O Exterminador do Futuro: A Salvação (Terminator Salvation)
Ambientada no ano pós-apocalíptico de 2018, John Connor (Christian Bale) é o homem destinado a liderar as forças de resistência humana contra a Skynet e seu exército de Exterminadores. Mas o futuro no qual Connor foi criado para acreditar teve uma parte alterada pela aparição de Marcus Wright (Sam Worthington), um estranho cuja última lembrança é de estar no corredor da morte. Connor precisa descobrir se Marcus foi enviado do futuro ou se foi resgatado do passado. Enquanto a Skynet prepara seu ataque final, Connor e Marcus embarcam em uma odisséia que leva ambos ao centro de operações da Skynet, na qual eles descobrem um terrível segredo por trás da possível aniquilação da raça humana.
A falta de criatividade de Hollywood, e sua consequente capacidade de sujar o nome de franquias clássicas, me irrita profundamente. O Exterminador do Futuro: A Salvação se trata apenas de mais um exemplo disso. Não me entendam mal, eu acho interessante explorar a história iniciada pelos dois filmes de James Cameron. Por exemplo, apesar de nunca ter assistido a série, achei a proposta genial e ouvi comentários ótimos sobre ela, o que eu não posso dizer quanto as suas últimas versões cinematográficas. Eu sei que tudo isso é uma forma de, em cima de triunfos do passado, conseguir dinheiro fácil. Mas o desrespeito ao material original é gritante.
O filme começa nos mostrando duas histórias tempos distintos: um ataque de John Connor e seus soldados às máquinas, em 2018, e a “morte” de Marcus Wright, mais de uma décadas antes, para depois descobrirmos que este havia se tornado meio-máquina e mandado para o futuro. A partir daí a história dos personagens se desenvolve se desenrola até o encontro de ambos. Mas não sem nos oferecer uma das coletâneas mais impressionantes de clichês já reunidas em um filme. Acompanhemos a trajetória do homem robô (enquanto o personagem de Christian Bale trata de alguns previsíveis problemas “burocráticos” e pessoais), para entender o que estou querendo dizer.
1. Homem robô fica vagando sozinho pelas cidades destruídas.
2. Ele é atacado por um robô e no processo encontra duas crianças que o ajudam. A garotinha muda, e o jovem “que é seu protetor”, que sobreviviam aos ataques através de armadilhas improvisadas, a lá Eu sou a Lenda.
3. Ele é rude, e quer continuar sua trajetória sozinho, em busca de respostas. Afinal carrega todo o peso de seu passado.
4. Acaba levando os garotos.
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5. As máquinas capturam os garotos.
6. Ele vai atrás dos garotos.
7. Ele encontra uma mulher da resistência.
8. Ele a acompanha.
9. Ele salva sua vida.
10. Os dois se fazem de durões.
11. A tensão sexual está lá em cima.
12. Eles chegam ao QG da resistência.
13. Ele é preso pela resistência. Afinal ele é um robô.
E só chegamos a metade. Mas paremos por aqui, deixando as “complexas” perguntas propostas pelo filme.
Será que a mulher fingiu os sentimentos por ele? Será que John Connor não irá ver bondade nele? Será que um filme consegue se desenrolar de forma mais clichê do que isso?
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Acredito que já tenha conseguido expor o quão medíocre é o filme. Os quesitos gerais são tão dedutíveis quanto a própria obra: além do roteiro lotado de clichês, a direção é fraca (com a utilização de efeitos, como slow motion, em cenas absolutamente desnecessárias), fotografia e direção de arte pouco inspiradas (os robôs e os cenários não apresentam NENHUMA originalidade) e atuações fraquíssimas – menção especial, para o Christian Bale esquecer que não se tratava de uma continuação de The Dark Knight. Eu juro que ri umas quatro ou cinco vezes em momentos que sua fala e fisionomia coincidiam com momentos dos filmes do Batman.
Os aspectos positivos? Efeitos sonoros e visuais acima da médio. Além do aparecimento relâmpago da figura do Arnold Schwarzenegger.
Eu posso estar até sendo muito crítico, mas fazia tempo que não conseguia adivinhar todo o desenrolar do filme em seus primeiros 10 minutos de projeção.
O Exterminador do Futuro: A Salvação
Terminator Salvation (115 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2009
Direção: McG
Roteiro: John D. Brancato, Michael Ferris
Elenco:Christian Bale, Sam Worthington, Moon Bloodgood, Helena Bonham Carter
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