Um Baralho para a todos governar

Games quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Perdidos aqui no Bacon, tem vários textos meus falando sobre TCGs, ou CCGs ou simplesmente jogos de cartas: O fato é que eu sempre curti a parada, e arranjar um deck de um jogo qualquer é muito mais fácil que comprar um videogame ou um computador novo ou até mesmo jogar RPG. E mais barato. Ou pelo menos era, antes da crise que crise.

 Toda vez que eu falo de jogo de carta eu boto um meme ruim do Yugi no texto… E ainda tem vários na reserva virados para baixo.

Eis mais um texto com o que deve ser o segundo-parágrafo que eu mais uso aqui: Eu sou muito ruim em jogos de cartas. Eu, grande visionário que sou, fiz até o um texto sobre o assunto… QUATRO ANOS ATRÁS.

A real é que eu quero me divertir, não montar deck e testar build. Eu sei que pra muita gente parte da graça desses jogos é realmente abrir um monte de boosters, trocar figurinhas (Haaaaa! Sacou?!) e testar algumas dos bilhões de possibilidades diferentes dentro do jogo, mas pra mim isso tudo é trabalho. Pra mim, se eu não tô jogando, é chato: Foda-se nível de estrela, quantas energias e monstros cê tem, fichas de condição, combos de cartas e todo o resto. A parada é sentar na mesa, pescar a mão e passar os próximos minutos jogando.

Eu não sou trouxa a ponto de comprar deck formado, ok? Eu sou preguiçoso e reclamação, não otário. Mas eu estaria mentindo se eu dissesse que não caio pra tudo que é “ready to play pack” que vira e mexe eu encontro, porque eu quero acreditar que é verdade. Não é, eu sei que não é, mas eu quero acreditar… E eu acredito, até que duas ou três partidas depois o tal pacote se mostra extremamente falho em sua concepção, não sendo capaz de combater quem realmente passou tempo levando a parada mais à sério.

Aí eu canso do tal jogo. Porque, nesse tipo de jogo, a diversão pra mim dura meia dúzia de partidas. Eu sei que do que eu estou reclamando não é uma falha, é justamente uma característica desses jogos, mas puta merda, como é chato. Eu acho extremamente chato ter que dedicar mais tempo à um jogo me preparando para jogar do que jogando realmente. Até que estaria tudo bem perder toda vez se ainda fosse um bom jogo, saca? Se desse pra dizer, ao final da partida, que foi divertido lutar aquela guerra, mas não é: É meramente uma questão de tempo (E balanceamento de jogo…) até você ser pego numa sequência indefensável qualquer que efetivamente te impede de jogar. Unindo isso com o fato de que a gigantesca maioria de jogos do tipo (Senão todos) são sacos sem fundo de tempo e dinheiro, cê tá fudido. Eu tô fudido. E olha que nem vou entrar no assunto de respeito aos jogadores.

Sinceramente não sei quanta gente concorda comigo… Nunca me passou pela cabeça debater o assunto com quem joga a parada à sério mesmo, porque afinal de contas se você tá a fim de gastar centenas de dilmas temers num jogo, cê curte como o treco funciona; tem um limite até mesmo pra Síndrome de Estocolmo. Então essa história toda, pra mim, fica num eterno “eu gosto disso, mas não funciona pra mim”. Tipo aquela tua ex-namorada gostosa que cê sempre dá uma chance mas que sempre termina complicando a sua vida, talvez por ligar de quinze em quinze minutos do segundo em que ela acorda até às quatro da manhã porque “foi no horário que a gente se conheceu” mas isso foi EM OUTRO FUSO HORÁRIO FDP.

O que eu queria mesmo é tipo um baralho normal, saca? Número de cartas, naipes, figuras, números, a porra toda, só que com dragões e zumbis e mágica. Porque eu sou uma puta. Eu sou uma puta de qualquer coisa envolvendo fantasia, essa parte eu já aceitei: O problema que é eu ainda não consegui achar a parada certa pra mim… É pedir demais um jogo que não me faça passar horas e horas não jogando? Ou ainda não gastar centenas de reais em pacote de expansão? Porque tem essa também: “Esse jogo não é um TCG, tem tudo que cê precisa pra jogar pra sempre nesta caixa!” e aí, dois meses depois, tem uma expansão. POOOOOOOOOOORRA FILHOTE. Assim cê me fode. E não adianta dizer que “não é obrigatório pra poder jogar”, se você não quisesse gente comprando esta merda cê não estaria vendendo.

De novo, eu queria um baralho. Um só baralho. Você tem, os teus bróder tem, o teu tio-avô tem, todo mundo tem. Sem regra nova, sem expansão, sem sleeve pra carta viadagem: Um jogo que cê pode chamar a galera pra mesa, embaralhar, distribuir e pronto, tá todo mundo jogando. Só que ao invés de monarquia tinha que ser com goblins e espadas. Porque goblins e espadas são muito melhores que um valete e um oito. Assim ninguém precisa gastar tempo e energia numa corrida que cê simplesmente não tem como ganhar…

Quão difícil pode ser? Sério, quão difícil pode ser criar uma coisa dessas? Eu já cansei de jogar Uno, caralho.

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