Mulheres dominando as séries

Sit.Com terça-feira, 11 de março de 2008 – 1 comentário

Sei que o Dia das Mulheres já passou, mas o tema vale um texto ao se observar que nesta temporada de séries: os grandes personagens ficaram com as mulheres. Se no últimos anos elas vem dominando as séries de mansinho, atualmente os grandes sucessos da televisão americana dependem da audiência feminina, logo, personagens femininos roubam a cena em diversas séries.

Podem observar que este “fenômeno” começou com as constantes reclamações das atrizes que, depois de determinada idade, o cinema já não oferecia mais papéis sérios e consistentes. Assim há quatro anos atrás surgia Desperate Housewives, uma série cômica (recheada de humor negro) com drama e mistério. Nos papéis principais, quatro mulheres maduras enfrentando problemas relacionados ao seu universo e a sua vizinhança. Com isto surgiu para o grande público a excelente atriz Felicity Huffman, hoje ganhadora de diversos prêmios por seu papel Lynette e, inclusive, já recebeu uma indicação ao Oscar por melhor atriz em Transamérica.

No decorrer dos últimos anos, as mulheres (atrizes) voltaram com tudo em séries de sucesso como Grey’s Anatomy, Ugly Betty, 30 Rock, Weeds, The Closer e The New Adventures of Old Christine.

Nesta temporada a avalanche começou com Damages com a incrível Glenn Close, atriz oscarizada, mandando e manipulando todos os personagens da série sobre os bastidores de um caso jurídico. Em seguida, ainda na tevê a cabo americana, estreou Saving Grace, com a também oscarizada Holly Hunter (do drama O Piano) fazendo uma policial porra louca que de repente se vê perseguida por um anjo, Earl, em seu dia-a-dia.

Glenn Close arrasa na performance e com os personagens em Damages

Já na tevê aberta as mulheres estão se mostrando poderosas e sedutoras; mas em tramas tãoooo fraquinhos, neste contexto estão Lipstick Jungle com Brooke Shields e Kim Raver (a namorada de Jack Bauer em 24 Horas), e Cashmere Mafia com Lucy Liu, Miranda Otto, Hugh Bonnerville e Frances O’Connor. Ambas têm mulheres tentando equilibrar suas vidas amorosas e familiares com suas vidas de sucesso profissional. Além delas ainda há o filhote de Grey’s Anatomy, Private Practice, série da Dra. Addison, a belissíma atriz Kate Walsh – numa série que mistura romance, dramas e casos médicos numa clínica onde tudo acontece e os personagens parecem ter 15 anos.

Será que Kate fez certo ao sair de um projeto de sucesso como Grey’s para se aventurar numa série solo?

Mas nem todas as séries se resumem a tramas “novelinhas”. Nesta temporada, três séries mostram mulheres envolvidas em tramas de ação e suspense. Women’s Murder Club, estreando na Fox neste mês, conta histórias policiais sob investigação de 4 mulheres; uma policial, uma médica, uma promotora e uma jornalista. A série não é lá estas coisas, até porque, neste contexto, inserem dramas de mulherzinha nas personagens, tudo tão chato. A segunda, já cancelada, é Bionic Woman, a série que conta a história de uma jovem reconstruída bionicamente num projeto secreto não decolou. A trama começa devagar com muitos toques conspiratórios numa trama simples e pouco densa.

Elenco de Lipstick Jungle, estréia garantida na Fox durante o ano

Para fazer exceção nesta categoria, The Sarah Connor Chronicles acerta mesmo não sendo nenhum fenômeno de audiência, numa trama que mistura ficção com ótimas cenas de ação, tudo protagonizado pela força da atriz Lena Headey e a “terminator do bem” Summer Glau (também vista na série Firefly). Mesmo assim, parece que o público americano não aceita muito bem mulheres em papéis fisícos e cenas de ação, preferem as atrizes fazendo cenas românticas e de lenço na mão, infelizmente!

Séries na corda bamba

Sit.Com terça-feira, 04 de março de 2008 – 1 comentário

Em virtude do recente término da greve de roteiristas, os produtores e executivos da televisão americana estão antecipando o retorno de algumas séries para terminarem a temporada decentemente e, o que não retornar, está sendo renovado com bastante antecedência. Normalmente, estas notícias ocorrem somente em maio.

Já sobre os cancelamentos, pouco se sabe com certeza. No entanto, na semana passada, as jornalistas americanas Kristin do Santos e Jennifer Goodwin comentaram sobre algumas séries com destino quase certo: CANCELAMENTO!

Antes saiba as séries que já foram limadas da programação americana pela baixa audiência nesta temporada: Bionic Woman (que estréia agora em março no Brasil pelo A&E), Journeyman, Cane (Warner), Big Shots (que a Warner irá exibir em breve), Life is Wild (também irá ser exibido na Warner) e Girlfriends (Sony). Os outros possíveis cancelamentos são:

Moonlight
Exibida por aqui pela Warner, a série tem enfrentado na verdade não um problema de audiência, já que é exibida na sexta-feira, dia clássico de audiências menores, mas sim de bastidores. Recentemente, houve uma segunda baixa entre os produtores: o cara que idealiza a série, em Moonlight, para a retomada de série pós-greve o responsável será Joel Silver. No entanto, a renovação para uma segunda temporada é incerta.

Friday Night Lights
Exibida pela Sony, já em sua segunda temporada, queridinha da crítica mas que não engata em audiência de jeito nenhum, o drama/teen/esportivo, diga-se de passagem muito bom, não deve ser renovada para uma terceira temporada. Uma saída procurada pelos produtores é dividir a produção com um canal da tevê a cabo para diminuir os custos totais do show. Este exemplo foi realizado recentemente com Law & Order Criminal Intent; a série foi exibida no canal a cabo USA e também da rede aberta NBC. Aos fãs dos panthers, cruzem os dedos!

Women’s Murder Club
Estréia em março na Fox, a série é veiculada na sexta-feira, assim como Moonlight, e não tem um retorno como o esperado pela emissora ABC. Também é sexta-feira á noite, não sei o que os executivos esperam. No entanto, parece que se no retorno agora em abril a série tiver uma audiência boa, a emissora pensará em renová-la. Sinceramente, acho a série mais um drama criminal sem nenhum grande destaque, a única diferença das demais é o aspecto feminino da série. No entanto, sou fã da atriz Jill Hennessy, morena gatíssima protagonista da série.

Aliens in America
Ainda inédito no Brasil, este sitcom sobre um garoto muçulmano estudando nos EUA faz dupla com o sitcom Everybody Hates Chris, mas não estourou como imaginado. É exibido pelo canal CW ainda tem uma audiência muito baixa, como quase todos os programas deste canal, dificultando a renovação da série.

Carpoolers
Exibida pelo Sony, este sitcom é fraquinho e tem um elenco bem abaixo do esperado. Nos EUA tem uma audiência pífia, com certeza deve ser cancelado.

How I Met Your Mother
Por favor, não me assustem colocar aqui HIMYM, como é conhecida pelos fãs; é um disparate. A CBS, canal com maior audiência nos EUA, deve estar ficando louca de cancelar uma série tão inteligente quanto esta, com um humor espirituoso e idas e vindas no tempo. HIMYM é exibida por aqui na Fox Life (alguém tem?) e nos EUA faz parte do bloco de sitcoms da CBS na segunda á noite, onde o grande campeão de audiência é Two and A Half Men. Se for cancelada seria para dar espaço a uma nova sitcom, que poderia arrecadar maior audiência ao canal.

Men in Trees
Exibido pela Warner, que pelo jeito vai ficar sem série alguma com estes cancelamento, a série é exibida na fatídica sexta á noite – observem como este dia é cruel com as séries. Do canal ABC, a série vem patinando na audiência, já mudou até de horário; e para piorar tem muitas críticas negativas.

October Road
Fez um pequeno sucesso quando exibido no mid season americano em 2007, ainda inédito por aqui. A série substituiu o mega sucesso desta temporada, Dancing with Stars, um dos poucos shows que não perdeu audiência nesta temporada. Desde então vem patinando feio na audiência, na média 5 milhões em plena segunda á noite, dia normal de audiência.

Jericho
Exibido pelo AXN, Jericho é na verdade um sobrevivente: exibido nas quartas na temporada passada pelo canal CBS, foi cancelado devido a audiência fraca, conforme o canal; mas, devido a uma movimentação dos fãs (que enviaram amendoins para o canal, referência a uma frase dita no episódio que fechou a primeira temporada), o canal deu uma nova chance a série. Com 7 episódios exibidos no mid season, que iniciou em fevereiro, e mesmo tendo poucas séries com episódios inéditos, Jericho perdeu ainda mais sua já fraca audiência. Agora, exibido ás terças, deve ser o fim da série.

Shark
Exibido pela Fox, na verdade o programa tem uma audiência satisfatória para a CBS num domingo á noite, mas de grande destaque na mídia quando estrou a primeira temporada. Viu seus números diminuírem nesta segunda, efeito que ocorreu em quase todas as séries nesta temporada. Para agravar ainda mais o caso, a co-estrela da série, junto ao fantástico James Woods, a loira Jeri Ryan está gravida de cinco meses e terá que se afastar do show. Assim, não se sabe o que o canal fará com a série, por enquanto.

The Sarah Connor Chronicles
Ainda inédita por aqui, acredito no sucesso da série, dando devido tempo para isso, mas os números em audiência não dizem o mesmo que eu. Quando estreou num episódio exibido no domingo, conseguiu um recorde no horário para o canal Fox, desde então viu sua audiência caindo cada vez mais. Era prevista para fazer dupla na segundas do canal Fox com a série 24 Horas. Como 24 Horas não estreou, acabou fazendo companhia com Prison Break e, mesmo tendo uma audiência maior que este, corre o risco de ser cancelada devido a seu alto custo (efeitos especiais e muitas cenas de ação). Torço pelo contrário.

The Unit
Exibida pela Fox, que não sei onde enfiou a série depois da primeira temporada, nos EUA já está na terceira. Série típica para americano ver, mostra soldados em missões super secretas pelo mundo e suas esposas lidando com o dia-a-dia sem os maridos. Depois de um episódio que se passa no Brasil, e verdadeiramente filmado por aqui, com direito á protagonista e tudo (o ex-presidente de 24 Horas, Dennis Haysbert), que era um verdadeiro samba do crioulo doido, assim como ocorreu com o episódio de CSI Miami passado aqui, desisti da série. Podem cancelar!

Renovações antecipadas

Sit.Com terça-feira, 26 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Semana passada, comentei por aqui sobre as séries que ainda retornam nos próximos meses, após o término da greve dos roteiristas, para, quem sabe, terminar a temporada com um final digno (leia aqui).

Hoje será vez de comentar sobre as séries que já garantiram passagem para a próxima temporada, voltando ou não nos próximos meses, que se inicia em setembro deste ano.

Na Fox americana é certo o retorno de 24 Horas (7ª temporada), mas somente para janeiro de 2009, pois não há tempo suficiente para produzir 16 episódios que seriam necessários para completar a temporada; somente 8 episódios ficaram prontos antes da greve. Além disso, Kiefer “Jack Bauer” Sutherland esteve preso em dezembro por dirigir embriagado, damn it!

Jack Bauer somente em 2009

Por enquanto, sobre as demais séries, a Fox não divulgou nada até porque estas renovações antecipadas se devem mais a uma pré-divulgação das séries do que para notificar os fãs. Normalmente as séries são renovadas pelos canais em meados de Maio. Porém, é quase certeza que séries como Bones, Prison Break (que já poderia ter tido um final digno), House e a estreante The Sarah Connor Chronicles (se o orçamento da série não for muito grande se comparado com sua audiência) devem ser renovadas.

O canal ABC renovou, antecipadamente, a maioria de suas séries. Temos desde as veteranas Desperate Housewives (5ª temporada), Grey’s Anatomy (5ª temporada), Lost (5ª temporada), Ugly Betty (3ª temporada), Brothers and Sisters até as novatas, Pushing Daisies (melhor série estreante desta temporada, com absoluta certeza, não esqueçam a séries estréiam em abril na Warner), Samantha Who?, Private Practice (Onde está esta série? Achava que o Sony exibiria por se tratar de um spin-off de Grey’s.) e Dirty Sexy Money.

O canal CBS renovou também grande parte se sua programação, porém, somente com exceção de The Big Bang Theory, estreante, as demais são as séries policiais já famosas, CSI (9ª temporada), CSI Miami (7ª temporada), CSY NY (5ª temporada), Criminal Minds (4ª temporada), NCIS (6ª temporada), Without a Trace (7ª temporada), Numbers (5ª temporada), Cold Case (6ª temporada), o drama espírita Ghost Whisperer (4ª temporada), e a comédia campeã de audiência Two and a Half Man (6ª temporada).

CSI – Las Vegas: renovação óbvia

Enquanto o canal CW ainda não divulgou nenhuma renovação antecipada, apesar de ser quase certa a renovação de, por exemplo, Smallville, o canal NBC divulgou a óbvia renovação de Heroes (3ª temporada – Villains – com 22 episódios) e dará uma nova chance para as novatas Life (que eu particularmente gosto) e Chuck (que é bem divertida de acompanhar). No entanto, está garantida somente meia temporada de cada uma; isto é, 13 episódios.

Life: cruzando os dedos para a continuação da série

Por enquanto é isto, mas nos próximos meses as redes deverão divulgar suas grades finais; até Maio como mencionei acima. Inclusive, revelando quais serão as novas séries que estrearão no fall season, em setembro de 2008. Pensando bem, o estrago da greve dos roteiristas foi maior do que muitos imaginavam!

Acabou a greve, e agora?

Sit.Com terça-feira, 19 de fevereiro de 2008 – 6 comentários

Na semana passada foi assinado o contrato final entre os sindicatos dos produtores e os roteiristas, estes últimos em greve desde o início de novembro passado. Com o final da greve apenas agora, numa negociação bastante discutida onde muito dinheiro se perdeu nos EUA, fica a pergunta: o que acontecerá com as diversas séries que tiveram suas temporadas interrompidas com a greve?

A primeira impressão que a greve deixou é que esta temporada foi um verdadeiro fracasso para a tevê americana, vinda de anos de shows com altas audiências e muitos elogios. Nenhuma nova série estourou em audiência nestes últimos meses. Talvez, algumas exceções tenham sido a comédia de humor negro Pushing Daisies, com estréia prevista para cá em abril na Warner, e Dirty Sexy Money, já no ar pelo canal AXN. No mais, pouco se fala sobre o retorno de algumas das novas séries. A certeza nesta retomada é iniciar as filmagens de séries já consagradas.

Nesta retomada, os produtores estão procurando dar de 4 a 10 novos episódios para as séries que retornam, dependendo do tempo para filmar cada episódio. Ou seja, nenhuma série nesta temporada atingirá os 22 a 24 episódios normalmente produzidos. Sitcoms são mais rápidos enquanto dramas com filmagens externas, como Lost, demoram mais. As demais séries serão canceladas (veja lista abaixo), retornam na próxima temporada, no fall season americano, a partir de setembro, ou ainda estão com o futuro indefinido.

Para março, já estão com data definida a estréia de New Amsterdam dia 10 com 7 episódios, que possui um piloto fraco; dia 17 retornam os sitcoms da CBS e aqui da Warner, Two and a Half Man, com 9 episódios novos, e The Big Bang Theory, também com 9 episódios;The Riches, estréia sua segunda temporada dia 18 com 7 episódios; Samantha Who ainda com data a definir, restaram 3 episódios inéditos com a intenção de produzir mais 3; CSI Miami, a turma de Horatio Crane retorna dia 24 com 8 novos episódios; Cold Case, retorna dia 30 com 5 episódios; Aliens in America, tem 8 episódios que serão exibidos a partir de 02/03 até 18/05; eMen in Trees tem ainda 11 episódios para serem exibidos a partir de 27/02;

A programação só volta mesmo a esquentar em abril/maio quando a maioria das séries volta com episódios inéditos (por ordem de preferência):

Lost: Mais 5 episódios. O caso de Lost é particular, pois haviam sido produzidos 8 episódios antes da greve (temporada planejada para 16). Com o fim da greve, os produtores resolveram filmar mais 5, mas antes disso a série deixa de ser exibida após o 7º episódio, ficando fora do ar por 6 semanas. Então serão exibidos os 6 episódios restantes, fechando esta incrível 4ª temporada com 13 episódios. Para quem acompanha os episódios pelo canal AXN, a 4ª temporada estréia dia 3 de março;

House: de 4 a 6 episódios;

CSI: retorna 03/04 com 6 episódios;

Grey’s Anatomy: de 4 a 7 episódios;

How I Met your Mother: retorna dia 17/05 com 9 episódios;

CSI New York: retorna dia 02/04 com 7 episódios;

Desperate Housewives: de 4 a 7 episódios;

Criminal Minds: retorna 02/04 com 7 episódios;

Law & Order:SVU: retorna 15/04 com 5 ou 6 episódios;

Ugly Betty: de 4 a 7 episódios;

Bones: retorna dia 14/04 com 9 episódios;

Supernatural: 4 ou 5 episódios;

Gossip Girl: retorna 05/04 com 5 ou 6 episódios;

Reaper: 3 já gravados + 5 episódios serão produzidos para ir ao ar em abril;

30 Rock: retorna 10/04 com 5 episódios;

Battlestar Gallactica: retorna dia 04/04, para sua temporada final com 10 episódios, por enquanto;

Without a Trace: retorna 03/04 com 6 episódios;

Boston Legal: de 6 a 8 episódios;

Brothers & Sisters: de 4 a 5 episódios;

Moonlight: retorna 11/04 com 4 episódios;

ER: retorna dia 10/04 com 6 episódios;

The Office: retorna 10/04 com 5 ou 6 episódios;

My Name Is Earl: retorna 03/04 com 8 episódios;

Scrubs: 4 episódios;

NCIS: retorna 08/04 com 7 episódios;

Numbers: retorna 04/04 com 6 episódios;

Smallville:4 episódios;

Ghost Whisperer: retorna 04/04 com 6 episódios;

Rules of Engagement: retorna 14/04 com 6 episódios;

Por este calendário, provavelmente, os episódios restantes serão exibidos por aqui somente a partir de junho ou julho dependendo do canal.

A seguir as séries que já foram canceladas (devendo esta lista aumentar quando os canais em maio revelam sua programação para a temporada 2008/2009): Journeyman, Big Shots (que irá ser exibida pela Warner), Bionic Woman (será exibida agora em março pelo A&E), Life is Wild (será exibida pela Warner) e Women’s Murder Club (será exibida pela Fox).

Novela ou Tramas Isoladas

Sit.Com terça-feira, 12 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Com o sucesso na virada deste século de séries como Lost, Grey’s Anatomy e Desperate Housewives, os produtores e criadores de séries viram que o espectador estava ansiando por um formato de séries mais, como poderia dizer, novelesca. No caso, com continuidade, a série prende o espectador não deixando-o perder nenhum episódio (apesar de testar a paciência e requerer atenção ao que acontece na série), senão o espectador perde parte do enredo que ocorreu no episódio anterior. Estava criado o famoso bordão do início de qualquer episódio “Previously on…”.

No entanto, desde a temporada passada, séries como The Nine, Six Degrees (criada por J.J. Abrams de Lost) e Vanished, entre outras, que possuíam formato novelinha, em função da baixa audiência foram canceladas e os mistérios e tramas que foram pouco mostrados nos episódios exibidos ficaram no ar com o cancelamento da série. Ainda em Vanished, tentaram dar um fim ao caso do sequestro da esposa de um senador, mas tudo em vão, ficou pior que se tivesse ficado em aberto. Outro caso, já clássico, foi de Reunion, série que a cada episódio mostrava um ano de um grupo de amigos desde a escola até os dias atuais, sendo que haveria um assassino entre eles. Como a série foi cancelada, o mistério em torno da identidade do assassino ficou no ar, criando um evento no mínimo bizarro. O SBT, canal que exibiu na tevê aberta Reunion, como uma minissérie, exibida todos os dias, criou no último episódio uma narração em off que reveleva o assassino (como o criador da série teria revelado), coisa que nem o canal que exibia a série nos EUA fez.

Com estes acontecimentos, acendeu-se um sinal amarelo nos canais americanos: optar por um formato novelinha, mesmo correndo o risco de ver a série ser cancelada e ficar em aberto para quem a acompanha; ou preferir o formato de tramas isoladas que, além de facilitarem o acompanhamento dos espectadores, são muito mais facéis de serem vendidas e comercializadas no resto do mundo?

As séries com tramas isoladas hoje meio que se restrigem: As séries dramáticas policiais (CSI, Cold Case e Criminal Minds), ou jurídicas (Lei & Ordem e Shark), e as sitcoms (Two and A Half Man, The Office e How I Met your Mother. Mesmo assim, quase todas necessitam de um mínimo de fidelidade para acompanhar os eventos e personagens da série, que vão evoluindo conforme as temporadas. CSI é um exemplo de série tipicamente com formato de casos da semana; se modificou e começou a optar por tramas contínuas, como na temporada passada (a sétima); o assassino das miniaturas se revelou somente no último episódio, sendo que suas aparições ocorreram durante toda a temporada. No caso das sitcoms, mesmo possuindo temas ou situações que são exploradas num único episódio, os personagens passam por situações e os roteiros abordam elas ao longo da temporada, portanto, precisa ser acompanhada com certa religiosidade.

Com a greve dos roteiristas, nesta temporada não poderemos tirar alguma conclusão imediatamente, já que a maioria das séries não foi cancelada devido a falta de opções para substituir o que estava no ar. Porém, em pouco tempo deveremos ter uma certa idéia do tipo de formato que mais agrada o espectador em geral.

O tão esperado retorno de Lost

Sit.Com terça-feira, 05 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

Não há como fugir do assunto da semana no mundo televisivo, o retorno da série Lost, exibido nos EUA na última quinta-feira. Ainda que assuntos como a greve dos roteiristas, que estaria terminando segundo fortes rumores (cruzem os dedos, até porque, há somente 8 episódios prontos de Lost, frente aos 16 que deveriam haver) acordo para o término pode ocorrer a qualquer momento até sexta, faltariam somente alguns detalhes, e a final do futebol americano no domingo á noite, com uma audiência de quase 90 milhões de espectadores, dividissem a atenção com o retorno de Lost, o episódio The Beggining of the End (centrado em Hurley), animou o mais descrente fã, pelo menos, espero eu que sim.

A audiência americana correspondeu, o episódio teve 16,1 milhões de espectadores, claro que levando em conta a época de reprises devido a greve, mas o que interessa é o aumento da audiência em comparação ao término da terceira temporada. Para quem acompanha pelo canal AXN, a quarta temporada deve iniciar em meados de março ou abril (depende do fim da greve), e, na rede Globo, a terceira temporada inicia dia 26/02 (claro que a quarta temporada será exibida somente em 2009).

contém spoilers para quem não assistiu o episódio

Como já sabíamos, avisados pelos produtores/roteiristas, Damon Lindelof e Carlton Cuse, a quarta temporada de Lost traria uma mistura dos famosos, mas já cansativos, flashbacks com os flashforwards, narrativa da qual fomos brindados no último episódio da terceira temporada, que levou Jack e Kate, num futuro indefinido, para fora da ilha, e no caso, um profundo arrependimento de Jack. Logo, no início deste episódio, centrado no carismático Hurley, percebemos que seu personagem também saiu da ilha, e a linha temporal da trama se passa antes dos eventos de Jack fora da ilha mostrados anteriormente.

Único momento de felicidade de Hurley no episódio

“Vocês não sabem com quem estão falando! Eu sou um dos Oceanic Six!” (Hurley)

Quem seriam os Ocean Six? Além dos já citados, seriam conforme alguns rumores Sayid, Jin e Sun. A certeza ninguém tem, e esta vacúo entre a chegada dos tripulantes do barco de Naomi e o arrependimento de Hurley e Jack, deve ser o mote desta temporada. Outra frase que me chamou a atenção era a Hurley do flashforward se dizendo arrependido para Jack por ter escolhido o grupo de Locke no momento no qual os losties se separam por divergências entre Jack e Locke.

Charlie testando a sanidade do amigo Hurley

Voltando ao episódio em si, não houve nada de muito surpreendente e nem muita ação, o que para mim não importa muito, mas sim uma coesão dos personagens em torno de uma situação (a morte de Charlie e a divisão dos sobreviventes), uma reclamação de todos os fãs que passavam episódios e mais episódios sem saber de alguns personagens, mesmo que alguns somente tenham aparecido de fundo, os eventos de The Beggining of the End mostraram se preocupar em introduzir os eventos e as entradas dos novos personagens nesta quarta temporada (que acontece neste segundo episódio conforme os trailers divulgados).

Mas, o grande destaque do episódio, além do roteiro equilibrado, foi a incrível e surpreendente atuação de Jorge “Hurley” Garcia, sendo um ator claramente deficiente de dramaticidade e sempre utilizado como alívio cômico na série, Garcia deu a vota por cima neste episódio, depois de quatro temporadas, apresenta uma atuação emocionante e inspirada, seja nos momentos de drama como nos momentos de insanidade (com as aparições de Charlie).

Momentos ? do episódio: quem seria Matthew Abbadon? a princípio uma farsa. O que a aparição Christian Sheppard para Hurley estaria fazendo na casa que lembra a aparição de Jacob? Sem comentários. Quais as intenções dos tripulantes do resgate de Naomi? Nos próximos episódios…

Quais as reais intenções de Matthew Abbadon?

Ainda é muito cedo para sabermos o que está por vir até o oitavo episódio, mas as cartas estão sendo colocadas na mesa e a temporada promete e a expectativa está altíssima, o próximo episódio é Confirmed Dead, centrado nos tripulantes do resgate.

Namaste

Episódios Pilotos de Janeiro

Sit.Com terça-feira, 29 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Estou chegando a conclusão que a greve dos roteiristas iniciou mesmo já no meio do ano passado, e se de fato, ela não estava ocorrendo, o boicote era mesmo criativo pois as séries que estrearam nesta temporada estão deixando a desejar seja pela crítica (ignorem as novidades da tevê a cabo americana, como Damages e Mad Men, só para exemplificar) ou mesmo pelo público (a estreante de maior audiência era o sitcom Samantha Who, exibido pelo Sony, que era apoiado pelo excelentes índices do reallity Dancing with the Stars, quando este terminou, a queda na audiência foi enorme). Nenhuma série estreante estourou e as séries que ainda vão estrear pouco empolgam.

Neste mês de janeiro estrearam duas novas séries, The Sarah Connor Chronicles e Cashmere Mafia, a outra novidade foi o episódio piloto pre-air (liberado antes de ser exibido na tevê) de New Amsterdam.

The Sarah Connor Chronicles

Grande aposta da Fox para sua programação de mid-season, iria fazer companhia com a nova temporada de 24 Horas, o resultado vocês sabem. TSCC, estreou num domingo batendo recordes para o canal Fox, depois retornou para seu horário regular, ás segunda, e perdeu bastante audiência. Não sou um fanático pelo universo de O Exterminador do Futuro, mas, sua mitologia sendo explororada na telinha me parece uma boa idéia. O episódio piloto é muito bom, bastante ação, efeitos e um ritmo alucinante, já o segundo dá uma amenizada na ação para apresentar o novo cenário da série (que inicia após os eventos do segundo filme e dá um salto no tempo) e, no terceiro, a qualidade do texto e as cenas com o Exterminador são muito boas.

A exterminadora, John e Sarah

A idéia de centrar a narrativa em Sarah Connor é imprescindível para o ritmo da série, e a atriz Lena Headey (rainha de Leônidas “Espartaaaa” em 300) está muito bem em cena, possui físico forte e presença carismática. As pitadas de humor ficam por conta do relacionamento entre John Connor (o amigo de Claire na 1º temporada de Heroes) e sua guardiã exterminadora, Cameron, principalmente, no ambiente escolar. Gostei da série somente não sei onde a trama vai chegar devido a greve, aqui no Brasil o canal Warner vai exibí-la, provavelmente, entre abril ou maio.

Cashmere Mafia

Nesta temporada os canais abertos resolveram apostar no público da série de sucesso na tevê a cabo, Sex and the City. Duas séries foram produzidas, uma criada pela autora do livro, Lipstick Jungle ainda não estreou na televisão somente teve seu piloto pre-air baixado na internet (confesso não ter me agradado muito), e a outra tem o mesmo produtor de Sex, Cashmere Mafia. Ambas tem como protagonistas mulheres bem sucedidas no trabalho ás voltas como problemas amorosos, familiares ou qualquer outra coisa.

Elenco de Cashmere Mafia

Confesso que Cashmere Mafia me parece mais promissora que sua concorrente de temática, o grande problema é seu piloto ser recheado de todos os clichês possíveis sobre as mulheres modernas e suas dificuldades de manter harmoniozamente um bom emprego, marido/namorado e família. Fica-se com impressão que o roteirista usou todas a situações já no piloto para ganhar o público mas o que se vê é um amontoado de clichês pouco explorados. Vejam o perfil das protagonistas, são quatro amigas de longa data, publicitária que disputa uma promoção com o noivo, somente um dos dois vai ficar na empresa (adivinhem o final); executiva que não consegue arranjar uma babá para seus filhos; mulher com longo casamento que descobre que seu marido lhe trai; e, para o público moderno, uma mulher com problemas com os homens que começa a questionar sua sexualidade, seria ela lésbica (sim, há beijo lésbico logo no primeiro episódio).

Para quem gosta de ver rostos conhecidos, Cashmere Mafia, é um prato cheio, as protagonistas são Lucy Liu (AS Panteras), Miranda Otto (O Senhor dos Anéis), Frances O’Connor (Inteligência Artificial) e Bonnie Somerville, a mais desconhecida dentre elas.

New Amsterdam

Como eu mencionei no início esta temporada parece ser a temporada da reciclagem, todas as séries se parecem de alguma maneira com séries que estão no ar ou com séries que há pouco terminaram. Em New Amsterdam, drama policial (mais um), temos o personagem de John Amsterdam, ele é um detetive, até então, imortal, que depois de salvar a vida de uma moça indigena em 1642, recebe um presente da própria de não envelhecer até encontrar sua alma gêmea. E acontece que ele encontra essa pessoa em 2007 (obviamente, no episódio piloto ela já surge). A idéia parece e é maluca, no primeiro episódio pode-se notar que esta história de imortalidade deve ser o pano de fundo das tramas policiais investigativas.

John Amsterdam, o protagonista de quase 400 anos

Coincidentemente, outras duas séries estreantes desta temporada contavam histórias similares, em Journeyman, já cancelada, o personagem principal, um policial, através de viagens aleatórias ao tempo, ajudava pessoas no passado e presente, enquanto, em Life, um policial preso injustamente durante anos acusado de homicídio, utiliza de seu novo cargo, detetive, para procurar pelos reais responsáveis pelos assassinatos e quem o incriminou. No entanto, mesmo assim, New Amsterdam poderia contar com uma trama instigante e que prendesse a atenção para acompanharmos os próximos episódios, não é o que acontece, o episódio piloto tem um caso policial fraco e os flashbacks, que serviriam para detalhar o passado do personagem, em nada acrescentam a sinopse apresentada, além de inúmeras questões que ficaram na minha cabeça sem explicação, por exemplo, como o personagem se mantém no cargo de policial sem envelhecer durante as décadas? Ninguém desconfia? Quem sabe seu segredo?

AXN – canal que vai bombar em fevereiro

Sit.Com terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Em fevereiro alguns canais da tevê a cabo começarão a sentir as consequências da greve dos roteiristas americanos, principalmente, os que exibiam séries com pouco intervalo entre a exibição americana e a brasileira. No Universal Channel as séries que já entraram em reprises são House e Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais. O Sony, também, enfrenta isto com as séries Samantha Who, Carpoolers, 30 Rock, Ghost Whisperer, entre outras. No entanto, o canal estará exibindo American Idol e em fevereiro retornam seus carros-chefes Grey’s Anatomy, segunda-feira (04/02) ás 22hs., foram produzidos 11 episódios da quarta temporada que está muito boa e possui o famoso episódio duplo de evento trágico da temporada, e Desperate Housewives, quarta-feira (06/02) ás 22hs., foram produzidos 10 episódios da quarta temporada que está imperdível tendo um episódio com tornado chegando em Wisteria Lane.

A Warner, provavelmente, deixará de exibir episódios inéditos em março pois sua programação de janeiro está em reprise, adiando, quem sabe se a greve terminar até o final deste mês, o máximo os últimos episódios inéditos das séries que exibe. Na Fox que só Deus sabe quando ocorrem as estréias, será reexibido em fevereiro, Burn Notice, exibido a pouco no canal irmão da FOX, FX, dia 19/02 ás 21hs., a única estréia do mês é a segunda temporada de Shark, segunda-feira 25/02 ás 21hs.

Assim sendo, o canal AXN, que normalmente, sempre reestrou seu horário nobre em fevereiro, vai comandar as estréias do mês e, ainda, terá o retorno de seis temporadas de séries que já exibia. O canal AXN, irmão menor do canal Sony, se torna o canal dos drama policiais são ao todo seis séries, sendo que agora exibirá o CSI original e suas duas franquias. Nem parece aquele canal que só exibia séries canadenses e/ou antigas, ou aqueles programas de esportes radicais que ninguém conhece.

Veja como ficará a programação do canal apartir de 11 de fevereiro.

Segunda, dia 11 de fevereiro
20h – CSI: Crime Scene Investigation (8ª temporada, 11 episódios)
21h – Lost (reprise 3ª temporada)

Terça, dia 12 de fevereiro
20h – Dirty Sexy Money (série nova – 13 episódios)
21h – Damages (série nova – 13 episódios)

Quarta, dia 13 de fevereiro
20h – Las Vegas (5ª temporada – 19 episódios)
21h – CSI: Miami (6ª temporada – 13 episódios)

Quinta, dia 14 de fevereiro
20h – CSI: NY (4ª temporada – 14 episódios)
21h – Law & Order: Criminal Intent (7ª temporada – 10 episódios)

Sexta, dia 15 de fevereiro
20h – Criminal Minds (3ª temporada – 13 episódios)
21h – NCIS (5ª temporada – 11 episódios)

Destaques

Para os fãs de CSI (série de maior audiência dos EUA), a série migra do Sony para o AXN, fazendo sua estréia com o eletrizante e diferente episódio sobre a assassina de miniaturas que sequestrou a csi Sara Sidle no último episódio da temporada passada, deixando-a no deserto entre a vida e a morte. Dos demais retornos, destaco o arco de episódios envolvendo o passado do detetive Mack “Mac” Taylor (Gary Sinise), que passa a ser perseguido através de telefonemas mudos sempre ás 3hs. da madrugada, em CSI – NY; a saída do protagonista Mandy Patinkin, o agente Jason Gideon, da série Criminal Minds e a entrada de Joe Mantegna; e o sucesso inquestionável de NCIS, spin off da antiga série Jag (exibida no Universal Channel), que na quinta temporada conseguiu altos indíces de audiência nas terças americanas, batendo séries como House, mesmo não conseguindo muito destaque na mídia ou através de premiações.

Sobre Lost, como a série estréia a quarta temporada nos EUA (não esqueçam que há somente oito episódios prontos) no dia 31 de janeiro, é bem provável, que o canal AXN irá exibí-la em março ou abril;

Damages

Excelente série com mais duas temporadas garantidas (sendo esta primeira com 13 episódios), misto de suspense, drama e bastidores da Justiça (lembra aqueles bons livros de Joh Grishan). Aqui, Glenn Close (fenomenal) interpreta Patty Hewes, uma advogada de litígios famosa pela ambição e por esmagar seus oponentes sem pena. Seu caso mais importante é uma ação civil contra um bilionário arrogante cuja empresa foi á falência. O empresário possivelmente sabia da situação, deu um jeito de lucrar com isso e deixou cinco mil funcionários sem nada. Arthur Frobisher, lógico, clama ser inocente. Patty Hewes é a representante desse grupo de empregados enganado, nos deixando a impressão de que seu objetivo é trazer justiça a todos eles e destruir Arthur.

Outra ponta importante da história é a recém-formada advogada, Ellen Parsons. A série começa com as portas de um elevador se abrindo – toque muito interessante do diretor – e a moça saindo de lá correndo ensangüentada em direção ás ruas de Manhattan. Ela é presa pela polícia local, mas logo há um corte na cena e voltamos seis meses no passado. A partir daí, a narrativa se dividirá entre o que aconteceu e o presente.

Dirty Sexy Money

A série é protagonizada por Peter Krause (Six Feet Under), ele é o advogado Nick George e na primeira cena vemos que ele acabou de perder o pai. O homem também era advogado, e trabalhava para uma família podre de rica: os Darlings. Para eles, devotou a vida, muitas vezes deixando a família de lado. E apesar de Nick ter prometido que nunca faria o mesmo com a sua família, ele não resiste á oferta generosa e vai trabalhar com eles.

Daí para a frente é só alegria: um dos filhos é um farrista drogado, outro é um candidato a senador que transa com travestis, outro é um padre que não tem nada de santo. As filhas também não são flor que se cheire: enquanto uma coleciona maridos, a outra é uma atriz sem talento que tenta o suicídio no primeiro episódio. Para completar a salada, Nick tem certeza que seu pai foi assassinado, e ele deve se envolver cada vez mais com os Darlings (que de queridos não tem nada) para desvendar esse mistério. Além de Krause, a série possui Donald Sutherland (pai de Kiefer “Jack Bauer” Sutherland), William Baldwin (que assim como o irmão Alec, parece estar se saindo muito bem na televisão) e a veterana Jill Clayburgh.

Séries que já podiam ter acabado

Sit.Com terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 7 comentários

Não precisa ser muito observador para notar que com o passar dos anos algumas séries, inevitavelmente, ficam aquém do que já foram algum dia, mas os produtores sem noção não desistem da trama e personagens e fazem os fãs penarem junto a falta de qualidade que a série apresenta. Nem estou falando de séries que duram pouco por não serem compreendidas ou mal adaptadas, mas sim de séries que vêm as temporadas passarem e não sabem o momento de serem interrompidas.

Smallville
Se no início Smallville parecia uma cópia do caso da semana, sempre alguém com super poderes devido a kriptonita, de Arquivo X, logo em seguida, a série soube criar uma mitologia em torno de seus personagens. Claro, que a panaquice de Clark Kent e a chatisse de Lana Lang fazem um contraponto á personagem mais interessante, Chloe, junto ao clã Luthor (que já foi mais interessantenas temporadas anteriores).

oh! casal chatonildo

Atualmente, em sua sétima temporada, Smallville, vive de eventos além da série e seus personagens regulares, como a participação de outros super-heróis, formando a Liga da Justiça, ou mesmo, homenageando antigas personalidades ligadas ao universo do herói, como a participação de atores que viveram os personagens em outras séries e filmes (como o próprio Christopher Reeves, o Superman dos filmes, antes do seu falecimento). No entanto, no que se refere á série, ela vive de altos e baixos, numa mistura de idéias absurdas, como as supostas mortes de Lana e Chloe no episódio final da sexta temporada, com acertos, como o acréscimo da linda Lois Lane e da entrada de outros hérois dos quadrinhos.

E.R. (Plantão Médico)
Um dos maiores exemplos da retomada do sucesso das séries junto á mídia e o grande público, tanto nos EUA quanto aqui no Brasil, lembrem que a série passava no horário nobre da Globo com altos índices de audiência, situação que não ocorre com nenhuma série atualmente em nenhum canal da tevê á cabo, uma pena.

E.R., atualmente, sofre da síndrome do elenco original, ninguém que atuou desde o primeiro episódio se encontra no elenco da atual 14ª temporada, nenhum nome forte como George Clooney, Anthony Edwards ou Noah Wyle representantes do auge da série, estão presentes atualmente. Não que os atuais personagens não dêem conta da série mas, também, o tempo gerou muito repetição de tramas e tragédias que ocorrem na emergência.

Como drama médico E.R. vive dos casos e pacientes que surgem na emergência, logo, há arcos ou episódios especiais muito bons que contam com participações especiais de grandes atores como Forest Whitaker, Satnley Tucci e Sally Field, somente para citar alguns pois já não acompanho a série como antigamente.

24 Horas
Não, eu não acho que 24 Horas esteja na hora da terminar sua história na tevê, no entanto, com esta sexta temporada (que inicia em breve na Globo, e já exibida nos Eua e na Fox brasileira), a série mostrou que o tempo desgasta, seja qual for sua trama ou qualidade, não esquecendo que a 5ª temporada é considerada uma das melhores junta a primeira.

momento de se reinventar

O grande problema da série é a reciclagem das tramas a exaustão que nunca ficam muito diferente de, no caso de 24 Horas, Jack Bauer salvando os Eua de uma ataque terrorista (vindo de arábes, europeus e, também, americanos) sem as autoridades acreditarem em suas investigações e com bandidos infiltrados em alguma agência, normalmente, a própria CTU, na qual trabalha Jack.

cenas da próxima temporada, se a greve permitir

Tenho esperança que, se a greve dos roteiristas permitir, a sétima temporada de 24 Horas, que muda de ares, se passa em Washigton com Jack respondendo por suas atitudes ao Senado americano, tendo como presidente uma mulher, um novo elenco, somente a querida nerd Chloe, sem o marido chato, volte ao patamar de melhor série de ação da atualidade.

Séries que deixaram saudades

Sit.Com terça-feira, 08 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Esse momento de intervalo nas séries e a dúvida do retorno da greve dos roteiristas serviu para me lembrar de diversas séries que eu gostaria que não tivessem acabado, deixando saudades, mesmo sabendo que a queda da qualidade da série é inevitável pelo desgate do tempo.

Falando em nostalgia a primeira que me vem a mente a comédia com toques dramáticos Anos Incríveis (The Wonder Years), exibida por aqui no canal Multishow e na Rede Cultura, que contava a infância e adolescência de Kevin Arnold junto á sua família e seus amigos (Paul e, sua eterna namoradinha, Winnie). Foram seis temporadas de muitos assuntos relacionados ao universo jovem (amores, escola, amizade e família) tendo como pano de fundo as transformações na sociedade americana no final dos anos 60 e no início dos anos 70, como a Guerra do Vietnã, por exemplo. Para quem não lembra, Kevin, ja adulto, somente narrando em off, relatava seus sentimentos e impressões sobre as coisas que o rodeavam. Particularmente para mim, na época no qual assistia a série eu tinha a mesma idade do personagem de Kevin, sendo assim pintava um lance de identificação frente aos acontecimentos e situações que Kevin enfrentava. E lá se foram duas décadas desde a estréia desta inesquecível série.

Quase na mesma época eu começava a acompanhar uma série de suspense com toques de ficção sobre uma dupla de agentes, ela descrente de qualquer possibilidade de eventos sobrenaturais enquanto ele, queria encontrar a verdade e acreditava que a verdade estava lá fora. A série, obviamente, é Arquivo X, série aclamada pela crítica e público, exibida por aqui pelo canal Fox e pela rede Record, foram nove temporadas cheias de eventos sobrenaturais, demonstrações de fé, conspirações governamentais e alienígenas. O grande trunfo da produção eram os episódios duplos e triplos envolvendo as questões pertinentes á mitologia da série (a eterna procura de Mulder por respostas á abdução de sua irmã) intercalados com episódios “o caso policial bizarro da semana”, os roteiros sempre privilegiaram a inteligência dos diálogos e os personagens fortes, graças ao criador da série, Chris Carter (que não vingou mais nenhum projeto depois de Arquivo X e Millennium).

Pôster que ficava na parede do escritório do agente Fox Mulder

O sucesso da série foi tanto, mesmo sendo um pouco ofuscado após a saída do ator David Duchovny, coração da série, na sétima temporada, ressurgindo somente para fechar o arco final da série na nona e última temporada, que este ano será lançado o segundo filme com a dupla de agentes, espero com ansiedade pois, depois de Arquivo X, nenhuma série com temática similar conseguiu arrebatar os fãs originais, talvez com muita boa vontade, mais pelo clima sombrio do que pela temática, Supernatural seja a série mais parecida atualmente com Arquivo X, apesar de claramente dirigida ao público jovem.

Outras duas série que também foram adiante do tempo onde eram excelentes, tornando-se, somente boas por, principalmente, reciclarem suas próprias histórias, literalmente, as tramas não evoluíam de maneira satisfátoria foram: ALIAS e Ally McBeal. Atualmente, nenhuma série de ação consegue chegar aos pés da excelência de roteiros e cenas de luta da primeira e segunda temporada de ALIAS, a agente recrutada Sydney Bristow, se viu envolvida nos mais diversos problemas referentes ao mundo da espionagem e, ainda, tinha que enfrentar problemas familiares como descobrir que sua suposta falecida mãe estava viva, e seria sua inimiga, seu noivo assassinado, seu chefe lhe enganando, seu pai lhe omitindo informações, tudo era uma loucura. Criada por J.J. Abrams, de Lost, ALIAS tinha como protagonista Jennifer Garner, hoje voltada para a carreira nos cinemas, e contou com inúmeras participações de atores conhecidos como Ethan Hawke, Isabella Rossellini, Sônia Braga até mesmo do diretor, Quentin Tarantino, fã confesso da série.

Um dos inúmeros disfarces de Sidney Bristow

Já Ally McBeal, criação de David E. Kelly, roteirista e produtor de diversas séries como Boston Legal e O Desafio, é uma versão do que hoje representa Grey’s Anatomy, um grupo de pessoas que dividem um espaço profissional (no caso, um escritório de advogados) envolvidos com os casos dos clientes e os problemas e amores entre eles. Uma das primeiras comédias dramáticas com uma hora de duração, Ally McBeal tinha o diferencial para o curioso efeito da mostrar o que a protagonista pensava, como por exemplo, cabeça dela vermelha de raiva ou seu corpo diminuindo de tamanho por vergonha. Era uma série muito bem escrita e interpretada, com um bônus para o lado musical (recheado de excelentes músicas) embaixo do prédio onde se localizava o escritório, existia um piano bar onde todos se reuniam, tanto que a cantora Vonda Sheppard entrou para o elenco principal de série devido a suas participações, outros cantores que participaram foram, Sting, Mariah Carey, Tina Turner, Bon Jovi e a figura Barry White.

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