Uma Noite no Museu 2 (Night at The Museum: Battle of the Smithsonian)

Cinema quinta-feira, 21 de maio de 2009

A noite caiu no Instituto Smithsonian em Washington, EUA. Os guias já foram para casa, as luzes estão apagadas, as crianças estão enfiadas em suas camas… Ainda assim, algo incrível está em atividade enquanto o ex-vigia noturno Larry Daley (BEN STILLER) se descobre atraído por sua mais assombrosa e maior aventura até o momento, na qual a História verdadeiramente ganha vida.

Sabe aqueles filmes que você sabe que é bom, mas que não te incentiva a ir ao cinema, preferindo esperar sair em DVD?

Enfim, essa é a sensação que a franquia Uma Noite no Museu passa.

Aliás, neste balaio coloco a série Velozes e Furiosos, A Lenda do Tesouro Perdido, Anjos e Demônios, qualquer filminho produzido pela Disney, entre outros.

Não levem a mal, mas gastar a fábula no ingresso do cinema, pipoca, gasolina/condução, mais uma porrada de coisas, tem que ser com ‘o filme’ ou aquele que, mesmo que te decepcione, você espera há muito tempo, como blockbusters, por exemplo.

Depois dessa reflexão, vamos voltar à resenha de Uma Noite no Museu 2.

Já vou adiantar o que achei do filme: razoável, engraçadinho e com algumas boas sacadas históricas…

E só.

Como disse, Uma Noite no Museu 2 provavelmente funcione melhor com aquele Tupperware (é assim que escreve?) cheio de pipoca, dividido com alguns amigos e mais uns três títulos, como Evocando Espíritos, Força Policial e Sim, Senhor!.

Enfim, Larry Daley não é mais um durango fudido ferrado que pula de trampo em trampo e que, depois de se estabilizar, vive com um salário minguado como guarda noturno do Museu de História Natural de Nova York. Agora ele é um inventor de utensílios domésticos famoso e bem-sucedido e possui sua própria empresa, a Daley Devices.

Mesmo assim – como acontece em filmes do tipo – Larry não está feliz, sente a falta de alguma coisa, algo que dê sentido a sua vida. Para resolver isso, ele decide visitar o Museu, onde foi segurança.

Lá recebe a notícia que os tempos são outros e que tudo será informatizado, com atrações interativas para os visitantes e que as peças que estão lá serão arquivadas e enviadas para o complexo de museus Smithsonian.

Larry resolve passar uma última noite no museu e descobre, junto com Teddy Roosevelt, que algumas peças irão ficar, junto com a placa dourada que dá a vida a todos no museu durante à noite. Ou seja, os homens das cavernas, mongóis, Sacajawea, Octavius e Jedediah terão uma última noite para se despedir de seus companheiros e Larry.

Claro que a história tem outro rumo, já que a peste do macaquinho capuchinho rouba a placa e leva junto com todos para Washington.

Basta imaginar o que acontece quando um artefato que dá vida para todos durante à noite é levado para o maior museu do mundo.

Alheio a tudo isso, Larry está melancólico, ouvindo críticas do filho por ter abandonado o melhor emprego do mundo – que não paga as tuas contas, moleque! – e envolvido com sua empresa.

Eis que um telefonema de Jedediah, desesperado, faz com que Larry voe para Washington para ver o que está acontecendo com seus amigos.

Chegando lá, descobre que Kahmunrah, irmão mais velho, ranzinza, paga-pau e esquisitão de Akhmenrah, ‘acordou’ depois de 3 mil anos e quer dominar o mundo. Para isso precisa da placa dourada para despertar o exército do submundo e por em prática seu plano nefasto.

Acontece que os novatos, Larry e novos personagens não irão deixar isso acontecer, e começa a aventura.

De cara, com a ajuda do General Custer, Larry se livra dos soldados de Kahmunrah.

Durante a perseguição, conhece a maluquinha aviadora Amelia Earhart que, em busca de aventuras e emoções fortes, se junta a Larry para combater o faraó egocêntrico e mal-amado.

Como na guerra o importante é fazer alianças, Kahmunrah não perde tempo e convoca três personagens que fizeram história por meios não muito éticos. São eles: Napoleão Bonaparte, Al Capone e Ivan, o Terrível.

Com a ajuda dos soldados e capangas dos citados acima, Larry e Amelia não conseguem fugir por muito tempo e são capturados. Certo que conseguiria evocar seu exército do submundo, o faraó quebra a cara e vê que a combinação da placa foi mudada.

Puto, pega o caubói Jedediah como refém e o aprisiona em uma ampulheta, dando uma hora para Amelia e Larry se virarem para descobrir o código.

Como o texto está longo e acho que já tem uns spoilers aí no meio, paro por aqui. Mas preste atenção às referências históricas e às participações dos mini-Einsteins, Otávio no jardim, o grande Abraham Lincoln e às batalhas e cenas finais.

Ignore o queijo suíço do roteiro, como não sabermos o que acontece por conta da destruição do museu, o jeito que Larry lida com sua empresa, o moleque invadindo toda a planta do Smithsonian, entre outras coisas que me incomodaram um pouco.

Curiosidades

Esse é o tipo de filme que vem com uma porrada de curiosidades, como a parte histórica é mais voltada para a cultura norte-americana, então muita coisa fica meio solta no ar.

Algumas:

Amelia Earhart foi uma desbravadora da aviação que ficou conhecida como “Lady Lindy”, depois de se tornar a primeira mulher piloto a atravessar o Atlântico, quebrando muitos preconceitos contra a mulher na época. Ela estava no auge da popularidade quando desapareceu sobre o Pacífico em 1937, em um caso não resolvido até hoje.

Ivan, o Terrível ficou conhecido como o Grande Príncipe de Moscou, se tornando o primeiro czar todopoderoso da Rússia em 1533, Ivan era na realidade apelidado de “Ivan, o Assombroso”, que foi depois traduzido erroneamente para “Ivan, o Terrível”. Não obstante o erro, ele ainda é tido como o maior dos tiranos: um governante com mãos de ferro, autocrático, dado a acessos de fúria, iniciando guerras e determinado a expandir o Império Russo. Ou seja, um típico líder russo.

Al Capone foi o mais famoso gângster dos Estados Unidos – não, Corleone é personagem de ficção – também conhecido como “Scarface”, contrabandeou seu caminho para a fama como líder do sindicato do crime de Chicago durante a Lei Seca. Alcançou tamanho poder que passou a ser o principal alvo do FBI e um símbolo do poder da máfia. Embora tenha passado anos na cadeia, sua tenacidade e valentia continuam lendárias.

Napoleão Bonaparte. Essa é fácil, se não sabe se mata, mas lá vai. Após tornar-se imperador da França em 1804, o ambicioso Napoleão conquistaria a maior parte da Europa. Um gênio militar e político, ficou famoso por seu “complexo de Napoleão”, ou, em outras palavras, um complexo de inferioridade devido à pequena estatura. Que altura tinha? Estima-se que cerca de 1,55 metro. O mito de sua pequena figura – fato do qual parece nunca ter se recuperado – foi desencadeado por seus inimigos, o que é bem explorado na verve cômica do filme. Resumindo, um típico líder europeu megalômano.

Albert Einstein foi um dos maiores cientistas-heróis de todos os tempos, o físico agraciado com o Prêmio Nobel foi o autor da Teoria da Relatividade, que revelou as fantásticas relações entre energia, matéria e luz. Einstein não foi somente um físico visionário, mas também um grande humanista, filósofo e defensor do maior de todos os dons humanos: a imaginação. Ou seja, um grande fanfarrão.

Aviadores de Tuskegee foram pilotos da Segunda Guerra Mundial, sendo os primeiros aviadores negros americanos. Lutaram contra preconceitos e viraram heróis de Guerra e fora dela.

“O Beijo” ou “Dia ‘V’ em Times Square” é uma famosa foto do fotógrafo da revista Life Alfred Eisenstaedt, de um soldado beijando uma enfermeira no Dia V, 14 de agosto de 1945, tornou-se um ícone instantaneamente, capturando para sempre um momento atemporal.

A Lula Leviatã é uma das peças mais populares do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian sendo um espécime de oito metros dessa espécie – os cefalópodes – que sonha em voltar para o mar.

Hank Azaria – que interpreta Kahmunrah – é mais conhecido por todos pelas suas dublagens em Os Simpsons, onde ganhou três Emmys pelas suas atuações. Azaria dubla Apu, Moe, Chefe Wiggun, o Cara dos Quadrinhos, entre outros personagens de Springfield.

E, por último, o General George Custer foi um oficial de cavalaria que teve uma importante participação na Guerra da Secessão. Mas ficou mais famoso pela dureza e crueldade com que conduzia as batalhas, massacrando índios, principalmente mulheres e crianças. Em 1874, comandou tropas para expulsar os índios de Dakota do Sul, mas no episódio que ficou conhecido como a batalha de Little Bighorn, Custer conduziu seus 266 comandados para a morte ao dar de cara com tribos indígenas acampadas perto do rio Little Bighorn. Os índios eram comandados pelos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco. Custer e todos os seus soldados morreram nessa batalha.

Enfim, já está bom, senão isso estoura com tanta informação, e vai chover os clássicos “Nem li, mas gostei dos filme”.

Para variar, gritem nos comentários e digam o que acharam do filme.

Uma Noite no Museu 2

Night at The Museum: Battle of the Smithsonian (105 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, Canadá, 2009
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Ben Garant e Thomas Lennon
Elenco: Ben Stiller, Amy Adams, Owen Wilson, Hank Azaria, Robin Williams, Christopher Guest, Alain Chabat, Steve Coogan, Ricky Gervais, Bill Hader, Jon Bernthal, Patrick Gallagher, Jake Cherry, Rami Malek, Mizuo Peck, Eugene Levy

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