Jogando e ficando puto Pt. 5

Nerd-O-Matic quinta-feira, 13 de novembro de 2008 – 22 comentários

Comentário relevante da semana

Na mosca Tchulanguero. Tá ficando cada vez mais difícil dar uma jogadinha rápida e malemolente. Nem os jogos de luta se salvam mais. Estou prevendo que o próximo TETRIS vai ter história também, com vídeos de tela cheia e tudo o mais.

Coisas que eu odeio nos games pt.5

Como eu anunciei na semana passada, após breve pausa retornamos agora a essa epopéia reclamadorística, onde cobriremos todos os aspectos possíveis e imagináveis que possam nos irritar nos jogos. Quando assumi essa tarefa eu não tinha idéia do tamanho da roubada, mas hei de persistir e exaurir todos os momentos e lances gamísticos que fazem meu ovo esquerdo doer e quase abandonar essa tão proveitosa atividade que é jogar vídeo-game. E vocês lerão tudo, e sentirão as mesmas dores que eu. E vocês também quase pensarão em largar o vício, mas então, deste momento crítico, nascerá o amor verdadeiro pelos jogos: quando você olha para o seu console objeto de afeto e pensa “você é uma merda, mas EU TE AMO VÍDEO-GAME”.

Porque o amor é brega, e a quem ama o feio, bonito este lhe parece. Pergunta pra sua mãe se ela te acha feio. Mas vamos ao nosso tema de hoje:

100 HORAS/100 SACO

Sabem, há muito tempo atrás, numa década distante de 80, vídeo-game era coisa de criança. Acho que foi assim até mais ou menos o fim da vida do Super Nintendo e do Saturn, lá pelo meio da década de 90. Naquela época os jogos eram majoritariamente coloridos e meio viadinhos de uma forma geral. Acho que a coisa mais violenta e adulta que existia era a calcinha da Chun-li.

Sério. Violenta. Ela era tão gostosa que chegava a doer em mim.

Já perdi o foco. Puta merda, é só ver uma calcinha que eu esqueço o que tô fazendo.

Mas enfim, creio que com o advento do Playstation no mercado brasileiro, pudemos contar com coisas um pouco mais maduras, o que já acontecia nos computadores há muito tempo com jogos como The 7th Guest.

Crássico

E gradualmente os vídeo-games passaram a ser apreciados também pela massa mais adulta, que agora podia contar com diliçinhas como Resident Evil, Silent Hill e Mortal Kombat em toda sua glória psicótica, rubra e sem noção. Não necessariamente nesta ordem.

Pues, eis que de repente os vídeo-games deixaram de ser atividade apenas de crianças vagabundas comedoras de Trakinas com Quick de morango, e se tornaram também maneira de fazer seus tios e primos perderem tempo em frente à tela.

Aonde eu quero chegar com isso? Boa pergunta champs. Achou que eu tinha me perdido né?

Foto: Chun-li

Do que a gente tava falando mesmo?

Ah, sim, eu falava que: desejo morte a todos os desenvolvedores que ainda não se ligaram que vários dos jogadores hoje em dia são ADULTOS, que precisam fazer outras coisas da vida como trabalhar, dormir, fazer churrasco e tomar cerveja. E, portanto, gostaria que parassem de fazer jogos com 100 horas de jogo. É claro que estou falando de Final Fantasy XII, o maldito jogo que eu NUNCA vou terminar na vida.

Quem acompanha essa coluna há alguns meses já sacou que eu pago pau pra Square e pra série Final Fantasy de uma forma geral. Mas véi, eu ODEIO o fato de lançarem um jogo da série que eu nunca vou conseguir terminar. Como pode as coisas chegarem a esse ponto? Um FÃ da série não consegue achar tempo pra terminar um jogo que adora. Isso não é só frustrante como também começa a te deixar com um pouco de raiva da empresa que você costumava apreciar.

Porque, convenhamos: FFXII é um jogo que caberia muito bem em umas… 30 horas. Assim como a maioria dos jogos de 50 horas caberiam numas… 10 horas. Sério. Pega qualquer RPG como Final Fantasy e Zelda, desconta o tempo que você fica FUCKING andando perdido de um lado pro outro, ou fazendo quests de voltar nos mesmos lugares trocentas vezes e o que sobra? Umas 2 horas de vídeozinhos, umas 4 de diálogos e uns… 37 minutos de jogo concreto.

Eu tenho mais de 70 horas de jogo em Final Fantasy XII, e quando eu tento lembrar de onde gastei essas horas, só consigo visualizar o meu grupo de personagens andando de um lado pro outro, muitas vezes indo e voltando pelos mesmos lugares pra ganhar experiência e entrar numa área um pouco mais adiante. Entra na nova área e repete tudo de novo. Soma aí mais várias dezenas de minutos gastos nos menus, pensando em estratégias para os gambits. Compra equipamento novo nos shops, testa equipamento, muda magia, etc, etc DOR NO MEU OVO ESQUERDO.

Isso é RPG ou Xadrez?

Eu sei que isso faz parte do jogo, e que é a espinha dorsal do que define um RPG. Mas não consigo deixar de ficar meio puto por gastar HORAS repetindo ad nauseum as mesmas atividades de ficar mexendo em menus e exterminando os mesmos bichos. Aliás, existe uma expressão em inglês pra isso: level grinding; quando você gasta tempo melhorando seus personagens pra poder avançar nas barreiras invisíveis do jogo. É uma atividade redundante, porque o jogo deveria ser ajustado para que você fluísse através dele, sem precisar parar em certos segmentos só pra ficar mais “poderoso”. É perda de tempo, é sinal de jogo mal-planejado. Ou intencionalmente programado de forma a estender artificialmente as horas de jogo.

Além do mais, me digam o que tem de TÃO errado num jogo curto? O que vocês preferem: um jogo de 100 horas das quais 70 horas são encheção de lingüiça ou um jogo de 15 horas de pura diversão? Sério cara, qualé a dificuldade em fazer as contas? Com menos encheção de lingüiça, teríamos menos tempo em desenvolvimento e conseqüente menor ocupação dos funcionários das empresas desenvolvedoras. O que redundaria inclusive em preços menores nos jogos. Acho que é do interesse de todos nós que a encheção de lingüiça seja abolida.

E olha que de lingüiça eu manjo.

Sobre MMOGs e MMORPGs

GameFreaks terça-feira, 11 de novembro de 2008 – 25 comentários

Permitam-me que eu me apresente, meu nome é Mario, e sou o novo estagiário do AoE. Como devem ter percebido, vou falar sobre MMOGs e MMORPGs, e neste tópico irei explicar-lhes o que são.

Primeiro, vamos começar a diferenciá-los pelo nome. Apesar de parecerem iguais, significam coisas diferentes:

MMOG: Massive Multiplayer Online Game – Jogo Online para Múltiplos Jogadores. Pode variar desde um jogo de futebol online, até jogos de tiro e dança.
MMORPG: Massive Multiplayer Online Role-Playing Game – Não tem uma tradução literal para Role-Playing, mas é algo como “Jogo Online Para Múltiplos Jogadores que segue uma Estória”. Ou seja, ele segue uma linha, uma história, que pode, inclusive, ser incrementada de acordo com os Updates que tal jogo recebe, tornando-o cada vez melhor. É, basicamente, um RPG Online, onde vários jogadores fazem sua “estória”. Eles ajudam NPCs (Non-Player Character, os “vendedores”) com seus problemas, ou os problemas da cidade, contados através das quests (missões), ou dos próprios NPCs.

Alguns exemplos de MMOGs são Combat Arms, Kick Off e Audition:

Combat Arms – Jogo de tiro da Nexon

Como exemplos de MMORPGs famosos temos Tibia, Maplestory, Lineage II, World of Warcraft:

MapleStory – MMORPG, também da Nexon

A diferença entre eles é grande, sendo que, nos MMOGs, não tem tanto assim algo que “prende” o jogador. Pode tanto ser levado à sério quanto ser tomado como um jogo casual. Já o MMORPG, é um jogo em que você dedica tempo e, muitas vezes, dinheiro, e começa até a se apegar ao personagem. No MMORPG, você também pode “montar” seu personagem do jeito que quiser, seguir um tipo de classe, etc. Já no MMOG, é difícil ocorrer algo deste tipo. Por isso, com o tempo, MMOGs podem acabar se tornando tediosos, já que acabam na mesmice, enquanto nos MMORPGs sempre vai ter algo mais pra se fazer.

Apesar de muitos MMOGs e MMORPGs ainda serem importados, existem empresas no Brasil especializadas em traduzí-los e adaptá-los para os brasileiros, criando um servidor nacional. Algumas famosas empresas deste ramo são Level Up! Games, com LineAge II, MapleStory e mais, OnGame com seu pequeno sucesso GunBound e GameMaxx, com o não muito conhecido Cabal Online. Quase sempre jogar no servidor local é a melhor opção, tanto por facilidades de pagamento das assinaturas ou de itens, quanto por melhor atendimento e facilidade de interpretação dos textos. Mas jogar em servidor internacional também pode ter vantagens. Em servidores internacionais sempre tem mais gente, você pode conhecer pessoas e culturas diferentes, além de poder treinar uma nova língua (quase sempre, o inglês). A desvantagem de ter um servidor local é quase única, sendo que quando se abre uma “franquia” do jogo em certo país, todos os IPs deste país são bloqueados nos servidores internacionais, com exceção das contas criadas antes da data de inauguração desta “franquia”.

Os Jogos Online também tem outra divisão. Existem Jogos Online pagos (P2P: Pay to Play) e gratuitos (F2P: Free to Play), apesar de muitos dos jogos pagos, futuramente, virarem gratuitos ou ganharem servidores gratuitos. Bons exemplos disso são Ragnarök, com seu servidor gratuito, e o Thor, lançado (não muito) recentemente. Outros exemplos são RF Online e Cabal Online, que também viraram gratuitos. Nos jogos pagos, normalmente, todos os jogadores estão em pé de igualdade, com possibilidades iguais de obterem os mesmos itens/leveis e acesso universal ao jogo. Já em jogos gratuitos, existem lojas de itens especiais, compradas com uma moeda virtual conseguida com dinheiro real, e obtidas apenas desta maneira. Também há jogos, como o Tibia, que não têm uma loja de itens, mas usa um sistema de Premium Account, onde o jogador Premium tem roupas novas, pode comprar casas e entrar em cidades acessíveis somente para jogadores premium.

Cabal Online – Um dos jogos pagos que virou gratuito

Nesse mundo também existem os servidores falsos de jogos, tanto dos pagos quanto dos gratuitos, onde você pode avançar mais fácil e, normalmente, pode obter tudo o que o jogo original tem a oferecer, de graça. Porém, não confie nesses servidores falsos. Muitas vezes eles vem com vírus, além de alguns cobrarem “vip”, se você quiser ter acesso total ao jogo, o que também não é uma boa idéia de se pagar, já que em vários casos, após alguns meses, o servidor fecha sem explicação alguma. Além disso, eles são muito chatos, por isso, jogue apenas o jogo original.

Lançamentos da Semana ~ 02/11 – 08/11

Games sexta-feira, 07 de novembro de 2008 – 2 comentários

Gears of War 2 (Xbox 360)
O primeiro Gears of War se transformou em um clássico do Xbox 360 e um dos motivos que levou muita gente a comprar, ou ao menos a respeitar, o console da Microsoft por causa de seu gráfico incrível, sensação cinematográfica e um sólido sistema de cobertura.
A continuação da série traz uma experiência familiar, que continua incrível.
O modo de campanha tem por volta de dez horas. Bem interessante, com uma boa história (ainda que sobrem algumas pontas soltas no final).
Já o modo multiplayer tem quatro novos modos, dez novos mapas, novas armas e agora com partidas de dez jogadores ao invés de oito. O modo multiplayer (assim como no antecessor) adiciona muita longevidade ao jogo, garantindo muito mais diversão além das dez horas de campanha.
Gears of War 2 ao invés de inovar traz um jogo mais polido e merece um espaço na coleção de fãs de jogos do estilo.

Resistance 2 (Playstation 3)
Enquanto os donos do Xbox 360 tem o Gears of War 2, os fãs de jogos de ação donos de Playstation 3 recebem Resistance 2, exclusivo para o console.
Em Resistance 2 a Insomniac melhora seu antecessor em vários aspectos com uma história épica e bons modos cooperativos e competitivos que aumentam o replay-value.
No primeiro jogo uma raça alienígena ataca a Europa, devastando os humanos. Você, no papel de Nathan Hale, escapa para os Estados Unidos no fim do jogo e Resistance 2 continua a partir daí, com Nathan há dois anos nos EUA, o último refúgio da humanidade, até que os aliens fazem um ataque em massa.
Durante o prólogo e sete capítulos (por volta de dez horas tudo) o jogo responde várias perguntas, mas deixa muitas pontas soltas. Já o modo multiplayer é bem polido, sendo um dos mais acessíveis, permitindo que novatos aproveitem bem o jogo.
Ainda assim, não sei o que pensar de um jogo de uma produtora que só fez jogos do Spiro e Ratchet & Clank.

A semana de um gamer ocupado [5]

Nerd-O-Matic quinta-feira, 06 de novembro de 2008 – 11 comentários

Jesuisdoceu, eu tava relendo minhas últimas colunas e vi que eu reclamei TANTO no último mês que nem parece mais que eu jogo vídeo-game, só reclamo. Então para dar uma aliviada temporária vou fazer a coluna de hoje com a tradicional e relevante cobertura do que eu estou jogando atualmente.

Wario Land: Shake It (Wii)

Eu confesso que nem ia jogar Wario Land, porque eu dei uma olhada numas screenshots da preview e tinha cara de jogo velho. E, como vocês devem saber, eu não sou muito fã de jogo velho em console novo. Acho um passo atrás. Eu vejo com péssimos olhos esse hábito de ficarem relançando todas as porcarias antigas no wiiware, acho isso um caça-níquel do caralho. E me irrita pra cacete achar que estão lançando MAIS JOGOS no wiiware do que jogos novos. Será que tá tão dificil assim fazer jogos decentes pro Wii?

Mas daí o Wario Land me cativou na campanha publicitária, que acho que foi uma das mais criativas que vi nos últimos tempos:

Esse tipo de coisa me deixa muito feliz, porque é a Nintendo fazendo o que faz melhor: gerar diversão a partir de coisas simples. A propaganda era despretensiosa mas extremamente divertida, então senti um Super Mario World vibrations ali, e resolvi dar uma chance.

Me deparei com um jogo muito bem-acabado e polido, que funciona redondinho e é diversão do começo ao fim. Wario Land tem todas as qualidade de um jogo que você começa e não consegue largar até chegar ao fim. As fases são curtinhas e passam muito rápido, mas também podem ser exploradas exaustivamente, dependendo do estilo do jogador. Gosto disso, desse lance de o jogo se adaptar ao estilo de quem joga; normalmente é sinal de respeito com o jogador e de muito tempo em desenvolvimento.

Mas o principal é que o jogo é DIVERTIDO. A história é altamente boba, na linha de todas os enredos que envolvem Wario, mas não atrapalha o jogo nem te cansa. E ainda por cima gera umas risadas devido às imbecilidades que rolam na tela. É um lance meio Trapalhões e tal: você ri porque é bobo. Mas o personagem sempre foi carismático, e é interessante jogar com um anti-herói de vez em quando.

E, a maior qualidade de Wario Land é o seu controle. Embora ele seja jogado com o wiimote na horizontal (totalmente oldschool) ele incorpora de forma muito inteligente os sensores de movimento do controle. Eu acho um tesão que você possa simplesmente girar o wiimote na mão intuitivamente pra mirar o bicho que você vai atirar. Isso é uso coerente das capacidades do wiimote: todos os novos movimentos são intuitivos e naturais, a tecnologia não se coloca no caminho da sua diversão, só incrementa ela.

Wario Land é uma aula de como fazer jogo oldschool no Wii. Ponto pra Nintendo de novo.

Ninjatown (Nintendo DS)

Taí outro jogo que eu não tava botando muita fé, porque tava me cheirando a N+. Jogo de tower defense com gráficos muito simples? Tá com cara de port de jogo em flash.

Bom, os gráficos e a história são mesmo uma bosta em Ninjatown, e eu continuo achando que os desenvolvedores se esforçam pouco com os jogos do DS. Porra, imagina que você é um desenvolvedor e tem um puta jogo divertido na mão; se você fizer um pouco de esforço pra deixar ele mais bonito ou com um som legal, você não vai lançar só um jogo, você lança um CRÁSSICO (lembram de Actraiser?). Mais esforço, desenvolvedores.

De qualquer forma, devo reconhecer que Ninjatown é totalmente excelente no quesito diversão. Esses jogos de tower defense são viciantes mesmo, e volta e meio eu perco horas com algum jogo desses na internet. Poder associar essa característica altamente viciante com o conforto de levar o jogo pra qualquer lugar no DS é quase perigoso à saúde. É sério. Eu já passo tempo demais jogando no banheiro, daqui a pouco vou ter hemorróidas. Daqui a pouco vou ter gangrena na perna. É foda quando amortece a perna com você sentado na privada.

Embora Ninjatown siga a fórmula básica dos jogos tower defense, ele aplicou alguns conceitos novos, incorporando inclusive o microfone do DS como recurso para atacar as unidades invasoras. Os upgrades das unidades de defesa funcionam bem e são complementados por poderes especiais, que vão surgindo com o avanço das fases. Esse, aliás, é um grande trunfo do jogo, sempre te estimulando a jogar mais com novos upgrades e poderes para as unidades de defesa. Também nem preciso dizer do conforto que é poder contar com a tela de toque do NDS, que é perfeita pra jogos desse estilo.

Concluindo: Ninjatown é um jogo simples, talvez simples demais pro meu gosto. Mas funciona muito bem no NDS e é diversão sem burocracia.

Midnight Club: L.A. Remix (Playstation Portable)

Deixei o melhor pro final. Vocês já sabem como eu pago pau pra Midnight Club no PS2, sendo que AINDA estou jogando esse troço, alternando com saudáveis doses de Burnout de vez em quando.

Já teve outro Midnight Club pro PSP, mas o loadings eram insuportáveis. Não estou exagerando quando digo que você passava mais tempo vendo tela de loading do que jogando. Era pesado demais pro PSP.

Peguei L.A. Remix com o mesmo receio, porque me parecia que só poderiam acontecer duas coisas: ou o jogo seria de novo pesado demais e os loadings encheriam o saco o suficiente pra me fazer largar do jogo; ou os caras cortariam muita coisa do jogo pra deixá-lo mais leve e diminuir os tempos de carregamento. Qualquer opção seria uma merda.

Errei e errei. Ainda bem. L.A. Remix é, sem dúvida nenhuma, o melhor jogo de corrida no PSP. Os gráficos são lindos, quase no nível do PS2 e a jogabilidade é perfeita, muito além de qualquer expectativa que eu tinha com o analógico tosco do PSP. Os controles foram mapeados de forma inteligente, e até mesmo trocar a música no meio de uma corrida é fácil de ser feito e não atrapalha o a sua performance.

A curva de aprendizagem é muito boa também, com as corridas aumentando gradativamente de dificuldade enquanto você vai pegando carros melhores e, mais importante, se acostumando com os controles do PSP. O jogo não te enche de grana, então as corridas são difíceis caso você não seja prevenido o suficiente pra guardar dinheiro para os totalmente necessários upgrades de desempenho do carro.

Lógico que a escolha de veículos é um pouco limitada, mas pelo menos são todos carros licenciados da “vida real” e eu sempre preferi jogar com os Camaros e os Nissans do que com modelos genéricos de carros (como acontece em Burnout). Os modelos dos veículos estão muito bem-feitos, principalmente na parte de tuning. Os caras enfiaram um leque enorme de opções para você personalizar seus carros, é impressionante.

Mas impressionante mesmo é o nível de detalhe que conseguiram comprimir no UMD do jogo. Cada carro tem suas peculiaridades, e as diferenças não são só visuais. Um Camaro ou um Dodge mal-tunados vão mesmo rabear feito loucos na pista, caso você não saiba controlar o bicho. Ao mesmo tempo, um Nissan ou um Golf são totalmente confiáveis e fáceis de controlar. Ficou muito realista e a satisfação de poder sentir isso num jogo de PSP é algo que ainda justifica a compra e posse do portátil da Sony. Ainda bem que a Rockstar continua sendo um desenvolvedor totalmente confiável. Estou colocando a Rockstar ao lado da Blizzard e da Square Enix graças ao que tenho visto nos Midnight Club.

Bom, é isso que ando jogando. Fim de ano sempre é uma época boa pra ser jogador, graças às opções que vão aumentando devido à proximidade do Natal. Então você já sabe: pára de ler sobre jogo e vai JOGAR MAIS, motherfucker NOOB (fiquei sabendo no Censo AOE que vocês não gostam de ser chamados de “noobs”, NOOBS).

Lançamentos da Semana ~ 26/10 – 01/11

Games quinta-feira, 30 de outubro de 2008 – 2 comentários

Little Big Planet (Playstation 3)
Um dos mais esperados títulos exclusivos para Playstation 3 finalmente chega às lojas, mesmo que inicialmente ele tenha sido anunciado para chegar junto com o console da Sony.
Little Big Planet é um jogo de plataforma em que você controla o Sack Boy, um boneco feito de saco com uma jogabilidade extremamente simples, apenas X para pular e R1 para agarrar.
O Little Big Planet, planeta título do jogo, é um mundo acima do cosmo para onde toda a imaginação solta da humanidade vai. O modo história tem oito mundos, como savana africana, deserto mexicano e um Japão cheio de ninjas, cada um de três a quatro fases, cada qual por volta de 10 minutos. Esse modo história é infelizmente curto, sendo possível fechar em por volta de seis horas, sem pegar todos os extras, mas é extremamente criativo.
O ponto forte do Little Big Planet é a personização. O Sack Boy é uma folha em branco, que pode ser completa com uma variedade enorme de itens. Os itens também podem ser criados e distribuídos pela internet.

Quem disse que o Sack Boy é fofinho?

A mesma coisa para as fases. O jogo oferece um profundo editor de níveis que, embora seja complexo, espera-se que a comunidade aumente (e muito) o jogo.
Little Big Planet é uma compra automática para todos os não tão felizes assim donos de um Playstation 3 e a desculpa para muitos outros justificarem a compra.

Fallout 3 (PC, Playstation 3 e Xbox 360)
Eu não sou um grande fã de RPGs ocidentais, talvez nem seja o fato de não gostar, talvez seja porque eu não jogo muitos títulos ocidentais do gênero, portanto tenho pouco a falar de Fallout.
O novo Fallout tem design de arte muito bom, liberdade para explorar o que você quiser, onde quiser, como quiser. Bom sistema de quest, com várias maneiras de completá-las.
Parece interessante… Os fãs do gênero estão bem animados.

Guitar Hero World Tour (Playstation 2, Playstation 3, Wii, Xbox 360)
O Guitar Hero World Tour além de ter 86 novas músicas, que o theo já colocou aqui, segue a linha de seu concorrente (maneira mais bonita de dizer copia descaradamente) e agora tem, além da guitarra e baixo usuais, bateria e vocal.
Alem das novas músicas e instrumentos o novo Guitar Hero trás a World Tour`s Music Studio, onde você pode criar suas próprias músicas e colocar no jogo. Para os noobs que não sabem tocar nada, podem baixar músicas de outras pessoas no GH Tunes, que inclusive ajuda a encontrar as músicas mais baixadas.

Master of the Monster Lair (Nintendo DS)
Jogo estranho da semana. Em Master of Monster Lair você cria seus próprios dungeons, e quanto maiores, complexos e difíceis, mais heróis vem à sua cidade, que começa a prosperar economicamente.
Destaque para o modo Wi-Fi, em que você pode enviar dungeons para os outros passarem e ir no dungeon dos outros.

Jogando e ficando puto Pt. 4

Nerd-O-Matic quinta-feira, 30 de outubro de 2008 – 26 comentários

Comentário relevante da semana

Na semana que passou tivemos tantos comentários brilhantes que ficou até difícil escolher só um. Vamos aos DOIS comentários mais geniais da semana então:

Boa Bel. Bel Boa. A Bel é prata da casa e, apesar de dizer nos seus textos que não curte levar atrás, aqui no cantinho do Huno o álcool entra e a verdade sai.

E depois o Red, dando uma aula de como fazer um comentário tosco e mentiroso, porém engraçado.

Orra véi, ri pra caralho. Red, cê é um ogro: parabéns.

Coisas que eu odeio nos games pt.4

Cês acreditam que já faz um mês que eu só tô reclamando dos jogos? Porra, é muita acidez nervosa pra uma coluna só. Vamos fazer o seguinte: na semana que vem dou uma pausa com o Jogando e Ficando Puto, abordo um tema diferente e depois volto de novo à carga na outra semana. É tanta coisa pra reclamar que eu não consigo largar do tema em definitivo. Nosso tema de hoje é:

MUITA HISTÓRIA, POUCO JOGO

Quer história vai ler um livro?

Eu adoro RPGs, Sério mesmo, eu jogo qualquer coisa de rpg que aparecer pela frente. Eu não sei exatamente o que me atrai para esse gênero específico, mas tem algo a ver com poder desenvolver os personagens ao longo do tempo, participar de caçadas e matanças de monstros épicos, descobrir itens cada vez melhores e, principalmente, poder participar de uma história bem contada.

É claro que nem todo RPG conta uma boa história, mas é o gênero onde você tem mais chances de encontrar uma história envolvente ao mesmo tempo em que está jogando vídeo-game. É mais vantajoso que ler a mesma historinha num livro, por exemplo. Você participa e faz a história avançar. E nos melhores RPGs você tem até o poder de decidir como a história vai se desenvolver. Um dos melhores exemplos disso é Chrono Trigger, com seus vários finais. Um ótimo RPG, porque te faz voltar a jogá-lo depois de terminado, só pra você ver quais são os outros finais.

Mas o ponto de hoje é justamente este: historinhas deveriam ser coisas confinadas aos RPGs. Se tem um lance que me deixa muito puto é quando um jogo INSISTE em emendar um arremedo de história num jogo que poderia passar muito bem sem ela.

NFS só tem enredo de bosta, aí eles apelam pra mulher gostosa. Por mim tudo bem.

Imediatamente me vêm à cabeça a série Need for Speed. Sempre uma história completamente débil mental TENTANDO acompanhar o jogo. Aí acontece aquela coisa clássica de você simplesmente ficar apertando o start e o x pra ver se pula tudo de uma vez. Caralho, pensem comigo: qual é a sua expectativa quando você pega um jogo como Need for Speed? O NOME do jogo é “Necessidade de Velocidade”, e daí você lá, louco pra enfiar o dedo no botão do acelerador e estourar todos os nitros possíveis, fazer drifts que vão quase te jogar pra fora da tela e explodir seu carro, fugir da puliça e achar todas rampas do jogo que vão te lançar voando sobre os oponentes… resumindo: tocar o horror e rodar adrenalina pelo sistema.

Aí não rola nada disso. Cê liga o jogo e além de ficar aguentando tela de loading, ainda tem que ficar vendo tela de historinha. E historinhas totalmente clichê, com roteiros mal-chupados de filmes como “Velozes e Furiosos” ainda por cima.

Putaqueospariu Electronic Arts, pára de tentar contar história, por favor. Tentem fazer como Gran Turismo, que nunca teve PORRA NENHUMA de história, mas continua sendo o melhor simulador de direção que existe.

Mas tem coisa pior. Peguem Tekken, por exemplo. Sempre achei Tekken um ótimo jogo de luta, fácil de começar mas difícil de dominar. Lutas rápidas, cenários e lutadores bem-feitos, enfim, um primor de jogo pra quem gosta de baixar o sarrafo num oponente. Mas aí tu vai lá e vê aquela BOSTA FUMEGANTE que é o modo Tekken Force, onde os caras quiseram criar um história pra você ir seguindo com o personagem. Aquilo ficou muito ruim. A história não serve, os cenários não servem e tosquíssimo modo de luta beat em’ up ficou a coisa mais horrível do mundo. E os caras colocaram aquilo desde Tekken 3, se bem me lembro.

Force Mode é um saco

Mas ainda tem coisa pior do que historinhas num jogo onde você não queria ver historinha: historinhas que não dá pra pular. Porra, essas são de matar.

Por que, você sabe, tem horas que a gente só quer dar uma jogadinha esperta, pegar o joystick, desligar o cérebro, tocar um foda-se em perder um tempinho com seu vídeo-game preferido. Não tem coisa mais desrespeitosa com o jogador do que OBRIGAR ele a assistir uma bosta duma historinha que não faz diferença nenhuma no jogo. Você está efetivamente comendo o tempo do jogador com algo que ele não quer fazer. Custa botar uma opção pra pular as cenas ou filminhos ao toque de um botão? Porra, não pode ser tão dificil.

Bônus irritação: Cenas de execução de magias que não dá pra pular. Extremamente irritante você ter que aguentar as mesmas longas cenas a cada vez que executa a porra da magia. Estou falando de você Final Fantasy VIII.

Mas o pior de todos mesmo é Metal Gear Solid. Não me entendam mal, eu sempre curti MGS, principalmente por causa da história. Eu acho que o Hideo Kojima criou um universo muito lôco, que funciona perfeitamente com o estilo de jogo de ação tática. Mas caralho, quando cê fica quase uma hora apertando botão x pra passar CADA DIÁLOGO dos personagens, isso é algo que faz você perder um pouco do amor pelo jogo sabe? Lembram do Metal Gear 3 com quase uma hora de história só para o jogo começar? Pelamor, isso é abuso sexual da minha paciência.

Quer ler um livro vai jogar vídeo-game

Desenvolvedores, duas dicas espertas pra vocês: botão de pause e botão de pular cena. Sério, não façam a gente perder mais tempo do que já perdemos com as telas de loading.

Lançamentos de Jogos da Semana – 19/10 ~ 25/10

Games quinta-feira, 23 de outubro de 2008 – 1 comentário

Fable II (Xbox 360)
Fable é um jogo de escolhas. Nele você deve escolher entre dois caminhos, bem ou mal. Ainda que em ambos você seja um herói e boa parte da história seja igual, cada uma das perspectivas muda bastante o jogo.
Nesta nova versão da série os gráficos e o som está melhor do que nunca e, entre outras adições, agora você tem um cachorro, que dizem que adicionou muito ao jogo já que ele acaba fazendo uma ligação emocional com você.
O mundo de Fable II é bem mais denso e extenso que nunca, e ainda que a história seja um pouco superficial você vai acabar voltando.

Castlevania: Order of Ecclesia (Nintendo DS)
Quando foi lançado o primeiro Castlevania para DS (Dawn of Sorrow) os fãs da série admitiram que chegava perto do melhor jogo da série (e um jogo que deve estar em qualquer lista dos melhores jogos de Playstation, ou até de melhores jogos em geral), Castlevania: Symphony of the Night. O Order of Ecclesia conseguiu ser o primeiro Castlevania a arranhar o intocável caixão de Symphony of Night.
Ainda que seus personagens não tenham o carisma absurdo do Alucard, Order como jogo é bastante sólido. Retorna graficamente ao estilo mais sério de Symphony e ao mesmo tempo inova. Ao invés de fechar a série do DS ele inova a série tirando os Belmonts e as armas.
Em Order of Ecclesia você é uma mulher, e ao invés de equipar armas existe o sistema de Glyphs, que funcionam como armas, magias, invocações e transformações, véi.
O jogo também é difícil (não um Contra 4, algo mais equilibrado), algo infelizmente raro hoje, e com chefes que são realmente difíceis.
Order of Ecclesia é um jogo que merece o hype e vai sobreviver depois dele. Symphony of Night pode estar com suas noites contadas.

Wii Music (Wii)
Wii Music não é exatamente um jogo… Você também não toca musica de verdade… O jogo pode ser um pouco divertido… Para crianças de três ou quatro anos. Ou para um tanga que nem você.
Bla bla bla, puppies are cute.
Poupe-me Nintendo, com todo aquele suspense no fim da convenção na última E3 eu esperava um novo Zelda, e vocês me entregam isso?

Jogando e ficando puto Pt. 3

Nerd-O-Matic quinta-feira, 23 de outubro de 2008 – 22 comentários

Comentário relevante da semana

Motherfuckers desgraçados, o comentário relevante desta semana me trouxe um sorriso aos lábios maior do que o normal:

Inicialmente, só enfiei o comentário da Lorena aqui por dois motivos: 1) Pelo jeito ela é gostosa e 2) Ela parece ser BEM gostosa. Mas aí descobri que a garota toca com toda raça e pujança um site sobre World of Warcraft, e meu respeito pela menina triplicou. Agora sim essa merda de coluna tá atraindo os leitores que interessam (heh).

Coisas que eu odeio nos games pt.3

Muito bem. Certas coisas acontecem nos bastidores desse grandioso site e vocês nem ficam sabendo. Por exemplo, já faz semanas que eu tento convencer a Bel a escrever sobre um assunto aí no quadro dela. Mas como ela é uma menina recatada, ela se recusa. Então, como eu acho que o tema é muito relevante pra todos vocês, eu resolvi abordar o assunto neste gracioso espaço semanal. Hoje, contra todas as expectativas, falaremos de:

SEXO ANAL

Zoei

Mas é claro que nós falaremos disso nos games. Ou cês acham que eu manjo alguma coisa de dar a bunda? Se é isso que vocês querem, leiam o Morróida, que aliás não tem esse nome à toa.

“Mas como o sexo anal se apresenta nos games?”, vocês se perguntam. Ora pimpolhos, o sexo anal está presente de várias formas nos vídeo-games, e às vezes você nem mesmo percebe que está sendo enrabado por um jogo.

Vamos começar pelo óbvio: propaganda homoerótica masculina. Compare esses dois personagens de jogos e me responda qual é o mais ligado às práticas homo-sexo-anais:

KRATOS, do God of War ou…
BENIMARU, do King of Fighters?

Escolheu um? Eu sei que escolheu, e isso mostra como você é um tapado. É evidente que OS DOIS personagens são altamente propagadores do homoerotismo. Eu explico, porque você é noob; qual é o propósito de qualquer “herói” em um jogo? Fazer com que você se identifique com ele, que você queira ser ele por algumas horas e fazer as coisas que ele faz para, pelo menos, tocar o jogo até o final. Agora, fala sério: como você, nerd barrigudo e virgem, poderia se identificar com a figura do Kratos, um gigante musculoso e que come duas mulheres ao mesmo tempo?

Foto: Kratos

O Kratos não está lá pra você se identificar com ele, ele está lá pra satisfazer os desejos sexuais da mesma comunidade que gostou de ver aquele bando de stripers depilados e de olho pintado em “300”.

Foto: Stripers

Esses caras não são de forma nenhuma representantes do macho médio, que não tem tempo pra ficar fazendo fisiculturismo e nem cuidando da sua estética, já que todo o tempo disponível deve ser gasto fazendo churrasco, tomando cerveja e pegando mulher. E nos intervalos, jogando vídeo-game, óbvio. Nenhuma das atividades do macho médio roots contribui para que ele se torne um striper depilado com sombra nos olhos.

Na qualidade de representante do público masculino, em verdade vos digo: se for pra ver pessoas semi-nuas num jogo, elas deveriam ser apenas do sexo feminino:

Sarah, do Half-Life

Eu não vejo um único motivo que justifique a existência de homens semi-nus nos jogos. Desculpa aí, mas isso é coisa de viado.

E, pra deixar claro de novo, eu não estou nem aí pras suas preferências sexuais e muito menos pregando segregação dos homossexuais. Mas estou dizendo sim que me incomoda muito ter que engolir a propaganda homoerótica e metrossexual em praticamente tudo que é jogo lançado. Aliás, eu apóio totalmente o lançamento de jogos REALMENTE gays, como aquele jogo do Nintendo DS onde você se “diverte” esfregando a toalha em um monte de macho suado.

Se foder

Acho ótimo, porque o jogo não fica DISFARÇANDO que é gay. Assim eu posso simplesmente escolher não jogar. Maravilha.

Outro grande exemplo anal-erótico são os rpgs japoneses. Alguém me explica por que caralhos nipônicos todos os personagens masculinos precisam ser andróginos?

Sérião: por que um homem precisa sempre parecer com uma menina nesses jogos? Qual é o problema de botar um cara normal lá pra fazer o personagem? É errado ter cara de homem e parecer com um homem? Essa tendência se tornou tão absurda que começou a atingir os jogos de outros gêneros também, como Resident Evil:

Foto: emo

Meu, o personagem principal de RE é um emo. Desde quando emos matam zumbis, se eles são especializados apenas em chorar, escutar música ruim e se matar logo em seguida? Isso é totalmente irrealista. COMO eu vou me identificar com um emo num jogo?

E é justamente essa a questão: eu quero jogar RE porque acho que é um jogo bom e extremamente divertido. Mas digamos que estraga muito a minha experiência eu ter que me colocar na pele de um EMO. Porra, mirem-se em Silent Hill: Origins, desenvolvedores de merda, onde o personagem principal era um CAMINHONEIRO. É tão dificil assim?

Isso é uma forma clara de sexo anal nos games: você é obrigado a expor sua bunda pra poder jogar. E os caras nem te dão a opção de jogar com outro personagem; ou cê é um emo ou não joga. Orra, isso é uma violência extrema contra a minha virgindade anal.

Outra grande maneira de ser enrabado ao jogar: propaganda nos jogos. Eu já falei disso antes, acho. Mas a questão não muda. É simplesmente absurdo você pagar por um jogo e ter que ficar aguentando comercial dentro dele. É como ir ao cinema, pagar pra ver o filme, e ainda ter que assistir quinze minutos de comerciais. Pensando bem, é pior. No cinema você pode dormir e pedir pra sua mulher te acordar quando o filme começar. Nos jogos você NÃO TEM COMO dormir e ignorar as propagandas; elas são enfiadas na sua cara o tempo todo. Isso é ser enrabado não poder nem reclamar. Se não gostou, vai ficar sem jogar. Abaixa a calça aí e fica quieto.

Second Life é mestre nisso

Mais um estupro anal: pagar por conteúdo que JÁ TÁ NO JOGO. Na minha opinião essa é a última grande enrabação master que as distribuidoras criaram. Você paga pelo jogo e ele vem PELA METADE. Vou dar só um exemplo recente dessa tendência, que é o jogo Soul Calibur 4. Você compra a porra do jogo, louco pra chutar bundas com personagens espetaculares e não-emo, e daí descobre que se você quiser jogar com personagens novos como Darth Vader e Yoda vai ter que PAGAR DE NOVO por cada um deles. Isso é demais cara, é como comprar um carro e ele vir só com três rodas. Aí o carro vem também com um ET portador de sonda anal, que imediatamente sai do porta-malas e realiza um estupro na sua área posterior enquanto você está tentando instalar o quarto pneu que tava faltando e que você acabou de comprar na Xbox Live.

Bons tempos em que os jogos vinham INTEIROS, e você só precisava ser um bom jogador pra desbloquear os personagens secretos. É o fim de uma época mesmo. Hoje em dia não existe esforço e dedicação envolvidos no ato de jogar. Quer tudo na mão? É só PAGAR. Pagar pra ser enrabado.

Sexo anal nos games. Eu gostaria que isso parasse.

Lançamentos de Jogos da Semana – 12/10 ~ 18/10

Games quinta-feira, 16 de outubro de 2008 – 3 comentários

Dead Space (PC, Playstation 3 e Xbox 360)
Nessa semana a Eletronics Arts traz um ótimo jogo de survival horror. O gênero está cheio de jogos em que você acaba em um ambiente hostil cheio de monstros e Dead Space não é exceção, mas desde o começo do jogo você nota que ele é diferente.
A espaçonave de mineração USG Ishimura (uma pequena nave que minera planetas inteiros) perde o contato com a base e o engenheiro Isaac Clark é enviado com mais algumas pessoas em uma missão de rotina para restabelecer o sistema de comunicação, mas logo ao chegar na nave fica claro que algo errado aconteceu. Você é separado do resto do seu time pelo que foi a tripulação do Ishimura, que se transformou em monstros chamados Necromorphs.
O jogo tem vários detalhes interessantes, como a ausência de mostradores de informação na tela, sua vida é mostrada através de um cano em suas costas e a munição é mostrada em um visor na sua arma. Os menus também não abrem novas telas e sim um holograma, que aparece na frente do seu personagem.
Inimigos inteligentes, boa história, ótimo som e gráfico, gameplay realmente assustador e um interessante sistema de batalha, focado em estrategicamente desmembrar os inimigos (fala se isso não soa extremamente macho?). Ainda que as missões sejam um tanto quanto repetitivas, Dead Space definitivamente é um jogo que merece atenção.

Saints Row 2 (PC, Playstation 3 e Xbox 360)
Quando o primeiro Saints Row foi lançado a dois anos ele era uma alternativa aos fãs de GTA na nova geração enquanto não era lançado o próprio Grand Theft Auto IV. Enquanto este se preocupou em trazer mais maturidade ao gênero, Saints Row 2 não está nem um pouco preocupado com isso e é uma opção de GTA 4 imoral.
Começando com um extenso editor de personagem, um sistema de combate gratificante, liberdade para destruir o que você deseja, uma boa variedade de coisas a fazer, bom modo cooperativo e até uma invasão de zumbis, vei.
A inteligência artificial do jogo é bem fraca, as missões são repetivas mas o jogo parece, no mínimo, interessante.

Jogando e ficando puto Pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 16 de outubro de 2008 – 27 comentários

Comentário relevante da semana

Na coluna da semana passada pudemos contar com o comentário do JÃO:

Parabéns Jão. Parabéns pela sua tenacidade, empenho e paciência pra JOGAR UM JOGO VELHO DO CACETE.

Coisas que eu odeio nos games pt.2

Cara, como foi bom reclamar dos loadings na semana passada. Eu juro pra vocês que era um lance que me incomodava há anos, desde que os loadings realmente começaram a ficar chatos no playstation 1.

Mas é lógico que o lance não podia parar por aí. Na coluna de hoje falaremos de outro grande mal que assola os jogos contemporâneos:

Ficar FUCKING perdido no meio do jogo

Percebam a ênfase que eu dei na frase; eu não falei em simplesmente dar umas voltinhas numa dungeon até achar a saída, aquele lance meio Diablo ao qual todos estamos acostumados. Eu estou falando em ficar mais perdido que a sua virgindade anal num rodízio sexual de negões e convenção extra de aliens intergalácticos portadores de sondas anais com fins especulativos e cientificos.

“Eu venho para este rodízio em paz.”

Isso é se perder.

Mas vamos ilustrar com jogos, não é mesmo? Afinal, falar da ex-virgindade anal de vocês é chover no molhado.

O exemplo mais óbvio de ficar FUCKING perdido no meio do jogo está nos rpg’s, principalmente nos mais oldschool; é quando você se encontra no meio do maldito mapa enorme e não sabe pra onde ir pra encontrar o dark chocobo mágico restaurador de virgindade anal. Aí você sai andando de um lado pro outro, torcendo pra que do nada aconteça algo esdrúxulo que te diga que você está indo na direção certa, mas na verdade a única coisa que você acha é um monte de encontros randômicos com monstros que vão te matar, tirar sua virgindade anal e fazer você voltar no save de duas horas atrás. Porque já faziam duas horas que você estava rodando no mapa sem saber pra onde ir.

Tá fácil de saber pra onde ir, hein?

Tudo porque os desenvolvedores preferiram não te dar um mini-mapa apontando onde caralhos fica o dark chocobo mágico portador de sonda anal. É nessas horas que precisamos reconhecer a genialidade de jogos como Grand Theft Auto, com seu mini-mapa onipresente e sempre apontando a próxima missão e os principais pontos de interesse. Pra mim, isso é uma maneira muito clara de dizer: “esse jogo é FODA, e tem tantas coisas FODAS e DIVERTIDAS pra se fazer que a gente não quer que você perca tempo procurando por elas”. Respeito com o tempo do jogador e tals.

Mas existem coisas piores do que a falta de mapa.

Ah, eu me lembro. Eu me lembro das horas perdidas dando voltas naquela maldita torre de Devil May Cry 3. Sabem aquela torre que tem trocentos lances de escada e na qual às vezes você erra o pulo e cai pelo meio da torre INTEIRA até chegar no chão e ter que subir tudo de novo? Sabem como eu chamo isso?

INFERNO NA TERRA

Alternativamente também gosto de chamar de “vai se foder desenvolvedor de merda, pega essa torre inteira, dobra e enfia na sua ex-virgindade anal”. Os caras acham que a gente não tem mais o que fazer além de ficar subindo escadas. Você já subiu escadas na vida real? Meu, é um SACO subir escadas. É como andar, só que pra cima. Não é por acaso que inventaram elevadores. BOTA UM ELEVADOR NO JOGO, FDP.

Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu costumo evitar os jogos que têm puzzles. Manja puzzles? Aqueles “quebra-cabeças de cenário” onde você precisa fazer alguma coisa no ambiente, mover um objeto, levantar uma alavanca, pisar num certo lugar? Cara, como eu odeio isso. Não tem nada de divertido em ficar correndo de um lado para o outro procurando um lance escondido no cenário. Sabe quando você derruba a chave do carro embaixo da geladeira? E daí você tem que se arrastar pelo chão pra achar a porra da chave? E daí você acha um amendoim, uma pipoca e uma moeda de 7 centavos embaixo da geladeira, mas não acha a chave? Me digam quando alguma vez na vida de algum motherfucker foi legal ficar procurando coisas perdidas? Agora, olha que legal, vamos simular esse comportamento inútil NUM JOGO! Pra mim isso é só uma maneira artificial que os desenvolvedores encontram pra esticar o tempo de jogo e dar a impressão de que você está jogando, quando na verdade você não tá fazendo PORRA NENHUMA.

PUUUUZZLE… digo… MIOOOLOS…

Mas os puzzles são apenas uma das modalidades de estrutura gamística que fazem você perder tempo. O filet mignon de ficar FUCKING perdido é mesmo quando você não tem a menor idéia do que fazer no jogo. Não confunda com “não saber pra onde ir”, já explorado no começo desse texto. Agora estou falando daqueles momentos onde você simplesmente não sabe o que fazer, porque o jogo não diz. Gostoso mesmo é quando isso é um bug do jogo, causado por exemplo pelo fato de você não ter falado com algum personagem que ficou pra trás. Aí cê não pode voltar, aí o jogo trava e você fica fudido e mal-pago sem ter o que fazer a não ser dar load no último save e correr pro gamefaqs.com pra descobrir onde você errou.

Isso é bem legal, porque teoricamente o jogo deveria ser testado antes de ser lançado em sua versão final, mas às vezes os caras deixam mesmo passar esse tipo de coisa. Aí você fica lá feito um imbecil, até se dar conta de que não tem jeito e você vai ter que refazer tudo. Saboroso.

Nossa, véi, estou achando que reclamar dos jogos é mais gostoso até do que ficar jogando eles. Acho que estou ficando velho e ranzinza. Azar de vocês.

Aliás, se algum de vocês noobs quiser sugerir algo que odeiam nos games, fiquem à vontade aí nos comentários. Quem sabe eu me dou ao trabalho de contemplar a sua idéia numa futura coluna.

confira

quem?

baconfrito