Muito bem, e o que podemos esperar pra 2008 no ramo vídeo-gamístico, vocês se perguntam? Vocês se perguntam isso freneticamente, como doninhas ensanguentadas recém-atropeladas na freeway de pista quádrupla, enquanto esperam o socorro de outras doninhas que ficam olhando do acostamento e apontando com o escárnio que somente as doninhas podem ter.
Para mitigar sua angústia, vou arriscar algumas previsões advindas diretamente do meu intestino grosso, porque eu estava pensando sobre isso hoje mesmo, no banheiro, enquanto jogava Yu-Gi-Oh! no PSP:
Playstation 3
O PS3 foi o patinho feio em 2007, e amargou um começo lento em termos de aceitação pelo público. Mas conseguiu se recuperar um pouco agora no fim do ano e deixou os sonystas um pouco mais otimistas para o ano que vem. O lançamento de Final Fantasy XIII e Final Fantasy Versus XIII simultaneamente deve sacudir novamente tudo que conhecemos sobre lançamentos de jogos: deve ser a primeira vez que algo desse naipe acontece. Porque são efetivamente dois jogos diferentes de uma franquia fortíssima, saindo ao mesmo tempo, diferente dos lançamentos simultâneos de Pokemón Red e Blue, por exemplo, que eram apenas versões ligeiramente diferentes do mesmíssimo jogo. É por isso que gosto da Square Enix.
Também não podemos subestimar a força de outros títulos como Metal Gear e Gran Turismo, que sempre carregaram o Playstation nas costas. Aguarde e confie.
Previsão ponderada de hardcore gamer: Em 2008, o PS3 vai vender o mesmo número de consoles que o X360.
Previsão espetacular retirada do meu esfíncter: o primeiro jogo nota 10 da nova geração de consoles será lançado para o PS3. Não sei qual vai ser, mas vou medir pelos escores da IGN e da Gamespot e falo pra vocês no final do ano, ok?
XBox 360
Perdeu o fôlego ao longo do ano de 2007, tendo que enfrentar o Wii e o PS3 de uma tacada só desde o Natal passado. Mas a grande vantagem do console da Microsoft é que passa uma sensação de segurança que o console da Sony ainda não passa. Faz meses que eu escrevo sobre o assunto e fico pensando qual console vou comprar em 2008, e devo dizer que o X360 continua á frente como melhor opção.
O X360 também roubou alguns títulos que deveriam ser exclusivos para o PS3, o que garante mais credibilidade e sensação de longevidade para os donos do Xbox. Porém, não consigo evitar de sentir que o 360 já está “ficando velho”. Vocês sentem isso também?
Previsão ponderada de hardcore gamer: Em 2008 todos os jogos que forem lançados para X360 e PS3 simultaneamente terão sua melhor versão no X360.
Previsão espetacular retirada do meu esfíncter: Em 2008 o X360 vai ter um jogo de tiro melhor do que Gears of War, e vai chutar a bunda do PS3 como melhor console para jogar FPS.
Wii
Essa porra vendeu mais do que cerveja gelada no Carnaval, e não vejo quando isso vai parar. Tem um monte de gente reclamando que compra o negócio, joga um pouco e logo encosta o pequeno notável da Nintendo. Mas pra mim isso é coisa de amador, que não tem coragem de comprar um vídeo-game de macho, opta pelo mais barato e depois reclama que não tem nada pra jogar porque o motherfucker simplesmente não se dedica a jogo nenhum.
Em 2007 o Wii recebeu uma caralhada de jogos ruins e uma série de remakes de jogos do GameCube e do PS2. Quase tudo uma bosta. A fórmula utilizada pelos desenvolvedores foi: pega um jogo que era bom e aclamado pelo público, bota algum tipo de controle que envolva balançar o wiimote e relança no Wii. Deu no que deu. Não tiro a razão dos críticos. O Wii virou uma plataforma para desenvolvedores opotunistas.
Previsão ponderada de hardcore gamer: Em 2008 o Wii vai ser o console mais vendido entre todos os cinco, e será o que proporcionalmente terá os piores jogos. Eu vou medir, comparar e mostrar pra você no fim do ano.
Previsão espetacular retirada do meu esfíncter: O uso do wiimote como sabre de luz vai ser tão bem implementado pelo novo jogo da Lucasarts que milhares de nerds fãs de Star Wars provocarão acidentes ridículos com o wiimote e terão problemas de saúde decorrentes de exagero na jogatina.
Playstation Portable
O PSP se segurou bem no ano de 2007. Lançou poucos jogos, pelos meus critérios, mas teve avanços consistentes no uso do hardware e da capacidade do console pelos desenvolvedores. Conseguiu melhorar jogos que já eram bons (Syphon Filter), inovar em conceito de jogo (Crush, Patapon) e ainda se manter eficiente com as franquias mais conhecidas (FIFA, Medal of Honor). Ainda é visto como um portátil “de elite”, mas o lançamento do PSP Slim, com a conseqüente diminuição do preço, deve alavancar as vendas do portátil.
Previsão ponderada de hardcore gamer: Em 2008 o PSP vai se firmar dentro do conceito de “Playstation 2 portátil”, investindo em jogos tecnicamente corretos, com belos gráficos e jogabilidade precisa. Será o único portátil onde você poderá jogar FPS e jogos de corrida sem se sentir em 1990 (Sorry Nintendo DS)
Previsão espetacular retirada do meu esfíncter: A Sony não vai conseguir integrar o PSP com o PS3 de nenhuma forma interessante, o que fará com que as vendas do PSP caiam em relação a 2007. O PSP vai cair num vácuo e tenderá a desaparecer em 2009. Eu tenho um PSP, eu não quero isso. Mas meu esfíncter me diz que será inevitável. Os hardcore gamers não terão fôlego suficiente para sustentar a vida do portátil da Sony.
Nintendo DS
Ou, como é mais conhecido, “a máquina de fazer dinheiro” da Nintendo. Essa porra vendeu mais do que cerveja gelada num lugar onde só tivesse clones de mim mesmo com um crédito ilimitado para comprar cerveja gelada. A parada foi lançada em 2004, e não dá sinais de cansaço. Praticamente TODO DIA sai jogo novo pro DS, sua biblioteca já conta com mais de 1000 títulos diferentes e parece que o ritmo de lançamento de jogos está aumentando (pelo menos desde que eu comprei o meu, no início de 2007). Isso é ridículo; isso é completamente sem precedentes na história dos portáteis. O DS bateu de longe o sucesso do Gameboy Advance, sem dúvida nenhuma.
O DS se tornou O portátil para ser adquirido. Dentre uma infinidade de jogos completamente retardados e imbecis, eu consegui contar pelo menos uns 60 jogos absolutamente indispensáveis para qualquer dono de NDS. E sempre tá saindo algum jogo que aproveita de uma maneira nova a capacidade da tela de toque e do microfone. Impressionante o fôlego do brinquedo.
Previsão ponderada de hardcore gamer: Entusiasmados com as possibilidades infinitas de uso do NDS, desenvolvedores lançarão periféricos e add-ons estúpidos para acoplar no portátil, que não farão sucesso nenhum, justamente por torná-lo menos portátil. Em 2009 vão parar com essa merda e voltar a fazer só jogos bons.
Previsão espetacular retirada do meu esfíncter: Cooking Mama 2 e 3. OMG.
Como vocês puderam acompanhar no Nostalgia deste mês, eu escrevi sobre os “Dinossauros do Rock” que estavam voltando. Mas não dei minha opinião á respeito, preferi guardá-la para esta coluna. Querem ver como causar o pânico de fãs xiitas que ficam desesperados quando alguém fala mal de uma banda importante pra cacete? Bom, eu vou ser sincero. E nem vai adiantar falar pra esses fãs lerem este texto aqui, afinal, eles existem pra reclamar. Espero estar desfrutando das minhas férias longe do computador quando esses desgraçados aparecerem por aqui.
Led Zeppelin é uma das bandas mais chatas do universo. Sério, não dá pra sacar qual é a daquele vocalista. Não sei quem é pior: ele ou a Janis Joplin. Quando eu era pequeno, não via diferença.
The Song Remains The Same. Quando começa, parece que vai rolar um som dançante, aquela coisa bacana. Até Robert Plant começar a cantar. Escutem a música até o fim, ás vezes nem dá pra perceber que o cara tá cantando. Parece uma guitarra desafinada. Mas eu não estou aqui pra falar sobre a qualidade do vocal, mas sim sobre a chatice que é essa banda. Esse som é terrivelmente repetitivo e, não dá pra escapar, esse vocal é uma MERDA. Veja por volta dos 3 minutos e 20 o que ele faz, dá vontade de socar o teclado e pegar os cacos pra FURAR os tímpanos. São mais de 5 minutos de música enjoativa e o vocal deprimente. Por volta dos 5 minutos ele faz aquilo de novo, cara, é assustador. E esse é apenas UM exemplo. E se você fizesse como eu e pegasse a discografia dos caras pra ouvir em um dia? Se eu sou chato, a culpa é de VOCÊS.
Mas enfim, e aí? O Led Zeppelin foi a banda que fez mais barulho quando voltou aos palcos, foi incrível. Porém, espero que eles só tenham voltado pra matar a saudade, afinal, voltar a gravar discos na época de hoje é mudar o estilo da banda ou fazer um álbum falido. Tipo The Eagles, os caras voltaram do nada e a ÚNICA coisa que eles fizeram nesse tempo todo foi uma música conhecida. Lançaram um cd e, acreditem, acabou pra banda. Não tem por que eles continuarem insistindo, nunca vai ser a mesma empolgação. O mesmo pro Led, talvez fazer mais uns shows seja o suficiente, aí o jeito é dar o fim definitivo. É CERTO que, se os caras gravarem algo novo, vão cagar no pau. Smashing Pumpkins teve uma volta triunfante, porém, dá pra ver que os caras mudaram.
Cara, não dá pra reviver os Beatles e fazer eles gravarem um álbum novo IDÊNTICO aos trabalhos anteriores dos caras. Eles VÃO fazer algo mais contemporâneo, e isso vai broxar muitos fãs. Smashing Pumpkins não deixou muita gente feliz – leia MUITA gente. O mesmo pro Ozzy, com Black Rain. Eu gostei pra cacete do álbum, mas é certo que os tiozões fãs do cara que não se habituaram á música atual acharam uma merda, ou médio. Por isso que eu sempre digo: É burrice cobrar que uma banda faça sempre a mesma coisa. Não se trata apenas de adaptação aos tempos atuais, mas entrosamento, inovação e muitas outras coisas. É raro, RARÍSSIMO achar uma banda como o AC/DC, que não deixou de fazer Rock nem quando o primeiro vocalista morreu. Sério, eu nunca ouvi uma baladinha dos caras gravada em um violão e com diversos efeitos. Os caras SEMPRE foram Rock PURO, e isso torna essa banda a mais respeitável de todos os tempos. Eles não páram, e nem devem. AC/DC é nossa única esperança de continuar ouvindo Rock.
Aí você vem e me fala: Mas aquela gritaria desafinada do vocalista do AC/DC é PIOR do que a do Robert Plant. Você acha? Tá bom.
Os Sex Pistols foram ousados. Decidiram se reunir pra comemorar o relançamento do álbum Never Mind The Bullocks, que completou 30 anos em 2007. O que é Punk hoje em dia, cara? Aliás, o que é Punk e Metal na era EmoIndieBlack, onde o hype é ouvir baladinhas ridículas que chamam de “rock”, choradeiras cornudas que chamam de “emoção” e uma merda sem igual que chamam de “black”. Me corrijam, mas Black Music não era tipo Jackson Five (que também planeja um retorno)? Enfim, foram ousados, ou pelo menos os MAIS ousados. Por quê? O Ozzy sempre esteve na mídia, ele é um puta vendido. Indies idolatram Led Zeppelin, The Police, The Who e outras bandas clássicas. Smashing Pumpkins se enquadra no Rock mais resistente, ao lado de Foo Fighters, por exemplo.
Aliás, The Police, outra banda chata. Mas eu gosto de alguns sons dos caras, confesso. Guitar Hero tornou a música Message in a Bottle insuportável. Mas enfim, outra banda que, beleza, voltou com uma turnê. O Sting se manteve na mídia por um bom tempo, mas creio que os fãs da carreira solo do cara são diferentes dos fãs da banda. Então, rolaria um certo… estranhamento, ali. O ideal seria que os caras nem tentassem prolongar os shows.
Vocês VÃO me dar um pingo de razão: Esses caras deviam ter ficado quietos. Aposto que isso vai virar um hype e os tiozões de todo o planeta vão sair de suas respectivas tocas para levantar a bandeira dos dinossauros. É legal ver uma banda que acabou voltando, mas é ruim ver ela tentando voltar a trabalhar. A cagada no pau é CERTA.
Início de ano, no mundo televisivo americano a greve dos roteiristas continua, consequentemente, as séries que iniciaram na temporada setembro/outubro ficam interrompidas (na tevê brasileira isto deve começar a ocorrer em breve com as séries que iniciaram em novembro dos canais Sony, Warner e Universal). No entanto, agora em janeiro também estreiam algumas novidades (que em breve mencionarei) e retorna para sua, mais que aguardada, quarta temporada, a série mais viciante atualmente: Lost.
****AVISO DE SPOILERS****
Para quem não quer saber algumas novidades da trama da quarta temporada de Lost, para sua leitura por aqui e volte semana que vem. Aos demais curiosos, se preparem as novidades são surpreendentes e prometem uma temporada inesquecível.
O que fará Jack do futuro se arrepender tanto da ter saído da Ilha? Quem será o corpo no caixão que Jack foi visitar no último episódio?
Recapitulando para os desavisados, Lost apartir desta temporada inicia seu arco final, serão 48 episódios (16 por temporada, isto é, terminando em 2010). Como a greve interrompeu os trabalhos de todos as séries, Lost também se viu atingida, dos 16 episódios previsto para serem exibidos somente 8 roteiros ficaram prontos, sendo assim, a princípio, de concreto teremos 8 episódios sendo exibidos neste retorno.
Por onde andou Michael nestes dias onde a princípio teria saído da Ilha? e por onde andará Walt
Em função da greve, o canal ABC fez uma aposta alta em Lost, principalmente prevendo reprises das demais séries, e a colocou no horário de maior audiência televisiva da semana: quinta-feira ás 21hs. Assim a série que retorna dia 31 de janeiro assumirá o horário de Grey’s Anatomy (que tem somente um episódio inédito para ser levado ao ar) competindo com série como C.S.I. (líder do horário, também com reprises), portanto, tudo leva a crer que a série deverá ter uma audiência incrível até porque não será exibida num horário mais tarde (22hs.) nem num dia onde a grande atração é o reality show American Idol, que retorna agora em meados de janeiro com episódios duplos ás tercas e quartas (sempre com uma audiência absoluta).
Como se comportará Ben frente a chegada dos companheiros de Naomi a Ilha?
Sobre a quarta temporada em si, segundos fontes dos próprios produtores e alguns jornalistas (como, Kristin do Santos e Michael Ausiello, conhecidos por quem curte spoilers de séries), Lost abordará os episódios ainda da mesma maneira como sempre ocorreram, cenas atuais na ilha e os já famosos flashbacks (com o personagem central do episódio), com os novos e surpreendentes flashforwards (eventos no futuro) como ocorreu no episódio final da terceira temporada, Through the Looking Glass. Abaixo um apanhado geral da notas e rumores do que pode ou irá acontecer no retorno de Lost:
– como a morte vem rondando os moradores da ilha desde a temporada passada, parece que em algum momento destes primeiros oito episódios duas mortes ocorreram;
– os passageiros do vôo 815 que sairão da ilha, chamados de oceanic six, são: Jack, Kate, Sayid, Jin, Sun e Hurley;
Boatos dizem que Kate pode estar grávida nesta temporada
– acontecerá uma divisão no grupo de sobreviventes, em torno de Jack vs. Locke;
– a equipe de Naomi (para-quedista) tem segundas intenções, não somente resgatar os sobreviventes;
– retorno dos mortos: Libby, o produtor diz que quem acha que ela pode ter ligações com a Iniciativa Dharma pode estar perto da verdade. Os outros mortos como, Tom , Ethan e Goodwin, voltam a participar para retratar o passado da Iniciativa Dharma, sobre os Outros e, até mesmo, sobre os eventos que levaram a purgação;
– também retornam Michael, já visto nas fotos promocionais da temporada, e a única dúvida é sobre como e quando acontecerá seu retorno (estaria ele junto com a tripulação de Naomi), no entanto, Michael também será visto em New York batendo de frente com Tom num dos próximos flashbacks; já quanto ao retorno de Walt, que de criança surgiu adolescente no episódio final da terceira temporada, nem rumores se sabe ainda de seu retorno;
– a lista com a ordem e os nomes dos episódios do quarto ano que já conhecemos, e também com seus personagens principais:
Primeiro episódio – “The Beginning of the End” – Hurley
Segundo episódio – “Confirmed Dead” – membros do cargueiro de Naomi
Terceiro episódio – “The Economist” – Sayid
Quarto episódio – “Eggtown” – Kate
Quinto episódio – “The Constant”- Desmond
Sexto episódio – “The Other Woman” – Juliet
Sétimo episódio – “Ji Yeon” (nome ainda não confirmado) – Sun e Jin
Para começar a animar os ânimos, abaixo o vídeo promocional da quarta temporada:
No início de minha vida de leitor de quadrinhos eu tive a infelicidade de passar os olhos em muito lixo. Como todos devem lembrar, a década de 90 foi marcada por desenhistas ruins (dos quais se destaca Rob Liefeld), que destruiam os personagens com traços grotescos e desproporcionalidade. Com o tempo esses desenhistas foram sumindo (exceto Liefeld e Madureira, que me dão nojo até hoje), e as técnicas de desenhos se tornando cada vez melhores. Parecia que o mundo dos quadrinhos estava se aproximando da utopia, até que roteiros abomináveis começaram a surgir e se espalhar entre as editoras. Em exemplos recentes, posso citar Infinite Crisis e Countdown, da DC Comics, e o patético One More Day, da Marvel.
Tudo começou em Back in Black, onde vimos a Tia May ser baleada por um dos capangas do Rei do Crime. Isso foi o suficiente para que Peter Parker voltasse a usar seu uniforme negro, e mudasse um pouco sua atitude com os criminosos. Apesar de ser obviamente uma jogada de marketing para aproveitar o sucesso de Spider-Man 3, Back in Black foi até divertido. Ver o Rei do Crime ser humilhado na frente de seus “colegas” na Ilha Ryker foi impagável. A meu ver, a única coisa ruim em Back in Black foi o fato de que é um prelúdio para One More Day.
Para salvar a sua Tia May da morte, Peter se dispôs a tudo. Quer dizer, tudo menos se aliar a Tony Stark, o Homem de Ferro (coisa que ele já tinha feito no começo de Civil War). Sem resultados, o pobre Peter tentou a sorte com o Doutor Stephen Strange, também sem resultado. Então, ele aceitou a proposta de Stark e deixou que ele usasse alguns de seus milhões para salvar sua Tia em troca de uma aliança na Iniciativa? Haha, claro que não, isso seria lógico demais. Como se as três primeiras edições não fossem ruins o suficiente, Joe Quesada, editor-chefe da Marvel, resolveu intervir para piorar ainda mais. Sem outras opções (ignoremos Stark por um tempo), Peter decide fazer um pacto com MEPHISTO. SIm, vocês acabaram de ver “Peter”, “pacto” e “Mephisto” na mesma frase. O demônio estava disposto a salvar a vida de May, se Peter aceitasse ter alguns anos de sua vida apagados. Peter e Mary Jane nunca seriam casados, nem teriam lembranças desse acontecimento. Peter aceita com o consentimento de Mary Jane, e assim acontece. Peter acorda em seu apartamento, toma café com May, e se dirige até um prédio. Lá ele se encontra com Harry Osborn (não é erro de digitação, é o Harry mesmo), que estava dando uma festa em comemoração á sua volta da Europa. Eles então brindam e assim acaba One More Day. Os 6 anos que J. Michael Straczynski passou como roteirista de Amazing Spider-Man acabam de ser ignorados.
Esta imagem diz tudo
Sinto em dizer que One More Day é provavelmente a publicação mais desrespeitosa da Marvel. E não digo isso porque meus 10 anos de leitura das revistas do Aranha foram negados, mas porque é a mais pura verdade. Já houveram outras tentativas de acabar com o casamento de Peter e MJ (casamento que para mim sempre foi um dos pontos fortes da revista), mas isso foi golpe baixo. Não consigo expressar o quanto estou decepcionado. Me sinto pior ainda quanto tenho que admitir que One More Day não é inteiramente ofensiva. A arte está impecável, se aproveitando das sombras para dar um toque de tristeza á história. O diálogo de despedida entre Peter e MJ é decente se você desconsiderar a porcaria que vem depois. E as três primeiras edições.
Tenho certeza de que isto vai se reverter (afinal, esta decisão não agradou NINGUÉM), mas tenho medo de quanto tempo irá levar. E por mais que eu queira deixar de ler Amazing Spider-Man, não posso. Não só pelo respeito que tenho pelo personagem (empatado com Deadpool no topo da minha lista de favoritos), mas também pelo fato de que Steve McNiven será o novo desenhista. De qualquer forma, meu fim de ano acaba de ser prejudicado. E antes deu ir suprimir minha tristeza com Halo 3, uma pergunta: Sou só eu que não vê sentido em trocar sua bela, sempre presente e fiel esposa por alguém que vai morrer de velhice cedo ou tarde?
Tudo começou com uma ação irresponsável dos Novos Guerreiros. Eles iniciaram uma briga com um grupo de super-vilões (entre eles Nitro, o ex-arquiinimigo do Capitão Marvel), o que acabou resultando na morte de centenas de crianças e de todos os integrantes do grupo, exceto Speedball (que se tornou o conflituoso Penance). Isto foi a gota d’água para o governo dos Estados Unidos da América, que decidiu criar uma nova lei: Todos os heróis deveriam se registrar no banco de dados do governo, e após passar por um treinamento, seriam um tipo de força policial com super-poderes.
Os uniformizados se dividiram em dois grupos: Os que são á favor da Lei de Registro, liderados pelo Homem de Ferro, e os que não vão se registrar nem a pau, ironicamente liderados pelo Capitão América. Os dois grupos se enfrentaram num combate feroz, e houveram perdas em ambos os lados. Mas nenhuma perda foi tão significativa quanto á do próprio Capitão América. Na vigésima quinta edição do quinto volume de sua revista, no arco “The Death of the Dream”, o Sentinela da Liberdade foi baleado pelo vilão nazista conhecido como Crossbones (Ossos Cruzados). Fãs ficaram abalados. Leitores não conseguiam acreditar no que seus olhos mostravam. A IGN considerou este como sendo o Melhor Momento dos Quadrinhos de 2007.
Bucky, o ex-parceiro do Capitão e ex-Soldado Invernal jurou vingar a morte de seu amigo. E na lista de culpados estava incluso o Homem de Ferro, responsável indireto pelo acontecimento. O “jovem” Bucky conseguiu recuperar o famoso escudo, e após passar por um bucado de problemas terminou por enfrentar Stark. Os dois estiverem próximos de se matar, até que Stark revelou um último pedido do Capitão. O bom Steve queria que Bucky fosse seu sucessor. E assim aconteceu. É isso aí pessoal, James Buchanan Barnes será o novo Capitão América, e apssará a usar o novo uniforme a partir do mês que vem, quando ele irá acertar as contas com o Caveira Vermelha (a mente criminosa por trás do assassinato). Ou não, quem sabe Brubaker está preparando uma reviravolta ainda maior… Ação constante, roteiro cheio de reviravoltas e excelente arte fazem desta revista uma das melhores séries continuas dos dias de hoje. Ou segundo a IGN, a MELHOR.
Última semana do ano, quem sobreviveu a ele pode começar a planejar o que fazer em 2008. Como a coluna é de cinema, nada como comentar que está pra rolar na telona, alguns filmes já despontam como destaques, sempre preconizando que as estréias estão previstas para este ano nos cinemas mas, pode ser que hajam adiamentos conforme a vontade das distribuidoras.
Separei os destaques em 3 categorias com 5 filmes em cada uma delas (se não ficaria até amanhã comentando os inúmeros lançamentos): Filmes do Oscar, aqueles que provavelmente ganharam alguma indicação ao prêmio e, que, começam a estrear por aqui já em janeiro e tem seu ápice em fevereiro; Blockbusters do ano, os filmes de grande orçamento que povoam os cinemas americanos no início do verão deles (apartir de maio até agosto), normalmente, têm estréia mundial; Sucesso ou Fracasso?, os demais filmes, que podem se tornar uma grata surpresa ou um fracasso retumbante;
FILMES DO OSCAR
Onde os Fracos Não Têm Vez, um dos grandes favoritos, projeto dos irmãos Coen (de Fargo e O Amor Custa Caro), com Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Josh Brolin. A trama se passa no oeste do Texas, na década de 80, um jovem veterano do Vietnã aproveita uma venda mal feita de drogas para fugir com US$ 2 milhões. Porém, ele será perseguido por dois assassinos indignados e extremamente interessedos no dinheiro.
O Gângster, dos prováveis candidatos foi o que atingiu uma excelente bilheteria, seria o “filme de máfia” do ano com grande produção (direção de Ridley Scott), boa história (baseada em fatos reais) e excelente elenco (Denzel Washington e Russell Crowe). Porém, como Os Infiltrados levou o prêmio ano passado, acredito que isto não se repita neste ano. Na trama, Frank Lucas (Washington) é um motorista de um dos mais poderosos chefes do crime na cidade nos anos 70. Após a súbita morte de seu chefe, Lucas entra na brecha deixada pelo seu ex-empregador e então começa sua escalada até o topo no mundo do crime e das drogas fazendo com que o instintivo policial Ritchie Roberts (Crowe) note uma perigosa mudança de comando no submundo.
Juno, candidato a vaga dos filmes pequenos e independentes (assim como ocorreu com Pequena Miss Sunshine no ano passado), dirigido por Jason Reitman (de Obrigado por Fumar), esta comédia dramática vem ganhando elogios ao contar a história de Juno, uma adolescente que engravida de seu colega de classe. Com a ajuda de sua melhor amiga e o apoio de seus pais, Juno conhece um casal que está disposto a adotar seu filho, que ainda nem nasceu. No elenco, a talentosa Ellen Page (Kitty Pride, de X Men 3 e, MeninaMá.com), Michael Cera (Superbad – É Hoje), Jennifer Garner (da série Alias e do filme O Reino).
Na Natureza Selvagem, Sean Penn volta a assumir a cadeira de diretor (anteriormente, no suspense A Promessa), num drama claramente apoiado no excelente elenco, protagonizado pelo competente Emile Hirsch (de Alpha Dog e do futuro, Speed Racer) e nomes como Marcia Gay Harden, William Hurt, Jane Malone e Vince Vaughn como coadjuvantes. Na trama, o brilhante aluno e atleta Christopher McCandless abre mão de tudo o que tem e de sua carreira promissora. O jovem doa todas as suas economias para caridade, coloca uma mochila nas costas e parte para o Alasca a fim de viver uma verdadeira aventura. Ao longo do caminho, Christopher se depara com uma série de personagens que irão moldar sua vida para sempre.
Desejo e Reparação, candidato á moda antiga, baseado em literatura inglesa, de época e com a direção de Joe Wright (do ótimo Orgulho & Preconceito) repetindo o trabalho com Keira Knightley (Piratas do Caribe) como protagonista. O filme acontece em 1935, em uma mansão inglesa, e gira em torno de uma petulante e solitária adolescente, Briony, que quer ser escritora e que, depois de surpreender sua irmã com o jardineiro, inventa uma história que lhes transformará a vida. A redenção de um acontecimento terrível do passado e o caso da guerra em que se transforma a vida dos personagens é o tema central de sua obra, considerada uma das mais importantes de sua bibliografia.
Blockbusters do Ano
Homem de Ferro
Um dos melhores trailers exibidos neste ano, promete ser uma adaptação de respeito para os fãs do HQ. A produção com direção de Jon Favreau, pelo menos, conta com um elenco que já vale o ingresso, Robert Downey Jr. arrasa já no trailer, Jeff Bridges, Terrence Howard, Hillary Swank, Gwyneth Paltrow e Samuel L. Jackson (como Nick Fury). Para quem não conhece este herói dos HQ, á primeira vista Tony Stark é apenas um playboy bilionário e alcóolatra. No entanto, sob esta aparência esconde-se o Homem de Ferro, um herói capaz de enfrentar o mal espalhado pelo mundo.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Depois de mais de duas décadas de projetos tentando ressuscitar a franquia, Spielberg (direção), George Lucas (produção) e Harrison Ford conseguiram acertar suas agendas e definiram o roteiro (outro grande problema deste retorno) de David Koepp (responsável pelo roteiro de Homem Aranha). Além de Ford, retorna Karen Allen, mocinha de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, e estréiam na franquia Cate Blanchett (vilã russa), John Hurt e o novo astro de Hollywood, Shia LeBeouf (Transformers e Paranóia). Sobre a trama, história se passará em 1957, durante o auge da Guerra Fria, e trará o herói vivido por Harrison Ford em uma aventura que incluirá passagens pelo Novo México, Connecticut, México e as selvas do Peru. Já a “caveira de cristal” do título se refere a um artefato inspirado em esculturas de quartzo reais cujos designs supostamente seriam incompatíveis com a estrutura dos cristais, tornando suas origens um mistério.
Speed Racer
Depois de um longo tempo afastados de direção os Irmãos Wachowski, retornam dirigindo esta adaptação dos desenhos. Também chama atenção na produção o elenco com nomes como Susan Sarandon, John Goodman, Matthew Fox (Jack, de Lost) e Emile Hirsch como protagonista. Na trama, Speed Racer é um jovem que sonha em se tornar campeão mundial de automobilismo. Para isso, ele compete em perigosas corridas com seu carro Mach 5, equipado com a mais alta tecnologia.
O Acontecimento
Depois do decepcionante A Dama Da Ígua, M. Night Shyamalan (um dos meus diretores atuais prediletos) volta a investir num suspense intimista que desencadeia eventos maiores. Aqui, o filme é descrito como um “thriller paranóico” sobre uma família tentando sobreviver a uma crise ambiental que representa um enorme risco para a humanidade. No elenco, Mark Wahlberg, Zooey Deschanel e John Leguizamo.
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Depois de um recomeço genial, o diretor Christopher Nolan promete uma nova aventura fantástica com o Cavaleiro das Trevas, para isto, volta a contar com Christian Bale e grande elenco, o que promete ser uma grata surpresa é Heath Ledger (o cowboy menos gay de Brokeback Mountain) como o enlouquecido Coringa (as fotos da caracterização são excelentes).Também já se nota no elenco Aaron Eckhart (Obrigado por Fumar) como Harvey Dent, futuro vilão Duas Caras. Na trama, Batman consolida sua luta contra o crime e, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, acaba com diversas organizações criminosas de Gotham City. A parceria se mostra eficaz, mas eles logo se deparam com um reino de caos que aterroriza a cidade, gerado pelo genial criminoso conhecido como O Coringa.
Sucesso ou Fracasso?
A Lenda do Tesouro Perdido – O Livro dos Segredos
Esta continuação está aqui nesta lista mais para satisfazer a ânsia fanática do boss, Théo, do que pela dúvida quanto ao sucesso do filme. A Lenda do Tesouro 2 já estreiou nos Eua com uma bilheteria superior ao primeiro, que mostra que a franquia deu certo e virou sucesso. Particularmente, adoro filmes pipoca do estilo “caça ao tesouro” e espero que esta continuação que tem a mesma equipe que o primeiro, com as adições importantes de Helen Mirren (ganhadora do Oscar por A Rainha) e Ed Harris (O Segredo de Beethoven e Show de Truman), seja tão boa quanto o primeiro. Na trama, quando uma página perdida do diário de John Wilkes Booth aparece, o bisavô do caçador de tesouros Ben Gates se vê subitamente implicado como o principal conspirador da morte de Abraham Lincoln. Determinado a provar a inocência de seu antepassado, Ben segue uma série de pistas internacionais que o leva em uma caçada de Paris a Londres e, por fim, de volta aos EUA. Esta jornada leva Ben e sua equipe não apenas a revelações surpreendentes, mas também á trilha dos mais bem guardados segredos do mundo.
Cloverfield – Monstro
Um dos filmes mais comentados deste fim de ano e do qual menos se sabe, graças a uma divulgação diferenciada na internet, quando trailers eram mostrados somente através de personagens utilizando filmagens de câmeras digitais. O que começou sendo conhecido como projeto de monstro de J.J.Abrahms (criador de Lost, na verdade, somente produtor aqui), virou Cloverfield, por aqui ainda ganhou o subtítulo Monstro (damn it), e promete ser o que Godzilla americano, não conseguiu. Na trama, cinco jovens novaiorquinos dão uma festa de despedida para um amigo na noite em que um monstro do tamanho de um arranha-céu ataca a cidade. Contado do ponto de vista da câmera de vídeo deles, o filme é um documento de suas tentativas de sobreviver ao mais surreal e aterrorizador evento de suas vidas.
Jumper
Aventura com cara de Sessão da Tarde e toques de ficção científica conta com a direção do competente Doug Liman (A Identidade Bourne) e um elenco com nomes como Samuel L. Jackson, Jamie Bell (Billy Elliot), Hayden Christensen (o jovem Darth Vader) e a gatinha Rachel Bilson (da série The O.C.). Na trama, um jovem descobre ter o poder de se teletransportar quando foge de seu pai abusivo. Ele parte em busca do responsável pela morte de sua mãe e, no caminho, se apaixona por uma garota e conhece um rapaz com o mesmo poder.
10.000 AC
Filme de ação com incontáveis efeitos especiais, obra do diretor Roland Emmerich (Independence Day), no elenco poucos nomes conhecidos, no máximo o veterano Omar Shariff. A trama se passa na época do título, um jovem que vive em uma tribo primitiva se apaixona por uma princesa que está bem acima de sua “escala social”. Quando os caçadores da tribo são escravizados e a princesa é seqüestrada, cabe ao rapaz entrar em ação para que seu povo não seja extinto. Convenhamos tem cheiro de bomba no ar!
Rambo
Se Stallone foi capaz de ressuscitar Rocky Balboa, conseguirá ele fazer o mesmo por John Rambo (lembrando que as continuações de Rambo conseguem ser piores que as de Rocky)?Pois bem, Stallone tenta a sorte em recriar sua outra franquia, os trailers prometem um filme com bastante ação e pedaços de corpos, mas seria isto o suficiente, o que era interessante em Balboa (o último filme) era o contexto decadente do personagem mas, será que como Rambo, Stallone conseguirá o mesmo efeito. Na trama (se alguém se importa com isto), Rambo está vivendo em Bangkok, onde age como um monge e trabalha consertando tanques e barcos de guerra. Sua rotina muda quando um grupo de voluntários que leva suprimentos para Burma desaparece. Um parente de um dos desaparecidos implora a Rambo que o encontre. Para atender ao pedido, o herói reúne jovens guerrilheiros e inicia a missão.
Da Esquerda para a Direita: Nuke, Blur, Zarda, Shape, Hyperion, Emil Burbank, Dr. Spectrum, Inertia, Arcanna, Kingsley e Nighthawk ao fundo.
Continuação de Poder Supremo, Esquadrão Supremo sai de área de desenvolvimento psicológico dos personagens e passar a focar mais a crítica aos EUA. Assim como em Poder Supremo, a revista tem o roteiro escrito por Straczynski e os desenhos feitos por Gary Frank.
Esquadrão Supremo é publicado sob o selo “Marvel Knights”, o que deveria significar que ele é menos violento que seu antecessor. Felizmente, isso não procede. Porém, não espere encontrar conteúdo chulo ou cenas de sexo.
Com Blur, Dr. Spectrum, Power Princess, Inertia e o resto dos novos super-seres da América chamados para o serviço, o governo está pronto para dividí-los em duas equipes, uma pública e uma secreta. Mas Mark Milton, a.k.a. Hyperion, estraga tudo ao entregar os nomes dos super-agentes para o repórter Jason Scott, do Washington Herald (Arauto de Washington). Isso resulta na criação do Esquadrão Supremo, uma desconfortável combinação de heróis públicos e privados, com idéias distintas de como o mundo deve ser salvo.
Quando atividades super-humanas começam a se espalhar pelo mundo, o Esquadrão entra em ação na Ífrica e no Oriente Médio, travando batalhas sangrentas contra seus inimigos e sua próprias emoções. A disputa pelo status de verdadeira Super-Potência começou, e uma nova ordem mundial está por vir.
Enquanto a equipe se ocupa com seus inimigos e consigo mesma, Mark continua avançando em seus planos de dominação global, e pode decidir tomar controle da situação a qualquer momento. Mas seu próximo passo pode ser justamente o que o vigilante humano Nighthawk está esperando…
Assim como Poder Supremo, Esquadrão Supremo também deu luz á uma mini-série, sendo esta “Supreme Power: Hyperion vs Nighthawk”. Ao ler a frase anterior, você provavelmente pensou “Se a mini faz parte da cronologia do Esquadrão, porque tem Poder no título?”. Confesso que eu não faço idéia. Independente do título, Hyperion vs Nighthawk se passa após a quinta edição de Squadron Supreme, e mostra um detalhe interessante sobre os poderes de Mark.
A revista está parada na sétima edição, e os fãs aguardam sua continuação desde o ano passado. Não se sabe o motivo do atraso, mas creio que JMS e Frank voltem á ativa no começo de 2008. A edição oito estava prevista para Novembro deste ano (segundo o catálogo oficial da Marvel), mas… Vocês sabem.
Gostou de Poder Supremo? Está curioso para saber como e quando Hyperion irá se rebelar contra a humanidade? Então acho que você tem como obrigação ler as histórias do Esquadrão. A publicação brasileira também foi na Marvel MAX, da Panini.
Momento Cultural: Capa do Esquadrão original de Roy Thomas
Pessoas carregando livros por aí é algo difícil de se ver, a não ser que você me veja todo dia. :heh: Leitura é algo desde muito cedo ensinado as pessoas que é algo chato, difícil de entender, mas como disse na semana anterior, é só por questão de costume que você acha a sua própria literatura, o gênero que você goste.
Seja por vergonha, ou por medo de que vejam, os livros em uma casa nunca tem o destaque que merecem. me diga quantas casas que você visitou que tinham livros espalhados por todo canto, ou arrumados em uma prateleira? É claro, a bíblia não conta todo mundo tem uma. se respondeu pelo menos uma, pelo menos você conhece alguém que sabe apreciar o que tem. Livros tem todas as suas peculiaridades, como aqueles de vários volumes. Até mesmo enciclopédias tem suas lombadas padronizadas para que, se colocadas lado a lado, possam ser decorativas. Não estou falando pra usar livros para decoração, pois não há nada mais frustrante do que chegar numa casa, ver que tem na prateleira um volume de Contos Inacabados, perguntar se a pessoa gostou, e ela revelar que nunca o abriu. Foi assim que consegui bons livros, afinal, se ela nem tinha lido o livro, não iria sentir falta se eu pegasse ele da prateleira sem ela ver, e nunca devolvesse.
Enfim, voltando a se focar no assunto do texto. Parece que pessoas não mostram os livros que possuem porque acham que eles não combinam com ela. ninguém vê um marceneiro andando por aí com um O Estranho no Espelho debaixo do braço, mas não quer dizer que ele não tenha lido esse livro.
Nas sebos que freqüento, a maioria das pessoas ficam nas seções de revistas e de gibis, somente alguns poucos é que se arriscam a ir pro lado dos livros, mas porque estão procurando algo barato. Eu vou toda semana a pelo menos 5 dessas livrarias, pra ver se encontro algo interessante, e sempre acho alguma coisa que não estava lá em minha última visita.
E como estou percebendo que está difícil de se focar no assunto dessa coluna, tentarei ser o mais breve possível daqui em diante.
Perguntando pra algumas pessoas, descobri que as que lêem não carregam os volumes por aí por um simples motivo: o peso. Ok, alguns livros chegam a pesar até 800 gramas, e se for carregar por aí é realmente cansativo, mas já que é esse o problema, porque não escolher alguma literatura mais leve? Vou me repetir dizendo isso, mas o que há de melhor pra se carregar por aí são os Pocket books, aqueles pequenos, que se encaixam perfeitamente em seu bolso, com duplo sentido.
se você não tem como fazer uma prateleira pra seus poucos livros, improvise. Nada de empilhar tábuas em cima de tijolos, é pra improvisar, mas vamos fazer algo que presta. Se seu problema é espaço para deixar eles, Só deixar eles empilhados em uma mesa, fica um coisa legal até. se quiser fazer mais bonito, vários sites mostram diferentes projetos de como “empilhar” seus livros de maneira artística. Aqui temos um bom exemplo, que ficaria legal em qualquer canto da casa:
fica até que legal, e se olharem, pode ser até que tentem imitar. outra maneira interessante para guardar livros é essa aqui, que pretendo fazer a algum tempo, mas me falta coragem pra estragar algum volume:
Resumindo bem por cima tudo o que eu disse: se o seu problema é revelar a todo mundo que você tem livros, e correr o risco de que te chamem de Nerd, a melhor maneira é mostrar que os possui de uma maneira diferente, como as demonstradas acima. Agora é com você, vai continuar a deixar eles mofando no fundo de uma gaveta, ou irá mostrar a todo mundo sua pequena coleção? fica aí a sugestão.
“Por que o nome dessa semana para a coluna?”, você se pergunta; por que “mais do que um jogo”?
Porque de vez em quando, muito de vez em quando mesmo, nos deparamos com algumas coisas nos vídeo-games que são exatamente isso: mais do que um jogo. Chama-los de “obra de arte” é exagerado em alguns casos, e ainda se discute o status dos jogos como criações realmente artísticas, então não quero tocar nesse assunto agora.
Mas o fato é que muitas vezes botamos lá um cartucho, cd ou dvd pra rodar, e acabamos envolvidos por uma seqüência de acontecimentos na tela, por uma narrativa, por uma experiência, que fazem a gente se desgrudar do mundo por um tempo, que nos absorvem, que propõem uma realidade diferente daquela que conhecemos. Certos jogos nos pegam de surpresa: você olha a capa, dá uma sacada em uns screenshots, mas quando pega o negócio pra jogar mesmo, vê que nada poderia te preparar para aquilo que você jogou.
Bom, vou começar a exemplificar agora, para as coisas ficarem mais claras e pra vocês não acharem que eu SEMPRE escrevo bêbado. Vamos pegar um jogo relativamente conhecido, e que já citei por aqui.
Shadow of the Colossus
Faz dois anos que joguei Shadow of the Colossus, e ainda continuo surpreso por um jogo desses ter sido lançado no mercado. Vejam, é um jogo praticamente sem história, sem um personagem super-poderoso, sem power-ups, sem vídeos alucinantes, sem música arrebatadora, sem NADA quase, porra. Shadow of the Colossus não se utiliza de nenhum dos recursos que normalmente fazem o apelo comercial de um jogo, e não sei como os executivos com o rabo cheio de dinheiro da Sony aprovaram o lançamento dessa parada.
O jogo começa e você vê que tem uma mulherzinha desmaiada ou morta, sei lá. Aí vem uma luz, e uma voz te diz que você tem que matar um monte de colossus. TEM QUE MATAR, não pergunta por quê. Você tem uma espada de hobbit, um arco vagabundo e é isso aí. Te vira, maluco. Seja um McGyver.
Tu tem um cavalo também. Um dos cavalos mais realistas que já vi num jogo. Melhor que a Epona do Zelda, é impressionante. E tu vai depender muito desse cavalo, porque cê vai andar pra cacete até achar alguns dos colossus, então nem pense em ir a pé.
Cada colosso mora lá na casa do caralho.
Mas então, tu tem que passar o cerol num colosso, que a essa altura você não tem a menor idéia do que seja. Beleza. Aí tu sai do templo, levanta sua espadinha vagabunda em direção ao sol, e o reflexo vai te dar uma direção genérica de onde o bicho tá. Quando você sai do templo, você vê um MUNDO inteiro á tua volta; o jogo só tem um cenário, e ele é gigantesco. Pra cada lado diferente vai ter um colosso, e tu vai ter que ir atrás de um por um.
Foi aqui que eu comecei a sacar que esse jogo era meio diferente; subi no cavalo, fui pro lado que a luz indicava, mas na prática eu não tinha a menor idéia de pra onde estava indo. Lógico que eu já joguei vários títulos onde eu tinha que andar num mapa procurando alguma coisa, mas aqui é diferente. Pra começar, você não tem um mapa com as localizações de cidades, pontos de interesse, cavernas e etc. Eu confesso que foi foda lidar com uma busca de algo sem ter um mapinha com uma flecha apontando pra onde você tem que ir, como Grand Theft Auto ou Medal of Honor. A gente realmente se acostuma a ser tratado como um imbecil pelos jogos.
Ok, sobe no cavalo e segue pra direção genérica. Me diga qual foi o último jogo que você jogou onde você passa MINUTOS INTEIROS cavalgando sem porra nenhuma acontecendo á sua volta? Sem um inimigo pra matar, sem uma árvore pra escalar, sem um baú pra abrir? Sem uma porra dum passarinho assobiando, cara? Lembro de ir cavalgando, olhando pro cenário e pensando se tava fazendo alguma coisa errada, porque nada acontecia no jogo.
Pra que lado mesmo?
Fui indo, indo, e dei de cara com uma parede de rochas. Show. E agora, motherfucker? Dá-lhe descer do cavalo e ver qual é. Aí o jogo te ensina uns comandozinhos básicos de como escalar paredes, pular entre rochas, se pendurar em brechas de penhascos e essas coisas. Nesse ponto tu começa ver o esforço dos desenvolvedores para montar um personagem realista, sem nada de sobre-humano. O protagonista do jogo é o que a gente chama aqui no sul de “um guri de bosta”. Esqueça Kratos do God of War, aqui você é um adolescente com o preparo físico de qualquer colegial que só faz aula de educação física e joga um futeba no fim-de-semana. É como se você estivesse dentro do jogo. Você tem que admirar a inteligência dos desenvolvedores, porque o protagonista faz pouco mais do que você mesmo conseguiria fazer na situação dele. O guri tropeça, cansa, ofega quando corre demais, cai de lado e tudo o mais. Genial, cara. Identificação imediata com o bando de jogadores sedentários que compõem o público do jogo.
Bom, depois que você se acostuma com os comandos e termina de escalar o rochedo, você chega num platô, onde você finalmente tem o encontro com o seu primeiro colosso. É um bicho humanóide, enorme, feito de pedra e mato. O bicho é totalmente NEUTRO, não tenta te atacar nem faz gestos ameaçadores em sua direção, se você ficar na tua. Como assim, não vai me atacar? Ainda por cima, ele não tem cara de mau. Como disse o Piratão:
Agora, Shadow of the Colossus é uma ode ao sadismo. O colosso tá lá, quieto, na dele, aí cê sobe no bicho e começa a FURÍ-LO. Que é que ele faz? NADA.
Tá certo, tem uns dois ou três que tentam te furar de volta, mas a maioria é DóCIL demais pra tentar qualquer coisa. São só pobres almas sendo atacadas cruelmente pelo moleque e seu cavalo.
E é mais ou menos assim que você se sente durante o jogo todo. Você fica pensando se precisa mesmo matar o bando de bichos, que não fizeram nada pra você além de existir. Já pensou nisso? Sobre como você, que se considera tão civilizado e cristão não precisa de um mísero motivo pra matar, a não ser uma voz que te diz pra fazer isso? Porra, em Metroid, em Call of Duty, até nos jogos do Mario, você SABE por que está passando fogo em geral: porque eles SÃO DO MAL, mano. Mas e aqui? Como que você faz pra justificar pra você mesmo os seus atos?
Vou te furar só porque você é grande e feio, mano.
Na verdade a sensação vai piorando durante o jogo, porque vai fazendo cada vez menos sentido ir detonando os bichos. Lá pelo quarto ou quinto você já tá com pena dos desgraçados. Eu nunca tinha sentido isso num jogo. Mas pode ser só a idade que está me deixando mole, não sei.
Mas o que importa é que o jogo desperta esses sentimentos, entende? Ele te faz pensar, e considerar seus atos. Porra, isso é mais do que um jogo. Ou vai dizer que você fica pensando sobre cada soldadinho nazista que cai no Medal of Honor?
Mas ok, continuando. Você tem que acabar com a raça do colosso. Levanta a espada de brinquedo de novo, e ela vai iluminar um ponto frágil no bicho, onde você vai ter que enfiar sua espada repetidas vezes, até o bicho dar um puta gemido e cair. As batalhas são intensas, pra contrastar com a tranqüilidade até chegar nelas. O bichão se contorce, balança e tenta te tirar das costas dele de qualquer jeito. Você fica lá feito uma pulga num cachorro, se segurando e sacudindo de um lado pra outro. Chega uma hora que você finalmente derruba o bicho, e é quase inacreditável que um bosta como você tenha conseguido derrubar um negócio daquele tamanho. Aí você desmaia e vai parar no templo de novo. Tu acorda e logo fica sabendo que tá na hora de ir matar o próximo colosso, enquanto a sua mina continua meio morta lá.
Bichos cada vez maiores pra você furar o bucho.
O jogo inteiro é isso. Sem reviravoltas mirabolantes, sem pegar novas espadas ou armaduras, sem conhecer personagens novos, sem trocar uma idéia com o carinha do item shop. E sem saves, o jogo salva automaticamente pra você, depois de cada colosso morto.
Quando eu entendi que o jogo era só isso, foi quando eu entendi que o jogo não era pra ser jogado, numa sucessão de desafios a serem vencidos pra chegar ao fim. Eu entendi que cerne do jogo era a experiência de jogar. Por isso o cenário sem distrações, as longas cavalgadas até achar cada colosso, o tempo de reflexão para decidir como chegar em cada bicho, o dilema moral de matar uma criatura que não fez nada pra você. E a incerteza do que acontece no fim do jogo.
Isso é mais do que um jogo, é um filme, um drama, um épico que você vai fazendo acontecer com o seu joystick e com suas ações. O ritmo de jogo é diferente do que estamos acostumados. É contemplativo, te dá tempo pra pensar e escolher o que fazer. Não existem estatísticas, barrinhas de tempo, level, xp ou qualquer outra coisa que te distraia ou estabeleça outros objetivos. Tudo é muito simples. Um jogo pra ser sentido.
Sinto que esse aqui que tá voando vai ser um pouco mais difícil de abater.
E é por causa desse tipo de jogo que eu continuo jogando, e agüentando os Need for Speed e os Fifa que tem por aí. No meio de uma caralhada de jogos repetitivos, aparecem essas jóias de vez em quando, que imediatamente se elevam sobre os demais jogos, e se tornam o que eu falei lá no começo: mais do que um jogo, uma experiência.
Um bom número de nerds deve conhecer o roteirista J. Michael Straczynski por causa de seu trabalho no seriado de ficção científica Babylon 5. Outros devem conhecê-lo pelo seu trabalho na Marvel (Fantastic Four, Silver Surfer, Amazing Spider-Man, entre outros), como é o meu caso. Gary Frank, desenhista, fez seu currículo na Marvel desenhando o Incrível Hulk, os Vingadores e alguns títulos dos X-Men. Straczynski e Gary Frank já trabalharam juntos antes em Midnight Nation (título de autoria de Michael) pela Image Comics. Mas esqueça tudo isso, pois Poder Supremo (Supreme Power) é sem dúvida a obra-prima da dupla. Publicado pela Marvel com o selo MAX, está entre as emlhores hqs que já li.
Basicamente, este é um remake do Esquedrão Supremo clássico, criado por Roy Thomas para ser a versão Marvel da Liga da Justiça. Mas não se engane. Fora os poderes dos personagens, Poder Supremo não lembra em nada o grupo da DC. Eu nunca tinha visto super-seres sendo abordados de forma tão adulta e realista (isso levando em conta que Watchmen só tinha um personagem com poderes), sendo claramente uma crítica á supremacia yankee. “Nip, e quanto á Heroes?”. Heroes é chato, e Jeph Loeb é um imbecil.
A hq se passa no Supremeverse, ou Terra-31916 se preferir. A trama se inicia com uma nova versão do que seria a origem do Superman. Após cair na Terra, a nave em que o bebê alienígina estava foi encontrada por um casal incapaz de ter filhos. Eles levam o bebê e a nave para casa, mas logo são abordados por agentes do exército americano. A criança e a nava são levadas até um laboratório militar, onde passam por uma série de teste para se descobrir de onde eles vieram. Nada é descoberto. Nada além da incrível resistência e força do bebê. O presidente dos EUA enxerga a criança como uma oportunidade de aumentar o poderio do exército, e dá início ao projeto “Hyperion” (homenagem ao Titã grego).
O bebê é levado a uma base militar especialmente construída para simular uma fazenda, e um casal de agentes do FBI é chamado para a difícil missão de criar o garoto. Hyperion, agora batizado de Mark Milton, cresce sob a ilusão de que aqueles eram seus pais verdadeiros. Com o tempo, Mark descobre que não possui apenas super-força e invulnerabilidade, mas também visão de raio-x, super-velocidade, visão e audição extremamente aguçadas, voar e disparar um tipo de laser pelos olhos, poder que acabou sendo chamado de “visão de calor”, por causa de sua aparência e efeito. Mark é o “americano” perfeito, e é virtualmente imbatível.
Mas Hyperion não é o único com super-poderes. Novos super-seres vão sendo descobertos ao redor do mundo, e todos eles parecem misteriosamente relacionados á chegada de Hyperion na Terra. Serão eles amigos ou inimigos? E a situação se complica ainda mais quando Hyperion se cansa de ser o fantoche dos EUA…
Poder Supremo é composto de 3 arcos de 6 edições cada (totalizando 18 edições), e desembocou em três mini-séries e um novo título, continuando de onde Poder Supremo acaba. Cada mini é protagonizada por um dos personagens-chave (Hyperion, Dr. Spectrum e Nighthawk). A de Dr. Spectrum se passa entre os eventos de Poder Supremo, enquanto a de Nighthawk é apenas uma aventura extra, mostrando a versão “Supreme” do Coringa. Já a de Hyperion é continuação direta de Poder Supremo, e prelúdio para Esquadrão Supremo (Squadron Supreme), ainda em andamento. Ah, não confundam o Esquadrão de agora com o que eu citei no começo do texto, ok?
Os desenhos de Gary Frank são muito bons e retratam com excelência os uniformes e personagens. Fazendo uma comparação, é como Bryan Hitch em The Ultimates 1 e 2. Mas a arte não irá parecer tão incrível se você já leu Midnight Nation (o protagonista parece muito com Spectrum).
Poder Supremo é uma ótima revista, e se tornou uma ótima série. Quem gosta de super-heróis DEVE ler esta revista. Quem não curte ver homens usando spandex enquanto se espancam, pode mudar de idéia caso dê uma chance á revista. Aqui no Brasil, Poder Supremo foi publicado na mensal Marvel MAX, da Panini e pode ser encontrado em sebos ou na internet. A saga de Hyperion continua amanhã, quando resenharei Squadron Supreme.