Resenha – Hora do Rush 3

Cinema sábado, 08 de setembro de 2007 – 1 comentário

Nem há muito que se comentar sobre HORA DO RUSH 3, a cinessérie que iniciou em 98, repetindo a velha fórmula de filmes policias onde uma dupla de diferente perfil é obrigada a trabalhar junto, adicionam-se a isso cenas de ação num contexto cômico e o sucesso depende somente do carisma e química dos protagonistas.

Substituindo Máquina Mortífera, Hora do Rush incrementou em sua trama as peripécias marciais de Jackie Chan, então novato nos EUA na época, junto à voz esganiçada do comediante Chris Tucker, o resultado deu certo o filme foi um sucesso, a continuação idem, no entanto, nesta terceira parte houve um equívoco da produção: como uma produção como esta pode gastar 140 milhões de dólares, isto é incompreensível, não há nada no filme que justifique este valor, somente se os atores ganharam metade deste valor.

Um dos destaques do filme, o personagem do taxista francês xenófobo

O que poderia ser um sucesso de bilheteria (o filme já arrecadou mais de 110 milhões nos Eua) pode ser transformar num quase fracasso, o filme vai render lucro, mas muito abaixo do esperado em comparação com os anteriores, o que deve sepultar de vez a cinessérie. Se o valor da produção foi devido aos salários de Tucker e Chan, há uma grande questão por trás, como os produtores puderam pagar estes cachês quando Jackie Chan já não é mais garantia de bilheteria há algum tempo e parece estar bastante incomodado no filme, e Tucker não trabalha num longa desde o anterior Hora do Rush 2 em 2001?

Especificamente sobre HORA DO RUSH 3, o filme mostra sinais de cansaço ao repetir sempre a mesma fórmula para juntar os parceiros Carter e Lee, modificando-se somente o cenário, aqui Paris. A trama policial é previsível que só ela, não há novidades em cena e nem mesmo as seqüências de luta de Chan já não empolgam. Alguns momentos cômicos são engraçados, como a adição do taxista xenófobo francês (personagem de Yvan Attal, ator israelense de Munique e A Intérprete), e as curiosas participações do veterano ator Max von Sydon e o diretor Roman Polanski. Portanto, HORA DO RUSH 3 é mais do mesmo, para quem aprecia a cinessérie é um divertimento rápido e esquecível.

“Quem mandou atrasar o pagamento do aluguel, Max!”

OBS: como normalmente ocorre nos filme de Jackie Chan nos créditos finais há os erros em cena, não muito engraçados, diga-se de passagem.

Filmes bons que passam batidos 04 – Oldboy.

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 07 de setembro de 2007 – 7 comentários

Quem trouxe esse filme á minha atenção e finalmente me fez assisti-lo foi o Paulo Jr., na sua coluna sobre a diversidade do cinema oriental. Mesmo quem já está acostumado com a estética e cultura “um pouco” diferentes dos asiáticos, sempre fica com o pé atrás ao começar a assistir um desses filmes que não pertencem ao agora conhecido gênero de horror oriental. Mas aqui temos uma grata surpresa.

 

Oldboy (2003)

O roteiro não deve ser detalhado aqui, pois é parte fundamental da experiência de Oldboy. É um desses filmes em que o entretenimento depende muito da confusão inicial do telespectador, como Memento (“Amnésia” aqui no Brasil). O que você precisa saber é: Oh Dae-Su é um bebum que foi raptado e ficou preso por 15 anos. Depois desse período ele é solto, e agora vai tentar se vingar de quem fez isso com ele.

Eu sei que parece enredo de filme ruim, tipo “Hora do Rush”. Mas, por favor, ignore as sinopses que viu por aí. O que menos interessa no filme é esse resumo do enredo. O que mais interessa é: QUEM raptou Dae-su, POR QUE soltá-lo depois de 15 anos e POR QUE raptá-lo em primeiro lugar. Essas perguntas são respondidas através de uma narrativa surpreendente, que não é confusa como em “Amnésia”, mas se desenrola de forma muito natural e com um final bem amarrado. Os 15 minutos finais do filme realmente me surpreenderam, com muita coisa acontecendo em cenas com alto conteúdo dramático.

Isso me lembra Manhunt. (Playstation 2)

Todos os atores do filme são absolutamente geniais. Fica difícil para nós ocidentais avaliarmos o desempenho de atores orientais, já que a cultura deles normalmente pede uma atuação que ás vezes nos parece exagerada, com muitas caras e bocas. Mas mesmo com essa nossa ignorância, é impossível não se admirar com a riqueza e originalidade dos personagens. O filme não tem heróis, todos que aparecem em cena têm algum pecado ou transtorno sério de personalidade. E conforme a história vai se desenvolvendo, vemos como esses personagens são realmente muito humanos e lesados, o que faz com que a gente se aproxime ainda mais da história e aumente o interesse pelo filme.

Até mesmo as cenas de ação fogem aos clichês. Dae-su passou anos treinando luta em seu cubículo, como todo bom cativo que não tem porra nenhuma pra fazer. Quando é solto, ele sabe lutar e se virar, mas não significa que virou o Batman. Em uma das melhores seqüências do filme vemos Dae-su derrubando, sei lá, uns 20 caras, SOZINHO e só com um martelo na mão. Mas a cena foi montada e filmada de tal maneira que não ofende o telespectador e nem faz a gente pensar “Até parece que alguém consegue fazer isso”, tipo aquelas cenas de “Triplo X”. Dae-su leva muita porrada, se arrasta pelo chão, pára pra recuperar o fôlego, usa golpes baixos, e no final está todo quebrado. Como deveria ficar QUALQUER UM que briga com uma dezena de caras ao mesmo tempo. Definitivamente um filme fora dos padrões.

Esse é o vilão de Oldboy. Você vai ficar confuso. De um jeito bom.

Oldboy, em minha opinião, é um desses filmes que transcendem o seu contexto cultural; Sem contar com orçamento bilionário e nem efeitos especiais estrambólicos, consegue contar uma história inteligente, com validade universal. Coisa quente, cara.

Recomendação final: Oldboy é um dos exemplos do que existe de melhor no cinema oriental. Se você não gostar de Oldboy, então fique só com o cinema americano mesmo.

Temporada 2007 – Temporada das Trilogias

Primeira Fila sexta-feira, 07 de setembro de 2007 – 5 comentários

O ano de 2007, principalmente o verão americano, vai ser reconhecido como o ano das trilogias, nada mais, nada menos que seis filmes foram lançados num curto período de quatro meses, que eram o terceiro filme da série. Alguns foram planejados como uma trilogia desde o princípio, outros chegaram a este número pelos sucesso nas bilheterias ($$$). No entanto, um fator os une: o desgate da trama e dos personagens é inquestionável, salvo raras exceções.

Das trilogias desta temporada já passaram nos cinemas Homem-Aranha 3, Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, Shrek Terceiro, Treze Homens e um Novo Segredo e O Ultimato Bourne. Neste final-de-semana estréia A Hora do Rush 3 (com um orçamento absurdo de 140 milhões de dólares, onde colocaram todo este dinheiro?) e em outubro (dia 5) estréia Resident Evil 3 – A Extinção. Aos detratores destes filmes uma notícia: em sua maioria os filmes acima são fracos e pouco apresentam novidades, mas nada que incomode o grande público que lotou as salas de cinema ávidos por novas aventuras de Peter Park, Jack Sparrow, entre outros.

“Meninas, não contém a ninguém, mas pode ser que eu apareça em outra trilogia”.

A exceção neste grupo atende pelo nome O Ultimato Bourne, dirigido pelo competente Paul Greengrass (indicado ao Oscar por Vôo United 93), que havia dirigido A Supremacia Bourne, finaliza os mistérios, adiciona novos personagens e muita ação num filme nervoso e tenso que une uma trama adulta com divertimento nas ótimas sequências de ação em lugares exôticos como Marrocos e Rússia.

Não só a melhor trilogia citada acima, como um dos melhores filmes do ano

No entanto, a temporada não se conteve em apenas fechar (espero eu) estas trilogias citadas, houve uma nova enxurrada de continuações e refilmagens, prática bastante difundida nestes últimos anos para garantir retorno financeiro sem muito risco. Fiz um levantamento destes últimos meses e fiquei surpreso com o número de lançamentos nos cinemas que reflete esta prática, independente da qualidade do filme. Somente para citar alguns: Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (fraco), A Volta do Todo Poderoso (fraquinho), Harry Potter e a Ordem da Fênix, Duro de Matar 4.0 (diverte se não levado a sério, assim como seu protagonista), Luzes do Além (nem deveria esta nesta lista, pois é uma produção realizada diretamente para dvd, que por aqui foi exibida nos cinemas), Espíritos 2 (não é uma continuação, mas a distribuidora resolveu trabalhar com ele desta maneira) e Extermínio 2 (exceção, consegue ser tão bom quanto o original). No caso das refilmagens, foram A Morte pede Carona (mediano) e Sem Reservas (refilmagem do alemão Simplesmente Martha).

Luzes do Além, um legítimo caso de continuação picareta

Além disso, no próximo mês estão prometidos Jogos Mortais IV e os remakes Invasores e Halloween, e para 2008 já estão prometidas as continuações de A Lenda do Tesouro Perdido, Alien vs. Predador, As Crônicas de Nárnia e do Indiana Jones. Como podemos perceber continuações, refilmagens e trilogias não vão deixar de ser moda em Hollywood durante uns bons anos, claro, que isso se modificará somente quando as bilheterias não corresponderem ás expectativas dos estúdios e produtores, até lá, haja imaginação para nomear e enumerar os filmes.

Se for divertido como o primeiro, tá valendo

Street Fighter no cinema de novo?

Cinema quinta-feira, 06 de setembro de 2007 – 2 comentários

Hollywood não aprende mesmo. A Capcom, a Fox e uma meia dúzia de pessoas que pretendem explorar a ingenuidade da comunidade nerd-gamemaníaca anunciaram que um novo filme baseado nos personagens de Street Fighter será lançado em 2008, provavelmente coincidindo com o aniversário de 20 anos da franquia.

Se seu cérebro fez questão de apagar a história do primeiro filme da sua memória, eu vou ser cruel e te relembrar que o medonho filme que matou Raul Julia (M. Bison) de desgosto além de levar a carreira de Kylie Minogue (Cammy) pro limbo, trazia um roteiro indescritivelmente cretino e o anão de jardim Jean Claude van Damme no papel de Guile. O filme foi um fracasso retumbante e nós pensamos que mais idéias desse tipo estariam enterradas bem fundo na mente dos produtores hollywoodianos. Porém não foi isso que aconteceu.

Quero ver é alguém achar uma japa com esse peitão

A nova trama, dirigida por Andrzej Bartkowiak (quem?) ainda é um grande mistério e tudo o que se sabe é que a história será focada na personagem Chun-li.

Façam suas apostas: eu acho que vai conseguir ser pior do que o primeiro.

Resenha – O Incrível Exército de Brancaleone

Cinema quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 4 comentários

Branca! Branca! Branca! Leon, leon, leon! É esse o grito de guerra que embala mais uma maravilha da comédia italiana.

O Incrível Exército de Brancaleone (L’Armatta Brancaleone), lançado em 1966, serve até hoje como exemplo de filme sobre a época medieval (e, aliás, supera o humor bobo de Monty Python and the Holy Grail), sendo, ao mesmo tempo, uma maravilhosa comédia e uma das apresentações mais honestas sobre a época medieval que se pode ver hoje em dia.

Nessa maravilha da sétima arte, dirigida por Mario Monicelli e distribuída pela Titanus Film, não temos como personagem principal nenhum tipo de cavaleiro baitola que quer resgatar a amada, vingar o pai ou qualquer outro desses enredos clichês de filme. Brancaleone da Norcia (Vittorio Gassman) é um cavaleiro errante atrapalhado e mulherengo que tenta usar seu título de nobreza para aproveitar a vida, e, após ser abordado por um grupo de plebeus que o oferecem o título de posse de um feudo, parte em busca da glória e da fortuna em Aurocastro.

O filme, uma bela paródia a Dom Quixote, satiriza também a própria situação da Europa no século XI. Brancaleone e os quatro miseráveis famintos que acabam se tornando seu exército confrontam boa parte das grandes polêmicas da Baixa Idade Média. Percorrendo o longo caminho até Aurocastro no lombro do pangaré Aquilante (referência ao “Rocinante” do Quixote), Brancaleone se depara com a peste negra, bárbaros, piratas, leprosos, vigaristas e muito mais dos seres que povoavam a Europa medieval. Um dos pontos altos do filme é o encontro com o monge Zenone, que no meio do filme acaba recrutando Brancaleone e seu exército para lutar na guerra santa (o que, inclusive, gerou a maravilhosa continuação do filme: Brancaleone Alle Crociate)

Apesar de ser bem antigo, o filme até hoje parece ser o trabalho que melhor conseguiu ridicularizar o conceito de honra dos filmes e livros medievais. Como é dito na própria capa do DVD, você nunca verá O Senhor dos Anéis com os mesmos olhos após Brancaleone.

Enfim, eis aí uma comédia das melhores. Uma maravilha desde a primeira até a última cena. Recomendo a todos, aliás: Vale cada centavo dos R$ 9,90 que ele deve custar em qualquer uma dessas Lojas Americanas da vida.

Não deixem de conferir também Brancaleone e as Cruzadas, onde Brancaleone enfrenta até a própria morte. Claro que num futuro próximo eu ponho uma resenha sobre esse aqui no AOE, também.

Speed Racer nas telonas

Cinema quarta-feira, 05 de setembro de 2007 – 2 comentários

Você era daquelas pessoas que vibravam a cada vez que o ronco do Mach 5 era ouvido? Você pirava a cada carro que explodia naquelas infindáveis repetições de animação durante as corridas? Você também sonhava em colocar molas gigantes no seu carro pra pular todo mundo num engarrafamento?

Pois bem, a diversão está de volta! Speed Racer, em filme, agora, sairá nos cinemas em 2008, lançado pela Warner Bros, escrito e dirigido pelos irmãos Wa… Wacho… Wachows… enfim, os caras que fizeram Matrix.

Teremos Emile Hirsch no papel de Speed Racer, Christina Ricci como Trixie, John Goodman como Pops e por aí vai. Enfim, esse tipo de coisa você pode ver sozinho no site do filme.

Mach 5. Uma maravilha, mas ainda prefiro um bom fusca 67.

O desenho, que foi criado por Tatsuo Yoshida, no Japão, com o nome de Mach Go Go Go(Um trocadilho com o número 5, o nome do personagem principal e a palavra “go” em inglês, mesmo), virou febre no mundo inteiro após ser adaptado para os EUA. Além da série original, que data do final dos anos 60, duas tentativas de reviver a série ocorreram, com The New Adventures of Speed Racer, em 1993, e Speed Racer X, em 2002. A primeira parou após treze episódios por não ter agradado o público e a segunda também foi abandonada no meio por diversos problemas.
O filme parece mais uma vez tentar reviver a grande onda que foi a primeira série de Speed Racer. Pelo Mach 5 ali dá pra ver que a coisa começou bem.
Agora, se você não está satisfeito só com o filme, pode ficar tranqüilo. Uma nova série animada, produzida pela Nicktoons Network, deve estrear junto do filme, lá pra maio de 2008.
Enfim, agora o jeito é esperar os caras lançarem os trailers pra ter uma noção de como o filme vai ficar.

Go, Speed Racer, Go!

Divulgada sinopse para a continuação de Garotos Perdidos

Cinema terça-feira, 04 de setembro de 2007 – 1 comentário

Essa é para os saudosistas, lembram daquele filme sobre um grupo de adolescentes que precisava enfrentar uma gangue de vampiros motoqueiros, clássico da Sessão da Tarde, Garotos Perdidos, dirigido por Joel Schumacher e que tinha no elenco atores como Kiefer Suhterland (o atual Jack Bauer, 24 Horas) e Jason Patric (do fraco Velocidade Máxima 2). O estúdio Warner resolveu produzir uma continuação, depois de mais de 20 anos, chamando do elenco original somente o ator Corey Feldman (que após diversos filmes nos anos 80 caiu no anonimato).

“Depois desta continuação esperarei Os Goonies 2”

O filme, no original The Lost Boys: The Tribe, se passa em Luna Bay, na Califórnia, onde um grupo de vampiros mata qualquer um que cruze seu caminho. Depois de perder os pais, Chris e sua irmã Nicole se mudam para o local. Quando a moça se apaixona por um vampiro, Chris precisa destruir a gangue antes que a transformação completa de Nicole aconteça. Para isso, ele contará com a ajuda do caçador Edgar Frog (o citado acima Corey Feldman). A direção ficou a cargo do desconhecido P. J. Pesce (que tem no currículo o horrível Um Drink no Inferno III).

Como para ganhar dinheiro os produtores não poupam esforço escalaram para interpretar o vilão nesta continuação (no original Kiefer Sutherland), seu irmão, um ator desconhecido chamado Angus Sutherland, pode?

Hitman ganha mais um pôster!

Cinema terça-feira, 04 de setembro de 2007 – 1 comentário

Eu já disse, esse filme tem tudo pra ser FODA. Então, não vou falar mais nada.

Veja aqui o primeiro pôster e a sinopse do filme. Estréia no Brasil em… bom, uns dizem 31 de Dezembro, outros 2 de Novembro. Eu não confio em ninguém, vamos esperar a data oficial, então.

“Os Goonies” podem retornar

Cinema segunda-feira, 03 de setembro de 2007 – 3 comentários

Sim, você não leu errado, aquele filme que você já está cansado de ver passar na Sessão da Tarde pode ter uma continuação.
Esse filme já foi anunciado varias vezes nos últimos 20 anos, mas por algum motivo desconhecido, nunca saiu do papel. Mas parece que, dessa vez, com as continuações de filmes antigos voltando, o filme tem boas chances de sair do papel.
O roteiro tinha sido escrito na época do primeiro filme, isso a 20 anos, mas nunca foi lançado. O diretor, Richard Donner, o mesmo de “Máquina Mortifera”, e o produtor, Steven Spielberg, de “Indiana Jones”, eram os responsáveis pelo filme naquela época tão longínqua.
Agora, nenhum dos dois se pronunciou sobre o projeto recentemente. Somente Corey Feldman, o Boca, personagem do filme, disse alguma coisa para a imprensa, que entre outras coisas, disse que haveria a possibilidade de sair uma série animada relacionada ao filme para os próximos anos.
Bom, não vou colocar nenhuma imagem do filme aqui, mas vou colocar uma imagem do Sloth, ele sim é que é o cara que detonava.

Filmes bons que passam batidos 03 – 28 Weeks Later.

Filmes bons que passam batidos domingo, 02 de setembro de 2007 – 6 comentários

Ah, vai. Vocês sabiam que eu ia falar de 28 Weeks Later, depois de falar de 28 Days Later. Tava na cara. Muita gente torce o nariz pra continuações de filmes, inclusive eu. Mas felizmente existem algumas exceções á regra de que toda continuação é uma bosta. Sem falar que filmes de zumbis nunca são demais. É como pizza, e mulher pelada: você nunca cansa de ver e comer (não necessariamente nesta ordem).

 

28 Weeks Later (2007)

O roteiro segue os rastros sanguinolentos do primeiro filme: os militares conseguem retomar o controle do território, passando fogo em todos os zumbis e mandando a população pra fora do Reino Unido. Agora tentam repovoar a Inglaterra, trazendo de volta a população para morar em áreas de segurança. Mas alguma coisa restou. Woooooo!!

Claro que 28 Days Later precisava de uma continuação. E aqui temos exatamente tudo o que uma continuação tem que ser: maior, melhor e com mais zumbis. Também é evidente que pra ter uma continuação o vírus precisava sobreviver em algum lugar. E a história de como o vírus sobreviveu é contada no início de 28 Weeks Later.

A explicação não é genial ou surpreendente, mas ela não importa muito. O que importa é o modo com a história é contada: mostrando um pai de familia que ninguém hesitaria em classificar como motherfucker, mas que é pego em uma situação onde ou ele foge ou ele morre. Ele escolhe sobreviver, e isso é essencial para que o vírus se espalhe novamente. Veja o filme pra saber como aconteceu, porque eu não sou de ficar dando spoilers sobre a história. Mas o momento da escolha do cara é muito bem montado, é impossível você não se perguntar o que faria no lugar dele. E claro, tudo em meio a um ataque nervoso de zumbis.

Depois dos momentos de escolhas morais, onde sua namorada vai xingar o coitado do protagonista, o filme corta para as 28 semanas depois, propriamente ditas. Londres tranqüila, sendo reconstruída aos poucos. Tudo sob a tutela dos militares, que controlam a parada. Essa parte é só pra ir criando o clima para a nova infestação que vem daqui a pouco, então vai curtindo o sossego e se preparando.

Aí, começa o que todos querem ver: o pau comendo, o bicho pegando, a casa caindo. Embora o diretor não seja mais o Danny Boyle, as cenas de ação do segundo não ficam devendo em nada ao primeiro. O cara captou o espírito do “filme de zumbi moderno” e dá mais do que a gente gosta de ver, com filmagem crua dos ataques e câmera na mão, pra dar aquela sensação de documentário, ao invés daquela artificialidade de super-produção hollywoodiana.

É isso aí malandragem: quem corre mais, chora menos.

Mas enfim, uma alegria do começo ao fim. O tipo de filme que te tira do ar por mais ou menos uma hora e meia e te deixa sorrindo depois, por ter sido tão divertido.

Recomendação final: Cara. Só não assista se você for TANGA e não gostar de sangue, e violência, e… ah meu, tudo essas coisas que tanga não gosta.

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