Shows do NIN no Brasil cancelados!

Música quarta-feira, 17 de setembro de 2008 – 0 comentários

Pois bem, cês lembram que ia ter show do Nine Inch Nails no Brasil?

Pois é, a assessoria de imprensa da Mondo Entretenimento, que é quem tava trazendo os caras do NIN pra tocar por aqui, ontem [terça-feira, dia 16/09/2008], comunicou que os shows não irão mais acontecer…

Tanto a apresentação no Via Funchal [São Paulo] no dia 7 de outubro, quanto a do dia 9, em Porto Alegre, já eram. E não só essas: Um show em Bogotá [Capital da Colômbia, noob] no dia 12, também foi cancelado, e o de Caracas [Venezuela], que era dia 15, foi jogado pro dia 8, segundo o site oficial. Os shows de Santiago [Não o depressivo] e Buenos Aires não tiveram alterações. Malditos argentinos…

Não houveram maiores detalhes do porque do show não acontecer. Só foi citado que ocorreram “imprevistos técnicos“. E ai quem já comprou ingresso fica na mão, deve estar se perguntando você. Não, suas mulas, parece que vai ter reembolso.

Pra quem comprou pessoalmente, é só ir lá no Via Funchal a partir do dia 19, sexta feira, com o ingresso. Se você comprou pela internet, mas não retirou o ingresso, peça o cancelamento da compra junto às administradoras de cartão de crédito. Já pros que moram fora da capital paulista, mande seu[s] ingresso[s] via Sedex para ter o reembolso depositado em conta corrente [Obviamente cê tem que identificar banco, agência, conta, favorecido e telefone de contato]. Mande tudo com os seguintes dados:

VIA FUNCHAL EMPREENDIMENTOS LTDA.
Rua Funchal, 65 – Vila Olímpia – SÃO PAULO/SP – CEP: 04551-060

At.: Sr. Fábio Gonçalves
Assunto: Reembolso Cancelamento Show de Nine Inch Nails

E, por hora, não existe informações de reembolso pra quem comprou ingresso em Porto Alegre. Se foderam! E se houver, a gente não vai avisar mesmo a gente avisa por aqui.

Overdose Metallica: St. Anger

Música sexta-feira, 12 de setembro de 2008 – 7 comentários

St. Anger é um álbum que, mesmo tendo recebido boas notas em publicações especializadas [Como 4 estrelas de cinco na Rolling Stone], foi muito criticado pelos fãs. Teve gente que comprou e quebrou o cd, pra se ter uma idéia do radicalismo dos indivíduos…
Eu, particularmente, gosto do álbum. Não digo que é meu álbum preferido, mesmo porque o preferido é de outra banda. Mas é bom. Não chega no nível de um Master of Puppets, obviamente, mesmo porque a banda é outra. Depois das experimentações do Load e do ReLoad, os caras resolveram tacar tudo pro alto e tocar Heavy Metal de vez. St. Anger foi também a última parceria com o produtor Bob Rock. Criticado por não ter solos, por isso “não é Metallica”. Mas porra, os caras tavam no meio de um periodo de transição, com o Hetfield lutando contra o alcoolismo e o baixista Jason Newsted saindo da banda e deixando uma crise.
Parte da raiva que foi despejada sobre o álbum também pode ser oriunda daquelas declarações do Lars [Eu disse que ele fala demais] sobre MP3 na internet e o Napster [Tirando o dito cujo do ar, inclusive], causando polêmica na rede e deixando fãs e não-fãs putos. Afinal, quem nunca baixou mp3 ae?

Agora bota seu St. Anger [Se você não quebrou ele] pra tocar ae e acompanha o faixa-a-faixa:

Frantic começa com guitarra e bateria extremamente aceleradas, já mostrando que os tios se renderam ao Heavy Metal. Depois de uma desacelerada no instrumental, vem o vocal, rápido e não tão forçado quanto antigamente. Tá ficando véio, hein Hetfield? Depois de diminuir mais um pouco, eles voltam à carga. E ficam nesse vai-não-vai até o fim, mas é um bom esquenta pra música-título:

St. Anger, a música, foi o que me fez voltar meus olhos pro Metallica. Não que antes não ouvisse, só não tinha consciência da banda. Gostava de alguns sons, mas não ligava o nome à pessoa. Confesso que a letra [Que eu sei de cor] foi o que mais me prendeu nessa música, que é ótima pra momentos de raiva [No meu caso]. Inicia com um baixo falando: “Ó, eu tou aqui, seus porras!” A guitarra faz ele sumir, e a bateria chega, quebrando tudo. Ai, quando parece que vai vir um berreiro, todo mundo fica quieto e vem um vocal mais melodioso. Mas não se engane, depois de uns versos, ele mostra que não é tão fru-fru assim. E o refrão, que pregou na minha orelha, te faz gritar junto. A mesma coisa de novo: Porrada, melodia, porrada, e cê acha que vai ser assim a música toda. Não vai, o ritmo se mantém praticamente esse até o fim agora. Ai acaba e cê pensa: “Orra, esses sete minutos passaram rápido!”

Some Kind of Monster vem, de mansinho, querendo te pegar antes que cê veja. O problema é que não pega. A impressão da música é que vai acelerar, mas isso não acontece, infelizmente. Fica numa guitarra meio mole, com a bateria abusando dos pratos. Quando o vocal finalmente dá o ar da graça, oa música ganha um pouco de peso. Mas só um pouco. E fica nisso por um bom tempo. Mas como a música é grande, dá tempo de se recuperar um pouco ainda. Pena que só dura até o refrão. E vai assim, morna, até o fim, já que cê já tá vacinado contra essas aceleradas-relâmpago.

Dirty Window começa batendo lata, mas a guitarra chega e empolga, com o vocal aparecendo logo, e te fazendo balançar a cabeça. No meio, fica mais calminha, parece até que vai apagar, sendo até legal. Mas não dura muito. Até aparece de novo, mas combina com a música. Meio repetitivo, fato.

Em Invisible Kid, o instrumental já vem arregaçando tudo, sem dar margem pra firula. Pesado, com a guitarra pegando. O vocal, porém, é meio murcho, sem muita empolgação, contrastando com o resto da banda. E ele a música vai pra baixo com ele. Não o suficiente pra estragar tudo, mas vai. Quando o vocal começa a gostar da coisa, a música já não tá tão empolgante. Ainda mais por ir nesse ritmo de “Não fode nem sai de cima” um bom tempo, até o que parece ser o final. E não é, pro seu desespero. Depois de muitas tentativas, a música broxou. Mesmo voltando ao que tava, não adianta, mesmo porque não tava lá essas coisas.

My World já bate pele desde o início, com a guitarra fazendo um riff manhoso, que te deixa meio intrigado. Ai o vocal vem, todo delicado, e com um refrão totalmente boiola. Deixou a desejar nessa, já que o instrumental não consegue ser muita coisa. Esse é o tipo de música que dá vontade de pular, até…

Shoot Me Again vem com a guitarra fazendo barulhinho, e a bateria querendo mais violência, mais pegada. Só que ninguém deixa, ai ela desiste. E pra piorar, o vocal parece uma mulherzinha. Pelo menos a guitara parou de palhaçada. E parece que o vocal percebe a cagada, porque começa a falar mais grosso, literalmente. A bateria percebe isso e resolve se soltar, levando o vocal junto, que se empolga mais. Só a guitarra se mantem, o que não é ruim. Pena que esse sentimento não se mantem constante, senão a música seria bem melhor. Pra variar, a faixa fica naquela variação pentelha entre rápido e lento, suave e pesado, o que, contrariando as expectativas dos caras, não ficou lá essas coisas. Essa pelo menos não foi tão podre, é audivel.

Sweet Amber tem uma guitarra que não quer se fazer ouvir no comecinho, mas muda de idéia. E começa a tocar com vontade, inclusive. A bateria se junta à ela, deixando a coisa mais acelerada, e consequentemente, interessante. O vocal, dessa vez, encaixa com a música, sem acrescentar nada, mas sem levar embora o clima. Mesmo dando uma desacelerada em determinado momento, não há uma perca de qualidade. Sem contar que tal momento não dura. Mas se repete, naquele ritual de “Vamos desacelerar, quem ouve Metallica quer partes lentas SEMPRE.” Começo a dar alguma razão aos xiitas.

The Unnamed Feeling ignora a anterior e já vem riffando, mesmo que seja um riff tranquilo, e com a bateria marcando o ritmo só no começo, mas indo embora logo. A coisa fica mais interessante quando a guitarra entra com mais vontade. O vocal aparece mais uma vez sem estar no clima da música, deixando ela menos agradável. O que podia ser pesado se torna soturno. Não que estrague a música completamente. Ela é uma boa pra quando cê quiser meditar.

Purify começa com guitarra, e das boas, sem contar a bateria que se faz presente. O problema é o vocal cantando quebrado, zoa um teco com a sua mente: “Caraio, os caras resolveram fazer hip-hop?”. Claro que isso não dura, já que o vocal, e a música te deixam com cara de “PEGADINHA!” Não chega a ser thrash, mas tenta. Meio esganado, o vocal tenta dar um recado. Não consegue, mas tudo bem. Essa é a faixa do “Tentamos. Falhamos fragorosamente, mas tentamos.” Melhor que desistir.

All Within My Hands, mais uma que bate pele antes de mais nada, ou no caso, pratos. A guitarra entra com tudo, e cê fica esperando o vocal, ansioso. E ele vem, à princípio quase inexistente, mas vai gradativamente subindo de escala. O que é ótimo: Berros! Não de se esgoelar, mas pelo menos não é cantoria comportada. Finalmente o vocal tem destaque, e comanda a música. O grande problema é que o resto da banda parece se esconder com isso. E são oito minutos que não passam tão rápido quanto poderiam, se o vocal não abafasse o resto.

Apesar do clima de “Uma música longa e meio repetitiva”, o St. Anger é bom. Eu tinha uma impressão deixada pela música-título, mas ouvindo novamente, abaixei um pouco a bola. O que não quer dizer que os xiitas estejam certos: O álbum ainda é legal. Não é uma obra-prima, mas pra situação que os caras tavam, até que não é tão ruim. Se fosse outra banda, ia ter muito neguinho babando o ovo até hoje.

St. Anger – Metallica

Lançamento: 2003
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Frantic
2. St. Anger
3. Some Kind of Monster
4. Dirty Window
5. Invisible Kid
6. My World
7. Shoot Me Again
8. Sweet Amber
9. The Unnamed Feeling
10. Purify
11. All Within My Hands

Overdose Metallica: ReLoad

Música quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 8 comentários

Logo depois de ter lançado o Load, [Logo depois, no caso, um ano e meio depois], o Metallica foi na onda e lançou o ReLoad, que, como o próprio Lars disse [Acho que ele fala demais]: “É a segunda metade do Load. Só demorou um ano e meio pra vir.”
Inclusive, a idéia inicial era lançar os dois, Load e ReLoad como um álbum duplo.
E, enquanto o Load teve como capa a arte “Blood and Semen III“, o ReLoad usou “Piss and Blood“. Me recuso a explicar que piss é mijo.
O álbum também terminou com as experimentações do Metallica… Pelo menos no blues.

Vamos às músicas então:

Fuel tem um começo esmagador. Bateria que não te deixa parado e guitarra acelerada, enquanto o vocal manda o clássico “Gimme fuel, gimme fire, gimme that which I desire“. [E quem nunca cantou isso com um “Charizard” ai no meio, hein?]. Clássico instantâneo, foi regravado até pela Avril Lavigne. Sem mais, essa porra de música é foda pra caralho.

The Memory Remains, apesar de não ter a mesma pegada, também é considerada, por mim, uma ótima música. Meio lenta, sim, mas quem liga? As batidas são bem marcadas, a guitarra não se esconde, pelo contrário: faz questão de marcar presença. E o vocal voltando àquela porra de coisa mais rasgada que a gente tá acostumado. E aquele backing vocal que fica “Laralala” e tal é bizonho, mas ao mesmo tempo legal. E quando cê acha que terminou, a música te pega de calças arriadas. Só essas duas primeiras já são mais Heavy Metal que o Load inteiro, PORRA!

Devil’s Dance vem com uma bateria meio quieta, mas não se deixe enganar, pois a guitarra logo mostra à que veio. Depois, dá uma diminuida na velocidade, mas não perde peso. Tudo bem, não é tão foda quanto Fuel, mas mesmo assim, segura bem o nível do álbum. E o solo é daqueles que você ouve e pensa: “WTF?”

The Unforgiven II é uma seqüência ao single do Black Album. Mas eu reconheço essa mais facilmente que a primeira. Clássico das rádios no final da década de 90, quando eu era uma criança estúpida que não sabia o que era boa música, mas já gostava dessa porra. Pois é, mau gosto é uma coisa reversivel, olha que beleza. Quem sabe você não consegue salvar a sua irmã que ouve axé? Ou manda ela pra mim. (heh)

Better than You começa em silêncio. Seria isso um mau sinal? Nada, é só pra te deixar preocupado mesmo. Logo entra a guitarra com um riffzinho bonito e a bateria, sem força, mas sem moleza. Não chega a comprometer o álbum, mas eu dei uma distraida durante essa música. Se bem que vai ficando mais empolgante no final.

Slither chega meio estranha, nem parece música, mas uma conversa entre o vocal e os instrumentos. Mas isso logo termina e aquela batida que é bem Metallica já vem dar o ar de sua graça. É uma música lenta, mas nem por isso menos pesada, com o vocal variando de tom igual uma puta no cio e um solinho nervoso que deixa a música mais agradavel. É incrivel como tem música que começa morna e vai melhorando.

Carpe Diem Baby me deu a impressão de ser uma continuação da música anterior. Mas só até o vocal começar a desfiar os versos naquela calma, tão diferente dos berreiros do Metallica. A guitarra dá uma cambaleada aqui, deixando a bateria totalmente a vontade pra dominar, que é o que acontece. Mas mesmo assim, a música não engrena como deveria.

Bad Seed parece voltar à experimentação do Load, inicialmente. Mas logo os caras se tocam e tocam direito. Guitarra volta a dominar a cena. Ou melhor, volta a aparecer, já que a bateria não tem como ser abafada. A música pelo menos recupera a pegada que a outra perdeu, mas a empolgação pede mais que isso pra retornar.

Where the Wild Things Are traz uma guitarrinha tocando de leve, e o vocal sussurrando. Mas logo a bateria lembra todo mundo: “Ei, eu tou aqui!”. O problema é quando a música diminui a marcha, se tornando pegajosa. Não no sentido de grudar na sua mente, mas de ficar viscosa. Sorte que isso não dura muito. E o solo tarda mas não falha, afinal, não é o St. Anger que você está ouvindo.

Prince Charming vem com tudo na guitarra, fazendo você se mexer. Não chega a ser Thrash, mas é quase, manja? Rápido e sujo. É agora que cê pega o lança-chamas improvisado e derrete o Load. Até essa música mediana é melhor que aquela bosta. Essa joça dá vontade de bater cabeça! E eu não tava botando fé nela.

Low Man’s Lyric é clássica. Eu só não sabia que ela era ela. Puta música foda! A guitarra roçando de leve, a bateria que só marca o ritmo, uma coisa suave, mas que cê presta toda a atenção do mundo. Alguns mais frescos chegam a dizer que essa música aflora o lado fenfivel da pessoa. Se, depois de ouvir isso, você sentir vontade de “Dancing Queen” do ABBA, cuidado!

Attitude puxa de volta o espírito Metallica com suas batidas marcantes e os power riffs da guitarra. Só acho o vocal meio burocrático. Tá lá porque tá, não tem o mojo… A música seria muito melhor se fosse instrumental, o solo só cofirma essa minha idéia, mas já tá ae mesmo, então deixa assim.

Fixxxer fica com firula logo no começo, guitarras fazendo nhé nhé nhé, isso enche. Por isso que a batera já mói e fala: “Vamo parar de viadagem aqui?” Ai a música engrena. E vai ficando mais empolgante conforme vai indo. O porém é que vai perdendo força na metade. Mas só um pouquinho. Depois volta a tocar riffs maneiros. Mas a música já não tá com tudo aquilo.

Conclusão final: ReLoad foi meio que uma coletânea de clássicos não lançados mesmo com algumas músicas meia-boca no rolo. E tenho dito.

ReLoad – Metallica

Lançamento: 1997
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Fuel
2. The Memory Remains
3. Devil’s Dance
4. The Unforgiven II
5. Better than You
6. Slither
7. Carpe Diem Baby
8. Bad Seed
9. Where the Wild Things Are
10. Prince Charming
11. Low Man’s Lyric
12. Attitude
13. Fixxxer

Overdose Metallica: Load

Música quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 7 comentários

Esse foi o principio do fim pra boa parte dos xiitas fãs tr00 from hell do Metallica. Cinco anos depois do Black Album, os headbangers do mundo todo babavam e esperneavam por algo novo da banda. E, pra delírio dos fanaticos, o produtor ia ser o polêmico Bob Rock. O porém é: O disco foi lançado, e começou o mimimi…
Ah, eles se venderam…
O que não é mentira, tavam ganhando uma grana. O que aposto que foi a idéia desde o princípio. Ou alguém ae imagina os caras sonhando, no começo da carreira: “Ah, vou mudar o mundo, trazer a paz mundial com a minha música, e sem exigir nada em troca, nem mesmo uma groupie safada.” Até parece, se liga…
Isso não é Thrash!
Certo mais uma vez. Eles largaram de vez o Thrash e focaram no Heavy Metal. E sabe porque? Isso se chama evolução… do Metallica.
E chega de enrolação, vamos ao álbum em si:

Ain’t My Bitch começa com uma bateria melosa, meio sem vontade, como que pegando no tranco. A guitarra entra num riffzinho feladamãe de safado, sem velocidade, mas que te faz bater o pé. A voz malemolente do Hetfield cantando como quem tá ninando alguém, bem diferente dos berros do início de carreira… A música em si é uma grande gelatina: Não que não se sustente, mas não é lá grande coisa. Não é minha puta, mas é uma putaria…

2 x 4 já é um pouco mais acelerada, com a bateria pegando mais legal agora. A guitarra chega mais malemolente, com mais vontade, mas o vocal continua em ponto morto. E contagia o resto da banda, que vai derretendo durante a música. Se foder, se eu quisesse dormir desligava o som e ia pra cama. O que prometia mais empolgação chega a ser pior que a outra música.
E sabe o pior? A música desacelera MAIS AINDA… Retiro o que disse sobre ir pra cama, tá me dando sonzzZZZZZZ… Opa, um solinho bem mequetrefe, acordei! Ih, caraio, tem mais um pouco de canção de ninar, melhor ficar esperto…

The House Jack Built tem uma introdução [Ui!] mais metálica [Sacou?], mas de novo vem uma voz calma, que irrita. E o começo mostra que era só um começo, e a música em si é mais lenta que a anterior. Se é que isso é possível. Mas com a bateria burocrática e a guitarra insossa, somadas a já citada voz de “vou te pôr pra dormir”, você queria o que? Eu disse que o disco é Heavy Metal? Eu quis dizer Sleep Metal. Pelo menos até aqui.

Until It Sleeps começa parecendo que vai ser pior ainda, mas quando a guitarra entra com aquele riff mais elaborado, cê já pensa: “Epa, agora sim vai começar a brincadeira de verdade.” E a batera não desaponta. Pelo menos na parte empolgante da música, que tem dois tons: O mais leve, bonitinho e o pesado, feio. Podiam ter feito só pesado e feio, ia ficar muito melhor. Mas pelo menos a coisa melhorou. Não a ponto de um “AGORA VAI!”, mas melhorou… O sono foi embora.

King Nothing vem com a guitarra fazendo barulhinhos, e cê pensa: Que MERDA é essa? A bateria vem, fazendo mais barulhinhos, e agora você tem certeza: Essa música é uma bosta. Ai a guitarra toma forma e você descobre porque é um noob. Ou não, porque a música nem é tão boa assim… Não chega a dar vontade de pular a música, mas também não dá vontade de continuar ouvindo. Espero que não volte àquela seqüência de músicas de ninar.

Hero of the Day, pelo menos, salva. Não o álbum todo [A menos que você estivesse considerando quebra-lo], mas salva sua mente. A batida é leve, a guitarra não aparece tanto, o vocal tá suave, mas mesmo assim a música ficou boa. E o melhor é que ela não fica nessa lenga-lenga, do meio pra frente ela fica um pouco mais pesada. Um pouco, eu disse, não se empolgue. Você pode bater o pé no chão, mas não acho que vá querer balançar a cabeça.

Bleeding Me dá a impressão que vai se arrastar antes mesmo de começar. Porra, 8:19 de música! E pra aumentar o seu cagaço, fica uma viadagem desgraçada no começo. O vocal, quando começa, é inaudível! E da-lhe bateria manhosa e guitarra fresca. Quem güenta isso? Nas poucas aceleradas, quando parece que vai engrenar… Cuén, cuén, cuén. Quase, mas não foi. E quando parece que a música acabou… A guitarra se anima!
RRÁ! PEGADINHA DO MALLANDRO! Continuou a mesma josta por mais três minutos. Só o solo salva a música da minha vontade de completa obliteração da própria mesmo.

Cure, em compensação, vem com uma bateria mais maneira e a guitarra mais empolgada, sem contar o vocal grave, incrivelmente. Mas pelo menos essa tem pegada. Será que o álbum toma jeito, finalmente? Apesar de alguns trechos bem melequentos, a música até empolga. De leve.

Poor Twisted Me nem parece que começa, dá a impressão que as guitarras tão sendo afinadas. Até que começa a pegada de blues, o que é bem legal. Apesar de que você espera algo mais pesado, vindo do Metallica. Mas o começo do álbum já estripou essa idéia mesmo… Então, se você se levar pela idéia, a música até que é divertida.

Wasting My Hate parece que vai cagar de vez na sua cabeça, mas que bom que nem sempre o início se mantem. Finalmente uma música com cara de Metallica. Ou de um cover meio estranho. Acelerada, mas nem tanto. Com batida, mas sem violêcia. Mas, até agora, a melhor do álbum. O que não é grande coisa, também…

Mama Said vem com um dedilhado maroto. E o vocal soturno pula na sua frente como um mendigo que te pede um real. Ou, no caso, sua atenção. Mas o mendigo de repente toma forma, fica encorpado, enche sua mente. E depois murcha novamente, tal qual um balão. E assim vai, a música toda: Se expande, se impoe; pra logo em seguida se esconder e mal ser notada. Isso sim é uma baladinha: Não é um cocô completo, até dá vontade de ouvir. Se bem que isso pode ser só reflexo da bosticidade das anteriores… Ou então é por ser uma canção sobre mães. Aquela do Ozzy também me afeta.

Thorn Within vem com uma guitarra pesada, o que até dá esperanças pra você. A bateria, só marcando a batida, te deixa esperando. Mas ai vem o vocal, pra variar, e broxa todo mundo, principalmente você. A música era promissora, e desmancha feito um castelo de areia. Fazer o que… Calma, calma, não taque fogo no seu cd ainda, tá acabando. E no fim ela melhora um teco, viu como valeu a pena não pegar a marreta?

Ronnie já cai matando com um riff foda. E finalmente uma música cumpre o que o início promete. Porra, retiro o que disse, ESSA é a melhor do álbum. O vocal convence, a guitarra toca de maneira que empolga, e a bateria se faz presente.

The Outlaw Torn fecha o álbum mais longo dos caras [78:59] com uma música quilométrica: 9:47. E que era pra ter 10:48! Mas isso ia zoar o cd mais ainda e tal.
Parece que começa bem, mas, pra variar, as esperanças caem por terra com um negócio totalmente estarrecedor. Vocal que parece com dor de barriga [E das ruins], guitarra sumida, bateria tão densa quanto um papel crepom. E tudo isso se arrastando por tanto tempo te faz ter idéias homicidas. Direcione isso corretamente: Mate os caras maus. Tipo aquele filho da puta que toca Créu no carro no último volume no meio de um engarrafamento, onde as chances de uma gostosa começar a dançar são próximas à zero. E olha só, enquanto eu divagava aqui, a música ganhou algum conteúdo, ou peso, ou chame como quiser, mas melhorou. E é só falar que ela murcha de novo, se foder. Cês me zicam demais.

Por fim, duas considerações: A capa se chama “Semen and Blood Ill”, e foi criada pelo fotógrafo Andres Serrano. E é basicamente isso mesmo que você leu: Esperma e sangue. No caso, esperma do próprio cara, e sangue bovino. Tudo isso no recheio de duas placas de acrílico.

E o que Lars disse do Load: “Esse álbum e o que nós fizemos com ele – isso, pra mim, é o que o Metallica é capaz: explorar coisas diferentes. No minuto em que você parar de explorar, então apenas se sente e morra, caralho.”

E sabe o que acabou se tornando essa exploração? St. Anger… Mas isso é pra uma outra resenha, mesmo.

Load – Metallica

Lançamento: 1996
Gênero musical: Heavy Metal
Faixas:
1. Ain’t My Bitch
2. 2 × 4
3. The House Jack Built
4. Until It Sleeps
5. King Nothing
6. Hero of the Day
7. Bleeding Me
8. Cure
9. Poor Twisted Me
10. Wasting My Hate
11. Mama Said
12. Thorn Within
13. Ronnie
14. The Outlaw Torn

Ensaio Sobre A Cegueira (Blindness)

Cinema quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 12 comentários

A esposa de um médico é a única pessoa capaz de enxergar numa cidade onde todas as pessoas são misteriosamente tomadas por uma repentina cegueira. O fato acaba criando o caos e a desordem entre a população.

Com uma sinopse dessas, e baseado num livro de um ganhador do Nobel, cê tem que admitir que suas expectativas iriam a mil. E o filme não decepciona. Ensaio Sobre A Cegueira é o tipo de filme que vai te fazer ver o mundo de outra forma. E eu não tou fazendo um trocadilho.
Nas palavras do próprio autor:

“Acho que não ficamos cegos. Acho que sempre fomos cegos.
Cegos apesar de conseguirmos ver.
Pessoas que conseguem ver, mas não enxergar.”
José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira

E sabe o melhor? Quando viu sua obra na telona, o véio Saramago chorou, cara, de tão perfeito que é o filme. [Apesar de eu não ter lido o livro. Ainda.]
É difícil focar só no filme, já que o filme em si não tem foco. Os efeitos visuais são feitos como se o cara que tá filmando tivesse ficado cego junto com todo mundo. Tem cenas que estão com um enquadramento bem torto, mal focadas. Boa parte dos cortes é feito com telas brancas, e não pretas, como de costume. Você é ofuscado no meio do filme. E há uma ênfase nos sons, já que, fora a visão, esse é o único sentido que pode ser manipulado no cinema. As conversas paralelas não são cortadas, você tem que saber filtrar o que quer. É uma experiência chocante, até difícil de digerir, por suavemente criticar à sociedade em que vivemos, onde o visual conta mais que o conteúdo. Ou pelo menos foi o que eu notei, porque o próprio Meirelles falou que cada um tem a sua interpretação do filme.

Tão reconhecendo o Minhocão?

Vamos ao enredo do filme, então: Tudo começa com o primeiro homem a ficar cego. [E os personagens não tem nome, inicialmente isso causa um certo estranhamento, mas depois você se acostuma.] Ele perde a visão do nada, num farol. Então, um homem se dispoe a ajudar. O pôe de vonta no carro, e leva até em casa. Lá, ele tem uma briga com a mulher, talvez pelo absurdo da situação: “Oras, onde já se viu, ficar cego do nada? Cê tá é enrolando, palhaço.” Tá, não é isso, mas quase. Eis que então ela marca uma hora no oftalmologista pra ele, emergencialmente. E assim vai se desenrolando a história, com as contaminações sendo feitas em cascata: cada novo doente contamina um grupo ao seu redor. O oftalmo não descobre o que é, obviamente, e o manda de volta pra casa. Não sem antes ser contaminado. Ele só não sabia que a contaminação levava algumas horas pra “fazer efeito”. E assim vai, pessoas ficando cegas só por chegar perto de quem está contaminado.

Loira chama menos atenção num filme tão claro.

E no meio disso tudo, a mulher do oftalmologista se descobre imune. Só que, como estava tentando conter o avanço da doença, o governo resolve enfiar todos os doentes detectados em locais reservados para quarentena, que mais parecem campos de concentração. E os cegos são jogados lá, à própria sorte. A grande vantagem é que, pra não ficar longe do marido oftalmologista, a mulher se diz cega, mesmo não sendo, e vai junto com ele. Ela acaba se tornando a grande líder, por que já dizia o ditado: “Em terra de cego, quem tem olho é rei”. O problema é que ela tem que fingir ser cega, senão iam tira-la do lugar e fazer milhões de experiências pra tentar achar uma cura. Isso se os cientistas também não ficassem cegos… O problema é que vai chegando mais e mais gente, afinal a doença demora a se manifestar, e contamina nesse meio tempo. E com isso aquele lugar vai virando o inferno lotando. Não tanto quanto uma penitenciária brasileira, mas lota.

Não é exatamente o trem da alegria.

Até que um novo rei é coroado: O Rei da Ala 3! Ele se auto-proclama rei, e ai começa a putaria. Por que ele não tá necessariamente errado. Quer dizer, isso vai da cabeça de cada um. Mas ele só fez o que achava certo pra sobreviver. Ou, no caso, lucrar. Capitalismo é isso ae! E a empolgação com o filme é grande, mas acho melhor parar por aqui, senão vou acabar revelando algo que não devia pra quem não leu o livro. Tem muita coisa pra falar, sério. Podia falar sobre a relação inesperada que o garotinho cria com a mulher de óculos escuros, ou sobre os conflitos que o oftalmologista enfrenta, dentro de si e com os outros internos no confinamento, mas esses detalhes são o tipo de coisa que não tem tanta graça ler sobre. Então, vão ver o filme, seus motherfuckers, que cês não vão se arrepender!

Ensaio Sobre A Cegueira

Blindness (118 minutos – Drama)
Lançamento: Canadá, Brasil, Japão, 2008
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: José Saramago (Livro), Don McKellar (Adaptação)
Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Yusuke Iseya, Yoshino Kimura, Don McKellar, Maury Chaykin, Mitchell Nye, Danny Glover, Gael García Bernal, Scott Anderson, Isai Rivera Blas, Jackie Brown, Martha Burns, Joe Cobden

Estréias da semana – 12/09

Cinema quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 4 comentários

Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness)
Com: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Yusuke Iseya, Yoshino Kimura, Don McKellar, Maury Chaykin, Mitchell Nye, Danny Glover, Gael García Bernal
Uma misteriosa epidemia, apelidada de “cegueira branca”, ataca, e todos que entram em contato com ela depois de determinado tempo perdem a visão [O que dá margem para uma contaminação silenciosa], exceto a mulher de um oftalmologista. Mas, para se manter ao lado do marido, ela finge que perdeu a visão. E com isso se mete num inferno que não imaginava…

Perigo em Bangkok (Bangkok Dangerous)
Com: Nicolas Cage, Shahkrit Yamnarm, Charlie Yeung, Panward Hemmanee, Nirattisai Kaljaruek
Joe é um assassino profissional, e está em Bangkok pra sumir com quatro inimigos de um criminoso chamado Borat Surat. Kong, um ladrão de rua, é contratado por Joe pra ser o elo de ligação, pra ser eliminado depois. Só que o babaca se apega ao moleque, e ainda arruma um romance! Com isso, ele começa a se descuidar, como todo imbecil apaixonado, e bem quando Surat resolve que vai dar uma geral no departamento de RH.

Quatro Minutos (Vier Minuten)
Com: Monica Bleibtreu, Hannah Herzsprung, Sven Pippig, Richy Müller, Jasmin Tabatabai, Stefan Kurt, Vadim Glowna, Nadja Uhl, Peter Davor, Edita Malovcic
Jenny é uma assassina habilidosa. Não que ela mate com maestria, seu psicopata, ela é uma grande pianista, só que foi presa por assassinato e nunca mais chegou perto de um piano. Tem jeito de durona e mostra que não tem remorsos do que fez. É quando uma véia professora de piano de oitenta anos descobre que ela é foda e tenta resgatar a pianista de dentro da detenta. Que bonito isso, não?

Mamma Mia! – O Filme (Mamma Mia!)
Com: Amanda Seyfried, Stellan Skarsgård, Pierce Brosnan, Nancy Baldwin, Colin Firth, Heather Emmanuel, Colin Davis, Rachel McDowall, Ashley Lilley, Meryl Streep
Uma jovem decide que, no seu casamento, quer ser levada ao altar pelo pai que nunca conheceu. O problema é que a mãe é uma safada não sabe quem é o pai. Com isso, a moleca chama os três provaveis pais, e resolve escolher um, ou algo assim. Isso era um musical, então cê vai ver um monte de gente cantando e dançando sincronizadamente ao som de ABBA, do nada. Muito realismo.

The Oxford Murders (The Oxford Murders)
Com: Elijah Wood, John Hurt, Leonor Watling, Julie Cox, Burn Gorman, Anna Massey, Jim Carter, Alan David, Dominique Pinon, Tim Wallers
Um estudante americano se muda para a Inglaterra pra estudar em Oxford. Lá, ele se envolve na investigação de uma série de assassinatos, em que o psicopata deixa símbolos matemáticos na cena do crime. Com a ajuda de um professor de lógica que usa os métodos dos livros de Arthur Conan Doyle, ele vai tentar pegar o criminoso.

Big Stan (Big Stan)
Com: Tsuyoshi Abe, T.J. Amato, Chris Astoyan, Erik Betts, David Carradine, Randy Couture, Barbara Dodd, Federico Dordei, Robert Flores, Joseph Fossum-Perez
Big Stan é um criminoso que vai para a prisão. O problema é que ele foi condenado por crime de colarinho branco, ou seja: É um bundão. Com medo que comam seu cu na cadeia, ele vai atrás de “O Mestre”, um perito em artes marciais, para receber treinamento em kung fu.

O Cavaleiro Negro (The Black Pimpernel)
Com: Michael Nyqvist, Lumi Cavazos, Kate del Castillo, Lisa Werlinder, Carsten Norgaard, Daniel Giménez Cacho, Patrick Bergin, Cristián Campos, Claire Ross-Brown
Filme baseado em fatos reais que conta a história do embaixador sueco no Chile, Harald Edelstam, e suas heróicas ações para evitar a execução de pessoas inocentes durante e depois do golpe de estado em 11 de setembro de 1973. Conseguiu salvar centenas – talvez milhares de pessoas. Mas seu maior desafio foi tentar salvar sua amada, condenada à pena de morte pelo regime. Uma espécie de “A Lista de Schindler” dos pobres.

Paranóia Americana (Civic Duty)
Com: Peter Krause, Kari Matchett, Richard Schiff, Khaled Abol Naga, Ian Tracey, Vanesa Tomasino, Laurie Murdoch, Michael Roberds, Agam Darshi, Mark Brandon
Depois do 11 de setembro e da avalanche de informações sobre terrorismo, um contador americano fica na pilha quando descobre que seu novo vizinho é um estudante de origem islâmica.

Bolas em Pânico (Balls of Fury)
Com: Dan Fogler, Christopher Walken, George Lopez, Maggie Q, James Hong, Terry Crews, Robert Patrick, Diedrich Bader, Aisha Tyler, Thomas Lennon
Randy Daytona é um ex-jogador e fenômeno do ping-pong que é obrigado a voltar à ativa, quando o FBI precisa de sua ajuda numa missão secreta. Randy quer novamente ganhar e ainda descobrir o assassino de seu pai. Parece uma bomba, mas a Luli queria ver, então tomae.

My Sassy Girl (My Sassy Girl)
Com: Jesse Bradford, Elisha Cuthbert, Joanna Gleason, Brooke Tansley, William Abadie, Jay Patterson, Erin Stutland, Jessalyn Wanlim, Austin Basis, Christine Danelson
Charlie é um nerd típico estudante tímido e idealista que nunca conheceu uma paixão. Só que ele acaba salvando a bela Jordan das garras da morte e sua vida muda para sempre. A muié vai fazer ele se sentir o cara mais foda do mundo pra depois dar um chute nele. Porque mulheres são muito complicadas. Claro que no final os dois devem ficar juntos, mas quem liga? O filme é baseado no romance do sul-coreano Ho-sik Kim, e já foi filmado em 2001, na Coréia do Sul, por Jae-young Kwak.

Quatro Minutos (Vier Minuten)

Cinema quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 5 comentários

Traude Krüger trabalha há anos como professora de piano em uma penitenciária. Ao reconhecer o talento musical de Jenny, uma jovem violenta e indisciplinana, presa e condenada por assassinato, resolve se tornar sua tutora e inscrevê-la num concurso de piano. A relação das duas se desenvolve quando a professora de piano também se revela autoritária e intransigente, possuindo interesses pessoais na vitória da menina no concurso.

A principio, achei que ia ser um filme bem meia boca. Mas me surpreendi. Mesmo com o início calmíssimo, Quatro Minutos, além de visualmente belo, tem uma história que prende, mesmo se perdendo em algumas partes.

Traude Krüger é professora de piano numa penitenciária feminina faz muito tempo: sessenta anos. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, Traude está “presa” às aulas. E, nesse tempo todo, ela nunca encontrou alguém como Jenny: Uma detenta condenada por assassinato, que ataca a tudo e todos, sendo muito impulsiva e joselita. Mas que possui uma habilidade incrível ao piano. E essas duas características principais ao mesmo tempo repelem e atraem a velha professora. A princípio, Jenny não quer mais do que tocar suas músicas divertidas, que Traude, numa clara representação do nazismo ali guardado, classifica como “música de negros”: Blues e Jazz. A professora idosa, porém, pede que ela se retire, mas a aluna se recusa, por querer tocar. O guarda que acompanha Traude [E que é aluno dela] tenta retira-la sozinho, ela reage e espanca o gordinho [Sempre é o gordinho que se fode, impressionante].

Pra você ter idéia da ignorância da moça.

Depois de se ferrar por se meter com o carcereiro, Jenny é convencida por Traude a participar de um concurso musical. O problema é que, conforme elas convivem, Jenny vai se mostrando mais rebelde e brusca, por conta de um pai violento que a obrigou a estudar música, e isso desperta na própria tia as lembranças da época em que começou na cadeia, lá no tempo dos nazistas. Algumas verdades que eram ocultadas à força são trazidas de volta pra superfície com essa convivência, e as duas acabam criando um laço de companheirismo. E claro que isso só aumenta a vontade da véia de ver a pirralha ganhando. Também por satisfação pessoal. O problema é que, por conta da personalidade de Jenny, alguns inimigos foram criados, e eles não vão deixar barato: Vão fazer o que puderem pra ferrar com as aulas da moçoila… Porra, a cena em que ela é amarrada doeu até em mim. Quem ver vai entender.

Mas é claro que ela continuou praticando.

No final, tem até superior sendo peitado pra muié tocar. Por que aquela velha teimosa não ia perder tempo pra não ganhar, claro. O título do filme é explicado na cena final, que mostra também uma exibição primorosa de Jenny, que arrepia até os pelos do suvaco. Claro que isso só pra quem gosta de boa música. Pra terminar com a enrolação: Se você achou que ficou meio confuso o que eu falei aqui, vá assistir. O filme não é tão confuso e é muito bom. Nóis recomendãm!

Quatro Minutos

Vier Minuten (112 minutos – Drama)
Lançamento: Alemanha, 2006
Direção: Chris Kraus
Roteiro: Chris Kraus
Elenco: Monica Bleibtreu, Hannah Herzsprung, Sven Pippig, Richy Müller, Jasmin Tabatabai, Stefan Kurt, Vadim Glowna, Nadja Uhl, Peter Davor, Edita Malovcic, Kathrin Kestler, Christian Koerner, Amber Bongard, Dietrich Hollinderbäumer, Dieter Moor

Tobey Maguire e Sam Raimi são confirmados em Homem-Aranha 4

Cinema terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 2 comentários

Pois é. Depois de Homem Aranha 3 ter sido esculachado, foi muito especulado que a franquia seria reiniciada, com outros atores e diretores. Não sei porque, eu acho a série cinematográfica boa, só não correspondia ao universo Marvel clássico. Digamos que eu considerava os filmes como um dos universos paralelos, o que fazia com que fossem bons. Por que se fosse considerar como adaptações, blargh…

Enfim, parece que foi tudo por água abaixo com a notícia do Deadline Hollywood Daily, um blog que tem contatos nos bastidores do mundo hollywoodiano, que confirma: Tobey Maguire e Sam Raimi estarão no próximo filme do Aranha, e no outro também, já que seriam gravados ao mesmo tempo, pra economizar cascalho e tempo, já que a Sony renovou a licença pra uso de imagem [Ou algo assim] do Cabeça de Teia só até 2012, e quer rancar a grana dos cofrinhos das crianças botar pra foder logo! E tem mais: O roteirista James Vanderbilt [Zodíaco] já entregou um roteiro, e segundo consta, as duas histórias formam um arco [Ai eu gostei, apesar de ser extremamente caça-níqueis], o que explica os dois serem filmados ao mesmo tempo.

Obviamente, Mary Jane Watson estará no filme, e segundo o blog, a Sony jamais pensaria em chutar a Kirsten Dunst pra chamar outra atriz. Mas outra personagem feminina pode ser esperada. E juntando com a deixa que Bryce Dallas Howard [Que fez a Gwen Stacy] deu ao dizer que “Assinaria amanhã mesmo”, já podem ser feitas especulações…

Sobre o vilão, foi dito ao blog que a Sony não pensa em revelar o ator que viverá o vilão. Mas assim que for divulgado qual vilão é, as pessoas saberão quem é o ator, o que nos deixa a seguinte conclusão: O vilão vai ser alguém que já apareceu, como vilão ou não. Ou seja, podemos esperar o Duende Verde [AKA Power Ranger Verde], o Duende Verde Jr. [Ou Surfista Esmeralda], o Doutor Octopus [Esse pelo menos foi bem], o Homem-Areia [Que foi embora por ter se arrependido. Ah, tá bom…], o Venom [Melhor não comentar], o Lagarto [Doutor Curt Connors] ou ainda o Lobisomem [John Jameson, filho do J. Jonah Jameson]. Ou ainda alguém que eu tenha esquecido…

Por fim, o filme do Venom já teria roteirista e que consideram manter Topher Grace no papel de chiclete de piche, por ele ter cara de simpaticudo, o que atrairia nego pro cinema pra ver um vilão do mau. O que é uma babaquice, já que o Joker levou muita gente sendo um filho da puta doentio do caralho. Essa última linha não foi o blog que disse, fui eu mesmo…

Homem-Aranha 4 deve estrear em maio de 2011. E que Stan Lee nos proteja.

Ah, quase me esqueço: Você é rico? Tem verdinhas sobrando? Podia doar pra gente. E pode também comprar um papel no filme.

Novas imagens e música de Tyrannosaurus Rex

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 0 comentários

Pois bem, antes de mais nada, as malditas imagens:

Caraio, parece o Alan Moore, versão Os Simpsons.
Também achei que fosse baixa resolução, no começo… E é!

Como todas as outras, essas artes foram feitas pelo Alex Horley.

Eu sei, eu sei, a segunda é uma derivação da primeira, mas quem liga? Ainda assim são duas imagens divulgadas. E é um pôster maneiro.

Agora, as considerações: Porra, o cara além de ser um boxeador e um motoqueiro, o barbudo que parece o Leônidas é também um lutador de Wrestling. Dá até pra imaginar um roteiro, se liga só: Um famoso boxeador, depois de se aposentar, resolve voltar a espancar manés na luta livre, porém é mandado pra um universo alternativo, em sua Harley-Davidson, com dinossauros de fogo.

Tá, com certeza não vai ser isso, mas bem que podia…

E tem mais: Se você for no Myspace do Rob Zombie, além de todas as imagens já divulgadas, vai poder ouvir uma música feita pelo próprio, e gravada com o ex-guitarista do Marilyn Manson, John 5, especialmente pro filme.

Sai nos EUA dia 28 de Agosto de 2009.

Caçadores de Dragões (Chasseurs de Dragons)

Cinema quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 1 comentário

Há perigo no Reino: um dragão está prestes a destruir o mundo! Zoe decide ajudar seu tio, Lord Arnold, dono de um imenso castelo e uma fortuna em moedas de ouro e terras, sai à procura de heróis iguais aos que ela conhece dos contos de fadas. Mas ao invés disso encontra Gwizdo e Lian-Chu, dois atrapalhados caçadores de dragão. Zoe acredita que eles podem ser os heróis de seus sonhos, e está determinada a seguir com eles em sua aventura para salvar a terra. Partem em uma viagem perigosa, para um mundo desconhecido de dragões adormecidos, que podem acordar a qualquer momento.

Pelo pôster e sinopse, você logo pensa: “Ah, que bonitinho, mais um filme fofolê pra ver com os filhos/sobrinhos/qualquer pirralho com quem eu convivo.”
Se não pensou, mude seu pensamento pra isso, porque é justamente pra isso que o filme serve.
Claro que ele entretem, afinal, qualquer filme com um mínimo de história faz isso. Mas não pense que vai ser aquele filme motherfucker que te deixa querendo mais. Eu pelo menos fiquei satisfeito quando acabou.

Sim, o mundo tá caindo… pra cima!

Tudo começa com a garotinha Zoe, que vive num mundo de fantasia, lendo histórias sobre o cavaleiros que matam dragões com um braço amarrado nas costas enquanto cantam Motörhead com a boca cheia de farofa. Tá, essa última parte eu inventei. Mas o fato é que ela sonha demais. Como qualquer criança, aliás. E ela acha que vai encontrar cavaleiros em armaduras reluzentes. Eles até existem, mas à serviço de seu tio, Lord Arnold. E estão sendo devastados pelo dragão mais motherfucker que tem: O Papa-Mundo [Ou algo assim]. Então, pra ajudar seu tio, ela vai procurar os cavaleiros de suas histórias, mas encontra Gwizdo e Lian-Chu, dois mercenários que caçam dragões [Dã] por um preço justo, mesmo que nem sempre sejam pagos por isso. Ela os leva para seu tio, então, que, como está cego, acha que são cavaleiros mesmo.

“Olha só que legal, cês não vão ter a cabeça pendurada na minha estante.”

O tio então oferece uma recompensa para que eles matem o Papa-Mundo, e com isso ele recupere a sua vitalidade [Os dois são ligados por algo que eu não entendi direito]. A princípio, Gwizdo aceita, de olho na grana, mas quando sabe do que se passa, pede um adiantamento pra cair fora. Muito esperto. Desonesto, mas esperto. O problema é que Zoe acaba fugindo para se juntar à eles. E Lian-Chu, que é honrado, honesto ou algo do tipo, não aceita a idéia de Gwizdo de se livrar da menininha e cairem fora com o adiantamento. Então eles acabam indo até o dragão from hell, e lá, o fortão com perninhas revela a ligação que tem com o Papa-Mundo [É incrivel como todo mundo tem ligação com esse porra, se foder], se bem que já dava pra ter uma idéia desde o começo.

Foices são maneiras. Pena que ele não usa.

É isso ae, uma animação francesa que, se não fosse pela anatomia estranha dos personagens, podia ser da Disney. Se bem que a Disney não é exatamente verossimil, anatomicamente falando.
Filme bom pra entreter o filho da vizinha, enquanto cê dá uns malhos nela. Ou não, já que cês são tudo uns tanga.

Caçadores de Dragões

Chasseurs de Dragons (82 minutos – Aventura)
Lançamento: França, Alemanha, Luxemburgo, 2008
Direção: Guillaume Ivernel, Arthur Qwak
Roteiro: Frédéric Lenoir, Arthur Qwak
Elenco:Vincent Lindon, Patrick Timsit, Philippe Nahon, Amanda Lear, Marie Drion, Jeremy Prevost, Jean-Marc Lentretien, Mary Matilyn Mouser, Rob Paulsen

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