson também. E pra quem tava esperando Vicky, Cristina e Juan Antonio na cama, não se preocupem… Tem muito mais gente nesse sopa de nomes duplos.

Vicky Cristina Barcelona

Vicky Cristina Barcelona (96 minutos – Comédia / Drama / Romance)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Javier Bardem, Scarlett Johansson, Rebecca Hall, Penelope Cruz

Bóra DESTRUIR um XBox 360?

Games quarta-feira, 03 de dezembro de 2008 – 7 comentários

Eu não sou sonysta, muito menos nintendista. Mas é fato que meus olhos são para o PS3, até porque eu também ficaria furioso vendo meu Xbox 360 indo pro saco com aquela putaria toda do Ring of Death. É espetacularmente broxante comprar um console e torcer pra que ele não queime antes de salvar o game.

Pois bem, essa merda aconteceu com um puto aí. Lógico que, quando fiquei sabendo, me MIJEI de tanto rir da desgraça de vosso amigo. FRAAAAAAAANGO.

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Os personagens de Watchmen

Bíblia Nerd quarta-feira, 03 de dezembro de 2008 – 5 comentários

Você provavelmente não sabe, mas a comunidade nerd anda em polvorosa. Não, (infelizmente) não foram anunciados ensaios sensuais de Megan Fox, Scarlett Johansson ou qualquer outra musa nerd. Se esse fosse o caso, estaríamos impermeabilizando nossos computadores, e não só agitados. Porém, qual a causa de tanta comoção? O que fez com que os nerds deixassem seus antros e interagissem pessoalmente com outros humanos? O fim da Internet? Um vírus irremovível? Distribuição gratuita de Playboys para pessoas com QI acima de 120? Nada disso. Trata-se de uma adaptação de uma HQ pro cinema. continue lendo »

Entourage – 5ª temporada

Sit.Com terça-feira, 02 de dezembro de 2008 – 0 comentários

Numa temporada que promete não ficar na memória da maioria dos espectadores, só se for pelos diversos fracassos e baixas audiências em geral, mais uma série consegue fechar uma temporada muito boa se juntando assim a The Closer – 4ª temporada (únicas até agora, pelo menos, enquanto não termino True Blood), esta comédia, também exibida na tevê a cabo americana, no caso, canal HBO, Entourage.

Uma pena a série não ser exibida num canal mais popular por aqui (afinal quem tem HBO no seu plano de tevê por assinatura?), assim acaba sendo conhecida somente por série maniácos e curiosos do sucesso da série nestes 5 anos. Para os desinformados Entourage mostra os bastidores de Hollywood através das aventuras de Vincent Chase, ator em ascedência, e seus amigos (Eric ou E, seu empresário, Drama, seu irmão mais velho também ator mas de séries televisivas, e Turtle, motorista e faz tudo da turma) além do desbocado agente Ari Gold que defende a carreira de Vincent com unhas e dentes.

A trama da 5ª temporada desenvolveu diversos arcos, cada personagem teve seu momento: Vincent teve que arcar com o fracasso de público e crítica do seu filme Medelin, filme independente que Vincent apostou seu prestígio e dinheiro, mas acabou saindo com a imagem arranhada e sem nenhum trabalho à vista (inclusive a falta de trabalhos fez com que Vincent tivesse que aceitar fazer participação numa festa de 15 anos, hilário!); Eric monta seu próprio escritório com novos clientes e precisa ajudar Vince em seu difícil momento; Drama continua na televisão somente e precisa lhe dar com o fim do seu namoro virtual com a francesinha da temporada anterior; Turtle acaba finalmente se dando bem e arrebata o coração da atriz Jaime Lynn Sigler (a Meadow Soprano da série The Sopranos) para inveja de Drama; e Ari Gold, o melhor personagem de todos, recebe um convite tentador , assumir a direção de um estúdio cinematográfico.

Sempre retratando os bastidores da indústria cinematográfica com bastante humor, ironia e sarcasmo (claro que não deixando de lado a crueldade e artificialidade do meio), o grande destaque voltou a ser o personagem de Jeremy Piven, mais conhecido como o papa-prêmios do Emmy na categoria de ator coadjuvante em comédia, o incansável e hilariante agente Ari Gold, que sempre tem as melhores subtramas e o humor mais engraçado da série (como no 5º episodio da temporada Three Trippers, quando todos da turma, incluindo Ari, devidem fazer uma viagem para decidir se Vince deve ou não aceitar fazer o novo filme de Benji, sim aquele do cachorrinho). Enfatizo que não me surpreenderá se novamente Jeremy Piven papar os prêmios desta categoria no ano que vem.

Ari e seu secretário-capacho, Lloyd

Além de se auto-refenciar e brincar com todo os mitos do cinema, outro destaque de Entourage são as participações mais do que especiais de figuras importantes da indústria (produtores, diretores e cantores) interpretando a si mesmos ou atores ilustres fazendo participações. Nesta temporada a lista é enorme, tendo inclusive, diretores do calibre de Martin Scorsese, Gus van Sant e Frank Darabont, o manda-chuva Harvey Weinstein, os cantores Tony Bennett e o rapper Bow Wow, e os atores Seth Green, Jason Patric, Stellan Skarsgard, Carla Gugino, Beverly D’Angelo, Leighton Meester (a Blair de Gossip Girl), Jeffrey Tambor, Alan Dale (onipresente na telinha, como Charles Widmore de Lost, e o sr. Meade de Ugly Betty), Dennis Hopper, Giovanni Ribisi e Mark Walhberg (também produtor da série, inclusive, num episódio no qual o prórpio faz refererência ao fracasso do seu filme O Segredo de Charlie).

Pelo gancho a 6ª temporada promete bastante agito e conflitos para Vince e sua turma sobrevivendo ao conturbado mundo de aparências de Hollywood, sempre com bom humor.

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