Como deixar de ser NOOB!

GameFreaks sexta-feira, 28 de novembro de 2008 – 29 comentários

Eu, como vocês devem ter percebido, sou noob. Tão noob a ponto de fazer um TEXTO sobre eles, mas não tão noob quanto vocês, leitores. Neste texto vou mostrar exemplos de como ser e como não ser mais noob, pra você finalmente conseguir algum amigo no jogo, ao invés de não falar com ninguém além do seu tio nerd que tem caspa na barba.

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Você tem bom gosto musical?

New Emo quarta-feira, 05 de novembro de 2008 – 45 comentários

Dando uma pausa nessa de falar sobre vocalistas, vamos falar de… você. (heh)

Como definir o bom gosto musical, afinal? Vocês têm a resposta na ponta da língua: É questão de gosto! Bobagem. Tudo começa na pergunta: Você é eclético?

Não lembro se foi a Ana que falou sobre isso, mas eu reforço: Ser eclético é ter mau gosto. Primeiro que você NEM GOSTO tem. Segundo que, se você for parar pra pensar, você não vê *emoção* na música. Sim, vejo pedras voando em minha direção, mas afirmo que isso é relativo – tão relativo quanto a emoção que você sente. Se você é o eclético que não liga pra música, cê não sente emoção mesmo. Agora, se você é daquele que, em seu top 10 de músicas favoritas, RBD, Legião Urbana e Metallica, por exemplo, fazem parte da lista, você sente alguma coisa sim. Só não sabe o que.

Terceiro que todo eclético gosta de Beatles.

Na real, eu não entendo os ecléticos. Estou num nível muito particular no quesito música, sou daqueles que se espanta quando vê que alguma pessoa não liga pra música. Entendo quem não liga pra filmes, livros, sexo anal heterossexual, essas coisas – mas quando você tá ligadão numa coisa, fica difícil. É como imaginar as pessoas vivendo sem um órgão vital. Ou sem sexo anal heterossexual. Mas, resumindo, é isso: Pra você poder dizer que tem bom gosto musical, você precisa ter um gosto. Ecléticos não têm gosto – e, ao mesmo tempo, têm mau gosto. Agora… e quando o cara só pensa ser eclético?

É naquelas: Nada na música é seguido ao pé da letra. Indie virou estilo musical na cabeça das pessoas. A mudança também ocorre nessa de “ser eclético”. É uma pena, mas todo mundo quer que a palavra “eclético” seja algo ruim, então vamos lá.

Ecléticos costumam seguir tendências, são facilmente influenciáveis. Mas tem aquele cara que bota na playlist Ultraje a Rigor, Metallica, Melvins, Johnny Cash, Wander Wildner, Amy Winehouse, Sikth… por mais que esse cara ouça uma coisa bem diferente da outra, ele tem um gosto definido. Porra, não é – ou não devia ser – gênero musical que define um gosto, mas sim o tesão que o cara sente por ouvir o que está ouvindo. Quem escuta apenas um gênero musical, em 80% dos casos, é um cabeça-dura infantil que pensa que tem um gosto definido e se fecha pro resto. E sim, essa playlist é minha. Isso é ser maduro musicalmente falando. Não ouse ficar preso.

Se você explora (eu disse EXPLORA, não DEIXA SE LEVAR) várias áreas, parabéns: Você tem bom gosto. Uma das coisas que mais me irrita numa conversa sobre música é quando a pessoa do outro lado gosta de bandas todas IGUAIS. É por isso que o mau gosto existe, é por isso que poucas (pra mim são poucas) pessoas escutam AC/DC, é por isso que tendências fazem sucesso (O RLY?), e é por isso que tanta gente gosta de Beatles. E DAÍ que Kaiser Chiefs é sua banda favorita, porra? Se eu não conhecesse uma caralhada de bandas completamente diferentes, eu ainda diria que essa banda é bacana. Experiência. É como passar a vida falando que Brahma é a melhor cerveja do mundo, sendo que você só tomou cervejas dessa linha. Aí cê vai tomar uma Serra Malte ou uma Heineken e PÁRA de tomar Brahma.

POR QUE você diz gostar de Blur sendo que, até então, você só ouvir Song Two? POR QUE você odeia tanto Pearl Jam só por que os fãs são chatões? POR QUE você detesta Motörhead, tendo em vista que você escutou 30% de Ace of Spades? A sua vida não faz o menor sentido e você se orgulha disso.

Sabe agora se você tem bom gosto ou não? Abre essa cabeça, cara. Chuta o balde, ouve uma banda NADAVÊ aí, mas pega um álbum inteiro da banda, recomendado por um fã. Ou uma coletânea. Ouve umas três vezes. Não curtiu? Corre atrás de uma semelhante. Vai em frente. Eu passei um ano ouvindo bandas indie, e GOSTAVA daquilo. No ano seguinte, ouvi punk, e também gostava. Depois foi a vez do metal, e eu já estava chutando tudo. Eu nunca gostei de Alice in Chains, só havia escutado as que tocam nas rádios. Hoje em dia essa é uma das minhas bandas favoritas. Entendeu? Ou já sabia? Se você tem a mesma linha de raciocínio, além de ter bom gosto, cê devia tomar conta da coluna que vai substituir a New Emo. É issaê, essa coluna tá com os dias contados, escolha minha. Tá afim? Cê já sabe o meu e-mail. Espero já ter algo pra semana que vem!

Correções e traduções

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 27 de outubro de 2008 – 11 comentários

Ler pode ser algo agradável para alguns, aquelas pessoas que só lêem por diversão (eu) e que só chegam a ver o produto final em suas mãos. Mas para aquelas pessoas que têm a maldita tarefa de deixar aquilo correto, duvido que ler seja algo agradável.
Aproveitando que temos agora uma revisora no AOE, que por acaso não corrige meus textos (ainda bem, teria pena dela), fiquei aqui a pensar nisso, nas pessoas que ganham dinheiro pra isso. O autor se dedica para escrever a história e entregar para seu editor a tempo. Depois disso, o tempo passa e ele vê seu tempo dedicado a aquilo sendo admirado por seus fãs. Só que, durante esse tempo que ele entregou a versão para o editor e o momento que o livro foi pra prateleira, aquilo passou pelas mãos de pelo menos umas 10 pessoas, chutando bem por baixo. Primeiro tem o editor, cara que realmente sabe das coisas e que lê aquilo, anotando tudo o que tem que ser alterado ou corrigido ou simplesmente deixando tudo de lado, afinal, não é tarefa dele facilitar o trabalho do próximo da lista.
Presumo que depois disso seja a vez do revisor, esse cara considerado um anjo por alguns e a encarnação do diabo para outros, mas no fim, sendo um mal necessário. Ele é quem ajeita tudo, colocando pingos nos i’s, arrumando concordâncias em frases, ajeitando erros e, no fim de tudo, quem sabe, mudando todo o sentido da história. Se não existe um canal de comunicação entre o revisor e o autor, a garantia de que sairá merda é quase total, porque às vezes aquilo pode ser proposital ou apenas uma maneira de identificar um personagem.
Isso de erros identificarem personagens acho que pode ser explicado um pouco mais, aproveitando o momento. Vamos pegar por exemplo um trecho do livro Ratos e Homens, de John Steinbeck, já resenhado por aqui.

(…) O homenzinho puxou para baixo a aba do chapéu e olhou torto para Lennie.
-Então, ocê já isqueceu, foi? Vô tê que falá de novo, né?Jesus Cristo, ocê é um idiota loco!
-Isqueci-disse Lenny, suavemente- Eu tentei não isquecê. Juro por Deus que tentei, George.
-Tudo bem, tudo bem, vô falá de novo. Não posso fazê nada. Parece que eu passo o tempo todo falando as coisa pr’ocê, aí ocê isquece e eu falo tudo de novo.(…)

Meus dedos quase caíram por digitar isso, mas é detalhe. Essas poucas frases do livro se encontram logo no ínicio dele, logo depois que os personagens são apresentados. Ali, já dá pra identificar um pouco como cada um deles fala, somente pela maneira que cada frase é escrita e tudo o mais. Dali em diante, é possível até saber quem está falando sem alguma indicação, de tão bem caracterizados que os dois estão. Mas isso é um livro estrangeiro, o processo de tradução dele deve ter sido algo foda de ser feito, mas isso falarei mais adiante.
Como podem observar, às vezes os erros identificam os personagens, e a ajuda do autor nessas partes é crucial, pois uma correção pode acabar com toda a história, ou com o charme dela. Imagine o trecho acima escrito corretamente ou, se já leu o livro, pense como ele seria se escrito com a linguagem certa. Além de perder toda a identidade, ele ficaria sem graça. Eu acho, ao menos.
Sei que o processo de revisar um manuscrito é algo desagradável por causa de algumas coisas que acontecem por você ser um viciado em leitura. “Ei, Santhyago, escrevi isso, pode dar uma olhada e ver se tá legal?“. Se te dizem isso por MSN, a garantia de que você vai receber um bloco de notas ou um arquivo de Word é certa, mas se isso é dito pessoalmente, prepare-se para receber um calhamaço de páginas, todas escritas à mão, coisa linda de se ver. É nesse momento que você abençoa o revisor, por te brindar com um produto já amadurecido, sem nada mais para se preocupar a não ser apreciar a leitura. E se tem algo pra avaliar, meu e-mail tá ali, ó, fiquem a vontade pra mandar textos para lá, nem que seja para se arrependerem depois.
E agora, as traduções. Imagine o mesmo trecho de cima no original, como deve ter sido difícil de ser traduzido para o português. Como será que ele se apresenta em seu estado original? Tentei achar o mesmo trecho para comparar, mas não fui feliz em minhas buscas, então, que isso fique na imaginação de vocês. Ou achem isso pra mim que coloco nessa parte depois.
Aqui, eu acho.
Traduções não é algo que seja agravável também. O site Terminologia é um portal de tradutores profissionais, e acho que ali é onde os erros de tradução mais comuns são apresentados. Na parte sobre pérolas de tradução, encontra-se algumas muito bizarras, que eu duvido que algum profissional tenha feito.
É, acho que por hoje é só. Fiquei tentado a publicar essa coluna sem revisar, mas isso seria muita maldade com vocês.

Patrulha Politicamente Correta

Primeira Fila sexta-feira, 03 de outubro de 2008 – 7 comentários

Se tem uma coisa (de várias) que o mundo globalizado padronizou, infelizmente, foi a geração do POLITICAMENTE CORRETO, isto é, nada deve ser dito ou mostrado que possa ofender algum indivíduo de nossa sociedade, principalmente, as minorias.

Digo isto porque nesta semana saiu uma notícia na imprensa divulgando que a Federação Nacional de Cegos, nos Eua, pretende organizar um protesto contra o filme Ensaio Sobre a Cegueira na sexta-feira (3/10), quando o longa será lançado nos Estados Unidos. Marc Maurer, que é cego, afirmou que o cenário apresentado no filme retrata cegos como monstros. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros, diz o presidente da Federação.

Continuando a nota, segundo a Federação, o longa reforça estereótipos incorretos. Nós enfrentamos uma taxa de 70% de desemprego e outros problemas sociais porque as pessoas não acham que a gente possa fazer nada. E esse filme não ajuda em nada, conta Christopher Danielsen, porta-voz da entidade.

Deixando de lado um pouco a discussão, para quem não sabe (ou como eu ainda não pode assistir ao filme, thanks cinemas da minha cidade!) Ensaio sobre a Cegueira, é um longa baseado num livro homônimo escrito por José Saramago, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, que conta com Julianne Moore (Hannibal), Mark Ruffalo (Zodíaco) e a brasileira Alice Braga (Cinturão Vermelho) no elenco. Uma inexplicável epidemia chamada de “cegueira branca” (já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa) surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.

Da parte que me interessa, não me importo como cada um encara uma piada grosseira ou preconceituosa, no entanto, quando estou assistindo uma série ou um filme, O-B-V-I-A-M-E-N-T-E, sei que o que está sendo exibido é uma FICÇÃO, logo, não é real, e mesmo que fosse é um reflexo da visão do diretor e/ou roteirista, portanto a visão de uma pessoa específica, não de um grupo de pessoas e, muito menos, a minha.

Agora, imaginem indagar um livro conhecido mundialmente, escrito há mais de 10 anos por um senhor de idade, que vê na cegueira uma metáfora, repito, metáfora (isto mesmo, aquela figura de linguagem das aulas de português), sobre a condição humana para criar sua história, não sobre o indivíduo cego. São estas cachaças que me indignam e irritam tanto no público em geral e, principalmente, no americano. Sei que aqui no Brasil vez por outra isto acontece, mas nos Eua – outrora, a Terra da Liberdade – isto ocorre constantemente. Parece que estamos em plena Caça às Bruxas, quem pensa ou representa o diferente é jogado na fogueira!

Uma pena eles não fazerem a mesma campanha contra as comédias idiotas de Roy Schneider, Adam Sandler & cia (que, normalmente, rendem milhões em bilheterias), que somente utilizam estereótipos de gay, nerds, judeus, evangélicos, loiras burras, em seus fiapos de tramas, com a desculpa de fazerem humor.

Obs: Para quem, como eu, acha tudo isto uma bobagem sem tamanho, veja (se você ainda não viu) que emocionante a reação do escritor Jose Saramago, com Meirelles ao seu lado, ao término da exibição especial para o escritor de sua obra na telona.

Música NÃO É poesia. PRA QUE letra?

New Emo quarta-feira, 01 de outubro de 2008 – 49 comentários

Vamos aos fatos: Música não é poesia. Música é MÚSICA, porra. Logo, vocalistas são completamente dispensáveis.

Sim, mais um texto pra todo mundo discordar e me xingar. E, pra melhorar, vou ser sincero: RBD é melhor que Beatles.

Enfim, esse é um assunto bem grandinho, vou tentar resumí-lo ao extremo. O que eu quero dizer é o seguinte: QUEM gosta de Legião Urbana pela música? Ninguém. Todo mundo gosta dessa merda porque Renato Russo é um “poeta”. Por que cês não acessam um site com letras das músicas e imprimem tudo do cara pra enquadrar? Ou então, apenas andem com as camisetas da banda, que sempre trazem uma letra de música nas costas. Sério, fãs de Legião: Parem de nos torturar com música ruim e com a voz horrível desse cara. Se vocês escutam isso só pelas letras, apenas LEIAM.

Sabe por que música internacional faz mais sucesso que a nacional, por aqui? Porque a maioria dos brasileiros não entendem o que estão escutando, além da mídia ficar empurrando isso pra cima do povo. Se todos começassem a pesquisar as letras das músicas, Legião Urbana seria os Beatles daqui. Muita, mas MUITA merda ia deixar de fazer sucesso só por causa das letras medíocres. Eu mesmo não decoro letras, decoro ruídos. Quando eu escuto música, eu faço um air guitar, bato em coisas imitando a bateria ou apenas balanço a cabeça / “danço”. Isso é música. Letras são inúteis. Se eu fizer um top 100 de músicas que eu mais gosto, umas TRÊS devem ter uma letra legal.

Mas é lógico que letras grudam, e eu canto sim em boa parte do tempo. Mas é por que eu gosto da letra? Não. É porque eu decoro ruídos. Pra mim, o vocal é um instrumento, só. Ele dá certo pra carái em muitas bandas, e é indiferente em outras. Veja o caso de AC/DC, por exemplo. O SOM dos caras é tão foda que não importa quem esteja cantando, o que importa é que tenha um cara berrando. Velvet Revolver tinha que fechar as portas após a saída de Scott Weiland. Pantera melhorou e MUITO com Phil Anselmo. No Metallica, James mandava bem quando berrava, hoje em dia ele PENSA que sabe cantar e constrange. É isso: O vocal é um instrumento com uma determinada distorção. Às vezes trocar essa distorção é uma boa, vide as guitarras do QOTSA.

Música instrumental é um tesão. Surf Music é orgasmático, assim como Jazz. Tem que ter muita técnica pra poder dispensar o vocal, é fato. É por isso que eu digo: RUÍDOS. Ouçam Mondo Generator, do Kyuss. O cara está cantando, por incrível que pareça. Mas o que dá pra ouvir é um “Bobobobo malomalogogo…”, ou algo do tipo. E olha que o cara canta pra caralho, vide Green Machine:

Esse som é simplesmente o melhor som da galáxia, na minha cabeça. E a letra é uma merda. Ou quase uma merda. Bota uma guitarra solando no lugar do vocal. Ela continuará sendo foda, porém, entramos em uma complicação: A letra traz uma sensação de segurança. Ela veio pra, literalmente, comercializar a música. Protesto? Canções de amor? Bobagem. É assim que a música PRENDE na sua cabeça. É assim que ela derrete seu cérebro, te obrigando a ser imbecil o bastante de pegar um trecho dessa letra e colar no twitter, ou no MSN. Ou pior: Falar que essa música é a sua música. Noob.

Música muda nosso humor porque ela ataca de duas formas de uma vez só: Traz uma letra que se identifica com você (clássico) E um som que cria uma atmosfera mais agradável, melancólica, agressiva… sei lá. O fato é que isso é bobagem. Poderia ser só a letra, poderia ser só a música; seu humor ia mudar de qualquer forma. Mas a música, a MÚSICA, ela sim é forte. Ela não muda seu humor, ela muda seu estado de espírito. E, com uma letra, ela pode até mudar o mundo, veja só. Cês sabiam que Funk Carioca, assim como muita merda aqui do Brasil, faz um puta sucesso na Europa? Eles não entendem o que estão ouvindo. É a música que faz a diferença.

Aí chega um Renato Russo ou um John Lennon e cagam feio nisso tudo, transformando a música em algo irrelevante. Sério, a poesia MATA a música. Ou você gosta de MÚSICA, ou você gosta de poesia. Se você gosta de música, você não gosta desses caras. Se você gosta de poesia, cê merecia MORRER por fazer esse tipo de gente fazer sucesso. É por isso que brasileiro lê pouco. Esses putos contam suas histórinhas em áudio.

Eu sou contra poetas, mas, sinceramente, sou é indiferente em relação à letras. Vide Ultraje a Rigor e Velhas Virgens. Aí sim a letra faz a diferença, e o melhor: Os caras FAZEM música. Ultraje a Rigor tem o melhor baixo do Brasil, é fato. Matanza, outro exemplo, os caras são criativos pra caralho. Entendem o que eu quero dizer? Foda-se a poesia. O que realmente importa é aquele cara ali, perdendo as impressões digitais fazendo aquele solo de guitarra. O que importa é isso:

Pra que letra?

Pra que frases de MSN?

Tente CANTAR isso!

Até SANTANA é bom.

PRA QUE vocalista?

E pra finalizar, lógico: Mondo Generator, Kyuss:

Guias de leitura e seus leitores necessitados

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 29 de setembro de 2008 – 5 comentários

Semana passada falei sobre livros que misturam MUITO os seus estilos, chegando a se tornar uma mistureba generalizada de todas as coisas. Livros assim só teriam seu sentido compreendido somente se o cara fosse muito foda e conseguisse perceber todas as nuances de enredo e de seja lá mais o que for que o autor queria passar no volume. Como essas pessoas não existem assim em qualquer livraria ou esquina das bibliotecas, é pensando nisso que existem aqueles livros que se dedicam a estudar outros. Não estou falando da Bíblia, ela já tem livros demais que a estudam a cada capítulo.
Um dos primeiros desses guias que vi e quase comprei foi um guia de leitura de um livro chamado Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Nunca tinha lido o livro e achei que seria uma boa ler ele naquela época, quase que cometo a cagada de comprar o guia de leitura dele ao invés da obra original. Continuo até hoje a não o ler, aquilo me intimidou, sei lá porquê.
Guias de leitura eram umas coisas que eu só tinha visto pra livros que exigiam mesmo um acompanhamento, como a Bíblia e um livro que li a pedido de uma vizinha minha que queria impressionar umas amigas dela, que me deu o livro pra resumir e ela poder entender. O livro em questão era um estranho, sobre uns pergaminhos e alguma besteira assim, acho que se chamava A Profecia Celestina. Aquilo de energias e auras e essa bobagem toda me deixou confuso no final do livro, mas expliquei pra ela mesmo assim. Se ela conseguiu impressionar suas amigas, é algo que eu nunca descobri, mas o caso é que eu reli aquela bagaça umas 2 vezes mais pra tentar entender direito tudo aquilo. Desistir não é meu forte e insistir no meu erro de tentar continuar a entender tudo aquilo me levou a ler as continuações da história, aquelas que agora nem me lembro mais e que não pesquiso por preguiça. O fato é que depois de algum tempo depois de ter lido todos os livros, eu vi numa sebo um guia de leitura dele. Na hora, não entendo muito bem o que era, mas o folheei e vi que era uma porrada de coisas sobre o livro, analisando cada parte e besteiras assim. O livro era complicado, mas só pensar um pouco que dava pra entender.
Livros assim que pegam carona em outros são coisas estranhas. Além de só servir pra encher prateleira, eles se dedicam a analisar livros que cada um pode ter uma opinião diferente. Veja por exemplo esse livro que adoro falar mal, aquele tal de O Segredo. Tem trocentos e quatro livros dedicados a analisar aquilo. “Desvendando o Segredo”, “O código por trás de ‘O Segredo'”, “O segredo de ‘O Segredo'” e tudo aquilo de pessoas que querem ganhar um pouco de dinheiro em cima de best sellers. Acho que é esse o segredo no fim de tudo, só pode. Você termina de ler o livro e lá tem um endereço pra você mandar sua versão do que entendeu do livro. Até tem apresentadora de TV escrevendo livro sobre isso, veja só que coisa. “O Segredo por Ana Maria Braga”, é um desses, que acredito ser algo que realmente é só algo pra pegar o vácuo do livro. E acompanha um CD, UM CD! Tudo acompanha um CD hoje em dia, isso nem mais é artifício pra chamar público. Até cereal vem CD junto, dependendo da marca.
E só pra finalizar, que já estou aqui a tempo demais e minha bebida tá esquentando. Se um livro precisa de guia de leitura pra entender, ou ele é aquele livro foda que merece ser lido com toda dedicação e atenção pra entender tudo (se você não faz isso com todos os que lê, MORRA!), ou ele é tão vazio e sem sentido que pra ter algo útil nele você tem que recorrer a outros livros. Se um livro exige você ler outro pra total entendimento, ele é inútil. Isso de livros únicos, trilogias e séries são categorias a parte, no fim de tudo…

Heroínas em Ação

Primeira Fila sexta-feira, 26 de setembro de 2008 – 10 comentários

Numa temporada marcada por inúmeros sucessos protagonizados por heróis – Batman, Homem de Ferro e Indiana Jones – no caso, personagens masculinos, é de se estranhar que dificilmente o mesmo sucesso ocorre quando o filme é protagonizado por uma garota/mulher sendo ela a protagonista de uma aventura ou de uma ficção.

Na televisão, o grande destaque das últimas temporadas são as tramas protagonizadas por excelentes atrizes, normalmente vindo do cinema em busca de bons papéis, em personagens fortes e marcantes em tramas cheias de tensão. São o caso de Chefe Brenda Johnson (Kyra Segdwick) em The Closer – Divisão Criminal, Patty Hewes (Glenn Close) em Damages e Veronica Mars (Kristen Bell) em Veronica Mars, só para citar algumas.

No entanto, na telona isto dificilmente acontece, muito raro um filme de ação/aventura protagonizado por uma personagem feminina decolar nas bilheterias. Claro que há exceções, mas em compensação o que tem de filme bomba com personagens femininas no comando…

Não estou contando, neste caso, filmes onde a heroína divide a cena 50/50 com outros personagens, como no caso da franquia X-Men, onde teríamos um grande número de personagens como Tempestade, Mística (mesmo sendo vilã, vale o registro), Vampira, Kitty Pride, Jean Gray, ou no caso de O Quarteto Fantástico, onde temos a bela Jessica Alba como a Mulher Invisível.

E é interessante observar que mesmo em filmes medonhos (e são muitos) as heróinas nas telonas são sempre atrizes/modelos lindas extremamente sensuais/sexuais, um “pequeno detalhe” para atrair o público masculino ao cinema. Abaixo veja a coletânea de heroínas em seus filmes veículos que consegui lembrar (quem lembrar de mais alguma cite abaixo!).

A Noiva – Uma Thurman, em Kill Bill vol. 1 e 2

Lara Croft – Angelina Jolie, em Lara Croft:Tomb Raider

Sarah Connor – Linda Hamilton, em O Exterminador do Futuro I e II

Natalie, Dylan e Alex – Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, em As Panteras I e II

Alice – Milla Jovovich, na trilogia Resident Evil

Elektra – Jennifer Garner, em O Demolidor e Elektra

Mulher-Gato – Halle Berry, em Mulher-Gato

Supergirl/Kara – Helen Slater, em Supergirl

Barbarella – Jane Fonda, em Barbarella

Domino Harvey – Keira Knightley, em Domino

Aeon Flux – Charlize Theron, em Aeon Flux

Selene – Kate Backinsale, em Anjos da Noite I e II

Samantha Caine – Geena Davis, em O Despertar de um Pesadelo

Morgan Adams – Geena Davis (a mesma da fota cima), em A Ilha da Garganta Cortada

Quebrando padrões

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 22 de setembro de 2008 – 6 comentários

Andei olhando umas prateleiras diferentes da última vez que fui a uma livraria e ainda não cheguei a conclusão se isso foi uma coisa boa ou ruim. Estava lá eu em um pocket show de uma banda que era foda quando do nada, me lembro que estou numa livraria e ainda não tinha visto nenhum livro. Como o show devia estar no final, vou andar por lá, folheando uns livros aleatórios, até que o show acaba e volto pra casa pensando umas merdas sobre o que vi. Sobre os livros, o show não, estava legal.
Primeiro de tudo, seção de psicologia. Não cheguei a ver muitos livros médicos porque não entendo nada disso, mas os livros que podem ser considerados normais nessa seção me chamaram um pouco a atenção. Que tipo de livro se chama Como tornar-se um doente mental?. Tá, o título é sugestivo, mas sabe como é que funciona isso tudo, o título não chega aos pés do que ele quer significar. Não vou falar desse livro, acredito que o resumo dele no site da editora já deve dar uma idéia do que ele é e porque eu nem cheguei a cogitar a possibilidade de o comprar:

Em ‘Como tornar-se um doente mental’, o autor apresenta uma psicopatologia às avessas. Em vez de dar receitas de uma vida saudável, revela, passo a passo, como ser um doente mental. Com isso, abre uma porta para que o doente possa entender melhor, e de forma bem-humorada, como ficou doente. Somente assim ele tem a liberdade de modificar o estado das coisas.

Bem-humorada, sei…
Enfim na volta pra casa fiquei tentando encaixar esse livro em alguma prateleira que não fosse a de psicologia, mas não consegui. Apesar de isso ser um livro que tem uma temática séria, seja lá qual for, a mistura de gêneros que estão sendo feitas hoje em dia na literatura tem me deixado um pouco ressabiado de comprar algo que possa ser muito diferente. Tem livro de psicologia se metendo a engraçadinho, livro de culinária que parece um guia turístico, volumes de auto-ajuda que contam trechos da história do país, livros técnicos que servem de modelo pra administradores e uma porrada de outros tipos de livros misturados que eu nem acredito que existem, mas se continuar assim, terão que ser criadas categorias novas para os colocar em algum lugar. Isso me lembra aqueles livros que tinha jogos pra fazer durante a leitura, pra entender direito a história, tipo palavras cruzadas, ligue os pontos, aqueles jogos que eram legais…
E nisso tudo, acabei por pensar em uma história cretina sobre um bando de albinos pescadores de golfinhos que só o fazem a noite por causa de seus problemas e que durante o dia se dedicam a fazer shows de marionetes. Durante o livro, eles iriam ensinar como mexer um boneco ou pescar um golfinho, até que um deles é morto por um boneco manipulado por um gofinho, ou algo parecido. Enquanto eles matam golfinhos, tentam descobrir qual é o que matou o seu amigo ou sei lá o que mais. A história é RUIM, eu sei, mas se é o caso de misturar gêneros, isso se encaixa perfeitamente nessas alterações que estão fazendo por aí.
Não estou falando que quebrar os padrões de escrita é algo ruim, mas apostar algo nisso é arriscado. O pior problema disso tudo é que sempre antes de feiras e convenções de literatura aparece uns livros assim, meio que se encaixando em uns 4 tipos de gêneros. Alguns são considerados os melhores da feira, ganhando destaque e uma matéria na Veja, pra que caso alguém tenha lido, consiga entender, o que leva ao segundo problema. Com tantas misturas de gêneros, a maior parte do público acaba por terminar de ler o livro sem saber o que se passou ali, tendo que reler ou desistir. Ou praqueles que são perseverantes, recorre a livros que servem de guias de leitura, algo que irei falar em outra oportunidade, mais conhecida como semana que vem.

Planeta Terra Festival 2008: mais um show completamente descartável

Música segunda-feira, 15 de setembro de 2008 – 10 comentários

No ano passado, o Planeta Terra Festival estreou já com Devo. Por mais que, pelo que disseram, foi um fracasso no quesito “gente pra caramba foi”, só Devo já valia à pena.

Neste ano, seguindo a linha do Tim Festival, o festival será extremamente uma merda. Olha só quem vai tocar lá:

Mallu Magalhães
Uma versão feminina do Jack Johnson. Com a diferença que, se você sabe tocar Jack Johnson no violão, você come alguém. Ah, desculpem, jogadores de Guitar Hero.

The Jesus and Mary Chain
Uma banda daquelas que não me chamam a atenção, até porque o que eu ouvi eu não gostei. Se fosse um show com bandas melhores, eu daria uma chance.

Kaiser Chiefs
HAHAHAHAAHAFKJADSH… é rir pra não sair matando as pessoas na rua.

Curumin
Pelo que li à respeito dos caras, eles misturam um monte de gêneros musicais que não têm nada a ver com qualquer banda que… exista. Mas relaxem, eu não ouviria só pelo nome.

Animal Collective
Rock experimental? DEPOIS que experimentarem me avisem.

Foals
Uma mistura de indie rock e dance punk? Tipo… Kaiser Chiefs?

Spoon
Outra merda indie. Droga, é difícil não ser redundante.

Bloc Party
Cara, só agora eu me toquei que tem essa banda também. Já é DE LONGE pior que o Tim Festival.

DJ Mylo
“Destroy Rock’n’Roll” é o nome do PRIMEIRO disco do cara. Bóra linchar?

Mau Mau
Grande dj Mau Mau! Não vai ser dessa vez.

Calvin Harris
Alguém que é elogiado por seu “electro funk safado” não merece nem um ponto final

Felix Da Housecat
Isso é francês? CÊS NUNCA VÃO DESISTIR DE FRANCESES?

Bom, tudo que foi divulgado é que o show acontece no dia 8 de novembro, no mesmo lugar do anterior (vide link lá em cima) – ingressos a cabulosos R$80. Agora… um festival conseguir ser PIOR do que o TIM FESTIVAL?

Crises criativas

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 15 de setembro de 2008 – 4 comentários

Aqui estou eu mais uma semana para apresentar a vocês mais uma coluna, dessa vez sobre crises criativas, aqueles momentos em que seu cérebro fica completamente vazio de idéias e a sensação de vácuo completo é total.
Tudo começa com uma simples idéia. “Ei, isso é bom, pode render algo que presta dessa vez!”. Foi o que pensei ao começar a escrever algumas coisas. Bom, depois de algumas horas escrevendo, isso mudou, mas mais porque o final que eu pretendia parecia inatingível naquele momento. Mas minha pessoa não interessa muito hoje, esse fato só foi pra dar um exemplo de como que estão as coisas, servindo mais como uma justificativa para me perder no tema de hoje, seja lá qual for ele.
Enrolar é um tipo de maneira de driblar a crise criativa, pois serve de escape, uma maneira de conseguir ganhar tempo e prender a atenção do leitor até o próximo capítulo, página, parágrafo ou ao menos até o fim da frase. Além de prender a atenção do leitor com detalhes que são dispensáveis a história, isso é o que faz aqueles livros curtos e sem sentido parecerem ser tão longos e com linguagem difícil. Olha só a bíblia, se ela não tivesse tantas enrolações, poderia ter pouco mais de 600 páginas.
E já que falei sobre linguagens difíceis, isso também é um fator ganha-tempo. Forçar o leitor a buscar fontes de referência alheias ao volume que está em análise de leitura no momento e um fator deveras desagradável, acabando com a finitude ampliteidal do sentido do texto. E eu inventei uma dessas palavras, eu acho.
Usar elementos alheios ao processo de escrita podem servir de ajuda para fugir da crise criativa, mas a escolha deles tem que ser cuidadosa. Veja só o exemplo de William Burroughs, que se utilizava de alucinógenos para escrever seus textos. Ou o caso de Charles Bukowski e suas histórias cheias de álcool e pessoas bizarras. Imagine se eles escrevessem sobre o efeito de… sei lá, suco de ameixa. As obras deles não seriam nada do que são hoje. Nesses casos, escrever com a mente alterada pode servir de algo, o que não está sendo o meu caso esse momento.
Mas crises criativas tem seu lado positivo, por incrível que pareça. Podem durar semanas, tanto tempo que olhar para um papel em branco ou para o editor de textos do PC causa raiva, medo, ódio e outros tantos sentimentos negativos que tem seu ápice no momento em que ou você destrói seu PC ou perde seu tempo com outras coisas para nunca mais ter que olhar aquilo. Mas quando o bloqueio termina e as palavras saem de seus dedos com a fluidez necessária para fazer sentido ou para ter alguma utilidade, supera qualquer tempo que ficou sem escrever. E também, a vontade de compensar o tempo perdido faz com que as idéias saiam de sua cabeça a toda velocidade, que é capaz que você acabe esquecendo de alguma durante o processo de escrever as outras mais importantes.
Tudo isso serviu para umas coisas. Aprender que escrever bêbado nem sempre é um fator positivo, que as primeiras cosias que saem de seus dedos têm que ser editadas não importa o quão pareçam legais de primeira e que tentar escrever algo quando se está de saco cheio quase nunca será algo que irá te agradar quando você ler depois. Mas acredito que servirá de algo pra vocês. Até segunda que vem.

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