Resenha – P2 – Sem Saída

Cinema domingo, 13 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Legítimo filme de gênero, no caso, gato-e-rato, um segurança psicótico persegue uma executiva fazendo hora extra na noite do Natal pelo estacionamento do prédio, já abandonado pelo dia e horário, onde trabalha. A executiva seria o clássico “mulher frágil”, no entanto, com direito a um generoso decote e um vestido branco encharcado para animar a platéia masculina e disfarçar o fiapo de idéias do parco roteiro.

Contando com um elenco reduzido, somente os dois atores centrais têm função na trama: Rachel Nichols (a suposta mocinha), pouco conhecida, participou da última temporada de Alias, e Wes Bentley (o lunático perseguidor), mais um jovem ator a ingressar na série “Tá na Hora de Trocar de Agente”, pois depois despontar com o sucesso Beleza Americana, o jovem ator somente se jogou em projetos fracos como Honra & Coragem e Motoqueiro Fantasma.

o citado decote

O curioso de P2, referência á garagem do prédio, é que a personagem Ângela (Nichols) é muito mais inteligente e perspicaz que o seu suposto perseguidor Thomas (Bentley), tanto que chega um momento em que torcermos para o Coiote (Thomas) ganhar em algum momento do Papa Léguas (Ângela), mas não acontece. No ato final, Alexander Aja (diretor dos dois melhores representantes do terror nos últimos anos, Alta Tensão e Viagem Maldita), um dos responsáveis pelo roteiro e pela produção, encontra espaço para adicionar seu famoso estilo gore (sangue e vísceras), porém, aqui, sem nenhum impacto, além de algum riso, pois o filme na realidade não tem uma trama consistente a contar.

outro ângulo do decote

Mesmo assim, confesso que me diverti, portanto, se não se importarem com as bobagens da história, podem curtir a correria de Ângela junto ao seu decote.

Crítica – Como Me Tornei Estúpido

Livros sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Nossa cara, isso é muito bom!
Hah…livro de estréia no Brasil do francês Martin Page, Como Me Tornei Estúpido narra a tentativa de Antoine, um “intelectual” com vida social fracassada, de alcançar o status de ignorante. Para o personagem, a inteligência é um mal para sua existência. Ela o deprime, lhe dá a necessidade de análise constante da realidade, incompatível com a vida Alegre & Bela que ele deseja viver.
Em outras palavras: sei falar Aramaico, sou Comunista & Revoltado, mas eu adoraria ser “burro” pra ser “feliz”.

O romance começa engraçado. É… Não aquele engraçado que faz você pensar “cara, isso é incrível”, mas aquele engraçado em que você dá um sorrisinho de canto de boca e pensa “heheh…”.
De qualquer forma, para alcançar a felicidade, Antoine não optou diretamente pela estupidez. Primeiro houve a tentativa de se tornar alcóoltra (numa das passagens verdadeiramente mais engraçadas do livro) e a vontade de se matar, com direito a aulas de um Bizarro Curso Semanal de Suicídio.
Após perceber que tem o fígado do tamanho de um feijão (coma alcóolico com meia caneca de cerveja?) e que quer sim continuar vivendo, Antoine começa a tomar Felizac, um psico-ativo que o deixa… Abobado & Despreocupado.

A obra é escrita em estilo solto e simples, e chega a ser divertida até mais ou menos a metade, até se tornar declaradamente um hino á nerdice e á misantropia. Isso mesmo: saber falar Aramaico, ser Comunista & Revoltado é Legal! Seja pobre e feliz com seus amigos fracassados. Afinal, uma coisa Necessariamente exclui a outra! No mundo de Martin Page, ou você é mal-vestido, nerd, comunista e inteligente, ou é bem-vestido, bem-sucedido, capitalista e Burro. Esqueçam os meio-termos da Realidade.

Lançado no Brasil pela Rocco em 2005, o livro acabou fazendo sucesso a partir de 2007. Bem aclamado pela crítica jornalesca (ou seja: ignore), é de fácil assimilação. A velocidade de leitura ajuda: o livro foi publicado em formato pocket, possui 160 páginas e fontes grandes o suficiente para você enxergar com cinco andares de distância.

AC/DC quebra nossas pernas: Não vai ter álbum novo

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Bom, é o que Danny Keenan, da Albert Records, disse. Segundo o cara, os caras da banda mais espetacular de todos os tempos têm esperança de que um álbum novo seja gravado, mas que é mentira os boatos de que eles já estavam no estúdio. Danny ainda reforçou, lançando a seguinte frase:

“Se você me perguntar se eles estão em estúdio hoje, eu posso dizer que não estão. Se você me perguntar se eles estavam em estúdio semana passada, eu posso te dizer que não estavam. Se você me perguntar se eles estarão em estúdio semana que vem, eu posso te dizer que não estarão.”

É de quebrar as pernas, ainda mais pra quem estava na expectativa. O último trabalho dos caras foi em 2000, com o álbum Stiff Upper Lip. No ano passado eles lançaram um DVD TRIPLO para colecionadores, o Plug Me In. Na boa? Essa de esperança não cola. Esperança é com os FÃS, véi, e a gente tem CERTEZA de que esse álbum vai sair. Pra mim, esse papo aí é só pra diminuir a pressão, vai ver eles queriam fazer uma surpresa e a notícia vazou. Tomara. E morra quem deixou vazar.

Review – Teletransporte (Autoramas)

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Sinceramente, eu gosto muito de alguns sons dos caras. Eles são bons, isso é fato. Porém, esse cd meio que deixou na mão. Enfim, vamos á critica.

Mundo Moderno, sonzeira tradicional dos caras, abre o álbum com… a animação dos caras. Tudo normal até então, são os caras “andando na linha”. Fazer Acontecer é um som… chato. Um ritmo levemente eletrônico e meio cru, parece que falta algo, sei lá. Comparada á primeira música, esse som é de um nível bem ruim. Quando você lê o nome A 300 Km/h, o que você imagina? Um som acelerado, empolgante. Mas não: O som é lento, clichê e… INDIE. Cara, essa banda tem baladinhas geniais, mas essa é broxante. Marketeiro conta com um riff tradicional, porém, o resto da banda faz dos versos algo monótono. O refrão é bacana, mas a música em si não é das melhores. Levemente dançante, e só.

Hotel Cervantes, um dos melhores sons de 2007, apesar de não levar muito a cara da banda, é um som bacana com a letra viciante e o ritmo bem Surf Rock. Faltou algo, mas ainda assim o som é dos melhores. Já Cansei de te Ouvir Falar traz o vocal feminino que é absolutamente sensacional. Cara, essa mina canta demais, a voz dela é orgasmática. O som segue a linha dos caras, é dançante e bem trabalhado. Porém, a parte que o Gabriel canta não é muito boa. Identificação é outra baladinha broxante, principalmente pelo refrão. Ouvir “Foi meio DEPRÊ” foi MUITO deprê, cê não faz noção. Enfim, nessa altura do campeonato, você já perde as esperanças de sons que possam salvar o álbum.

Surtei tem um começo estranho e um refrão mais estranho ainda. Pelo menos o refrão é pesado, mas enfim, som sem sal. Eu Mereço segue a linha de sons sem sal, fazendo eu insistir em algo: Tá faltando alguma coisa. Som sem muita empolgação ou novidade. Eu não mereço um som desses. Muito Mais traz, de leve, a cara da banda: Som animado, dançante. Porém, se torna repetitivo em uma parte, como se eles tivessem feito a música e pensado “Porra, ficou muito curta. Vamos dar um jeito de aumenta-la!”, ou algo do tipo. Cadê a essência?

Digoró é um som experimental, eu diria. Um conto, não há bem ao certo um ritmo. Gosto de sons assim, e, no fim, há uma explosão Punk do nada. Bacana. Panair do Brasil é um som instrumental, bem Surf Music. Eu sempre digo que a melhor música instrumental é a Surf Music, e não é diferente aqui. Mas eu prefiro as mais animadinhas, e essa é bem lenta. O Inesperado devia ser o nome desse álbum, mas enfim, mais um som tradicional. Nenhuma novidade, só um pouco mais de destaque no baixo. De resto, som dançante. Guitarrada encerra o álbum com uma surpresa: Outro som instrumental, Surf Music, mas com uma batida africana, sei lá, algo que me desagradou e muito. E é essa minha impressão final do quarto álbum de uma das melhores bandas do Brasil: Um dos piores álbuns de 2007.

Teletransporte – Autoramas
1. Mundo Moderno
2. Fazer Acontecer
3. A 300 Km/h
4. Marketeiro
5. Hotel Cervantes
6. Já Cansei de te Ouvir Falar
7. Identificação
8. Surtei
9. Eu Mereço
10. Muito Mais
11. Digoró
12. Panair do Brasil
13. O Inesperado
14. Guitarrada

Resenha – Hannibal – A Origem do Mal

Cinema sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Quem não é fã de Anthony Hopkins pelos filmes O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho? Você? Você não entende NADA de canibalismo. Pois bem, dessa vez, Anthony Hopkins está… fora. Agora é hora de saber como tudo começou. Com Gaspard Ulliel (Paris, Eu Te Amo – GAH!), Gong Li (Miami Vice) e Dominic West (300), elenco levemente desconhecido, eis a crítica do segundo melhor filme da saga de Hannibal Lecter.

Se não fosse aquela coisa horrível no canto esquerdo do rosto do cara, essa foto seria extremamente gay.

Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) mora com sua família no Leste da Europa e, no fim da Segunda Guerra Mundial, o cara assiste sua familia sendo morta no meio de uma troca de tiros entre russos e nazistas. Só sobra ele e sua irmã Mischa (Helena Lia Tachovska), numa mansão no meio do nada. É quando uns simpatizantes nazistas invadem a casa e, na falta de comida, fazem uma feijoada de Mischa sem Hannibal saber. Ela estava doente, ia morrer, mesmo.

Obrigado a morar em um orfanato soviético por não ter com quem morar, Lecter cresceu fazendo voto de silêncio, se passando por mudo e arranjando problema com os inspetores ou sei-lá-o-quês do lugar. Com o passar do tempo, o cara pretende fugir para encontrar seu tio que mora em Paris e, ao chegar lá, se depara com sua possível tia, Murasaki Shikibu (Gong Li). Ele acaba voltando a falar, e recebe um ótimo tratamento da japa, que deixa no ar um cheiro de segundas intenções.

Mas nem tanto.

É ela quem ensina Hannibal algumas artes Samurai, ainda mais sabendo que o cara tá com sede de vingança pela irmã. Lecter entra pra uma faculdade de medicina e, antes disso, tem sua primeira experiência como assassino: [SPOILER] Decepa um cara que mexe com sua tia, perguntando-a se sua xoxota era atravessada (o velho mito de que a vagina das orientais são na horizontal, se é que você sabe como é uma vagina). E ainda leva a cabeça do cara á ela. Sensacional. [/SPOILER]

Tá, posso ter estragado um trecho do filme contando quase que exatamente como ele é, mas não esquenta: Isso é só a cabecinha. Mais pra frente, o cara começa a correr atrás de todos os putos que estavam na mansão naquele dia. Como? Sabe aquelas correntes que os soldados carregam com uma placa contendo seu nome completo e sei lá mais o quê? Pois é, Hannibal havia encontrado essas plaquinhas. E estava com fome.

Pique-nique.

Não me lembro ao certo se eram quatro ou cinco caras, mas Hannibal mostra que é um gênio e não está pra brincadeira. A polícia já está na cola dele desde o primeiro assassinato, e a coisa só vai piorar. Vibrante, cara, dá vontade de pegar uma faca e sair arrancando bochechas por aí pra fazer um hambúrguer. Como eu disse, o segundo melhor filme da série, mesmo sem Anthony Hopkins. Mas espero que o cara volte logo, antes de… morrer. Afinal, ele é o Hannibal que conhecemos. Mas Gaspard Ulliel fez um excelente trabalho e merece um ou mais dois filmes, quem sabe.

Alguns fãs ficaram putos ao saber que Hannibal é o que é por pura… vingança. Hannibal, um vingador? Eu discordo, e achei do cacete, além de discordar que tenha sido Só vingança. Vou colar aqui um trecho de um post de meu antigo blog, o Agorafobia, que pode ser visto aqui. Contém spoilers:

Há uma certa parada psicológica nisso. Por exemplo, é fato que muitas das pessoas que sofrem um abuso sexual quando crianças, fazem o mesmo quando crescem. É um distúrbio emocional, sei lá, o puto fica traumatizado e faz igual. Foi isso que aconteceu com o Hannibal – ele viu sua irmã virando jantar pra um grupinho de simpatizantes nazistas após ver seus pais morrerem no meio de uma troca de tiros entre russos e nazistas. Já é o bastante pra crescer traumatizado, acho, tanto que ele não dizia uma palavra quando esteve no orfanato, e ainda tinha umas atitudes nada comportadas, como dar garfadas em um dos caras que cuidavam da geral.

Acho que já é o bastante pra tirar essa de vingador. Claro, ele ficou puto e correu atrás dos caras que fizeram uma dobradinha com as tripas da irmã dele, é só o começo pra um futuro psicopata. Aí vem o papo do samurai. Bom, eu diria que aquilo foi uma puta influência pra ele. Aprender os pontos certos pra se fatiar alguém é tudo que um canibal precisa, e ter uma tia gostosa pra te ensinar isso também é. Tanto que ele só usa uma cabeça como troféu, e ainda pra levar pra tia. Aí ele já se envolve com a polícia e mais tarde entra pra faculdade, aí já vai ficando esperto com todos os cortes pra um bom banquete canibal. Mas ele só usaria essa experiência futuramente, agora é hora de aproveitar uns espetinhos de bochecha. Acho que seria cobrar demais querer um Anthony Hopkins logo no começo, né? Po, até o 007 levou um côro no começo.

Enfim, acho que só basta ver o filme mais uma, duas ou vinte e três vezes pra entender isso. Eu achei um filme á altura dos outros, mas é fato que o Hannibal não é o mesmo por dois motivos: Era apenas o começo, e nos outros filmes ele já está velho. Vejam o Faustão, por exemplo. Ele não é o mesmo. Agora é só esperar por mais livros do Thomas Harris, que foi esperto pra caraleo e agora poderá escrever sobre as mudanças que o Hannibal sofreu até se firmar como um psicopata de primeira, se ele pegou alguma cocota e quem ele mandou pro bucho até chegar no Dragão Vermelho.

Filmes bons que passam batidos 13 – El Laberinto del Fauno.

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 20 comentários

Vocês gostam de contos de fadas? Aposto que sim, porque vocês são tudo umas bichas-loucas. Louquíssimas, aliás. Aposto que vocês também gostam de musicais. E de fazer as sobrancelhas. E de tomar Fanta Uva. E de catar conchinhas.

Mas essa introdução é só pra dizer que vou indicar pra vocês hoje um conto de fadas que não é boiola. Aliás, nem é um conto de fadas. Se você achava que “Shrek” era espetacular por subverter o gênero “historinhas pra criança”, então prepare-se para ver algo muito, mas muito melhor do que a animação com o ogro verde que ficava melhor dublado pelo Bussunda do que a voz original.

El Laberinto del Fauno (2006)

Eu acho que esse filme passou batido, porque eu quis assistir no cinema e ele ficou um tempo ridículo em cartaz. É um absurdo como as salas dos multiplex privilegiam filmes de merda e deixam de lado essas boas produções. “Laberinto” é um filme do caralho feito por um diretor que já tinha feito outro filme do caralho antes: “El Espinazo del Diablo”. E nem estou falando de filmes cult ou obscuros; são produções grandes, feitas por um cara (Guillermo del Toro) que já dirigiu blockbusters como Hellboy e Blade II, porra. Tomem tenência e coloquem filmes bons pra rodar nessas salas com som surround, seus putos.

Ok. Tirando a raiva contra o sistema, que outro motivo você teria para assistir “Laberinto”? Muitos. Pra começar o filme é muito bonito e produzido com extremo cuidado visual. Todos os detalhes são pensados pra construir uma experiência única e encher os olhos do espectador. Os designs de portas, móveis, monstrinhos e monstrões é extremamente original e me lembra alguns livros de RPG. Espetacular.

Grilo Falante dando um toque pra heroína do filme

A parte visual é complementada pela história de uma menina que, no meio da guerra civil espanhola, encontra um fauno bico-doce que conta um caô e leva a criança a correr atrás de uns bagulhos pra se tornar a rainha da cocada preta. Não sou o Théo, portanto não vou ficar contando a história pra estragar tudo. E nem fazer como os trailers motherfuckers desse tipo de filme, que já mostram as melhores cenas ANTES de você assistir a porra do filme. O que interessa é que cada momento do filme recria de forma genial alguns clichês dos contos de fadas, principalmente de Alice no País das Maravilhas, ao mesmo tempo em que cria novos rumos para uma história infantil.

Fada Sininho

Nem sei por que ainda estou falando em infantil aqui. Isso não é um filme pra crianças. Acho que esse é outro motivo que faz com que esse tipo de filme passe batido. Criança pega essa parada e não vai entender nada, ao mesmo tempo em que vai se assustar mais com “Laberinto” do que com filme do Jason. E os adultos deixam de assistir por achar que é um filme pra criança. Mas não se engane, esse filme é um dos melhores exemplo de como contar uma história extremamente sedutora, que te gruda na cadeira até o fim. A qualidade da narrativa e a mistura entre mundo real e mundo fantástico é tão bem feita que a única coisa que eu posso dizer é “por que caralhos não fazem mais filmes desse tipo”?

Na boa, esse deve ter sido o melhor filme que recomendei até agora. Se você não teve vontade de assistir nenhum dos outros que já indiquei, dê uma chance com esse aqui. Quem sabe você começa a acreditar em mim.

Recomendação final: Película espanhola da melhor qualidade. Assista sozinho e depois reveja com seus irmãos e priminhos menores pra fazer eles se borrarem nas calças. Talvez até VOCÊ se borre nas calças, falando nisso.

Ouça um trecho do novo single do Cavalera Conspiracy

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 1 comentário

PEDRAAAAAADA, véi. Acesse o site da banda Cavalera Conspiracy e ouça um trecho de Sanctuary, que será lançada como single no dia 3 de Março.

A banda é formada pelos irmãos Max (vocal e guitarra) e Iggor Cavalera (bateria), ambos ex-Sepultura, contando também com Marc Rizzo (guitarra), Joe Duplantier (baixo) e a participação especial do baixista ex-Pantera e atual Down Rex Brown e de Richie Cavalera (Incite).

O álbum de estréia da banda, Inflikted (veja a tracklist aqui e a capa aqui), será lançado no dia 24 de Março (Europa). Depois de ouvir essa PAULEIRA, puta merda, a ansiedade só aumenta. Promessa do ano, véi.

Review – Zeitgeist (Smashing Pumpkins)

Música quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Quem não se lembra dos sons melancólicos e pesados de uma das bandas mais importantes dos anos 90? Os caras pararam… mas voltaram. E trouxeram esse álbum.

O álbum já começa com uma sonzeira: Doomsday Clock. Cacete, os caras estão de volta, fazendo o MESMO som espetacular de sempre. Empolgante, tirando a parte da… voz de Billy Corgan. Sinceramente, não é das melhores, mas casa com o som de uma forma perfeita. 7 Shades of Black é uma puta pedrada com um quê de Stoner. Som pesado, chiadeiras de leve e aqueeeeeeela viagem musical. Nem dá pra acreditar que os caras PARARAM um dia. Bleeding the Orchid já é um som mais calmo. Bom, pelo menos nos versos; no refrão, o peso volta a dominar pra você NÃO parar de balançar a cabeça. Puta viagem, percebe-se que o lado cru dos caras ficou meio que de lado de vez, e assim entrou algo mais… complexo no estilo dos caras. E a empolgação dos putos continua intacta.

That’s the Way (My Love Is), uma baladinha tradicional. Daquelas que, se você não tomar cuidado, vai ficar com a letra PRESA na cabeça. Não tome cuidado, é Smashing Pumpkins. Tarantula, um dos melhores sons de 2007, puta SONZEIRA EMPOLGANTE. Mais um som marcando a evolução musical dos caras. Eu disse que a empolgação deles continua intacta? Porra, ela AUMENTOU, isso sim. E agora ela transborda, MAIS do que nunca. Aqui eles deixam seu lado cru voltar, ou seja, puta som detonadormente sensacional. Starz começa com suspense e logo explode, definitivamente, o tipo de som que não deixa você ficar parado. United States proporciona mais uma viagem, típico dos caras. Sem perceber, você vai estar com a letra na boca e com as mãos procurando lugares para bater, imitando a bateria. Foda. No fim, um orgasmo.

Neverlost, mais uma vez os caras deixam o lado cru de lado, mas nada demais pra esse tipo de som. Lento, sem novidades e clichê. Mas nem por isso deixa de ser bacana. Bring the Light é um som animado, mas não é dos melhores. Sei lá, por um momento, os caras saíram da linha. Alguns trechos são respeitáveis, como o solo. Outros são… chatos. (Come On) Let’s Go! traz mais um clichê, mas de volta á linha. Som bacana e dançante com algumas variações, bem trabalhado. For God and Country segue a linha clichê, trazendo mais uma viagem dessa vez. Mas nada demais, o som é relativamente fraco. Médio. Então, Pomp and Circumstances encerra o álbum com um som que, eu diria, seria uma… canção de ninar. Não é a melhor forma de se encerrar um álbum que começou daquele jeito, mas fazer o quê. Apesar da pisada na bola, o álbum é respeitosamente um dos melhores de 2007. E que venha mais.

Zeitgeist – Smashing Pumpkins
1. Doomsday Clock
2. 7 Shades of Black
3. Bleeding the Orchid
4. That’s the Way (My Love Is)
5. Tarantula
6. Starz
7. United States
8. Neverlost
9. Bring the Light
10. (Come On) Let’s Go!
11. For God and Country
12. Pomp and Circumstances

A Bússola de Ouro já levou 1 milhão pro cinema

Cinema quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 – 13 comentários

Em 15 dias de exibição em território nacional, o filme A Bússola de Ouro já ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores. O retorno foi realmente positivo, tendo em vista que ele estreou em plena quinta-feira (dia 25 de Dezembro, no NATAL). É claro que isso reflete o sucesso do filme no exterior.

“Tudo isso é resultado de um trabalho sério e sólido para o público brasileiro, que nos ajudou com o boca a boca positivo desde a data de estréia”, analisa Otelo Bettin Coltro, vice-presidente executivo da PlayArte Pictures. “A presença do filme em praticamente todos os cinemas do país e o fantástico desempenho tanto das cópias dubladas quanto das legendadas – que agradaram adultos e crianças de todas as camadas de espectadores – foram algumas das razões desse resultado. Claro que a grandiosidade da produção completou o trabalho. Sucesso por todos os lados”.

Isso deve ter deixado a igreja católica impaciente, tendo em vista que a continuação do filme, baseado em uma trilogia de livros que a igreja considera herege, só sairia se o filme se saísse bem nas bilheterias. Essa polêmica você viu aqui, e acho que ainda é cedo pra pensar em uma continuação. Mas é quase certo, creio. Se continuar como o primeiro filme, podem mandar ver.

Fonte: Grupo Playarte.

Resenha – Número 23

Cinema quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 – 4 comentários

Filme do começo de 2007, mais precisamente do dia 23 de Março aqui, no Brasil. Dia 23 de Fevereiro lá fora. Duas sextas-feiras, uma no mês 2 e a outra no 3. Como bom paranóico, achei que seria certo que essa resenha ficasse comigo, enfim. Com Jim Carrey (Eu, eu Mesmo & Irene), Virginia Madsen (Firewall) e Logan Lerman (Os Indomáveis), o filme tem um propósito: Fazer você sair do cinema procurando por coincidências envolvendo os números 2 e 3, como um completo… idiota. É fato que eles conseguem, mas poderia ser mais.

Hm… braile.

É quase obrigatório comentar que este é mais um dos raros filmes em que Jim Carrey NÃO faz caretas, mas isso é extremamente… vazio. Walter Sparrow (Jim Carrey) trabalha para a… carrocinha, e é pai de família nas horas vagas. É claro que tudo começa com o número 23 sendo mostrado, e você acaba se prendendo a esse detalhe (de procurar por mensagens subliminares) que acaba se esquecendo do filme em si. O cara ganha um livro de sua esposa, Agatha (Virginia Madsen), chamado “O Número 23”. Basicamente, o livro conta a história de um cara obsessivo pelo número 23, extremamente paranóico pelo fato desse número fazer parte de sua vida. Geralmente, quando alguma coisa começa a acontecer com frequência com VOCÊ, se você tiver a imaginação fértil (ou ler a coluna do João Bidu diariamente, mesmo que seja mensal), você vai achar que aquilo está te perseguindo, e vai começar a PERSEGUIR aquilo. Posso me usar como exemplo e, se você não estiver nem um pouco a fim de saber sobre mim, pule o parágrafo abaixo.

O número 3 me persegue, desde 2003. Sério. Muita coisa que eu fazia, falava ou acontecia comigo, estava lá esse número. Posso fazer um Théo Facts com isso. Muita coisa banal, até.
– No 3º colegial, quando eu já não estava mais levando a sério uma idéia absurda de fazer artes cênicas com meu amigo só pra ter a experiência para fazermos um seriado sensacional, uma garota pelo qual eu estava gamadão há 3 anos (eu JURO que eu não estou inventando), me disse do nada (ela costumava dizer coisas do nada) que o número da Arte era… 3. Deve ser mentira, mas que se dane.
– Em minha casa, há 3 andares, sendo que: No andar debaixo, mora meu irmão com seu filho e esposa; no andar do meio, eu e meus pais; e no andar de cima, a laje, moram três cachorros (inúteis). Sim, 3 andares e 3 seres vivos em cada andar.
– Das 6 pessoas que moram aqui, TODAS têm 5 letras em seu primeiro nome (Théo é só um apelido). 5 x 6 = 30. E, pra reforçar, 5 das 6 têm 3 sobrenomes. 5 x 3 = 15; 30 – 15 = 15. Somando os nomes dos cachorros, dá 18. 15 – 18 = -3. E, sem parar, dá pra fazer outra conta: 1 + 8 = 9. 9 : 3 (número de cachorros) = 3.
– Meu nome completo, aquele que eu não gosto de revelar, é formado assim (somando-se as letras, sendo que A = 1, B = 2 e assim vai): 33 (logo de cara) 70 44. Somando tudo: 6 7 8. 6 + 7 + 8 = 21. 2 + 1 = 3. ORRÔ!
– Meu curso atual tem a duração de 3 anos.
– Minha data de nascimento é dia 26. 2 : 6 = 0,333.
– Hoje é dia 10/01/2008. 10 + 1 + 2008 = 2019; 2 + 1 + 9 = 12; 1 + 2 = 3. Ninguém vai acreditar se eu disser que eu só percebi isso agora, mas beleza.
– Tá, já convenci. Com base nisso você fará uma idéia do que eu estou querendo dizer em OBSESSÃO.

“EU PROMETO NUNCA MAIS FAZER UM FILME BOM.”

Lendo o livro, Sparrow começa a se identificar, encontrando semelhanças da história com seu passado. Com o tempo, começa a ficar paranóico e pensa que o maldito livro conta a história dele. Uma série de coincidências o leva a loucura, fazendo-o correr atrás de coisas absurdas e tornar o número 23 um enigma. Eis algumas teses do cara:

– O eixo da terra está inclinado 23,5 graus.
– As células somáticas dos humanos têm 23 pares de cromossomos.
– Os Maias acreditavam que o mundo acabaria no dia 23 de Dezembro de 2012. 20 + 1 + 2 = 23.
– 23. 2 : 3 = 0,666.

E por aí vai.

E é aí que o cara fica completamente maluco, desconfia da esposa e corre atrás de nomes pra saber quem escreveu o livro. Até seu filho acaba entrando nessa onda de enigmas. Com um final não tão surpreendente assim, o filme se torna monótono e você não aguenta mais ver coincidências e toda aquela enrolação. O que era pra ser um suspense cabuloso com um final sensacional, ficou extremamente clichê e, repito, monótono. Em certo trecho do filme você pode dormir e, acredite, você não vai perder nada.

Parece ser um filme doente. Parece.

Chega um ponto que você começa a falar “porra, isso tá errado” e começa a fazer suas próprias contas Só pra poder discordar do filme. E outra, Jim Carrey ficou totalmente perdido nesse papel. Pra um paranóico como eu que esperava se identificar e colocar o DVD na prateleira de melhores filmes, decepcionante. Mas uma boa pra se passar o tempo tentando resolver enigmas.

confira

quem?

baconfrito