Jogos Mortais V (Saw 5) Com: Julie Benz, Scott Patterson, Tobin Bell, Betsy Russell, Costas Mandylor, Samantha Lemole
Dispensa sinopse, mesmo porque é só um monte de gente morrendo em armadilhas maneiras.
Recomendado para sádicos e maníacos em geral.
RocknRolla – A Grande Roubada (RocknRolla) Com: Gerard Butler, Gemma Arterton, Jamie Campbell Bower, Jeremy Piven, Thandie Newton, Tom Wilkinson
Uma negociata de um mafioso russo dá merda, e com isso uma porrada de dólares fica mais solta que azeitona em boca de banguela. O submundo de Londres entra em ebulição por conta da grana, incluindo ae um chefão do crime e uma contadora gostosa, já que todo mundo quer ficar com a grana fácil [Até eu, que sou mais bobo, quero].
Pipocão na cabeça, bom pra esquecer da vida e se divertir.
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada (Dan In Real Life) Com: Steve Carell, Juliette Binoche, Dane Cook, Emily Blunt, Amy Ryan, Norbert Leo Butz, John Mahoney, Dianne Wiest, Alison Pill, Brittany Robertson.
Viúvo, pai de três filhas, Dan Burns escreve pra um site desconhecido [Oi?] uma coluna de comportamento no jornal local. Com essa descrição, cê já nota que o cara deve ser tipo um Monk da vida, com TOCs e coisas do gênero, sendo guiado por diversas “normas internas”. Mas ele manda tudo pra vala quando se apaixona por Marie, que, por acaso, é namorada de Mitch Burns, irmão mais novo de Dan. Caçula só se fode mesmo.
Comédia com jeitão de ser engraçadona, acho que vale a pena o ingresso.
Um Segredo Entre Nós (Fireflies in the Garden) Com: Ryan Reynolds, Julia Roberts, Willem Dafoe.
Filme baseado em um poema semi-autobiográfico [Putaquepariu, isso é um termo complexo!] de Robert Frost, que conta sobre a dificuldade de um escritor em conviver com seu pai pentelho, quando volta pra sua cidade natal pro enterro de sua mãe.
Draminha tanga, evite se possivel.
Procedimento Operacional Padrão (Standard Operating Procedure) Com: Christopher Bradley, Sarah Denning, Joshua Feinman
Documentário sobre aquelas torturas que rolaram em Abu Graib [Ou algo assim], executadas pelo exército americano em meio à guerra do Afeganistão.
Recomendável pra insônes. Documentários tendem a ser mais chatos que o théo.
Dias e Noites (Dias e Noites) Com: Naura Schneider, Antônio Calloni, Dan Stulbach
Clotilde, uma putinha relaxada mulher de coragem, quebra o pau com a família e o resto do mundo, depois de mandar o marido que espancava ela pra puta que pariu. Perdeu os direitos e os filhos, mas recuperou tudo e mimimi. Baseado em uma história real.
Passe longe, se você não for crítico de cinema baba-ovo de filme nacional.
Foi complicado, mas, no apagar das luzes, encontrei uma lan house sem problemas técnicos para poder elaborar e enviar a coluna da semana.
Estou num fim do mundo tão ferrado, que nem telefone ou celular funcionam para avisar o Théo que não daria para entregar a pobre coluna.
Como encontrei a lan, achei melhor fazer o texto.
Enfim, como vocês não têm nada a ver com isso, vamos ao que interessa: os desenhos da década de 90.
A década de 90 foi o auge da criatividade na animação em vários aspectos, com diversos tipos de desenhos para todos os gostos, idade e opção sexual.
Sem contar que o páreo era duro, pois além das novas produções, eram exibidos os clássicos, explodia a febre dos animes (ou animês), havia os super-sentai e surgia a porcaria da Malhação.
Ou seja, era lavagem cerebral a dar com pau.
Para tudo não ficar muito disperso e ajudar vocês, que não gostam de pensar muito, vou dividir essa época em tipos de desenhos:
Desenhos da TV Cultura
Durante a década de 90, a TV Cultura teve seu auge exibindo animações de excelente qualidade e feitas para crianças e adultos, não subestimando a inteligência da molecada e abordando assuntos que são tabus entre as crianças, como a morte e o respeito pelas diferenças entre os outros (como era feito em Animais do Bosque dos Vinténs) e política e superação (As Aventuras de Tintim).
Quem não se emocionou com a morte dos ouriços?
Dessa época também se destacam Doug (antes da Disney colocar a mão), A Pedra dos Sonhos, As Aventuras de Babar, Rugrats (Os Anjinhos), entre outros que eram exibidos no extinto Glub-Glub.
Desenhos baseados em heróis
Sim, eu sei que já existiam desenhos de heróis, mas não na qualidade que foram apresentados nessa época.
Gambit era o melhor nesse desenho, mesmo não aparecendo na foto
Homem-Aranha, Batman e X-Men revolucionaram o modo como os heróis eram vistos, sendo fiéis aos quadrinhos e retratando sagas históricas, assim como eram mostradas nas HQs, destacando os X-Men nesse quesito e abrindo caminho para outras animações desse porte.
Os filhos da…
Como sempre, há o lado ruim das animações em cada época, pior, sendo exibidos à exaustão nas TVs.
Nesse caso, a culpa foi da Hanna-Barbera, já decadente, que inventou de fazer a versão (mais) infantilizada de seus principais carros-chefes.
Afinal, quem não se lembra dos Filhos de Tom & Jerry, Os Flintstones Júnior (o nome era esse?) ou O Pequeno Scooby Doo?
Era bom não lembrar, mas sempre terá alguma emissora que se lembrará…
Esse desenho era tão sem graça e sem… cor
Vou parar por aqui, pois estou para ser expulso da lan.
Semana que vem retomo falando sobre os outros desenhos dessa época.
Na semana que passou tivemos tantos comentários brilhantes que ficou até difícil escolher só um. Vamos aos DOIS comentários mais geniais da semana então:
Boa Bel. Bel Boa. A Bel é prata da casa e, apesar de dizer nos seus textos que não curte levar atrás, aqui no cantinho do Huno o álcool entra e a verdade sai.
E depois o Red, dando uma aula de como fazer um comentário tosco e mentiroso, porém engraçado.
Orra véi, ri pra caralho. Red, cê é um ogro: parabéns.
Coisas que eu odeio nos games pt.4
Cês acreditam que já faz um mês que eu só tô reclamando dos jogos? Porra, é muita acidez nervosa pra uma coluna só. Vamos fazer o seguinte: na semana que vem dou uma pausa com o Jogando e Ficando Puto, abordo um tema diferente e depois volto de novo à carga na outra semana. É tanta coisa pra reclamar que eu não consigo largar do tema em definitivo. Nosso tema de hoje é:
MUITA HISTÓRIA, POUCO JOGO
Quer história vai ler um livro?
Eu adoro RPGs, Sério mesmo, eu jogo qualquer coisa de rpg que aparecer pela frente. Eu não sei exatamente o que me atrai para esse gênero específico, mas tem algo a ver com poder desenvolver os personagens ao longo do tempo, participar de caçadas e matanças de monstros épicos, descobrir itens cada vez melhores e, principalmente, poder participar de uma história bem contada.
É claro que nem todo RPG conta uma boa história, mas é o gênero onde você tem mais chances de encontrar uma história envolvente ao mesmo tempo em que está jogando vídeo-game. É mais vantajoso que ler a mesma historinha num livro, por exemplo. Você participa e faz a história avançar. E nos melhores RPGs você tem até o poder de decidir como a história vai se desenvolver. Um dos melhores exemplos disso é Chrono Trigger, com seus vários finais. Um ótimo RPG, porque te faz voltar a jogá-lo depois de terminado, só pra você ver quais são os outros finais.
Mas o ponto de hoje é justamente este: historinhas deveriam ser coisas confinadas aos RPGs. Se tem um lance que me deixa muito puto é quando um jogo INSISTE em emendar um arremedo de história num jogo que poderia passar muito bem sem ela.
NFS só tem enredo de bosta, aí eles apelam pra mulher gostosa. Por mim tudo bem.
Imediatamente me vêm à cabeça a série Need for Speed. Sempre uma história completamente débil mental TENTANDO acompanhar o jogo. Aí acontece aquela coisa clássica de você simplesmente ficar apertando o start e o x pra ver se pula tudo de uma vez. Caralho, pensem comigo: qual é a sua expectativa quando você pega um jogo como Need for Speed? O NOME do jogo é “Necessidade de Velocidade”, e daí você lá, louco pra enfiar o dedo no botão do acelerador e estourar todos os nitros possíveis, fazer drifts que vão quase te jogar pra fora da tela e explodir seu carro, fugir da puliça e achar todas rampas do jogo que vão te lançar voando sobre os oponentes… resumindo: tocar o horror e rodar adrenalina pelo sistema.
Aí não rola nada disso. Cê liga o jogo e além de ficar aguentando tela de loading, ainda tem que ficar vendo tela de historinha. E historinhas totalmente clichê, com roteiros mal-chupados de filmes como “Velozes e Furiosos” ainda por cima.
Putaqueospariu Electronic Arts, pára de tentar contar história, por favor. Tentem fazer como Gran Turismo, que nunca teve PORRA NENHUMA de história, mas continua sendo o melhor simulador de direção que existe.
Mas tem coisa pior. Peguem Tekken, por exemplo. Sempre achei Tekken um ótimo jogo de luta, fácil de começar mas difícil de dominar. Lutas rápidas, cenários e lutadores bem-feitos, enfim, um primor de jogo pra quem gosta de baixar o sarrafo num oponente. Mas aí tu vai lá e vê aquela BOSTA FUMEGANTE que é o modo Tekken Force, onde os caras quiseram criar um história pra você ir seguindo com o personagem. Aquilo ficou muito ruim. A história não serve, os cenários não servem e tosquíssimo modo de luta beat em’ up ficou a coisa mais horrível do mundo. E os caras colocaram aquilo desde Tekken 3, se bem me lembro.
Force Mode é um saco
Mas ainda tem coisa pior do que historinhas num jogo onde você não queria ver historinha: historinhas que não dá pra pular. Porra, essas são de matar.
Por que, você sabe, tem horas que a gente só quer dar uma jogadinha esperta, pegar o joystick, desligar o cérebro, tocar um foda-se em perder um tempinho com seu vídeo-game preferido. Não tem coisa mais desrespeitosa com o jogador do que OBRIGAR ele a assistir uma bosta duma historinha que não faz diferença nenhuma no jogo. Você está efetivamente comendo o tempo do jogador com algo que ele não quer fazer. Custa botar uma opção pra pular as cenas ou filminhos ao toque de um botão? Porra, não pode ser tão dificil.
Bônus irritação:Cenas de execução de magias que não dá pra pular. Extremamente irritante você ter que aguentar as mesmas longas cenas a cada vez que executa a porra da magia. Estou falando de você Final Fantasy VIII.
Mas o pior de todos mesmo é Metal Gear Solid. Não me entendam mal, eu sempre curti MGS, principalmente por causa da história. Eu acho que o Hideo Kojima criou um universo muito lôco, que funciona perfeitamente com o estilo de jogo de ação tática. Mas caralho, quando cê fica quase uma hora apertando botão x pra passar CADA DIÁLOGO dos personagens, isso é algo que faz você perder um pouco do amor pelo jogo sabe? Lembram do Metal Gear 3 com quase uma hora de história só para o jogo começar? Pelamor, isso é abuso sexual da minha paciência.
Quer ler um livro vai jogar vídeo-game
Desenvolvedores, duas dicas espertas pra vocês: botão de pause e botão de pular cena. Sério, não façam a gente perder mais tempo do que já perdemos com as telas de loading.
Rá! A primeira parte rendeu bons frutos. Foi a coluna com maior colaboração dos leitores de todos os tempos do AOE, e eu fico surpreso ao ver que o texto era meu. Cês mudaram.
Antes de começar a segunda parte, algumas considerações:
– A quem indicou Janis Joplin como Frank Sinatra feminino, puta que o pariu: VSF. Nunca um comentário me revoltou tanto, agora eu sei como vocês se sentem quando eu falo que Offspring é melhor que Beatles. E é mesmo. Mas enfim, Janis Joplin tem o estilo dela, aquela coisa completamente irritante que chega a se igualar ao vocalista do Led Zeppelin. E eu não gosto dessa banda por causa do vocal, logo, temos um problema. Mas aqui eu explico porque eu não vou citá-la por aqui.
– A quem falou “mimimi cadê as divas?”: Em uma coluna sobre divas, eu posso PENSAR em citar divas, certo? O restante dessa resposta você lê abaixo:
– A quem perguntou “não existe vocalista brasileira boa?”: Em primeiro lugar, eu não ia lotar uma página de vídeos para foder a conexão dos mais noobs. Em segundo lugar, a New Emo não é uma coluna sobre música. É uma coluna sobre bom gosto musical.
Eu adoro essa resposta. Enfim, obrigado pelas indicações, véis. Vou citar as melhores E outras que eu já tinha em mente:
Se é pra citar essas minas que fazem Black Music, R&B e afins, eu cito Joss Stone. Mina nova e com um vozeirão incrível, merece destaque. Mas tem aquela coisa: Geralmente, nesses estilos musicais, as vocalistas não são muito… criativas. Sei lá, eu acho todas elas iguais. Quando a coisa cai mais pro Pop eu já consigo ver mais originalidade e tals, mas…
Bom, fica como menção honrosa ou algo do tipo, então.
Aproveitando a deixa, nada mais justo que citar Aretha Franklin, a vocalista mais COPIADA de todos os tempos. Ou não?
Porra, isso é do caralho. Ela solta a voz sem dó, NUNCA é irritante e cada verso, cada fucking verso é vibrante. Época espetacular, não? Pois é, tempos que não voltam mais. Mas a Aretha fez sua parte e, convenhamos, a parte dela era das melhores.
Ana Carolina é… diferente. É grave, mesmo tendo uma voz que poderia ser melhor trabalhada em um vocal mais suave, quem sabe. Ela confiou no que tinha, e fez bem. Ó minha ciência, uma vocalista brasileira! Chamem os xiitas!
Ela tem uma voz excelente pro gênero dela, mas pode causar um certo estranhamento pra quem é de fora. Quase como acontece com a Janis Joplin, com a diferença de que você não vai obter muitos resultados usando músicas da Ana Carolina num ritual de tortura, por exemplo. Querendo ou não, a Ana canta bem.
É fato que a Amy Lee canta bem, véi. E uma coisa bacana no Evanescence é a mistura de um vocal calmo, inocente, com o peso das guitarras. Esse exemplo aí, My Immortal, só mostra isso no fim. Com Bring me to Life dá pra explicar melhor:
Uma transa do caralho, convenhamos. A música e a letra podem ser uma bosta, mas essa mistura é do caralho. Eu poderia citar Nightwish, mas a Tarja não se solta como a Amy.
E por que não citar Pato Fu? Fernanda Takai é outra que não precisa se esforçar pra cantar bem. Voz calma, nada demais – e, ainda assim, demais.
Já presenciei um show do Pato Fu, as músicas novas dão sono, mas a Fernanda continua cantando bem. Pesque os sons mais clássicos, a música ajuda bastante. Lógico, você precisa ter saco. Quem gosta de Pato Fu, geralmente, é muito chato.
Por fim, fucking noobs, o troféu de Frank Sinatra feminino vai para a mulher mais óbvia o possível:
Nancy Sinatra herdou o que há de mais espetacular de seu pai: O controle da voz E a voz bonita. Frank Sinatra nunca precisou de muito esforço pra cantar, já que sua voz já era espetacular. Porém, o cara tinha um controle tão fascinante das cordas vocais que ele não precisava soltar a voz pra empolgar geral, por exemplo.
Não dá pra explicar. Nem precisa explicar, aliás. Não, sério, escuta isso. Tem gente que colocaria a Janis Joplin no lugar, acredita? Pois é.
Todo mundo já se perguntou isso, desde os tempos em que mortes não eram populares e que velhas banguelas não voltavam à vida através de uma explosão cósmica. Hoje a lista de personagens que ainda não morreram é, de certa forma, curta. E acredite, os que ainda não morreram vão morrer um dia, cedo ou tarde sua editora vai matá-lo
Mas você já não se preocupa, você sabe que seu personagem vai voltar logo à vida, seja uma edição depois da morte ou um ano, ele sempre volta, e você, mesmo odiando pseudos Jesus Cristos fantasiados, continua comprando e achando fantástico.
Apesar de para nós história em quadrinhos ser apenas entretenimento (talvez algo mais), para as grandes editoras histórias em quadrinhos são a tão sonhada galinha dos ovos de ouro, logo, que se foda a gente, a editora quer lucrar, nem que para isso seu personagem tenha que morrer.
Acontece que essas mortes, infelizmente, dão uma grana do cacete. Tudo começa quando o personagem morre, a edição da morte provavelmente vai ter MUITAS vendas, e a partir disso a propaganda sobre o acontecimento só aumenta. Depois vem a edição em que o personagem volta, ou seja, mais dinheiro. Quando terminada essa “saga”, o personagem volta ao normal, podendo até voltar a ser um zero à esquerda.
O maior exemplo disso é o Superman. O herói vinha numa fase ruim, as vendas estavam baixas e ninguém mais curtia o Super justamente pela sua atitude de “escoteiro”. Os leitores procuravam algo mais agressivo, mais radical. A DC tentou de várias maneiras reanimar o velho azulão, mas não obteve bons resultados. Logo matou ele e fizeram todo o arco do funeral e depois o retorno e bingo, as hqs venderam muito.
Ainda tiveram outros que morreram e voltaram e venderam muito, mas não tanto quando o Super.
Outra morte que “abalou” o mundo dos quadrinhos, e também o mundo fora dele, foi a recente morte do Capitão América. A morte foi tão comentada que passou até em mídias e programas que nunca deram a mínima para quadrinhos. O Capitão ainda não voltou à vida, mas quando voltar vai ser outra grande venda para a Marvel.
Mas claro que não é preciso de uma ressurreição para ter boas vendas. Ainda há personagens que apenas morreram e venderam bem, a vitima da vez foi o Robin.
Jason Todd (segundo Robin) não tinha lá tantos fãs, nisso a DC abre uma votação perguntando se ele deveria viver ou não, a resposta foi não, e nosso pequeno prodígio morreu pelas mãos do Coringa, o que além de aumentar as vendas ainda fez o Coringão mostrar porque ele é o pior inimigo do Batman.
Uma nova morte que abalou agora é a do Jonathan Kent. O pai do azulão morreu na edição Action Comics 870 com um ataque cardíaco.
As mortes vão indo e voltando, com grandes e pequenos personagens, e sempre trazendo dinheiro. Mesmo com uma grande parte odiando esses arcos, as pessoas sempre lêem e por isso sempre temos novas mortes. De certa forma elas até são legais, eu particularmente gosto de algumas mortes, dão uma animada no personagem, é uma maneira de começar no zero. Óbvio que tem muitas que são ridículas e exageradas, como os casos da Tia May. A única coisa que fica em falta nas histórias geralmente são as ressurreições, pois os personagens simplesmente aparecem de volta à vida.
A única coisa que me preocupa em relação às mortes é a do Batman. Já têm noticias rolando sobre a possível morte do morcegão, e também de quem vai assumir seu manto, mas enfim, apesar de muita gente odiar vai vender bem. E eu, você, e todo mundo que odiou essa noticia, provavelmente vai ler o arco.
Olha só: fazia MESES que eu não botava um filme novo nessa seção, desde “El Orfanato” . Sabem por que isso acontece? Porque só tem filme de bosta por aí.
Sério, meu. Semana passada eu tava vendo o novo Indiana Jones e dormi na primeira cena de briga. Filme chato da porra. Eu simplesmente não tenho mais saco pra esses filmes com cena de carro batendo, perseguição de carro, carro voando, carro mergulhando ou carro virando nave espacial. Coisa chata do carái.
Devido à minha falta de paciência, acabo me envolvendo mais com filmes fora do esquemão hollywoodiano. Não que eu eu só goste de filmes alternativos, longe disso. Aliás, o especialista em cinema europeu aqui é o Pizurk, o Estagiário especialmente enviado para todos os filmes cabeça que o théo não quer assistir.
Portanto, é com extrema satisfação que após este hiato de meses, hoje trago a vocês:
[Rec] (2007)
Cara, eu simplesmente amo a sensação de pegar um filme completamente sem expectativas e ser surpreendido por ele. [Rec] é um filme que começa devagar, parecendo mais uma bostinha na linha de Cloverfield, com aquele lance de fazer o filme com uma câmera só e sempre do ponto de vista de quem está filmando. E dá-lhe correria pra tudo que é lado.
Essa moda toda começou com a Bruxa de Blair (lembram?), que foi totalmente emocionante na época. Lógico que, pra variar, o hype matou o filme. Mas como já faz ANOS que eu não assisto trailer de filme me salvei e pude assistir a parada de forma neutra, me divertindo pra cacete com o negócio dos adolescentes perdidos na floresta.
Desde a Bruxa de Blair, essa fórmula de filme em primeira pessoa foi aperfeiçoada e acho que agora estamos num ponto estável, onde os filmes são feitos sem pretensão e deixando espaço para o lado mais criativo dos diretores. Isso gera experiências interessantes ocasionalmente, principalmente nos gêneros “suspense” e “horror”.
A maior qualidade de [Rec] é o seu ritmo. Ao invés de virar tudo de cabeça pra baixo DO NADA, o filme vai se construindo devagarinho, com a história passando do tédio total inicial (totalmente intencional) até te levar a se encolher na poltrona com o final. Normalmente os filmes vão me dando sono conforme vão se aproximando do fim. Com [Rec] aconteceu o contrário: comecei a assistir numa madrugada aí, pensando em só assistir o começo e ir dormir pra ver o resto no outro dia. Foi impossível parar depois dos primeiros 20 minutos.
“Meu, a gente vaisifudê nesse filme. Filma tudo aí, vlw.”
Também contribui muito a simplicidade do ambiente onde foi filmado; tudo se passa em dois ou três andares de um prédio pequeno, onde só mora gente boçal. Como os cenários se repetem com frequência é muito fácil acreditar e entrar no clima do filme, e você começa a se sentir parte daquele ambiente.
E eu realmente espero que você consiga “se entregar” para o filme, porque essa imersão é justamente o que vai te dar a maior diversão na sequência final. Os caras abusam do maior clichê do mundo para filmes de horror: sequências com luz apagada, onde os protagonistas precisam fugir da porra do lugar sem ver pra onde estão indo. Mas, puta merda, em [Rec] isso funciona que é uma maravilha.
Ah sim, vou dar um spoilerzinho final pra convencê-los a assistir [Rec]:
Boo!
É FILME DE ZUMBI, MANO!!
Não preciso dizer mais nada.
(Aviso aos desavisados: aparentemente [Rec] foi refilmado para o mercado americano como “Quarantine”. Não sejam otários e corram atrás do filme certo.)
Você já deve ter visto por aí, tendo em vista que faz quase uma semana que ele saiu e o responsável por notícias sobre cinema daqui NÃO SE MANIFESTOU! É uma tristeza, esse site.
Pra um teaser, até que tá bom. Mas o que me dá mais medo é olhar pra trás e ver os dois últimos filmes dessa franquia, aqueeeeles que destruíram de vez com o personagem. Também olho em volta e vejo todos esses remakes ou tentativas de reviver alguma coisa e fico com mais medo ainda. Bom, ao menos, esse novo Sexta-Feira 13 já está causando medo.
Estréia na sexta-feira 13 de fevereiro de 2009!
PS: Eu vi o escudo do Capitão América no canto inferior direito aos 22 segundos…?
Passados dois meses do início do fall season das séries americanas, acredito que ninguém imaginaria que a situação da audiência das séries seria tão delicada. Claro que muitos preveram que isso ocorreria devido à greve dos roteiristas na temporada passada, que acabou dando sobrevida à diversas séries que já não dispunham de muita audiência.
No entanto, o que está se observando é uma tendência de queda generalizada. Poucos shows/séries retornaram ou estreiaram nesta temporada com os mesmos números do ano passado, mesmo os campeões de audiência como CSI (ainda na casa dos 19 milhões), Desperate Housewives (com a concorrência do esporte caiu para 16 milhões), Dancing with the Stars (varia de 16 à 19 milhões) e Grey’s Anatomy (não anda passando dos 15 milhões) estão com audiências digamos equilibradas. Na contramão desta tendência, cito três séries, uma delas estreante, que inciaram esta temporada 2008/09 de bem com o público e com audiência crescente, são elas:
NCIS
De spin off da antiga série, exibida por aqui pelo falecido canal USA, Jag – Ases Invencíveis, NCIS se tornou o grande destaque em termos de audiência desta temporada. Retornando para seu sexto ano, a série pouco conhecida por aqui é exibida pelo canal AXN às sextas-feiras.
N.C.I.S. – Investigações Criminais apresenta uma equipe de elite formada por agentes especiais, que operam fora da rede militar de comando. Liderado pelo Agente Leroy Jethro Gibbs (Mark Harmon), um severo e altamente preparado investigador, propenso a quebrar as regras para cumprir a missão, esse grupo bem entrosado corre mundo investigando assassinatos, espionagem, terrorismo e seqüestros.
Sinceramente, não consigo explicar o fenomenal sucesso da série, NCIS é mais um drama criminal do canal CBS, voltado para investigações criminais no mundo militar americano. A série, mesmo enfrentando forte concorrência, como a ótima House, tem conseguido audiências superiores a 17 milhões, ficando somente atrás de CSI e Dancing with the Stars na audiencia geral das séries.
The Mentalist
Única estreante a estourar em audiência nesta temporada, The Mentalist. Claro que com o trabalho um pouco facilitado, pois recebe de bandeja a expressiva audiência de NCIS, pois é exibido em seguida desta última. Mas como tenho comentado há diversas semanas, as séries estreantes não tem conseguido agradar nem ao público e, muito menos, a crítica nesta temporada. A série será exibida agora em novembro pelo canal Warner.
The Mentalist gira em torno de Patrick Jane (interpretado por Simon Baker), consultor independente de uma a agência de investigação da Califórnia que tem a peculiar habilidade de observar e interpretar as pessoas. No passado, ele ganhava a vida fingindo ser sensitivo em programas de televisão, quando então foi convidado pela polícia para ajudar a encontrar um serial killer. Patrick acabou dando uma declaração que irritou o criminoso, que por sua vez se vingou de uma forma muito cruel. Abalado com a tragédia que lhe acometeu, rompeu com o passado de charlatanismo e resolveu usar seu dom para fins mais nobres, como realmente ajudar a polícia a solucionar crimes e prender bandidos.
Sendo um mero Psych mais sério e tenso, the Mentalist pode parecer, inicialmente, mais uma série investigativa, no entanto, assim como ocorre em House (dada as devidas proporções), ganha o espectador pelo instigante protagonista, muito bem defendido pelo subestimado Simon Baker (sempre coadjuvante nos cinemas). Vale uma conferida!
Bones
Este sucesso já um pouco tardio de Bones, mais um drama investigativo, em sua quarta temporada, é um reflexo da baixa concorrência da série da Fox às quartas-feiras no seu horário. Bones tem enfrentado um novo horario de sitcoms da CBS (a bacana, mas em novo horário, The New Adventures of Old Christine e a estreante Gary Unmarried), a requentada Knight Rider (SuperMáquina) e a inexpressiva, mas ótima, Pushing Daisies).
Assim acabou ficando fácíl para Bones abocanhar uma audiência maior do que possuía na temporada passada, nada muito expressivo, mas em tempos de queda geral de audiência, elevar seus índices é sempre vitória muito comemorada. Uma pena o canal Fox brasileiro demorar tanto em estrear esta temporada, sendo que recentemente terminou de exibir a 3ª temporada. Se você não conhece a série esta é, em linhas gerais, sua sinopse:
A série “Bones” combina humor e emoção mostrando o que se esconde por trás dos crimes mais aterrorizantes. No centro da trama está a Dra. Temperante Brennan (Emily Deschanel), uma excelente antropóloga forense que nas horas livres escreve romances. Ela é geralmente chamada pela policía quando o método padrão de identificação das vítimas não é suficiente. Sua habilidade para decifrar os mistérios ocultos nos corpos da vítima é única. Brennan geralmente trabalha com Seeley Booth (David Boreanaz), um agente da Unidade de Investigação de Homicídios do FBI. Booth não acredita na ciência e nos cientistas. Segundo ele, a chave para a solução dos crimes está em uma investigação à moda antiga, junto aos que ainda estão vivos, sejam eles suspeitos ou testemunhas. Com isso, Brennan e Booth frequentemente entram em choque, tanto no campo profissional como no âmbito pessoal.
Claro que Bones não é nenhuma novidade em termos de roteiro e personagens, no entanto, acho muito divertido a dupla de protagonistas (Booth e Brennan, ou melhor, Bones), sua química é impecável, cheio de ironia e sarcasmo, além é claro, do sex appeal entre os personagens. Para melhorar, a entrada do jovem psicólogo acrescentou bastante humor na dinâmica entre os personagens.
Ler pode ser algo agradável para alguns, aquelas pessoas que só lêem por diversão (eu) e que só chegam a ver o produto final em suas mãos. Mas para aquelas pessoas que têm a maldita tarefa de deixar aquilo correto, duvido que ler seja algo agradável.
Aproveitando que temos agora uma revisora no AOE, que por acaso não corrige meus textos (ainda bem, teria pena dela), fiquei aqui a pensar nisso, nas pessoas que ganham dinheiro pra isso. O autor se dedica para escrever a história e entregar para seu editor a tempo. Depois disso, o tempo passa e ele vê seu tempo dedicado a aquilo sendo admirado por seus fãs. Só que, durante esse tempo que ele entregou a versão para o editor e o momento que o livro foi pra prateleira, aquilo passou pelas mãos de pelo menos umas 10 pessoas, chutando bem por baixo. Primeiro tem o editor, cara que realmente sabe das coisas e que lê aquilo, anotando tudo o que tem que ser alterado ou corrigido ou simplesmente deixando tudo de lado, afinal, não é tarefa dele facilitar o trabalho do próximo da lista.
Presumo que depois disso seja a vez do revisor, esse cara considerado um anjo por alguns e a encarnação do diabo para outros, mas no fim, sendo um mal necessário. Ele é quem ajeita tudo, colocando pingos nos i’s, arrumando concordâncias em frases, ajeitando erros e, no fim de tudo, quem sabe, mudando todo o sentido da história. Se não existe um canal de comunicação entre o revisor e o autor, a garantia de que sairá merda é quase total, porque às vezes aquilo pode ser proposital ou apenas uma maneira de identificar um personagem.
Isso de erros identificarem personagens acho que pode ser explicado um pouco mais, aproveitando o momento. Vamos pegar por exemplo um trecho do livro Ratos e Homens, de John Steinbeck, já resenhado por aqui.
(…) O homenzinho puxou para baixo a aba do chapéu e olhou torto para Lennie.
-Então, ocê já isqueceu, foi? Vô tê que falá de novo, né?Jesus Cristo, ocê é um idiota loco!
-Isqueci-disse Lenny, suavemente- Eu tentei não isquecê. Juro por Deus que tentei, George.
-Tudo bem, tudo bem, vô falá de novo. Não posso fazê nada. Parece que eu passo o tempo todo falando as coisa pr’ocê, aí ocê isquece e eu falo tudo de novo.(…)
Meus dedos quase caíram por digitar isso, mas é detalhe. Essas poucas frases do livro se encontram logo no ínicio dele, logo depois que os personagens são apresentados. Ali, já dá pra identificar um pouco como cada um deles fala, somente pela maneira que cada frase é escrita e tudo o mais. Dali em diante, é possível até saber quem está falando sem alguma indicação, de tão bem caracterizados que os dois estão. Mas isso é um livro estrangeiro, o processo de tradução dele deve ter sido algo foda de ser feito, mas isso falarei mais adiante.
Como podem observar, às vezes os erros identificam os personagens, e a ajuda do autor nessas partes é crucial, pois uma correção pode acabar com toda a história, ou com o charme dela. Imagine o trecho acima escrito corretamente ou, se já leu o livro, pense como ele seria se escrito com a linguagem certa. Além de perder toda a identidade, ele ficaria sem graça. Eu acho, ao menos.
Sei que o processo de revisar um manuscrito é algo desagradável por causa de algumas coisas que acontecem por você ser um viciado em leitura. “Ei, Santhyago, escrevi isso, pode dar uma olhada e ver se tá legal?“. Se te dizem isso por MSN, a garantia de que você vai receber um bloco de notas ou um arquivo de Word é certa, mas se isso é dito pessoalmente, prepare-se para receber um calhamaço de páginas, todas escritas à mão, coisa linda de se ver. É nesse momento que você abençoa o revisor, por te brindar com um produto já amadurecido, sem nada mais para se preocupar a não ser apreciar a leitura. E se tem algo pra avaliar, meu e-mail tá ali, ó, fiquem a vontade pra mandar textos para lá, nem que seja para se arrependerem depois.
E agora, as traduções. Imagine o mesmo trecho de cima no original, como deve ter sido difícil de ser traduzido para o português. Como será que ele se apresenta em seu estado original? Tentei achar o mesmo trecho para comparar, mas não fui feliz em minhas buscas, então, que isso fique na imaginação de vocês. Ou achem isso pra mim que coloco nessa parte depois.
Aqui, eu acho.
Traduções não é algo que seja agravável também. O site Terminologia é um portal de tradutores profissionais, e acho que ali é onde os erros de tradução mais comuns são apresentados. Na parte sobre pérolas de tradução, encontra-se algumas muito bizarras, que eu duvido que algum profissional tenha feito.
É, acho que por hoje é só. Fiquei tentado a publicar essa coluna sem revisar, mas isso seria muita maldade com vocês.
Olha o público brasileiro que frequenta as salas de cinema do nosso circuito exibidor tão dando um trabalho para as distribuidoras nacionais, fica cada vez mais difícil prever o sucesso de um filme nos cinemas. Explico melhor, como um filme de público restrito, dramático e, considerado difícil por 10 entre 10 críticos, resiste no Top 10 Brasil há mais de um mês? Seu nome Ensaio sobre a Cegueira.
Mesmo, ainda, não tendo visto o filme (que pelo andar da carruagem não ocorrerá na telona, mas sim em dvd, infelizmente), sabe-se que Ensaio Sobre a Cegueira é um filme denso, lento, pesado, logo, não é um filme para todas as platéias. No entanto, já levou aos cinemas mais de 650 mil espectadores, no momento, somente outros dois filmes no Top 10 ja arrastaram um público um pouco maior ao cinemas (lembrando que esta época é considerada de “entressafra” no circuito exibidor, pós Blockbusters e pré concorrentes ao Oscar): Mamma Mia e Super-Heróis – A Liga da Injustiça.
RANKING
(semanas em Cartaz) /Título /Público (Semana) / Público (Total) 1 (-) Amigos, Amigos, Mulheres à Parte – 112,824 (112,824) 2 (1) As Duas Faces da Lei – 91,738 (334,499) 3 (2) Super-heróis – A Liga da Injustiça – 86,726 (681,478) 4 (3) Os Mosconautas no Mundo da Lua – 71,885 (324,384) 5 (-) Espelhos do Medo – 52,936 (52,936) 6 (-) Corrida Mortal – 40,243 (40,243) 7 (5) Ensaio Sobre a Cegueira – 38,285 ( 654,606) 8 (6) A Guerra dos Rocha – 33,529 (125,279) 9 (4) Noites de Tormenta – 30,335 (270,230) 10 (7) Mamma Mia! – O Filme – 24,456 (672,181)
Obs.: Notem a diversidade temática entre os 10 filmes, ou o público brasileiro anda com um gosto extremamente eclético ou estamos presenciando um FENÔMENO com o público conferindo o trabalho de Fernando Meirelles na adaptação da obra literária de José Saramago.
Confesso que estes MILAGRES cinematográficos que vez por outra ocorrem no nosso circuito exibidor me enchem de esperança de que bobagens americanóides (principalmente, porque dominam nossas salas) fiquem mais restrita ao público de dvd (para quem quiser assistí-las, por sua conta e risco!) e assim, abrindo espaço para filmes mais conceituais ou mesmo de filmografias de outros países, deixando claro que sou defensor de filmes BONS, não de filmes medíocres, chatos, egocêntricos, sem graça, pseudointelectuais e, simplesmente, ruins.