O “My Chemical Romance”, depois de lançar esse último disco, parece ter ganhado algo a mais do que alguns discos de ouro. Analisando a sorte deles nos últimos tempos, acho que eles ganharam uma maldição também.
Cancelamentos de shows, um baterista que cansou de tudo e desistiu, casamentos secretos, entre outros acontecimentos, agora a banda teve uma nova baixa. Dessa vez, foi o guitarrista da banda, Frank Iero que resolveu pendurar as chuteiras.
Pra continuar a turnê, ele será substituído por Matt Cortez, que parece que é o bucha da banda, afinal, no inicio do ano, ele já tinha segurado as pontas baixista durante o tempo que ele tirou pra se casar.
Bom, agora, só falta 3. espero que se for uma maldição, que ela fique um pouco mais forte e acabe com els de uma vez. Ou será que teremos que contratar alguém pra acabar com eles?
E daí que esse lance de músicas marcantes é extremamente pessoal? Não tá afim de conhecer coisa nova ou ver que você está REALMENTE certo sobre aqueeeeele álbum? Então cola aí.
Todo mundo tem uma lista de álbuns que foram ouvidos diversas vezes seguidas em uma época memorável, solitária, tediosa ou até mesmo vergonhosa. Alguns álbuns são viciantes, você escuta ele uma vez e bota no repeat até queimar o som, outros viciam com o tempo, outros… você não quer nem lembrar que ouviu tanto aquilo. Por exemplo, na minha adolescência eu ouvia o álbum Chocolate Starfish and the Hotdog Flawored Water (Limp Bizkit) quase todos os dias por um bom tempo. Mais tarde, One by One (Foo Fighters), MTV Ao Vivo (Raimundos) e Pregaram Jesus prá Cristo (Não Religião), saindo da escuridão de bandas ruins. Pra não deixar coisa boa passar de lado, vou comentar sobre CINCO álbuns que me viciaram por um bom tempo. Vou citar álbuns aleatórios, sem deixar a qualidade de lado, obviamente.
ELECT THE DEAD – SERJ TANKIAN
Sinceramente, eu passei os últimos dias ouvindo esse álbum no repeat sem a MENOR noção de tempo. Devo ter passado das 18 horas até as 2 da manhã ouvindo a bagaça, e olha que eu não esperava nada dele. Serj Tankian é um filho da puta, o álbum Toxicity do System of a Down foi outro que me viciou, e aposto que viciou VOCÊ. Enfim, Elect the Dead é um álbum SENSACIONAL, Serj Tankian É O CARA e eu só não sou seu pai porque sua mãe NÃO TINHA troco pra dez. Na sequência, veja o clipes de Empty Walls:Sonzeira do CARÍI, e também é a faixa que abre o álbum. E como se não bastasse, o clipe também é SENSACIONAL, repare como ele satiriza pra cacete todo esse lance de guerras. Conseguiram citar o 11 de Setembro de uma forma INOVADORA, depois de tanto tempo. Agora segura o clipe de The Unthinking Majority:Mais sátira, mais um clipe do CARÍI. Deviam fazer um FILME com esse clipe, aliás. Bom, é isso. VICIE-SE com esse álbum, vale a pena.
POWERTRIP – MOSTER MAGNET
Monster Magnet é uma banda sensacional de Stoner Rock que provavelmente você não conhece, obviamente por a banda E o estilo não serem tão conhecidos. Só esse álbum já bastou pra reconhecer que a banda é BOA PRA CACETE, tendo em vista que eu o escutei vezes seguidas por aqui, e principalmente quando eu comprei um MP3 Player. Sério, não pode faltar na sua coleção. Um dos sons mais foda é Bummer, mas não há um vídeo pra ele, então fiquem com um trecho de 30 segundos do som:
Agora, na íntegra, Space Lord:
E Atomic Clock, pra finalizar:
Ainda não tá correndo atrás do álbum? Frango.
SONGS FOR THE DEAF – QUEENS OF THE STONE AGE
Talvez o álbum mais foda do século, dos últimos tempos, sei lá, um dos álbuns mais bem trabalhados da história da banda e do Stoner Rock. Com Dave Grohl na bateria, a banda estava no auge, só podia sair coisa boa. Na época em que esse álbum foi lançado eu colecionava cd’s, obviamente estava LOUCO atrás dele – mas era caro. Foi quando eu consegui fazer a melhor troca da HISTóRIA: Trocar o pior álbum da história do Limp Bizkit, Results May Vary por ELE. É claro que eu não parei de ouví-lo até criar buracos no cd. Eu assistia a MTV só pra ver o clipe de No One Knows:
Agora, o som mais sensacional de todos os tempos, Song for the Deaf. O vídeo foi montado por um fã de Cowboy Bebop, aparentemente, só o coloquei aqui porque a faixa está completa e não é ao vivo. Vocês precisam ouvir essa VIAGEM.
Do caralho, véi. Do caralho.
PROBOT – PROBOT
Taí um álbum que eu não vou parar de recomendar por aqui. Probot foi um projeto de Dave Grohl com alguns metaleiros, todos vocalistas. Cada um ficou com um som, e a faixa The Emerald Law é SENSACIONAL, mas… não há vídeo, e o trecho que eu encontrei é lamentável. Só sei que o álbum me fez procurar pelos trabalhos de todos os metaleiros, muita coisa me agradou. O jeito é vocês ficarem com o vídeo de Sweet Dreams, feito por um fã. Tive medo de vê-lo até o fim:
Esse som é foda, mas a qualidade dele no vídeo é bem precária. O vídeo de Centuries of Sin é uma transição de fotos, só vale pelo som, mesmo. FODEROSO, se segura aí:
E vou continuar recomendando, cês vão ter que GOSTAR de Probot.
ELECTRO-CIDADE – ASTRONAUTAS
Quem disse que eu não ia citar uma banda nacional? Astronautas é de Recife (PE), simplesmente uma das melhores bandas nacionais dos últimos tempos. Descobri a banda quando ela havia acabado de lançar esse álbum, na época em que eu garimpava por música boa, apesar de ser um INDIE. E é por isso que marcou – no meio de tanta coisa ruim, uma banda sensacional. Os caras são fãs de Devo, mas não fazem um som nada parecido. Enfim, aqui você pode ouvir os três álbuns da banda, mas mesmo assim vou passar uns vídeos procês. Começando por Não Faço Nada, o som que me fez correr atrás da banda:
Não faço nada porque tudo tanto faz. Os caras são uns POETAS, e o rock de Pernambuco é respeitável, convenhamos. Aliás, o Atillah é o cara desse clipe, pra quem não sabe. Mas enfim, pra finalizar, Cidade Cinza:
O toque eletrônico nos sons dessa banda é demais. Essa banda é demais. Já tá tudo no esquema pra vocês, podem me agradecer.
Enfim, é isso. Cada um tem a sua história, e toda história é NO MÍNIMO desinteressante. Mas pode comentar sobre alguns álbuns que marcaram ou marcam a sua vida aí, só não venha com MAU GOSTO.
Demorei pra publicar o clipe, mas tá aí. Como prometido, Serj Tankian vai lançar clipes para todos os sons do álbum Elect the Dead, esse já é o terceiro. Creio que já estamos próximos do quarto clipe, e até agora só veio coisa boa.
Saving Us é um PUTA clipe, o cara realmente tá fazendo um PUTA trabalho. Não sei como tá a repercussão do trabalho dele lá nos EUA, mas Serj Tankian sempre foi polêmico tanto nas letras quanto nos clipes. O cara não é só a SALVAÇÃO do Rock, mas DO MUNDO!
Você já leu toda a polêmica em torno da banda Ira! aqui, onde eu ao menos TENTEI dar uma resumida e um basta no assunto, que é absurdamente vergonhoso e não merece espaço por aqui. Mas sempre aparece algo novo.
O fim da banda foi dado anteontem, dia 12, segundo Edgard Scandurra, em um comunicado pra geral. Dá uma lida aí:
“Olá, como vão?
Estou aqui pra dizer para os milhares de comunitários que o Ira! não mais existe.
Eu, Andre e Gaspa faremos um novo trabalho, novas músicas e também tocaremos as nossas canções que dão no total 99% repertório do Ira!, é um patrimônio que não queremos e não vamos esquecer.
Uma página na história do rock brasileiro está sendo virada e uma nova se apresenta.
O Ira! sempre foi constituído por 4 integrantes e qualquer um que tivesse saido acabaria com a banda. Eu, o Andre, Gaspa e Nasi. Todos nós temos o mesmo grau de importância, independente de um aparecer mais que o outro na mídia, de ter composto mais canções, ter dado mais entrevistas, tirado mais fotos, etc.
Não faz sentido manter o nome por motivos de orgulho e eu estava indo pra essa direção, devido ás ofensas e agressões que li na imprensa, principalmente nas 2 materias da revista Flash. Estava cometendo um erro. Nessas horas o maior erro é usar a emoção e deixar de lado a razão.
Usando a razão ,agora sei que o Ira! acabou… Mas não os seus músicos! Por respeito a essa história, devemos mudar o nome.
No momento somos o TRIO
Estamos compondo. Espero que vocês gostem e que um dia tenhamos uma comunidade também aqui no Orkut para que os fãs se manifestem.
Abraços,
Edgard Scandurra.”
Sim, com a saída de Nasi, a banda vai apenas mudar de nome e Scandurra vai pegar de vez no microfone. Como dito acima, os caras já estão compondo, creio que não vá demorar muito pra sair algo novo. Sei lá, algo me diz que principalmente o Scandurra está “entusiasmado” com essa polêmica toda e quer mostrar trabalho o quanto antes, no melhor estilo “QUEM precisa do Nasi?”. Enfim, a banda pode continuar no mesmo “estilo”, mas a presença de Nasi sempre foi FUNDAMENTAL ali. Não sou muito fã da banda, mas reconheço que o cara vai fazer falta.
Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
O cover supremo. Os caras que conseguiram transformar a música mais bagaceira da galáxia em algo que pode ser ouvido sem aquela vontade louca de rebolar vergonha nenhuma. O mais interessante a respeito desse cover é a diferença do significado quando a música é cantada por pessoas de diferentes sexos. Enquanto o original interpretado por Gloria Gaynor é um forte hino de independência e do girl power ascendente da época, a versão do Cake é de uma melancolia gritante, interpretado por alguém que preferia estar morrendo do que que cantando que vai sobreviver e que passa isso para o ouvinte (tente dançar com a versão do Cake).
Esse contraste é suficiente para tornar a versão ótima, mas uma pergunta ainda fica no ar: porque eles fizeram isso dessa maneira? Seria a resposta sombria a versão original ou porque um hino masculino de poder e independência nunca seria levado a sério?
Eu ainda acho que eles adoram a letra, mas acham disco music uma merda.
Taí, mais um som do álbum Era Vulgaris, Make It Wit Chu. Convenhamos, o Queens of the Stone Age já fez clipes melhores, e eu VOTO por uma versão desse som com Mark Lanegan no vocal. Esse som é a CARA dele, véi.
Leia mais sobre Queens of the Stone Age clicando aqui.
Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Como a maioria das pessoas que eu conheço, só tive acesso a vida e a obra de Johnny Cash tardiamente, através da coletânea de regravações de grandes nomes do pop rock americano no começo deste século. Apesar do country americano não ser exatamente meu estilo musical predileto, as canções de Cash carregam uma melancolia singular que vão muito além de qualquer outra canção tocada num restaurante de beira de estrada em toda a extensão do Texas.
Hurt é um ode a uma vida cheia de desilusões e decisões equivocadas saída diretamente da cabeça doente do líder do Nine Inch Nails, Trent Reznor. Embora a versão original seja muito boa e interpretada com raiva por Reznor, a versão definitiva é a de Cash, especialmente se você já assistiu a sua cinebiografia Walk the Line (aqui no Brasil lançado como Johnny and June). Desde a morte de seu irmão, passando pela atribulada paixão com June Carter, o vício e sua conseqüente prisão por porte de drogas, além da relação pouco amistosa com seu pai, Johnny Cash sempre foi assombrado por diversos fantasmas. Hurt é seu exorcismo, revelando toda a angústia de um artista atormentado envolta numa bela e triste canção.
Tendo falado de uma verdadeira lenda da guitarra como Eric Clapton, me sinto obrigado a falar de uma de suas maiores influências. E não só do Clapton, mas de um certo Jimi Hendrix, também, não sei se vocês boiolas conhecem. Subindo mais um degrau na grande linhagem do blues, chegamos a um ótimo showman, que consegue empolgar qualquer um com seus shows. E olha que eu ainda nem tô falando do REI. Nascido em 36, em Lettsworth, Louisiana, Buddy Guy é o assunto de hoje. E, dessa vez, eu vou fazer a coisa AO CONTRÍRIO: Eu vou começar o post já mostrando o cara PIRAR tudo e DEPOIS eu falo sobre ele… apesar de Robert Cray já falar tudo sobre o cara no começo do vídeo. Divirtam-se:
Ya’all can help me sing that, I don’t give a damn!
Esse é o hôme, tocando no Crossroads Festival 2004. Ao lado do Clapton, aliás. A música é Sweet Home Chicago, um clássico do blues. E não adianta esconder: eu sei que você também se empolgou com esse cara tocando essa famosa guitarra com bolinhas, véi.
George “Buddy” Guy cresceu no Louisiana, pressionado pela segregação racial nos EUA, onde tudo era separado para brancos e negros. Seu primeiro contato com uma “guitarra” foi aos sete anos. O instrumento era improvisado: duas cordas presas com os grampos de sua mãe num pedaço de madeira. E foi com esse instrumento que Buddy Guy passou várias tardes na plantação, aprimorando sua técnica. Mais tarde, a coisa começou a melhorar. Guy ganhou um violão acústico Harmony. Eram quatro cordas a mais para se preocupar, e também mais um passo em direção ao sucesso.
No começo dos anos 50, o cara tocava com algumas bandas em Baton Rouge, capital de Louisiana. Mesmo assim, Buddy Guy nunca tinha saído do estado, quando, em 1957, um amigo seu disse “Ce devia trabalhar em Chicago, negão. Lá ce trabalha de dia, toca de noite e ganha tua grana, véi!”. E, claro, entre ganhar seus 28 dólares por semana trabalhando na Universidade Estadual de Louisiana e ganhar uns 70 por semana, tocar de noite e ainda ter a chance de conhecer nomes famosos como Muddy Waters e Howlin’ Wolf, que é que ce acha que o cara escolheu? Pois é, el… claro que não, sua BICHONA! Porra de faculdade o quê, véi! Ele foi tocar, porra! Ele era Buddy Guy, véi! Tinha o mundo pra conquistar! Eu nem sei por que eu ainda faço perguntas pra vocês. Buddy então se mudou para Chicago, onde arrumou um emprego e começou a tocar em bares, sendo bem aceito pela platéia. O cara era realmente carismático, empolgava a negada fácil fácil. E foi em 1958 que o cara conseguiu um contrato de gravação, numa competição com Magic Sam e Otis Rush. Uma beleza á primeira vista, mas ao contrário do que parece, Buddy não passou bons bocados com as gravadoras.
A Chess Records, que contava com artistas como Willie Dixon e Little Walter, além dos já citados Muddy Waters e Howlin’ Wolf, foi também a gravadora de Buddy Guy de 1959 a 1968. Pois é, nove anos sob o selo, e o máximo que fizeram pelo cara foi gravar um único álbum, “Left My Blues In San Francisco”, em 1967. A maioria dos sons mais voltados pro soul, que tava estourando na época. Ou seja, lascaram legal o cara. Claro que eles não deixaram de aproveitar o cara: Buddy Guy era quem tocava a guitarra de acompanhamento para os grandes mestres do blues da Chess, e era sempre o primeiro nome a ser chamado. Enfim, quem quisesse ver Buddy Guy tocando guitarra de verdade tinha que ver seus shows ao vivo, já que a gravadora não ajudava. E foi assim que sua fama se espalhou pela Inglaterra: Foi no “American Folk Blues Festival”, festival inglês dos anos 60, que Buddy Guy foi ouvido por jovens músicos como Eric Clapton, Jeff Beck e os Rolling Stones. Buddy se espantou com o quanto sua guitarra influenciou os ingleses. O cara pirava o bagulho, jogava a guitarra pra lá e pra cá e levava o povo ao delírio. Mas, como ele próprio disse certo tempo depois, “(…)apesar de eu ter tocado em outro continente, em casa eu ainda não tinha uma gravação minha(…)”. O cara achava que o problema era por ele tocar muito alto ou por usar muito feedback, mas aí Hendrix e Clapton estouraram por aí com os mesmos “truques” dele.
Foi então que Buddy deixou a Chess Records, assinando contrato com a Vanguard. E foi aí, também, que Leonard Chess, fundador da gravadora, percebeu a besteira que fez em não ver o quanto o estilo de tocar de Buddy Guy venderia. Assim sendo, a Chess Records acabou lançando muito mais álbuns de Buddy depois que ele SAIU da gravadora. Uma maravilha, não?
Sempre com o sorrisão na cara, véi.
O estilo de tocar guitarra de Buddy Guy é único, variando desde o blues mais puro e tradicional até o jazz experimental aéreo. O cara manda bem não só no blues, mas também no rock, no soul, em tudo. Porra, se ce botar Buddy Guy pra tocar samba, é bem capaz de Adoniran Barbosa REVIVER pra ir no show do cara. No DVD Lightning In a Bottle, de Martin Scorcese, pode-se ver Jimi Hendrix admirado na platéia assistindo Buddy Guy quebrar tudo, e… não, não quebrar tudo como Kurt Cobain fazia, véi. O cara tocava com uma mão enquanto tomava cerveja com a outra, tocava com o pé, com a boca, com o pé na boca, com a boca nas costas, de cabeça pra baixo, lavando o convés, saqueando mouros, enfim, de tudo que é jeito. Se você não se empolga com um show de Buddy Guy, então você não se empolga com NADA. Aliás, você é uma BICHONA ALOPRADA. O cara sempre disse que queria tocar como B.B. King, mas que queria se apresentar como Guitar Slim. Não que você, tanga, conheça alguma coisa de guitarra, claro. O estilo de Buddy é explosivo, passando rapidamente de um solo profundo e lento a uma explosão de velocidade, e se resolvendo na mais profunda expressão do blues, com bends em duas ou três casas, e vice-versa, ou qualquer coisa parecida com isso. Ou diferente. E, é claro, o vozeirão do cara ajuda bastante, também.
Quanto aos prêmios, se é que alguém realmente se importa com isso, Buddy Guy foi introduzido (heh) na Rock and Roll Hall of Fame, pra onde doou aquele seu primeiro violão Harmony, e ganhou cinco Grammys. Agora, perto do que pode ser considerado o maior “prêmio”, isso são só souvenirs: Muddy Waters, pouco antes de morrer, disse a Buddy “Don’t let them goddamn blues die on me”. O cara praticamente passou a tocha do blues pro negão, véi. A Buddy Guy Foundation até hoje paga pelas lápides de músicos de blues já esquecidos, dando a eles o respeito que eles mereciam em vida.
Buddy, hoje com 71 anos, ainda toca em festivais, junto a grandes lendas do blues e do rock, como B.B. King, Eric Clapton, Jeff Beck e Carlos Santana. E mesmo assim você prefere ouvir Franz Ferdinand e Arctic Monkeys. Você é uma vergonha.
Como de costume, eu deixo vocês com mais do cara tocando:
Voodoo Chile. Até o próprio Hendrix pagaria pra ver esse cover.
Um exemplo do estilo explosivo de Buddy, num violão acústico
ORRÃâ€! Essa aqui eu aposto que ce já ouviu com o SRV tocando, véi.
…ah, claro! Buddy Guy, assim como o Clapton, também gravou com Mark Knopfler. Imagino que ces vejam onde eu quero chegar com isso.
E o próximo “Música para se ouvir no convés” terá uma agradável surpresa, aye? Enfim, imagino que o sobrenome Fogerty não seja desconhecido por vocês… ou pelo menos pelos PAIS de vocês.
Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Veja bem, eu odeio Led Zeppelin.
Ok, me trucidem nos comentários mais tarde.
Mas não tem como não gostar de alguma coisa quando os Foo Fighters decidem ser engraçadinhos. Entoando um dos maiores clássicos das rodinhas de violão em todo o mundo, Dave Grohl além de interpretar uma das músicas gosta, tira com a sua cara, seu chato que fica tocando Stairway to Heaven e bebendo vinho barato que parece Tang de uva e acha que todo mundo gosta de te ouvir.
Esquecendo a letra, perguntando pro bateirista qual é a próxima frase e irritando todos os fãs xiitas de Led Zeppelin, Dave Grohl e seu cover tosco são nossa quarta posição.