Eu sei que sou tia velha, mas tipo… Eu não sou velho. Isso significa que apesar de ter jogado minha parte do NES, SNES, Mega Drive, Master System e alguns outros, eu não sou da época em que jogo ser difícil era a regra. Não quero entrar nos méritos do quê causava a dificuldade agora, mas é um simples fato: Os jogos, de maneira geral, foram ficando mais fáceis desde aquela época. E eu tô bem com isso. O que eu não tô bem é essa modinha de dizer que dificuldade não importa.
Com meu PS2de volta à ativa, era apenas uma questão de tempo até eu chegar novamente no Guitar Hero 2. O jogo que eu zerei várias vezes, o jogo que era campeonato em todas as festas com os amigos, o jogo que te botava no lugar de um deus do rock. E eu não consegui jogar.
Ou melhor, consegui, já que o jogo rodou normalmente… Mas tô ruim pra caralho. Do tipo RUIM. PRA CARALHO.
Meu PlayStation 2 já apareceu aqui no Bacon várias vezes, e aproveitando que tem uma nova TV aqui em casa eu pensei “O que melhor combina com uma tela 4K UHD que um videogame de duas gerações atrás e 12 anos de vida?”.
Com esse preço nem que eu quisesse fazer propaganda.
Desde que a Nintendo resolveu que precisava fazer algo de bom para a ajudar o mundo e começou a obrigar seus usuários a exercitarem-se enquanto jogam vídeo game, o mundo tornou-se um lugar um pouco mais sombrio. A mais nova moda, embora não seja 100% culpa da Nintendo, é Pokémon Go, que obriga você a andar por aí caçando criaturas que não existem. Eu sou um puta fã de Pokémon, ou fui um puta fã de Pokémon, pelo menos até a segunda geração, e deveria estar muito feliz, já que Pokémon Go é o mais próximo que qualquer um chegará do mundo de Pokémon, mas não, eu não quero ficar andando por aí caçando bichos, eu quero ficar em casa bebendo cerveja, comendo doritos e cagando o teclado do PC enquanto jogo Pokémon em algum emulador de Gameboy, porra! Mas se o Jo não vai até Pokémon Go, Pokémon Go vai até o Jo e cá estou eu, treinando uma jovem treinadora de Pokémon.
Eu não tenho um console da nova geração e meu computador já tá velho e acabado, então vocês que estão antenados nas mais novas ondas do mundo gamer atual me digam: Os jogos “hardcore” tão tão chatos quantos os de celular?
Tem alguma coisa interessante em não poder jogar as coisas mais recentes. Além da manifestação óbvia da falta de recursos financeiros, seja para os jogos em si seja para os aparelhos que os rodarão, há também aquela parte do ser humano que aprende mais com a repetição que com a novidade (Tenho certeza que escrevi sobre isso em algum lugarachei), e isso significa dizer que você acaba por aproveitar mais o que tem do que as pessoas que as tem também, mas já passaram pra próxima.
Eu não sou um cara dos games. Meu último videogame tinha sido um Super Nintendo e eu já não o tenha há mais de 10 anos. Mas isso mudou quando eu comprei um Playstation 3 “pra minha filha”. Ótima aquisição, a criança passava quase o dia inteiro jogando Minecraft e a vida seguia normalmente, talvez com um pouco mais de silêncio, a não ser quando os malditos Creepers explodiam, e eu consegui ter mais tempo para fazer minhas coisas, até que eu comprei um joguinho do Lego com personagens da Marvel também “pra minha filha”. Bem… Isso já tem 5 meses e somente hoje esse texto está sendo escrito.
Então, eu comprei um controle pro computador. Daqueles comuns mesmo, cópias do Dualshock, mas pro PC. Já tem um tempo isso aí, e nesse meio tempo terminei Assassin’s Creed 1 e 2, e já comecei o Brotherhood, além dos vários joguinhos online de sempre… Até agora não usei esta merda.