Overdose Metallica: St. Anger

Música sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 7 comentários

St. Anger é um álbum que, mesmo tendo recebido boas notas em publicações especializadas [Como 4 estrelas de cinco na Rolling Stone], foi muito criticado pelos fãs. Teve gente que comprou e quebrou o cd, pra se ter uma idéia do radicalismo dos indivíduos…
Eu, particularmente, gosto do álbum. Não digo que é meu álbum preferido, mesmo porque o preferido é de outra banda. Mas é bom. Não chega no nível de um Master of Puppets, obviamente, mesmo porque a banda é outra. Depois das experimentações do Load e do ReLoad, os caras resolveram tacar tudo pro alto e tocar Heavy Metal de vez. St. Anger foi também a última parceria com o produtor Bob Rock. Criticado por não ter solos, por isso “não é Metallica”. Mas porra, os caras tavam no meio de um periodo de transição, com o Hetfield lutando contra o alcoolismo e o baixista Jason Newsted saindo da banda e deixando uma crise.
Parte da raiva que foi despejada sobre o álbum também pode ser oriunda daquelas declarações do Lars [Eu disse que ele fala demais] sobre MP3 na internet e o Napster [Tirando o dito cujo do ar, inclusive], causando polêmica na rede e deixando fãs e não-fãs putos. Afinal, quem nunca baixou mp3 ae?

Agora bota seu St. Anger [Se você não quebrou ele] pra tocar ae e acompanha o faixa-a-faixa:

Frantic começa com guitarra e bateria extremamente aceleradas, já mostrando que os tios se renderam ao Heavy Metal. Depois de uma desacelerada no instrumental, vem o vocal, rápido e não tão forçado quanto antigamente. Tá ficando véio, hein Hetfield? Depois de diminuir mais um pouco, eles voltam à carga. E ficam nesse vai-não-vai até o fim, mas é um bom esquenta pra música-título:

St. Anger, a música, foi o que me fez voltar meus olhos pro Metallica. Não que antes não ouvisse, só não tinha consciência da banda. Gostava de alguns sons, mas não ligava o nome à pessoa. Confesso que a letra [Que eu sei de cor] foi o que mais me prendeu nessa música, que é ótima pra momentos de raiva [No meu caso]. Inicia com um baixo falando: “Ó, eu tou aqui, seus porras!” A guitarra faz ele sumir, e a bateria chega, quebrando tudo. Ai, quando parece que vai vir um berreiro, todo mundo fica quieto e vem um vocal mais melodioso. Mas não se engane, depois de uns versos, ele mostra que não é tão fru-fru assim. E o refrão, que pregou na minha orelha, te faz gritar junto. A mesma coisa de novo: Porrada, melodia, porrada, e cê acha que vai ser assim a música toda. Não vai, o ritmo se mantém praticamente esse até o fim agora. Ai acaba e cê pensa: “Orra, esses sete minutos passaram rápido!”

Some Kind of Monster vem, de mansinho, querendo te pegar antes que cê veja. O problema é que não pega. A impressão da música é que vai acelerar, mas isso não acontece, infelizmente. Fica numa guitarra meio mole, com a bateria abusando dos pratos. Quando o vocal finalmente dá o ar da graça, oa música ganha um pouco de peso. Mas só um pouco. E fica nisso por um bom tempo. Mas como a música é grande, dá tempo de se recuperar um pouco ainda. Pena que só dura até o refrão. E vai assim, morna, até o fim, já que cê já tá vacinado contra essas aceleradas-relâmpago.

Dirty Window começa batendo lata, mas a guitarra chega e empolga, com o vocal aparecendo logo, e te fazendo balançar a cabeça. No meio, fica mais calminha, parece até que vai apagar, sendo até legal. Mas não dura muito. Até aparece de novo, mas combina com a música. Meio repetitivo, fato.

Em Invisible Kid, o instrumental já vem arregaçando tudo, sem dar margem pra firula. Pesado, com a guitarra pegando. O vocal, porém, é meio murcho, sem muita empolgação, contrastando com o resto da banda. E ele a música vai pra baixo com ele. Não o suficiente pra estragar tudo, mas vai. Quando o vocal começa a gostar da coisa, a música já não tá tão empolgante. Ainda mais por ir nesse ritmo de “Não fode nem sai de cima” um bom tempo, até o que parece ser o final. E não é, pro seu desespero. Depois de muitas tentativas, a música broxou. Mesmo voltando ao que tava, não adianta, mesmo porque não tava lá essas coisas.

My World já bate pele desde o início, com a guitarra fazendo um riff manhoso, que te deixa meio intrigado. Ai o vocal vem, todo delicado, e com um refrão totalmente boiola. Deixou a desejar nessa, já que o instrumental não consegue ser muita coisa. Esse é o tipo de música que dá vontade de pular, até…

Shoot Me Again vem com a guitarra fazendo barulhinho, e a bateria querendo mais violência, mais pegada. Só que ninguém deixa, ai ela desiste. E pra piorar, o vocal parece uma mulherzinha. Pelo menos a guitara parou de palhaçada. E parece que o vocal percebe a cagada, porque começa a falar mais grosso, literalmente. A bateria percebe isso e resolve se soltar, levando o vocal junto, que se empolga mais. Só a guitarra se mantem, o que não é ruim. Pena que esse sentimento não se mantem constante, senão a música seria bem melhor. Pra variar, a faixa fica naquela variação pentelha entre rápido e lento, suave e pesado, o que, contrariando as expectativas dos caras, não ficou lá essas coisas. Essa pelo menos não foi tão podre, é audivel.

Sweet Amber tem uma guitarra que não quer se fazer ouvir no comecinho, mas muda de idéia. E começa a tocar com vontade, inclusive. A bateria se junta à ela, deixando a coisa mais acelerada, e consequentemente, interessante. O vocal, dessa vez, encaixa com a música, sem acrescentar nada, mas sem levar embora o clima. Mesmo dando uma desacelerada em determinado momento, não há uma perca de qualidade. Sem contar que tal momento não dura. Mas se repete, naquele ritual de “Vamos desacelerar, quem ouve Metallica quer partes lentas SEMPRE.” Começo a dar alguma razão aos xiitas.

The Unnamed Feeling ignora a anterior e já vem riffando, mesmo que seja um riff tranquilo, e com a bateria marcando o ritmo só no começo, mas indo embora logo. A coisa fica mais interessante quando a guitarra entra com mais vontade. O vocal aparece mais uma vez sem estar no clima da música, deixando ela menos agradável. O que podia ser pesado se torna soturno. Não que estrague a música completamente. Ela é uma boa pra quando cê quiser meditar.

Purify começa com guitarra, e das boas, sem contar a bateria que se faz presente. O problema é o vocal cantando quebrado, zoa um teco com a sua mente: “Caraio, os caras resolveram fazer hip-hop?”. Claro que isso não dura, já que o vocal, e a música te deixam com cara de “PEGADINHA!” Não chega a ser thrash, mas tenta. Meio esganado, o vocal tenta dar um recado. Não consegue, mas tudo bem. Essa é a faixa do “Tentamos. Falhamos fragorosamente, mas tentamos.” Melhor que desistir.

All Within My Hands, mais uma que bate pele antes de mais nada, ou no caso, pratos. A guitarra entra com tudo, e cê fica esperando o vocal, ansioso. E ele vem, à princípio quase inexistente, mas vai gradativamente subindo de escala. O que é ótimo: Berros! Não de se esgoelar, mas pelo menos não é cantoria comportada. Finalmente o vocal tem destaque, e comanda a música. O grande problema é que o resto da banda parece se esconder com isso. E são oito minutos que não passam tão rápido quanto poderiam, se o vocal não abafasse o resto.

Apesar do clima de “Uma música longa e meio repetitiva”, o St. Anger é bom. Eu tinha uma impressão deixada pela música-título, mas ouvindo novamente, abaixei um pouco a bola. O que não quer dizer que os xiitas estejam certos: O álbum ainda é legal. Não é uma obra-prima, mas pra situação que os caras tavam, até que não é tão ruim. Se fosse outra banda, ia ter muito neguinho babando o ovo até hoje.

St. Anger – Metallica

Lançamento: 2003
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Frantic
2. St. Anger
3. Some Kind of Monster
4. Dirty Window
5. Invisible Kid
6. My World
7. Shoot Me Again
8. Sweet Amber
9. The Unnamed Feeling
10. Purify
11. All Within My Hands

Overdose Metallica: Death Magnetic

Música sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 12 comentários

Eis que eu fico sabendo que o Metallica está gravando um novo álbum. Não boto a menor fé. Quando ouço músicas ao vivo, boto MENOS ainda. Aí eles começam a lançar uma música por semana, e a coisa vai ficando crítica. Mas… pra melhor ou pra pior? A crítica você vê agora. Não costumo usar um parágrafo por faixa, mas essa merece.

Faixa-a-faixa

That Was Just Your Life começa trazendo um suspense daqueles, aumentando as expectativas. Suspense TRANSBORDA no trampo novo do Metallica. Eis que a música começa de verdade, e você vê que os caras NÃO voltaram às origens MESMO. Você já fica puto, compara com alguma obra fracassada – como os últimos 3 álbuns dos caras – e… vem o refrão. Não sei em relação à vocês, mas minhas orelhas levantaram. Como toda música do Metallica, obviamente esse refrão vai se repetir mais umas três vezes, então eu começo a prestar atenção no que eu estou ouvindo, como se nada tivesse acontecido. E volta o refrão. ESPETACULAR, PUTA MERDA! Se as próximas faixas continuarem assim, terei o orgasmo mais intenso da minha vida.

The End Of The Line o começo dessa faixa lembra bastante algo do Black Album, mas não vamos citar os últimos quatro álbuns da banda por aqui. O ritmo segue mais rápido, são os caras tentando reinventar o Thrash Metal e… se dando bem, pelo menos até então. Bom, o refrão é meio “estranho”, talvez eles deveriam manter aquela linha de PEDRADA no refrão, afinal, assim ficou meio… pobre. Acho que ninguém gosta de ouvir o James CANTANDO, né? Pois é, bola fora. Quando está pra chegar o solo, a coisa anima… mas cai logo quando o solo chega. Apostaram no peso e esqueceram da velocidade, mais uma bola fora. Resumindo, o som é bacana, mas bacana é uma média abaixo de Metallica. O pior é que o refrão vicia, e é orgasmática essa forma com que os caras trabalham seus sons de 7 minutos, com inúmeras variações.

Broken, Beat & Scarred tem uma intro duvidosa, e depois acaba lembrando um daqueles álbuns que estamos proibidos de comentar por aqui. Mais pra frente, ela vira um misto dos três últimos álbuns. Isso parece absurdamente ruim, certo? Pois bem, foque na parte boa desses álbuns. Sim, é pouca coisa, mas foque nisso. Misture. Agora sim! Essa faixa é então a parte boa dos últimos álbuns do Metallica, e aqui o solo é valorizado com o “novo” Thrash Metal dos caras. Inclusive, a música melhora MUITO após o solo. Vai por mim.

The Day That Never Comes, antes tão criticada, ganhou agora um tempero. É incrível como um som melhora relativamente quando ele está em seu habitat natural. Intro completamente nostálgica, e é assim que a bateria soa a música inteira. Quando James começa a cantar, você sente um certo amadorismo, principalmente pelas desafinadas do cara – sério, ele canta muito mal quando não está arranhando a garganta. Como não há de faltar, temos aí um som que segue a linha de Fade to Black & afins. Com uma qualidade relativamente inferior, é claro. A música é bem cansativa pra você que está aqui pra ouvir Thrash Metal, mas se torna mais empolgante lá pelos seus 4 minutos. Se você quer se empolgar DE VERDADE, vá para os 5 minutos. Cara, é esse tipo de som que você pediu ao Metallica, não tem pra ninguém. ABSURDAMENTE EMPOLGANTE.

All Nightmare Long traz uma intro que lembra Enter Sandman – ou sou só eu que pensa assim? Eis que começa um som que, definitivamente, está te chamando pra porrada. E você vai. Temos aí mais um som que segue a linha “o que sobrou de melhor do pior”, com um peso relativamente maior. E aqui os caras ABUSAM do solo, fazendo a coisa ENDOIDECER DE VEZ, um êxtase espetacular. E continua lembrando Enter Sandman em alguns trechos finais.

Cyanide é mais uma faixa “daquelas”, a terceira. Aqui temos um ritmo mais constante, e uma explosão a cada refrão. Não é um dos melhores e nem um dos piores, é apenas uma faixa que não traz nada de novo, mesmo.

Pelo andar da carroagem, você sabe que The Unforgiven III não vai ser nada espetacular. Nada de peso, nada de agressividade… quem sabe algo até mais depressivo ainda. E é exatamente assim que o som começa. Quando James começa a cantar, a música não fica muito distante de sua segunda parte – o que é ruim. E a coisa prossegue, causando um certo constrangimento por conta dos “gritinhos” de James. No terceiro verso você já está acompanhando a bateria, como se você se ENTREGASSE àquilo. Normal, o ritmo não deixa de ser levemente contagiante, mas não deixa de soar constrangedor. Eis que a hora do solo vem, e temos uma ponte que lembra… System of a Down. Esse som lembra System of a Down. E vem o solo, devastando tudo, mesmo com uma guitarra base evacuando riffs lentos. O som acaba e você vai querer ouvir de novo pra saber se a música é realmente ruim. Eu passo.

The Judas Kiss chega tímida, mas logo se solta de uma forma espetacular em seu refrão EXPLOSIVO. Ainda não é tudo aquilo que você queria, mas é empolgante DEMAIS. E, porra, o que é aquele solo? Mais uma vez, um abuso… digo, um ESTUPRO de solos ESPETACULARES.

Eis a hora de testar o instrumental dos caras: Suicide & Redemption. Não começa muito bem, traz um ritmo “meloso” DEMAIS pra tudo que os caras já fizeram. Vale uma viagem, mas a faixa é fraca. Mas, ainda assim, os caras sempre deixam o melhor pro final.

My Apocalypse é simplesmente a melhor e mais empolgante faixa do álbum, tanto que aumenta e MUITO a nota final. O som é EXTREMAMENTE oldschool, nervoso E vibrante. É esse o Metallica que eu sempre quis, mas esse Metallica só existirá em pequenas dosagens daqui pra frente, ao meu ver. Enfim, já é um dos melhores sons da banda. Sem a menor dúvida, entraria na SEGUNDA posição deste top 10. Nunca imaginei que os caras fossem me impressionar TANTO.

Crítica Geral

Era infinitamente impossível acreditar que o Metallica fosse voltar com um trampo decente. Acho que após um bom tempo de fama, os caras resolveram dar mais uma chance aos fãs ainda vivos, e voltarem – ou pelo menos tentarem – a fazer música de verdade.

Se você já leu críticas por aí, você pode descartá-las de diversas formas. Afinal, hoje em dia qualquer um é crítico, ainda mais aqueles que pensam que apontar os quase DEZ minutos de música é um argumento. Aqui no AOE você acompanhou críticas de TODOS OS ÁLBUNS da banda, pode ficar tranquilo que a gente sabe o que diz. E isso não é pretensão, é fato. Quem VIVE a música TEM moral pra meter a boca. Tirando o estagiário, que pegou os piores álbuns.

Pois bem, o Metallica, de certa forma, realmente tentou reinventar o Thrash Metal, mas ESQUECEU de investir PESADO nisso, se é que vocês me entendem. Obviamente a banda é um tanto quanto criativa, e creio que eles irão optar por isso e trazer o Thrash como tempero, deixando o Metal clássico E pesado como recheio E cobertura. Sinceramente, aprovado. Eles reaprenderam a tocar, mas ainda não reaprenderam totalmente.

Enfim, conclusão: Temos aqui o MELHOR álbum depois dos quatro primeiros que a banda lançou. Black Album é o início da decadência, em termos de Metallica. E, porra, lembra do que os caras tanto prometeram para o Load, depois para o Reload e DEPOIS para o St Anger? Aqui eles cumpriram. Se este álbum fosse lançado depois do Black, a situação da banda seria terrivelmente melhor nos dias de hoje. Rezemos para que os próximos álbuns sigam esta linha.

Título do CD – Nome da Banda

Lançamento: 2008
Gênero musical: Metal
Faixas:
1. That Was Just Your Life
2. The End Of The Line
3. Broken, Beat & Scarred
4. The Day That Never Comes
5. All Nightmare Long
6. Cyanide
7. The Unforgiven III
8. The Judas Kiss
9. Suicide & Redemption
10. My Apocalypse

Overdose Metallica: Tira

Música sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 6 comentários

Stay thrash, putos!

Destaques da Semana em DVD – 08 à 12/09

Cinema sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 0 comentários

Efeito Dominó: O filme comprova uma tese até pouco tempo quase absurda: Jason Stathan é o melhor representante do gênero ação destes últimos anos, principalmente daquele estilo de ação mais absurdo como Adrenalina. Aqui, o competente diretor Roger Donaldson recria a Inglaterra dos anos 70 para ilustrar um caso real que envolveu traficantes, chefões do submundo inglês e a realeza britânica. Conspiração, cenas de ação e um bom roteiro contam pontos para um dos melhores filmes pipoca do ano. Na trama, Terry (Jason Statham), um homem com passado suspeito, está diante de uma oportunidade única em sua vida: é convidado pela linda Martine (Saffron Burrows) a ser o líder em um assalto sem erros, pistas ou rastros. O alvo são cofres pessoais de um grande banco, repleto de milhões em dinheiro e jóias. Mas o que Terry e sua equipe não sabem é que esses cofres também guardam grandes segredos, que poderá envolvê-los em uma perigosa rede de corrupção e escândalos, envolvendo altos escalões do governo, a máfia e até a família real. A verdade sobre o crime nunca foi revelada…até agora. Confira a crítica.

Sombras de Goya: Demorou quase um ano para este filme chegar em dvd (depois não sabem o porquê da pirataria, mas enfim…). Filme dirigido pelo mestre Milos Forman (do clássico Amadeus), aqui retratando a vida de Francisco Goya, no elenco o excepcional espanhol Javier Bardem, Natalie Portman (pré corte de cabelos de V de Vingança). A história se passa em 1792, na Espanha, quando o pintor espanhol Francisco Goya (Stellan Skarsgard) era o artista mais famoso do país. Porém, um escândalo abala sua carreira depois que sua musa adolescente Ines (Portman) é acusada de heresia e depara-se com um monge vingativo e manipulador (Javier Bardem) que é uma das maiores forças da Inquisição Espanhola. Existe uma cena de tortura de Ines, que aparece nua e com as mãos amarradas atrás das costas.

Encurralados: Passou meio em branco nos cinemas este suspense com Pierce “007” Brosnan, Gerard “Espartaaa” Butler e Maria Bello (Múmia 3).Na trama, um casal feliz tem a vida transformada em um dia que parecia ser promissor. Eles estão indo passar um final de semana em um chalé do chefe. Mesmo relutando, já que a data coincide com o aniversário da filha, o pai aceita o convite e parte com a esposa para o local. Ao mesmo tempo, eles deixam a menina passar o dia com sua melhor amiga. No caminho, entretanto, são surpreendidos por um homem armado, que entra no veículo e coloca seu parceiro na linha telefônica. O homem do outro lado da linha está com a garota, que foi seqüestrada. A segurança do casal vai por água abaixo e eles precisam atender aos pedidos de um estranho armado e mal-intencionado pelas próximas 24 horas.

Casamento em Dose Dupla: Sabe aquela comédia da mãe que vai morar com o filho e inferniza sua vida e de sua esposa? Pois é, estas são as linhas gerais da trama deste filme que conta com a gatinha Liv Tyler, Dax Sheppard e Diane Keaton, como a mãe, que deve estar com sérios problemas financeiros pois tem aceitado cada papel nestes últimos meses em comédias fracas que chega a dar pena (Loucas por Dinheiro… e Não quero Ser Grande). Na trama, um homem perde o emprego como terapeuta e acha que está no fundo do poço. Mas percebe que ainda pode piorar depois de chegar em casa e dar de cara com a mãe superprotetora e seus cinco cachorros. A mulher precisa de um lugar para ficar, o que acaba atrapalhando, de vez, a vida do filho, que não só precisa procurar um novo trabalho como também tem de agüentar a pressão da esposa, que quer um filho de qualquer jeito. A confusão está prestes a começar. E ele terá de desdobrar-se para sair dessa fria.

Brasil no Oscar 2009, missão impossível?

Primeira Fila sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 3 comentários

Esta semana o Ministério da Cultura divulgou os 14 filmes que foram inscritos para concorrer à vaga de representante do país no prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2009. Nesta segunda fase pós a inscrição, os filmes serão avaliados por uma comissão de profissionais da área cinematográfica, entre eles, o roteirista e montador Giba Assis Brasil e o cineasta Paulo Sergio Almeida.

O filme escolhido para representar o Brasil será divulgado no dia 16 de setembro, no Rio de Janeiro. Lembrando que no ano passado o filme escolhido para representar o pais foi O Ano em que Meus Pais saíram de Férias, numa polêmica escolha que preteriu o suposto gosto dos votantes americanos do que o gosto popular, na época Tropa de Elite era o filme mais comentado do ano, ainda ser ter tido seu lançamento nos cinemas.

Ainda assim, o filme terá que passar pela seleção da Academia oficial do evento norte-americano, que no ano passado deixou de lados conceituados filmes como O Orfanato e 4 Meses, 3 semanas e 2 Dias de fora da lista final dos cinco indicados para o prêmio.

Confira os inscritos, mas já vou adiantando não levo muita fé em nenhum dos filmes para chegar ao tapete vermelho em fevereiro. Não que sejam filmes ruins, mas nenhum teve grande repercussão entre os críticos e o único campeão de bilheterias é o “ok” Meu Nome não é Johnny.

A Casa de Alice, de Chico Teixeira
Laureado com prêmios em diversos festivais nacionais e internacionais, o filme está chegando em dvd neste mês;

A Via Láctea, de Lina Chamie
Drama intimista com Marcus Ricca e Alice Braga já disponível em dvd;

Chega de Saudade, de Laís Bodanski
Talvez o único filme que conseguiu arrebatar um público acima da média neste ano, entre os filmes nacionais, e que conseguiu agradar a crítica pela sua simpática e simples trama, méritos da diretora Laís Bodanzki;

Era Uma Vez, de Breno Silveira
Ainda nos cinemas tem conseguido alguma repercussão meio Ame-o ou Deixe-o, não consegue projeção pela simplicidade de sua trama (não que isto seja um defeito);

Estômago, de Marcos Jorge
Um dos principais filmes nacionais do último Festival do Rio, não teve repercussão popular. Esta comédia dramática permanece inédita em dvd;

Meu Nome não é Johnny, de Mauro Lima
Fez um estrondoso sucesso no início do ano, pegando carona no embalo de Tropa de Elite, mérito da trama fácil de acompanhar e no carisma ímpar de Selton Mello;

Mutum, de Sandra Kogut
Foi o grande vencedor do Festival do Rio 2007, ganhou o troféu Redentor de Melhor Longa Ficção, eleito pelo júri oficial da competitiva Première Brasil, permance inédito em dvd;

Nossa vida não cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro
Recém lançado nos cinemas esta comédia foi a grande vencedora do 12ª Cine PE, e conta com o veterano Paulo Cesar Pereio no elenco;

Olho de Boi, de Hermano Penna
Recém lançado nos cinemas, porém, em circuito de exibição restrito;

Onde andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado
Baseado em obra do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, o filme já passou pelos cinemas, permance inédito nos cinemas. Conta com Maite Proença e Carolina Dieckman no elenco;

O Passado, de Hector Babenco
Co-produção entre Argentina/Brasil, este filme conta com Gael Garcia Bernal (Amores Brutos e Ensaio sobre a Cegueira) como protagonista, uma história que foca três relacionamentos mal-sucedidos vividos por Rimini (Gael Garcia Bernal). O tempo todo, o filme trabalha com as memórias e os percalços pelos quais o protagonista passa para conseguir se relacionar com estas três mulheres;

Os Desafinados, de Walter Lima Júnior
Recém lançado nos cinemas, conta uma trama que faz homenagem à Bossa Nova, tem no elenco Rodrigo Santoro, Claudia Abreu, Selton Mello, Ângelo Paes Leme e Alessandra Negrini;

O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli
Filme roteirizado e protagonizado por Bruna Lombardi (ainda lindissíma), com a direção do seu marido – às vezes, ator – Carlos Alberto Riccelli, fazendo um panorama (filme mosaico) de diversas personagens em São Paulo tendo como ponto de partida um programa de rádio apresentado pela astróloga Teca (Lombardi);

Última Parada 174, de Bruno Barreto
Único ainda inédito nos cinemas, sua estréia deve ocorrer agora em Outubro. O filme é a versão ficcionalizada da história de Sandro Nascimento, rapaz morador de uma favela do Rio que chamou a atenção do Brasil em 2000, quando seqüestrou um ônibus no bairro Jardim Botânico. O caso foi retratado antes no cinema pelo diretor José Padilha (Tropa de Elite) no premiado documentário Ônibus 174;

Overdose Metallica: ReLoad

Música quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 8 comentários

Logo depois de ter lançado o Load, [Logo depois, no caso, um ano e meio depois], o Metallica foi na onda e lançou o ReLoad, que, como o próprio Lars disse [Acho que ele fala demais]: “É a segunda metade do Load. Só demorou um ano e meio pra vir.”
Inclusive, a idéia inicial era lançar os dois, Load e ReLoad como um álbum duplo.
E, enquanto o Load teve como capa a arte “Blood and Semen III“, o ReLoad usou “Piss and Blood“. Me recuso a explicar que piss é mijo.
O álbum também terminou com as experimentações do Metallica… Pelo menos no blues.

Vamos às músicas então:

Fuel tem um começo esmagador. Bateria que não te deixa parado e guitarra acelerada, enquanto o vocal manda o clássico “Gimme fuel, gimme fire, gimme that which I desire“. [E quem nunca cantou isso com um “Charizard” ai no meio, hein?]. Clássico instantâneo, foi regravado até pela Avril Lavigne. Sem mais, essa porra de música é foda pra caralho.

The Memory Remains, apesar de não ter a mesma pegada, também é considerada, por mim, uma ótima música. Meio lenta, sim, mas quem liga? As batidas são bem marcadas, a guitarra não se esconde, pelo contrário: faz questão de marcar presença. E o vocal voltando àquela porra de coisa mais rasgada que a gente tá acostumado. E aquele backing vocal que fica “Laralala” e tal é bizonho, mas ao mesmo tempo legal. E quando cê acha que terminou, a música te pega de calças arriadas. Só essas duas primeiras já são mais Heavy Metal que o Load inteiro, PORRA!

Devil’s Dance vem com uma bateria meio quieta, mas não se deixe enganar, pois a guitarra logo mostra à que veio. Depois, dá uma diminuida na velocidade, mas não perde peso. Tudo bem, não é tão foda quanto Fuel, mas mesmo assim, segura bem o nível do álbum. E o solo é daqueles que você ouve e pensa: “WTF?”

The Unforgiven II é uma seqüência ao single do Black Album. Mas eu reconheço essa mais facilmente que a primeira. Clássico das rádios no final da década de 90, quando eu era uma criança estúpida que não sabia o que era boa música, mas já gostava dessa porra. Pois é, mau gosto é uma coisa reversivel, olha que beleza. Quem sabe você não consegue salvar a sua irmã que ouve axé? Ou manda ela pra mim. (heh)

Better than You começa em silêncio. Seria isso um mau sinal? Nada, é só pra te deixar preocupado mesmo. Logo entra a guitarra com um riffzinho bonito e a bateria, sem força, mas sem moleza. Não chega a comprometer o álbum, mas eu dei uma distraida durante essa música. Se bem que vai ficando mais empolgante no final.

Slither chega meio estranha, nem parece música, mas uma conversa entre o vocal e os instrumentos. Mas isso logo termina e aquela batida que é bem Metallica já vem dar o ar de sua graça. É uma música lenta, mas nem por isso menos pesada, com o vocal variando de tom igual uma puta no cio e um solinho nervoso que deixa a música mais agradavel. É incrivel como tem música que começa morna e vai melhorando.

Carpe Diem Baby me deu a impressão de ser uma continuação da música anterior. Mas só até o vocal começar a desfiar os versos naquela calma, tão diferente dos berreiros do Metallica. A guitarra dá uma cambaleada aqui, deixando a bateria totalmente a vontade pra dominar, que é o que acontece. Mas mesmo assim, a música não engrena como deveria.

Bad Seed parece voltar à experimentação do Load, inicialmente. Mas logo os caras se tocam e tocam direito. Guitarra volta a dominar a cena. Ou melhor, volta a aparecer, já que a bateria não tem como ser abafada. A música pelo menos recupera a pegada que a outra perdeu, mas a empolgação pede mais que isso pra retornar.

Where the Wild Things Are traz uma guitarrinha tocando de leve, e o vocal sussurrando. Mas logo a bateria lembra todo mundo: “Ei, eu tou aqui!”. O problema é quando a música diminui a marcha, se tornando pegajosa. Não no sentido de grudar na sua mente, mas de ficar viscosa. Sorte que isso não dura muito. E o solo tarda mas não falha, afinal, não é o St. Anger que você está ouvindo.

Prince Charming vem com tudo na guitarra, fazendo você se mexer. Não chega a ser Thrash, mas é quase, manja? Rápido e sujo. É agora que cê pega o lança-chamas improvisado e derrete o Load. Até essa música mediana é melhor que aquela bosta. Essa joça dá vontade de bater cabeça! E eu não tava botando fé nela.

Low Man’s Lyric é clássica. Eu só não sabia que ela era ela. Puta música foda! A guitarra roçando de leve, a bateria que só marca o ritmo, uma coisa suave, mas que cê presta toda a atenção do mundo. Alguns mais frescos chegam a dizer que essa música aflora o lado fenfivel da pessoa. Se, depois de ouvir isso, você sentir vontade de “Dancing Queen” do ABBA, cuidado!

Attitude puxa de volta o espírito Metallica com suas batidas marcantes e os power riffs da guitarra. Só acho o vocal meio burocrático. Tá lá porque tá, não tem o mojo… A música seria muito melhor se fosse instrumental, o solo só cofirma essa minha idéia, mas já tá ae mesmo, então deixa assim.

Fixxxer fica com firula logo no começo, guitarras fazendo nhé nhé nhé, isso enche. Por isso que a batera já mói e fala: “Vamo parar de viadagem aqui?” Ai a música engrena. E vai ficando mais empolgante conforme vai indo. O porém é que vai perdendo força na metade. Mas só um pouquinho. Depois volta a tocar riffs maneiros. Mas a música já não tá com tudo aquilo.

Conclusão final: ReLoad foi meio que uma coletânea de clássicos não lançados mesmo com algumas músicas meia-boca no rolo. E tenho dito.

ReLoad – Metallica

Lançamento: 1997
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Fuel
2. The Memory Remains
3. Devil’s Dance
4. The Unforgiven II
5. Better than You
6. Slither
7. Carpe Diem Baby
8. Bad Seed
9. Where the Wild Things Are
10. Prince Charming
11. Low Man’s Lyric
12. Attitude
13. Fixxxer

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 2. Scooby Doo

Cinema quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 2 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

SIM, eu gostei do filme. Isso não o torna bom o suficiente. NÃO, eu não gostei do que fizeram depois, tipo a nova série que vive reprisando no Cartoon Network (E que inferniza minha vida quando nada tenho a ver na tevê). SD foi uma ótima idéia, só que teve vários deslizes: O irritante cachorro virtual é um deles. O maior talvez.

“Argh!!! Scooby, ou faz alguma coisa ou sai daí detrás!”

Claro que não tira a vantagem para as crianças, o real público de um filme que deveria ser homenagem à gente com 40 anos: Assistir a um quase desenho, com atores reais, que vai diverti-los e fazê-los ter brinquedos para comprar. É nesse sentido que Scooby Doo é melhor. É um produto que vende, é interessante e desrespeita só um pouco a mitologia da história original.

Mais uma cena genérica de “Vamos nos separar!”

O melhor ator do filme é exatamente aquele que aparece pouquíssimo. Rowan Atkinson, o eterno Mr. Bean, faz um papel curioso e excêntrico… Só pra variar. Depois dele está Matthew Lillard, que ganha pontos por passar 50% do filme falando com o nada, vulgo Scooby Doo, e por pegar a apetitosa Isla Fisher, e sua dupla inseparável, o insonso Freddy Prinze Jr., que até ganhou uma série interessante mais tarde. Completam o elenco Sarah Michelle Geller e Linda Cardellini, as outras duas colírios ao lado de Isla e que compensam em seus papéis. Geller pode até aproveitar parte do que aprendeu quando Buffy, já que Daphne aparentemente cansou de ser sempre apanhada e começou a bater também. Bizarro? Veja o filme.

E tem gente que jura que eles só estavam preparando um sanduba vegetariano

A pior parte foi o flashback com o Scooby Loo. Ele já estava bem zoado, aquela cena, que talvez só tenha servido para mostrar o elenco com as roupas originais dos personagens (E Geller num vestido ainda mais apertado), era desnecessária. Poderia ficar no vácuo, apenas uma frase de algum personagem explicando sua indignação. Mas eu sou crítico-telespectador, não roteirista… Ainda bem, Hollywood.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 2. Scooby Doo 2: Monstros à Solta

Cinema quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 3 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Ok, a maioria dos filmes da parte ruim deste NTop são continuações dos filmes da parte boa. Não me culpem, culpem Hollywood! São eles que autorizam qualquer roteiro que vêem pela frente. SD 2 é a ovelha negra do NTop. Sabe qual o maior defeito de Scooby Doo 2? Ser a continuação de Scooby Doo. Acontece que, por mais idiota que pareça, este filme merecia ser o primeiro, aliás, o único dos dois. É uma homenagem á série original, ao contrário do primogênito.

Vê se essa aí te lembra a nerd gordinha e baixinha…

A trama, mais cartunesca, é bem parecida com um dos desenhos produzidos no final da série original, fazendo sátira de si mesma e ao mesmo tempo tentando renovar o velho sistema: Entram numa fria, apresentam todos os suspeitos, plano que dá errado do Fred, Velma resolve tudo. A novidade fica por parte dos monstros, todos tirados de episódios clássicos, que agora são reais, no mesmo estilo que o primeiro filme, porém, com uma explicação que, se não menos fajuta, ao menos não é tão besta quanto os demônios antigos aprisionados na ilha.

“Er… Sarah? Não estamos no set de Buffy!”

Mais centrados em seus papéis e menos em aparecerem nas cenas solo, os atores conseguem convencer como Fred, Daphne, Velma, Salsicha e, vejam só, Scooby Doo. O papel de chato da vez fica com Seth Green, que interpreta um pretenso namorado da Velma e que não faz muito como personagem, mas que tem importância para a trama. A conclusão do filme, por outro lado, é de lascar, sendo, no máximo, engraçadinha.

Ainda me espanto em terem o mesmo dublador… Shoots!

O 3D&T está de volta!

Games quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 18 comentários
Bel Niele como sempre roubando
a cena com o seu… volume.

O sistema Defensores de Tóquio (D&T para os íntimos) foi lançado em 1994 com poucas páginas e extremamente simples, e era uma sátira aos heróis japoneses com seus gritinhos, códigos de honra bizarros e golpes milaborantes – daí veio o nome. No ano seguinte lançam Advanced Defensores de Tóquio (AD&T, parodiando o AD&D), que não mudando muito as coisas até que eles licensiaram jogos famosos como Street Fighter, Mortal Kombat, Darkstalkers e Megaman, e fizeram vários pequenos livros, cada um com conteúdo próprio ao material licensiado mas que compartilhavam o mesmo simples sistema de regras, o 3D&T — Defensores de Tóquio 3ª Edição.
Com o tempo o sistema foi se expandindo através de matérias na Dragão Brasil, que na época era tocada pelos mesmos autores do 3D&T, e ganhou seu primeiro manual completo, o Manual 3D&T. Ainda vieram depois as versões Revisada e Ampliada e a edição Turbinada, ambas alterando algumas poucas regras, sendo a última lançada em 2003. Foi lançada também um 4D&T, mas era só um D20 alterado para chamar o público do 3D&T e merece ser ignorado, pois não chega a ser um sistema propriamente dito.

O bom do 3D&T é a simplicidade. O sistema é absurdamente simples, não é nescessário nenhum dado de nerd para jogar, dados de seis faces bastam, e definitivamente ele é o melhor sistema para se ensinar alguém a jogar, sendo o primeiro RPG de muita gente, como eu.

A partida de 3D&T é mais solta e descontraída. Menos regras, mais piadas e risos. O jogo sacrifica densidade e realismo para conseguir isso, não sendo uma maneira pior muito menos melhor de se jogar, apenas diferente.
Por causa da simplicidade, da facilidade de atrair noobs à mesa de jogo e da facilidade de expandir o jogo fez com que, ainda que não haja suporte oficial ao sistema a cinco anos, ainda exista gente que joga isso e não desista.

Pensando nesses fãs, e no fato que não há no mercado brasileiro um bom RPG para noobs no assunto, Marcelo Cassaro “Paladino” ressusita parte da infância de muita gente e traz o novo 3D&T Alpha, que como a edição Turbinada não é um novo jogo, e sim o mesmo com diversão melhorias, entre elas:

  • O sistema de combate continua o do Turbinado, Força de Ataque (Força ou Poder de Fogo + Habilidade + 1d) contra Força de Defesa (Armadura + Habilidade + 1d), mas agora no seu turno você pode fazer uma ação (como atacar ou lançar uma magia) e um movimento ou dois movimentos, assim como no D20.
  • Vantagens com preços reduzidos para que os grupos não joguem apenas com personagens de 12 pontos.
  • Praticamente todas vantagens antigas continuam. Uma das melhorias das vantagens é que agora vantagens como Mestre (agora Mentor), Patrono e Riqueza agora são melhores descritas em termos de jogo.
  • Novas vantagens únicas, que no 3D&T representam raças. São elas: humanos, semi-humanos, humanóides, youkai, mortos-vivos, construtos. Muitas também tiveram seu custo reduzido: quase todas custam 0 ou 2 pontos, e nenhuma custa mais de 5 pontos.
  • Algumas desvantagens foram equilibradas, outras sumiram. Inimigo agora é uma vantagem que dá bônus na luta contra certa raça, acabando com a história de pegar a desvantagem Inimigo para ganhar dois pontos e escolher um inimigo muito forte que você jamais vai encontrar.
  • Quatro escalas de poder, Ningen (humano), Sugoi (incrível), Kiodai (gigante) e Kami (deus), cada uma sendo dez vezes mais forte que a anterior.
  • Sistema de magias completamente novo. Agora ele é representado por três vantagens (Magia Branca, Magia Negra e Magia Elemental), cada uma proporciona o uso das magias de sua classe desde que o personagem tenha os Pontos de Magias necessários.
  • Arma Especial não é mais vantagem. Agora para conseguir armas mágicas e outros itens mágicos “compra-se” com pontos de experiência.

Abaixo a capa da bagaça:

Sim, o formato é esse mesmo, 17 x 26cm. Abaixo a contra-capa:

Os Manuais antigos eram vendidos nas bancas e por um preço ridículo comparado ao que se paga por um livro de RPG. O último manual custando R$14,90. Ainda que um pouco mais caro, se distribuído da mesma forma o livro tem tudo para corromper mais uma geração e criar uma nova horda de nerds.
Se você nunca jogou RPG, quer jogar, mas se assusta com o preço dos livros, o 3D&T é um ótimo começo.

Overdose Metallica: Load

Música quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 7 comentários

Esse foi o principio do fim pra boa parte dos xiitas fãs tr00 from hell do Metallica. Cinco anos depois do Black Album, os headbangers do mundo todo babavam e esperneavam por algo novo da banda. E, pra delírio dos fanaticos, o produtor ia ser o polêmico Bob Rock. O porém é: O disco foi lançado, e começou o mimimi…
Ah, eles se venderam…
O que não é mentira, tavam ganhando uma grana. O que aposto que foi a idéia desde o princípio. Ou alguém ae imagina os caras sonhando, no começo da carreira: “Ah, vou mudar o mundo, trazer a paz mundial com a minha música, e sem exigir nada em troca, nem mesmo uma groupie safada.” Até parece, se liga…
Isso não é Thrash!
Certo mais uma vez. Eles largaram de vez o Thrash e focaram no Heavy Metal. E sabe porque? Isso se chama evolução… do Metallica.
E chega de enrolação, vamos ao álbum em si:

Ain’t My Bitch começa com uma bateria melosa, meio sem vontade, como que pegando no tranco. A guitarra entra num riffzinho feladamãe de safado, sem velocidade, mas que te faz bater o pé. A voz malemolente do Hetfield cantando como quem tá ninando alguém, bem diferente dos berros do início de carreira… A música em si é uma grande gelatina: Não que não se sustente, mas não é lá grande coisa. Não é minha puta, mas é uma putaria…

2 x 4 já é um pouco mais acelerada, com a bateria pegando mais legal agora. A guitarra chega mais malemolente, com mais vontade, mas o vocal continua em ponto morto. E contagia o resto da banda, que vai derretendo durante a música. Se foder, se eu quisesse dormir desligava o som e ia pra cama. O que prometia mais empolgação chega a ser pior que a outra música.
E sabe o pior? A música desacelera MAIS AINDA… Retiro o que disse sobre ir pra cama, tá me dando sonzzZZZZZZ… Opa, um solinho bem mequetrefe, acordei! Ih, caraio, tem mais um pouco de canção de ninar, melhor ficar esperto…

The House Jack Built tem uma introdução [Ui!] mais metálica [Sacou?], mas de novo vem uma voz calma, que irrita. E o começo mostra que era só um começo, e a música em si é mais lenta que a anterior. Se é que isso é possível. Mas com a bateria burocrática e a guitarra insossa, somadas a já citada voz de “vou te pôr pra dormir”, você queria o que? Eu disse que o disco é Heavy Metal? Eu quis dizer Sleep Metal. Pelo menos até aqui.

Until It Sleeps começa parecendo que vai ser pior ainda, mas quando a guitarra entra com aquele riff mais elaborado, cê já pensa: “Epa, agora sim vai começar a brincadeira de verdade.” E a batera não desaponta. Pelo menos na parte empolgante da música, que tem dois tons: O mais leve, bonitinho e o pesado, feio. Podiam ter feito só pesado e feio, ia ficar muito melhor. Mas pelo menos a coisa melhorou. Não a ponto de um “AGORA VAI!”, mas melhorou… O sono foi embora.

King Nothing vem com a guitarra fazendo barulhinhos, e cê pensa: Que MERDA é essa? A bateria vem, fazendo mais barulhinhos, e agora você tem certeza: Essa música é uma bosta. Ai a guitarra toma forma e você descobre porque é um noob. Ou não, porque a música nem é tão boa assim… Não chega a dar vontade de pular a música, mas também não dá vontade de continuar ouvindo. Espero que não volte àquela seqüência de músicas de ninar.

Hero of the Day, pelo menos, salva. Não o álbum todo [A menos que você estivesse considerando quebra-lo], mas salva sua mente. A batida é leve, a guitarra não aparece tanto, o vocal tá suave, mas mesmo assim a música ficou boa. E o melhor é que ela não fica nessa lenga-lenga, do meio pra frente ela fica um pouco mais pesada. Um pouco, eu disse, não se empolgue. Você pode bater o pé no chão, mas não acho que vá querer balançar a cabeça.

Bleeding Me dá a impressão que vai se arrastar antes mesmo de começar. Porra, 8:19 de música! E pra aumentar o seu cagaço, fica uma viadagem desgraçada no começo. O vocal, quando começa, é inaudível! E da-lhe bateria manhosa e guitarra fresca. Quem güenta isso? Nas poucas aceleradas, quando parece que vai engrenar… Cuén, cuén, cuén. Quase, mas não foi. E quando parece que a música acabou… A guitarra se anima!
RRÁ! PEGADINHA DO MALLANDRO! Continuou a mesma josta por mais três minutos. Só o solo salva a música da minha vontade de completa obliteração da própria mesmo.

Cure, em compensação, vem com uma bateria mais maneira e a guitarra mais empolgada, sem contar o vocal grave, incrivelmente. Mas pelo menos essa tem pegada. Será que o álbum toma jeito, finalmente? Apesar de alguns trechos bem melequentos, a música até empolga. De leve.

Poor Twisted Me nem parece que começa, dá a impressão que as guitarras tão sendo afinadas. Até que começa a pegada de blues, o que é bem legal. Apesar de que você espera algo mais pesado, vindo do Metallica. Mas o começo do álbum já estripou essa idéia mesmo… Então, se você se levar pela idéia, a música até que é divertida.

Wasting My Hate parece que vai cagar de vez na sua cabeça, mas que bom que nem sempre o início se mantem. Finalmente uma música com cara de Metallica. Ou de um cover meio estranho. Acelerada, mas nem tanto. Com batida, mas sem violêcia. Mas, até agora, a melhor do álbum. O que não é grande coisa, também…

Mama Said vem com um dedilhado maroto. E o vocal soturno pula na sua frente como um mendigo que te pede um real. Ou, no caso, sua atenção. Mas o mendigo de repente toma forma, fica encorpado, enche sua mente. E depois murcha novamente, tal qual um balão. E assim vai, a música toda: Se expande, se impoe; pra logo em seguida se esconder e mal ser notada. Isso sim é uma baladinha: Não é um cocô completo, até dá vontade de ouvir. Se bem que isso pode ser só reflexo da bosticidade das anteriores… Ou então é por ser uma canção sobre mães. Aquela do Ozzy também me afeta.

Thorn Within vem com uma guitarra pesada, o que até dá esperanças pra você. A bateria, só marcando a batida, te deixa esperando. Mas ai vem o vocal, pra variar, e broxa todo mundo, principalmente você. A música era promissora, e desmancha feito um castelo de areia. Fazer o que… Calma, calma, não taque fogo no seu cd ainda, tá acabando. E no fim ela melhora um teco, viu como valeu a pena não pegar a marreta?

Ronnie já cai matando com um riff foda. E finalmente uma música cumpre o que o início promete. Porra, retiro o que disse, ESSA é a melhor do álbum. O vocal convence, a guitarra toca de maneira que empolga, e a bateria se faz presente.

The Outlaw Torn fecha o álbum mais longo dos caras [78:59] com uma música quilométrica: 9:47. E que era pra ter 10:48! Mas isso ia zoar o cd mais ainda e tal.
Parece que começa bem, mas, pra variar, as esperanças caem por terra com um negócio totalmente estarrecedor. Vocal que parece com dor de barriga [E das ruins], guitarra sumida, bateria tão densa quanto um papel crepom. E tudo isso se arrastando por tanto tempo te faz ter idéias homicidas. Direcione isso corretamente: Mate os caras maus. Tipo aquele filho da puta que toca Créu no carro no último volume no meio de um engarrafamento, onde as chances de uma gostosa começar a dançar são próximas à zero. E olha só, enquanto eu divagava aqui, a música ganhou algum conteúdo, ou peso, ou chame como quiser, mas melhorou. E é só falar que ela murcha de novo, se foder. Cês me zicam demais.

Por fim, duas considerações: A capa se chama “Semen and Blood Ill”, e foi criada pelo fotógrafo Andres Serrano. E é basicamente isso mesmo que você leu: Esperma e sangue. No caso, esperma do próprio cara, e sangue bovino. Tudo isso no recheio de duas placas de acrílico.

E o que Lars disse do Load: “Esse álbum e o que nós fizemos com ele – isso, pra mim, é o que o Metallica é capaz: explorar coisas diferentes. No minuto em que você parar de explorar, então apenas se sente e morra, caralho.”

E sabe o que acabou se tornando essa exploração? St. Anger… Mas isso é pra uma outra resenha, mesmo.

Load – Metallica

Lançamento: 1996
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Ain’t My Bitch
2. 2 × 4
3. The House Jack Built
4. Until It Sleeps
5. King Nothing
6. Hero of the Day
7. Bleeding Me
8. Cure
9. Poor Twisted Me
10. Wasting My Hate
11. Mama Said
12. Thorn Within
13. Ronnie
14. The Outlaw Torn

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