Lodger

Música terça-feira, 16 de outubro de 2007 – 4 comentários

Bom, se eu começasse como qualquer artigo musical sem graça, dizendo “Lodger é uma banda indie finlandesa, que bla bla bla bla”, eu já teria dito o suficiente pra vocês saírem CORRENDO desse artigo na primeira frase. Não, espera, véi, não corra ainda, eu já chego ao ponto. E pra isso, eu vou usar OUTRO personagem recorrente já famoso aqui no aoe, ao invés do tanguinha: HUMPHREY BOGART.

– Pura perda de tempo, rapaz. Uma banda indie será sempre uma banda indie, não importa o que você faça pra melhorar isso.

Relaxe, homem. O negócio é que os caras acabaram fazendo uma jogada genial que fez com que a banda acabasse ganhando alguma fama: Vídeos em flash com bonecos palito de um olho só. E isso no AUGE da fama de animações com bonecos palito, como xiao xiao.

– ótimo, não é só uma banda indie, mas uma banda indie que faz vídeos em flash. Realmente, as coisas nunca estão ruins o bastante a ponto de não poder piorar

Ah, é aí que você se engana, rapaz. As animações são uma maravilha. Mesmo porque é quase impossível criar desenhos de um olho só que não façam sucesso.

É dos caolhos que elas gostam mais!

Deixando a enrolação de lado, vamos ao que interessa: O tal do Lodger. Bom, primeiro, talvez seja bom eu GUIÍ-LOS no site dos caras. A página principal, como ces devem ter notado, é um enorme CAÇA-NÍQUEIS. Pois bem, a parada é simples: Você clica em “spin” e a bagaça gira. Clicando naquele “lock” que tem em baixo de cada uma das três figuras, ce TRAVA ela, e só o que tiver destravado gira. Enfim, você vai jogar na tal da roleta russa até conseguir três CAVEIRAS. Afinal, você só vai querer ver os vídeos, mesmo. Lá você vai ter QUATRO animações pra escolher. Uma maravilha, não?

Doorsteps é aparentemente uma animação sobre como a vida é uma merda, I Love Death trata de como a vida nos dias de hoje é vazia, atacando enfaticamente a rotina (claro que a música não faz isso tão bem quanto o Dark Side of the Moon, mas o que importa é só a animação, mesmo), God Has Rejected the Western World aborda a polêmica do crime e 24h Candy Machine é uma animação sobre mulheres-robô com FOGO na BOCETA. Ou seja, nas palavras dos próprios caras: Animações premiadas sobre amor, morte, crime e sexo. O que mais um ser humano pode querer?

A música? Bom, os caras na verdade não chegam a ser ruins. O som só não tem nada lá muito especial. Claro, como boa parte dos leitores desse site são um bando de cães imundos que não sabem apreciar um bom Matanza, muito provavelmente ces vão acabar gostando das músicas, e aquela tanguice toda. Eu, por outro lado, sugiro que vocês assistam as animações com o som do computador desligado e ouvindo um maldito PANTERA num aparelho de som ou sei lá.

Hitman: Uma novidade boa e uma ruim

Cinema terça-feira, 16 de outubro de 2007 – 3 comentários

Vou começar pela ruim, é o que sempre fazem.

A FOX mais uma vez pisa na bola: Lembram de Duro de Matar 4.0, que foi “sugado” a ponto de chegar á censura de 13 anos nos EUA, tendo cenas de violência devidamente editadas e cortadas? Exatamente, o filme é explosivo, mas ainda assim tiveram a CORAGEM de fazer uma coisa dessas. Já sabe o que está por vir, né?

A FOX contratou o mesmo cara que sugou o filme acima, Nicolas De Toth, pra SUGAR um dos filmes mais divulgados por aqui: Hitman. A desculpa? O jogo do Agente 47 é extremamente violento, e o diretor Xavier Gens teria feito um filme á altura. Aparentemente, a FOX está para o sangue assim como a Disney está para o cigarro, então o diretor foi afastado do filme por deixá-lo como os fãs de Hitman querem.

Então, se já esconderam as cenas mais violentas do trailer, esperem um filme que poderia ser BEM melhor. Não vou dizer fraco, não consigo acreditar que eles sejam capazes de estragar um filme tão esperado. Não vi Duro de Matar 4.0 pra poder afirmar, mas ainda assim fico muito puto com a atitude desses caras.

A boa notícia é que temos uma data de estréia, enfim: 30/11. E o título em português? Hitman – Assassino 47. Nhé.

Hora de Decisão: quais das novas séries continuar acompanhando?

Sit.Com terça-feira, 16 de outubro de 2007 – 1 comentário

Como eu não sou pago para assistir séries (uma pena!), passado um mês das estréias do fall season americano chegou a hora de decidir quais as séries continuar acompanhado, pois além das estréias, e foram mais de 20 somente neste mês que passou, há aquelas das quais já sou fã, então tenho que optar por um número humanamente possivel de assistir ou aumentar as horas do meu dia.

Desde o retorno das novas temporada não ocorreu nenhuma explosão de audiência entre as novatas, muito pelo contrário, algumas já estão na corda bamba do cancelamento. Como exemplo, nestas primeiras semanas as maiores audiências continuam sendo C.S.I, o reality show Dancing With the Stars e Grey’s Anatomy. No entanto, até o momento nenhuma foi cancelada oficialmente, muito pelo contrário, Gossip Girl, série teen do canal Cw, recebeu sinal verde para uma primeira temporada completa. Além dela, Bionic Woman, Cane, Chuck, Journeyman e Life receberam pedidos de novos roteiros além dos 12 primeiros já confirmados, um bom sinal para quem acompanha elas e para a Warner (detentora da fama na qual a maioria de suas estréias sempre são canceladas), que exibirá Cane, Chuck e Gossip Girl, a partir de novembro.

Continua imbatível na audiência

Das 20 estréias desta temporada pude, até agora, asssitir a 11 novos seriados, como vocês poderão notar, não mencionarei as seguintes séries: The Big Bang Theory, Cane, Big Shots, Aliens in America, Carpoolers, Cavemen, Life is Wild, Women’s Murder Club e Samantha Who?. Algumas são por falta de interesse e outras por ainda não haver arquivo para assistí-las, mesmo assim, farei um apanhado geral do que vi, e futuramente poderei comentá-las melhor por aqui.

Das séries novatas de drama (que na verdade pode ser drama, policial ou suspense), já cancelei do meu HD: K-Ville, por ser um policial que nada inova a não ser pelo curioso ambiente de caos em Nova Orleans, no mais, a série depende muito da química dos protagonistas; Gossip Girl, nunca fui muito fã de dramas adolescentes acho tudo muito artificial, se acompanhar será quando sobrar tempo e pelo canal Warner; Journeyman, fala sobre viagem no tempo, no entanto, nada é muito explicado, pelo menos, nos dois primeiros episódios que pude ver, é interessante, mas teria que ter um ritmo mais ágil; Bionic Woman, outra série que pede um pouco mais de atenção como no momento não é possível, fica para quando estrear no canal A&E. Estas séries acima ficam no banco de reservas, por enquanto.

Apesar do argumento curioso, Journeyman possui trama reciclada e ritmo lento

Ainda tenho dúvidas se continuo assistindo Reaper e Moonlight. Reaper é uma série que mistura aventura, comédia com toques de sobrenatural, mesmo sendo divertido acompanhar as aventuras de Sam, que teve sua alma prometida para o Diabo, e agora é recrutado pelo mesmo para caçar criaturas que fugiram do Inferno, Reaper, por enquanto, somente se mostrou uma série de fórmula, a cada episódio Sam e seus amigos caçam um demônio diferente, ainda não houve um desenvolvimento de personagens, somente o Diabo, sarcasticamente interpretado por Ray Winstone, se destaca. Enquanto isso, Moonlight, que seria somente mais uma série de vampiros, se mostrou bastante inteligente ao trazer as lendas sobre vampiros para os dias atuais, fugindo do estereótipo e de seriados como Buffy e Angel. No entanto, ainda não dá para saber onde a série pretende ir, nem como trabalhará seus personagens e sua mitologia, vamos ver onde isso irá dar.

Pushing Daisies: série novata preferida

Entre minhas séries preferidas já se encontra Pushing Daisies, sobre Ned que desde criança possui a habilidade de ressuscitar coisas mortas, mesmo só vendo os dois episódios exibidos, há na produção um charme ímpar, desde o protagonista Lee Pace até o tom de fábula das histórias e o inevitável humor negro, tudo muito bem realizado, parece promissor. Também me agradou a série Chuck, mesmo contando com uma trama meio absurda, nerd especialista em computadores que trabalha numa megastore transforma-se num agente secreto ao se tornar possuidor de informações ultra-secretas, o tom cômico dos personagens com uma bem dosada trama de aventura, diverte e entretem.

Chuck: engraçada e despretensiosa

Private Practice, “filhote” de Grey’s Anatomy, começou com um episódio bastante duvidoso mas, soube trabalhar muito bem a trama dos personagens que desconhecíamos, afinal somente dra. Addison está presente na série, com os casos que surgiram na clínica nos episódios posteriores, seria como um mais do mesmo do que acontece em Grey’s, então quem é fã pode gostar por conhecer as tramas de criadora Shonda Rhimes. Como promessa futura de qualidade o elenco é bastante promissor, com destaque para a talentosa Amy Brenneman, como a psiquiatra Violet.

Dirty Sexy Money, mesmo parecendo um novelão tem um argumento interessante, advogado assume, após a morte do pai, representação dos negócios de uma familia rica e poderosa, a quem mantinha distância por diversos anos, possui como destaque seu elenco: Peter Krause (A Sete Palmos), Donald Sutherland (veterano com passagem em filmes como Maldição e Orgulho & Preconceito), William Baldwin (melhor que a encomenda) e a veterana Jill Clayburgh. Por último a série policial Life, que comecei a acompanhar despretensiosamente mas, que apresentou um argumento curioso: policial injustamente preso por 12 anos acusado de assassinato, ao sair da cadeia retorna como agente investigativo e ao mesmo tempo que investiga novos casos, tenta solucionar o crime que levou a ser condenado. No elenco, Damian Lewis (do filme Apanhador de Sonhose da minissérie Band of Brohters), cria um policial intimista e estranho, principalmente, ao enfrentar questões que ficaram para trás neste doze anos de confinamento, como o relacionamento com seu antigo parceiro e família.

Agradável surpresa

Na verdade, é muito cedo para especular sobre estes seriados, principalmente, os que apresentam histórias que envolvem mistérios, no entanto, fica como uma primeira dica para vocês terem um pouco de noção do que se passa em cada um deles.

Confirmado o Capitão Kirk de Star Trek

Cinema terça-feira, 16 de outubro de 2007 – 2 comentários

Levante a mão quem, assim como eu, acredita que Star Trek é uma franquia velha e chata que estava devidamente enterrada depois de 352 filmes sem nenhuma relevância.

Agora levante a mão quem, assim como eu, está mudando de idéia a respeito disso depois que JJ Abramns assumiu o projeto.

A Variety já tinha publicado o boato de que Chris Pine (Diário da Princesa) viveria o Capitão Kirk e hoje o boato foi confirmado. Ao lado de Zachary Quinto (Heroes), Eric Bana (Munique), Leonard Nimoy (Star Trek) e Simon Pegg (Missão: Impossível III), Pine tem a árdua tarefa de ajudar a revitalizar a franquia de Jornada nas Estrelas e agradar a raça de fãs nerds mais xiita da galáxia.

Star Trek estréia dia 25|12|2008

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2023

Games terça-feira, 16 de outubro de 2007 – 1 comentário

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2023

Mais 5 anos adiante e o próximo passo, evidentemente, é abrir mão dos joysticks. Já não precisamos mais dos consoles, nem dos monitores, então pra que usar só os dedos pra apertar uns botões e FINGIR que você está matando zumbis com uma faca? É como jogar Guitar Hero usando o joystick: simplesmente não faz sentido e não oferece nem um terço da diversão de empunhar e fazer sons com os gestos iguais ao de tocar uma guitarra.

Guitarra-joystick de Guitar Hero.

Crianças, já temos o Wii em mãos, que faz algo que nós achávamos que seria impossível há meros dois ou três anos atrás. Daqui a 15 anos, na pior das hipóteses, o reconhecimento de movimentação do Wii vai estar tão avançado e sensível, que você vai poder fazer um exame de toque de próstata á distância naquele seu amigo do peito, que tem medo de ir ao médico.

Câncer de próstata no alvo dos games.

Sim, porque eu tenho certeza de que os urologistas se divertem tanto enfiando o dedo lá onde o sol não bate, que eles não vão fazer nenhum esforço pra mudar esse exame pelos próximos 100 anos ou mais. Eu também tenho certeza de que nos Congressos de Urologia eles se reúnem para assistir vídeos onde aparecem as caras de surpresa ou dor dos pacientes, conforme os dedos vão entrando. Urologistas são todos uns motherfuckers.

E.T. foi inspirado em um exame de próstata que o Spielberg fez.

Mas voltando ás formas de controle então. A idéia de uma melhora no reconhecimento da movimentação é o mínimo que podemos esperar. A hipótese mais interessante é pensar que teremos eletrodos diretamente ligados no cérebro de alguma forma, e que poderemos controlar o que acontece no jogo só PENSANDO na movimentação, ou simulando o movimentos com as mãos, caso o sistema não esteja tão avançado assim. A última hipótese é mais provável e fácil de implementar: quando você faz algum movimento com seu corpo, isso dispara uma certa configuração ou “desenho”no cérebro, das áreas que foram ativadas com aquele movimento específico.

Diferentes atividades exigem diferentes partes do cérebro.

Bastaria então ter eletrodos que pudessem ser “treinados” para reconhecer esses padrões (assim como você “treina” o seu celular para ele reconhecer sua voz), e a cada vez que você desse um soco no seu irmão mais novo, ele socaria da mesma forma no jogo.

Acessório indispensável para os games da próxima geração.

Lógico que isso vai cansar pra cacete. Imagine um jogo como Street Fighter, onde você tivesse que efetivamente desempenhar todos os socos e chutes necessário para vencer o adversário? Mas é lógico que não vamos jogar Street Fighter com esse tipo de tecnologia; os jogos serão adaptados ao hardware. É necessário cuidado, entretanto, senão vamos acabar com um monte de clones de Cooking Mama, já que a única coisa que esse bando de gamers sedentários consegue fazer é jogar e comer.

Cooking Mama 12: sempre a mesma coisa.

Assim, a tecnologia que requer que você apenas PENSE na movimentação é muito mais interessante, porque permite que você faça coisas que seriam impossíveis se dependessem apenas do seu corpo gordo, fétido e pelancudo. A única dúvida que eu tenho é se será possível pensar em coisas que você nunca fez, como voar ou comer a Silvia Saint, e se isso se realizaria no jogo. Será que o cérebro é capaz de simular e transmitir como informação algo que o corpo nunca experimentou? Ironicamente, os vídeo-games podem se tornar um forma de pesquisa científica e avanço sobre o conhecimento do cérebro, quando atingir este nível de tecnologia. Você vai poder virar para sua mãe ou ir até o túmulo dela pra dizer: “Eu FALEI que vídeo-game não era só um brinquedo de criança, sua velha!”

A seguir: Previsões para 2028.

Veja o QOTSA ao vivo no Letterman

Música segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 1 comentário

Nesses dias os caras do Queens of the Stone Age tocaram no The Late Show with David Letterman o seu novo single, 3’s & 7’s, do álbum Era Vulgaris. Dá só uma olhada:

O som é um dos melhores do novo álbum da banda, convenhamos. Mas ainda assim, ainda sinto saudades de Nick Olivieri no baixo.

Veja o Foo Fighters ao vivo no SNL

Música segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 0 comentários

O Saturday Night Live você já conhece, de vez em quando rolam umas bandas legais por lá. Dessa vez, o Foo Fighters esteve por lá, dá uma olhada:

The Pretender foi o som, claro, é o single dos caras, representando seu novo álbum: Echoes, Silence, Patience and Grace. E pra você que é fã, já deu uma olhada no hot site do Foo Fighters no AOE?

George Lucas em busca de roteiristas

Cinema segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 1 comentário

Com seu projeto de fazer uma série em Live Action de seus filmes, George Lucas começa a contratar roteiristas para criação de seus episódios.
Depois de finalizar sua cine-série, que acho que todos vocês devem conhecer, e alguns desenhos, contando fatos da história que eram interessantes para os fãs, ele agora vai aumentar em muito o universo Star Wars com essa série.

Ele irá para Los Angeles em novembro próximo, para encontrar roteiristas capazes de escrever para ele. A equipe, que por enquanto não tem um número definido, ainda está em processo de contratações. Os que forem aceitos por George Lucas, irão para o rancho Skywalker, onde darão início aos primeiros 15 episódios da série, que será produzida e dirigida pelo próprio Lucas.
Interessante até. ELE pessoalmente vai contratar as pessoas que se interessarem pelo projeto. Se fosse outro, ele criaria um reality show, onde as pessoas levariam seus roteiros para serem avaliados e humilhados por uma banca de jurados que não sabem nada sobre o assunto.
Sabendo como funciona a gravação e produção de séries, pode ser que o primeiro episódio já possa ser visto lá pelos últimos meses de 2008, se ficar uma porcaria, ou em 2009, o que dará chances de que saia algo que realmente presta.

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2018

Games segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 6 comentários

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2018

Estamos abandonando rapidamente os televisores CRT, esses aparelhos enormes que todo mundo tem em casa, com um tubo de imagem pesado e que não gera imagens alta definição.

Fadado a sumir de circulação.

Os monitores de plasma e LCD estão caindo de preço muito rapidamente, e indicando uma mudança de tendência nos métodos de projeção de imagens e vídeos. Daqui a dez anos é bastante provável que nos libertemos de vez da ditadura do monitor para que uma imagem exista, passando a projetar as imagens diretamente em nossa retina.

Pra que gastar um monte de energia projetando imagens em uma tela se tudo tem que passar pelo olho mesmo?

O equipamento já existe e funciona; se você duvida, busque a matéria original no site que eu indiquei no começo dessa série. O projetor é muito mais prático, porque você pode levar seu projetor para qualquer lugar, já que ele ocupa um espaço ridículo. Também é mais econômico, porque você só precisa gerar luz suficiente para ativar os cones e bastonetes do seu olho, que não precisam de muita intensidade de luz para reconhecer formas e cores. E, estou chutando, essa tecnologia vai cansar menos o olho, devido á quantidade mínima de luz que vai emitir; a luz ambiente provavelmente vai ser mais intensa do que a da projeção.

Outra vantagem enorme é no tamanho dos arquivos a serem projetados. Como a imagem que você projeta é extremamente pequena, você não precisa de gráficos e vídeos que ocupam um espaço imenso de HD, para ter qualidade na imagem. Compare os arquivos de PSP com os de PS2, por exemplo. Nenhum jogo de PSP ocupa mais do que 1,8 gigas, enquanto no PS2 eles podem ocupar um DVD dual layer inteiro (um dvd com quase 10 gigas de capacidade), com qualidade semelhante. Isso acontece porque a tela do PSP é menor, portanto os vídeos e gráficos não precisam ter uma resolução tão grande e detalhada como se fossem ser projetados em uma TV de 42 polegadas. E os jogos de Nintendo DS então? Eles possuem uma qualidade semelhante aos jogos do Playstation 1, e todos cabem em um cartão de memória do tamanho de um selo.

Esse é o cartão de um jogo de NDS.

Agora imagine o tamanho de arquivos que precisam ser projetados na retina, que tem mais ou menos as dimensões da sua unha do dedo mindinho. Nós vamos precisar de cada vez menos espaço físico para armazenar jogos.

Vamos adiante: combine essa tecnologia com a capacidade de enfiar um PS3 em algo do tamanho de um celular, e você já não precisa mais de “consoles caseiros” como o PS3, que ocupam o espaço que uma porra de um vídeo-cassete ocupava em 1982. O próprio termo “console caseiro” não vai mais fazer sentido, pois todos serão “portáteis”. Seu celular Sony Ericsson V19 já vai sair de fábrica com um PS3 embutido, um fone de ouvido e um projetor de retina bluetooth, pra você poder jogar no ônibus. O celular vai ser o joystick. Sensacional.

Aliás, não sei se vocês estão sabendo, mas alguns players de MP3 de marcas duvidosas já vêm de fábrica com emuladores de Nintendo 8 bits embutidos, que você joga na telinha do próprio MP3 player.

Falta pouco pessoas, falta pouco.

A seguir: Previsões para 2023.

Resenha – Tropa de Elite (2)

Cinema domingo, 14 de outubro de 2007 – 0 comentários

A esta altura vocês já devem saber que há outra resenha sobre o filme Tropa de Elite aqui no AOE, do Atillah. A minha resenha, apesar de ter visto a cópia pirata, esperei para escrever depois de assistir a versão final do diretor Jose Padilha.

Posso dizer que continuo achando TROPA DE ELITE um filme sedutor, não pelo discurso ideológico, mas como a narração em off do capitão Nascimento (versão tupiniquim do agente Jack Bauer, do seriado 24 Horas), do BOPE, funciona como um advogado de defesa para os acontecimentos da trama, seria um olhar que justifica o mal necessário, principalmente, o uso exacerbado de violência como instrumento de repressão.

Polêmica do ano

Obviamente, dizer que o filme é fascista ou qualquer outra coisa é uma leitura equivocada e precoce para TROPA DE ELITE, que tem como maior mérito levantar questões sociais importantes nas pessoas que o assistem, pelo menos, imagino eu que todo mundo se choque ou mesmo se revolte com o que é mostrado na tela.

Estruturado como um excelente thriller americano, TROPA DE ELITE, é um feliz exemplo da diversificação de gêneros que tanto se pede para o sucesso do cinema nacional como um todo. Se esquecermos o contexto social e político, TROPA DE ELITE é um verdadeiro filme policial com um ritmo de ação alucinante, tanto isto é verdade, que a montagem com cortes abruptos de Daniel Rezende torna o contexto das situações sempre urgente e isso somente não ocorre quando o roteiro precisa trabalhar os personagens dramaticamente.

Além disso, a trama não linear resulta num filme de dois momentos, num primeiro acompanhamos o desgaste do Capitão Nascimento frente ao BOPE e os “aspiras” Matias e Neto afogados num mar de corrupção e burocracia de uma policia falida, num verdadeiro “momento onde nos vamos parar?” revoltante, já na segunda metade, vemos a transformação dos “aspiras” em homens do BOPE, o que não significa que saíram vitoriosos, tanto o capitão Nascimento quanto Matias e Neto pagam o preço de suas escolhas.

Capitão Nascimento: herói ou torturador?

O roteiro inteligente e provocador acerta, principalmente, na criação dos personagens, observem a riqueza de nuances dos três principais personagens, há até mesmo espaço para risos em cenas onde constatamos o ridículo das situações onde imperam a corrupção e a “burrocracia”, temos desde o transporte de corpos para modificar as estatísticas até a injusta (?) partilha do dinheiro sujo, legítimo exemplo de que se não fosse trágico seria cômico.

Claro que TROPA DE ELITE não seria o mesmo sem a força interpretativa e física dos atores, Caio Junqueira e André Ramiro compõem de maneira acertada seus personagens, tidos como coração e razão, respectivamente. No entanto, quem entra para a história, para o bem e para o mal, é o capitão Nascimento de Wagner Moura, num ano no qual o ator conseguiu se destacar como um ingênuo interiorano em Saneamento Básico – O Filme e como o grande vilão da tevê brasileira numa novela, Moura soube construir seu complexo e monstruoso personagem.

confira

quem?

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