Overdose Metallica: …and Justice for All

Música terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 6 comentários

1988, um ano depois da trágica morte de Cliff Burton. O Metallica retoma as suas atividades e lança mais um disco, com o novato Jason Newsted no baixo. Aqui começam algumas mudanças no som dos caras, mas nada que comprometa a qualidade da música. A agressividade presente nos álbuns anteriores ainda existe, claro, mas não é difícil perceber um ar um pouco melancólico em algumas das músicas. Existe também uma ênfase maior em críticas sociais e políticas, começando pela capa: a própria Justiça sendo derrubada por cordas e o nome em grafite no canto.

Claro, existe o lado ruim das mudanças. O baixo de Newsted, por exemplo, é praticamente inexistente, não sendo identificável por uma série de motivos, como o fato do baixo simplesmente seguir a guitarra de Hetfield na maioria das músicas e a ausência do baixista nas sessões de mixagem do disco. Tudo isso porque o cara era o novato da banda, claro. Estagiário não sofre só no AoE.

O disco é iniciado como um turbilhão que se aproxima, com as guitarras no começo de Blackened mostrando que vem algo VIOLENTO por aí. E vem. O riff de começo da música entra descendo o sarrafo em tudo. Blackened é thrash puro, e com um refrão que gruda pra caralho na cabeça. É o tipo de música feita pra bater a cabeça. De preferência na cara dos outros.

A música-título do álbum começa com um riff quase introspectivo, bem melódico e calmo, até que certas pontadas de agressividade mostram o sarcasmo dessa introdução. É quase como ver uma daquelas músicas militares sobre glória se transformar numa explosão de fúria rebelde. Aí entra a música de verdade. E daí pra frente é só pauleira. ORRÔ!

Eye of the Beholder continua infestada de riffs agressores empolgantes pra cacete e mais crítica social numa letra bem direta.

Depois temos um dos grandes clássicos dos caras, que acabou virando o primeiro clipe da banda: One é uma música absurdamente forte. A letra tem peso pra cacete, os riffs – desde os primeiros, mais lentos e tristes, até a metralhadora de riffs destruidores no final – são completamente BRUTAIS e a entrada do último solo é de empolgar qualquer um. Essa porra merece até o vídeo aqui. Se foder.

Passada a moeção, temos… mais MOEÇÃO! The Shortest Straw é grosseira pra cacete, lembrando, em alguns pontos, Megadeth, e em outros algumas músicas que os caras vão criar mais à frente, pro álbum Metallica – ou Black Album, como é mais conhecido.

O mesmo vale pra Harvester of Sorrow. A pancadaria aqui continua intensa, mas já não é mais o racha-crânio típico do Ride the Lightning, por exemplo. O andamento aqui é um pouco mais lento, mas o peso não se perde. A não ser, é claro, pelo pequeno problema do “baixo inexistente”.

The Frayed Ends of Sanity merecia um baixo empolgante pra cacete. Merecia mesmo. O que existe pra se falar da música, de qualquer jeito, já foi dito do resto do CD. Peso, agressividade e riffs empolgantes. Se parece com Through the Never, do black album, em algumas partes. Música legal pra cacete, de qualquer jeito.

A nona faixa traz um último suspiro de Cliff no Metallica. Tudo o que existe em To Live Is to Die vem do ex-baixista da banda, desde os riffs que o cara tinha criado e nunca tinham sido usados até as “letras”, recitadas por Hetfield no final. Esses riffs podiam ter salvo o Metallica num St. Anger da vida, aliás. De qualquer jeito, a homenagem ao cara é muito justa. Cliff ‘em All!

Dyers Eve fecha o álbum PANCANDO tudo. Se você não rachou alguma cabeça com a empolgação até o final da música (a sua própria conta), desista: o thrash metal não é pra você.

Resenhar um dos discos antigos dos malucos é o tipo de coisa que me faz lembrar por que eu ainda dei o benefício da dúvida pro Metallica depois do St. Anger. E fiz bem, aliás. Thrash ‘till death, seus fodidos de merda!

…and Justice for All – Metallica

Lançamento: 1988
Gênero musical: Thrash Metal
Faixas:
1. Blackened
2. …and Justice For All
3. Eye of the Beholder
4. One
5. The Shortest Straw
6. Harvester of Sorrow
7. The Frayed Ends of Sanity
8. To Live Is to Die
9. Dyers Eve

Bônus:
Versão Japonesa:
1. The Prince (cover de Diamond Head)

Amazon MP3:
1. One (ao vivo)
2. …and Justice for All (ao vivo)

Overdose Metallica: Master of Puppets

Música terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 6 comentários

Eu nem sou fã de Ozzy, mas nesse aspecto nós concordamos: Master of Puppets é uma das melhores coisas que já foram produzidas no vale das sombras e da morte do heavy/thrash metal. Lançado em 1986, foi o último album a ter participação do Cliff Burton, que morreu seis meses depois. Muita gente diz que foi aí que a banda começou a cair de nível, misturando a morte do baixista misticamente com o fato de Metallica ter ficado ruim alguns albuns depois (eu, particularmente, gosto até o ReLoad). Como se ele fosse o único responsável pela delicinha que é Metallica, ou… como se o espírito do cara ficasse prá assombrar o restante da banda com músicas ruins de morrer, ou que intencionasse levar todos os fãs da banda junto com ele para o túmulo, mortos por desgosto e decepção.

– Galera, escuta essa música que conheci aqui no inferno: saaaint anger ‘round my neeeck…

O que importa, depois de tudo isso, é que Cliff ainda caminhava entre os vivos para contribuir na obra-prima que é Master of Puppets. Mesmo sem ser lançado um single, vendeu mais de seis milhões de cópias nos Estados Unidos, e foi o primeiro album de thrash metal a entrar no Top 40 da Billboard 200 (em uma injusta 29° colocação!). Pois é, mesmo sem divulgação na TV ou nas rádios, os caras chegaram chegando e se firmaram como sensação. Até hoje, creio que 90% dos fãs de Metallica colocam os três primeiros albuns (Kill ‘Em All, Ride The Lightning e Master of Puppets) como os melhores da banda, só mudando, talvez, Master of Puppets de primeiro prá segundo lugar com Ride The Lightning. Tô errada?

Vamos ao album, então.
“Battery” chega enganando, na manha. Nêgo começa ouvindo e pensa “puxa que balada bonita de violão… meio soturna, mas bonita” e então o primeiro minuto se passa e lá vem PESO. “Battery” é veloz e empolgante, e eu encontrei pela internet da vida um parágrafo que muito bem descreve essa música:

Com velocidade de um carro de Fórmula 1, com a força de um trator, entre outras características, uma música dotada de um riff excepcional, e injeta no seu corpo adrenalina até o limite do suportável. A música vai rolando e ladeira abaixo e se tornando repentinamente mais lenta, para logo após entrar em uma parte rápida e Kirk solta das cordas um solo que você tem que pegar o queixo de volta do chão quando ele acaba. A porradaria novamente volta furiosa e prossegue quebrando tudo ao final. Pérola do Heavy-Thrash que só o Metallica SABIA fazer…

Fonte: Um blog pessoal de um desconhecido aí

Mas “Battery” é frufru como a Sandy usando um vestido rosa e cantando Celine Dion perto do que vem depois, já que “Master of Puppets” não dá nome ao album à toa. Na minha opinião, é uma das top 5 heavy metal de todo o mundo e de todas as épocas. Só de ouvir o tam! tam-tam-taaam! dos riffs iniciais, minha alma se alegra e sorri, ao mesmo tempo que minha cabeça invariavelmente teima em bater. Sério, eu nem consigo descrever o quanto gosto dessa música. Eu não consigo nem saber do que realmente fala a letra. “Master of Puppets” me põe numa espécie de transe em que só penso em obedecer meu mestre quantos neurônios estão sendo esmigalhados ao mesmo tempo. Rola um solo mais heavy tradicional, muito bonito por sinal, depois de tanta destruição… mas que não dura mais que dois minutos. Logo depois do solo vem mais porrada:
“Master, master, where’s the dreams that I’ve been after?
Master, master, you promised only lies
Laughter, laughter, all I hear and see is laughter
Laughter, laughter, laughing at my cries”

E mais um solo destruidor. E vou parar por aqui, porque eu realmente poderia ficar o resto do dia matutando sobre a beleza e força dessa música, mas ainda faltam 6 músicas para falar sobre.

“The Thing That Should Not Be” é outra que me deixa em estado de transe. Ela e “Welcome Home (Sanitarium)” são mais lentas, mas não são baladas. São menos batidas por minuto, mas não chegam nem perto de ser o tipo de música que eu chamo de pinto-murcho. É que não são do tipo que esmigalham, e sim que cobrem de porrada. Mesmo assim, “The Thing That Should Not Be” é viciante, mas não sou tão fã de “Sanitarium”. Ainda assim, admito que o solo que fecha essa música é delicioso, vale a música inteira.

Depois da calmaria de “Sanitarium”, vem “Disposable Heroes” com toda sua fúria e agressividade prá cima dos nossos tímpanos. COM CERTEZA é uma das melhores músicas do album. A letra descreve um cenário de guerra, com corpos espalhados, barulho de metralhadora e um jovenzinho de 21 anos, filho único, morrendo ali, sozinho, acompanhado apenas de sua arma e conformação e frustração perante a própria morte. E o refrão é aquela coisa de grudar na cabeça:
“Back to the front
You will do what I say, when I say
Back to the front
You will die when I say, you must die
Back to the front”

Simplesmente do caralho. Essa aí é outra música da qual eu poderia ficar o dia inteiro falando e elogiando, mas ainda tenho o resto do album pela frente. Enfim, prossigamos.
“Leper Messiah” começa com a contagem crássica do baterista e com um riff destruidor de cérebro. Tá aí outra que merece ter o volume aumentado até que seus olhos pulem prá fora e seus tímpanos peçam arrego. PESO, cara.
A batida da bateria dessa música é uma delícia, do tipo que me faz tocar air drum no ônibus. O solo de guitarra, é claro, alucina qualquer fã de metal com sua rapidez e elaboração, mas a bateria é um espetáculo à parte. A letra? A letra eu nem sei do que fala, só sei que nós temos algo em comum, mas é só a empolgação no air drum, tendo em vista que eu possivelmente sou mais macho que esse emo aí.

“Orion” é instrumental. Blablabla, eu pulo instrumentais porque acho que os berros fazem parte do metal assim como a cerveja faz parte da vida, mas “Orion” vale à pena. Pesada e com melodia boa, mais te faz viajar que querer bater a cabeça na parede. Da primeira vez que eu ouvi o album Master of Puppets, eu me lembro de ter achado “Orion” um saaaco. Perdoa, ó Pai, eu tinha apenas 13 anos e não sabia direito o que era metal. Hoje em dia, reconheço a grandiosidade dessa música, que parece cair muito bem com amigos e cerveja. Tanto que é a segunda vez só nesse parágrafo que eu falo de cerveja. Culpem os 8 minutos de guitarras distorcidas na minha orelha, vai. Depois de alguns anos de preconceito, hoje essa música merece meu humilde reconhecimento e meu prêmio joinha.

A título de conclusão, ladies and gentlemen, “Damage Inc.” nos é enfiada rabo adentro (sem KY). É o grand finale perfeito, veloz, demolidor, destruidor, arrasador, matador, chutador de bundas e que você deveria ouvir no último volume prá se vingar do vizinho que escuta a Kelly Key dia e noite na sua orelha. Por que? Veja bem:

O solo mais rápido do álbum, daqueles em que pode ter certeza, se Kirk fosse tentar executá-lo todos os dias, todos os anos, ia acabar perdendo a mão, uma hora ou outra. Mas não para por aí! Viradas na bateria, bases que parecem se tornar cada vez mais rápida, James berrando como se fossem os últimos momentos de sua garganta. A música acaba repentinamente, com as famosas e empolgantes paradinhas thrash terminando um disco magnífico.

Impossível dar uma nota baixa para esse álbum. Os solos e bases de James e Kirk e a técnica empregada por Lars e Cliff é realente genial. Coisa que o tempo nunca vai consumir.

Fonte: Um blog pessoal de um desconhecido aí

Impossível dar nota baixa, impossível mesmo. Master of Puppets é um must-have, um cânone da história da música que deve ser ouvido e admirado pelas gerações posteriores. Literalmente, um clássico.

Master of Puppets – Metallica

Lançamento: 1986
Gênero musical: Thrash metal
Faixas:
1. Battery
2. Master of Puppets
3. The Thing That Should Not Be
4. Sanitarium (Welcome Home)
5. Disposable Heroes
6. Leper Messiah
7. Orion
8. Damage Inc.

Repercutindo as séries do Fall Season

Sit.Com terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 8 comentários

Me desculpem aos leitores que acompanham as séries pela tevê a cabo, mas hoje a coluna possui SPOILERS sobre os episódios iniciais de primeira semana do Fall Season, claro que graças aos “meios alternativos” de exibição.

Prison Break – 4ª Temporada

s04e01 – Scylla / s04e02 – Breaking and Entering
Não sei vocês, até porque alguns devem estar acompanhando a 3ª temporada no canal Fox (agora imaginem quando passará esta 4ª temporada), mas PRISON BREAK parece que já deu o que tinha que dar. Não que os episódios deste retorno sejam ruins, estão lá a adrenalina a mil, as situações inverossímeis, todos os personagens, inclusive um morto-vivo; no entanto, a trama básica da série se modificou completamente.

Sai do enfoque as fugas impossíveis e presídios, entram em cena uma organização montada para destruir a tão temida e onipresente Companhia. Inclusive, a introdução desta nova temporada é fulminante e muito, mas muito rápida, assim, em cinco minutos tudo se resolve; me lembrou a organização da série Alias, pelo menos esta tinha a gracinha de Jennifer Garner.

Neste retorno, a ação pelo menos promete ser incessante e as cenas de tensão parecem que serão melhores exploradas, como já observado nestes dois episódios. Dos personagens novos, o novo assassino da Companhia (o marido da médica Miranda Bailey, de Grey’s Anatomy) promete ser O vilão da temporada (bem melhor que os vilões anteriores, oriental de sorrisinho cínico e a boring Gretchen) já o policial Don Self aparentemente vai ser prejudicado pela figura nada ameaçadora do ator Michael Rapaport (que não tem cara alguma de detetive). Só resta acompanhar a série para saber se isto é uma evolução ou uma trucagem dos produtores para esticarem a trama.

Gossip Girl & 90210

Gossip Girl s02e01 – Summer, Kind of Wonderful
90210 s01e01 – We’re not in Kansas Anymore e s01e02 – The Jet Set

Nem vou me ater em muitos comentários destas duas séries teens, ou mimimi, até porque tenho obrigação de agradar a outros paladares que não somente o meu, ou seja, tenho companhia feminina para assistí-los. GOSSIP GIRL volta um pouco melhor que seu final de temporada (até agora não consigo entender todo aquele drama de Serena com seu segredo que durou toda temporada), ainda me incomoda a maneira como certos personagens são tratados, neste início o sem graça Nate pegando uma mulher casada fica díficil de engolir. Whatever, pelo menos ainda sobram as farpas de Chuck e Blair. A série retorna em Novembro na Warner.

Já o retorno marketeiro de 90210, a.k.a. Barrados no Baile, me surpreendeu pelo espaço dado as tramas adultas, até mesmo Kelly (agora, mãe) promete ter sua subtrama; inclusive, tenho que comentar que o sentimento de nostalgia com a antiga série predominou nestes primeiros dois episódios. Vale destacar ainda a presença da veterana Jessica Walter, como vó da nova protagonista (a gracinha esquelética, Naomie), uma antiga diva de Hollywood, sempre com uma “taça de chá” lhe acompanhando! De resto, são os clichês de personagens interagindo no universo escolar (ou melhor, high school). Não posso deixar de comentar que ainda me incomoda a idade dos jovens na série, neste episódio uma das protagonistas faz 16 anos, mas a atriz que interpreta ela já passou faz tempo por esta idade, tem atualmente 21 anos completados! A série será exibida em Novembro pelo canal brasileiro Sony.

Dexter

s03e01 pre air Our Father
E pra surpresa geral, não pela primeira vez, vazou na internet o primeiro episódio da terceira temporada da genial série DEXTER; aqui o FX começa a exibir a 2ª temporada em Outubro. Nesta volta da série, marcada oficialmente para 28/09, começamos a observar uma modificação dos personagens, o episódio em si está muito intimista e parado, um pouco abaixo da média de DEXTER.

No entanto, dá para notar que o tom é proposital devido ao episódio ser o que chamamos de transição, abrindo novas tramas para serem trabalhadas durante esta temporada. Dexter tem que saber como trabalhar com seu novo código, Rita revela uma inusitada surpresa, Debra esta de visual novo e uma nova postura (não deixando de lado seus furos e palavrões, é claro!) e, principalmente, fiquei curioso com o estranho caso que abriu a série, uma morte acidental que trouxe para o elenco fixo da série nesta temporada o ator Jimmy Smith (de série Cane e Nova York contra o Crime), irmão do morto e promotor da cidade, porém, ainda não consegui antecipar de que forma será trabalhado ao longo dos episódios. Clima de dúvida no ar e episódios inéditos agora só em Outubro!

Mais um: REM em novembro!

Música terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 4 comentários

Pois é, os caras do REM farão quatro shows aqui no brasil, em novembro. Se liga na agenda:

6 de novembro
Porto Alegre – Estádio do São José

8 de novembro
Rio de Janeiro – HSBC Arena

10 e 11 de novembro
São Paulo – Via Funchal

Dois shows SEGUIDOS em São Paulo, SEGUNDA E TERÇA. É tão difícil assim agendar datas melhores? Não que eu vá no show, mas pra qualquer um isso é revoltante.

Enfim, os caras estão aí pra divulgar seu último trabalho, Accelerate, que foi lançado neste ano e AINDA não teve um review por aqui. Quando estivermos próximos do show, teremos o review!

E aí, algum paulistano ANIMADÃO pra um show em plena segunda?

Confira a lista de vencedores do VMA 2008!

Música terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 7 comentários

É claro que o VMA sempre foi e sempre será irrelevante para todos nós. Porém, como o mundo é deveras de mau gosto, ainda assim continuo com a idéia de dominá-lo. Por tanto, segue a lista de vencedores do VMA 2008:

Vídeo do ano

Britney SpearsPiece of me
E não foi uma sextape!

Melhor vídeo feminino

Britney SpearsPiece of me
Não foi uma sextape, certo?

Melhor vídeo masculino

Chris BrownWith you
Quem?

Melhor vídeo de hip hop

Lil WayneLollipop
Eles premiam outra coisa que não seja hip hop?

Melhor vídeo pop

Britney SpearsPiece of me

Melhor vídeo dance

Pussycat DollsWhen I grow up

Isso é dance? E, porra, finalmente um hetero escolheu um prêmio por aqui, aparentemente. Afinal, só as bundas valem à pena.

Melhor vídeo de rock

Linkin ParkShadow of the day
Eu me recuso a acreditar numa porra dessas.

Melhor artista revelação

Tokio HotelReady, set, go!

Revelação na MTV: Merda ENORME que vai encher seu saco pelos próximos dois anos e SUMIR. Temos aí uma mistura de Simple Plan com qualquer banda indie. Eles conseguem ir longe.

Como cês conseguem assistir a MTV depois disso?

Overdose Metallica: Ride the Lightning

Música terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 3 comentários

Depois da explosão thrash de Kill ‘Em All, o Metallica traz agora, de certa forma infelizmente, uma qualidade musical maior. Por que infelizmente? Porra, aquele som cru era um sonho. Mas Ride the Lightning não deixa de ser um sonho, não deixa de ser algo valioso no mundo do thrash metal. Metallica evoluiu, enfim.

Faixa-a-faixa

Fight Fire With Fire começa calma, ao violão, de uma forma em o que você menos espera é ser SOCADO por uma sonzeira absolutamente empolgante. E é exatamente isso que acontece, afinal, você está ouvindo METALLICA, véi. Empolgante ao extremo, esta faixa pode SIM ser (aliás, É) considerada um dos vários hinos da banda, assim como um dos vários hinos do thrash metal. QUE agressividade! Ride the Lightning é de uma qualidade absurda pra banda e pra época, deixando de lado a velocidade e a agressividade. Que seja espancado quem grita “VENDIDOS!”, afinal, estamos ouvindo mais um hino. E que hino. Melhor faixa do álbum? Pra mim é. Flash before my eyes / now it’s time to die…

For Whom The Bell Tolls faz você perceber que essa de ficar procurando pelo melhor som do álbum é uma besteira enorme, mesmo. E faz bater aquela saudade da agressividade e crueza do álbum anterior, mas tudo bem: o som é foda. BEM foda. Fade To Black talvez tenha sido a principal reclamação dos fãs, por ser um som extremamente lento e, particularmente, cansativo. É bem essa a definição deste som, adicionando uma empolgação de leve ao refrão com riffs pesados e, obviamente, ao solo espetacular. Banda espetacular. Dêem a devida chance, noobs.

Trapped Under Ice é uma bela nostalgia, de volta com a agressividade e velocidade. É ESSA a hora em que você começa a pular feito louco, sua mãe chega no quarto pra ver o que DIABOS está acontecendo e você começa a bater cabeça com ela. Escape talvez seja o pior som do álbum por ser cansativo E repetitivo, sem nada demais. Posso fazer uma lista enorme do que falta, mas o ideal seria se eles deixassem esse espaço para outra música, mesmo. Se é pra fazer, faz direito! Creeping Death, ao menos, compensa. Este é daqueles sons que vão fazer você detonar o seu repeat, tudo pela vontade de decorar a letra e imitar a bateria com… canetas. Noob. Mas enfim, som bacana e um dos mais crus, também.

The Call of Ktulu encerra o álbum com um instrumental sensacional, daqueles que devia estar na trilha de TODOS os filmes de suspense/terror da galáxia. E aqui é a prova de que o Metallica é uma banda criativa pra CARÁI, além de carregar uma qualidade musical absurdamente FODA nas costas. Isso, pra você, já é o bastante?

Crítica geral

Seria muito decepcionante ver uma banda thrash ESPETACULAR evoluindo? Nos dias de hoje, não. Naquele tempo sim. Mas Metallica não nasceu pra ser uma banda completamente crua e thrash, você leva um tempo pra perceber que aquela obra prima do thrash metal surgiu devido a um orçamento baixo, o que NÃO É irônico. Mas é fato que os caras foram pra um lado mais “comercial” da coisa, não “só” evoluiram.

Porém, faixas como Fight Fire With Fire e Trapped Under Ice não escondem o fato de que o Metallica que você queria ouvir até hoje é o Metallica do Kill ‘Em All. Mas… você arriscaria perder um Black Album? Metallica é uma banda que nasceu pra evoluir, pra traçar novos orizontes… e pra quebrar a cara, mas quebrar feio, futuramente. Então, antes de mais nada, como apreciador do bom e velho som pesado E cru, eu arriscaria perder um Black Album. Mas nem por isso acho o Ride the Lightning descartável. Pelo contrário, é um dos meus álbuns de cabeceira.

Ride the Lightning – Metallica

Lançamento: 1984
Gênero musical: Metal
Faixas:
1. Fight Fire With Fire
2. Ride the Lightning
3. For Whom The Bell Tolls
4. Fade to Black
5. Trapped Under Ice
6. Escape
7. Creeping Death
8. The Call of Ktulu

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 5. Looney Tunes: De Volta à Ação

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Sabe quando seu irmão nasceu e você comemorou, aí se passaram cinco anos e você tava puto porque ele tava destruindo tudo que é seu? Imagino que seria assim que Space Jam se sentiria ao ver Looney Toones – De Volta á Ação estreiando nos cinemas. Ao contrário do primeiro, o segundo filme ABUSA de metalinguagem e torna os lúnaticos funcionários de uma empresa, “trabalhando” nos desenhos. Até o dia que o Patolino é despedido. É, DESPEDEM o segundo personagem mais engraçado da empresa.

Não se engane… É um cartaz de filme genérico

Aliás, nesse filme tiraram o pato pra Cristo. Incrível. Em uma hora e meia de filme, o Pato sofre das mais diferentes formas e nada do que faz dá 100% certo. Percebem o exagero? Ele estará presente em toda pelíluca, em que vemos Brendan “A Múmia” Fraser tentando reprisar o efeito de Michael Jordan em Space Jam (Que faz uma ponta ridícula no filme) como o dublê/filho de espião, praticamente sem carisma. E isso que o ator é bom! Pior do que ele só mesmo Steve Martin em um dos piores, se não o pior papel de sua carreira como o esquisito vilão, papel que poderia ter sido de Jim Carrey ou outro autor que saiba fazer papel de ridículo e sair ileso.

Já foi dito que um belo cenário não salva uma merda de filme

A comédia fica atrás de uma ação descerebrada com toques de humor, atípico de uma série de desenhos sempre centrados em serem simples e divertidos. E quando você acha que está entendendo o que está acontecendo e passando a curtir a piada, ele tenta fazer A Virada e termina com uma piada que faria só o pessoal do Zorra Total rir sem parar (E sim, isso FOI uma crítica). Não sei se lá na terra do Tio Sam eles curtiram a idéia, mas por aqui ela passou por ridícula.

METALINGUAGEM: Não use em caso de emergência!

E o que falar do fiapo de roteiro que criaram para o filme e do qual tentaram tirar jogadas geniais? Não dá pra falar muito de um filme que sub-aproveita a química Pernalonga e Patolino em prol de criar um romance entre o protagonista e a mesma produtora (Jenna Elfman, limitada mas engraçada) que demitiu o Patolino. Fantástico? Nem um pouco. Pra piorar, só mesmo a chata cena dos zíperes, que se tinha a intenção de fazer alguém rir, foi o estúdio debochando da cara de quem pagou pra ver o filme.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 5. Space Jam: O Jogo do Século

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

O que é melhor do que desenhos que praticamente todo mundo já assistiu? Colocar um astro global ou uma celebridade ao lado deles. E que tal um dos maiores jogadores de Basquete da época. Cagaio, é a equação perfeita pra ganhar dinheiro, véio. E pra fazer uma besteira, claro, como o irmão caçula e porre desse filme. O que não ocorreu com Space Jam. Ah, teve dinheiro sim, mas o filme não é ruim.
Primeiro: A comédia. Looney Toones sempre foi um ESTILO de desenho, não uma série. Tudo que é da Warner e que descende desse tipo de humor físico (Patos perdendo o bico e bandidos explodindo é BEM físico) tem um dedo dos lunáticos. E no filme não deixa de fazer igual. Vemos Pernalonga zoando com todo mundo e até mesmo apanhando. A verdade é que mesmo depois de tanto tempo, o filme agrada por ser ao mesmo tempo violento pra caramba e inocente. Até mesmo os humanos de verdade entram na brincadeira.

Cartazes psicodélicos de cinema para agradar crianças cheias de açúcar… Ah, a velha guarda…

Segundo: O roteiro. Ao contrário de tantas outras adaptações, Space Jam tenta criar uma história simples, mas com viradas divertidas, de forma que as crianças entendam e apreciem, não sejam bombardeadas com informações inúteis e sequências absurdas. Ah vai, qualquer roteiro é melhor do que a desculpa para fazerem mais um filme do Uwe Boll… Imagino o terror que seria se ele adaptasse desenhos animados. Que seja, Space Jam não peca, mesmo que suas interpretações não sejam dignas de um Oscar. Aliás, falando em interpretações…

Surge uma voz da multidão: Montinho!

Terceiro e fatal: Michael Jordan NÃO faz feio com o papel de “protagonista”. Ao lado de Patolino, Pernalonga, Piu Piu (O nome mais gay já inventado para um desenho) e cia., o jogador consegue convencer que ele acredita no que está fazendo e até parece se divertir fazendo o que, teoricamente, deveria saber fazer melhor: Jogar basquete.

Patolino, eu sou seu pai… Quero dizer, treinador

Até mesmo a trilha sonora é decente. Não BOA, mas decente, e muita gente ficou com a melosa I Believe I Can Fly na cabeça por… Uns meses. Admite vai, você ainda não será mais tanga do que o Théo.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 2 comentários

Vocês, que têm entre 18 e 24 anos (Idade permanente do Juno) como eu, não podem mentir e dizerem que nunca viram um desenho animado na tevê SEM se empolgar. Podem até tentar, mas se deixam levar pela musiquinha no troço que vocês paravam a mãe e diziam: Manhê! Posso assistir tevê? Verdade seja dita: Desenhos viciam e deixam os espectadores travados por trinta minutos, coisa que pra criança (E qualquer escravo trabalhador) é MUITO tempo. Vendo o lucro, logo as empresas procuraram transformar em “filmes” os mesmos desenhos que as crianças assistiam de graça (Ou quase, já que tevê á cabo AINDA é cara) e que agora iam matar os pais por seis pila (Sonha né?) pra ver. Pensa a fórmula perfeita: Produto barato+ingressos caros+DVD’s=LUCRO!!! Não é preciso ir mais longe pra ver que é viável. Sempre foi assim.

O problema é que, como nos games, metade do que vai pro cinema NÃO presta. E o que presta parece sumir depois de um tempo, deixando as más-lembranças do nojo que foi. Assim, vamos ver o que Hollywood nos trouxe nos últimos tempos com o nTop DUPLO de desenhos animados. Os 5 melhores e os 5 piores filmes adaptando desenhos animados pro cinema. Vai, pode se preparar pra xingar algum produtor.

Lado negro da força:

5. Space Jam: O Jogo do Século

4. The Flintstones: O Filme

3. Transformers

2. Scooby-Doo 2: Monstros à Solta!

1. Tartarugas Ninja e Tartarugas Ninja II: O Segredo de Ooze

O lixão municipal:

5. Looney Tunes: De Volta à Ação

4. Os Flintstones em Viva Rock Vegas

3. Mestres do Universo

2. Scooby-Doo

1. Tartarugas Ninjas III

O que fica no meio:

Bônus! Ben 10: Corrida Contra o Tempo

Orloff Five – Saiba como foi o show, véi!

Música segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 6 comentários

Pois bem, já tem um tempo que vocês estão sabendo do Orloff Five por aqui. E não foram por que são noobs.

DJ Tittsworth, Vanguart, Melvins, Plastiscines e The Hives quebraram tudo (no bom e no mal sentido), e foi por aqui que você ficou sabendo de muita coisa antes de qualquer site aí. QUAL É O SITE MAIS QUENTE DA GALÁXIA MESMO?

Então vamos aos shows. Será que minhas previsões estavam certas?

DJ Tittsworth

Cheguei na metade da apresentação do cara, mas foi o bastante pra ver que ele faz uma discotecagem bacana, fato. Alguns remixes são bem fraquinhos, isso é fato, mas se torna irrelevante principalmente quando ele está em um show onde só consegue agitar a galera ao som de Nirvana. Ao ver que isso deu resultado, resolveu investir e, pelo menos o tempo que eu estive lá (o cara não só abriu a casa, mas tocou no intervalo das bandas E no fim), rolaram 5 sons da banda.

Erro dos produtores do festival ao trazê-lo ou erro do cara na montagem da playlist? Pois bem, acho que foi mais cagada dos produtores, mesmo, afinal, não é só porque o cara é DJ que ele tem que agradar aos fãs de Melvins e Hives, que dominavam o local. É por isso que eu digo que NÃO iria em um evento com discotecagem com o cara, até porque ele cortou uma música do AC/DC logo no começo. NINGUÉM faz isso. Mas eu não iria pela indiferença, mesmo, então, primeiro acerto na previsão: show descartável.

Vanguart

A casa ainda estava relativamente vazia, e esta banda serviu mais para testes gerais do que pra realmente fazer um show. No início, o som estava altíssimo, tive que me afastar do palco para não perder completamente a audição no ouvido direito, que está chiando até agora. Sério. A acústica estava quase uma merda, mal dava pra entender o que o vocalista falava/cantava. O som também não agradou a muitos, principalmente à mim. Outro erro dos produtores, que deviam ter chamado uma banda nacional mais próxima do que realmente valia mais à pena ali. Já havia sugerido Matanza ou Astronautas. Será que eu vou ter que fazer os festivais daqui pra frente, porra?

Descobri também que eu estava certo em relação a Hey Yo Silver, quando disse que se os caras tocassem sons desse gênero a coisa valeria à pena. Não deu outra, foi o som que mais agitou a galera. De resto, o show foi bem chato. 2×0 pra mim.

Melvins

Dale Crover é o cara. Não, Dale Crover é um deus. Ele realmente é o melhor baterista do mundo, não tem pra ninguém. Ele ainda conta com um segundo baterista, que toca em uma bateria menor e não aparece lá muuuito no show, mas É respeitável por estar ao lado de um deus. Ou eu estava vendo dobrado?

A pegada stoner dos caras é bem marcante, e a sonzeira é bem diferente E vibrante do que você está acostumado a ouvir. Dar uma chance ao som dos caras é uma boa, mas descobri uma coisa: Eu sempre pensei que era xiitismo parar de ouvir uma banda quando você acha algum integrante idiota. King Buzzo me fez queimar a língua ao se mostrar um extremo cuzão. Um extremo cuzão. Dale Crover e um roadie de TANGA foram os únicos que realmente interagiram com a platéia, de forma bem humorada E animada. Jared Warren estava frio, e King Buzzo extremamente provocante. Como líder da banda, era obrigação do cara prestigiar aos fãs, não cagar e andar para eles. Os caras simplesmente não se animaram em palco, não tocaram clássicos e Buzzo ainda cometeu a audácia de cantar o hino dos EUA enquanto era extremamente vaiado, há 2 músicas do término do show. No final do último som, tacaram um copo de cerveja no cara e, após ele terminar de fazer o que ele faz de pior, que é CANTAR, o puto simplesmente abandonou o palco, esfriando mais ainda o show e deixando a animação por conta do baterista, a única coisa que realmente valia à pena ali. Creio que não é só comigo, mas vai demorar pr’eu ouvir um álbum dos caras de novo. Frescura? Cara, quando você vive música, você sabe o que tá vivendo.

Resumindo, realmente a maioria ficou entediada e, apesar da cagada, o show foi imperdível graças à Crover. O cara promovia arrepios. E 3×0 pra mim.

Plastiscines

O show mais entediante e ensurdecedor da minha vida. E essa segunda parte só pode ser um sinal: Visualmente a banda é boa, principalmente quando você começa a imagina-las peladas. Agora, em relação ao som, nem quem dizia gostar da banda gostou. A cada som, eu perguntava “Já acabou?” – e a cada som, um cara do meu lado zoava a banda, e dizia “Depois dessa merda vai ser Hives, hein!”. Mas o melhor estava mais próximo ao palco, a galera gritando sem parar algo como “HIVES! HIVES! HIVES!…” – Eu nunca estou errado. 4×0. Sem mais, o show foi uma merda, foi irritante e só prova que essa onda indie é a coisa mais imbecil dos últimos tempos. Você PRECISA ser um RETARDADO pra gostar dessa banda.

The Hives

Não dá. Sério, não dá pra escrever sobre esse show. Uma depressão enorme bate em meu peito quando eu penso “Eu fui no show do The Hives”… ao invés de “Eu estou no show do The Hives”. Cara, foi simplesmente o show mais espetacular de todos os tempos. Liguei pro estagiário para xingá-lo e dizer isso, e foi quando ele disse “Com certeza não foi melhor que o do Motörhead!”. Na hora eu confirmei, mesmo não tendo ido no show, mas pensando bem… The Hives chutou bundas, com vontade. Acabou com qualquer um. The Hives simplesmente me fez ter medo de existir um show mais empolgante que o do AC/DC, por exemplo. The Hives empolgou até quem estava sentado, na área vip. The Hives é a melhor banda do mundo até alguém empolgar mais.

O vocalista Howlin’ Pelle Almqvist não dispensou fã algum, o cara simplesmente andou o palco inteiro, o show inteiro, batendo em todas as mãos que via pela frente. Parecia que o cara olhava nos olhos de cada um presente na casa, era incrível. Por um momento, eu pensei que ele iria falar pra banda parar de tocar pra conversar com a gente. Quando ele percebia que ninguém estava entendendo nada, ele soltava pérolas como “diz aí!”, “batam palmas” e “tira o pé do chão!”. Por um momento eu pensei que o cara iria parar a banda e virar a nossa platéia – o show era nosso. Nunca os fãs foram tão valorizados. Nunca um fã chegou tão feliz em casa. “Agora eu posso morrer”.

O guitarrista Nicholaus Arson deixou Sérgio Serra (Ultraje a Rigor) no chinelo. NO CHINELO. O cara é a loucura em pessoa, e duvido que ele realmente precise de drogas pra ficar daquele jeito – ele não vacilou, simplesmente foi o psicopata obsessivo da noite. Matou a FACADAS a decepção de TODOS – sim, TODOS – os presentes com as bandas anteriores (ou com A banda anterior), jogou umas três palhetas POR MÚSICA para os presentes e as pedia de volta, o que era mais hilário. O cara é foda.

Chris Dangerous também teve seu show à parte, jogando as baquetas para o alto e também para o público. Às vezes parecia que o cara mirava, vi uns três levando baquetada na cabeça. E é isso que faz a diferença: A interação da banda, a forma em que nós viramos mais um integrante dela. E foi exatamente assim que eu me senti quando cheguei em casa: “Meu show foi demais!”. The Hives é simplesmente a banda que deveria tocar todos os dias por aqui. Esse dificilmente sairá do posto de melhor show da minha vida.

Tudo começou com A Stroll Through Hive Manor Corridors, o som rolava enquanto a banda nem estava no palco ainda. O som acabou e eles chegaram na voadora com Hey Little World, obviamente empolgante. Já era o melhor show da noite. Eis que tocam Main Offender, a platéia já entrava em êxtase. A Little More For Little You veio logo em seguida, extremamente empolgadora. Walk Idiot Walk acaba não sendo tão empolgante sonoricamente falando, ao vivo, mas quem disse que alguém ficou parado?

Falando em ficar parado, foi aqui que as gargantas começaram a sangrar: A.K.A. I-D-I-O-T, uma explosão. Uma PUTA explosão. A Thousand Awnsers era um som que eu ainda nem conhecia, seria um side b? Era bacana. E It Won’t Be Long voltou a tirar do chão aqueles que, como eu, não conheciam a faixa anterior, então preferiram prestar atenção – o que não deixa de ser errado, afinal. E a coisa ficou feia de vez quando tocaram Die, All Right!.

Em Diabolic Scheme eles mostraram que conseguem empolgar mesmo com um som relativamente diferente do apresentado até então. Mas o melhor está por vir: em You Dress Up For Armageddon, o som mais cervejada da banda, os caras simplesmente ficaram paralizados em palco por uns 30 segundos antes do último refrão. Impressionante, um estágio superior ao êxtase surgiu aqui. You Got It All… Wrong veio após um “vocês gostam de canções de amor?” (em inglês, claro), e foi quando começou o bate cabeça mais nervoso da noite. E o melhor sempre está por vir: Two Timing Touch and Broken Bones quebrou tudo.

Eis que os caras começaram a falar que iam tocar o último show, e eu interpretei como último som lançado, ou seja: Novo single. Mas não, vieram com Return The Favour, como se fosse o último som da noite. Foi quando saíram do palco, e o público demorou um certo tempo para começarem a pedir por Bis. Quando os caras voltaram, foi com as duas pernas na costela: Bigger Hole To Fill soou como um hino, há quilômetros dali. Hate To Say I Told You So abalou a estrutura da casa, provocou o segundo terremoto de São Paulo. Tick Tick Boom veio pra não ser mais só o melhor som da banda, mas como o som mais espetacular do rock contemporâneo. Todos vomitavam suas gargantas, era incrível. Pulmões voavam, uma cratera se abria no chão… e o melhor show de muitas vidas ali chegava ao fim.

E tudo isso que eu escrevi foi só 1% do show. 10×0 pro Hives.

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