Estava eu fazendo as entrevistas para o Supositório desse mês (que virá com o tema “Gamers“, acompanhe a partir do dia 01 de dezembro) e ao conversar com os entrevistados percebi que as preferências por consoles estão intimamente ligadas á personalidade do jogador.
Juntei isso com o fato de vários amigos me perguntarem qual console eles deveriam adquirir, principalmente frente ás três escolhas da nova geração: XBox 360, Playstation 3 e Wii. Antes de dar a resposta, sempre procuro investigar o que o motherfucker gosta de jogar, sua disponibilidade de tempo e dinheiro, ao invés de simplesmente dizer qual dos consoles eu prefiro.
Como isso se tornou um hábito e pessoas me enchem o saco rotineiramente para tomar suas decisões, resolvi escrever a coluna dessa semana com algumas dicas para que você, pequeno ignorante, faça a sua próxima compra vídeo-gamística de modo mais eficiente e gozoso possível, sem jogar dinheiro fora numa compra por impulso. NUNCA compre um Nintendo DS só porque você A-MOU aquele modelo cor-de-rosa (ouviu, Théo?)
Em primeiro lugar, não compre um vídeo-game se você não vai ter tempo pra jogar. Estou falando sério. Esse é um erro comum de pessoas que acham que estão tendo poucos prazeres hedonistas, e que um vídeo-game vai magicamente transformar sua vidinha de merda em algo espetacular. Os vídeo-games têm esse poder, de fato, mas se você está enfiando eles na sua vida Só AGORA, você vai se frustrar. É como esses putos que compram uma esteira pra fazer exercício em casa e, depois de duas semanas, ela já tá encostada na garagem servindo de base para a casinha do cachorro ou para os engradados de cerveja. Motherfuckers indisciplinados.
Lógico que nunca é tarde demais pra começar a jogar; quanto mais gente jogando melhor. Mas se o último “jogo” que você jogou foi Cubo Mágico ou Banco Imobiliário, é bom saber que vídeo-games são um pouco diferentes no quesito espaço que eles vão ocupar na sua vida.
Você pode jogar Banco Imobiliário nos consoles também.
Jogos requerem tempo e dedicação. Alguns gêneros específicos, como os RPG’s, estão se tornando cada vez mais longos, sendo que é comum enfiar algo entre 50 a 100 horas de jogo para se concluir qualquer um deles. Suponha que você só possa jogar 2 horas por dia, e apenas 3 dias por semana; você vai levar no mínimo 3 meses para terminar UM jogo. Você vai comprar a porra do vídeo-game pra jogar só 4 jogos por ano? Me parece idiota. Melhor investir esse tempo no bar ou com sua namorada. Ou os dois ao mesmo tempo. Mas não deixe ela beber muito, mulher bêbada começa a dar vexame. Qualquer coisa me avisa que eu levo ela pra casa, ok? Pra minha casa, lógico; eu garanto que ela vai melhorar depois de pegar no “taco” pra jogar Super Swing Golf (Wii).
Você não curte golfe? Pena. Sua mulher curte.
Veja bem, jogando POUCO você também vai se divertir POUCO. Claro, ninguém precisa comprar um vídeo-game pra jogar 10 horas seguidas todos os dias; só estou dizendo que dependendo do tipo de jogo que você curte, se você não se dedicar regularmente ao seu treino, você simplesmente não vai conseguir desenvolver as habilidades necessárias para curtir 100% dos seus jogos. No caso dos RPG’s, por exemplo, quanto mais você joga, mais você entende o gênero e aprende a jogar MELHOR e MAIS RÍPIDO todos os jogos de RPG que caírem na sua mão. O seu console passa a proporcionar mais diversão então, porque você pode jogar mais coisas no mesmo período de tempo que gastaria se não tivesse nenhum treino. Você não fica dando voltar pensando no que fazer no jogo, você vai direto ao que interessa. É como ler um livro do Stephen King, você já sabe o que esperar e se prepara para tirar o máximo de diversão do estilo de escrita que o cara tem. Em jargão técnico chamamos isso de “gênero narrativo”, em jargão de boteco chamamos isso de “sacar qualé a do jogo”.
Ah, você não gosta de RPG e acha que isso é jogo de nerd? Você ta querendo mesmo é jogar FIFA e Winning Eleven com os amigos, enquanto detona umas cervas? São jogos mais “casuais” né? Não exigem tanto tempo jogando, hmm?
PIOR AINDA, seu puto. Se você não treinar regularmente você vai levar um couro de todo mundo que pegar no controle 2. Se liga. Você não vai se divertir se perder todas as partidas por 12 x 0. E olha que eu sei que você perdeu pro cara que joga com a Coréia do Sul. E você tava com a Argentina. Eu te falei pra treinar mais.
Se você faz parte desse grupo que botei aí em cima, dos que não têm muito tempo ou disciplina pra jogar, saiba que nem tudo está perdido pra você. Não recomendo a compra de um console “de mesa”, mas sim de um portátil. Essa é uma alternativa que normalmente é negligenciada pelos novos compradores de games. Os portáteis são vistos como uma categoria inferior de vídeo-game, pelos leigos.
Playstation Portable
De certa forma eles estão certos. Até o advento do Playstation Portable e do Nintendo DS, os portáteis eram fracos e muitos atrasados tecnologicamente em relação aos consoles de mesa, mas hoje em dia isso não se aplica mais; o DS possui uma capacidade similar á do Playstation 1, enquanto o PSP simula o Playstation 2. Pode parecer pouco frente á nova geração de consoles de mesa, mas é mais do que suficiente para gerar jogos espetaculares em uma telinha pequena que vai ficar entre suas mãos. Os portáteis já não ficam devendo nada em termos de diversão.
Nintendo DS
Mas por que estou recomendando um portátil pra quem não tem tempo pra jogar? Por vários motivos:
1) Muitas vezes a sua família não está a fim de dividir a televisão com você, principalmente se você quer jogar merdas como Cooking Mama (eu sei que você gosta, ok?). Ninguém é obrigado a te assistir jogando, e ficar dividindo o aparelho vai encher tanto o seu saco como o saco de quem quer usar a televisão pra assistir Zorra Total ou aquele DVD de O Vento Levou. Com um portátil, você tem a televisão integrada ao aparelho, e leva ela pra qualquer lado. Você pode até jogar ao mesmo tempo em que assiste televisão. Um portátil e algmas latinhas de Skol são ótimos companheiros para aquela partida em que você SABE que seu time vai perder.
2) Os consoles de mesa são um pouco burocráticos demais para o jogador casual. Eles envolvem um certo comprometimento, de você ligar o console, carregar o jogo, dar um load no seu save e jogar PELO MENOS até você poder salvar de novo. Dependendo do jogo de sua preferência isso pode levar muito tempo, e dá preguiça monstro de jogar quando você tem apenas alguns minutos disponíveis. E se for pra perder tudo que você já fez no jogo, desligando antes de dar save, então pra que jogar? Os portáteis levam uma vantagem desgraçada nesse quesito: no PSP basta você dar um pause no jogo e colocar o aparelho em standby. No DS, é só você fechar o aparelho que ele pára no lugar onde você estava. Depois, é só abrir o flip do DS ou ligar o PSP para que eles voltem EXATAMENTE onde você parou. O conforto é indescritível, em relação aos consoles de mesa. A liberdade para jogar/parar de jogar é total.
3) Eles são PORTÍTEIS cara! Isso significa que você os leva pra onde quiser. Tá no aeroporto e o vôo atrasou? Fila de banco? Pegando busão pra casa da namorada? Cerimônia de casamento? Matando aula na cantina? Tá no banheiro sujando a louça? Todas essas são óTIMAS oportunidades pra puxar seu portátil e dar uma jogadinha. Um tempo que seria jogado fora e que você pode transformar em um momento de diversão extrema. No banheiro, recomendo que você jogue os puzzles, como Tetris, Picross, Jewel Quest. É impressionante a concentração e clareza mental que você consegue quando está obrando (meus melhores scores em Lumines foram feitos no banheiro). Se bem que eu tentei Medal of Honor ultimamente, e tem sido bom também: os barulhos dos tiros reverberam nos azulejos do banheiro, e parece que você realmente está no meio da guerra. Pra quem escuta de fora, o barulho dos tiros ajuda a desestimular a pessoa a pedir que você saia logo: orra, tá rolando UMA GUERRA lá dentro, mano!
4) Via de regra, os portáteis são mais baratos que os consoles de mesa. Se você ainda está pensando se vai curtir ou não esse negócio de games, é melhor gastar pouco do que gastar muito. A revenda costuma ser fácil também, e por algum motivo me parece que eles desvalorizam menos que os consoles de mesa. Deve ter algo a ver com o fetiche de se ter um gadget tecnológico e tal.
5) Tanto o PSP como o DS possuem conexão wireless, o que significa que você pode acessar a internet de qualquer lugar que ofereça algum serviço wi-fi. Não é a interface mais amigável do mundo, mas pode quebrar vários galhos, dependendo de com o que você trabalha. E, lógico, serve para jogar games multiplayer via internet ou rede local.
6) Os dois aparelhinhos rodam vídeo e mp3, além de textos e imagens. Pra mim isso não é muito importante, pois tenho outros aparelhos mais eficiente pra cumprir essas funções. Mas é importante pra muita gente que não quer acumular um monte de aparelhos diferentes. O PSP sobressai nessas funções paralelas, devido ao tamanho de sua tela, qualidade de som e formato widescreen.
Bom, esses são alguns motivos coerentes para você escolher um portátil. Gostei desse tema e vou continuar na coluna da semana que vem, tratando dos consoles de mesa. Segure sua compra até lá.
Bom, moçada, a gente já falou bastante de blues aqui, pelo jeito. Começamos com Stevie Ray Vaughan, passamos por Eric Clapton e chegamos até Buddy Guy. Pois bem, vamos voltar mais um pouco no tempo: chegou a hora de falar do REI. Hoj… QUÊ?! Roberto Carlos é aquele que amordaça a TUA MÃE, seu cão sarnento! Retire-se daqui imediatamente! Eu tô falando de B.B. King, porra.
Pra começar, um cara que é vegetariano, diabético, não bebe e nem fuma e ainda assim consegue se tornar o Rei merece respeito. Quer dizer, ninguém questiona o cara por isso. É uma baita proeza, devo dizer.
Enfim, o cara toca por aí desde 1946. Aliás, ele nasceu em 25, cara. B.B. King só não é seu bisavô porque sua bisavó não tinha troco pra mil réis. Sua primeira tentativa foi em Memphis, Tenessee, mas a coisa foi complicada pra ele. Depois de alguns meses, o cara voltou pro Mississipi, mas dois anos depois ele já tava em Memphis de novo. Sua carreira começou mesmo na rádio WDIA, como cantor. Não demorou muito pro cara arranjar uma gravadora: Em 49 ele começou a gravar com a RPM Records, e antes disso ele já tinha gravado o single Miss Martha King, que não deu tão certo assim na época. E, claro, com um vozeirão daqueles, arrumar trabalho no rádio não seria nada muito difícil: o cara foi disc jockey ainda em Memphis, e foi lá que ele ganhou o apelido “Beale Street Blues Boy” (Imagino que vocês já consigam enxergar de onde veio o BB). Nos anos 50, o cara se esbaldou. Era um dos maiores nomes do R&B e lançava sucesso feito água. Hits como Every Day I Have the Blues, Sweet Little Angel e Bad Luck fazem parte de seu vasto arsenal de músicas que estouraram durante a década. E é Every Day I Have the Blues que você confere aí em baixo, num dueto com Linda Hopkins:
O rei influenciou praticamente q… aliás, praticamente uma pinóia. Se você toca blues, você é fã de B.B. King. Qualquer excessão é um caso de extrema boiolice aguda. O cara influenciou Eric Clapton, Buddy Guy, os Allman Brothers, Jackson do Pandeiro, Michael Jackson, a sua mãe e o bozo. Aliás, ele deve ter influenciado até gente que nasceu antes dele, como John Lee Hooker e Howlin’ Wolf. Prêmios, então, nem se fala. Só na Billboard o cara já deve ter aparecido mais de oitenta vezes (74 vezes entre 1951 e 1985, segundo a wikipedia). Mas também, pra um cara que tocou mais de quinze mil vezes ao vivo, não se podia esperar nada muito diferente. Dizer que o cara foi uma das primeiras pessoas a entrar no Rock’n’Roll Hall of Fame me parece desnecessário. Aliás, falar qualquer coisa sobre prêmios que ele tenha ganho me parece desnecessário. Prefiro deixar mais um vídeo do cara aqui pra vocês se divertirem:
É claro que todo rei precisa de uma rainha. Pois eu creio que pelo menos um punhado de gente aqui já conheça a inseparável companheira de B.B. King: Lucille. O próprio rei define sua relação com a rainha da melhor maneira que poderia fazer: “Cerca de quinze vezes, mulheres já me disseram ‘Escolha: Sou eu ou Lucille’. É por isso que eu tive quinze filhos com quinze mulheres”. A guitarra ganhou o nome depois do dia em que King escapou de um incêndio que começou por causa de dois homens que brigavam por uma tal Lucille. Só depois de conseguir escapar do prédio em segurança, B.B. percebeu que tinha esquecido a guitarra lá dentro. Foi aí que ele voltou todo doidão lá pra dentro e salvou a pobrezinha. O rei deu o nome á guitarra pra se lembrar de nunca esquecer a coitadinha de novo. E esse foi provavelmente um dos casamentos mais bem-sucedidos que já se teve notícia. E um ótimo negócio, também. Quer dizer, guitarras não entram de tpm, não discutem a relação e não tem ciúmes de outras gordinhas. Aliás, elas te AJUDAM a arrumar outras gordinhas. Talvez por isso eles vivam felizes juntos até hoje. Agora chega de papo, que eu sei que ces querem ver a Lucille em ação (heh) .
Cara, e pensar que ainda tem gente que acha que tocar bem é tocar rápido. Não existe Yngwie Malmsteen no mundo que me convença que um solo em semifusas a 5000 batidas por minuto é melhor do que QUALQUER frase tocada pelo Rei. Se depois de ouvir B.B. King você ainda prefere ouvir nego subir e descer arpejo em metal melódico, você é uma bichona irremediável.
Se você quer mais do Rei, aliás, eu sugiro que você procure o DVD do Crossroads Festival, do Clapton. Lá você vai ver todo mundo que foi citado nessas últimas matérias, menos o Stevie Ray Vaughan… se bem que o irmão do cara tá lá.
Eu fiz o possível pela salvação de vocês, caras. Seu gosto musical duvidoso não tem como ser culpa minha.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Chibi-Robo Park Patrol
Aff mano. Olha quanta FLOR.
Você gosta de flores? E de jardins floridos? E de ficar plantando flores e criar jardins floridos cheios de borboletas?
Já deu pra ver que minha review vai ser extremamente parcial né?
Bom, eu espero que VOCÊ goste de fazer essas coisas, porque Chibi-Robo é um jogo totalmente baseado nessa premissa ecológica de tornar o mundo mais belo, colorido e tanga. Deixei meu preconceito de lado e fui dar uma sacada no jogo, pelo menos pra contar alguma coisa pra vocês.
Mentira. Nem deixei meu preconceito de lado.
Porque o jogo é extremamente boiola mesmo, porra. A jogabilidade é legal e viciante sim, não vou mentir; você aprende rapidinho o que tem que fazer e depois vira meio automático a parada, e você cai direitinho no esquema de ação-recompensa, que os melhores jogos sempre têm. Além disso, o design de jogo e o estilo são únicos, com personagens interessantes e que nem sempre são abaitolados. Você joga da perspectiva de um minúsculo robô plantador de flores, o que torna o mundo de jogo uma experiência diferente para o jogador. Chibi-Robo é legal.
Mas eu não consigo evitar a sensação de que virei um jardineiro de macacão rosa e flor atrás da orelha ao jogar Chibi-Robo Park Patrol. Então, boa sorte aí pra vocês, porque eu estou fora desse, ok?
Julgamento final: Bom, você planta flores. Você curte flores e animais fofinhos? Eu sei que você curte, não precisa ter vergonha, cara. Isso é normal hoje em dia, o importante é que você seja feliz. Mas não me chame pra ir ao teatro com você, blz?
Touch Detective 2 1/2
Tem cara de jogo motherfucker, eu sei. Mas até que é bem legal.
Eu sou do tempo dos adventures. Vocês lembram dos adventures? The Day of the Tentacle, Myst, Monkey Island e essas coisas?
Tá, vocês não são tão velhos como eu. Mas tudo bem, então pensem em Sam & Max: Season 1, que saiu nesse ano mesmo. Isso é adventure pra mim. E eu até acho divertido, quando você não tá a fim de muita adrenalina pra jogar.
Touch Detective segue na mesma linha: personagens engraçadinhos com piadas espertinhas a todo o momento. Alguns eventos inusitados e muito clica-aqui depois clica-ali, até achar a coisa certa a ser feita no cenário. Nem sempre as coisas seguem uma ordem lógica (o que me irrita) mas suponho que é algo necessário para manter o jogo original e surpreendente.
Ele também ficou um pouco “maior” e mais criativo do que o primeiro título. O jogo não faz muito o meu estilo, mas tem sua personalidade e, pra quem curte adventures, é uma ótima opção. Achei ele surreal em alguns momentos e bizarro em outros, o que é bom, na minha opinião. A história tem ritmo e as coisas andam mais rapidamente do que nos adventures de antigamente. Sinal dos tempos, acho eu.
Julgamento final:Adventure old-school. Nostálgico até certo ponto, mas com algumas concessões aos jogadores contemporâneos. Se você nunca experimentou nenhum jogo desse estilo e lê inglês bem, tenta aí.
Tony Hawk’s Proving Ground
Mais um pra coleção.
Bom, Tony Hawk já não surpreende mais ninguém. A gente sempre encontra o que espera nos jogos da série. Isso é bom ao mesmo tempo em que é ruim: bom porque normalmente os jogos têm qualidade e não decepcionam os fãs; porém é ruim, porque não muda nada do que a gente já conhece. Em muitos aspectos, é uma série que me lembra os jogos FIFA e similares.
A versão do DS está bem competente. Os controles são bons, e você não usa a stylus pra quase nada. Seria complicado com esse tipo de jogo mesmo. Os cenários são legais e amplos, e funcionam bem para as manobras. As musiquinhas estão dentro do esperado, embora você precise de fones de ouvido para curtir alguma coisa de verdade. Nada a reclamar na parte técnica.
O problema com o DS é que, como já falei para outros jogos, ele é pequeno demais para certos gêneros. Jogos de esporte, em geral, não “cabem” na telinha do DS. Tony Hawk sofre desse mesmo problema, falta a sensação de liberdade e amplitude, normalmente só alcançadas nos consoles ligados á televisão. Eu realmente prefiro usar meu DS para jogar outras coisas que combinam mais com o portátil.
Julgamento final: Um ótimo jogo da série Tony Hawk. Mas prefiro jogá-lo em qualquer outro console do que no DS.
Aproveitando que o Eric não citou alguns de meus covers favoritos em seu NÃO Top 10 de Covers, decidi chutar tudo de vez e relembrar com vocês alguns covers que deram certo. Coisa conhecida e coisa desconhecida, este é o PADRÃO da coluna New Emo. Então vamos começar bem.
Metallica
Os caras lançaram um álbum só de covers, o Garage Inc, que contava com dois cd’s. Um foi gravado no fim da década de 80, ou no início da de 90, não lembro. O outro, no fim da década de 90, se não me engano. Ílbum fraco. Mas esse cover deu certo:
Whiskey In The Jar
A música é do Thin Lizzy.
Raimundos
Música de macho. Falo da banda, não do cover. Porra, a letra não tem nada a ver com a banda. E outra, cover de Fábio Jr NÃO PODE dar certo. Mas não é que deu, e que ficou bacana?
20 E Poucos Anos
Olha o que fãs do Fábio Jr fazem:
Pearl Jam
Não gosto da banda. Conheci o som abaixo após ver o filme Reine Sobre Mim, drama sensacional. O vídeo traz umas cenas do filme, aliás:
Love, Reign O’er Me
A original, é do The Who.
Pantera
Uma das minhas bandas de cabeceira, não conhecia este cover até o PUTO do Capitão Piratão me indicar. Realmente, ficou sensacional. Bom, é Pantera, isso é óbvio. O vídeo abaixo foi feito por um fã do jogo Headless Horseman, sei lá que porra é essa.
Hole In The Sky
Pra quem não sabe, o som é do Black Sabbath:
Devo
A banda veio recentemente ao Brasil, no Planeta Terra Festival. Anos 80, coisa boa, lembra um pouco Talking Heads e foi uma das bandas que influenciaram a banda de Recife Astronautas. Sinceramente? O cover ficou MELHOR que a versão original.
Satisfaction
Claro, Rolling Stones. Sim, não curto a banda.
Fear Factory
New Metal? Sei lá, não conheço a banda, ouvi pouca coisa. Melhor dizer “sei lá” do que dizer “uma merda”; não sou como VOCÊ, que julga bandas pelo que os outros dizem ou por ter escutado DUAS músicas. Enfim, eu era viciado em Test Drive 6, do PS1, e qual era a música de abertura?
Cars
Simplesmente sensacional. Melhoraram e MUITO a versão original, de Gary Numan:
Toy Dolls
Pra finalizar, uma PUTA banda. Punk, mas os caras tocam MUITO. Duvida? Se liga nessa tela preta, então:
The Final Countdown
Sim, é a música do Europe. A versão original é essa abaixo, o vídeo foi feito por um fã de Dragon Ball Z. Maldito YouTube.
Os caras zoam demais, definitivamente. Obviamente, não paramos por aí; os caras fizeram de um cover, um puta sucesso na época. E o cover é…
Blue Suede Shoes
Elvis, véi. Elvis is a lie. Olha a versão original:
Agora, eu diria que o melhor cover de todos os tempos ainda não passou por aqui, e nem na lista do Eric, citada lá em cima. O melhor cover de todos os tempos é totalmente inusitado. Se é que vocês ainda se lembram do Ricky Martin.
Sinceramente, nos últimos tempos eu estou completamente por fora de desenhos animados, ainda mais brasileiros. Só me vem á cabeça Turma da Mônica.
Enfim, um projeto de lei pretende criar cotas na TV para a exibição de desenhos animados nacionais. A idéia é que as emissoras comecem a transmitir um pequeno porcentual, aumentando aos poucos – no quinto ano, a meta é atingir 50% de desenhos animados produzidos no Brasil transmitidos na TV.
Obviamente, isso tá dando uma polêmica danada. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) e a a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) são contra, o argumento é que isso não vai gerar produção, tendo em vista que atualmente a produção nacional não é tão grande.
De qualquer forma, acho meio radical, mas apóio. Temos recursos pra fazer algo legal, é só não deixar o trabalho na mão dos mais podres e dar espaço a quem realmente pode fazer algo GENIAL. Mas, enfim, qual outro desenho animado foi produzido no Brasil? Esqueci de TODOS.
Confira o novo clipe do White Stripes aqui. E veja Jack com uma cara de bobo, enquanto desvia de um touro e Meg bocejando e fazendo NADA o clipe inteiro. É uma beleza, combina bem com a música.
Sendo exibida pelo canal Warner (terça ás 22hs.), está no terceiro episódio, Californication chama a atenção pelo conteúdo sexual poucas vezes visto num seriado americano (talvez esteja no mesmo nível do sempre polêmico Nip/Tuck). Claro que por ser exibido na tevê á cabo americana facilita a presença de cenas de sexo, bundas, seios, bebedeiras e consumo de drogas sem haver maiores problemas com a censura.
A primeira coisa que chama a atenção na série é a presença de David Duchovny, reconhecido como o crente agente Fox Mulder na inesquecível série Arquivo X, interpreta de maneira cínica e despojada Hank Moody, escritor de um livro só (one hit wonder) que virou um filme idiota nos cinemas. Californication Hank Moody (Duchovny) é um escritor que se esforça para conseguir criar sua filha adolescente, Becca e continua apaixonado por sua ex-mulher Karen (Natascha McElhone, Ronin e Solaris), enquanto tenta relançar sua carreira após ter um bloqueio criativo. Sua obsessão com a honestidade e seu comportamento auto-destrutivo  bebidas, drogas e relacionamentos  estão ao mesmo tempo destruindo e enriquecendo sua carreira.
Para quem não conhece as ousadias da série, logo na primeira cena do primeiro episódio, Hank aparece adentrando numa igreja e ao se confessar a freira, esta lhe diz: “Na maioria dos casos eu recomendaria cinco Ave Marias e dez Pai Nossos, mas acho que o que você está precisando é um boquete.”, não preciso dizer mais nada. No entanto, ao decorrer dos episódios nota-se que o tom provocativo da série diminui para retratar a personalidade auto-destrutiva de Hank, sempre a procura de uma nova idéia para seu livro e a tentativa reconquistar sua ex-esposa, enquanto isto não acontece, ele vai bebendo, cheirando e comendo as mulheres que surgem pelo seu caminho.
Além de Hank Moody, Californication possui alguns personagens de apoio bem utilizados pela trama, como o agente literário de Hank, Charlie Runkle (Evan Handler, ator de séries como Sex and The City), envolvido com uma descoberta sexual de sua secretária; e mesmo, a ninfeta Mia Lewis (Madeline Zina, a garotinha da série The Nanny), de 16 anos, que se envolve com Hank, sem ele saber, sendo ela a filha de Bill, namorado de Karen (olha a situação!).
Quem for assistir Californication pela putaria pode parar agora, depois destes episódios iniciais (tendo a temporada 12 episódios), diminui a porra louquice do personagem pois Hank tenta de inúmeras maneiras reaver sua família. Seu relacionamento com Becca é muito bem retratado pelos roteiristas através de diálogos carinhosos e com cumplicidade entre os dois. Um dos melhores episódios mostra o relacionamento de Hank com seu pai, através de flashbacks, que muito explica o comportamento destrutivo de Hank.
Mesmo assim com seu humor cínico e alta voltagem sexual ao final da temporada fica-se com uma sensação de vazio, como se os roteiristas não soubessem justificar as transformações e escolhas dos personagens (por vezes, moralistas), mesmo assim, o saldo é positivo.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Syphon Filter: Logan’s Shadow
Descaralhante.
Vocês não vão me ouvir falar isso de muitos jogos. Podem ter certeza de que esse merece.
Se você ainda não jogou Syphon Filter: Dark Mirror, de 2006, saiba que perdeu um dos melhores motivos para se ter um PSP. Foi o primeiro jogo de ação em terceira pessoa que conseguiu se adequar perfeitamente aos controles do portátil, e não se entregou á ladainha do “ah, mas o o psp só tem um analógico, não dá pra jogar esse tipo de jogo”. NÃO TEM DESSA, MEU! Quando o desenvolvedor se dedica e bota uma equipe competente pra trabalhar na bagaça, o resultado é Syphon Filter: delicioso de se jogar, divertido do início ao fim e totalmente adequado aos controles disponíveis. Ao lado de Metal Gear Solid: Portable Ops, é provavelmente um dos melhores jogos de ação do PSP.
E agora Logan’s Shadow; a porra do jogo simplesmente melhorou em TUDO desde o ano passado. Mantiveram o ótimo esquema de controle e ainda adicionaram novas movimentações para Logan, o que para mim é algo inacreditável (agora você pode combater na água, por exemplo). Logan se tornou um personagem ainda mais dinâmico e flexível, deixando o jogador totalmente á vontade para jogar Logan’s Shadow no seu ritmo e da maneira que achar melhor.
A gama de armamentos continua extremamente interessante, os personagens cada vez mais canastrões e a história cada vez mais esdrúxula. Esse sempre foi o espírito de Syphon Filter, desde o Playstation 1, e com Logan’s Shadow a franquia ganha mais um sólido jogo para apagar de vez a fama daquela merda (Omega Strain) que lançaram para o PS2. Bom para nós.
Julgamento final: Descaralhante, como já falei, e totalmente recomendado. Se você não jogou o anterior vai levar um tempinho para se acostumar com os controles, mas depois eles viram a coisa mais natural do mundo e você fica se perguntando por que todos os jogos do PSP não são assim.
Hot Wheels Ultimate Racing
Jogo rapidão… até o momento em que você precisa usar slow-motion. Q?
Sim, Hot Wheels. Aqueles carrinhos de brinquedo que eventualmente são engolidos por tubarões, pegam fogo, explodem e ficam espalhados pela casa como cascas de banana ambulantes, esperando um desavisado pisar em cima e decolar rumo á terra-do-nariz-no-chão. Pelo menos quando eu era pequeno era assim.
É lógico que esse jogo é uma merda, o que você esperava? Depois que você se acostuma a jogar coisas como Burnout e Need for Speed na telinha do PSP, você nunca mais se satisfaz com joguinhos medianos de corrida, principalmente quando são tão simplistas e tão… de brinquedo… como Hot Wheels.
Ao mesmo tempo que tudo parece de binquedo no jogo, ele é difícil pra cacete; isso parece contraditório, e é. Se você rela no guard-rail de qualquer curva, você imediatamente perde toda sua aceleração e a galera passa zunindo por você. Frustrante. Depois que você apanha bastante, você aprende que precisa usar um recurso de slow-motion para fazer as curvas mais nervosas. Aperta o R e tudo fica mais lento, a física do carro muda e você consegue vencer a curva. Combina isso aí com o botão de boost, e Hot Wheels começa a ficar mais jogável.
Ok, é um recurso relativamente interessante. Mas não pra um jogo de corrida, porra! Quem quer jogar jogo de corrida em slow-motion, cacete? Qual é o problema com esses desenvolvedores?
Julgamento final: Não. Não jogue. Burnout é melhor em tudo que Hot Wheels tenta fazer.
Crash of the Titans
Só achei imagem do Wii, não me matem. A versão do PSP é parecida, ok?
Eu já tinha falado sobre esse jogo pro DS, e que ele tinha ficado legalzinho no portátil da Nintendo. Meu medo era que só tivessem portado o jogo entre as diferentes plataformas, o que normalmente significa que ele fica bom em UMA delas e uma desgraça em todas as outras (Vide Tom Clancy’s Ghost Recon, como exemplo).
Felizmente me enganei. A versão do PSP é bastante diferente da versão DS, e utiliza muito bem a capacidade 3D do portátil, transformando-o de fato em outro jogo. A idéia básica (e divertida) de montar em monstros para vencer algumas partes das fases continua lá, e ainda é muito bem implementada. Também gosto muito do fato de Crash adquirir novas habilidades automaticamente, conforme coleta esferas pelas fases. Estimula o jogador a explorar os cenários e descobrir o esforço dos desenvolvedores para criar um jogo bonito e interessante. A versão do PSP é bem menos restritiva do que a do DS, e a sensação de liberdade é bem maior do que aquela idéia de “corredor” que imperava nos jogos do Playstation 1.
A cada fase completa você também abre alguns bônus, como arte original do jogo e essas tanguices que os desenvolvedores gostam de colocar ás vezes. Não serve pra nada em termos de jogo, mas é legal para quem é fã da série, como eu.
Julgamento final: Hmmm… não sei. O jogo é bem legal, mas só se você jogou os Crash Bandicoot do playstation 1 e guarda boas lembranças daquela época. Se você não conhece a franquia, jogue Ratchet & Clank que você está mais bem-servido.
Este artigo faz parte de uma série nostálgica. Veja a introdução aqui.
Honestamente? A melhor banda brasileira de Rock de todos os tempos. Já fui MUITO fã da banda, participei do Fanático MTV, tenho o Acústico MTV autografado e fotos com os caras. Mas chega de falar de mim.
Tudo começou com covers, principalmente de Beatles. Edgard Scandurra fazia parte da banda, quando sua banda, Ira!, ainda não contava com a exclamação. Certo dia, o cara deu a dica: “Seria uma boa começar a fazer sons próprios.”, e ele já estava começando a ficar ocupado demais com sua banda, e em breve sairia do Ultraje. Aliás, por que Ultraje a Rigor? Roger e Leôspa discutiam o nome da banda, que seria “Ultraje”, mas era um nome punk demais pra época (pra você que é NOOB, ultraje significa insulto). Aí, o Scandurra apareceu DO NADA e perguntou “Que traje? Traje a rigor?”. É com pequenas merdas que surgem grandes merdas, eu diria. E que merda, QUE MERDA! Pra começar, o HINO dos caras.
INÚTIL
Letras punk e humor ácido sempre foram os ingredientes principais dos caras, ou você não se lembra?
NADA A DECLARAR
Sobre a falta de criatividade, principalmente em letras de músicas aí.
SEXO
Sobre o que VALE A PENA.
TERCEIRO
Sobre… sei lá, HUMILDADE. Tá, preguiça.
REBELDE SEM CAUSA
Sobre… VOCÊ.
FILHA DA PUTA
Sobre… bom, tire suas próprias conclusões. Eu diria que é sobre VOCÊ.
Definitivamente, clássicos. Clássicos que não são “degustados” hoje em dia da forma que deviam. Clássicos que VOCÊ cantou, mas não fazia IDÉIA de que banda eram. Agora você sabe, pode começar a IDOLATRÍ-LA.
MARYLOU
CIÚME
PELADO
NóS VAMOS INVADIR SUA PRAIA
Me diz, cara. Que banda tem a MORAL de fazer um clipe desses:
EU GOSTO DE MULHER
Quando eu digo que é a MELHOR banda de Rock nacional, É a MELHOR banda de Rock nacional. Atualmente, após lançar o Acústico MTV, os caras fazem um show ou outro de vez em quando, sem muitas novidades. Uma pena, mas quem precisa de novidades com PUTA sons como esses? Não há nostalgia melhor.
Este artigo faz parte de uma série nostálgica. Veja a introdução aqui.
Uma das bandas que mais me revoltam é o Titãs. Os caras eram incrivelmente sensacionais, e com o passar do tempo… se tornaram na merda que são hoje em dia. A banda começou como um grupo de pagode, com gente pra CARÍI, ao todo nove membros: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung. Eram SEIS vocalistas. Não demorou muito pro penúltimo da lista sair e os caras implacarem com o hit Sonífera Ilha, puta HINO na época. O visual dos caras é o que mais me orgulha.
SONÍFERA ILHA
Marvin e Flores foram outros clássicos marcantes da banda. O primeiro som é BEM melancólico, lembro que na época eu CHOREI ouvindo a bagaça. Já o segundo som é mais “viagem”, aquela coisa louca.
MARVIN / FLORES
Os caras queriam inovar, sei lá, queriam fazer um som mais… pesado. Arnaldo Antunes e Tony Bellotto inspiraram os caras após serem presos por porte de heroína, causando um impacto na mídia, então nascia o novo Titãs. O Titãs que todos nós gostamos. O Titãs de Polícia, Bichos Escrotos, Nem Sempre se Pode Ser Deus e Homem Primata. O Titãs que VOCÊ sente falta. Só musica boa.
POLÍCIA
BICHOS ESCROTOS
NEM SEMPRE SE PODE SER DEUS / HOMEM PRIMATA
Os caras também fizeram letras mais “conscientes”, como Diversão, Pavimentação, Miséria e até mesmo Comida, sons que, pra variar, marcaram pra cacete a época.
DIVERSÃO / PAVIMENTAÇÃO
MISÉRIA
COMIDA
Voltando ao “Titãs calminho”, Domingo é um dos sons que marcaram o fim da qualidade da banda, repare na leve diferença. Morria o Titãs.
DOMINGO
Mas sempre é bom lembrar dos clássicos mais memoráveis, como Televisão. Quem nunca cantou esse refrão?
TELEVISÃO
Arnaldo Antunes sempre foi meu integrante favorito. Sei lá, ele tinha mais agressividade, era mais… seco. Questão de gosto, e Lugar Nenhum é um som de peso, em TODOS os sentidos. Com a saída de Arnaldo Antunes, a banda começou a mudar. Será que tem algo a ver?
LUGAR NENHUM
Tendo ou não a ver, atualmente os caras bem que TENTARAM fazer o que faziam antigamente, mas a tentativa foi inútil. Eu diria que os Titãs são o Metallica brasileiro, mas sem querer comparar as duas bandas. E o importante tá lá no começo, nostalgia pura, saudades que aumentam cada vez que eu abro um vídeo desses.