Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância – Coleção Vaga-Lume

Livros terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Este artigo faz parte de uma série Nostálgica. Veja a introdução aqui.

Taí uma coleção que tem literalmente, história pra contar. Com seus primeiros volumes lançados em 1972, o que dá para a coleção 35 anos de vida, esses livros foram marcantes para muitas pessoas.

Com suas histórias simples, que em pouco mais de 100 livros conseguiram cativar um grande público, esses livros são lançados até hoje. Apesar de suas capas serem diferentes de suas primeiras versões, o conteúdo que prendia o leitor a frente de cada volume,que raramente ultrapassava as 100 páginas, continua o mesmo.

Muitos dos escritores que agora tem uma carreira e livros conhecidos por aí, começaram com algumas histórias publicadas na coleção Vaga-lume. Marcos Rey, por exemplo, com 8 livros na coleção, alguns que você possivelmente já tenha lido, como o O rapto do Garoto de Ouro , Um cadáver ouve rádio e O mistério do cinco estrelas, todos protagonizados pelos mesmos personagens, teve seu reconhecimento nessa coleção. pelo menos, o meu reconhecimento. infelizmente, ele morreu no dia 1º de abril de 1999, então, nunca pude mandar um e-mail pra ele pra falar o que eu achava de seus livros, como faço com outros autores.

Mas é claro, entre tantos livros, muitos outros tiveram um grande sucesso, chegando a vender hoje em dia as novas edições com o mesmo fôlego de sua edição mais antiga. A ilha perdida, de Maria José Dupret, é um bom exemplo disso, com média de vendas de 10 mil exemplares.
E é claro, falar sobre uma coleção tão ampla assim é praticamente impossível, então, pra finalizar, algumas recomendações de livros essenciais para conhecer um pouco mais dessa coleção.

Os que disse logo acima, escritos por Marcos Rey são bons, então não deixe de passar os olhos pelas páginas deles. A Írvore que Dava Dinheiro, de Domingos Pelegrinni, e o O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida, são alguns que você não deve esquecer de ver. E também, de relembrar o momento em que você o leu, se for o caso de já o ter lido, é sempre legal abrir livros clássicos assim…

Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância

Livros terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Muitos de vocês quando menores devem ter tido uma infância simples, daquelas que é igual a de todo mundo. mas, como nerd que sou desde criança, a minha foi um pouco diferente. eu era aquele que nunca saía de casa, ficava no meu canto lendo alguma coisa, cercado de coisas que eu gostava, praticamente trancado em meu próprio mundo. Então, presumindo que eu não sou o único que leu um livro antes dos 10 anos sozinho, vou falar sobre aqueles livros que nos acompanharam durante a nossa, ou quem sabe, só minha infância. portanto, vamos logo o que interessa, que é tentar recordar de todos os livros que podem ter formado o caráter de vocês, se é que vocês tem um. de clássicos da literatura até aqueles livros amarelos e podres que você era obrigado a pegar na sua biblioteca do colégio, vamos logo ao que interessa, antes que eu me sinta velho, e resolva cair aqui no chão.

Yéssica: tinha os livros do Marcos Rey, e eu lia muito uma coleção chamada “salve-se quem puder”, que você tinha que decifrar uns mistérios toscos antes de virar a página. E tinha “você escolhe o final”, que fica óbvio o que a gente tinha que fazer.

Coleção Vaga-Lume

Coleção Para Gostar de Ler

Contos de fadas

Overdose Nicolas Cage: Resenha – A Outra Face

Cinema segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Um carrossel. Pai e filho brincam inocentemente, até que, a cena muda, e passa um cara com uma arma, que pouco depois dispara, acertando o pai e por tabela, acertando o garoto. Choros, lágrimas, um pouco de sangue, e aí sim, depois de um pulo de 6 anos na história, o filme tem seu inicio oficial…

Um policial, atrás do terrorista Castor troy (Nicolas Cage) que é procurado internacionalmente e que aparece logo depois armando uma bomba em algum lugar do estados unidos, pra variar um pouco. O policial, Sean Archer, interpretado por John Travolta, que depois de muito tempo, o consegue capturar. Até aí, nada de mais, mas ao descobrir que a bomba irá explodir em poucos dias, toda a divisão dele tenta descobrir onde está a bomba de todas as maneiras possíveis. E é aí que entra a parte de uma operação, que retira a face da pessoa e a transfere pra outra. Quem é o melhor pra essa operação? a única pessoa que respirava castor troy, o policial bonzinho que o havia prendido, e o conhece mais do que a própria filha.

Sean Archer, com cara de “noça, te odeiou, cara”

E tá lá ele, depois de ter brigado com a mulher, filha, todo mundo no departamento, e com cara de cu, esperando pra ir pra mesa, com seu amigo do lado, que ele entrega sua aliança enquanto se dirige para a sala de operação, uma das melhores cenas do filme:

Logo depois, é aí que entra a total interpretação dos atores, fazendo o papel do outro, algo que me fez prestar atenção o restante do filme inteiro. Perceba na imagem abaixo, logo depois da operação, que mesmo sendo a mesma pessoa, a interpretação dele muda completamente, como se o terrorista não existisse mais, e fosse mesmo Sean Archer na pele de Castor Troy:

Infiltrado na prisão onde está o irmão de Castor Troy, o único que sabe da bomba, ele tenta descobrir a localização dela, se mete em uns problemas, e ao descobrir, tenta contatar seus superiores, o que dá um problema muito grande, afinal, quem é que aparece na prisão?

ámágah

aparece Sean Archer. Depois disso tudo, se eu contar mais com certeza estragarei o filme, contando é claro, que você não o tenha visto ainda. Só digo que o filme foi dirigido por John Woo, o mesmo de missão impossível, o que somente percebi em uma das cenas, que pra variar, aparecem pombas:

Que presumo que sejam algum fetiche dele, pois aparecem em quase todos os filmes dirigidos por ele. Ou deve ser algum tipo de assinatura, sei lá. ótimo filme, perfeito em sua direção, os efeitos na hora da operação são muito bem feitos, assim como as cenas de tiroteios, e as cenas da prisão, perfeitas. assista, garanto que não irá se arrepender. A não ser que você seja um paranóico, e depois disso, comece a desconfiar de todo mundo que passe ao seu lado.

Resenha – Escorregando para a glória

Cinema sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 – 0 comentários
BUM!

Filmes sobre patinação não tem lá muita graça, pois mostrar pessoas deslizando pelo gelo não é uma das melhores coisas. Mas é claro, se o principal em um filme é o humor, ele consegue melhorar muito. Em Escorregando para a glória, não é diferente. Contando a história de dois patinadores rivais, Chazz Michael Michaels e Jimmy MacElroy, interpretados respectivamente por Will Ferrell e Jon Heder, ambos que você já deve ter visto em filmes como O âncora e Napoleon Dinamite, são os principais protagonistas dessa história. Depois de se ferrarem ao terem uma “pequena” discussão durante a entrega de medalhas em uma competição que participaram, discussão essa que recebeu indicação como melhor luta no MTV movie awards, ambos são banidos das competições. O tempo passa, e a patinação que é a vida desses dois continua a assombrar a cabeça deles.

Até que um fã psicótico de Jimmy MacElroy consegue descobrir uma brecha nas regras, e o convence a retornar a patinação, dessa vez, como um patinador de duplas. Seu parceiro? O seu maior rival, é claro.
Não entendo muito de patinação, na realidade, não entendo nada, mas achei as cenas em que mostravam os dois patinando muito bem feitas. Depois de muito treino, eles conseguem entrar em uma competição, e dessa, pro mundial de patinação.
Dai em frente, a história do filme fica em um ritmo muito louco. Outros rivais patinistas, a bela irmã deles, que MacElroy fica xonadin, o treino deles para ficarem melhores e mais coordenados juntos, e até o momento que chega a hora de eles treinarem “A donzela de ferro”.
Se quer um filme pra só se desligar das besteiras da vida, esse é recomendado, uma história simples,que fará você prestando atenção até o final, recheado de cenas que garanto, pelo menos você vai dar umas risadas.

Visitando sebos

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 13 comentários

Ok, pensando no leitor pobre como eu, que as vezes não tem 4 reais no bolso pra pegar ônibus, resolvi escrever isso aqui pra apresentar a vocês a melhor maneira de arranjar livros baratos, e de procedência duvidosa. Duvidosa, porque você nunca sabe de onde ele realmente veio. Diversas vezes, ao chegar em casa com um livro na mão, via uma etiqueta de alguma biblioteca, o que quer dizer que o livro tinha sido roubado por algum drogado precisando de dinheiro pro pó, ou algo assim, use sua criatividade e invente sua história, me surpreenda.
Bom, nessas, resolvi fazer um pequeno guia de como que você pode arranjar ótimos descontos, livros em estado aceitável, e como disputar um livro com alguém que chegou a sua frente. Tudo o que escrevo é baseado nas livrarias e sebos que conheço aqui em Curitiba, a cidade que moro/me escondo.
Feita a introdução, vamos ao que interessa, pois você que nunca foi a uma sebo deve estar curioso, e esse parágrafo que estou fazendo aqui é só pra que sua expectativa aumente, que poderia ser facilmente ignorado por você, mas que tenho certeza continua a ler, pensando que irei escrever algo útil, mas desista foi só pra te enrolar mesmo. E essa parte poderia ser pra isso também, mas não sei enrolar os outros por muito por muito tempo.
1º: Descubra onde fica esses malditos lugares!
Nada pior do que ficar andando por aí, sem rumo, só olhando para os lados sem rumo, somente para achar essas livrarias. Use a lista telefônica, e um mapa de sua cidade. Se você não tem um, vá a um hotel qualquer e fale com o recepcionista, pergunte onde é tal rua, existe grandes chances de ele rabiscar um mapa de turismo, e o dar pra você. Pelo menos pra mim, sempre funciona. Nesse mapa, marque o endereço de cada uma das sebos e feiras de usados, e guarde para quando você for visitar tudo de uma vez. é bom pra caso você vá fazer uma rota, ajuda bastante. E se caso você se perder, pode aproveitar e fazer turismo pela cidade, pelo menos o mapa você já tem.
2º: Se prepare
É algo meio vago, nada relacionado a dinheiro, até porque, se tá comprando livros usados, você deve ter pouco… A preparação que digo é levar algo pra carregar os livros. As sacolas que eles dão são coisas bem fracas, e dependendo do volume, ela pode rasgar facilmente. E se for visitar mais de uma sebo em um dia, você deixa essas mesmas sacolas no guarda-volumes, coisas que não confio ainda. Então, carregue uma mochila, bolsa, saco de cadáveres, carrinho de mão, sei lá, mas não use em hipótese alguma as sacolas que eles dão. Quero ver sua cara de tacho se elas arrebentarem quando você fora atravessar uma rua. Se eu ver isso, eu vou rir. E depois iria catar os livros pra mim, se demorasse muito. :doido:
3º: Vá sozinho
Tá, não é lá algo muito importante, mas digo que ir com amigos, namorada ou irmão a esses lugares pode trazer um grande problema (entenda prejuízo). Se não fui muito claro, lá vai um exemplo. Certa vez, estava tudo preparado pra sair, e chega uma amiga minha, que resolve ir junto. Beleza, aceitei, na minha inocência, achando que ela ficaria no canto dela, mas ao chegar lá me arrependi. Normalmente não é só livros usados nessas lojas, revistas as vezes são a maioria. Pra encurtar a história, ele me pediu emprestado 10 reais, e voltei com minha mochila cheia de revistas capricho, atrevida, e outras que nem quero lembrar o nome. Aliás, não me pagou até hoje, o que é um grande prejuízo…
4º: esqueça seus compromissos
É sério, nunca vá se você tem mais o que fazer no dia. É que nem supermercado, chega um momento que você não sabe mais a quanto tempo está lá dentro. Já cansei receber ligações enquanto estava nesses lugares, perguntando que horas eu iria chegar, até olhar pro relógio e ver que já estava a mais de 40 minutos andando de um lado pra outro, sem comprar nada. Portanto, se tem que ir a algum banco, aula, curso, esqueça um dos dois, é melhor pra você.
5º Faça uma lista
Pegue uma folha sulfite, caderno de rascunhos ou algo pra anotar e escreva todos os títulos e autores dos livros que você quer procurar. Olhe bem pra ela, ache um lixo, faça outra versão, e no dia, esqueça. Pode ser que nunca chegue a procurar o que foi anotado nela. Tenho um caderno de rascunhos na mochila, com mais ou menos uns 80 livros anotados, que sempre vou buscar, mas quando chega na hora esqueço da lista, e só vou atrás do que me chama a atenção na hora. Agora que estava escrevendo isso, vi que nos 6 meses que fui escrevendo essa lista, só comprei 4 livros dela, o que é uma boa média contando que nesse tempo devo ter comprado uns 40 livros que não estavam nela. Enfim, faça uma lista pra não seguir, ela é só detalhe pra que não se esqueça de seu objetivo inicial, seja lá qual for.
se você seguiu todos esses passos, nesse momento, você deve estar na frente da loja, com uma mochila nas costas, esperando o próximo passo. vamos a ele:
6º: boa sorte
Sério, você vai precisar. Lá dentro, dependendo do lugar, você pode achar muita coisa estranha, então é melhor estar preparado. Se for alérgico a poeira, leve uma máscara, se tiver medo de aranhas ou ratos, leve uma arma, e se tem medo de pessoas, bom, grite na cara delas quando perguntarem algo.
e pra finalizar, tem a regra de ouro, que não pode ser esquecida nunca, as outras, comparadas a essa são opcionais.
Regra extra: Nunca deixe pra comprar depois
É uma coisa que é importante. Se você viu o livro, compre-o na hora. Sem essa de pedir pra reservar, esconder ele em algum lugar, ou deixar ali mesmo. Centenas de pessoas passam pelos livros durante o dia, e tem grandes chances de uma delas querer ele também. Então, NUNCA deixe ele pra depois. Até hoje me arrependo de ter deixado pra comprar mais tarde uma edição de contos inacabados por apenas 15 reais que nunca mais vi…
E nesse ponto, deve ter percebido que eu não falei nada do que propus logo no início, por um simples motivo, tão simples que só percebi agora: ninguém é tão fanático por livros a ponto de brigar por eles, acho que só eu mesmo, como daquela vez que eu… bom fica pra próxima. e tentem sobreviver até a próxima semana.

presenteando com livros

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 – 9 comentários

Certo, taí algo improvável, quem é que gostaria de receber um livro de presente de aniversário? Eu mesmo, apesar de ser um nerd viciado em livros, praticamente o único de minha família, até hoje em meus 22 anos nunca recebi um livro de presente. Mas em compensação, dar livros é algo que faço sempre. Depois de errar algumas vezes, consegui descobrir maneiras de saber qual é o livro perfeito pra cada pessoa, As vezes eu erro, o que dá uns problemas, mas isso não vem ao caso. Ainda.
Livrarias tem um grande leque de opções de livros pra presentear. São normalmente aqueles livros de fotos, com frases, como o As Coisas Boas da Vida, e não conheço outro mais, apesar de ver as capas deles sempre. Curtos, com imagens bonitas e frases melosas, são uma boa escolha para dar para alguém que não lê, porque pra essas pessoas o que importa realmente são as figuras.
Mas é claro, se você quer que o livro escolhido marque um momento, esses não são a melhor escolha, afinal, eles são sem conteúdo, sem sentido, sem graça, e sem nenhuma lembrança depois de algum tempo para a pessoa que foi presenteada, o que não é a questão nesse texto.
E pra variar um pouco, estou perdendo a linha de pensamento. mas enfim, foda-se. Meu histórico de presenteados é algo muito estranho, devo ser o único que faço isso, mas todos os que eu dei um livro, se lembram de mim, seja por algo bom ou ruim. Das vezes que errei em um livro, foi algo que foi de propósito, e somente em caráter de ironia, pra sacanear mesmo a pessoa, como por exemplo, dar para uma bela garota ex-conhecida minha um livro qualquer, e errar na dedicatória, achando que todas as garotas sabem a definição de “gordinha” que temos aqui no site. Até hoje, ela vira a cara quando me vê, não importando as explicações que dei sobre o termo. Mas isso é sobre a dedicatória, não sobre o livro em si, que era bem foda, e não lembro qual era, afinal, já se passou uns 3 anos desde esse dia.
E já que falei em dedicatória, esse é um fator a ser pesado também. Frases que são colocadas em livros tem que ser bem pensadas, ou simplesmente se escreve o que se tem na cabeça no momento, o que pode render umas boas risadas. Mas com a idéia na cabeça de que aquela frase irá acompanhar aquele livro até o fim dele ajuda a imaginação a pensar em algo criativo.
Presentear com livros é difícil, mas quando você vê que acertou, não há nada melhor. Saber que a pessoa desejava aquele volume, e vê-lo na mão dela, com aqueles olhos brilhantes, a primeira abertura, e leitura da dedicatória, são momentos que não tem preço, que são gratificantes, fazem perceber que pelo menos alguma vez você acertou algo.
Saber um pouco os gostos da pessoa ajuda muito na escolha de um livro para ela. vejamos o seguinte: Pra uma pessoa que curte novelas, vive comentando sobre o último capítulo, é vidrada em revistas de fofocas publicados a 1 real nas bancas, qual seria sua escolha pra alguém assim? Tem ser algo com uma história marcante, que prenda até o final do volume, com leitura simples, e uma história relativamente longa. Eu escolheria Desventuras em Série, com uma dedicatória dizendo alguma besteira sobre tempo perdido em frente a tela e em frente a paginas inúteis, e possivelmente, eu teria acertado. É claro, esse exemplo foi fácil, mas as vezes, é melhor arriscar. Se por acaso ver o livro jogado na casa do presenteado, nada mais fácil do que roubar ele, não é?

Crítica – O guia de sobrevivência a zumbis

Livros sexta-feira, 04 de janeiro de 2008 – 10 comentários

Trago a vocês hoje mais uma resenha de um livro essencial, diria até que obrigatório para preparação quando chegar esse dia. O livro em questão é o “O Guia de Sobrevivência a Zumbis: Proteção total Contra mortos-Vivos”. Escrito por Max Brooks, que com certeza você nunca deve ter ouvido falar, mas isso não vem ao caso. Vamos nos ater principalmente ao livro em questão.
Primeiro de tudo, aquilo que você não precisa saber:
O Guia de Sobrevivência a Zumbis: Proteção total Contra mortos-vivos

Autor: Max brooks
Editora: Rocco
329 páginas
2006

Como sei que já pularam direto pra cá, Vamos a crítica. O livro é divididos em vários partes, que passam por diversas páginas, e uma hora, chega ao final. Pronto, acabou.
E como crítica que presta não é só assim, vou falar um pouco de cada parte do livro, só pra que saibam um pouco sobre seu conteúdo.
A primeira parte fala sobre os mortos-vivos em geral. Qual a fonte deles, de onde eles vieram, pra onde vão, o que comem, essas coisas. No caso, ele fala mais sobre o vírus Solanum, sua forma de infecção, sintomas, tratamentos, enfim, tudo isso. E também fala sobre os zumbis de filme logo no final, mas rapidamente.
A próxima parte, que é sobre armas e técnicas de combate se dedica a falar sobre todas as armas que podem ser utilizadas contra essa ameaça, vantagens e desvantagens de cada uma delas, dificuldade de uso, e uma boa explicação dos efeitos delas contra os Mortos-vivos, passando ainda como usar ela da maneira mais eficaz.
Logo depois, vem a parte falando sobre a defesa, quais os melhores lugares para se abrigar, quais tipos de preparação tomar para torná-lo mais seguro, e explica quais os melhores lugares públicos a se esconder caso ocorra ataques. Só sei que esse capítulo me fez perceber que um shopping não é o melhor lugar para se defender, e nessas já mudei toda minha estratégia.
Olhando pelo lado mais negativo, a próxima parte fala sobre a fuga. Qual as melhores maneiras de fugir, o que fazer, que providências tomar, veículos recomendados, terrenos a evitar, tudo o que é necessário para garantir a sobrevivência nesse momento difícil.
Para caso de ataques, a parte seguinte indica as melhores táticas de combate, que precauções tomar, os melhores terrenos pra ataque e defesa, transportes, técnicas de organização pessoal, e tudo o mais que seja suficiente para que a raça humana saia vitoriosa desse tipo de situação.
Mas caso nada dê certo, e tudo vá pro quinto dos infernos, o próximo capitulo fala exatamente sobre isso. Digamos que o mundo seja dominado pelos mortos-vivos, e somente poucos sobrevivam sem serem infectados. O que fazer? Explicando de maneira simples, sem falar de primeira que todo o mundo está fodido, ele fala sobre o que fazer enquanto todos os mortos não morrem de vez, quanto tempo isso pode durar, e o que é preciso para viver até que tudo isso acabe de vez.
E pra ajudar a identificar quais são as situações em que os mortos estão por aí, andando, a parte final do livro é sobre documentos históricos que falam sobre ataques dos zumbis através dos tempos, desde a pré-história, até os dias de hoje.
Se você é daqueles que sente que há algo mais em tudo o que se passa na tv e jornais, se a cada vez que falam que descobriram uma nova doença, se esconde, temendo o pior, Nunca sai de casa sem seu Kit de primeiros socorros, sinto lhe dizer, mas você já morreu. Mas se ao ser apresentado a esses fatos, a primeira coisa que você faz é ir amolar seu machado, espada, faca de cozinha ou seja lá que tipo de armas que você possua, parabéns, esse livro é para você, afinal, se é pra morrer, que seja levando o máximo de zumbis junto.
Ok, agora saindo um pouco do espírito do livro, vamos falar um pouco sobre seu estilo. Passando pelos assuntos como se fosse um guia qualquer, ele fala sobre eles sem ser chato, indo direto ao ponto que ele promete abordar. Leitura simples, letras grandes, e bem dividido, é uma boa leitura pro fim de semana, para aqueles momentos em que você não tem o que fazer, ou depois de assistir um filme que tenha algo a ver com o título do livro.

Livros de auto-ajuda

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 03 de janeiro de 2008 – 9 comentários

Eles são vendidos como livros, tem seu próprio ranking na revista Veja, E a cada novo lançamento, dependendo do sucesso, surgem outros 4 livros só explicando como que cada um deveria entender/ usar aquilo. É, esses são os livros de auto-ajuda.
O que , é claro, só são considerados como livros somente para aqueles que são viciados em seu consumo. São como remédios com tarja preta, mas vendidos por aí sem receita, e um pouco mais nocivos a saúde, pois afetam o cérebro diretamente a cada página lida. Nunca encostei em um livro desses, e quando vou a livrarias, pego o caminho mais longe possível dessas prateleiras. Se ele está em destaque na porta de uma livraria, nem entro, Tantos livros pra terem destaque, e colocam bem esse tipo na porta? obrigado, dispenso.
Mas apesar de nunca tocar nesses livros, sei o que eles contém. Por intermédio de outros, que a cada vez que lêem um desses livros e vão até mim pra comentar a sua mais nova técnica de como conseguir dinheiro, felicidade, amor, picolés de tamarindo, ou seja lá o que for. Fico quieto, e depois que me despejaram tudo o que tinham pra falar sobre, penso na melhor maneira de desbancar toda a teoria da pessoa em apenas uma pergunta, Fazendo como ela perceba que todo o tempo que ela perdeu lendo aquilo tenha sido inútil. Mas isso é só um pouco de sadismo meu, costume criado em muitos anos e conversas sobre isso.
Livros assim só servem pra poucas coisas. Calço de mesa, presente de amigo secreto, alvo para atirar shurikens (testado por mim, pode confiar) e acima de tudo, pra que você perceba o quanto você foi idiota ao gastar perto de 40 reais em um livro desses, na pior das hipóteses, porque els tem uma validade muito curta, indo pra banca de descontos muito rapidamente, onde você pode o comprar por 3 reais ou menos, quem sabe.
E antes que eu perca a linha do meu maldito pensamento de novo, e comece a falar sobre qualquer porcaria aqui de novo, vamos descarregar tudo o que tenho pra falar. Sua vida está uma merda. Sua namorada te deixou, seu emprego está bastante desagradável, sua familia te ignora, e seus amigos não falam mais com você. Passando por uma livraria, você vê, bem na porta um livro com uma capa bonita, parecendo um selo de carta antigo, e o preço está bom. Já que tá tudo uma merda mesmo, porque não começar a buscar esperança em outro lugar? Folheando o exemplar, com aquele papel bonito, aquela letra e diagramação agradável, você começa a a se convencer que aquilo pode ser a solução de seus problemas. Ao chegar ao final, sentindo que sua vida mudou, começa a colocar os ensinamentos em pratica. Continua sem mulher, amigos, a familia acaba te deserdando, é demitido, e não tem onde cair morto. Só que agora, tudo parece melhor, pois você tem a esperança que pode melhorar, afinal, o livro não pode estar errado. Que cena linda, alguém terminando de se ferrar porque confiou em ensinamentos de pessoas que só conseguiram sucesso e dinheiro por aquele livro, sendo apenas fracassados antes da publicação.
E pra finalizar, e dessa vez, serei breve. Livros são feitos pra divertir. Qualquer esperança que você coloque nele, achando que ele irá ajudar você, é o mesmo que você olhar um pé de abacate querendo que saiam bananas, algo completamente inútil, sem sentido, e acima de tudo, se é pra fazer algo que vá mudar alguma coisa, não vai ser lendo um livro sem nenhum conteúdo que irá lhe ajudar nessa tarefa. por hoje é só, mas para que vocês não fiquem sem nenhuma dica essa semana, vou deixar uma recomendação de livro que realmente pode fazer você pensar.
A revolução dos bichosGeorge Orwell
Contando a história de uma fazenda que é dominada por animais, e de como que ls se saem em tão difícil tarefa, com diversos acontecimentos que farão você parar pra pensar durante a leitura esse livro não é algo que vá te ajudar em alguma coisa, mas garanto que será uma boa diversão.

A vergonha de mostrar livros

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 27 de dezembro de 2007 – 11 comentários

Pessoas carregando livros por aí é algo difícil de se ver, a não ser que você me veja todo dia. :heh: Leitura é algo desde muito cedo ensinado as pessoas que é algo chato, difícil de entender, mas como disse na semana anterior, é só por questão de costume que você acha a sua própria literatura, o gênero que você goste.
Seja por vergonha, ou por medo de que vejam, os livros em uma casa nunca tem o destaque que merecem. me diga quantas casas que você visitou que tinham livros espalhados por todo canto, ou arrumados em uma prateleira? É claro, a bíblia não conta todo mundo tem uma. se respondeu pelo menos uma, pelo menos você conhece alguém que sabe apreciar o que tem. Livros tem todas as suas peculiaridades, como aqueles de vários volumes. Até mesmo enciclopédias tem suas lombadas padronizadas para que, se colocadas lado a lado, possam ser decorativas. Não estou falando pra usar livros para decoração, pois não há nada mais frustrante do que chegar numa casa, ver que tem na prateleira um volume de Contos Inacabados, perguntar se a pessoa gostou, e ela revelar que nunca o abriu. Foi assim que consegui bons livros, afinal, se ela nem tinha lido o livro, não iria sentir falta se eu pegasse ele da prateleira sem ela ver, e nunca devolvesse.
Enfim, voltando a se focar no assunto do texto. Parece que pessoas não mostram os livros que possuem porque acham que eles não combinam com ela. ninguém vê um marceneiro andando por aí com um O Estranho no Espelho debaixo do braço, mas não quer dizer que ele não tenha lido esse livro.
Nas sebos que freqüento, a maioria das pessoas ficam nas seções de revistas e de gibis, somente alguns poucos é que se arriscam a ir pro lado dos livros, mas porque estão procurando algo barato. Eu vou toda semana a pelo menos 5 dessas livrarias, pra ver se encontro algo interessante, e sempre acho alguma coisa que não estava lá em minha última visita.
E como estou percebendo que está difícil de se focar no assunto dessa coluna, tentarei ser o mais breve possível daqui em diante.
Perguntando pra algumas pessoas, descobri que as que lêem não carregam os volumes por aí por um simples motivo: o peso. Ok, alguns livros chegam a pesar até 800 gramas, e se for carregar por aí é realmente cansativo, mas já que é esse o problema, porque não escolher alguma literatura mais leve? Vou me repetir dizendo isso, mas o que há de melhor pra se carregar por aí são os Pocket books, aqueles pequenos, que se encaixam perfeitamente em seu bolso, com duplo sentido.
se você não tem como fazer uma prateleira pra seus poucos livros, improvise. Nada de empilhar tábuas em cima de tijolos, é pra improvisar, mas vamos fazer algo que presta. Se seu problema é espaço para deixar eles, Só deixar eles empilhados em uma mesa, fica um coisa legal até. se quiser fazer mais bonito, vários sites mostram diferentes projetos de como “empilhar” seus livros de maneira artística. Aqui temos um bom exemplo, que ficaria legal em qualquer canto da casa:

fica até que legal, e se olharem, pode ser até que tentem imitar. outra maneira interessante para guardar livros é essa aqui, que pretendo fazer a algum tempo, mas me falta coragem pra estragar algum volume:

Resumindo bem por cima tudo o que eu disse: se o seu problema é revelar a todo mundo que você tem livros, e correr o risco de que te chamem de Nerd, a melhor maneira é mostrar que os possui de uma maneira diferente, como as demonstradas acima. Agora é com você, vai continuar a deixar eles mofando no fundo de uma gaveta, ou irá mostrar a todo mundo sua pequena coleção? fica aí a sugestão.

Definindo o analfabetismo funcional

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 20 de dezembro de 2007 – 6 comentários

Não, o analfabetismo funcional não tem nada a ver com quem não sabe ler. Ele tem mais a ver com quem sabe ler, e não o faz. Se você é daqueles que no colégio, quando tinha um livro para alguma prova ou para algum trabalho e corria a internet para buscar um resumo dele, quando menor, o único livro que você via era uma bíblia, e só quando ia a catequese, quando falam sobre livros perto de você, se afasta porque aquilo é muito chato, meus parabéns, você é um que se encaixa na categoria do título.
Aprender a ler não é algo difícil, é possível que se a pessoa realmente queira, ela “aprenda” a ler direito. primeiro de tudo, os benefícios da leitura. Se você gosta de jogos, vou falar como se fosse uma habilidade de um. quanto mais você a utiliza, melhor e mais forte ela fica, certo? ler é assim, quanto mais você lê, não só a sua habilidade de leitura aumenta, mas também sua capacidade de compreender o que se passa a sua volta também, e por tabela, você pode ainda ficar mais inteligente. mas se for feito de maneira incorreta, como ler em locais pouco iluminados, muito perto do rosto, pode trazer problemas a sua visão, mas isso é o de menos, porque de acordo com todos os oftalmologistas, TODO mundo tem problema na visão.
A melhor maneira de começar a ler alguma coisa é lendo algo simples, que seja de fácil entendimento e de escrita clara e simples. Ler esse texto e outros desse site já é um bom começo. É claro, se resolver começar por livros, não vá naquela recomendação de seu amigo que diz que O Senhor dos Anéis é o melhor livro pra começar. É MENTIRA, ele, se fosse pra colocar em níveis, seria considerado classe A, de tão difícil entendimento para mentes não acostumadas a centenas de palavras por páginas.
Os melhores livros para se começar a ler são os infanto-juvenis, pois são escritos para jovens na mesma situação que um analfabeto funcional, que estão começando a ler seu livros agora. recomendarei alguns livros para que não se sinta intimidado e com vergonha em frente a prateleira, caso resolva arriscar a entrar numa livraria. A guerra de Platão, de Domingos Pellegrini é curto, tem uma história envolvente, e faz pensar no final dela, e se você é meio TANGA, pode ser que role uma lágrima nas últimas páginas. Os livros da coleção Vaga-lume também são indicados, principalmente os do Marcos Rey. escrevendo situações que poderiam acontecer, chama a atenção pela simplicidade de seus personagens e o quanto eles podem cativar as pessoas. aos poucos, com seu conhecimento e velocidade de leitura aumentando, essas histórias não chamarão mais a atenção, então, é hora de passar pro próximo nível.
Nesse nível, volumes mais grossos, com histórias mais complexas e que fazem com que seu cérebro dê voltas e mais voltas durante a leitura. Não, não irei recomendar o Código DaVinci, pelo simples motivo de que escritores da laia desse Dan Brown não merecem minha atenção. Pra começar bem, uma coletânea de contos é uma boa pedida. Vários autores de diferentes estilos de escrita escrevendo histórias isoladas sobre o mesmo tema. E qual tema? Depende muito de seu estilo. Tem os contos de Ficção científica, os de terror, de humor, romance, e muitos outros estilos. Um livro que realmente recomendo nesse nível é o o condenado, de Bernard cornwell. Histórico, com reviravoltas e um capitulo final de extrema expectativa, com escrita simples mas sem deixar detalhes importantes de fora. Aliás, qualquer livro de Bernard Cornwell é uma boa recomendação. Nesse ponto, acho que o ex-Analfabeto funcional Já deve ter criado um gosto pra leitura, podendo escolher seus próprios livros, sabendo diferenciar algo bom ou ruim, e finalmente pronto pra ler O Senhor dos Anéis, Crime e Castigo, e tudo o mais que chamar sua atenção.
Agora, se depois disso tudo, você continuar não gostando de leitura, espero que você seja um cego, porque se não for, será um quando eu furar seus olhos. :doido:

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