The Cult é uma banda… bacana. Sei lá, os tempos mudaram “um pouco”, acho que o som dos caras teria que mudar pra se encaixar nessa época. E foi o que aconteceu.
Born Into This abre o álbum de uma forma dançante, já marcando também que o que eu disse acima é verdade. Som bacana, vocal e música casaram bem, destaque para o baixo. Citizens lembra um Foo Fighters mais lento e sem gritaria, em alguns trechos. Isso você considera bom ou ruim? Bom, eu considero razoavelmente bom, até porque essa comparação é totalmente “por acaso”, nada demais. Enfim, o som se torna um pouco enjoativo por ser meio repetitivo e… lento, mas nada que me faça dizer que o som é ruim. Não que eu goste de baladas. Já com Diamonds eu posso ser mais direto: Som chato. Muito New Rock pro meu gosto, acho que comparar The Cult a uma banda indie não é muito aceitável. Vez ou outra uma certa animação surge do som, mas nada esconde a influência broxante.
Dirty Little Rockstar foi um dos melhores sons de 2007, mas não há muito o que se falar sobre ele. Uma certa empolgação tradicional da banda e um ritmo musical novo, acho que é essa a definição desse som. Holy Mountain assusta: Violão e voz grave. Não, não é uma música assustadora, só é… inesperada. Dispensável. I Assassin não traz nada de novo além do já visto, tornando o álbum meio monótono. Som bacana, mas não dos melhores. “Sem sal”, é como dizem. Illuminated, mesma coisa. Mas nem tanto, ao menos o refrão é daqueles “grudentos”. Ian Astbury canta bem pra cacete, temos que admitir.
Tiger In the Sun muda um pouco a situação, mas ainda sem inovação. Talvez eles não quiseram diferenciar muito pra manter um “padrão”, o que é bom em alguns casos. Se falando em The Cult, talvez seja, tendo em vista que a banda é dos anos 80 e seria PECADO cometer alguma mudança sonora. Bom, isso eles já fizeram, mas é a questão do tempo. Ao menos não exageraram em apenas um álbum. Por ironia do destino, Savages inova, trazendo um pouco mais de animação e um vocal viciante. Principalmente pelo refrão. Som dançante e bem trabalhado, ótimo pra quem queria um pouco de animação. Diminuindo um pouco a animação sem deixar o lado dançante de lado, Sound Of Destruction encerra um álbum médio e que passaria batido assim como todos os álbuns das bandas daquela época passam hoje em dia. São RARAS as exceções. Há um outro cd, Bônus, com alguns demos, mas acho que esses eu deixo pra você escutar SEM a minha interferência. Confesso não ser fã de Cult, apenas admirador. Se você é fã, tá esperando o que pra deixar sua opinião sobre o mais recente álbum dos caras?
Born Into This – The Cult
1. Born Into This
2. Citizens
3. Diamonds
4. Dirty Little Rockstar
5. Holy Mountain
6. I Assassin
7. Illuminated
8. Tiger In the Sun
9. Savages
10. Sound Of Destruction
Cara, Ben Affleck (Demolidor – O Homem Sem Medo) tá no elenco, já começamos mal. De resto, Ryan Reynolds (Horror em Amityville), Ray Liotta (Identidade), Joseph Ruskin (O Escorpião Rei), Andy Garcia (participou da trilogia dos “homens de segredo”) e por aí vai, incluindo até mesmo a cantora Alicia Keys. Gente pra cacete e nomes nem tão grandes assim. Hm, pode ser bom.
Assim até eu passo a gostar de franjas, véi.
Sem muita enrolação, o filme é uma boa pra quem está procurando por um pouco de ação. Sim, um pouco – o que você viu no trailer é praticamente a única AÇÃO no filme. O trailer passa um filme eletrizante, mas não é esse o caso. Tudo acontece em Lake Tahoe, Nevada, quando um bando de assassinos começam a correr atrás de Buddy “Aces” Israel (Jeremy Piven) por causa de uma recompensa: 1 milhão de doletas. Aces é um… mágico famoso em Las Vegas, e também “mascote não-oficial da máfia”. É claro que ele queria algo maior que isso, ele queria ser o CHEFÃO. Ou melhor: um dos chefes.
Primo Sperazza (Joseph Ruskin), um dos principais articuladores do crime de Las Vegas, era a companhia de Aces em seus shows e, obviamente, uma ajuda para Aces se tornar o tal mascote. Quando Aces quis mais, acabou expondo a organização que o protegia e, então, Primo se tornou um inimigo mortal do cara. Então, surge um boato: Primo oferece US$ 1 milhão para quem matar Aces. Aí a coisa pega fogo.
Um bundão. Tinha que ser mascote.
Mas não como deveria. É lógico que a polícia já fica na cola, no comando de Donald Carruthers (Ray Liotta), que, na minha opinião, foi mal utilizado no filme. Porém, uma surpresa: Alicia Keys (que interpretou Georgia Sykes). Não sei se é só porque eu esperava MENOS dela, mas ela fez um bom papel e a diferença em trechos do filme.
Então um certo suspense fica no ar, com aquele clima de “vai rolar traição” e “hm, esse cara é esperto”. Mas tudo acontece muito rápido e sem muita empolgação, parece até que incluiram um alto nível de realismo no filme pra que ninguém pense depois algo como “porra, puta mentira isso aí”. Mas sem exageros, é claro. Alguns trechos são sim sensacionais, mas acabam passando batidos. Uma pena.
Donnie Darko em seu papel de cabeça de coelho gay. E eu em meu papel de péssimo piadista.
Se você vai alugar o filme, não alugue pensando em um filme empolgante. Alugue pensando em um filme nada inovador e com um pouquinho de explosões, tiros e prostitutas pra descontrair. Naquelas: Desligue seu cérebro e curta o filme. Quem sabe você goste, porque eu esperei MUITO mais.
Sim, o vocalista e baixista da banda mais comercial de todos os tempos, Kiss, registrou a marca Gene Simmons Wet, que será usada em uma… água mineral PERSONALIZADA. O que seria isso? Tenho medo de pensar. Só consigo imaginar isso:
Pra quem não sabe, o Kiss lançou uma escova de dentes musical. É por essas e outras que eu REALMENTE tenho medo do que possa significar “água mineral personalizada”.
Cá estou eu, entrando nessa onda de resenhar os bagulhos de 2007 que ainda faltavam. E, bom, já era pra eu ter resenhado esse álbum faz algum tempo. Acontece que eu só consegui ouví-lo semana passada. Agora chega de conversa fiada, vamos á review:
Em primeiro lugar, acho que não existe necessidade nenhuma de dizer quem é Mark Knopfler. Muito menos depois de eu já ter feito isso aqui. Mas sempre vale lembrar que o cara é ótimo, e ainda não decepcionou os fãs da boa música. E eu não acho que algum dia ele vá chegar a decepcionar, aliás. O disco foi lançado em setembro de 2007 e chegou ao 26º lugar na Billboard, se é que eu não me enganei. Como já é de costume aqui no site, lá vai a análise música a música.
True Love Will Never Fade, single lançado na europa, abre o álbum com uma levada bem country, que fica ainda mais evidente quando a voz inconfundível de Knopfler começa a cantar. O refrão a duas vozes dá o toque final, e, assim, o disco se inicia com uma bela canção. Muito bacana.
Terminada a música, começa, de um modo bem suave, a balada The Scaffolder’s Wife, que já tem uma pegada completamente folk. Os instrumentos de sopro causam um efeito interessante na música, e o tom nostálgico da música, junto com a voz tranqüila de Mark, fazem com que você se sinta quase na presença de um bom contador de histórias. E contar boas histórias através da música é algo que Mark Knopfler sempre soube fazer, e muito bem.
Falando em histórias, The Fizzy And The Still segue um pouco a mesma linha. Aqui a coisa volta a ter um tom mais country que folk, e o tom melancólico da canção deixa essa coisa toda de contar história muito bonita. Quer dizer, é bem difícil hoje em dia encontrar quem cante uma história triste tão bem com poucas palavras. Não existe mais muita gente que transforme esse tipo de coisa em música: geralmente o que fazem são choradeiras irritantes, lembrando bebês cagados querendo chamar a atenção. Não é o caso de Mark Knopfler. Nunca foi, aliás.
Heart Full Of Holes – uma das músicas mais brilhantes do álbum – começa lembrando de relance a bela Why Worry, ainda da época do Dire Straits. Talvez pelo começo sereno, ou pelas linhas iniciais (“You can tell me your troubles/ I’ll listen for free”, e por aí vai), mas a coisa vai crescendo aos poucos, e passa de uma simples canção calma a uma grandiosa canção sobre vida, morte, o tempo e o mundo, e muito mais, talvez. O modo sereno com o qual Knopfler fala das próprias tristezas e dos problemas do mundo mostra tanto lucidez quanto prontidão pra enfrentar a vida. Mais uma coisa difícil de se ver hoje em dia. Não dá pra duvidar da genialidade do cara depois de uma jóia dessas.
Um pouco mais adiante no álbum, temos We Can Get Wild. Tanto a parte instrumental quanto a voz soam quase como um tema de faroeste, e isso acaba combinando com a letra, que é mais positiva. O refrão (“Listen up, right here/ It’s gonna be a beautiful year”) tem aquela simplicidade que as letras do cara sempre tiveram. O tipo de coisa que soa simples, mas, mesmo assim, muito bonito e poético, sabe? Enfim, vale á pena ouvir.
Secondary Waltz é exatamente o que o título diz: Uma valsa. Três por quatro numa levada dançante, com cordas e tudo mais. Tudo isso com uma forte influência country. Me pareceu até uma das músicas mais calmas dos Pogues, só que sem os sopros, e sem o Shane. Como todas as outras, também uma música muito bacana.
A sétima música é Punish the Monkey, que também virou single, dessa vez nos EUA e no Canadá. A percussão no início me lembrou bastante Ride Across The River, que você pode ouvir no álbum Brothers In Arms, do Dire Straits. E eu também vou usá-la pra ilustrar melhor essa review. Melhor que ler sobre a música é ouví-la:
Let It All Go tem uma ótima letra sobre a própria arte e sobre oportunidades. Ao mesmo tempo em que o refrão soa quase sarcástico – “Go, forget it, let it all go, let it all go” parece ter o efeito contrário no ouvinte, como se o cara dissesse “vá, homem, seja imbecil e jogue fora o sonho da sua vida” -, ela, de um modo bastante sutil, alerta sobre as dificuldades de se viver de arte. Isso se nota mais quando se imagina a música cantada por um pai preocupado, que quer que o filho não se perca ao trocar a vida comum e estável por uma vida arriscada de sonhos, mas quando se imagina o próprio Mark Knopfler tocando, dá pra sentir todo aquele negócio de jogar fora as oportunidades. Enfim, mais uma ótima letra, e mais uma ótima música.
Behind With The Rent soa diferente das músicas até agora. É algo mais urbano, bem mais pro jazz do que todas as outras músicas do álbum. O timbre de guitarra característico do Knopfler tá aí, bem como o teclado já clássico nas músicas dele. Põe pra tocar que essa é boa.
Quase terminando o álbum, ouvimos The Fish And The Bird. Mais uma balada contando uma história, dessa vez através de metáforas. Isso me lembra aquele negócio que dizem sobre a arte, sabe? O livro depois de escrito não pertence mais ao escritor. A interpretação do mesmo depende só do leitor, e aquela coisa toda. Desnecessário dizer que a música é muito boa.
Mark Knopfler começa a penúltima música, Madame Geneva’s, com o verso “I’m a maker of ballads right pretty”. Você já me convenceu disso, Mark. E depois dessa eu nem sinto necessidade nenhuma de comentar a música.
Quanto á música que fecha essa maravilha (In The Sky), me lembro de ter ouvido um certo huno dizer que o sax nela fez a bagaça lembrar aquelas músicas do Kenny G. As que vivem usando pra fazer propaganda de professor de português, sabe? E cá estou eu, ouvindo a música mais uma vez, pra tentar discordar dele…
…a desgraça é que eu concordo. O cara realmente deu uma escorregada aí. Ele já usou sax em muita música e sempre ficou melhor do que isso aí. Enfim, a música não é ruim, mas o sax realmente ficou deprimente. Ponto pro Huno.
No fim das contas, o cara lançou um ótimo cd. Claro que você não vai gostar nada se ouvir a bagaça esperando ouvir um som pesadão pra caralho. Mas o disco é uma verdadeira maravilha, véi. Quem curte Dire Straits provavelmente não vai se desapontar com o trabalho do cara.
A idéia é simples: Para evitar cortes desnecessários (E assim a revolta dos fãs), o último filme da série Harry Potter pode acabar sendo gravado em duas partes, diminuindo a necessidade de abafar bons momentos da história, mais densa do que nos primeiros livros. A notícia surgiu no tablóide inglês Mail on Sunday e deve ser encarada como boato. De qualquer forma, a medida poderia ser aprovada pelo grande público porque garantiria mais fidelidade á história. Não que arrume o estrago feito pelas adaptações anteriores, verdadeiras carnificinas da história original. De qualquer forma, esperem por pagar dobrado para ver o grande blockbuster que você poderia ver numa vez só.
Harry Potter e as Relíquias da Morte fecha o arco iniciado em Ordem da Fênix, quando a guerra começa e Harry tem de lidar com perdas de entes queridos enquanto tenta derrotar o bruxo das trevas, o purpurinado Valde… Lorde Voldemort. A história é cheia de detalhes e o livro tem 784 páginas na versão em inglês, o que explica a necessidade de dividir o filme em dois ou, se continuar sendo apenas um filme, ser picotado.
Primeiro você viu o trailer. Depois, quatro vídeos. Agora, os cinco minutos iniciais:
TEETH conta a história da estudante Dawn (Jess Weixler), que se esforça para suprimir sua sexualidade sendo uma participante ativa de um grupo de castidade local. Sua missão se torna mais difícil quando seu problemático meio-irmão Brad’s (John Hensley) adota uma conduta altamente provocativa em casa. Uma estranha para seu próprio corpo, Dawn descobre que ela possui uma vagina dentada que se torna um objeto de violência. Enquanto ela luta para compreender sua exclusividade anatômica, Dawn vivencia as armadilhas e o poder de ser um exemplo vivo do mito da Vagina Dentata.
Simplesmente perturbador e, ao meu ver, o ponto que levará o filme a ser pelo menos INTERESSANTE é esse. Não vejo muito além disso, parece ser mais um filme de terror de adolescentes para adolescentes. Aparentemente, não vai ter nada… explícito. É querer demais? Porra, é um filme de terror ou não? A idéia em si é doentia, mas a prática…
Ainda não há uma data definida para o lançamento no Brasil, se é que será lançado por aqui. Lá fora, o lançamento será no dia 18 desse mês.
Legítimo filme de gênero, no caso, gato-e-rato, um segurança psicótico persegue uma executiva fazendo hora extra na noite do Natal pelo estacionamento do prédio, já abandonado pelo dia e horário, onde trabalha. A executiva seria o clássico “mulher frágil”, no entanto, com direito a um generoso decote e um vestido branco encharcado para animar a platéia masculina e disfarçar o fiapo de idéias do parco roteiro.
Contando com um elenco reduzido, somente os dois atores centrais têm função na trama: Rachel Nichols (a suposta mocinha), pouco conhecida, participou da última temporada de Alias, e Wes Bentley (o lunático perseguidor), mais um jovem ator a ingressar na série “Tá na Hora de Trocar de Agente”, pois depois despontar com o sucesso Beleza Americana, o jovem ator somente se jogou em projetos fracos como Honra & Coragem e Motoqueiro Fantasma.
o citado decote
O curioso de P2, referência á garagem do prédio, é que a personagem Ângela (Nichols) é muito mais inteligente e perspicaz que o seu suposto perseguidor Thomas (Bentley), tanto que chega um momento em que torcermos para o Coiote (Thomas) ganhar em algum momento do Papa Léguas (Ângela), mas não acontece. No ato final, Alexander Aja (diretor dos dois melhores representantes do terror nos últimos anos, Alta Tensão e Viagem Maldita), um dos responsáveis pelo roteiro e pela produção, encontra espaço para adicionar seu famoso estilo gore (sangue e vísceras), porém, aqui, sem nenhum impacto, além de algum riso, pois o filme na realidade não tem uma trama consistente a contar.
outro ângulo do decote
Mesmo assim, confesso que me diverti, portanto, se não se importarem com as bobagens da história, podem curtir a correria de Ângela junto ao seu decote.
Nossa cara, isso é muito bom!
Hah…livro de estréia no Brasil do francês Martin Page, Como Me Tornei Estúpido narra a tentativa de Antoine, um “intelectual” com vida social fracassada, de alcançar o status de ignorante. Para o personagem, a inteligência é um mal para sua existência. Ela o deprime, lhe dá a necessidade de análise constante da realidade, incompatível com a vida Alegre & Bela que ele deseja viver.
Em outras palavras: sei falar Aramaico, sou Comunista & Revoltado, mas eu adoraria ser “burro” pra ser “feliz”.
O romance começa engraçado. É… Não aquele engraçado que faz você pensar “cara, isso é incrível”, mas aquele engraçado em que você dá um sorrisinho de canto de boca e pensa “heheh…”.
De qualquer forma, para alcançar a felicidade, Antoine não optou diretamente pela estupidez. Primeiro houve a tentativa de se tornar alcóoltra (numa das passagens verdadeiramente mais engraçadas do livro) e a vontade de se matar, com direito a aulas de um Bizarro Curso Semanal de Suicídio.
Após perceber que tem o fígado do tamanho de um feijão (coma alcóolico com meia caneca de cerveja?) e que quer sim continuar vivendo, Antoine começa a tomar Felizac, um psico-ativo que o deixa… Abobado & Despreocupado.
A obra é escrita em estilo solto e simples, e chega a ser divertida até mais ou menos a metade, até se tornar declaradamente um hino á nerdice e á misantropia. Isso mesmo: saber falar Aramaico, ser Comunista & Revoltado é Legal! Seja pobre e feliz com seus amigos fracassados. Afinal, uma coisa Necessariamente exclui a outra! No mundo de Martin Page, ou você é mal-vestido, nerd, comunista e inteligente, ou é bem-vestido, bem-sucedido, capitalista e Burro. Esqueçam os meio-termos da Realidade.
Lançado no Brasil pela Rocco em 2005, o livro acabou fazendo sucesso a partir de 2007. Bem aclamado pela crítica jornalesca (ou seja: ignore), é de fácil assimilação. A velocidade de leitura ajuda: o livro foi publicado em formato pocket, possui 160 páginas e fontes grandes o suficiente para você enxergar com cinco andares de distância.
Bom, é o que Danny Keenan, da Albert Records, disse. Segundo o cara, os caras da banda mais espetacular de todos os tempos têm esperança de que um álbum novo seja gravado, mas que é mentira os boatos de que eles já estavam no estúdio. Danny ainda reforçou, lançando a seguinte frase:
“Se você me perguntar se eles estão em estúdio hoje, eu posso dizer que não estão. Se você me perguntar se eles estavam em estúdio semana passada, eu posso te dizer que não estavam. Se você me perguntar se eles estarão em estúdio semana que vem, eu posso te dizer que não estarão.”
É de quebrar as pernas, ainda mais pra quem estava na expectativa. O último trabalho dos caras foi em 2000, com o álbum Stiff Upper Lip. No ano passado eles lançaram um DVD TRIPLO para colecionadores, o Plug Me In. Na boa? Essa de esperança não cola. Esperança é com os FÃS, véi, e a gente tem CERTEZA de que esse álbum vai sair. Pra mim, esse papo aí é só pra diminuir a pressão, vai ver eles queriam fazer uma surpresa e a notícia vazou. Tomara. E morra quem deixou vazar.
Sinceramente, eu gosto muito de alguns sons dos caras. Eles são bons, isso é fato. Porém, esse cd meio que deixou na mão. Enfim, vamos á critica.
Mundo Moderno, sonzeira tradicional dos caras, abre o álbum com… a animação dos caras. Tudo normal até então, são os caras “andando na linha”. Fazer Acontecer é um som… chato. Um ritmo levemente eletrônico e meio cru, parece que falta algo, sei lá. Comparada á primeira música, esse som é de um nível bem ruim. Quando você lê o nome A 300 Km/h, o que você imagina? Um som acelerado, empolgante. Mas não: O som é lento, clichê e… INDIE. Cara, essa banda tem baladinhas geniais, mas essa é broxante. Marketeiro conta com um riff tradicional, porém, o resto da banda faz dos versos algo monótono. O refrão é bacana, mas a música em si não é das melhores. Levemente dançante, e só.
Hotel Cervantes, um dos melhores sons de 2007, apesar de não levar muito a cara da banda, é um som bacana com a letra viciante e o ritmo bem Surf Rock. Faltou algo, mas ainda assim o som é dos melhores. Já Cansei de te Ouvir Falar traz o vocal feminino que é absolutamente sensacional. Cara, essa mina canta demais, a voz dela é orgasmática. O som segue a linha dos caras, é dançante e bem trabalhado. Porém, a parte que o Gabriel canta não é muito boa. Identificação é outra baladinha broxante, principalmente pelo refrão. Ouvir “Foi meio DEPRÊ” foi MUITO deprê, cê não faz noção. Enfim, nessa altura do campeonato, você já perde as esperanças de sons que possam salvar o álbum.
Surtei tem um começo estranho e um refrão mais estranho ainda. Pelo menos o refrão é pesado, mas enfim, som sem sal. Eu Mereço segue a linha de sons sem sal, fazendo eu insistir em algo: Tá faltando alguma coisa. Som sem muita empolgação ou novidade. Eu não mereço um som desses. Muito Mais traz, de leve, a cara da banda: Som animado, dançante. Porém, se torna repetitivo em uma parte, como se eles tivessem feito a música e pensado “Porra, ficou muito curta. Vamos dar um jeito de aumenta-la!”, ou algo do tipo. Cadê a essência?
Digoró é um som experimental, eu diria. Um conto, não há bem ao certo um ritmo. Gosto de sons assim, e, no fim, há uma explosão Punk do nada. Bacana. Panair do Brasil é um som instrumental, bem Surf Music. Eu sempre digo que a melhor música instrumental é a Surf Music, e não é diferente aqui. Mas eu prefiro as mais animadinhas, e essa é bem lenta. O Inesperado devia ser o nome desse álbum, mas enfim, mais um som tradicional. Nenhuma novidade, só um pouco mais de destaque no baixo. De resto, som dançante. Guitarrada encerra o álbum com uma surpresa: Outro som instrumental, Surf Music, mas com uma batida africana, sei lá, algo que me desagradou e muito. E é essa minha impressão final do quarto álbum de uma das melhores bandas do Brasil: Um dos piores álbuns de 2007.
Teletransporte – Autoramas
1. Mundo Moderno
2. Fazer Acontecer
3. A 300 Km/h
4. Marketeiro
5. Hotel Cervantes
6. Já Cansei de te Ouvir Falar
7. Identificação
8. Surtei
9. Eu Mereço
10. Muito Mais
11. Digoró
12. Panair do Brasil
13. O Inesperado
14. Guitarrada