Resenha – Espíritos 2 – Você Nunca Está Sozinho

Cinema sábado, 25 de agosto de 2007 – 3 comentários

Obviamente, com o sucesso do longa se esperaria uma continuação, mas não foi o que aconteceu. Este título Espíritos 2: Você nunca está Sozinho (os malditos subtítulos estão de volta), é ludibriação da distribuidora, o único fator que ambos os longa dividem são os diretores (os nomes indescritíveis Banjong Pisanthanakun e Parkpoom Wongpoom, quero vê-los repetir três vezes sem errar!).

Impressão minha ou a moça parece aquela atriz da novela das oito?

A surpresa está no argumento bizarro do roteiro: A relação de irmãs siamesas (com exposição de diversas fotos no curioso crédito do filme). Sabemos que, atualmente, somente uma sobreviveu após a cirurgia de separação durante a adolescência. São elas, Ploy e Pim, quem sobreviveu e casou com o amor da adolescência. No entanto, em sua volta a Tailândia devido á doença da mãe, Pim se hospeda na casa em que viveu com Ploy, e estranhos eventos colocam em xeque sua sanidade e vida.

Gêmea má e gêmea boa?

Durante uma hora, Espíritos 2 aposta no básico do suspense oriental, sustos com sons agudos em espelho, debaixo da cama e na inesquecível (no mau sentido) cena de banheira. Mesmo assim, o longa possui uma ambientação interessante na sombria casa de Pim, e nos constantes flashbacks que retratam a relação de Pim e Ploy quando crianças e quando adolescentes. O ritmo é meio cambaleante, como os sustos são previsíveis a trama demora a engrenar para a surpresa no ato final, porém, como produção a dupla de diretores evoluiu visivelmente, os planos e até a utilização de uma trilha lembrando canções de ninar contrasta com o está para surgir na telona.

Confesso que não esperava a reviravolta e, sinceramente, me agradou a maneira como ela ocorre, deixando um pouco de lado o sobrenatural e expondo uma obsessão e egoísmo, contrastando com o que sabíamos até aquele momento no filme.

Nem só de assustadoras meninas cabeludas vive o cinema oriental

Primeira Fila sexta-feira, 24 de agosto de 2007 – 9 comentários

Com a estréia de Espíritos 2 neste fim-de-semana, uma produção tailandesa, lembrei que o cinema oriental é, atualmente, o mais reconhecido em Festivais e Mostras pelo mundo. Obviamente, o gênero fantástico é o mais lembrado pelo grande público, mas já mostra sinais de cansaço há um bom tempo, até porque foi incorporado por Hollywood e as histórias não fogem á regra onde um espiríto (normalmente uma assustadora menina cabeluda) busca vingança contra seus malfeitores. No entanto, os bons diretores orientais conseguem garantir uma safra de filmes excelentes quase todos lançados nos cinemas (mesmo que em pequeno circuito) ou em DVD. Há uma diversidade imensa de gêneros, desde suspense, policial, filme de monstro até os consagrados dramas humanistas.

“Socorro! Lá vem outra assustadora menina cabeluda

O cinema do coreano Joon-Ho Bong estorou este ano com o lançamento de O Hospedeiro (que chega em DVD em setembro), um misto de aventura, monstro, comédia e drama, é uma releitura de diversos clichês muito bem armados pelo roteiro e dirigidos com maestria por Joon-Ho, que no Brasil também possui o suspense Memórias de um Assassino, já lançado em DVD.

Um dos melhores filmes de 2007

Outro diretor coreano bastante divulgado aqui no Brasil é Chan-Wook Park, do excelente Oldboy, que faz parte de uma trilogia sobre vingança, os outros dois são Mr. Vingança (o primeiro, inédito nos cinemas com lançamento previsto para Outubro) e Lady Vingança (o último filme da trilogia, lançado nos cinemas e com chegada prevista agora em setembro em DVD). Em comum, são filmes com uma estética bastante moderna e diversas cenas de ação espetaculares, não esquecendo os roteiros surpreendentes.

Final de cair o queixo

Já o chinês Johnnie To lembra Scorsese pela temática, o submundo de organizações criminosas, policiais e assassinos de aluguel. Seus últimos filmes lançados por aqui foram Eleição, Profissionais do Crime e Exilados (Eleição possui uma continuação, então acredito que em breve deve ser disponibilizado em DVD). Johnnie To faz um cinema policial muito bom, em nada perde para o cinema comercial americano, muito pelo contrário, To adiciona sequencias eletrizantes de ação e tiroteio como há muito não se vê em Hollywood.

Por último, mas não menos importante, está Yimou Zhang, com certeza o mais conhecido destes diretores que estou indicando. Yimou surgiu no contexto mundial com dramas humanistas como Caminho para Casa e Nenhum a Menos, filmes intimistas com questões socias da China que se modificava a uma década atrás. Depois disso, Yimou abraçou o gênero mais popular chinês, wuxia, aqueles filmes de aventura onde os personagens vencem as leis da física e voam, andam em arvóres e utilizam espadas para contar histórias de heroísmo, amores proibidos e, sobretudo, edificar as lendas culturais chinesas. Neste embalo, Yimou dirigiu Herói (fotografia soberba), O Clã das Adagas Voadoras e, por último, A Maldição da Flor Dourada (com estréia prevista para outubro nos cinemas). Nestes filmes há uma grande preocupação com a estética, fotografia, figurinos, por isto são belíssimos filmes.

Um dos filme mais belos do cinema

O mais importante nestas dicas é a procura pela diversidade de diferentes maneiras de uma história ser contada no cinema, atráves de diferentes culturas. Ainda há uma lista enorme de diretores orientais conhecidos que valem uma conferida como, por exemplo, Takeshi Miike (do qual Quentin Tarantino é fã), os irmãos Pang (que depois de Visões e Assombração foram para os EUA realizar Os Mensageiros, com estréia prevista para setembro) e Hideo Nakata (criador de O Chamado e O Grito e seus similares).

Veja o trailer de Hitman!

Cinema quinta-feira, 23 de agosto de 2007 – 3 comentários

Você viu aqui um pôster e o teaser trailer de Hitman, e até mesmo a sinopse. Aqui e aqui, você viu imagens. Faltou o trailer, né?

Então, fica aí com o trailer, quentinho. (heh)

E aí? DO CARÁI! A estréia prevista no Brasil, já sabe, dia 31 de Dezembro. Na boa, esse trailer me convenceu: O filme vai ser BOM.

Cloverfield recebe data de estréia no Brasil

Cinema quinta-feira, 23 de agosto de 2007 – 1 comentário

Cloverfield (ainda nome provisório), mais conhecido como o projeto de um filme de monstro do produtor J.J. Abrams (do seriado Alias, Lost e do filme Missão Impossível III), acaba de receber uma previsão de estréia para sua exibição aqui no Brasil em 1º de fevereiro (pouco tempo depois de sua estréia nos Eua, 18/01).

“Cara, cadê minha cabeça?”

Para quem não ouviu falar o filme é dirigido por Matt Reeves (do seriado Felicity), somente com câmeras digitais caseiras e a trama acompanha a história de Rob, que ganha uma festa de despedida de seus amigos já que está de mudança para o Japão (olha a homenagem ao mais conhecido monstro do cinema mundial, Godzilla), no entanto uma iminente tragédia está para acontecer nesta noite.

Abaixo, o teaser trailer legendado do filme:

Resenha – A Morte Pede Carona

Cinema quarta-feira, 22 de agosto de 2007 – 2 comentários

Não é que o produtor Michael Bay é esperto, observem o que ele vem fazendo com as refilmagens de filmes de terror: elenco jovem e bonito, incluindo uma garota sexy com trajes mínimos, acrescente tripas, sangue e um diretor de videoclipes que saiba deixar a película mais caprichada esteticamente (adequado para o público alvo, os adolescentes). Pronto, está é a fórmula utilizada em O Massacre da Serra Elétrica, O Massacre da Serra Elétrica: O Início, Horror em Amityville e, agora, em A MORTE PEDE CARONA, um filme cult dos anos 80 que trazia no elenco Rutger Hauer e C. Thomas Howell (alguém sabe por onde andam estes atores?).

A única característica que difere esta nova versão das cópias que surgiram depois do primeiro (nos últimos anos foram lançados A Morte pede Carona 2 e Velozes e Mortais, ambos os filmes ruins), é a ascensão de uma guria como heroína. E que guria, Sophia Bush (personagem Brooke Davis do seriado One Tree Hill), está um fetiche ambulante em cena, uma bela morena de minissaia, blusa justa, botas e com uma arma na mão, para alegria dos barbados.

Sophia em A Morte Pede Carona

No que se refere ao roteiro, a primeira versão possuía um clima claustrofóbico angustiante, nesta nova versão isto foi deixado de lado, ao invés disso, investiram em perseguições nas estradas, mortes e sangue. Porém, o filme é previsível e não fosse a beleza de Sophia com a quietude doentia do assassino de Sean Bean, tudo seria um equívoco.

Liga da Justiça sem Batman e Superman?

Cinema quarta-feira, 22 de agosto de 2007 – 4 comentários

Calma, fã exigente, não precisa cortar os pulsos enquanto pula do prédio, não estou falando que o filme não terá os dois. É o seguinte: Christian Bale, o Batman dos filmes “Batman: Begins” e do futuro lançamento “Batman: The Dark Knight”, e Brandon Routh, o Superman do filme “Superman: Returns”, já revelaram que não estarão no filme da Liga da Justiça.
Porque? Vai saber, mas desconfio que seja para que eles estejam abertos para as futuras continuações dos filmes “solo” de cada personagem. Além disso, eles já assinaram contrato para três filmes cada um. Bom, espero que testes de elenco escolham algum ator que não fuja muito do padrão de cada personagem. Só espero que não chamem o Val Kilmer de novo para o papel de Batman, seria algo muito esquisito ver ele de novo fazendo o papel do herói, pois no filme que ele participou, a única coisa que prestou foi Tommy Lee Jones no papel de Duas-Caras.
O filme, que será dirigido por enquanto por George Miller, o mesmo diretor de Mad Max e Happy Feet (wts), terá seu processo de escolha de elenco iniciando na próxima semana. Já foram revelados alguns dos atores que se dispõe a alguns papeis, como Ryan Reynolds o Hannibal King de “Blade: Trinity”, continua a se mostrar interessado no papel de Flash.
Sendo um filme bom ou não, afinal, a história ainda não tem nada revelada, espero que não seja igual a esse filme aqui da foto.

Já seria alguma coisa.

Filmes bons que passam batidos 01 – Sunshine

Filmes bons que passam batidos quarta-feira, 22 de agosto de 2007 – 11 comentários

Em tempos de internet e oferta enorme de filmes, fica difícil separar o joio do trigo, e saber se você come o trigo ou assiste o joio.

Ok, isso não fez sentido.

Mas, enfim, quero apresentar pra vocês alguns filmes que descubro por aí, assisto e penso “porra, esse filme é legal, pena que ninguém assistiu pra discutir ele comigo”. É importante ver algumas coisas fora do esquemão, para saber o que assistir enquanto não lançam Sin City 2 e Silvia Saint Sex Explosion Monkeys Part 6.

Ô lá em casa.

O esquema é aquele: screenshots do filme, comentário e recomendação final. Tire suas próprias conclusões mais aprofundadas depois de assistir ao filme, que é o que interessa.

 

Sunshine (2007)

O enredo é simples: em um futuro próximo, o Sol está se apagando, e uma missão espacial é lançada pra jogar uma bomba de nêutrons (suponho) pra dar um reboot no Sol.

É, eu também achei que ia ser uma merda. Como aquele filme que os caras tentam ir até o centro da Terra e tals. Mas dê uma chance. Sabe quem dirigiu Sunshine? Danny Boyle, mano. O mesmo de 28 Days Later e Trainspotting. Dá pra sentir a mão do cara no filme, com tensão do começo ao fim, que é o filé mignon dessa película.

Começa pela tensão entre os tripulantes, que claramente têm visões diferentes sobre quais são as prioridades na nave. Muito cedo você nota os problemas de negociação de interesses que acontecem ao confinar pessoas em um espaço limitado. Escolheram atores muito bons e razoavelmente desconhecidos do grande público, o que ajuda você a se identificar com eles, e gostar mais de uns do que outros.

 

Olha QUANTA gente pra morrer nesse filme.

Depois tem a tensão própria da missão, que ninguém sabe se vai dar certo ou não. Porra, jogar uma bomba no Sol pra ver se ele dá uma animada? Tá parecendo churrasco de domingo, quando você vê que acabou o álcool e precisa acender o fogo. Mas a incerteza da missão passa para o telespectador e, embora não seja central no filme, você fica torcendo pela porra do final feliz, pra ver se salvam a Terra.

Adicione ao enredo o fato de que no meio do caminho eles acham a nave da missão anterior, que não deu certo. É lógico que eles vão até a nave, né? E é lógico que tem alguma coisa lá, né? Pois é, assista.

Lembre-se, esse filme não é um blockbuster. O filme é muito refinado, coloca uma ênfase imensa nas imagens, fotografia, efeitos sonoros e psicologia dos personagens. Filminho pra se ver com calma, que vai te conquistando devagar, sem montanha-russa emocional. Lembra os melhores momentos de 2001: Uma Odisséia no Espaço. Não aqueles momentos finais, que são muito loucos. Aqueles momentos onde você vê o homem lidando com forças maiores do que ele, exilado de seu planeta natal e metido em uma situação potencialmente enlouquecedora. Aliás, Sunshine tem uma versão feminina do HAL, o computador pirata de 2001. Danny Boyle deve ser fã do Kubryck.

Recomendação final: Gosta de filmes de sci-fi, mas não agüenta mais as porras de Armageddon que tem por aí? Legal, Sunshine é pra você mesmo.

Veja o teaser pôster de A Lenda do Tesouro Perdido 2

Cinema segunda-feira, 20 de agosto de 2007 – 1 comentário

Já sabe, né? Estréia dia 25 de Janeiro, do ano que vem!

“Bratz: o filme” eleito o pior filme da história do cinema

Cinema segunda-feira, 20 de agosto de 2007 – 7 comentários

O que um filme que transporta as “famosas” bonecas Bratz para as telas tem pra dar certo? Publico infantil, apelo comercial, e pais com os ouvidos avariados por ouvir gritos de filhas querendo assistir. mas parece que isso nem sempre da certo.

O IMDB, central de informações de filmes, fez uma votação entre seus usuários, que elegeram os piores filmes de toda a história do cinema, e “Bratz” ficou em primeiro lugar. A lista também tem vários outros filmes, que aqui no Brasil, foram direto para DVD, como todos os do Uwe Boll, e “A Creche do Papai”.
Listas assim deveriam ser feitas todo o ano, para que as produtoras tenham uma boa noção do que o publico acha realmente de tudo o que elas fazem, e pra que elas escolham melhor no que apostar seu preciosos milhões de financiamento para filmes.

Veja aqui o ranking dos filmes piores filmes votados.

30 Days of Night – Vai ser ruim.

Cinema domingo, 19 de agosto de 2007 – 7 comentários

Sério. Vai ser ruim.

Eu sei que vocês estão aguardando ansiosamente esse filme, afinal a história é boa: uma cidadezinha do Alasca, onde acontece aquele fenômeno do Sol não nascer por quase um mês (por causa da inclinação da Terra e tals; vão estudar, ok?). E, se você tem algum vampiro na família, sabe que eles morrem sob a luz do Sol. Se bem que estamos falando de vampiros frouxos aqui, porque o Blade não morre sob o Sol. E não é frouxo.

Enfim, junte os dois fatores e você tem um banquete pra vampiros: uma cidadezinha onde eles têm um mês pra comer geral, sem se preocupar com a luz do Sol.

O enredo dá MUITO certo. Eu li a HQ de 30 Days of Night e é quase uma obra-prima. Só não é porque não inovaram muito no conceito de “vampiro”. É aquela mesma concepção que vem desde os livros da Anne Rice. Mas tudo bem, porque é uma coisa que funciona muito bem em literatura e quadrinhos. E o que ajudava muito na HQ era a arte de Ben Templesmith:

A arte emprestava quase todo o ar de surrealismo e bizarrice que o leitor percebe ao ler a obra. Quando eu li, tive um deja vu enorme da clássica Graphic Novel “Elektra Assassina”, desenhada pelo Bill Sienkwicz. Uma arte desse naipe sempre ajuda na criação do clima; quanto mais doente o desenhista, mais você também vai se sentir doente lendo o negócio.

E é por isso que estou falando pra vocês que o filme vai ser ruim. Dêem uma olhada no trailer:

Well, cadê a arte espetacular? NÃO TEM, mano. Não tem nada daquele ar bizarro da HQ. Temos aí só mais um filme de vampiros, extremamente clichê, que vai se apoiar só em cenas baratas de susto e menininhas que comem adultos.E olha que esse trailer aí é “Rated R“, ou seja, já era pra apresentar o que de mais assustador, bizarro e perturbador o filme tem, sem os cortes e censuras de um trailer classificado como “livre”. E mesmo assim, alguém aí se empolgou?Também acho que não vai ter nem mesmo o charme trash dos filmes de Resident Evil. Portanto, prevejo um FAIL bem grande pela frente. Vou lá assistir 28 Weeks Later de novo, que acho que ganho mais.

Ah, o filme estréia em Outubro. Voltem aqui depois, vocês vão ver como eu estava certo.

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