Episódios Pilotos de Janeiro

Sit.Com terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Estou chegando a conclusão que a greve dos roteiristas iniciou mesmo já no meio do ano passado, e se de fato, ela não estava ocorrendo, o boicote era mesmo criativo pois as séries que estrearam nesta temporada estão deixando a desejar seja pela crítica (ignorem as novidades da tevê a cabo americana, como Damages e Mad Men, só para exemplificar) ou mesmo pelo público (a estreante de maior audiência era o sitcom Samantha Who, exibido pelo Sony, que era apoiado pelo excelentes índices do reallity Dancing with the Stars, quando este terminou, a queda na audiência foi enorme). Nenhuma série estreante estourou e as séries que ainda vão estrear pouco empolgam.

Neste mês de janeiro estrearam duas novas séries, The Sarah Connor Chronicles e Cashmere Mafia, a outra novidade foi o episódio piloto pre-air (liberado antes de ser exibido na tevê) de New Amsterdam.

The Sarah Connor Chronicles

Grande aposta da Fox para sua programação de mid-season, iria fazer companhia com a nova temporada de 24 Horas, o resultado vocês sabem. TSCC, estreou num domingo batendo recordes para o canal Fox, depois retornou para seu horário regular, ás segunda, e perdeu bastante audiência. Não sou um fanático pelo universo de O Exterminador do Futuro, mas, sua mitologia sendo explororada na telinha me parece uma boa idéia. O episódio piloto é muito bom, bastante ação, efeitos e um ritmo alucinante, já o segundo dá uma amenizada na ação para apresentar o novo cenário da série (que inicia após os eventos do segundo filme e dá um salto no tempo) e, no terceiro, a qualidade do texto e as cenas com o Exterminador são muito boas.

A exterminadora, John e Sarah

A idéia de centrar a narrativa em Sarah Connor é imprescindível para o ritmo da série, e a atriz Lena Headey (rainha de Leônidas “Espartaaaa” em 300) está muito bem em cena, possui físico forte e presença carismática. As pitadas de humor ficam por conta do relacionamento entre John Connor (o amigo de Claire na 1º temporada de Heroes) e sua guardiã exterminadora, Cameron, principalmente, no ambiente escolar. Gostei da série somente não sei onde a trama vai chegar devido a greve, aqui no Brasil o canal Warner vai exibí-la, provavelmente, entre abril ou maio.

Cashmere Mafia

Nesta temporada os canais abertos resolveram apostar no público da série de sucesso na tevê a cabo, Sex and the City. Duas séries foram produzidas, uma criada pela autora do livro, Lipstick Jungle ainda não estreou na televisão somente teve seu piloto pre-air baixado na internet (confesso não ter me agradado muito), e a outra tem o mesmo produtor de Sex, Cashmere Mafia. Ambas tem como protagonistas mulheres bem sucedidas no trabalho ás voltas como problemas amorosos, familiares ou qualquer outra coisa.

Elenco de Cashmere Mafia

Confesso que Cashmere Mafia me parece mais promissora que sua concorrente de temática, o grande problema é seu piloto ser recheado de todos os clichês possíveis sobre as mulheres modernas e suas dificuldades de manter harmoniozamente um bom emprego, marido/namorado e família. Fica-se com impressão que o roteirista usou todas a situações já no piloto para ganhar o público mas o que se vê é um amontoado de clichês pouco explorados. Vejam o perfil das protagonistas, são quatro amigas de longa data, publicitária que disputa uma promoção com o noivo, somente um dos dois vai ficar na empresa (adivinhem o final); executiva que não consegue arranjar uma babá para seus filhos; mulher com longo casamento que descobre que seu marido lhe trai; e, para o público moderno, uma mulher com problemas com os homens que começa a questionar sua sexualidade, seria ela lésbica (sim, há beijo lésbico logo no primeiro episódio).

Para quem gosta de ver rostos conhecidos, Cashmere Mafia, é um prato cheio, as protagonistas são Lucy Liu (AS Panteras), Miranda Otto (O Senhor dos Anéis), Frances O’Connor (Inteligência Artificial) e Bonnie Somerville, a mais desconhecida dentre elas.

New Amsterdam

Como eu mencionei no início esta temporada parece ser a temporada da reciclagem, todas as séries se parecem de alguma maneira com séries que estão no ar ou com séries que há pouco terminaram. Em New Amsterdam, drama policial (mais um), temos o personagem de John Amsterdam, ele é um detetive, até então, imortal, que depois de salvar a vida de uma moça indigena em 1642, recebe um presente da própria de não envelhecer até encontrar sua alma gêmea. E acontece que ele encontra essa pessoa em 2007 (obviamente, no episódio piloto ela já surge). A idéia parece e é maluca, no primeiro episódio pode-se notar que esta história de imortalidade deve ser o pano de fundo das tramas policiais investigativas.

John Amsterdam, o protagonista de quase 400 anos

Coincidentemente, outras duas séries estreantes desta temporada contavam histórias similares, em Journeyman, já cancelada, o personagem principal, um policial, através de viagens aleatórias ao tempo, ajudava pessoas no passado e presente, enquanto, em Life, um policial preso injustamente durante anos acusado de homicídio, utiliza de seu novo cargo, detetive, para procurar pelos reais responsáveis pelos assassinatos e quem o incriminou. No entanto, mesmo assim, New Amsterdam poderia contar com uma trama instigante e que prendesse a atenção para acompanharmos os próximos episódios, não é o que acontece, o episódio piloto tem um caso policial fraco e os flashbacks, que serviriam para detalhar o passado do personagem, em nada acrescentam a sinopse apresentada, além de inúmeras questões que ficaram na minha cabeça sem explicação, por exemplo, como o personagem se mantém no cargo de policial sem envelhecer durante as décadas? Ninguém desconfia? Quem sabe seu segredo?

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