Os anos passam, mas ainda somos fascinados pela mente doentia de um serial killer. Em INSTINTO SECRETO, este tema é abordado de uma maneira inusitada, através de um alter-ego, a lá O Médico e o Monstro, clássico da literatura inglesa. No filme, Kevin Costner é Earl Brooks, é um empresário respeitado, inclusive na primeira cena aparece recebendo um prêmio, casado e pai de família, um verdadeiro exemplo na sociedade. No entanto, ele é um assassino que age há anos, apelidado pela imprensa como Assassino das Digitais, no filme representado pela porção psicopata de Brooks, Marshall (William Hurt, se divertindo muito).
O roteiro cria uma dinâmica na qual Brooks fala com Marshall diretamente mesmo havendo outros personagens em cena que, obviamente, não lhe escutam, no início pode parecer confuso, mas acostuma-se. Na verdade, o grande mérito de INSTINTO SECRETO é a química entre Costner e Hurt, os diálogos são recheados de humor, sarcasmo e cumplicidade, sendo Marshall quem impulsiona Brooks para seu instinto assassino. Marshall parece aquele diabinho do imaginário popular que fica no ombro assoprando no ouvido para sermos maus.
Esta química é valiosa ao filme porque o trama em si é irregular, Brooks é fotografado matando um casal e o fotógrafo pede para participar do próximo assassinato de Brooks, enquanto isso, uma policial que persegue o Assassino das Digitais é atormentada pelo ex-marido na separação e um assassino preso por ela foge em busca de vingança. Como vocês podem ver há muitas subtramas em INSTINTO SECRETO, isso que nem comentei que a filha de Brooks também possui a sua, no entanto a única funcional é a esquizofrenia de Brooks.
Dupla dinâmica
A policial que investiga os assassinatos é Demi Moore (ainda, hot, hot, hot), fazendo a linha policial fodona que masca chiclete e usa óculos escuros, porém sua personagem é tão mal trabalhada pelo roteiro e pela própria atriz (somente faz cara de durona) que chega a constranger. Assim, a dinâmica do filme, mesmo os roteiristas conseguindo criar um vínculo em tudo o que acontece, acaba pendendo para o fascínio por Brooks/Marshall, novamente outro caso onde torcermos para assassino se dar bem, como ocorrem diversos filmes do gênero.
Para quem gosta da temática fica uma dica, o seriado americano Dexter, exibido aqui dublado pelo canal Fox (mesmo assim vale a pena ou mesmo baixá-lo na internet), é uma das melhores séries do momento, apresenta um serial killer que controla seus ímpetos homicidas, treinado desde jovem pelo pai policial, assassinando somente outros assassinos foragidos da lei. O seriado inicia sua segunda temporada nos EUA no final de setembro. Veja um promo do seriado:
Assistir O VIGARISTA DO ANO, de Lasse Hallström (diretor dos dramas Regras da Vida e Chegadas e Partidas), após conhecer a vida de Howard Hughes mostrada na cineobiografia O Aviador (se você não viu veja!), de Martin Scorsese, é muito prático, pois este estranho milionário recluso, que no filme aparece somente em imagens e fotos de arquivo, é um dos envolvidos no golpe do escritor Clifford Irving (Richard Gere, canastrão na medida certa) e seu parceiro Richard Suskind (impagável Alfred Molina, de Homem-Aranha 2), que resolvem escrever uma biografia autorizada de Hughes, sem o mesmo saber, apresentando para uma editora como se fosse o livro do século.
Com roteiro de William Wheeler baseado no livro de Clifford Irving (este verdadeiro a princípio), O VIGARISTA DO ANO começa como uma comédia espirituosa sobre golpistas, assim como ocorria em Prenda-me se For Capaz, de Steven Spielberg. No entanto, quando figuras como Richard Nixon, na época presidente dos EUA, começam a ser citados na trama o filme modifica o tom e começa e se levar a sério demais. A participação do elenco feminino, principalmente os amores de Clifford, não são muito bem trabalhados, apesar das excelentes atrizes Márcia Gay Harden e Julie Delpy.
Ambientado nos anos 70, com uma ótima reconstituição de época (tanto dos cenários e figurinos quanto a trilha sonora), O VIGARISTA DO ANO utiliza o carisma da dupla Gere e Molina para torcermos pelos malandros nas mais inusitadas peripécias tentando construir a biografia de Hughes e provar que ela é real para a editora, obviamente, em troca de um pomposo cheque. Mesmo sendo baseado em fatos reais há algumas situações no filme que facilitam demais a vida dos protagonistas, o tornando inverossímil em algumas seqüências.
Um milagre, Gere atuando bem
A direção de Lasse Hallström está inspirada, finalmente o diretor conseguiu aliar uma narrativa mais comercial com toques de cinema autoral, claramente deixando de ser chato. Em O VIGARISTA DO ANO, Hallström cria planos inteligentes como os olhos inquisidores de Hughes sobre Clifford num determinado momento, ou mesmo quando Clifford, cascateiro como ele só, conta suas aventuras para encontrar Hughes, onde vemos os fatos reais acontecidos e o que o personagem está contando sobrepostos.
Você já viu o trailer da adaptação cinematográfica do Homem de Ferro? Não!? Onde você estava com a cabeça? É o trailer mais promissor desde que você ouviu THIS IS SPARTA!!! pela primeira vez. Pra você não ficar de fora das rodinhas de conversa nerds, e já que você não viu o trailer (eu ainda não acredito nisso) o pessoal do Papo Cinema até legendou o trailer pra vocês.
Quer mais o quê? Um suquinho de laranja?
Homem de Ferro conta a história do industrial bélico Tony Stark, que, ferido após um acidente num atentado terrorista, se vê obrigado a criar uma armadura pra poder se manter vivo e por conseqüência usa ela pra chutar bundas por aí.
O filme do Latinha tem estréia mundial prevista para 02.05.2008
Seguindo a série de filmes de Jigsaw, confira abaixo o trailer de Jogos Mortais IV:
Legendado em parceria com o site Papo Cinema
O filme conta a história de dois agentes do FBI, que se unem ao detetive Hoffman para analisar o que sobrou dos truques de Jigsaw e de sua parceira. Mas então, o comandante da SWAT Rigs é aprisionado, e tudo começa novamente.
Espere baldes de sangue, e a criatividade de armadilhas que as mentes doentes de Hollywood podem criar.
Nos cinemas brasileiros dia 26 de outubro.
A lei de Murphy diz que tudo o que tem a mínima probabilidade de dar errado, pode E VAI dar errado. As vezes você sai de casa atrasado, briga com a namorada, o pneu do seu carro fura, a bilheteria do cinema não aceita sua carteirinha falsa que daria direito a meia entrada, você entra na sala de cinema atrasado, o filme que você se esforçou tanto pra ver era uma bomba e pra coroar seu dia com uma coroa de espinhos as pessoas saem falando que o filme é muito ruim, mas pelo menos a seqüência inicial foi memorável.
Calma. Não mate ninguém ainda. Seu dia já está ruim e você não precisa ser preso e virar a mocinha da cela na delegacia. Compre sua pipoca com 3 horas de antecedência, enfie uma sonda na sua bexiga e senta a bunda aí, que a gente vai mostrar algumas das melhores cenas de abertura que você perdeu porque sua namorada estava tentando te convencer que o novo da Meg Ryan era legalzinho.
X Men 2
O ataque do Noturno a Casa Branca está entre as poucas cenas de filmes adaptados de quadrinhos onde não houve um único chiste de nenhum nerd no mundo inteiro reclamando que aquilo era uma afronta as origens, características ou qualquer outra coisa pela qual somente fanboys perdem o sono.
O Plano Perfeito
Não tem explosões, porrada, tiros, bundas, nada. Apenas Clive Owen fazendo um pequeno monólogo bastante contundente a respeito de como, quando, onde e porque ele pode e vai executar um crime perfeito. Não preciso nem dizer se ele consegue ou não.
Kill Bill Vol.1
Uma Thurman totalmente estropiada, passos, uma mão limpando o sangue do rosto dela e fazendo um pequeno discurso com gosto de quero mais. De repente, a revelação e um tiro. Depois desses dois primeiros minutos, você amldiçoa até a oitava geração de Quentin Tarantino por separar os dois filmes e deixar você esperando seis meses até a resolução da vendetta mais sangrenta dos últimos anos.
Encontros e Desencontros
Não é todo filme que tem direito a um close na bunda da Scarlet Johansson. O filme é um porre, entretanto o ingresso já valeu a pena só por essa cena, além de apresentar a beiçudinha mais bonita de Holywood.
Os Simpsons
“Chaaaaato. Porque estou aqui perdendo meu tempo pagando por uma coisa que eu posso assistir de graça na TV? Todos vocês nesse cinema são otários. Especialmente VOCÊ!”. Ora essa, se isso não é um início promissor, então eu não sei o que é. Não é a toa que todas as resenhas a respeito do filme citam essa passagem.
A Vida de Brian
Infelizmente, foi a única seqüência que eu procurei e não achei.
Se você acha que nós somos idiotas e sem noção, nunca deve ter assistido nada do Monty Python. A Vida de Brian é uma paródia aos filmes bíblicos (aqueles mesmos que você assiste na Record na semana santa) e a primeira cena conta a viagem dos 3 reis magos até um certo bebê numa certa manjedoura. Como os 3 magos eram homens e não pararam pra perguntar onde estavam, acabaram por achar o recém-nascido Brian e sua mãe completamente insana. Depois de tomar um susto com 3 barbudos estranhos, ela decide expulsar aqueles covers do Los Hermanos dali, não sem antes ficar com o ouro, o incenso e aquele terceiro negócio que ninguém nunca sabe o que é.
– O que vocês fazem aqui?
– Somos sábios.
– O que?
– Somos sábios!
– E o que querem num estábulo as duas da manhã? Isso não me parece muito sábio.
Agora corre pro banheiro e volta aqui pra falar pra gente qual é sua seqüência inesquecível.
A estréia americana dos irmãos Pang, Danny e Oxide é broxante. Se pelo menos em seus filmes orientais (Visões e Assombração), os irmãos sempre conseguiram criar histórias surreais e inventivas com um visual que chamava a atenção, aqui, em OS MENSAGEIROS, tudo parece mais do mesmo, do mesmo e do mesmo.
A trama de OS MENSAGEIROS é a velha fórmula de uma família tentando iniciar seu relacionamento após algum evento traumatizante no meio do nada. No caso, uma fazendo caindo aos pedaços. Obviamente, houve um crime na casa que faz com que a menina adolescente (Kristen Stewart, boa escolha) e seu irmão menor vejam espectros assombrosos, sons agudos (sempre eles para tentarem assustar a platéia) e uma infiltração na parede.
Cuidado com o degrau!
Sim, os fantasmas procuram vingança, pelo menos desta vez, não é uma menina cabeluda horripilante. Na verdade, como cinema de entretenimento OS MENSAGEIROS é um filme meia-boca, rápido com uma história previsível. Uma pena os diretores chineses não terem tido melhor sorte no roteiro (fraquíssimo), mesmo assim, há duas seqüências bem arquitetadas como a dos corvos (acho este pássaro assombroso desde Os Pássaros de Hitchcock) e outra na quais os diretores criam uma montagem no corredor da casa bastante angustiante, mas é pouco pela idéia de importar os diretores diretamente da China.
Clube da Luta foi um filme de grande sucesso, isso ninguém pode discordar. Nesse filme, Edward Norton e Brad Pitt fizeram os protagonistas do filme, respectivamente, O Narrador (que muitos chama por aí de jack) e Tiler Durden.
Agora, depois de 8 anos, eles novamente poderão ser vistos na tela juntos. O filme dessa vez é “State of play”, ainda sem nome em português, mas espere um subtítulo enorme nele.
Na trama (adoro essa palavra), Brad Pitt interpreta um jornalista investigando o assassinato da amante de um político, e Edward Norton será o político em questão.
O filme terá inicio de suas gravações logo após a filmagem de “O incrível Hulk”, do qual Norton faz parte, interpretando o doutor Bruce Banner.
Segunda você ficou sabendo que o quarto filme de Indiana Jones vai se chamar Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. Ontem, confirmaram que a tradução do título será literal, gerando assim o medonho Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.
Não fui eu, foi meu agente!
Enfim, um nerd safado que mora no Japão mandou um email pro Omelete, dizendo que no Disney Sea em Tóquio já tem uma atração chamada… hum… “Indiana Jones Adventure: Temple of the Crystal Skull” que segundo ele passa por alguns cenários do primeiro e filme e culmina na mardita caveira que reserva uma supresa que tem a ver com a fonte da juventude.
Se alguém duvidava que Shia Le Bucha iria assumir o chicote de Harisson Ford se a franquia voltar a ativa, essa história de fonte da juventude é o combustível que faltava na fogueira de especulações a respeito do mais novo golden boy de Hollywood.
Indiana Jones e o nome comprido e feio pra cacete tem estréia mundial prevista para 22.05.2008
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Agradecimentos ao Omelete que tem leitores nerds e fiéis que dão esse tipo de notícia pra gente.
Não sei como Hollywood ainda consegue criar comédias que apelam para piadas sobre gordos e situações que envolvam flatulências, ou pior as duas coisas juntas. Sinceramente, nem adolescentes devem rir destas situações levadas à exaustão em quase todas as comédias americanas. Em EU OS DECLARO MARIDO E… LARRY!, há uma forte sensação de um roteiro híbrido, ora surgem piadas e situações grosseiras, ora diálogos espirituosos sobre amizade e tolerância.
Dizem que isto ocorre em função do roteiro original de Alexander Payne e Jim Taylor (de Sideways e As Confissões de Schmidt, ambas as comédias agridoce), ter recebido um último tratamento por parte de Barry Fanaro quando da entrada na produção de Adam Sandler. Assim a trama de amizade ganhou tons homofóbicos (há todo tipo de estereótipo gay já surgido no cinema, como se isso fosse engraçado) com uma sutil mensagem de tolerância lá no final da projeção.
“Eu peguei nos peitinhos da Jessica Biel, e você?”
Inegavelmente, o filme tem seus momentos divertidos e cômicos, principalmente, no carisma de Kevin James (de Hitch – Conselheiro Amoroso, anos luz melhor em cena do que Sandler), em uma piada aqui e outra ali, somente não precisava aturar as aparições sem-graça dos amigos de Sandler, Roy Schneider e David Spade. Pelo menos, há Jessica Biel, linda e numa forma física… sem palavras, surge em cena molhada de calcinha e sutiã, melhor impossível.
Só eu acho fotos assim extremamente vazias? Enfim, só divulgo porque o filme VAI ser bom, confiem em mim. Pena que ainda não tem data definida de lançamento no Brasil.
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Veja o trailer aqui.
Veja um pôster aqui, e mais um aqui, com sinopse e teaser trailer.