Finalmente os caras do The Hives, promessa DO ANO, divulgaram o tracklist de seu novo álbum: Black and White Album. Também tem uma nova data de lançamento: 1º de Outubro, digitalmente. Se der tudo certo, é claro que eu vou ouvir a bagaça ANTES de vocês e resenhar por aqui.
Black and White Album – The Hives
Lançamento: 01/10/2007
1. Tick Tick Boom
2. Try It Again
3. You Got It All… Wrong
4. Well Allright!
5. Hey Little World
6. A Stroll Through Hive Manor Corridors
7. It Won’t Be Long
8. T.H.E.H.I.V.E.S.
9. Return The Favour
10. Giddy Up
11. Square One Here I Come
12. You Dress Up For Armageddon
13. Puppet On A String
14. Bigger Hole To Fill
A música é a 3s & 7s, e faz parte do álbum Era Vulgaris. O clipe é totalmente Stoner Rock, sensacional. E, convenhamos, a banda nunca deixa a gente na mão quando o assunto é mulher. O que é irônico pra alguns, que ficam MESMO na mão, né? HEIN? SACOU?!
O álbum United Abominations recebe mais um clipe: Never Walk Alone. Bom, não espere muito de um clipe de uma banda de metal, mas pode esperar uma sonzeira do carái.
Não vem que não tem. A Meg White já confirmou que aquele vídeo da gordinha praticando o bom e velho doggy style não é dela, então, passado o susto, os Listras Brancas lançaram o segundo clipe do novo trabalho deles, Icky Thump.
O nome da faixa é You Don’t Know What Love Is e tem um riffzinho bacana, quanto ao clipe não espere nada demais é só Meg White com aquela cara de “ai, peidei” dela e Jack White com seu cabelo seboso.
E o Ato ou Efeito é um site de notícias sobre economia. Gerard Way, vocalista do MCR, em entrevista ao site da Universidade do Maine disse que não consegue conceber que seu grupo seja rotulado como emo. Segundo ele, “Por uma questão de circunstâncias, acabamos agrupados com um monte de bandas consideradas emo, e começaram a nos rotular da mesma forma”.
Estou aqui pensando se as circunstancias “música ruim”, “franjinha caindo na testa” e “letras pseudo-depressivas” seriam contundentes o bastante pra definir o o My Chemical Romance como emo. Way provavelmente foi pego pelo surto de odiar modinha e em sua lógica sagaz acredita que se odiar aquilo que todas as pessoas odeiam vai fazer com que as pessoas achem ele legal. Assim não pode, garotão!
Como se não bastasse ser zoado por ser emo, o My Chemical Romance vai abrir os shows da próxima turnê do Bon Jovi.
I rest my case.
Com a estréia do quadro Made in Taiwan, senti parte do meu sonho sendo realizado: “Trabalhar” com bandas independentes. Lá pra 2004 eu tive a idéia de lançar um site reunindo várias bandas undergrounds, que seria um Trama Virtual mais… seletivo. A idéia era foda, eu e um amigo planejamos coisa pra cacete, já tinhamos umas 5 bandas confirmadas no site, com conteúdo e tudo, e ainda planejávamos lançar um selo pra, pelo menos, gravar uma coletânea. O tempo passou e a gente acabou esquecendo da idéia, ou melhor: Abandonando ela. Então, no início deste ano eu repensei a idéia com o finado Sob, ex-membro do site que colaborou com um texto, algumas idéias e alguns nomes de colunas e quadros, como o próprio “Made in Taiwan”, nome que ele tinha na manga caso fosse criar um blog. Enfim, usamos o nome para este quadro musical do AOE, que tem tudo pra ser sensacional.
Bom, essa idéia de reunir bandas sensacionais que VOCÊ deveria conhecer surgiu depois que um de meus sonhos fracassou: O sonho de ter uma banda. Enquanto durou foi sensacional, claro, apesar de insistir no erro de tentar aprender a tocar guitarra. Minha grande paixão sempre foi ser vocalista e, quem sabe, baterista, mas era uma merda ter uma bateria por aqui E eu sempre cantei mal. Até montar, finalmente, uma banda, e ser obrigado a cantar e fazer a base na guitarra. Eu era tipo o Joey Ramone, não sabia se tocava ou cantava. Se tocava, a voz saia baixa. Se cantava, as notas saiam fora de sincronia. Até esquecerem em casa a guitarra do outro guitarrista, que arrancou a minha guitarra de mim. Então, foi o ensaio mais sensacional da minha vida, e… terceiro e último da banda. Foi coisa de louco: O baterista estava cansado de tocar as músicas que eu escolhi, tendo em vista que ele sim SABIA tocar, então eu escolhi umas fáceis pra gente. Então, a gente parou pra pensar quase o ensaio inteiro, até eu levantar e dizer: “Ok, vamos tocar as mesmas músicas.”
O baterista quase pegou um canetão vermelho e desenhou um alvo na minha cara pra tacar as baquetas, até eu organizar o povo. Pra começar, Island in the Sun, do Weezer: Falei pro guitarrista esquecer aquele riffzinho chato e colocar distorção na guitarra, tocando os acordes em um ritmo acelerado. Aí, o baixista teria que se virar pra acompanhar e, o baterista, mais experiente, improvisaria. Quando eles começaram a tocar, eu me sentia como o Jack Black em School of Rock, então decidi ver se minha garganta funcionava mesmo e comecei a gritar um vocal grave. Cara, imagina essa chatice do Weezer sendo tocada pelo Sick of it All. Depois Hate to Say I Told You So, do The Hives e, pra finalizar, Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. Eu saí do ensaio rouco, tomei uns 5 litros de água e fiquei empolgadão. Mas nunca mais voltamos a tocar juntos, acho que terminamos no auge da carreira pra terminar bonito.
Depois ainda cantei na banda do meu primo e aprendi que cantar as músicas do Nirvana é uma experiência do cacete. Mas experiência de verdade é tocar em uma banda, principalmente quando você tem música correndo pelas veias. Acho que quando eu for doar sangue, vai começar a tocar Cowboys from Hell, do Pantera, em uma qualidade de 128 kbp/s.
Então, já que eu não levo jeito pra fazer música, o jeito é continuar garimpando e sendo chatão. Não sou um Lúcio Ribeiro, até porque o cara é indie, ainda prefiro gostar de música boa. Então, já que é pra caprichar, vamos a um novo modelo de coluna. Enquanto isso, vai falando aí suas experiências com bandas. A única coisa que eu tenho a dizer é a seguinte: Não teve banda? TAAANGA!
COLETADÃO DA SEMANA
REVIEWS
Songs for the Deaf (Queens of the Stone Age)*
Probot (Probot)*
The Meanest Of Times (Dropkick Murphys)
Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters)*
Over the Under (Down)
CONHEÇA
Pogues – Música pra se ouvir no convés**
Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes*
Martin Scorsese (and “Ato ou Efeito”) Presents: The Blues
Sem muita enrolação, PHIL ANSELMO no vocal, bóra ligar o som e aumentar o volume no máximo. DOWN, véi.
3 Suns And 1 Star abre o álbum trazendo a velha pegada Doom com uma pitada de Stoner Rock, que parece estar cada vez menor. Pra uma faixa de abertura, pode-se esperar por um álbum sensacional, mais puxado pro segundo álbum dos caras. The Path traz um som de peso, e as saudades do Scream de Phil Anselmo. Puta que pariu, sério, como meus ouvidos pedem pra ouvir aqueles berros. Mas o cara ainda tem meu respeito, e esta faixa prova que os caras não largaram totalmente o Stoner Rock, o que é um alivio DO CARÁI. Sem os gritos até dá pra viver, na merda, mas dá. Agora, sem Stoner Rock, eutanásia, véi.
N.O.D. é um puta som empolgante, apesar de o refrão não ter me agradado muito. O encerramento é foda. I Scream, ou IIIICE CREAAAAMM!, é o single da banda, não poderia ser melhor. Mas, pensando bem, poderia sim. Olha o nome do som. Você já saca que vai ter gritos, né? Pois é, os gritos são baixos, coisa de “plano de fundo”. Eu quero SCREAM, porra. Cadê o Anselmo nessas horas? Tá certo, o cara arrebentou as cordas vocais em um show, mas ainda assim não é desculpa. Enfim, o som é EMPOLGANTE. On March The Saints tem uma introdução que lembra o primeiro álbum da banda, álbum em que Phil Anselmo não economizava a garganta… bom, fazer o quê. O som é do carái, bem a cara da banda, o que é um pouco irônico. Não vou dizer porquê, já repeti a mesma coisa milhares de vezes, aposto que você já sabe o que é. O som fica EMPOLGANTE na metade, fazendo o álbum St Anger, do Metallica, passar pela minha mente. Sei lá, algo neste álbum me lembra esse cd, que você deve ignorar a banda que está tocando pra gostar do que está ouvindo. Never Try, som calmo, mas o peso ainda está ali. Bem experimental, bacana, mas nenhuma… novidade.
Mourn, mais uma vez a afinação grave das guitarras e a bateria detonando. O som é daqueles que dá medo, mas é de se ter medo de uma banda que reúne o ex-vocalista do Pantera (Phil Anselmo), o guitarrista do Corrosion of Conformity (Pepper Keenan) e o baterista do Eyehategod (Jimmy Bower). Beneath The Tides vem com uma introdução deveras chata, e olha que temos mais de 8 minutos de música pela frente. Depois da intro, sonzeira, de um tipo diferente que os caras estão acostumados a fazer. Escuta aí pra ver. His Majesty The Desert não passa de uma introdução para a próxima música, não há muito o que se falar dela. Tipo um prelúdio, e tal, coisa leve. Já Pillamyd chega quebrando tudo, trazendo aquele metalzão pra balançar a cabeça no refrão, clássico. O solo é sensacional, e agora sei o que me fez pensar no álbum St Anger: Talvez a bateria.
In The Thrall Of It All dá mais destaque ao Stoner Rock, finalmente, mais um solo sensacional e um som relativamente diferente do que a banda está acostumada a fazer. Nothing In Return (Walk Away) já chega te chamando pra porrada, os caras estão cada vez menos Stoner e cada vez mais pesados. Nem pense em falar a palavra “New Metal”, ainda é aquela pegada Doom. E essa ainda traz um pouco de Thrash, coisa de louco. Bom, encerraram o álbum com um som EMPOLGANTE, mas meu apelo continua: Phil, VOLTE A GRITAR, PORRA! Leva tempo pra se acostumar com esse estilo. Não que seja ruim, mas não foi assim que eu te conheci, véi. Bom, álbum foda, altamente recomendável pra você que quer um som pesado sem velocidade, afinal, ainda tem um pouquinho de Stoner ali.
Over the Under – Down
1. 3 Suns And 1 Star
2. The Path
3. N.O.D
4. I Scream
5. On March The Saints
6. Never Try
7. Mourn
8. Beneath The Tides
9. His Majesty The Desert
10. Pillamyd
11. In The Thrall Of It All
12. Nothing In Return (Walk Away)
Eis o grande dia! 25 de Setembro, já está nas lojas o novo álbum do Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience and Grace. E agora você confere o nosso review, é claro.
Tudo começa com o single que vocês já ouviram por aqui, The Pretender. O que dizer? Sensacional, um dos melhores sons da banda até hoje. E aqui você viu uma resenha só pra esse som, então só digo uma coisa: Puta que pariu, que som foda, empolgante e pesado. Quebre seus ossos com ele. Let It Die começa lenta, dando um tempo pra você descansar depois do estouro da primeira faixa. Mas é só o tempo necessário mesmo, depois a calmaria toda some e vem a parte da música que você diz “Opa, ISSO é Foo Fighters”, aí você volta a se empolgar e fica rouco gritando o refrão. Então, Erase Replace começa e você pensa que Taylor Hawkins, baterista da banda, decidiu virar metaleiro. Mas não é só a bateria, os riffs de guitarra prometem um Metal, pelo menos na introdução. Bom, não é bem um Metal, mas é um som pesado, daqueles que fazem você decorar a letra por acabar colocando a faixa no repeat. Aconteceu comigo.
Long Road To Ruin tem um começo broxante, sinceramente. Mas depois a música se normaliza e, sinceramente, achei essa um pouco… bestinha. Sei lá, não é MESMO a cara da banda. Então vem Come Alive, mais uma com o começo calmo. E continua calma. Enfim, é um som calmo. Mas com o tempo ele vai se animando, fique calmo. Até que WOW, finalmente guitarras distorcidas e Dave Grohl gritando, olha você ficando rouco de novo. Perfeita pra deixar rolando solta no MP3 Player enquanto você anda pela rua, o povo vai achar que você é louco. E é. Aí vem Stranger Things Have Happened, com um violão mais calmo ainda. Dave Grohl sussurra, você boceja. Essa é pra você que gostou do último álbum dos caras, e parece que os próprios caras gostaram dessa de acústico. Eu não gostei, mas admito que o dedilhado deste som é bacana. O som é bacana, mas repito: Foo Fighters NÃO É acústico, véi.
Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running) (lembra?) já é um som mais animado, e lembra o segundo álbum da banda. É bacana, mas eu ainda prefiro quando eles exploram mais o lado pesado da coisa, como o refrão deste som, que é sensacional. Então, Summer’s End chega trazendo o tipo de som clássico da banda, aposto como próximo single. Bem legal, daqueles sons que não chegam a empolgar, mas também não deixam você ficar parado. The Ballad of the Beaconsfield Miners começa com um dedilhado louco no violão, e continua assim. Sim, é instrumental, imagino este som em uma daquelas comédias inglesas. Porém, ele tem uma história: Grohl compôs esta música pra dois caras que ficaram presos em uma mina na Tasmânia por, sei lá duas semanas, e pediram um iPod só com músicas do Foo Fighters. Quando Grohl ficou sabendo, mandou uma carta pros caras. “Oi, pessoal, aqui é Dave. Vocês estão em nossos pensamentos e orações. Quando saírem daí, tem dois ingressos para um show e duas cervejas geladas esperando por vocês onde quer que vocês queiram ver a banda”. Foda.
Statues, próxima faixa. Nossa, que isso? Queen? Péra, piano? Ah tá, é só a introdução. Sim, o piano continua pelo resto da música, mas pelo menos a banda acompanha. Sério, bacana esse som, apesar do susto. But, Honestly, mais um som no violão. E só. Mas depois ele vai tomando forma e o resto da banda entra pra detonar tudo, de vez. São sons assim que me orgulham de ser fã dessa banda. Vai se preparando, a segunda parte dessa música é SENSACIONAL. Pena que é curto. Enfim, Home, a última faixa do álbum, traz o piano novamente. Cês já imaginam que eu vá reclamar, certo? Então, sinceramente essa música é um saco. Aliás, pra quem esperava MUITA coisa deste álbum, eu me decepcionei. Não tá uma porcaria, mas não era MESMO o que eu esperava. Levou um tempo pra eu aceitar isso, talvez realmente a banda esteja “inovando”. A pena é que eles estão fugindo do meu gosto, mas enfim, não é o melhor álbum da banda, e ainda é cedo pra dizer que é o pior, até porque temos o álbum Skin and Bones. Bom, com o tempo, vamos ver no que dá.
Echoes, Silence, Patience and Grace – Foo Fighters
1. The Pretender
2. Let It Die
3. Erase/Replace
4. Long Road to Ruin
5. Come Alive
6. Stranger Things Have Happened
7. Cheer Up, Boys (Your Make-Up Is Running)
8. Summer’s End
9. The Ballad of the Beaconsfield Miners
10. Statues
11. But, Honestly
12. Home
Dá pra levar a sério uma banda que usa uma gaita-de-fole?
Famous For Nothing abre o álbum dizendo que sim, trazendo aquele hardcore de bêbado que passa o dia bebendo e… tocando uma gaita-de-fole. God Willing não foge do ritmo, e aqui você já estará bebendo uma garrafa atrás da outra. Com a batida um pouco mais leve e ritmo mais dançante, cuidado pra não cair sentado em cima das garrafas. The State Of Massachusetts pede uma rodada com quinze garrafas de chopp, baralhos e muita, mas muita mulher pelada. O estilo musical desses caras é um tanto quanto empolgante, daqueles que te faz se sentir no faroeste, com a arma carregada e um monte de cara folgado pedindo pra morrer. Tomorrow’s Industry já é um hardcore “tradicional”, nenhuma surpresa. Aliás, falando em faroeste, uma banda nacional que representa bem isso é o Matanza, mas não chega a ser um Dropkick Murphys brasileiro – os estilos são levemente diferentes.
Echo’s On “A” Street te faz perceber que, apesar de repetitiva, a bateria da banda está sempre em destaque. Aliás, repetitiva em termos, ela varia bastante pra um hardcore, mas a sensação de estar ouvindo a mesma música sempre é a mesma. Chegando em Vices And Virtues, o álbum já está começando a ficar enjoativo. Tá, o som continua sendo empolgante, mas é o que eu disse na faixa anterior: Som repetitivo. Voltando a falar sobre Matanza, os caras conseguem variar melhor que os Murphys, e olha que os músicos são inferiores. Surrender, finalmente, traz um ritmo diferente, com guitarras abafadas nos versos e um refrão mais calmo, sei lá, menos gritado e com um som mais limpo. Flannigans Ball você já ouviu por aqui, este é o novo single da banda. O vocalista tá bêbado, certeza. E, finalmente, a gaita-de-fole ganhando destaque, já tinha até me esquecido dela. Enfim, o som é BEM legal, aqui o álbum começa a perder o “enjoativo”.
I’ll Begin Again volta com o tradicional, também com solos que deram uma boa variada, enfim. Mas nada demais. Fairmount Hill é uma faixa mais calma, sem aquela monotonia de acordes repetitivos. Agora sim os caras variaram, e este som é perfeito pra cantar caminhando pela rua, bêbado, após ser expulso do bar. Loyal To No-One faz você ficar batendo o pé no chão, mas a velha impressão do “de novo essa música?” volta. Shattered, apesar de manter a mesma impressão, tem a batida mais agradável, daquelas de fazer você fazer um bate cabeça com seu irmão recém nascido, já que você teve que ficar cuidando dele aí enquanto seus pais disseram que iam na missa, mas na verdade estão fabricando mais um irmão pra te manter ocupado.
Rude Awakenings, mais uma vez o vocalista está bêbado. E este som é perfeito pra você cantar enquanto está sentado na calçada, no meio da madrugada, esperando o amanhecer pro bar abrir de novo. Johnny, I Hardly Knew Ya você canta quando o bar abre, e Never Forget você canta abraçado com o dono do bar. O sino que toca no fim da música é bastante sugestivo, tendo em vista que você não vai pagar a conta. E assim o álbum seria encerrado, se não fosse a bonus track Jailbreak que não, não é um cover de AC/DC. Mas o ritmo da guitarra tá quase lá, quem sabe um dia. Som dançante, mais uma vez os caras conseguiram variar. Mas é bem isso, o álbum é bacana porém repetitivo. Daqueles que você ouve de vez em quando pra não enjoar rápido. A não ser que este seja seu estilo, claro.
The Meanest Of Times – Dropkick Murphys
1. Famous For Nothing
2. God Willing
3. The State Of Massachusetts
4. Tomorrow’s Industry
5. Echo’s On “A” Street
6. Vices And Virtues
7. Surrender
8. Flannigans Ball
9. I’ll Begin Again
10. Fairmount Hill
11. Loyal To No-One
12. Shattered
13. Rude Awakenings
14. Johnny, I Hardly Knew Ya
15. Never Forget
16. Jailbreak (Bonus Track)
Mais uma banda espetacular para o nosso quadro Made In Taiwan.
Dessa vez trazemos pra vocês:
Bergenteif. Banda para piratas, vikings, bárbaros e gladiadores.
A banda Bergenteif (que significa “Demônios da montanha”) vem com a seguinte proposta, que tá lá no MySpace da banda:
Melhor banda de barbarian metal de todos os tempos, tem como objetivo o fim do amor e de tudo o que é belo e cor de rosa
O estilo musical é inusitado e os próprios integrantes o classificam como True Barbarian Metal. Misturando instrumentos normalmente utilizados em música erudita, umas harmonias medievais e porrada no último, Bergenteif é música pra beber, tacar fogo em vilarejos e estuprar a filha do chefe da aldeia.
Reunidos em 2001, a banda conta com Atílio (gostei do nome, deve ser parente) na guitarra e vocais, Thiago na guitarra, Renan no baixo e Rodrigo quebrando a bateria. A formação mudou desde 2001, e cada componente influencia o som com suas preferências musicais. Consegui falar com o Atílio e o cara deu a real:
Atillah:Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem. Bergenteif – Atilio:Então, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!” Atillah:Porra, mas é um som Conan mesmo, cara. Bergenteif – Atilio:Pode crer: diga não ao donzelismo!
Quer ver a entrevista toda? Tá aí embaixo.
As letras acompanham o som pesado, sempre abordando temas de relevância como o paganismo e o suicídio. Uma pena que a banda só tenha duas músicas gravadas. Mas segundo Atílio, tem várias outras no forno, só dependendo de uma oportunidade pra juntar os cúmplices e tocar o horror musical.
A banda não possui shows agendados no momento. Vamos ver se tiramos os caras de sua caverna e promovemos a destruição em nível mundial.
Contato: bergenteif@hotmail.com
Entrevista com Atílio do Bergenteif.
Atillah: Então cara, pra começar, o que significa “Bergenteif”? Bergenteif – Atilio: Demônios da montanha. Atillah: Puta merda, só podia. Demais. Atillah: E, Atilio, qual o seu papel na Bergenteif? Bergenteif – Atilio: Eu sou guitarra e vocal, componho e faço as partes de violão. Ultimamente também tenho feito as letras.
Atillah: Cara, escutei as músicas de vocês, e me deu vontade de beber, brigar e sair abusando de donzelas. Você acha que é efeito da música ou tem algum problema comigo? Bergenteif – Atilio: Huhauhahua, é a volta aos tempos bárbaros. Essa é a nossa proposta: fazer o verdadeiro barbarian metal Atillah: Quando eu tava escutando eu pensei: “Caralho essa é a mistura perfeita de Matanza com Therion”. É por aí mesmo? Bergenteif – Atilio: Acho que essa é a parte legal de ouvir nosso som: você pode especular á vontade e nunca vai chegar perto das influências hahahaha. Therion e Matanza eu só conheço de nome. Atillah: Então falei merda. Mas gostei do som do mesmo jeito. Bergenteif – Atilio: Mas falando sério, é tanta mistura… da minha parte é mais musica erudita, o baixista curte mais black metal e o batera metal melódico.
Atillah: Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem. Bergenteif – Atilio: Entao, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!” Atillah: Porra, mas é um som Conan mesmo, cara. Bergenteif – Atilio: Pode crer: diga não ao donzelismo! Atillah: Você devia ler a série que eu escrevi sobre piratas. Mas e as letras? Vocês estão abordando que temas ultimamente? Bergenteif – Atilio: Ah, basicamente suicidio, barbarianismo, um satanzinho básico….. Atillah: Você devem gostar dos vikings cara, eles eram um tipo de pirata que eu respeito, porque eles tocavam o horror no mar e na terra. Aliás, bárbaros se suicidam? Bergenteif – Atilio: Sei lá, é que eu sou meio depressivo sabe?. Atillah: Você devia estuprar mais donzelas, cara. Voltando á banda, vocês estão com a mesma formação desde quando? Bergenteif – Atilio: Faz um ano mais ou menos. Atillah: A galera se dá bem mesmo tendo um bando de influências diferentes? Bergenteif – Atilio: Sim, essas influencias se completam.
Atillah: As músicas que ainda não foram gravadas são no mesmo estilão das que já estão disponíveis? Com uma introdução em instrumentos eruditos e tal e daí dá um tempinho e entra batera, guitarra e baixo quebrando tudo? Bergenteif – Atilio: Então, eu busco algo diferente em cada musica, cada uma é uma jornada pagã por uma regiao diferente do ser. Atillah: Orra, fala mais sobre as letras cara. Como foi que saíram as letras das duas musicas que estão disponíveis? Bergenteif – Atilio: A “Merchant of Windmills” foi feita pelo Tiago (violino e guitarra), é uma letra complexa e cheia de trocadilhos filosóficos. A “The Second Coming” é um poema do Yeats.
Atillah: Quando sai mais música cara? Bergenteif – Atilio: Dificil dizer, tá todo mundo ocupado com trampo e faculdade por enquanto. Atillah: Cara, mas barbarianismo é PRIORIDADE! Bergenteif – Atilio: Huahauahua.
Atillah: Legal cara, agradeço aí pelas suas palavras e paciência. Tem mais alguma coisa que você queria dizer pro pessoal do Ato ou Efeito? Bergenteif – Atilio: Quero agradecer a você pela oportunidade e todos os fãs pelo suporte. Bergenteif – Atilio: E STAY FUCKIN’ BARBARIAN!!!!!