O Cinema em 2009

Clássico é Clássico segunda-feira, 22 de março de 2010

2009 passou.
Um ano com tantos filmes aparecendo, que me gastaria um ano para discutí-lo de forma aprofundada. Porém, ao contrário de vocês, eu tenho mais o que fazer. Ainda assim, topei o desafio de resumir o ano em uma coluna.
Ps. Tomando como base os cinemas americanos. Nada posso fazer se sou um pirata YAHR! garoto antenado.

Dinheiro a Qualquer Custo

Uma das coisas mais irritantes para um cinéfilo é procurar a lista de “filmes mais esperados do ano” e dar de cara com reboots, remakes, continuações ou blockbusters, que você já sabe de antemão da qualidade (Duvidosa) do filme. Ainda assim, apesar de ter uma foto de Hitchcock no meu quarto, eu admito ter assistido tais filmes. Motivo? Amigos e família. Sejam (Verdadeiros) filmes catástrofes como 2012 e Presságio, ou as infinitas continuações que não precisariam existir, como Exterminador do Futuro: A Salvação, Wolverine, Pantera Cor de Rosa 2, Transformers 2: A Vingança dos Derrotados, Uma Noite no Museu 2, Lua Nova, Era do Gelo 3, Dragon Ball e Premonição 4. Se você gostou de algum deles, favor de parar de ler essa retrospectiva agora.

Cinema Nacional? PFFF.

Apesar de alguns (Pouco aproveitados) surtos de (Quase) genialidade – como A Festa da Menina Morta e Feliz Natal (Da dupla de diretores João Grilo e Chicó, respectivamente), a cultura nacional parece cada vez mais, restrita a tragédia e tragédia Paulo Coelho.

Um Ano de Decepções

Nine e Inimigos Públicos pareciam ser OS filmes do ano, mas não ultrapassaram a barreira do razoável. Judd Apatow veio com seu projeto mais pretensioso – Funny People, e fez um dos piores filmes de sua carreira. E se alguém achava que The Spirit seguiria os passos do (Superestimado) 300, quebrou a cara bonito. O mesmo para o filme de Peter Jackson, Um Olhar do Paraíso. Mas alguém supera a sensação do ano Avatar? O filme fez uma revolução tecnológica – mas nos entregou o roteiro de Pocahontas, com personagens tão profundos quanto um pires.

Comédias a todo o vapor.

Os melhores nomes do humor negro no século XXI, entregaram filmes a altura de sua competência. Os irmãos Coen e seu simples Um Homem Sério, Wes Anderson e sua animação O Fantástico Sr. Raposo e Woody Allen quase despercebido com o espetacular Tudo Pode dar Certo. E o que falar da superação de Guy Ritchie e seu extraordinário Sherlock Holmes? Ainda tivemos o divertido Zumbilândia e o bom O Desinformante. Além das comédias escrachadas Eu te Amo, Cara e o surpreendente Se Beber, Não Case. Cabe lembrar também da face cômica de Meryl Streep após sua dramática (E fenomenal) atuação em Dúvida, com as comédias Julie e Júlia e Simplesmente Complicado.

O Ano dos Nerds

Os nerds devem estar rindo a toa esse ano. Seja pelo remake hiper competente de Star Trek, o surpreendente Distrito 9 ou das boas adaptações de Coraline e do “todo poderoso” Watchmen. Não bastasse ainda – a surpresa do ano: o original e magnífico Moon. Para celebrar, ainda ganharam uma comédia só para eles, Fanboys.

Tire o cérebro sem se culpar.

Seria injusto execrar todos os blockbusters e remakes do ano. Filmes que não se esperava nada além de uma bomba, como G. I. Joe, foram capazes de divertir em menor (Ninja Assassino) ou maior escala (Bruno, Adrenalina 2). Além, é claro do, surpreendentemente sombrio, Harry Potter e o Enigma do Príncipe e os apenas razoáveis Monstros vs Aliens, Anjos e Demônios, O Sequestro do Metrô e Um Conto de Natal.

Dramas. Um ano nunca acaba sem eles.

E o que é o cinema sem os dramas? Sejam medíocres e mela-cuecas como Um Sonho Possível ou medíocres e revoltados como Guerra ao Terror. Ainda assim, não há como negar que o gênero trouxe grandes atuações – como foi o caso de Morgan Freeman em Invictus, Jeff Bridges em Coração Louco, Mo’Nique e Gabourey Sidibe em Preciosa, Colin Firth em Direito de Amar, Robert Downey Jr. em O Solista, George Clooney (Divertidíssimo) em Amor sem Escalas, Viggo Mortensen em A Estrada, Woody Harrelson em O Mensageiro, Helen Mirren e Cristopher Plummer em The Last Station e o garotinho Max Records em Onde Vivem os Monstros. E as atrações estrangeiras Abraços Partidos (De Almodóvar), Coco antes de Channel, o vencedor de Cannes A Fita Branca e o ganhador do Oscar O Segredo de seus Olhos.

Um Ano de Boas Supresas

Também foi um ano surpreendente. Filmes independentes ou pouco comentados vieram com tudo. Seja o tanga 500 Dias com Ela, o inusitado Adventureland ou o originalíssimo Educação. Mas a volta triunfal das princesas da Disney (No bom e velho 2D) com A Princesa e o Sapo, merece essa citação especial.

Prometemos. Cumprimos. Com Louvor.

Porém dois nomes bem conhecidos da indústria cinematográfica, carregaram incríveis quantidades de “hype” e conseguiram nos surpreender. São eles Pixar e Tarantino. Pulp Fiction e Wall-E são insuperáveis? Up e Bastardos Inglórios estão aí para provar que nem só de saudosismo vive o cinéfilo moderno.

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