Overdose Sci-Fi: Dossiê Arquivo X

Sit.Com terça-feira, 20 de maio de 2008 – 2 comentários

Claro que para o Overdose Sci-Fi poderiam ter escolhido qualquer série, principalmente algo mais do gênero ficção científica, mas como esquecer da série que há mais de 10 anos mexeu com as estruturas do gênero – mesmo sendo apenas uma série televisiva – Arquivo X? Pode não ser a série predileta de críticos, porém valorizou e popularizou um gênero que andava em baixa em Hollywood. No entanto, abraçou também o sobrenatural, o terror e as conspirações governamentais.

A série conta a história de dois agentes do FBI que procuram cegamente pela verdade. Durante os 9 anos em que os agentes trabalham com os arquivos X (arquivos sem explicação “abandonados” pelo FBI), eles já se depararam com ETs (o assunto principal da série), conspirações governamentais, e todo o tipo de prova, rapidamente omitidas, de que o governo dos Estados Unidos está escondendo a verdade do povo: ETs existem e pretendem invadir a Terra e colonizar a raça humana.

Os Personagens

Um dos grandes trunfos de Arquivo X, são o agente especial Fox Mulder (David Duchovny) e a agente especial Dana Scully (Gillian Anderson). Mulder era considerado um dos melhores agentes do FBI, até achar os arquivos X. Traumatizado pela perda da irmã, que foi abduzida quando ele tinha 12 anos, ele se interessou e muito por tais arquivos. O cara era meio paranóico, se assim quiserem chamar, acreditava em absolutamente tudo, desde lobisomens até formigas comedoras de gente, portanto passou a investigar tais arquivos que outros agentes do FBI não queriam investigar por sua natureza sobrenatural. Os seus colegas passaram a chamá-lo de “o estranho”, desde então.

Scully, que então lecionava na academia do FBI, foi designada para trabalhar com Mulder, dar uma explicação racional para cada caso, e assim, quem sabe, tirar Mulder dali. No entanto isso foi meio impossível de se fazer, simplesmente porque não havia explicação racional para tais casos. Scully acabou as poucos acreditando nas teorias de Mulder (sem nunca deixar de dizer “Deve haver uma explicação científica pra isso”).

Walter Skinner (Mitch Pileggi) – O diretor-assistente do FBI é o supervisor dos agentes Mulder e Scully. Por muitas vezes durante as primeiras temporadas ele se mostrou contra as ações de Mulder, mas essa postura mudou bastante. Skinner percebeu, a partir do seqüestro de Scully, que não podia confiar no sistema do qual fazia parte. Em Avatar, o primeiro episódio centrado nele, Skinner é acusado de um assassinato que não cometeu, meticulosamente planejado para incriminá-lo. Torna-se um aliado importante em Anasazi, sem o qual os agentes não teriam sobrevivido.

Canceroso (William B. Davis) – Mitológica figura dentro da principal trama da série, Canceroso representa o poder do governo americano, a necessidade de se esconder indícios ou fatos que “a humanidade não deve saber, para não causar um desespero global”. Ele, sem dúvida, sabe de tudo o que diz respeito á Verdade que Mulder tanto busca. Mandante até de mortes (em nome da América, é claro), frequentava sempre o escritório de Skinner ou mostrava-se reunido com o “Consortium” (conselho de conspiradores que aparece em vários episódios), fumando seu cigarro. Ele tem uma história bastante confusa, o pouco que sabemos dele é que, juntamente com o pai de Mulder (que era ligado ao governo) e alguns outros homens de importância, foram os responsáveis pela maior parte das ações do governo americano durante a infância do agente. Os episódios dão a entender que Bill Mulder quis se desvincular do grupo ao saber quais os propósitos do governo em relação ao seu trabalho (ligado á catalogação de DNA, como pode ser visto na trilogia de Anasazi), e para evitar que o mesmo revelasse os projetos a outros, teriam seqüestrado a irmã de Mulder, Samantha. Na verdade, Bill e C.G.B. Spender (o nome de Canceroso) estavam a par da negociação do governo com os alienígenas, e a questão do seqüestro foi uma garantia dada pelos humanos de que a aliança com os extraterrestres seria verdadeira.

Frohike, Byers e Langly – são membros do grupo Pistoleiro Solitário, que produz o fanzine “The Magic Bullet”, relacionado a conspirações governamentais e acobertamentos do mesmo governo. Seus membros são “teóricos da paranóia”, pois vêem a conspiração que pregam em todo lugar. Eles também constituem uma fonte de informações para Mulder, no que diz respeito a computadores e relatos de outros paranóicos dos EUA, que se comunicam com os rapazes do Pistoleiro. O sucesso dos personagens foi tanto, principalmente como alívio cômico, que Chris Carter (criador da série) criou uma série só deles que, infelizmente, rendeu apenas 13 episódios.

Agente John Doggett (Robert Patrick, foto) – Introduzido na oitava temporada, no episódio Within (Por Dentro). Ele é interpretado por Robert Patrick, que é o terceiro personagem a integrar os créditos da série. O que sabemos de Jonh Jay Dogget? Não muito, hão há como explicá-lo melhor, porque não os conhecemos, ainda. Carter o apresentou como um homem máculo. Ele é um ex-policial e ex-fusileiro naval também. Pensa que todos os casos podem ser resolvidos nos métodos corretos de investigação. Ele é totalmente cético e Tem de ver, tocar, cheirar e testar para acreditar. ao contrário da Scully, seu ceticimo não é baseado na ciência. Outros adjetivos para Dogget: inteligência e honestidade. Pudemos ver que um grande mistério habita a vida de Jonn Dogget: seu filho foi raptado, sumiu, e apesar de seus esforços, o agente não o encontrou, e esse mistério ainda irá aparecer nos casos de Arquivo X.

Alex Krycek (Nicholas Lea) – Agente especial, fora designado para trabalhar com Mulder a partir do episódio Sleepless, mas a aparente confiança que ele deveria despertar foi-se logo no final do mesmo. Na trilogia Duane Barry, ele mostra bem o seu lado: tenta matar Mulder, mata Duane a fim de incriminar Mulder e some sem dar satisfação alguma. Na verdade, o agente frio e calculista foi o principal executor dos planos do Canceroso. Matou também o pai de Mulder, roubou a fita digital de Skinner em Anasazi e, depois de escapar de um atentado visando matá-lo, resolveu vender os segredos do governo. Reapareceu em Piper Maru/Apocrypha, servindo como “meio de transporte” para uma gosma preta alienígena poder chegar até a sua nave. Já na quarta temporada, em Tunguska/Terma, surgiu novamente e, com o discurso de que iria ajudar Mulder a se vingar dos que tinham matado o pai dele, quase matou o agente outra vez. Mas aqui ele teve o seu merecido castigo: perdeu o braço, cortado a sangue frio .

Annabeth Gish (Monica Reyes, foto) – A agente Especial Monica Reys – Annabeth Gish, integra a série no 14º episódio -“This is Not Happening”, da 8ª temporada, para ajudar na busca por Mulder. O passado da nova personagem como agente em New Orleans envolve investigações de crimes ritualísticos e de cultos satânicos. Ela também teve um histórico com o agente John Doggett.

Garganta Profunda (Jerry Hardin) – Nome dado por Mulder a um de seus informantes durante o primeiro ano da série. No episódio The Erlenmeyer Flask, Garganta foi assassinado numa negociação perigosa. É dele um dos lemas da série, “Não confie em ninguém”, que representa a necessidade de Mulder estar sempre vigilante quanto áqueles que o cercam. Muitos não gostaram do fato dele ter morrido, mas Carter afirma que teve de fazer isso para mostrar que “ninguém é insubstituível” no seriado. Garganta era um informante que passava a Mulder fotos e documentos secretos, e muitas vezes norteava as investigações do agente. Além disso, ele manipulava Mulder não poucas vezes, o que de fato deve ter influenciado muito a Carter na decisão de tirá-lo do seriado

Mr. X (Steven Williams) – Tornou-se o informante de Mulder após a morte do Garganta. Portanto, apesar da necessidade de se desvincular a série dos informantes, ainda assim Arquivo X precisava de alguém que pudesse passar a Mulder informações secretas. E o “X” foi o canal. Para chamá-lo, Mulder usava duas tiras de fita adesiva no vidro de sua janela, formando a letra “X”. X é praticamente o oposto de Garganta: enquanto o último era mais calmo, reservado, X é violento e perigoso. Seria capaz de matar qualquer um (qualquer um mesmo) que interferisse em seus propósitos. Tem extremas habilidades em armas e lutas (um exemplo é a cena entre ele e Skinner em um elevador, no episódio End Game), o que torna-o ainda mais perigoso. Suas aparições no entanto foram extremamente raras, o que contribuiu para o bom-senso da série. Portanto, em casos muito especiais, Mulder chama o X para alguma ajuda.

Tramas

Abordando temas tais como teorias da conspiração envolvendo alienígenas, encobrimentos governamentais de alto nível e paranormalidade, a série conseguiu conjugar características de séries como A Quinta Dimensão, Além da Imaginação e Twin Peaks. Os episódios da mitologia da série ocorriam principalmente nos finais de temporadas e em algum momento do meio da temporada, normalmente contando com episódios duplos ou triplos para o desenvolvimento da história. Estes episódios contavam com tramas mais dramáticas, incluindo mortes de pessoas próximas aos agentes e revelações (mesmo que a conta-gotas) dos grandes segredos que envolviam os mistérios da trama.

Vários questionamentos foram colocados ao espectador, durante os nove anos de produção de Arquivo X, como, por exempo:

1 – O que aconteceu com Samantha Mulder, na infância de Mulder?
2 – Quem faz parte do governo secreto? E qual a real intenção dos informantes de Mulder?
3 – Eles estão mesmo aliados com aliens?
4 – O que de fato é o “Sindicato das Sombras”?
5 – Qual o papel do pai de Mulder na conspiração?
6 – O “Canceroso” é o verdadeiro pai de Mulder?
7 – O que é o óleo negro?
8 – Quem são os seres sem face, caçadores de recompensa?
9 – O que são os Supersoldados?

Os episódios de Arquivo X variavam entre estes centrados na conspiração, mas no decorrer natural da temporada eram abordados freqüentemente temas mais místicos, como satanismo, relato de aparições de fantasmas, em episódios que ficaram conhecidos como “monstros da semana”. Além deles, houveram diversos episódios de tom mais leve, com ênfase no humor. Vale lembrar que nestes episódios isolados, Arquivo X, contou com roteiros escritos pelos mestres da literatura de horror, Stephen King e Clive Barker (ambos fãs declarados da série).

Infelizmente, na sétima temporada começaram a surgir problemas, devido ao estrelismo de David Duchovny, que resolveu afastar-se da série para investir na sua carreira cinematográfica (que não rendeu muito ao ator, que somente agora, voltando a televisão com a série Californication, conseguiu arrebatar elogios novamente). Após muita insistência de Carter, ele acabou assinando contrato para participar de metade da oitava temporada. Mas isso levou ao surgimento de um novo agente para trabalhar com Scully na ausência de Mulder: John Doggett. Algum tempo depois, foi a vez da agente Mônica Reyes, que na oitava temporada participa de apenas alguns episódios. Além de novos personagens, isto também levou ao surgimento de novas tramas que não ficaram muito bem encaixadas na mitologia da série, como o filho de Scully e os Supersoldados. No nono ano, Dogget e Mônica passaram a ser definitivamente a nova dupla, com Scully sendo apenas uma espécie de consultora deles. Fox Mulder só retornou no episódio final da série que explica, detalhadamente, o que foi a conspiração.

Mídias

Se houvesse internet, orkut e fóruns como hoje em dia, possivelmente, a interação entre a série e seus fãs seria tão grande como ocorre com Lost. Mesmo assim, Arquivo X angariou milhões de fãs pelo mundo, criou marcas como Excers (para os fãs da série) e outros nomes específicos do universo da série como Shippers (para os fãs que torciam pela união amorosa dos protagonistas). A série no que pode aproveitar rendeu games, livros com narrativas de episódios ou mesmo tramas inéditas.

Outro tipo de livro que Arquivo X rendeu foram os livros que relatavam os bastidores de cada temporada com guia de episódio e curiosidades de cada um, além de diversas entrevistas com todos os envolvidos na produção (nem preciso dizer que tenho 3 livros aqui na minha coleção).

Enfim, Arquivo X começou timidamente mas se tornou uma febre mundial nos anos 90. Apesar da perceptível queda na qualidade da série em suas últimas temporadas, mesmo nelas encontramos episódios excelentes, acima da média do que se produz na televisão mundial. Portanto, Arquivo X pode, merecidamente, ser considerada uma das melhores séries de TV em todos os tempos.

Calendário dos finais de temporada

Sit.Com terça-feira, 13 de maio de 2008 – 0 comentários

Como já é de costume, o mês de maio é o mês no qual as temporadas das séries americanas encerram suas temporadas ou têm seu final definitivo. Algumas séries já tiveram seu final decretado e nas próximas semanas os canais anunciam seus retornos e suas estréias para a próxima temporada. Aqui no Brasil, a maioria das séries terão suas season finale em junho e julho, conforme forem ocorrendo faço um balanço de algumas séries.

Já tiveram suas season finales, as sitcoms 30 Rock, Scrubs, Samantha Who e os dramas Medium (que estreou esta semana no canal Sony) e Brothers & Sisters. Veja quando sua série termina nos Eua (sorry, se você acompanha na tevê), monte seu calendário e abra espaço no seu HD.

Terça-Feira, 13 de Maio

Women’s Murder Club (canal ABC) – 1ª Temporada: 13 episódios (pode ser o season ou series finale, conforme jornalistas americanos a série deverá ser cancelada)

Law & Order: SVU (canal NBC) – 9ª Temporada: 18 episódios (sucesso de audiência, deve garantir mais uma temporada)

Quarta-Feira, 14 de Maio

‘Til Death (canal FOX americano) – 2ª Temporada: 14 episódios (mesmo com baixa audiência deve ser renovado)

Back to You (canal FOX) – 1ª temporada: 14 episódios (Series Finale)

Quinta-Feira, 15 de Maio

CSI (canal CBS) – 8ª Temporada: 17 episódios (confirmadissíma para a próxima temporada)

Without a Trace (canal CBS) – 6ª Temporada: 18 episódios (também deve ser renovado)

Smallville (canal CW) – 7ª Temporada: 20 episódios (já renovado para sua, provável, última temporada, no entanto, sem Lex Luthor)

Supernatural (canal CW) – 3ª Temporada: 16 episódios (já renovado)

My Name is Earl (canal NBC) – 3ª Temporada: 21 episódios (especial de uma hora de duração)

The Office (canal NBC) – 4ª Temporada: 14 episódios (especial de uma hora de duração)

ER (canal NBC) – 14ª Temporada: 19 episódios (já renovado para sua provável, última temporada, será?)

Sexta-Feira, 16 de Maio

Ghost Whisperer (canal CBS) – 3ª Temporada: 18 episódios

Moonlight (canal CBS) – 1ª Temporada: 16 episódios (pode ser renovada)

Numb3rs (canal CBS) – 4ª Temporada: 18 episódios

Domingo, 18 de Maio

Desperate Housewives (canal ABC) – 4ª Temporada: 16 episódios (especial de duas horas de duração)

Everybody Hates Chris (canal CW) – 3ª Temporada: 22 episódios (já renovado)

Aliens in America (canal CW) – 1ª temporada: 18 episódios (Series Finale)

The Game (canal CW) – 2ª Temporada: 20 episódios

Segunda-Feira, 19 de Maio

The Big Bang Theory (canal CBS) – 1ª Temporada: 17 episódios (já renovada)

How I Met Your Mother (canal CBS) – 3ª Temporada: 20 episódios (provavelmente será renovado, season ou series finale)

Two and a Half Men (canal CBS) – 5ª Temporada: 19 episódios (já renovada)

Rules of Engagement (canal CBS) – 2ª Temporada: 15 episódios (season ou series finale)

CSI: Miami (canal CBS) – 6ª Temporada: 21 episódios

Gossip Girl (canal CW) – 1ª Temporada: 18 episódios (quase certa sua renovação)

One Tree Hill (canal CW) – 5ª Temporada: 18 episódios

Bones (canal FOX) – 3ª Temporada: 15 episódios

House (canal FOX) – 4ª Temporada: 16 episódios (renovação garantida)

Terça-Feira, 20 de Maio

NCIS (canal CBS) – 5ª Temporada: 18 episódios (especial de duas horas de duração)

Shark (canal CBS) – 2ª Temporada: 16 episódios (na corda bamba, pode ser cancelado)

Reaper (canal CW) – 1ª Temporada: 18 episódios (possivelmente renovado, season ou series finale)

Quarta-Feira, 21 de Maio

Boston Legal (canal ABC) – 4ª Temporada: 20 episódios (renovado)

Criminal Minds (canal CBS) – 3ª Temporada: 20 episódios

CSI: NY (canal CBS) – 4ª Temporada: 21 episódios

American Idol (canal FOX) – 7ª Temporada (especial de duas horas de duração)

Law & Order (canal NBC) – 18ª Temporada: 18 episódios

Quinta-Feira, 22 de Maio

Ugly Betty (canal ABC) – 2ª Temporada: 18 episódios (renovada)

Grey’s Anatomy (canal ABC) – 4ª Temporada: 16 episódios (especial de duas horas de duração)

Terça-Feira, 27 de Maio

According to Jim (canal ABC) – 7ª temporada: 18 episódios (Series Finale)

Quinta-Feira, 29 de Maio

Lost (canal ABC) – 4ª Temporada: 13 episódios (especial de duas horas de duração, renovada até a 6ª temporada)

Fenômeno da Temporada: Queda Geral de Audiência

Sit.Com terça-feira, 06 de maio de 2008 – 1 comentário

A temporada 2007/08 das séries americanas entrará para a história como uma das temporadas mais turbulentas em termos de programação e de audiência. O que chama mais minha atenção ainda, é que tanto a qualidade das séries como a audiência vinha numa crescente desde os últimos cinco anos com a explosão de séries policiais (C.S.I. e sua franquia), de séries dramédias (Grey’s Anatomy e Desperate Housewives), um fenômeno de mídia (Lost) e de reality shows (American Idol e Dancing with the Stars).

Maior audiência entre as séries

No entanto, se os canais já se consideravam prejudicados pela – interminável – greve dos roteiristas, a questão se complicou ainda mais quando se observou (atráves de índices de audiência) que com a volta da exibição de episódios inéditos a partir de abril a maioria das séries perdeu uma parcela de audiência considerável.

Exemplo disso: séries como C.S.I. que tinham de 22 á 25 milhões de espectadores por episódio viram seus números despencarem para os atuais 18, no máximo, 20 milhões de espectadores a cada semana. Mas isto não aconteceu somente com as séries, o grande líder da audiência americana, American Idol, rendia na temporada passada facilmente de 27 á 30 milhões de audiência, teve que se contentar com seus atuais 22 á 25 milhões.

Será que a fórmula já se esgotou?

Parece que a greve dos roteiristas fez o espectador habitual perder o costume de acompanhar suas séries durante a semana (o que se justifica já que os episódios inéditos ficaram sendo exibidos aos poucos em alguns casos). Além disso, cada vez mais os americanos têm acesso ao sistema TiVo (de gravar simultaneamente os programas enquanto se assiste a outros) e os já famosos downloads, através da internet. Todos estes fatores podem ser apontados – juntamente com a qualidade atual das séries – como indicativo desta queda geral de audiência.

Outro fenômeno no mínimo curioso desta temporada é que nenhuma série estreante conseguiu chamar a atenção suficiente do grande público. Exemplos como Pushing Daisies, queridinho da mídia (e meu também) e da sitcom Samantha Who (que somente conseguiu algum destaque graças a sua exibição após Dancing with the Stars, lhe entregando uma audiência enorme mas, sem o reality lhe precedendo, a audiência da série despencou), são casos isolados, as demais séries parecem ter passado em branco este ano.

Minha série estreante favorita

No entanto, os diretores dos canais não parecem muito preocupados com isto, pois a atual situação não deve ser contornada tão cedo. Em virtude da greve, uma grande maioria das séries já havia sido renovada antes mesmo do fim da mesma, portanto, teremos poucas estréias no próxima temporada. Claro que com um aumento de marketing (atraindo os espectadores novamente) e uma ajuda extra dos roteiristas este painel pode se modificar. As perguntas que “não querem calar”: quando isto acontecerá? E de que maneira atrair espectadores que perderam interesse em séries já conhecidas do mesmo?

As Novidades de Maio

Sit.Com terça-feira, 29 de abril de 2008 – 3 comentários

Como está se tornando hábito, todo mês os canais mais populares de séries estréiam séries e temporadas durante todo o ano, ao contrário do que ocorre com os canais americanos que estréiam séries, em sua maioria, no fall season (setembro e outubro) e no mid season (início do ano).

Vamos ás novidades:

AXN

Na verdade a única estréia do canal é a volta de episódios inéditos de Lost em 19/05, com apenas poucas semanas de diferença em relação aos EUA. O nono episódio (The Shape of Things Come) estreiou na quinta passada, diga-se de passagem, um episódio muito bom. A temporada terá mais 4 episódios até o final de maio, fechando a 4ª temporada com 13 episódios.

As demais séries, Criminal Minds, CSI: Crime Scene Investigation, CSI: Miami, CSI: NY e NCIS continuam tendo episódios inéditos exibidos toda semana, até o final de suas temporadas. As séries terão menos episódios neste ano, em virtude da greve que interrompeu a produção de novos episódios. Já Las Vegas continua com novos episódios até o início de julho, quando vai ao ar 19º episódio da quinta e última temporada da série. Dirty Sexy Money, Law & Order – Criminal Intent estão em reprise devido ao término das temporadas por causa da greve e Damages, excepcional, é uma série com somente 13 episódios, terminando agora dia 06/05.
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Fox

Se você aguentar a dublagem!

Estréia no dia 13 de maio, terça-feira, ás 21h, Saving Grace. No elenco, Holly Hunter, vencedora de um Oscar por O Piano. Na série ela faz o papel de uma detetive da polícia de Oklahoma de comportamento autodestrutivo que vê sua vida mudar ao ser salva por um anjo. A série já foi renovada para uma segunda temporada.

Outra estréia é o drama Journeyman. Estrelada por Kevin McKidd, o Lucius Vorenus da série Roma, a série mostra um homem que descobre que pode viajar pelo tempo, mudando a vida das pessoas. Journeyman teve 13 episódios exibidos nos EUA pela rede NBC e estréia no dia 28 de maio, quarta-feira, ás 21h. A série substitui Women’s Murder Club na grade do canal.

E o retorno de Bones, na segunda-feira, dia 19 de maio, ás 21h. Entre outras novidades, a nova temporada traz um arco envolvendo um serial killer que constrói um corpo com ossos de diferentes pessoas e acrescenta um psicólogo para tratar do “casal” Booth e Temperance, sempre caindo para o lado cômico. Para a estréia de Bones, a Fox irá tirar Shark do ar antes do final da temporada – a interrupção acontecerá no mesmo ponto em que o seriado parou nos EUA, onde ficou três meses fora do ar, em função da greve de roteiristas.

No domingo, dia 25, ás 20h30, chega ao canal a 19ª temporada de Os Simpsons. Com 20 episódios, a nova temporada abre com o episódio He Loves To Fly and He D’oh, que tem participações do cantor Lionel Ritchie e do comediante Stephen Colbert. Ao longo da temporada passarão pela série atores como Topher Grace (That ´70s Show) e Julia Louis-Dreyfus (The New Adventures of Old Christine), cantores como Placido Domingos e Weird Al Yankovic e até mesmo o cultuado roteirista de histórias em quadrinhos Alan Moore.
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Sony

O sony estréia duas novas temporadas de séries:

Na segunda, 12 de maio, ás 21h00, chega a 4ª temporada de Medium. Nos novos episódios, o mundo de Allison (Patricia Arquette) e de sua família são virados de cabeça para baixo após as habilidades dela como médium serem expostas ao público, resultando em grandes mudanças profissionais e pessoais.

Uma das novidades do quarto ano (que terá 15 episódios), indo muito bem de audiência, garantindo sua renovação, é a participação de Anjelica Huston, atriz vencedora do Oscar, como Cynthia Keener, uma investigadora de uma empresa chamada “Ameritips” que faz um acordo com Allison para utilizar as habilidades dela na solução de crimes. Huston vai participar de pelo menos seis episódios da série.

Na sexta, 16/05, ás 20h00, é a vez da 7ª temporada de According to Jim. No episódio de estréia, Jim (Jim Belushi) fica furioso ao descobrir que Cheryl (Courtney Thorne-Smith) está participando de um clube de jantares festivos e decide questionar o “idiota” que inventou as mulheres. A partir daí, ninguém menos que o Todo Poderoso (vivido por Lee Majors, “The Six Million Dollar Man”) aparece para se defender perante Jim. Mesmo não tendo uma grande audiência – muito pelo contrário – a série terá 18 episódios, e pode ser renovada.
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Warner

Estréia na terça, 06 de maio, ás 22h00, a aguardada série sci-fi Terminator: The Sarah Connor Chronicles, série baseada na franquia de filmes “O Exterminador do Futuro”. No final de “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”, Sarah Connor derrotou o Exterminador que foi mandado do futuro para matar o filho de 15 anos dela, John. Sarah (Lena Headey, “300”) e John (Thomas Dekker (“Heroes”, “7th Heaven”) agora se vêem sozinhos num mundo perigoso e complicado. Fugitivos da lei, eles são confrontados com a realidade de que mais inimigos do futuro e do presente poderão atacá-los a qualquer momento. Sarah pára de fugir e decide reagir contra os inimigos que sempre estão evoluindo tecnologicamente e estão determinados a destruir a vida dela — e talvez o mundo. John sabe que ele talvez seja, no futuro, o salvador da raça humana, mas ele ainda não está pronto para assumir a liderança que lhe foi dita que seria o seu destino. A única amiga de John é Cameron (Summer Glau, “Firefly”), uma enigmática aluna da sua escola que provará ser uma destemida protetora dele e de Sarah. E eles também terão um poderoso aliado no inteligente e agressivo agente do FBI James Ellison (Richard T. Jones, “Ally McBeal”, “Nova York Contra o Crime”). Vale uma espiada, a série já foi renovada, tem bons efeitos mas requer uma visita á locadora para relembrar a história de O Exterminador do Futuro 1 e 2.

Na quarta, 07/05, ás 23h00, estréia o novo drama Big Shots. Com um elenco estrelar, a série é focada em quatro competitivos empresários de Nova York que procuram refúgio na amizade deles, discutindo negócios, confidenciando segredos, pedindo conselhos e apoiando uns aos outros nas reviravoltas e altos e baixos da vida. James Walker (Michael Vartan, “Alias”) é o centro moral do grupo, mas sua vida profissional quase desmorona por um instante, graças á uma reestruturação nas Indústrias AmeriMart e uma revelação surpreendente sobre sua mulher. Brody Johns (Christopher Titus, “Titus”) é o vice-presidente da Alpha Crisis Management, mas ele sabe que sua mulher irá julgá-lo apenas pela organização da festa de aniversário dela. Karl Mixworthy (Joshua Malina, “The West Wing”) é o doce e muitas vezes estressado presidente de uma grande empresa farmacêutica que tem uma mulher adorável — e uma amante que começa a monopolizar todo o tempo livre que ele consegue ter. E Duncan Collinsworth (Dylan McDermott, “O Desafio”) é o sexy e divorciado presidente da Cosméticos Reveal que descobre que sua vida pessoal está ameaçada por rumores de uma indiscrição (verdadeira) que poderá acabar com tudo o que ele já conquistou.

A série não engrenou, teve apenas 11 episódios produzidos devido á greve dos roteiristas, que foram vistos por 7,728 milhões de telespectadores, fazendo com que a série fosse cancelada pelo canal americano ABC.

Na sexta, 09/05, ás 20h30, chega a 3ª temporada da mais engraçada sitcom da atualidade (para mim, óbvio), The New Adventures of Old Christine. No episódio de estréia, Christine (Julia Louis-Dreyfus) e o Sr. Harris (Blair Underwood, “Dirty Sexy Money”) finalmente estão prontos para consumar o relacionamento deles — até que Barb (Wanda Sykes) diz algo que dá á Christine um motivo para se preocupar. E Matthew (Hamish Linklater) reconsidera sua decisão de fazer medicina após descobrir que o cadáver que ele utilizará nas aulas é de um ex-vizinho dele. A série teve somente 10 episódios (maldita greve) hilários, destacando a tentativa de Christine fumar maconha com Barb e seu encontro com um amigo de New Christine.
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Telecine Action

O canal é de filmes mas exibe a série policial/matemática Numbers. Estréia na segunda, 26 de maio, ás 23h45, a 4ª temporada de “Numb3rs”. E o primeiro episódio será especial, com a participação de Val Kilmer, como um perigoso criminoso que foi o responsável pela revelação de que o agente Colby (Dylan Bruno) era o traidor do FBI.

100 Melhores Séries da Monet

Sit.Com terça-feira, 22 de abril de 2008 – 7 comentários

Quem frequenta os sites e blogs sobre séries devem ter reparado a polêmica deste mês: a lista das 100 melhores séries da revista Monet. Para quem não sabe Monet é a revista com a programação dos canais da tevê a cabo brasileira. A votação com as 100 melhores séries teve o voto de 100 pessoas que foram convidadas a votar em suas 10 séries preferidas.

A partir deste ranking, com pontuações diferentes, eles elegeram as melhores. Alguns votantes famosos: Caio Blinder, Dennis Carvalho, Fernanda Young, Gabriela Duarte, João Marcello Bôscoli, Lorena Calábria, Lucas Mendes, Luciano Huck, Marcelo Rubens Paiva, Mauricio de Sousa, Max de Castro, Mônica Waldvogel, Nelson Motta, Ney Latorraca, Patrícia Kogut, Pedro Bial, Regina Duarte, Ruy Castro, Tom Zé e, Washington Olivetto, entre outros.

Claro que neste meio, como pode ser notado, faltaram jornalistas ou pessoas mais envolvidas com esta mídia, principalmente; porque no Brasil não há, especificamente, críticos de séries tanto estrangeiras quanto nacionais. No caso, são pessoas com algum reconhecimento que votaram em suas séries prediletas. Se no próximo mês fosse eleita uma nova listinha, aposto que a ordem das séries seria outra. Sempre acreditei que listas por mais divetidas que fossem de serem montadas são coisas “de momento”, por exemplo, Lost, que no momento passa por uma transição dramática onde respostas e perguntas embaralham a cabeça dos fãs, daqui há alguns anos, quando a série terminar, pode ser O grande marco da televisão americana. Ou não!

Mesmo assim, aqui vai lista final da revista:

1. Seinfeld
2. Lost
3. Twin Peaks
4. Friends
5. A Família Soprano
6. Sex and the City
7. 24 Horas
8. House
9. Os Simpsons
10. Agente 86
11. Armação Ilimitada
12. Perdidos no Espaço
13. Arquivo X
14. A Feiticeira
15. Jornada nas Estrelas
16. Batman
17. CSI
18. A Sete Palmos
19. Jeannie é um Gênio
20. As Panteras
21. Mash
22. I Love Lucy
23. Heroes
24. Anos Incríveis
25. Além da Imaginação
26. South Park
27. O Túnel do Tempo
28. Plantão Médico (E.R.)
29. Columbo
30. A Gata e o Rato
31. The Office (versão americana)
32. The West Wing
33. Weeds
34. Um Amor de Família (Married with Children)
35. Curb Your Enthusiasm
36. Os Normais
37. Roma
38. Absolutely Fabulous
39. Profissão: Perigo
40. A Grande Família
41. Terra de Gigantes
42. O Homem de Seis Milhões de Dólares
43. Desperate Housewives
44. Mary Tyler Moore
45. 30 Rock
46. National Kid
47. Chips
48. 3rd Rock From the Sun
49. Two and a Half Men
50. Beavis and Butthead
51. Prison Break
52. Grey´s Anatomy
53. Gilmore Girls
54. Alfred Hitchcock Apresenta
55. Miami Vice
56. The Man from U.N.C.L.E.
57. A Ilha da Fantasia
58. Nip/Tuck
59. Barrados no Baile
60. Os Intocáveis
61. Law and Order: SVU
62. Ugly Betty
63. CSI: Miami
64. Law & Order
65. Kojak
66. Missão: Impossível
67. The Office (versão britânica)
68. Monk
69. Inspetor Maigret
70. TV Pirata
71. That ´70s Show
72. Os Monkees
73. Monty Python´s Flying Circus
74. Carga Pesada
75. Bonanza
76. Will & Grace
77. Magnum
78. Tudo em Família
79. Dawson´s Creek
80. Kung Fu
81. CSI: NY
82. As Aventuras de Rin Tin Tin
83. A Família Trapo
84. Sanford and Son
85. Cilada
86. O Vigilante Rodoviário
87. The 4400
88. Anjos da Lei
89. Arrested Development
90. A Família Addams
91. Futurama
92. Havaí 5-0
93. James West
94. My Name is Earl
95. Scrubs
96. S.W.A.T.
97. The Nanny
98. O Bem Amado
99. Esquadrão Classe A
100. Casal 20

Observações Pessoais:

*O Top 5 da lista é fantástico, desde o sitcom mais politicamente incorreto, Seinfeld, até a mais tradicional comédia sobre amigos, amores e trabalho, Friends. Quanto aos dramas, temos o cult Twin Peaks (inesquecível, quem matou Laura Palmer?), um dos melhores roteiros televisivos da história, The Sopranos, e a série que rompeu com os limites televisivos virando febre na internet, através de jogos, noticias, spoilers, livros, referências históricas, Lost;

*Do top 10 não sei se colocaria Agente 86, não revolucionou exatamente coisa nenhuma na tevê, preferiria homenagear citando outras séries clássicas como I Love Lucy ou Jornada nas Estrelas (também presentes na lista);

*Claro que muitos reclamarão que as séries recentes dominam a lista, mas isto é óbvio. Como falei, montar listas é coisa de momento, assim as séries atuais são sempre mais citadas; exageros á parte como a presença da vacilante Heroes, Prison Break (que teve somente sua primeira temporada imperdível), franquia C.S.I. (com exceção para a iniciante Las Vegas, que revolucionou a maneira de fazer séries policiais), The 4400 (também bastante irregular). Os fãs destas séries nem podem me xingar pois falo como espectador das mesmas, estas são todas séries que acompanho (tá bom, CSI Miami eu já desisti faz algumas temporadas);

*Gosto das lembranças nacionais como Armação Ilimitada (divertida e diferente de tudo do que se via na época), Os Normais, Tv Pirata e A Família Trapo.

*Claro que cada um monta sua lista conforme os parâmetros que considera mais importante, particularmente, minha lista seria sobre influência da série na tevê e o lembrança da mesma na minha vida.

Meu Top 5, neste momento:
1. Arquivo X
2. Lost
3. CSI
4. Friends
5. Anos Incríveis

Maldição que ronda os criadores

Sit.Com terça-feira, 15 de abril de 2008 – 0 comentários

Com o cancelamento prematuro de The Return of Jezebel James, com apenas 3 episódios exibidos, a série criada por Amy Sherman Palladino, mais conhecida pela criação da série família Gilmore Girls, me trouxe á mente um tema que vive surgindo na mídia: a maldição que cerca os roteiristas que criam fantásticas e históricas séries e, depois disso, não acertam mais a mão.

O caso mais alarmante é o verdadeiro sumiço de Chris Carter, responsável por espetaculares séries como Arquivo X e Millennium (que eu, particularmente, adorava). Se Arquivo X durou nove temporadas (com questionável qualidade quando do seu término), Millennium durou três temporadas. No entanto, na rasteira destes dois sucessos surgiram: Harsh Realm, um misto de ficção e drama com o pouco conhecido na época Terry “Locke” O’Quinn – porém, a série foi cancelada com apenas 9 episódios exibidos; a outra série foi o spin-off de Arquivo X, The Lone Gunmen, onde os geeks informantes de Mulder, conhecidos como Cavaleiros Solitários, ganharam a chance de mostrar diversas conspirações – uma pena que o tom cômico dos personagens não agradou a audiência e a série foi cancelada com apenas 13 episódios. Depois disso Chris Carter sumiu, voltando agora com o retorno do Arquivo X aos cinemas.

Outro ídolo dos série maniácos, Joss Whedon, criador de Buffy – a Caça-Vampiros (com sete temporadas, e atualmente, uma trama em HQ) e Angel (cinco temporadas) arriscou seu cacife em um mix de ação, ficção e faroeste no incompreendido Firefly (que durou apenas 14 episódios) e um filme (Serenity) muito bom para os cinemas. Na próxima temporada Whedon aposta numa trama com toques de ficção, Dollhouse, contando com Eliza Dushku (Faith de Buffy e Angel) e Olivia Williams (atriz de O Sexto Sentido) no elenco. Na trama, Dushku interpretará Echo, uma das agentes que trabalham em missões secretas ao redor do mundo e têm suas memórias apagadas a cada trabalho completo. A casa de bonecas é o laboratório para onde os agentes são mandados quando completam suas missões. Cada “boneca” é programada com personalidades, habilidades e memórias distintas, dependendo da missão – que pode ser uma tarefa física, romântica, ilegal. Echo será a única que desenvolve consciência de seus atos.

O mais idolatrado criador do momento, o midas televisivo J. J. Abrams, criador de Felicity, Alias e a mega-ultra-hypada Lost, teve nos últimos dois anos dois tiros (séries) n’água. A dramédia romântica What About Brian, que ainda teve duas temporadas mostrando os percalços amorosos do personagem título (Brian Watson, atualmente em Samantha Who), sempre foi relegada pelo grande público e pela crítica. No entanto, Six Degrees estreou com alta expectativa, um elenco fabuloso – acima da média, com atores talentosos do cinema – e uma sinopse ambiciosa; tratar sobre as coincidências da vida em seis personagens que vivem em Nova York. Resultado: bomba, a série não saia do lugar, forçava os acasos e não conseguiu conquistar a audiência com os fracos personagens e seus elos de ligação.

Porém, Abrams promete na próxima temporada dar a volta por cima com a estréia de Fringe. O episódio-piloto de duas horas apresentará Olivia Warren (Anna Torv), jovem e durona agente do FBI forçada a encarar um fenômeno paranormal inexplicável e a trabalhar ao lado do Dr. Walter Bishop (John Noble), um cientista cujo trabalho pode estar no centro de uma vindoura tempestade. Fica a expectativa e a sensação de deja vu com uma série citada acima, não?

As novidades de Abril

Sit.Com terça-feira, 08 de abril de 2008 – 3 comentários

Resolvi fazer uma balanço das novidades deste mês recém iniciado, tanto para os fãs da tevê a cabo quanto para os fãs de “meios alternativos” de acompanhar nossas séries favoritas.

No Brasil

WARNER – o canal muda novamente sua programação e traz novas séries.

Pushing Daisies – Inegavelmente a melhor série dessa duvidosa temporada, com um visual que lembra filmes como Amelie Poulan e do diretor Tim Burton. Pra quem não conhece a história, aí vai: Ned tem um poder curioso – ele pode trazer pessoas mortas de volta a vida com apenas um toque. Mas há regras para isso. Ele não pode voltar a tocar na pessoa senão ela morre. Para sempre. E isso traz vários problemas quando ele ressuscita seu grande amor. A série teve um temporada pequena devido a greve dos roteiristas, foram 9 episódios; com certeza um programa imperdível. Estréia dia 10, ás 21h.

The L Word – A 4ª temporada da polêmica – e adorada por muitos – série, traz a participação de Cybill Shepherd, de A Gata e o Rato. Estreiou ontem (dia 7) as 22h.

E com o fim das temporadas de Chuck, Cane e Californication, a grade da Warner muda completamente. De novo. Fique ligado e confira abaixo os horários:

Segunda-feira
21h – Cold Case
22h – The L Word
23h – Without a Trace

Terça-feira
20h – The Big Bang Theory
20h30 – Two and a Half Men
21h – Smallville
22h – Californication

Quarta-feira
21h – Gossip Girl, mudando de dia
22h – Supernatural
23h – Moonlight

Quinta-feira
21h – Pushing Daisies
22h – ER
23h – Men In Trees
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UNIVERSAL

House – Os últimos 3 episódios da 4ª temporada, antes da interrupção da greve, começam a ser exibidos a partir do dia 17, como sempre, ás 23h. E fique ligado: o episódio “Frozen”, foi o exibido após o SuperBowl, com a participação da atriz Mira Sorvino. Após este período a série entra novamente em reprises até a disponibildade dos episódios inéditos que entram em cartaz na Fox americana no final de abril, fechando a excelente quarta temporada.

Lei & Ordem – Unidade de Vítimas Especiais – No dia 15 de abril o Universal Channel volta com a exibição dos episódios inéditos da 9ª temporada de Law & Order: Special Victims Unit, no horário das 23h.

No episódio Reino Urbano (15/04), uma jovem, Shelby Crawford, é assassinada e seu corpo encontrado no Central Park. Os detetives Benson e Stabler investigam o caso suspeitando principalmente de Doug, o namorado da vítima. A investigação sofre uma intrigante reviravolta quando a jóia que Shelby usava na noite do crime é localizada em uma loja de penhores. O episódio traz a participação especial da atriz Mae Whitman, no papel de uma moradora de rua que ajuda os detetives Benson e Stabler a identificar o assassino de Shelby.

Lei & Ordem – No dia 14 de abril, estréia a 18ª temporada da consagrada e premiada série Law & Order. Inspirada em notícias recentes, a série retrata o complexo processo de julgar criminosos enquanto vidas estão em jogo, lidando sempre com dilemas legais, éticos e pessoais. Além do detetive Eddie Green, o detetive Cyrus Lupo retorna a Nova Iorque para ajudar nas instigantes e misteriosas investigações. Com novos detetives e promotores, os episódios inéditos vão ao ar toda segunda ás 23h.

Em Called Home (14/04), primeiro episódio que inicia a nova temporada. O detetive Cyrus Lupo retorna aos Estados Unidos, após um período de quatro anos, por causa da morte de seu irmão, que sofria de uma doença incurável e se suicida com uma injeção letal. Antes do encerramento do caso, outro homem é encontrado morto nas mesmas condições e o tenente Van Buren autoriza Lupo a trabalhar nas investigações ao lado de Ed Green.
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FOX

Nip/Tuck – Mudança na vida de Christian Troy e Sean McNamara. Como ficou claro na temporada passada, eles mudaram de ares e foram para Los Angeles, terra das estrelas. A 5ª temporada vem sendo, no geral, elogiada; particularmente continua com altos e baixos. O grande destaque foi a criação da série televisiva Hearts & Scalpels da qual os dois cirurgiões, inicialmente, se transformam em consultores; as bizarrices continuam surgindo aos montes. Estréia dia 23 de abril, ás 22h.
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FX, pena que para poucos!

It’s Always Sunny In Philadelphia – a série estréia sua 3ª temporada no Brasil, pena ser pouco conhecida do grande público. Estréia dia 14, ás 21h30.

Stargate Atlantis – A 4ª temporada da elogiada série sci-fi chega ao canal. Estréia dia 10 de abril, ás 21h.
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HBO

Mad Men – A vencedora do Globo de Ouro de Melhor Série Dramática e Melhor Ator, finalmente chega ao Brasil, é claro, pela HBO. A série se passa nos anos 60 e conta o dia-a-dia de uma agência de publicidade. Já vi o piloto e é impecável na parte técnica, conseguindo reproduzir os anos 60 perfeitamente – e tem ótimas atuações. No entanto, não me prendeu o suficiente para acompanhá-la. Estréia dia 19 de abril, ás 20h.
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SONY

Scrubs – retorna com sua 7ª temporada, nas noites de terça, a partir do dia 22 de abril, ás 20h30. Originalmente previsto para ser o último ano da série, a temporada foi interrompida devido á greve dos roteiristas, tendo apenas 11 de seus 18 episódios produzidos.
O episódio de estréia vai lidar com o relacionamento entre J.D. e Elliot, enquanto eles questionam novamente se devem ou não ficar juntos. A temporada terá pelo menos o retorno de um convidado especial, Thomas Cavanagh (“Love Monkey”, “Ed”), como o irmão de J.D. Já a volta de Scott Foley (“The Unit”, “Felicity”), anunciada pelo criador da série, talvez não se concretize. E Zach Braff, o astro da série, também dirige o quinto episódio da temporada.

Eli Stone – logo depois, ás 21h00, estréia o drama sobre um advogado bem sucedido de uma grande firma de direito de São Francisco que sempre defendeu os ricos e os poderosos. Mas após ter uma série de estranhas alucinações, Eli Stone (Jonny Lee Miller, “Smith”, “Aeon Flux”) tenta encontrar um sentindo mais profundo para a vida enquanto tenta manter o seu emprego e não destruir o seu relacionamento com sua noiva, Taylor (Natasha Henstride, “Commander in Chief”, “She Spies”), a filha de seu imponente chefe, Jordan Wethersby (Victor Garber, “Justice”, “Alias”).

Após consultar seu irmão neurologista, Nathan (Matt Letsher, “The New Adventures of Old Christine”, “Joey”, “Good Morning, Miami”), Eli descobre que ele tem um aneurisma em seu cérebro que está causando suas alucinações, e que não pode ser operado. Mas o jovem advogado decide procurar uma outra alternativa e conhece o Dr. Chen (James Saito, “Acho Que Amo Minha Mulher”), um acupunturista que é especializado em medicina holística, e acredita que Eli pode ser um profeta. Enquanto tenta encontrar um rumo em sua vida, Eli também é testado por sua assistente assanhada, Patti (Loretta Devine, “Grey’s Anatomy”, “Boston Public”); seu colega ambicioso, Matt Dowd (Sam Jaeger, “Pegar e Largar”); e a jovem e nova advogada da firma, Maggie Dekker (Julie Gonzalo, “Veronica Mars”), que vive questionando-o.

Criada e produzida por Greg Berlanti (“Brothers & Sisters”, “Dirty Sexy Money”, “Everwood”), “Eli Stone” estreou no final de janeiro no canal americano ABC. Com 13 episódios em sua 1ª temporada e uma média razoável de 8,588 milhões de telespectadores, a série ainda não garantiu sua renovação. E entre os convidados especiais está o cantor George Michael, normalmente presente nas alucinações de Eli com suas músicas.

Breaking Bad – fechando a noite, ás 22h00, drama criado e produzido por Vince Gilligan (“Arquivo X”), que mostra a sombria história de um homem desesperado que se torna criminoso para garantir a segurança financeira de sua família.

Walter White (Bryan Cranston, “Malcolm”) é um pacato professor de química que vive no Novo México com sua esposa, Skyler (Anna Gunn, “Deadwood”), e seu filho adolescente, Walter Jr. (RJ Mitte, “Weeds”), que tem paralisia cerebral. Quando White é diagnosticado com um estágio avançado de câncer e recebe o prognóstico de que terá apenas dois anos de vida, ele começa a temer pelo pior e desenvolve um desejo incansável de garantir o futuro financeiro de sua família á todo custo, enquanto ele entra no perigoso mundo das drogas e dos crimes. A série explora como um típico pai de família se transforma num traficante quando os obstáculos normais da sociedade não se aplicam mais.

“Breaking Bad” estreou em janeiro no pequeno canal pago americano AMC (do drama “Mad Men”, vencedor do Globo de Ouro 2008), com uma audiência de 1,35 milhão de telespectadores, e teve apenas 7 dos 9 episódios programados para a temporada produzidos devido á greve dos roteiristas. A série foi bem recebida pela crítica, que elogiou a performance de Bryan Cranston, até então mais conhecido por seu trabalho cômico em “Malcolm”.

Nos EUA

Para quem utiliza de meios “alternativos” para acompanhar junto ao público americano as séries.

Finalmente o mês de abril trás com ele o retorno de muitas das nossas séries favoritas. Com o fim da greve dos roteiristas, as produções foram retomadas. Lembramos que CSI: Miami, How I Met Your Mother, Two and a Half Men, The Big Bang Theory, Cold Case, CSI:New York, Criminal Minds, My Name is Earl, CSI, Without a Trace, Numbers e Ghost Whisperer já estão no ar com episódios inéditos.

Confira as datas de retorno das demais séries:

7 de Abril: Samantha Who? (ABC).
8 de Abril: Boston Legal (ABC), NCIS (CBS).
10 de Abril: The Office, 30 Rock, Scrubs e ER (NBC).
11 de Abril: Moonlight (CBS).
13 de Abril: Desperate Housewives (ABC).
14 de Abril: Rules of Engagement (CBS), One Tree Hill (CW), Bones (Fox).
15 de Abril: Law & Order: SVU (NBC).
16 de Abril: Til Death and Back to You (Fox).
17 de Abril: Smallville (CW).
20 de Abril: Brothers and Sisters (ABC).
21 de Abril: Gossip Girl (CW).
22 de Abril: Reaper (CW).
23 de Abril: Law & Order (NBC), The Game (CW).
24 de Abril: Grey’s Anatomy, Lost, Ugly Betty (ABC), Supernatural (CW).
28 de Abril: House (Fox).

Cancelamentos Prematuros

Sit.Com terça-feira, 01 de abril de 2008 – 14 comentários

A tentativa de salvar a série Jericho do cancelamento se mostrou ineficaz. Para quem não lembra, a série (exibida por aqui pelo canal AXN) havia sido cancelada devido á baixa audiência. Segundo o canal CBS, os fãs, em função do gancho do último episódio, decidiram mandar amendoins para o canal – referência a última frase dita pelo protagonista. Resultado: a série ganhou uma segunda chance com sete episódios direcionando-a para as respostas deixadas em aberto na temporada anterior. No entanto, não foi suficiente, a série perdeu ainda mais audiência do que já possuía num novo dia e horário de exibição. Jericho teve seu último episódio exibido (com um verdadeiro final, havia outro para a alternativa de uma renovação) na terça (25/03).

Aproveitando o gancho do fim – precoce ou justificado – de Jericho após 29 episódios, o site da revista Entertainment Weekly listou seriados que foram cancelados antes do tempo, sempre apostando num potencial das séries com seu desenvolvimento.

Algumas série são desconhecidas para mim como, Covington Cross, a super cult Freaks & Geeks e Century City; outras seriam da classe tanto-faz-tanto-fez para mim, como Joan of Arcadia, Reunion (aquela série que terminou em aberto nos EUA, mas que por aqui, no SBT, ganhou narração em off para revelar quem era o assassino da turminha), Wonderfalls (exibida pela Fox) e Boomtown. Algumas mereciam terminar como Drive, com Nathan Fillion, atualmente em Desperate Housewives, num misto de Corrida Maluca com Velozes e Furiosos juntando tudo numa trama absurda de conspiração.

No entanto, algumas lembranças da coletânea fazem parte das minhas memórias afetivas de séries, exemplos: Veronica Mars, sempre no “altarzinho” das minhas séries prediletas; Angel, sim, sou fã do universo de Joss Whedon, Buffy/Angel, e a série terminou com um gancho inacreditável (marca de Whedon); Carnivale, uma pérola da programação da HBO, super sofisticada, misto de religião com sobrenatural, acabou ganhando ares de cult mas teve seu término deixado em aberto; My Life so Called aka Minha Vida de Cão, série teen com Claire Danes e Jared Leto, escrita de maneira inteligente e verossímil, longe da artificialidade de séries como Gossip Girl (não estou criticando a série, que inclusive, acompanho, mas…).

E para vocês, qual série merecia ter tido mais tempo para desenvolver sua trama e ganhar o público na TV?

Spin-off

Sit.Com terça-feira, 25 de março de 2008 – 2 comentários

A expressão pode ser estranha, mas quem conhece o universo dos seriados já ouviu ou leu sobre as séries spin-off. Simplesmente são séries que derivam de outras atráves da presença de algum personagem em comum ou do universo/fórmula, sendo ele o mesmo da “série-mãe”. Claro que esta prática vem da preguiça (e questões financeiras) dos produtores e diretores dos canais americanos em tentar – nem sempre com sucesso – “tirar uma casquinha” de uma série que já é sucesso ou algum personagem que se destaque o bastante para gerar uma série somente sua.

O exemplo mais conhecido (e de sucesso) atualmente, é a franquia C.S.I., criada pelo produtor Jerry Bruckheimer, um dos mais poderosos do cinema, responsável por filmes como Bad Boys, Piratas do Caribe, A Rocha, etc. No mundo televisivo, Jerry Bruckheimer, responsável também por séries como Cold Case e Without a Trace, produz a série de maior audiência da tevê americana atual, o C.S.I. Como série de fórmula – investigação de mortes a cada episódio -, resolveu ampliar este conceito modificando somente os ambientes, assim nascia C.S.I. Miami e C.S.I. New York (atualmente, todas exibidas pelo canal AXN, e as duas primeiras na Record).

Ainda reina soberana na audiência americana

Na mesma linha de CSI, o produtor Dick Wolf criou a maior franquia da história de tevê americana, a série Lei e Ordem (já em sua 17ª temporada); a série jurídica que mostra investigações e, em seguida, os julgamentos, rendeu diversas outras séries, duas ainda no ar: L&O – Unidade de Vítimas Especiais, a melhor delas pelos melhores personagens e os difíceis temas envolvendo crimes sexuais; L&O – Criminal Intent, mais séria e sóbria, dedica mais parte do programa para ilustrar o lado dos criminosos no crime, porém, também apresenta um excelente personagem, detetive Robert Goren, vivido obsessivamente por Vicent D’Onofrio.

Nesta última temporada, somente uma série spin-off estreou, Private Practice, derivada do sucesso Grey’s Anatomy. Aqui em comum, a personagem Dra. Addison (a belíssima Kate Walsh), porém, a série se comparada com a novelinha Grey’s Anatomy fica devendo. Os personagens, em sua maioria médicos, interagem numa clínica meio estranha e tudo envolve paixões e sexo, parecem recém-saídos do colégio, mas os casos clínicos funcionam em alguns episódios. A série deve retornar somente em setembro para sua segunda temporada, espero que melhor equilibrada entre comédia e drama. Antes disso, a Dra. Addison volta a participar de um episódio de Grey’s na retomada pós-greve em abril ou maio.

No ar estão ainda as seguintes séries spin-off: NCIS, derivada de Jag, somente se trocou a aeronáutica pela marinha americana. Exibida antigamente no Universal Channel, esta série alcançou neste seu quinto ano um feito e tanto: uma audiência perto da casa dos 20 milhões (sem justificativas maiores, até porque a série é muito similar a franquia CSI), ficando, normalmente, entre as dez séries mais vistas pelo público americano (aqui está perdida sexta á noite do canal AXN); Boston Legal aka Justiça sem Limites (na Fox), derivada de O Desafio, em comum, o figuraça Alan Shore (papel sob medida para James Spader), mas quem rouba mesmo as cenas é William Shatner (sim, o capitão Kirk, hilário como Denny Crane, advogado sem noção). Ainda no ar, Ashes to Ashes, derivada de série inglesa Life on Mars, exibida recentemente na HBO e Stargate Atlantis, derivada Stargate SG-1, série sci-fi da tevê a cabo americana.

Estrondoso sucesso atual

Se alguns de vocês possuir memória deve lembrar que os spin-off não são moda de hoje, algumas temporadas atrás houve The Lone Gummen, derivado de Arquivo X com os Cavaleiros Solitários, personagens geniais, mas que não funcionaram sozinhos. O canal americano Fox, também, não facilitou com o rápido cancelamento da série. Outros fracassos foram Time of your Life derivado de Party of Five, com a personagem de Jennifer Love Hewitt, atualmente em Ghost Whisperer, largando o namorado e indo viver na cidade grande; e a maior de todas decepções, Joey derivada de… vocês sabem. Matt LeBlanc prova que o sucesso de Friends devia, principalmente, á química dos personagens e a roteiros inteligentes, dois fatores que com certeza faltaram em Joey.

Desta leva mais antiga talvez a exceção tenha sido Angel, derivada do universo fantástico de Buffy, a caça-vampiros. Angel – o personagem – depois da segunda temporada de Buffy, deixa a caça-vampiros e Sunnydale e parte para Los Angeles, trabalhando como investigador particular. Segue com ele os personagens Cordelia e Wesley, que também participaram de Buffy. A série, apesar de nunca estourar em audiência, teve cinco temporadas.

Remakes começam a assolar as séries

Sit.Com terça-feira, 18 de março de 2008 – 2 comentários

Sabem que fui completamente favorável á greve dos roteiristas que assolou o universo de entretenimento americano, pois os caras merecem um salário excelente; afinal, a criação e o andamento dos projetos dependem, principalmente, no caso das séries, dos roteiros produzidos. Agora, imaginem que mesmo assim os produtores televisivos vira-e-mexe tentam resgatar um projeto antigo como argumento para uma nova série, ou seja: simplesmente refilmar filmes e séries de antigamente.

Este tema me veio á mente depois de ler sobre o interesse do canal CW (o mais fraquinho dos canais americanos) em refilmar a série teen, febre dos anos 90, Barrados no Baile. Sim, você não leu errado, esta mesmo é a idéia (ou, pelo menos, ambientar a trama neste universo). Como se fosse necessário uma readaptação daquele universo, visto que desde seu encerramento diversas outras séries teens tomaram conta da telinha, como Dawson’s Creek, The OC e, atualmente, Gosssip Girl. Não seria mais fácil criar uma nova série? Está certo que este subgênero é recheado de clichês que, dificilmente, algum roteirista foge, mas… parece tão desnecessário.

Para a próxima temporada também ressurgirá o remake de Super Máquina, aquela do carro que fala e com David Hasselhoff (salva-vidas em S.O.S. Malibu, lembram?) que era exibido nos anos 80. Foi realizado um filme para televisão como teste para a resposta do público, o filme foi bem de audiência e teve seu passaporte carimbado como uma das estréias da temporada 2008/2009.

Não sei como os produtores ainda têm estas idéias. Se nessa temporada uma das séries mais esperadas era Bionic Woman, com alto investimento (aqui no Brasil o canal A&E começa a exibí-la no final do mês) e que acabou não rendendo nem meia temporada – foram somente 8 episódios produzidos (antes da greve). Para piorar, eu assisti a dois episódios e posso confessar que achei a série meio fraca, um misto de ação, ficção e drama que não combinava. Em temporadas anteriores, tivemos remakes como Tarzan (um fiasco), Night Stalker (refilmagem da série homônima dos anos 70 que serviu de inspiração para a criação de Arquivo X – aqui a qualidade era baixa), Flash Gordon (apesar de ter uma temporada completa, esta série da tevê a cabo americana é muito fraquinha, desculpem os fãs).

Como sempre há exceções, aqui (se vocês lembrarem de alguma citem abaixo), lembro da espetacular série de ficção científica Battlestar Gallactica, que está em sua quarta e última temporada (estréia em abril nos Eua, exibida aqui pela TNT). Esta série é um exemplo, pois soube utilizar o argumento inicial de um filme cinematográfico do final dos anos 70 (que bebia na fonte de Star Wars) para criar um grande universo científico acrescido de suspense, reviravoltas, dramas, ação e política; imperdível para os admiradores do gênero. A outra série que lembro é The Dead Zone, baseada no filme e livro homônimo de Stephen King; não é muito reconhecida pelas suas qualidades mas teve seis temporadas interessantes. Pena ter sido cancelada sem ao menos resolver algumas questões pendentes da trama.

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