Supositório entrevista – João Vitor Guedes (Loading Time)

Games sábado, 01 de dezembro de 2007 – 4 comentários

Abrindo o Supositório com um espetacular papo de boteco com João Vitor Guedes, colunista do Loading Time onde também escreve André Franco, e um dos sites mais hardcore gamer na internet brasileira. Me empolguei e acabei falando pra cacete com o cara. Deixou de ser uma entrevista e virou papo mesmo.

Entrevista

Atillah: Então cara, fala aí de onte tu tirou a idéia de fazer um site TOTALMENTE voltado pros hardcore gamers, essa raça em extinção.
João Vitor Guedes: Putz…foi um momento de revolta contra os sites porcarias que temos por aí. Vivemos com um conteúdo igual junk food, é rápido, sem graça, mal montado e tudo mais. São sites brasileiros de um bando de preguiçosos que apenas importam conteúdo estrangeiro. E idéias? Textos interessantes? Nada disso… os caras apenas colocam umas notícias que podemos ver em outros sites…umas análises e mais nada. Tudo igual, sem sabor nem tesão. O esquema da Loading Time é escrever sobre games, comentar e pensar. São interpretações de notícias e não apenas fatos relatados. Polêmicas que outros sites têm medo de fazer, como a da pirataria… enfim, fazer um blog de pensador para pensador. São mais que gamers hardcore, são entendidos e interessados em games.
Atillah: Podecrê cara, os sites “grandes” do Brasil acabam sempre caindo nessa de traduzir press release, ou de fazer essas reviews altamente esterilizadas, sem nome de quem fez, sem personalidade. Como se fosse um problema o cara colocar a opinião dele em sobre um jogo.
João Vitor Guedes: Mas é o que o público quer, certo? A maioria quer mesmo olhar a notinha, ver a notícia e sair brigando em fóruns da vida. A maioria tem até preguiça de ler um texto. Fora que normalmente os contratados desses sites são acéfalos que mais acham do que realmente entendem. Vide a Electronic Gaming Monthly.

Atillah: Isso é uma questão interessante cara. Tu acha que o gamer brasileiro ainda é um cara basicamente burro e adolescente? Porque eu QUERO acreditar que o gamer médio brasileiro está crescendo, e que é possível fazer uma crônica mais adulta e reflexiva sobre os jogos. Mas ás vezes fico na dúvida.
João Vitor Guedes: Não acho não cara. Acredito que existe uma parcela por aí que se interessa por games e estuda muito sobre o assunto. Não considero ninguém burro. Mas acho que existe sim uma grande galera que simplesmente não se interessa em ler algo ou discutir sobre. Eu acredito tanto no potencial desse público que escrevo diariamente. Num dos tópicos estávamos discutindo sobre pirataria e eu entrei no mérito de acreditar que o panorama aqui pode mudar. Acontece que nunca vi tanta reação negativa. Muitos me disseram que o Brasil não tem jeito… que tudo está uma bosta e que pirataria é a solução definitiva. Outros me falaram que tentam lutar e fortalecer o pensamento de mercado. Sempre existem os que querem e os que não fazem questão. Eu tento conversar com os crentes numa indústria brasileira, forte e competitiva acho que muitos perdem tempo brigando por marca, jogo, personagem e apenas vendo tudo superficialmente. Precisamos ir além… e por isso me dedico diariamente a escrever no blog. Já sobre a mídia… ela é o reflexo do consumidor, uma das primeiras lições na minha faculdade; se esses canais não fazem nada a mais é porque isso deve bastar para o público, entende meu ponto? Por exemplo, você vai achar muito mais conteúdo num fórum, porém terá que aturar briguinhas, egos, falta de respeito pelo gosto alheio e tudo mais. Tudo tem seus prós e contras: toda sociedade tem aqueles que lutam, os que apenas vivem e os que causam.

Atillah: Cara, gostei da sua visão radical sobre games, acho que a gente precisa mais disso e de mostrar que jogos são basicamente entretenimento, mas que também podem ser uma forma de arte tão válida como cinema ou livros. Pra mim parece que a gente ainda vive num paradigma onde coisas que envolvem diversão precisam necessariamente ser ligadas a uma mentalidade infantil, e isso sempre me irritou.
João Vitor Guedes: Eu te pergunto: cinema é arte?
Atillah: Eu acho cara. Eu acho que alguns filmes são arte sim.
João Vitor Guedes: Pois bem, a indústria de games fatura atualmente bem mais que a idustria cinematográfica. Tudo bem, sao mídias diferentes, mas o ponto é: temos Okami e HALO 3. Temos Lumines e Gears of War. Cara… nós temos blockbusters e games inovadores. Recentemente meu pai estava escutando a trilha do Final Fantasy 7 e me disse: “nossa que trilha boa, qual orquestra e de onde é?” Eu disse que tratava-se de um game e ele ficou impressionado: são game designers, programadores, desenhistas, concepts, enfim, é uma sinfonia de beleza. É um produto belo, interativo… um filme que controlamos. Enfim, é preciso mudar essa imagem infantil de games urgentemente. Mesmo porque games treinam exércitos, ajudam deficientes, simulam situações, enfim, é muito mais do que um simples “joguinho”. Pega a história de Mass Effect (tô jogando) e compara com um Transformers (o filme).

Atillah: Concordo cara. Eu escrevi um material aí, basicamente humorístico, sobre “os próximos 25 anos nos games”, e acabei me tocando sobre o potencial dos jogos para basicamente englobarem TODAS as outras formas de mídia, tornando-se a principal forma de entretenimento em um futuro próximo.
João Vitor Guedes: Eu li…ninja seu artigo.
Atillah: Eu achei que era viagem minha, mas acho que isso está bem próximo de acontecer. Como você disse, os jogos já incorporam hoje o que há de melhor em termos de música, textos e imagens. Me parece inevitável que ele acabe unificando as coisas.
João Vitor Guedes: Acho que vale a pena assistir “13o Andar” ou outros filmes similares. Apesar da visão pessimista algumas vezes eles percebem e mostram o potencial do game. Acho foda o sensasionalismo brutal e irracional da mídia brazuca para com os games. É coisa de nerda babão… só mostram negos alienados e coisas terríveis. Não mostram pensadores discutindo a nova geração como Wii ou o 360 e PS3 que são mais que simples games, são centro de entretenimento, TV e tudo mais.
Atillah: É verdade cara, a visão que a mídia passa é bem bitolada. Mas ao mesmo tempo, eu me assusto PRA CARALHO ao ver que os jogos ainda nem chegaram em experiência de imersão total, mas que já tem um monte de coreano louco MORRENDO de tanto jogar, porque basicamente transferiram suas vidas para o mundo virtual. Lógico que eles são desajustados, mas são coisas que não aconteciam há alguns anos atrás. Os jogos estão ficando sedutores DEMAIS como uma forma de vida alternativa. Vide World of Warcraft e Second Life. E fico achando que a mídia não tem outra alternativa além de focar realmente nos nerds babões.
João Vitor Guedes: Cara, o jogo é sedutor… é a promessa de uma vida melhor. Nele você pode ser um mago level 99, respeitado e ser o que quiser no jogo, salvar o mundo e tudo mais. A vida real é chata, fria. O game, assim como o anime, assim como o comics, assim como qualquer coisa, pode viciar. Tenho um amigo que é um deus no Ragnarok: ele é O CARA. No mundo todo respeitam ele. Mas na vida real ele tem poucos amigos, se sente feio, nunca saiu com uma menina. Ele é quieto e inseguro. No game ele tem personagens level 99 e o caralho. Quem não se sente seduzido por isso? Mas tudo vicia. Jogo, bebida, esporte e até religião. Tudo deve ser medido, certo?
Atillah: Sim, como eu já disse em um outro artigo meu, o que você joga, e como você joga, são reflexos da sua personalidade. Com certeza.

Atillah: Mas vamos falar da geração atual de consoles cara. Qual dos três consoles aí está te seduzindo mais no momento? E por quê?
João Vitor Guedes: Comprei um Wii. Cara…tesão. Gostei do DS (tenho) e do Wii. Ambos seguindo a filosofia nova da Nintendo (depois de tanto tomar naquele lugar e ficar sem grana, resolveu usar a criatividade). Porém achei intrigante o abandono das empresas para com o Wii. Parecem que estão todos enfatizando os gráficos totemicos e tudo mais. Depois comprei um XBox 360 e, como eu mesmo já esperava, o Wii ficou de lado. Não por desprezo meu, mas não consigo ter dois consoles. Como estava faltando jogos eu acabei vendendo ele (o que foi uma boa, já que meu avô comprou o Wii e eu ainda posso jogar quando quiser). O X360 eu adoro. Tenho Gears of War, Halo 3, Overlord e Mass Effect. Está chegando o Assassin’s Creed. Eu tenho o Puzzle Quest, Lumines… eu jogo de tudo. O esquema no XBox é que eu gosto de games de FPS e tudo mais, e meus outros amigos também compraram: foi legal terminar Halo 3 juntos. Ficou em família. Já o PS3? Não… pode passar. Sem jogo… sem perspectiva… somente repetições. PS3 é um déja vu maldito. Nada inovador, com jogos em suas sexta, sétima ou décima terceira versão. Já encheu, saca? Até o TOP 10 da Gametrailers só tinha 5 jogos. Ainda por cima o mesmo controle (sendo que ele fôra criado pela nintendo…adoro essa parte porque os sonistas ficam putos)… mesma filosofia… somente gráficos..nada de novo. Fora que o que tem de “novo” nele são idéias copiadas dos outros. Talvez emplaque, mas enquanto viver na sombra dos seus antepassados eu prefiro esquecer dele. A Sony precisa mudar a filosofia. Mas o PS3 tem uma jóia chamada Little Big Planet…esse eu queria ver.
Atillah: O quente do PS3 é a capacidade tecnológica bruta da parada. Eu AINDA boto fé no PS3, cara. Se fosse pra comprar ações, eu compraria da Sony.
João Vitor Guedes: Eu esperaria. Quero ver se o Blu Ray vence…caso sim, aí é esquema.
Atillah: Porém, estou muito seduzido pelo Wii ultimamente. Metroid Prime é revolucionário, cara. Zelda também é revolucionário, e dentro da própria franquia.
João Vitor Guedes: Metroid do Wii é, desculpe o termo, fodástico. Disse inumeras vezes no Halo 3 que queria o Wii remote pra jogar aquilo. É outro esquema de jogo né cara… também quero ver a “nova” jogabilidade do futebolzinho no Wii. Winning Eleven do Wii promete ser inovador eu não duvido. Aliás, já era mais do que hora do gênero ser reformulado.

Atillah: Eu me impressiono com a nossa capacidade, como gamers, de absorver tão rápido o Wii, cara. Porque faz um ano desde que eu joguei pela primeira vez essa porra, e ainda me impressiono com o potencial do wiimote. Alguém usou drogas pesadas pra desenvolver esses controles. E eu tenho certeza de que eles ainda não foram totalmente aproveitados.
João Vitor Guedes: Cara, o Miyamoto criou um encanador que come cogumelo e usa flores pra soltar fogo. Tudo isso para salvar uma princesa que vive sendo sequestrada por um dragão-tartaruga e tendo filhos do nada. E você ainda acha que alguém usou drogas? Hahahaha.
Atillah: Sério cara, eu não esperava esse salto qualitativo que a Nintendo deu com o DS e o Wii. Dois consoles podres em termos de capacidade gráfica, mas completamente espetaculares na capacidade de inovar e FORÇAR as porras dos desenvolvedores a inventarem formas novas de jogar.
João Vitor Guedes: Conhece o ditado? Com grana = pouca criatividade. Sem grana = precisamos inovar. Quando se tem grana você vai pro caminho dos efeitos, cenas de ação e tudo mais. Sem grana você começa a se preocupar com história, câmera e atuação. Esse é o esquema, a Nintendo tava zicada depois do Nintendo 64 e do GameCube e o que ela fez? Pensou. E mandou muito bem. O NDS eu acho foda. Aliás, tive um PSP e gostava muito dele… mas o DS com o Mario Kart já me seduziu. E confesso que eu gosto de… de… pokemon! Sim eu gosto!

Atillah: O que eu me pego pensando mesmo ás vezes… é como o mercado estaria se a SEGA ainda estivesse na área.
João Vitor Guedes: A SEGa não aguentou tanta bosta seguida. Começou com o Sega CD e foi afundando… falta de organização e outras coisas.
Atillah: Porra, mas o Dreamcast era um puta console cara.
João Vitor Guedes: Eu tive um, era tesão.
Atillah: Eu também. Aliás, ainda tenho.
João Vitor Guedes: Mas não tinha jogo cara… aí morreu.
Atillah: Todos os jogos dele eram bons meu. Todos os… 12 ou 13 jogos, hehehe.
João Vitor Guedes: E quando o Dreamcast foi lançado, a Sony anunciou o PS2…foi treta.
Atillah: Sim, foi um timing péssimo o que acabou com a SEGA, eu acredito nisso também.
João Vitor Guedes: Space Channel, Jet Grind Radio, Chu Chu Rocket…esses eram especiais.

Atillah: Porra, a gente fala pra caralho. Deixa eu pensar numa forma boa de fechar a entrevista e te liberar, cara.
João Vitor Guedes: A melhor maneira é falando mau de alguém ou de alguma coisa.
Atillah: Vou fazer a pergunta que é padrão para todos os entrevistados: qual é a grande revolução nos games que ainda NÃO aconteceu, pra você?
João Vitor Guedes: O dia que passarmos de jogadores para produtores da informação. Um game 100% interativo. Modificadores do canal e informação. Produtores do conteúdo. O Wii é um grande passo e o Little Big Planet também, apesar de escolhas pré determinadas. É outro desta que acho que quando isso acontecer… o resto é consequencia.
Atillah: Cara, eu vivo pra ver esses jogos que revolucionam. Essas paradas muito diferentes que surpreendem a gente.
João Vitor Guedes: Pois é. Quero ver quebrarem o limite da escolha; não sermos mais obrigados a escolher uma entre 90 escolhas, e sim escolher a opção que realmente queremos, saca? Seria do caralho um Rock Band em que você cria sua música, faz do seu jeito.

Atillah: Outra pergunta obrigatória: faz aí teu top 5 de jogos cara. Vale qualquer época e qualquer console. Esses Top 5 sempre mudam, mas é divertido saber o que cada um considera os melhores no momento.
João Vitor Guedes:

5 – Final Fantasy 7 (escolhi esse porque acho o mais foda mesmo.)
4 – Wii Sports (não pelo jogo, mas foi ele que nos apresentou o Wii, e ver meu avó jogar é uma quebra gigante de tabu que durou anos.)
3 – Street Fighter 2
2 – Tetris
1 – Mario 3

Atillah: Porra, só crássico.
João Vitor Guedes: Mario 3 é o Mario melhorado. Mario é o pai da Nintendo e o boom da indústria. Tetris é o pai dos puzzles e jogo mais jogado. Street Fighter 2 é a luta que conhecemos até hoje. Final Fantasy 7 é o melhor da série e ponto.

Atillah: E da safra nova cara? Quais te deixaram uma impressão mais forte?
João Vitor Guedes:

1 – Mario Galaxy
2 – Metroid do Wii
3 – Rock Band
4 – Bioshock
5 – Gears of War

Atillah: Show cara. Obrigado aí pela entrevista e saiba que foi uma satisfação falar com quem entende do assunto.
João Vitor Guedes: A recíproca é verdadeira.

Gamers

Games sábado, 01 de dezembro de 2007 – 0 comentários

O Théo ficou com PREGUIÇA de fazer as entrevistas desse mês, e deixou a bomba na minha mão. É lógico que quando a responsabilidade fica comigo, tudo vira cerveja, churrasco ou vídeo-game.

Como não consegui entrevistar nenhuma picanha e as latinhas de Skol esvaziavam antes de conseguir falar alguma coisa, só sobraram os jogadores de vídeo-game para as entrevistas.

No esquema de sempre: três dias, três entrevistas. Acompanhem, motherfuckers.

Supositório entrevista: João Vitor Guedes (Loading Time)

Supositório entrevista: Fábio Correia (DSManiac)

Supositório entrevista: Dolemes (Game Reporter)

Definidos o Batman e Mulher-Maravilha da liga

Cinema sexta-feira, 30 de novembro de 2007 – 1 comentário

Depois de meses especulando quem seriam os atores que encarnariam os papéis do filme da liga, e depois de ver os boatos da Liga aqui e aqui, finalmente foi revelado quem ficará nos papéis de Batman e Mulher-Maravilha.
Primeiro, o Batman. O ator que ficará no papel do morcego será Armie Hammer. De acordo com o IMDB, ele não fez nada ainda que tenha me chamado a atenção, mas não sou de prestar atenção em homem quando tô assistindo filme.

E agora, deixando o prato principal para o final, para poder apreciar ele melhor, a Mulher-Maravilha. Sendo interpretada por Megan Gale, que assim como o tiozinho anterior, não fez nada importante também, a não ser uma pequena participação em “Stealth”, me fez acreditar que ela é perfeita pro papel de acordo com umas imagens que vi por aí. :doido:
Enfim, depois de MAIS uma rodada de boatos, acho que esse filme finalmente está se definindo, mas é claro, só 2 atores foram divulgados, ainda falta muito pra que o elenco fique completo…

Lie Lie Lie – Clipe novo de Serj Tankian!

Música sexta-feira, 30 de novembro de 2007 – 2 comentários

Sim, mais um do álbum Elect the Dead. Já faz um tempo que o clipe foi lançado, mas eu estava esperando que ele fosse lançado no MySpace do puto. Enfim, som bacana e clipe… estranho.

The Hives em spot no Cartoon Network

Música sexta-feira, 30 de novembro de 2007 – 0 comentários

Fall Is Just Something The Grown Ups Invented é o som usado na vinheta para o Cartoon Network que os caras participaram. Nada demais, mas é sempre legal ver uma de suas bandas de cabeceira no meio da propaganda de Pokémon, por exemplo.

O último lançamento dos caras foi o Black and White Album, um álbum que me decepcionou, mas trouxe uma das melhores músicas da carreira da banda, senão a melhor: Tick Tick Boom.

Saiba mais sobre o filme A Bússola de Ouro

Cinema sexta-feira, 30 de novembro de 2007 – 2 comentários

Aqui no AOE nós não demos nenhuma notícia sobre o filme além dessa, sobre a censura da igreja católica. Aproveitando o clima, vou publicar uns vídeos pra vocês, começando com um clipe exibido na Comic Con deste ano:

Sim, Daniel Craig (Cassino Royale), Nicole Kidman (O Pacificador), Sam Elliot (Motoqueiro Fantasma) e Eva Green (Cassino Royale) fazem parte do elenco.

Em um mundo onde todas as pessoas têm um “daemon” (uma manifestação da alma em forma animal), a jovem e órfã Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) descobre com seu daemon, Pantalaimon, uma substância chamada “pó”. Segundo as autoridades religiosas, esta substância representa o mal, por provocar um efeito estranho nas crianças. Então, lira segue o misterioso Lorde Asriel (Daniel Craig), á procura de uma resposta, e em Londres ela descobre que várias crianças estão desaparecendo. E seu melhor amigo, Roger (Ben Walker), é uma delas. Então, uma bússula de ouro, que seria um instrumento ancestral, a ajuda na jornada que poderá alterar o mundo para sempre.

Agora, uma sequência com trailers e teasers:

O site gringo collider.com publicou mais de 11 clipes do filme, clique aqui para assistí-los.

Sabe o Natal? Pois é, o filme estréia no dia 25 de Dezembro, por aqui.

Filmes cabeça

Primeira Fila sexta-feira, 30 de novembro de 2007 – 6 comentários

Você já deve ter estado numa situação onde um grupo de pessoas discute um filme específico (se você tiver amigos e ver filmes), e cada uma possui uma visão diferente para os acontecimentos do mesmo, você pensa o que eu estou fazendo aqui, este filme é muito ruim não entendi nada nele e estes loucos estão procurando explicações para o que ocorre em cena enquanto eu só queria comer pipoca e dar uns amassos na gatinha.

Pois bem, há um variedade de filmes obrigatórios de serem assistidos pois os mesmos viraram referência do que se chama FILMES CABEÇA, ou também filmes cult, volta e meia alguém pode fazer um comentário sobre o mesmo e você ficar boiando, loser. Claro que você pode argumentar que não gosta de filmes que não tenham menos do que 10 cadáveres ou cenas de lesbianismo, porém, lhe afirmo que vez ou outra vale a pena “viajar” nas imagens, sons e atores de determinados filmes, esquecendo o lado racional e lógico de tudo o que nos cerca, como se fosse uma experiência sensorial.

Para você saber do que estou falando aqui uma listinha básica da série como dar um nó na cabeça ou mesmo, não acredito que eu assisti este filme e não entendi nada:

CIDADE DOS SONHOS: Ninguém atualmente faz filmes mais sem pé nem cabeça do que David Lynch, desde os anos 80, Lynch nos brinda com perólas como Veludo Azul e, sua mais popular obra, Twin Peaks (afinal quem matou Laura Palmer? virou febre mundial). Em Cidade dos Sonhos, todos os ingredientes da obra peculiar de Lynch estão presentes: personagens bizarros e misteriosos, anões, mafiosos/bandidos e uma incrível incompreensão do que é real ou sonho/ilusão. Além disso, há Naomi Watts em início de carreira e, até, cenas de lesbianismo (viram é possivel unir dois gostos diferentes). Lynch é mestre em criar filmes cabeça, afinal, sua narrativa dificilmente é linear (como a maioria dos filmes atuais), Lynch brinca com flashbacks, delirios, sonhos e, ainda, modifica a ordem cronológica das cenas sem avisar o telespectador anteriormente, portanto, temos um “nó neurológico”.

Naomi Watts nos seduz e confunde em Cidade dos Sonhos

MAGNóLIA: É uma pena que Magnólia seja mais reconhecido pela famosa “chuva de sapos” (literal), porque afinal as pessoas sempre tentam encontrar explicações para eventos que simplesmente servem de simbolismo dentro da trama? Na verdade, o filme é um épico (até mesmo na duração, são três horas) sobre os dramas humanos como a relação de pais e filhos, tendo em sua narrativa mosaico (são mais de dez personagens interligados de alguma maneira) um roteiro forte e impactante que não cede para a fórmula “final feliz”. Além disso, Paul Thomas Anderson filma a fantástica cena que representa o clímax do sofrimento vivido por todos, que acabam se unindo ao cantar uma mesma música, Wise Up (de Aimee Mann, responsável pela trilha). Se você ainda quer teorizar sobre a chuva de sapos, há muitas interpretações que vão desde um evento ao “acaso”, como os mostrados no início do filme, há uma intervenção divina (prestem atenção em determinado momento do show de auditório aparece um cartaz no público com os dizeres Exôdo 8:2, onde se encontra uma referência á rãs). Mistéééério!

É um pássaro, é um avião…

Amnésia: Christopher Nolan (hoje mais conhecido por Batman Begins), exibiu todo seu talento de diretor num grande exercício de lógica e técnica narrativa, afinal, a história começa no que deveria ser a última cena e termina na sequência que deveria aparecer no ínicio do filme. Cada cena de Amnésia se inicia com o final da cena seguinte (hein?). Depois de sofrer um trauma, Leonard (Guy Pearce) passa a ser incapaz de se lembrar de fatos que acabaram de ocorrer em sua vida, porém, precisa descobrir o assassino da sua mulher, para isto começa a tatuar informações no seu corpo para informá-lo já que, em seguida, irá esquecê-las. Mesmo sendo uma trama simples sobre vingança a maneira como Amnésia é montado cria um verdadeiro quebra-cabeça no formato de um filme, imperdível.

Não esqueça de anotar o nome do filme

Obviamente, a lista poderia ser maior com títulos como Donnie Darko (de Richard Kelly), Preso na Escurisão (de Alejandro Amenabar), Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (de Michel Gondry) entre outros, mas, já serve de aperitivo para você se entrosar com os filmes mais confusos/incompreendidos dos últimos anos.

Veja o Offspring trabalhando

Música quinta-feira, 29 de novembro de 2007 – 2 comentários

A banda Offspring publicou há algumas semanas dois vídeos mostrando trechos da gravação de seu novo álbum em sua página no YouTube.

O primeiro mostra uma PUTA agressividade, parece que os caras estão voltando ás origens. Porém, até então, nada demais. Mas o trecho é bom.

O segundo é o padrão Offspring, me faz lembrar de outras músicas dos caras a cada riff. Bom, infelizmente o Punk/HC não traz muitas novidades em seus sons, na maioria das vezes. Se tratando de Offspring, Bad Religion e principalmente Dropkick Murphys, MUITAS músicas são BEM iguais, mas eu poderia falar que o Offspring ainda se diferencia mais.

Os vídeos estão bloqueados e eu não posso publicá-los por aqui, então, cliquem nos links. Há tempos não ouço o som dos caras, até bateu uma nostalgia. Enfim, mais novidades em breve, por aqui.

Igreja católica quer censurar o filme A Bússola de Ouro

Cinema quinta-feira, 29 de novembro de 2007 – 14 comentários

É isso mesmo. Segundo os católicos, o filme A Bússula de Ouro, que estréia no Brasil no dia 25 de Dezembro, não é nada legal pras nossas criancinhas. Primeiro, vamos á sinopse do filme:

Em um mundo onde todas as pessoas têm um “daemon” (uma manifestação da alma em forma animal), a jovem e órfã Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) descobre com seu daemon, Pantalaimon, uma substância chamada “pó”. Segundo as autoridades religiosas, esta substância representa o mal, por provocar um efeito estranho nas crianças. Então, lira segue o misterioso Lorde Asriel (Daniel Craig), á procura de uma resposta, e em Londres ela descobre que várias crianças estão desaparecendo. E seu melhor amigo, Roger (Ben Walker), é uma delas. Então, uma bússula de ouro, que seria um instrumento ancestral, a ajuda na jornada que poderá alterar o mundo para sempre.

O filme é a adaptação do primeiro livro da trilogia de livros chamada Fronteiras do Universo, que conta com os seguintes livros: A Bússola de Ouro (1995), A Faca Sutil (1997) e A Luneta Âmbar (2000). Segundo a igreja católica, o primeiro livro é o mais “leve”, então eles querem cortar a raíz do problema de uma vez por todas, proibindo que as crianças vejam o filme que poderá ganhar as continuações se fizer sucesso. Aparentemente, a desculpa que eles dão é que o filme poderá levar as crianças ao ateísmo, tendo em vista que boa parte dele faz oposição á religião – e a coisa só tende piorar nos próximos livros.

Eu pensava que este filme seria mais um filme bobo igual ao filme Crônicas de Nárnia, mas pelo visto ele é um filme bobo E polêmico. Minha opinião, obviamente, é que o catolicismo é fraco. Se eles não conseguem ser mais convincentes que um filme de ficção, acho que os religiosos deveriam cair na real de uma vez. E não é só minha opinião, olha só o que o Philip Pullman, autor dos livros, disse diante das críticas:

“Não sei se existe Deus ou não. Ninguém sabe, digam o que disserem. Se ele se mantém invisível, é porque está envergonhado de seus seguidores e a crueldade e ignorância dos que fazem uso do seu nome. Se eu fosse ele, gostaria de não ter nada a ver com eles”

Agora tenho um motivo pra levar meu sobrinho ao cinema.

Estou pensando em comprar um vídeo-game… (Parte 1)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 29 de novembro de 2007 – 14 comentários

Estava eu fazendo as entrevistas para o Supositório desse mês (que virá com o tema “Gamers“, acompanhe a partir do dia 01 de dezembro) e ao conversar com os entrevistados percebi que as preferências por consoles estão intimamente ligadas á personalidade do jogador.

Juntei isso com o fato de vários amigos me perguntarem qual console eles deveriam adquirir, principalmente frente ás três escolhas da nova geração: XBox 360, Playstation 3 e Wii. Antes de dar a resposta, sempre procuro investigar o que o motherfucker gosta de jogar, sua disponibilidade de tempo e dinheiro, ao invés de simplesmente dizer qual dos consoles eu prefiro.

Como isso se tornou um hábito e pessoas me enchem o saco rotineiramente para tomar suas decisões, resolvi escrever a coluna dessa semana com algumas dicas para que você, pequeno ignorante, faça a sua próxima compra vídeo-gamística de modo mais eficiente e gozoso possível, sem jogar dinheiro fora numa compra por impulso. NUNCA compre um Nintendo DS só porque você A-MOU aquele modelo cor-de-rosa (ouviu, Théo?)

Em primeiro lugar, não compre um vídeo-game se você não vai ter tempo pra jogar. Estou falando sério. Esse é um erro comum de pessoas que acham que estão tendo poucos prazeres hedonistas, e que um vídeo-game vai magicamente transformar sua vidinha de merda em algo espetacular. Os vídeo-games têm esse poder, de fato, mas se você está enfiando eles na sua vida Só AGORA, você vai se frustrar. É como esses putos que compram uma esteira pra fazer exercício em casa e, depois de duas semanas, ela já tá encostada na garagem servindo de base para a casinha do cachorro ou para os engradados de cerveja. Motherfuckers indisciplinados.

Lógico que nunca é tarde demais pra começar a jogar; quanto mais gente jogando melhor. Mas se o último “jogo” que você jogou foi Cubo Mágico ou Banco Imobiliário, é bom saber que vídeo-games são um pouco diferentes no quesito espaço que eles vão ocupar na sua vida.

Você pode jogar Banco Imobiliário nos consoles também.

Jogos requerem tempo e dedicação. Alguns gêneros específicos, como os RPG’s, estão se tornando cada vez mais longos, sendo que é comum enfiar algo entre 50 a 100 horas de jogo para se concluir qualquer um deles. Suponha que você só possa jogar 2 horas por dia, e apenas 3 dias por semana; você vai levar no mínimo 3 meses para terminar UM jogo. Você vai comprar a porra do vídeo-game pra jogar só 4 jogos por ano? Me parece idiota. Melhor investir esse tempo no bar ou com sua namorada. Ou os dois ao mesmo tempo. Mas não deixe ela beber muito, mulher bêbada começa a dar vexame. Qualquer coisa me avisa que eu levo ela pra casa, ok? Pra minha casa, lógico; eu garanto que ela vai melhorar depois de pegar no “taco” pra jogar Super Swing Golf (Wii).

Você não curte golfe? Pena. Sua mulher curte.

Veja bem, jogando POUCO você também vai se divertir POUCO. Claro, ninguém precisa comprar um vídeo-game pra jogar 10 horas seguidas todos os dias; só estou dizendo que dependendo do tipo de jogo que você curte, se você não se dedicar regularmente ao seu treino, você simplesmente não vai conseguir desenvolver as habilidades necessárias para curtir 100% dos seus jogos. No caso dos RPG’s, por exemplo, quanto mais você joga, mais você entende o gênero e aprende a jogar MELHOR e MAIS RÍPIDO todos os jogos de RPG que caírem na sua mão. O seu console passa a proporcionar mais diversão então, porque você pode jogar mais coisas no mesmo período de tempo que gastaria se não tivesse nenhum treino. Você não fica dando voltar pensando no que fazer no jogo, você vai direto ao que interessa. É como ler um livro do Stephen King, você já sabe o que esperar e se prepara para tirar o máximo de diversão do estilo de escrita que o cara tem. Em jargão técnico chamamos isso de “gênero narrativo”, em jargão de boteco chamamos isso de “sacar qualé a do jogo”.

Ah, você não gosta de RPG e acha que isso é jogo de nerd? Você ta querendo mesmo é jogar FIFA e Winning Eleven com os amigos, enquanto detona umas cervas? São jogos mais “casuais” né? Não exigem tanto tempo jogando, hmm?

PIOR AINDA, seu puto. Se você não treinar regularmente você vai levar um couro de todo mundo que pegar no controle 2. Se liga. Você não vai se divertir se perder todas as partidas por 12 x 0. E olha que eu sei que você perdeu pro cara que joga com a Coréia do Sul. E você tava com a Argentina. Eu te falei pra treinar mais.

Se você faz parte desse grupo que botei aí em cima, dos que não têm muito tempo ou disciplina pra jogar, saiba que nem tudo está perdido pra você. Não recomendo a compra de um console “de mesa”, mas sim de um portátil. Essa é uma alternativa que normalmente é negligenciada pelos novos compradores de games. Os portáteis são vistos como uma categoria inferior de vídeo-game, pelos leigos.

Playstation Portable

De certa forma eles estão certos. Até o advento do Playstation Portable e do Nintendo DS, os portáteis eram fracos e muitos atrasados tecnologicamente em relação aos consoles de mesa, mas hoje em dia isso não se aplica mais; o DS possui uma capacidade similar á do Playstation 1, enquanto o PSP simula o Playstation 2. Pode parecer pouco frente á nova geração de consoles de mesa, mas é mais do que suficiente para gerar jogos espetaculares em uma telinha pequena que vai ficar entre suas mãos. Os portáteis já não ficam devendo nada em termos de diversão.

Nintendo DS

Mas por que estou recomendando um portátil pra quem não tem tempo pra jogar? Por vários motivos:

1) Muitas vezes a sua família não está a fim de dividir a televisão com você, principalmente se você quer jogar merdas como Cooking Mama (eu sei que você gosta, ok?). Ninguém é obrigado a te assistir jogando, e ficar dividindo o aparelho vai encher tanto o seu saco como o saco de quem quer usar a televisão pra assistir Zorra Total ou aquele DVD de O Vento Levou. Com um portátil, você tem a televisão integrada ao aparelho, e leva ela pra qualquer lado. Você pode até jogar ao mesmo tempo em que assiste televisão. Um portátil e algmas latinhas de Skol são ótimos companheiros para aquela partida em que você SABE que seu time vai perder.

2) Os consoles de mesa são um pouco burocráticos demais para o jogador casual. Eles envolvem um certo comprometimento, de você ligar o console, carregar o jogo, dar um load no seu save e jogar PELO MENOS até você poder salvar de novo. Dependendo do jogo de sua preferência isso pode levar muito tempo, e dá preguiça monstro de jogar quando você tem apenas alguns minutos disponíveis. E se for pra perder tudo que você já fez no jogo, desligando antes de dar save, então pra que jogar? Os portáteis levam uma vantagem desgraçada nesse quesito: no PSP basta você dar um pause no jogo e colocar o aparelho em standby. No DS, é só você fechar o aparelho que ele pára no lugar onde você estava. Depois, é só abrir o flip do DS ou ligar o PSP para que eles voltem EXATAMENTE onde você parou. O conforto é indescritível, em relação aos consoles de mesa. A liberdade para jogar/parar de jogar é total.

3) Eles são PORTÍTEIS cara! Isso significa que você os leva pra onde quiser. Tá no aeroporto e o vôo atrasou? Fila de banco? Pegando busão pra casa da namorada? Cerimônia de casamento? Matando aula na cantina? Tá no banheiro sujando a louça? Todas essas são óTIMAS oportunidades pra puxar seu portátil e dar uma jogadinha. Um tempo que seria jogado fora e que você pode transformar em um momento de diversão extrema. No banheiro, recomendo que você jogue os puzzles, como Tetris, Picross, Jewel Quest. É impressionante a concentração e clareza mental que você consegue quando está obrando (meus melhores scores em Lumines foram feitos no banheiro). Se bem que eu tentei Medal of Honor ultimamente, e tem sido bom também: os barulhos dos tiros reverberam nos azulejos do banheiro, e parece que você realmente está no meio da guerra. Pra quem escuta de fora, o barulho dos tiros ajuda a desestimular a pessoa a pedir que você saia logo: orra, tá rolando UMA GUERRA lá dentro, mano!

4) Via de regra, os portáteis são mais baratos que os consoles de mesa. Se você ainda está pensando se vai curtir ou não esse negócio de games, é melhor gastar pouco do que gastar muito. A revenda costuma ser fácil também, e por algum motivo me parece que eles desvalorizam menos que os consoles de mesa. Deve ter algo a ver com o fetiche de se ter um gadget tecnológico e tal.

5) Tanto o PSP como o DS possuem conexão wireless, o que significa que você pode acessar a internet de qualquer lugar que ofereça algum serviço wi-fi. Não é a interface mais amigável do mundo, mas pode quebrar vários galhos, dependendo de com o que você trabalha. E, lógico, serve para jogar games multiplayer via internet ou rede local.

6) Os dois aparelhinhos rodam vídeo e mp3, além de textos e imagens. Pra mim isso não é muito importante, pois tenho outros aparelhos mais eficiente pra cumprir essas funções. Mas é importante pra muita gente que não quer acumular um monte de aparelhos diferentes. O PSP sobressai nessas funções paralelas, devido ao tamanho de sua tela, qualidade de som e formato widescreen.

Bom, esses são alguns motivos coerentes para você escolher um portátil. Gostei desse tema e vou continuar na coluna da semana que vem, tratando dos consoles de mesa. Segure sua compra até lá.

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