Vídeo-games: a honra em primeiro lugar.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 20 de dezembro de 2007 – 8 comentários

Eu confesso que estava evitando tocar nesse tema desde que vi o vídeo no Destructoid pela primeira vez, mas chega um momento em que você precisa encarar seus demônios. E, infelizmente, ignorar um problema não faz com que ele suma.

á essa altura, imagino que quase todos vocês já tenham visto esse vídeo

O que temos aqui? Um garoto, de sexualidade ainda indefinida, sendo ENRABADO pelo animal de estimação da casa enquanto joga Wii.

Tem tantas coisas erradas nessa última frase que eu nem sei por onde começar.

Em primeiro lugar, por que o pequeno motherfucker tinha que estar jogando Wii? Porra, como se o console da Nintendo já não tivesse fama suficiente de console de veado. Isso parece até jogada da concorrência, para desestimular a compra do console pelos jogadores machos que ainda existem. O Wii não precisa de mais uma propaganda denegrindo seu público; até porque jogos como Cooking Mama e Warioware já fazem o suficiente pra destruir qualquer fama heterossexual que o Wii poderia ter. E é uma fama cada vez mais injusta, cara; o Wii tem jogos como Metroid, Resident Evil, Manhunt 2, entre outros que atestam a capacidade não aproveitada do console para agradar aos jogadores que prezam sua própria honra gamística e masculinidade. Ser o vetor de um estupro canino era completamente desnecessário para o pequeno console da Nintendo neste momento.

Mas ao mesmo tempo, não consigo imaginar isso acontecendo com um jogador de X360 ou de PS3; notem que o garoto estava numa postura relaxada e descontraída, só permitida pela liberdade e descompromisso que o wiimote proporciona, ao se jogar com apenas uma mão, por exemplo (não no caso desse jogo do vídeo). Qualquer jogador hardcore que se reconheça como tal, NUNCA ficaria de quatro no chão pra jogar. Eu, pelo menos, tenho uma poltrona especial para jogar, onde você assume a postura mais adequada para passar horas afundado nos jogos.

Parecida com essa.

É realmente uma questão de respeito e seriedade com a atividade que você vai desempenhar. Mas não se pode pedir que todos levem o vídeo-game á sério, lógico. E o resultado é esse que vocês viram: casual gamer = perda da virgindade anal.

Outro ponto importante: por que demonhos endiabrados o desgraçado do moleque não baixou o sarrafo no cachorro? Vão dizer que o guri é veado e que tava gostando, mas eu não acho que a resposta seja tão simples. Ninguém é totalmente veado numa idade tão tenra, a não ser talvez o Théo, que SEMPRE gostou de catar conchinhas. E, se o guri estivesse mesmo gostando, não ficaria se contorcendo de um lado pro outro, tentando se livrar do animal excitado, apenas manteria a postura quadrúpede, enquanto o animal realizava seu trabalho sujo. Então não pode ser isso.

Notem ainda que o cachorro era de grande porte em relação ao guri, o que dificulta a fuga sem a utilização dos pés e mãos. Não, não creio que o guri tenha fortes tendências homossexuais. O erro dele foi desprezar a excitação e empenho do cachorro, acreditando que o animal reconheceria que ele estava no meio de uma atividade importante e que não podia parar para satisfazer as necessidades sexuais do canino.

Mas isso só vale para o movimento inicial do cachorro, claro, já que ele teve a vantagem da surpresa, atacando o guri covardemente por trás enquanto ele estava distraído. É normal que o garoto leve um certo tempo para entender o que está acontecendo e só então tente se desvencilhar da besta no cio. Mas não TANTO TEMPO, porra. Depois do movimento inicial, bastava apertar o pause do wiimote, largar o controle e escapar do cachorro, não? Ok, nem precisava largar do wiimote, ele podia ser utilizado como arma para se dar um cacete no focinho do bicho, por exemplo. Extremamente eficiente.

Mas o fato é que a criança parece tão absorta no jogo, que tudo o mais á sua volta simplesmente perdeu a razão de ser, se tornou apenas pano de fundo para o jogo. Note que antes do estupro iniciar, o garoto estava realmente transtornado com o FPS em questão, gritando imprecações e xingamentos dirigidos ao jogo. Após o ataque do cachorro, ele continua preso ao jogo, como única coisa importante a ser feita.

Chamo sua atenção para a mão desesperada do garoto apontando para a tela, aos 30 segundos do vídeo, um atestado de tenacidade e vontade de jogar, mesmo sob as mais horríveis condições.

Só… mais um… tiro.

Não é uma mão pedindo ajuda, como a mão estendida da pessoa que se afoga em alto-mar, ou que desaparece na areia movediça. É a mão de alguém que só quer jogar, mesmo que isso signifique a perda total e irreparável de sua honra. Mesmo que isso deixe traumas indeléveis na sua infância. Mesmo que isso crie um hábito no cachorro, que agora não perdoará nunca mais os membros da família que derem condição para uma enrabadinha malemolente e rápida, sem sentimentos, sem paixão, sem DR.

Mas isso é ERRADO, caras. A vida real não está nos jogos. Por mais que eu advogue que todos vocês precisam jogar mais, nunca abram mão da sua honra pra jogar. Vocês deram risadas do vídeo, que eu sei, mas ele não é engraçado. Ele é TRISTE. É por causa das atitudes desses pequenos desajustados que toda uma comunidade gamer fica marcada e mal-vista. Ajudem a construir um futuro melhor para os gamers desse país, joguem mais, mas sejam honrados, sejam piratas, e façam o que é certo.

E nunca, NUNCA, joguem de quatro, ok?

Duke Nukem Forever

Games quarta-feira, 19 de dezembro de 2007 – 2 comentários

Vocês já tinham perdido as esperanças, né? Eu também. Prometido desde 2001, Duke Nukem Forever vai no mínimo entra pra história como o jogo que mais enrolou o público. Durante esses 6 anos, muitos comentários sagazes foram feitos á respeito do jogo, como “it will take forever to be done”, e coisas do tipo.

“This is not an early/misplaced April Fool’s joke; 3D Realms’ George Broussard revealed that tomorrow, it will release the first Duke Nukem Forever footage since 2001. At the company Christmas party, some 3D Realms employees surprised attendees with a teaser trailer. The decision was then made to share it with the public, and while it’s just a teaser, rest assured that more is coming. Come back tomorrow around noon (CST), 10am (PST), or 7pm Euro time…”

Notícia tirada daqui.

Sem mais enrolações (já teve muita), aqui está o trailer. Atenção especial para esta imagem de Duke Nukem 3D (1996), que mostra um calendário com a data “December 2007”. Será coincidência?

Review – Hitman: Blood Money

Games segunda-feira, 17 de dezembro de 2007 – 10 comentários

E no quarto dia, chegamos ao fim. Hoje eu trago para vocês a resenha final da franquia Hitman, Blood Money. Ele é o meu favorito, e não é mera coincidência, pois ele é o mais completo e divertido. Bom, vamos começar antes que eu acabe resenhando o jogo aqui na introdução.

[*]Ano: 2006
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX/XBOX360
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

Baltimore, algum tempo atrás. Uma Roda-Gigante quebra, matando várias crianças. O acidente foi causado pela negligência do dono do parque, que não fez a manuntenção do brinquedo. Com sede de vingança, o pai de uma das vítimas liga para a ICA e encomenda a morte do dono, que foi inocentado das acusações. O agente 47 se encarrega do serviço. Novos clientes surgem, todos querem contratar o legendário 47.

Presente. Entrevistado por um repórter que foi até sua residência, o ex-diretor do FBI, Leland “Jack” Alexander, narra as ações de 47 nos últimos dois anos, e seu envolvimento nesses serviços. O repórter marcou a entrevista para obter informações sobre um recente ataque á Casa Branca, mas logo fica claro quem esteve por trás disto. Com os agentes da ICA sendo eliminados por um super-assassino, 47 se vê á frente de uma conspiração. E uma grande traição.

Lembram que eu disse que considerava Hitman 2 possuidor da trama mais importante dentre a série? Pois é, eu esqueci de falar que isso era apenas em termos de construção do protagonista. Continuação direta de Contracts, Blood Money não só contém uma trama de nível cinematográfico, como também marca… Opa, quase dou um spoiler estrondoso aqui. Melhor ficar quieto. Darei apenas uma dica: O jogo tem dois finais, um falso e um verdadeiro.

Bancar o franco-atirador é necessário algumas vezes

O jogo foi reestruturado, e ficou muito mais divertido. Desta vez, você terá um, digo, vários bons motivos para se manter “invisível”. Primeiro: Se você causar muito alarde durante as missões, você provavelmente terá testemunhas, certo? E testemunhas significam mais pistas sobre sua identidade, certo? “Ahn? Como assim?”. Desta vez, o nível de suspeita sobre o seu disfarce é acumulativo. Ao final de cada fase, será mostrado um jornal, contendo informações da perícia policial e alguns easters eggs (para quem jogou os anteriores). Nesta perícia, você poderá ver tudo que a polícia sabe a seu respeito, e dependendo do número de testemunhas, um RETRATO-FALADO de seu rosto. Armas que você deixar para trás contarão como evidência. Cuidado para não ser pego por câmeras.

“Puta que pariu, e agora, o que eu faço?”. Calma, pessoas perdem a memória com a quantia certa de dinheiro. Você pode subornar testemunhas e até mesmo a polícia, para que eles fiquem de boca fechada. “E como caralhos eu faço isso?”. Com dinheiro, ué. Este é o outro motivo para se manter na surdina. Um sistema de recompensa foi implementado, e agora você ganha pelo seu serviço. Quanto melhor seu rank, maior seu pagamento.

Manchete de Baltimore

“Ah, legal. O que mais eu posso fazer com a grana?”. Melhorar seu equipamento. Algumas armas podem sofrer aperfeiçoamentos, como balas mais fortes, mira laser, silenciadores, mira telescópica, munição extra… E não para por aí. Coletes, lock picks e bombas remoto também estão disponíveis para compra. Tudo para facilitar a sua vida.

Já que estou falando de melhora de armas, vou aproveitar pra falar da variedade de armas. Demais! Vai desde revólveres antigos até Rifles avançados, e até mesmo armas improvisadas, como pistolas de pregos e espingardas de ar comprimido.

Preciso falar o que tem na mala?

E temos cada vez mais maneiras de se completar uma missão. Com a implementação do sistema de notóriedade, a IO Interactive viu que seria necessário colocar algumas execuções menos óbvias. Por isso, toda fase contém uma maneira de matar o alvo e fazer parecer um acidente. Seja um problema na churrasqueira que a fez explodir ou um pobre coitado que “escorregou” e caiu da varanda.

Além disso, agora é possível partir para o corpo-a-corpo. Está desarmado? Corra para perto de seu inimigo, e tome a arma de sua mão. Ou o nocauteie com uma cabeçada seguida de um soco. Ou apenas dê um leve empurrão e deixe que a gravidade (e o cenário) cuide do resto. Caso o oponente esteja de costas, se aproxime lentamente e o agarre (sem boiolices) para usá-lo como escudo humano.

Aqui está um exemplo

Temos uma leva de novas fases, inclusive a missão em que 47 foi baleado no começo de Contracts (não disse que ia ser explicado?). Você visitará um casamento, um SPA, e até mesmo um bairro no subúrbio, entre outros locais. O visual gráfico mudou bastante. Enquanto COntracts era sombrio e escuro, Blood Money é mais vívido, e possui gráficos mais limpos. E bem melhores. A trilha sonora é composta por músicas orquestrais. Sabe a trilha do trailer do filme? É a trilha de Blood Money (Jesper Kyd, de novo).

O jogo é de longe o mais violento da série, mas não foi isso que causou alarde, e sim a propaganda feita pela Eidos Interactive. Ela continha imagens de mulheres mortas, com títulos como “Beautifuly Executed” e “Shockingly Executed”. Imagens valem mais que palavras, saca só:

Beautifuly Executed
Shockingly Executed

Hitman: Blood Money é mais que um jogo de stealth, é um Must-Have. Se você tem QUALQUER UMA das plataformas citadas ali no início, compre agora mesmo. Sua masculinidade agradece.

Review – Hitman: Contracts

Games domingo, 16 de dezembro de 2007 – 2 comentários

Mais um dia. Mais um review. Mais violência paga. Bem-vindos á penúltima resenha da franquia Hitman. Para mim, Contracts não representa apenas mais um jogo da série. Ele foi o título que me iniciou no mundo de Hitman, o que me fez correr atrás dos outros, o que me mostrou o incrível mundo dos assassinos. Apesar de não ser o meu favorito, eu tenho um certo carinho por este jogo. Enfim, vamos começar.

[*]Ano: 2004
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

47 é emboscado por um de seus alvos, e caba sendo seriamente ferido. Ele se refugia num quarto de hotel em lugar de Paris, França, com a polícia em sua procura. Um médico da agência é enviado para remover a bala do estômago de 47, enquanto a polícia se aproxima cada vez mais…

Contracs é em sua maioria, composto de flashbacks. Algumas fases são remakes de missões do primeiro jogo, sendo apenas três delas fases novas. Mas isso não deixa o jogo pior que os anteriores, já que as fases foram melhoradas. A trama funciona como um prelúdio para Blood Money, o quarto e mais recente título da série.

Que vença o melhor

Fato é, Contracts é muito mais sombrio que Codename 47 e Silent Assassin. E eu digo isto em qualquer aspecto. Tudo no jogo está mais dark, e devo dizer, levemente melancólico. Talvez pelo fato de que são flashbacks do passado de 47, ou talvez porque a IO Interactive (desenvolvedora do jogo) queria um clima maispesado e sério. Tanto faz.

Em termos de jogabilidade, praticamente nada mudou. O bug do Stealth Meter foi corrigido, mas o resto continua o mesmo. Pra quê mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Mas temos algumas maneiras novas de se matar, sim. Desde sabotagem em registros de gás até mesmo travesseiros, 47 está mais criativo. E você também, creio eu.

Lembra desses caras?

E… temos novos armamentos também! Além das armas deixadas pelos inimigos, e as obtidas com o rank Silent Assassin, temos também algumas secretas. E incrivelmente poderosas. Tudo para que 47 possa sobreviver á tiroteios (desnecessários).

Temos também uma fase extra, que serve como treino e “playground”. Nela, você pode usar qualquer uma das armas obtidas durante o jogo (para coletar armas, basta terminar a fase com elas no inventário), para testar seu poder de fogo em membros da SWAT.

Olhem para mim, eu sou o psicopata americano

Os gráficos já estão em bom nível, não tenho reclamações quanto á eles. A trilha sonora, ainda por Jesper Kid (ou Kyd, sei lá), está mais densa, e é em parte eletrônica.

Contracs é um jogo bastante divertido, e apesar de não ter nenhuma inovação, é altamente recomendável. Até porque é pré-requisito para que se entenda a trama de Blood Money, a continuação. Espero que tenha despertado seu interesse, amanhã tem mais Hitman.

Review – Hitman 2: Silent Assassin

Games sábado, 15 de dezembro de 2007 – 1 comentário

Sentiram falta? Imagino que sim. Está na hora de continuar a resenhar uma das séries mais originais já feitas, e uma das minhas favoritas. Hoje, daremos uma olhada no segundo jogo da franquia, intitulado “Silent Assassin”. Preparem-se, pois é aqui que o negócio começa a mostrar seu verdadeiro potencial. Se pretende jogar o primeiro, não leia a parte em itálico, pois contém spoilers.

[*]Ano: 2002
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX/GAMECUBE
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

O jogo continua de onde o anterior terminou, com o agente 47 se retirando para uma Igreja na Sicília, em busca de asilo e paz. Lá, ele passa a trabalhar como jardineiro, e se torna amigo do único padre, Vittorio. Mais que um amigo, Vittorio é seu mentor e confidente. Tudo ia bem, até que o padre é sequestrado, e seus raptores deixam uma nota pedindo quinhentos mil dólares em dois dias. Eventualmente, eles descobririam que mexer com 47 foi o maior, e último, erro de seus vidas. Para resgatar seu amigo, 47 decide voltar ao seu antigo emprego de assassino. Ele contata a ICA, que até então pensava que ele estava morto, e faz um trato com a sua organizadora, Diana: Ele fará alguns contratos para a empresa, e em troca eles irão usar sua tecnologia para ajudá-lo a encontrar Vittorio. Bem vindo de volta, 47. Você tem trabalho á fazer.

Com um roteiro intenso e empolgante, e mudanças sensatas na jogabilidade, Silent Assassin é o jogo responsável pelo embalo da série, e o que marca o ínicio do progresso. Muitos dos bugs anteriores foram corrigidos, e a furtividade está mais realista.

Morte limpa, sacou?

A básica do jogo ainda é a mesma: Você é um assassino de aluguel, e precisa se infiltrar em locais públicos para matar um alvo em questão. Dentre as melhoras no jogo, citarei primeiro a mira em primeira pessoa. Não gosta de trocar tiros enquanto vê o seu personagem? Sem problema, agora você pode usar a clássica visão em primeira pessoa (se você não sabe o que é isto, pare de ler agora e vá jogar Atari) e ter mais precisão nos tiros. Devo dizer que isso é totalmente opcional.

Se antes você não se importava em ser furtivo, desta vez seu e-penis irá implorar para que se importe. Um sistema de rankeamente foi implementado, variando de acordo com sua performace durante a missão. Se você bancou o universitário americano e saiu passando bala em todo mundo, seu rank porvavelmente será o de “Mass Murderer” (assassino em massa). Se fez um serviço limpo e sem testemunhas, então parabéns! Você é um Silent Assassin. Matar civis e policiais lhe dará uma bela penalidade na pontuação. Atingir o rank máximo será recompensado com armas novas.

Para estrangulamentos, nada como Fiber Wire

Além de ranks, o jogo possui também um “Stealth Meter”(medidor de furtividade). “Ei Nip, e que bosta é isso?”. Você de novo com essas perguntas imbecis? O medidor de furtividade serve para… medir a furtividade. Desta vez você não passará dispercebido apenas usando a roupa certa. Guardas podem desconfiar de você a qualquer minuto por qualquer coisa suspeita, por isso mantenha o olho no medidor. Se ele começar a oscilar demais, tenha sangue frio e seja cautelosos. Se ele encher, seu disfarce foi para o espaço.

Seu disfarce também será prejudicado se você for visto forçando fechaduras de portas. “Ahn?”. Caso uma porta esteja trancando, você pode simplesmente destrancá-la usando seu kit de “pick lock”. Em outras palavras, a mesma coisa que um chaveiro faz quando você bate a porta de casa com a chave dentro. Olhar pelo buraco das fechaduras também pode ser repimido. Ah, já ia esquecendo. Sempre que matar alguém, carregue e esconda seu corpo. Isso evitará problemas.

Mas este sistema ainda contém alguns bugs, e pode ser que o medidor chegue ao máximo sem você ter cometido erros. Chato, eu sei, mas isto foi corrigido na continuação. Sim, eu disse isso antes.

Arraste e esconda os corpos

A variedade de formas de se matar os alvos aumentou considerávelmente, assim como a quantidade de armas disponíveis em seu arsenal. E isto só aumenta de um jogo para o outro. Os gráficos obviamente melhoraram também, mas ainda estão medianos. Pudera, o jogo é de 2002. A trilha continua sob os cuidados de Jesper Kid, e eu não tenho nada a falar sobre ela. Por enquanto.

Se o Codename 47 te cativou, então você DEVE jogar este aqui. Muita coisa melhorou, e esta parte da trama é talvez a mais importante em toda a série. E nosso review acaba mais uma vez. Amanhã estarei de volta com mais… contratos (Sacou? Não?).

Review – Hitman: Codename 47

Games sexta-feira, 14 de dezembro de 2007 – 1 comentário

Com a estréia do filme nos cinemas, théo teve a idéia de fazer uma série de resenhas envolvendo os quatro jogos da franquia Hitman. Mas como ele não jogou nenhum deles, eu me ofereci para o trabalho. O esquema é o seguinte: Quatro resenhas, uma por dia, ordem cronológica. Vamos começar com o que deu origem ao filme.

[*]Ano: 2000
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

Você acorda em uma cama de hospital, sem ter idéia do que está acontecendo. Uma voz misteriosa vinda de um alto-falante acaba de te libertar, e te manda para uma série de obstáculos, um tipo de treinamento com armas de fogo e técnicas de assassinato. No final do curso, dois guardas ficam em seu caminho, uma chance de testar suas novas habilidades. Você os mata sem dó e escapa do local, enquanto a voz dá uma gargalhada. Um ano se passou desde então. Você não tem nome. Você é apenas “47”, membro da ICA (International Contract Agency), uma agência de assassinatos. Você vive para matar. Você é um hitman.

Sim, você acaba de tomar controle de um assassino de aluguel, membro de uma empresa grande de assassinato. Sua missão? Matar quatro das maiores mentes criminosas, espalhadas pelo mundo. De alguma forma, tudo parece estar relacionado á sua própria existência. Ajeite sua gravata e carregue suas armas, 47. Está na hora do serviço.

“Everytime that i look in the mirror…”

Se vossa senhoria está achando que este é mais um “tiro em terceira pessoa”, está devidamente enganado. Hitman: Codename 47 valoriza a furtividade acima de tudo. 47 é um assassino de aluguel, por isso não seria inteligente apenas invadir os locais com uma shotgun na mão e trocar tiros com tudo e todos. Sim, isto é uma opção. Mas lhe asseguro que é a menos recomendável.

O jogo segue um sistema de fases. Complete uma fase, e poderá jogar a outra. Cada fase se passa num local público, o que dá mais emoção ao fato de que você é um matador. Resaturantes e hotéis são exemplos dos locais que você irá visitar. “E o que eu devo fazer por lá? Comprar um cérebro seria um bom começo. Como hitman, é óBVIO que sua missão é apagar algum filho da puta que já viveu o que devia. O que muda é COMO você o fará. Vai chegar atirando? Esperar que ele “se perca” de seus seguranças e matá-lo num local isolado? Opção é o que não falta.

Afogamento é cruel e limpo

Sua roupa padrão é um bom e sempre elegante terno, combinado com uma gravata vermelha. Mas de vez em quando, mudanças são necessárias. Para se misturar melhor entre as pessoas, é possível vestir a roupa de quem você já neutralizou. Mas nada que supere o estilo do terno preto.

Como este é o primeiro game da série, a jogabilidade ainda é simplória e limitada. Até a furtividade é cortada em algumas partes e você deve bancar o Rambo. Outro ponto fraco é a Inteligência Artificial. As pessoas em sua volta não irão identificá-lo como uma ameaça se você estiver usando a roupa adequada e manter as armas escondidas. E não há medidor de furtividade (isso só foi implementado nas continuações), o que é uma pena.

Os gráficos ainda são razoáveis, como em todos os jogos de 2000. Os personagens foram programados com o sistema Ragdoll, como nesses joguinhos em flash onde você fica jogando o boneco pra cima e pra baixo. Em algumas situações, é engraçado ver os inimigos voando ou caindo com os tiros.

A trilha sonora é toda composta por Jesper Kid. Eu não sou bom em identificar estilos musicais (pra mim rock é rock, metal é metal, pop é pop e samba é samba), portanto não vou me arriscar. Mas a trilha é boa.

No final das contas, Hitman: Codename 47 é um bom jogo, inovador em alguns aspectos, fraco em outros. Não é realmente necessário jogá-lo antes dos outros, mas seria bacana seguir a trama e ver a progressão da série. Esta resenha fica por aqui, mas amanhã tem mais.

Droga de selva colombiana

Estou pensando em comprar um vídeo-game… (Parte Final)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 13 de dezembro de 2007 – 18 comentários

Agora sim. Fechando o assunto sobre a decisão pelo seu próximo console, vamos falar hoje sobre a melhor briga de cachorro grande que já aconteceu no mundo dos games: PS3 vs. XBox 360. Eu não lembro de nenhuma outra época onde dois consoles eram tão parecidos em capacidade gráfica, oferta de jogos e público para o qual apelam. A briga mais próxima de que me lembro era Super Nintendo vs. Mega Drive, mas todo mundo sabia que o Super NES era melhor, e os dois consoles tinham bibliotecas de jogos muito diferentes. Então não era exatamente uma briga: era uma surra.

Em primeiro lugar, quero deixar uma coisa muito clara: se você tem grana, compre TUDO. Aí você não fica na dúvida. Se você tem grana E tempo pra jogar, claro. Embora os dois consoles tenham bibliotecas muito similares, ainda existem vários títulos exclusivos que justificam sim a posse simultânea de PS3 e X360. Mas reconheço que você precisa ser um pouco lesado pra torrar a grana nos dois.

Eu torraria. Mas eu sou louco e tals.

Mas essa não é a realidade da maioria dos gamers, que precisam escolher entre um ou outro console. Inclusive, essa realidade pobre é a minha realidade também. Então vamos tentar ver algumas coisas que justificariam uma decisão por um ou outro aparelho.

Ambos são escolhas para o hardcore gamer, sobre isso não há dúvida. O hardware que botaram nos dois é tão foda que eles chegam a torrar suas respectivas placas, com o uso contínuo. Isso é de emputecer, lógico; tu compra a parada pra jogar até o dedo cair, aí o negócio não guenta o tranco e queima. Broxante.

Mas, ao mesmo tempo, é impossível conter a admiração gerada pela ignorância e potência dos dois consoles. Orra, eles QUEIMAM cara. É como aquelas metralhadoras da primeira guerra que esquentavam demais e explodiam na cara dos soldados, caso eles usassem por muito tempo. A analogia bélica empresta uma certa emoção ao ato de jogar, que acaba se tornando fisicamente perigoso.

“JOGUE ATÉ SEU CONSOLE EXPLODIR, SOLDADO!!”

É importante diferenciar o Wii do PS3 e X360; enquanto o Wii é um brinquedo que procura divertir, os outros dois são máquinas de rodar jogos altamente realistas, com capacidade gráfica e de processamento que só agora começa a ser superada pelos computadores (vide Crysis). E, mesmo sendo superados pelos computadores, ainda assim pode-se considerar que alcançaram um nível tão alto de realismo e velocidade de processamento que o produto visto nos jogos atuais deve continuar sendo satisfatório por anos á frente. Quando você tem um jogo tão realista quanto um filme, já não é necessário correr atrás dos gráficos melhores com tanto empenho. Creio que, realmente, o próximo passo nos consoles é o investimento na experiência de imersão no jogo, e não na melhora de velocidade e gráficos.

Assassin’s Creed (XBox360): não tem como ficar mais realista do que isso cara. E se ficar, pra quê?

Ok, acho que já deixei claro que a experiência mais hardcore possível está em um dos dois consoles citados. Vamos agora tentar decidir entre eles.

Qual é a grande vantagem do X360? Tempo no mercado. Pode-se dizer que a Microsoft lançou seu console prematuramente, e ainda hoje paga o preço por isso. Afinal, só agora a fabricante conseguiu lançar um modelo que não deve queimar mais. Mas, de qualquer forma, foi um investimento inteligente da Microsoft: pegaram na veia dos hardcore gamers que não botavam fé no Wii, ou simplesmente não queriam um brinquedo, e sim uma máquina.

XBox360 versão HALO 3. Coisa linda de deus.

O tempo de vantagem permitiu que o X360 formasse uma boa biblioteca de jogos e trouxesse alguns desenvolvedores importantes para o lado da Microsoft, enquanto a Sony se enrolava com o PS3. Se você curte jogar vários jogos diferentes, ao invés de se concentrar em alguns poucos, seu console é o X360. Uma busca rápida no Metacritic mostra mais de 80 jogos com uma nota média entre 8 e 10 para o console da Microsoft. Uma marca notável, se comparada com a lista de pouco mais de 30 jogos do PS3 na mesma situação.

Outro ponto fortíssimo do 360 é o Live, o serviço online da Microsoft. Ele funciona muito bem, aumentando efetivamente a experiência de jogo. É espetacular poder fazer o download de demos, jogos, filmes e outras coisas através do serviço. Não tem as viadagens que o Wii tem, é coisa séria mesmo.

E o que realmente deve garantir uma sobrevida enorme ao 360, se corretamente implementado, é o anúncio da Microsoft de integração do serviço online do 360 com os serviços multiplayer de vários jogos de computador. Isso mesmo: jogadores de 360 e de computador poderão jogar JUNTOS. Evidentemente isso vai gerar um monte de problemas no início, principalmente considerando-se as vantagens do teclado e mouse sobre o joystick, nos jogos de tiro em primeira pessoa. Mas ainda assim, é um passo ousado e importante na aproximação entre computadores e consoles que, acho eu, abre o caminho para aquela experiência de imersão total que eu falei antes.

E, em uma nota muito pessoal, eu prefiro o joystick do 360 ao do PS3. O lance do analógico esquerdo deslocado é estranho de início, mas depois você percebe que ele se adapta muito melhor ao polegar do que o esquema utilizado no SIXAXIS do PS3. Sem falar que esse controle novo, sem motores vibratórios, é muito levinho; perdeu aquele peso adequado que o dualshock tinha na mão.

Portanto, se você está a fim de jogar MUITO e jogar AGORA, não há dúvidas de que o 360 é o console que melhor responde ás suas necessidades imediatas. Ainda por cima, ele é mais barato que o PS3: o XBox360 Elite (o mais completo) sai por 450 dólares, enquanto o PS3 só recentemente cortou o preço de seu modelo básico para 500 dólares.

Muito bem, com todos estes fatores sobre o 360 expostos, o que faria alguém optar pelo Playstation 3? Eu acho que só um motivo: paixão gamer.

Playstation 3 Ceramic White. Mais bonito que picanha no espeto.

A compra do PS3 nesse momento é uma aposta, um salto de fé. Você precisa acreditar no futuro, no papo da Sony e dos desenvolvedores de jogos, para se decidir pelo PS3. Você precisa ter anos de Playstation 1 e 2 no seu currículo gamer, para crer de todo coração que o PS3 ainda vai decolar.

E eu acredito.

O PS3 foi lançado no natal de 2006, e algumas coisas interessantes ocorreram ao longo desse ano de 2007, que apontam um futuro positivo para o console:

O PS3 se provou uma plataforma muito mais estável do que o X360, não queimando tanto e nem travando com tanta freqüência;

O Blu-ray (PS3) está ganhando a briga contra o HD-DVD (X360), devido principalmente á sua maior capacidade de armazenamento e apoio de produtoras de filmes. O papo da Sony de que o PS3 não é só um vídeo-game, mas que você leva um player de Blu-ray de bônus, está começando a colar por causa disso;

O PS3 ainda é caro, mas os cortes de preço estão sendo cada vez mais freqüentes e os pacotes oferecidos estão melhorando, a fim de tirar a vantagem que a Microsoft obteve;

O hardware do PS3 ainda não foi bem aproveitado pelos desenvolvedores de jogos, mas notícias como essa, provam definitivamente sua superioridade em relação ao hardware do 360. A longo prazo, teoricamente, os jogos do PS3 devem ser melhores e o processador Cell deve gerar os gráficos mais impressionantes já vistos em jogos.

Como eu disse, a escolha pelo PS3 é uma questão de fé, e não de racionalidade. Parafraseando Maddox, eu diria que o 360 é aquela mina mais velha, que já está na praça há algum tempo. Mais fácil de chegar, cantar e levar pro canto. Tu já sabe o que ela vai ou não fazer, e ela não tem muita frescura. Porém, já está ficando meio caída.

O PS3 é a irmã mais nova do X360: com tudo no lugar, semi-virgem, ainda não entendeu direito o que é o mundo. Vai te dar um trabalho desgraçado pra levar pro quarto, e tu nem sabe com certeza se ela vai dar ou não. Mas ela parece valer o investimento.

Quem você escolhe? E Não é esse o dilema mais humano que nós temos? Você escolhe entre o que você ou o que você acredita?

Isso não é um Top 10 de fim de ano – Games

Games quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 – 9 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Isso não é um Top 10. E isso também não é uma lista dos melhores/piores games de 2007. Minha lista de melhores e piores jogos muda a cada instante, basta chegar um jogo novo que me surpreenda. Sou muito volúvel para conseguir fazer esse tipo de lista.

Sem falar que vocês podem ver dessas merdas aos milhares por aí; o que não falta é lista de Best of/Worst of nos sites especializados. E eu discordo de todas elas.

Portanto, vou fazer uma coisa que só EU poderia fazer e da qual NINGUÉM vai poder discordar: um Não-Top 10 dos melhores e piores momentos videogamísticos NA MINHA VIDA em 2007. Isso que é conteúdo exclusivo num site cara.

OS MEUS PIORES MOMENTOS VIDEOGAMÍSTICOS DE 2007

5 – Não conseguir decidir entre o XBox360 e o Playstation 3

Eu sei, eu sei, deveria ser uma decisão fácil optar pelo XBox360; eu até fiz um artigo xingando o PS3 e tal.

Mas cara, o que eu vou fazer se o Playstation 2 simplesmente foi o melhor console que eu já tive até hoje? É dificil acreditar que o PS3 não vá colar depois de um antecessor tão bom. Que merda, meu coração negro de gamer me diz que não posso abandonar essa torradeira gigante só porque ela decepcionou todo mundo de maneira sistemática até o momento. Todo mundo merece uma segunda chance; ou uma décima oitava chance, no caso do PS3.

Pelo menos o preço da parada está baixando, e parece que os aparelhos estão desencalhando das lojas. Isso significa aumento da base instalada e mais confiança dos desenvolvedores para lançar jogos para o PS3. E, no ano que vem, devemos presenciar a chegada dos pesos-pesado para o console: Final Fantasy, Metal Gear, Gran Turismo, esses jogos que sempre comoveram a gente.

E enquanto isso, eu espero pra ver quem ganha a briga.

4 – Perder meus saves do Playstation Portable
Então, estava eu lá mexendo na firmware do meu Playstation Portable, o que é sempre uma cagada, mas que todo mundo se mete a fazer. Instalei uma firmware personalizada um pouco diferente das que o aparelho já conhecia, mas funfou. Reiniciei o brinquedo e, quando ele ligou, vi que tinha perdido todos os saves que estavam no cartão de memória.

Cara. Que dor.

Vocês não sabem como é difícil pra eu conseguir tempo pra jogar ás vezes. E quando consigo, aproveito ao máximo a oportunidade, valorizando cada precioso save que vai me permitir aproveitar os próximos dez ou quinze minutos de vida que poderei tirar pra jogar novamente.

Eu tinha saves de Lumines, eu tinha saves de Vagrant’s Story, eu tinha saves de Metal Gear Solid: Portable Ops. Cada um desses jogos me consumiu HORAS, que nunca mais voltarão, atiradas ao limbo e ao esquecimento, devido a uma desatenção minha com versões de firmware.

É um momento deveras frustrante, onde você olha para os seus saves inexistentes e pensa: “me fodi. me fodi pra caralho.” É lógico que passei a fazer backup depois disso. A vida é bela agora.

3 – Ser decepcionado pela versão oficial de Manhunt 2

Vocês acompanharam a polêmica toda, eu fiz a cobertura do pré-lançamento desse jogo até que ele finalmente saísse.

E, em verdado vos digo: foi broxante. Toda a torcida para que a liberdade de expressão vencesse a briga, todo o crédito que coloquei na força da comunidade gamer, a empolgação com o anúncio de que o jogo ia sair, tudo isso para, no final, termos uma versão capenga de um jogo que era pra ser um tesão. Foi um dos piores momentos do ano.

2 – Ficar com a perna dormente por jogar no banheiro

á essa altura todos vocês já sacaram que eu curto jogar no banheiro. Parecia estranho de início, mas logo me acostumei com o negócio e a parada toda tornou-se um tempo de qualidade, cumprindo dupla função: além de eu me divertir enquanto realizo uma tarefa inútil, ainda dou o tempo necessário para que meus intestinos se esvaziem no ritmo que acharem melhor. Enquanto minhas entranhas fazem seu trabalho sujo com toda a paz do mundo, eu aproveito pra jogar. Risco zero de prisão de ventre.

Porém, tudo tem suas desvantagens; como normalmente você precisa segurar o portátil com as duas mãos, a posição mais provável e confortável de ser assumida é colocar os cotovelos sobre as pernas, inclinando-se um pouco pra frente pra jogar. O problema é que depois de um tempo as pernas começam a adormecer, e isso é um saco. Você se desconcentra, tudo começa a doer até que você desiste e coloca o PSP ou DS em standby, e vai se limpar pra sair do banheiro. Pelo menos os portáteis param o jogo na hora em que você quiser, mas dependendo do momento de jogo é dificil parar; você perde o ritmo, sabe como é.

Já pensei em levar um travesseiro pro banheiro, pra colocar em cima das pernas e impedir o corte de circulação que provoca o amortecimento. Mas aí periga eu DORMIR no travesseiro e derrubar o portátil no chão. Seria deprimente. Tudo tem limite, até mesmo jogar no banheiro. É um esporte perigoso crianças. Estejam avisados.

1 – Não ter tempo pra jogar tudo que eu quero, porra!

De longe, isso foi o pior que pôde me acontecer durante o ano. Eu tenho quatro consoles e simplesmente NÃO CONSIGO jogar tudo que eu quero jogar. A oferta de jogos é enorme, e isso mesmo se você se concentrar apenas nos jogos bons. Até que consigo liberar um bom tempo do trampo e da universidade pra jogar, mas mesmo que eu tivesse 24 horas livres, ainda assim não ia conseguir jogar tudo que eu quero. Essa é, definitivamente, a pior parte de ser um hardcore gamer: jogar menos do que gostaria.

Bônus – Descobrir que o controle do Wii funciona com pilhas AA

Uma reclamaçãozinha de bônus: quem foi o PUTO da Nintendo que teve a idéia de fazer a porra do wiimote funcionar com pilhas? Puta merda mano, século 21, bota uma bateria recarregável na parada, pelamor.

Ficou meio deprimido? Então saca agora os melhores momentos.

OS MEUS MELHORES MOMENTOS VIDEOGAMÍSTICOS DE 2007

5 – 100 horas de jogo em Final Fantasy XII

Ah cara, isso foi lindo. Não terminei FFXII, lógico; ele não tem fim. Essse negócio de nego dizer que viu o fim de FFXII é lenda urbana, vão por mim.

Mas foi extremamente satisfatório enterrar mais de 100 horas num jogo tão bom, e cada segundo valeu. Foi simplesmente um dos top 10 de toda minha carreira videogamística. Um primor de jogo, que infelizmente abandonei em prol de outras coisas que saíram. Mas a vida é assim mesmo: os jogos passam, e ficam as boas ou más lembranças. Joguem crianças, pois é um jogão: o ápice do que a Square Enix pôde fazer com a série até o momento.

4 – Terminar Jeanne D’Arc (Playstation Portable)

Jeanne D’Arc é um joguinho do PSP pelo qual eu não dava nada, mas que me envolveu de uma forma surpreendente. Fiz a review dele aqui. Normalmente eu fico meio puto com essa história de largar um jogo pelo outro, coisa que eu faço com frequência. Mas Jeanne D’Arc me prendeu até o fim, e fiquei deveras feliz por ver que ainda tenho a capacidade e habilidade pra levar um jogo até o final. Me fez sentir um jogador roots novamente.

3 – Jogar online com a rede Wi-Fi do vizinho

Tenho três consoles com capacidade wi-fi, e uma conexão adsl de pobre, sem wireless. estava muito frustrado com o uso parcial da capacidade dos meus consoles, até que fui rodar um testezinho pra ver se pegava algum sinal wireless aqui perto. Qual não foi minha surpresa ao descobrir TRÊS redes desprotegidas. Mas que maravilha! Viva a tecnologia, que permite democratização do sinal de rede, a fim de que eu possa jogar online. Valeu aí vizinhos ignorantes que não sabem criptografar sua conexão. =)

2 – Comprar um Wii

Foi feliz. Um momento muito feliz. Depois de tanto xingar o console da Nintendo, deixei o preconceito de lado e resolvi adquirir um Wii. Assim como ja tinha acontecido com o DS, fui completamente absorvido pelo console e pela sua originalidade. Pode não ter os melhores jogos do mundo, mas os jogos bons que ele tem são únicos e apresentam um jeito novo de se pensar os jogos e a relação do jogador com eles. Não compete com o PS3 e o X360, mas tem seu charme próprio, e vai continuar conquistando gamers por aí, tenho certeza.

Sem falar que o momento de aquisição de qualquer console é sempre uma ocasião especial. É como a chegada de um novo membro na família, com a diferença de que esse membro é divertido e você não quer enfiar uma faca nas costas dele depois do jantar.

1 – Ser pago pra jogar vídeo-game

Isso foi um dos pontos mais altos da minha VIDA e não só do ano. Porra, foi do caralho ser contratado de carteira assinada pra jogar e escrever sobre jogos. Isso nem pode ser chamado de trabalho cara, eu saía feliz do trampo! Uma pena que durou apenas alguns meses, por motivos que não interessam a vocês. Mas juro que foi uma realização enorme na minha vida, e uma daquelas coisas que você quer contar para os seus netos. Quem sabe um dia novamente…

Bônus – Participar de um podcast sobre games

Esse também foi divertido: se juntar com outros loucos por jogos, pra falar qualquer merda que vem á cabeça e depois colocar essas merdas pra geral escutar. De quebra ainda conquistei umas fãs, com a minha voz de sono. Valeu Correia, DSManiac e WiiManiac.

Gostou da lista? Boa né? NÃO gostou da lista? Quero que seu cu pegue fogo.

Se gostou, fique esperto. Regularmente publico idéias e observações videogamísticas tiradas diretamente do meu esfincter na coluna Nerd-O-Matic, toda quinta-feira no AOE.

Iron Man – The Video Game ganha um trailer

Games terça-feira, 11 de dezembro de 2007 – 4 comentários

Que um filme do Homem de Ferro está sendo produzido, você já está sabendo. Agora, junto com o filme, nas plataformas DS, PS, PS2, PS3, PSP e Wii, será lançado um game do cara. Dá uma olhada no trailer:

Se você ainda não viu o trailer do filme Homem de Ferro, que estréia mundialmente no dia 02/05/2008, clique aqui.

Estou pensando em comprar um vídeo-game… (Parte 2)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 06 de dezembro de 2007 – 12 comentários

Muito bem, continuando a discussão da semana passada, vamos ver se consigo concluir algumas reflexões para que você decida pela sua próxima compra videogamística.

Falei sobre os portáteis, que são uma boa opção para quem não tem tempo para jogar ou ainda tem um pouco de receio de enfiar um console enorme em cima do dvd player da sala, além de ser xingado pelos familiares como criança que fica gastando dinheiro com brinquedo.

Aliás, esse é um ótimo ponto para que você decida sua compra; se você ainda acha que vídeo-game é coisa de criança, e que você vai se sentir constrangido quando as pessoas souberem que você joga ou possui um, então DESISTE cara. Você simplesmente não tem coração gamer. E nem auto-estima, diga-se de passagem. Você vai comprar um vídeo-game pra quê, pra jogar escondido? Se você quer parecer “adulto” nas coisas que você faz para se divertir, compra um veleiro ou um jet-ski, mano. Ah, não tem dinheiro? Então vai lá trabalhar feito “adulto” pra conseguir comprar um.

Ok. Supondo que você seja suficientemente seguro de si para efetuar sua compra e jogar na frente de todo mundo, vamos agora proceder á escolha entres os consoles de mesa. Recomendo que você também dê uma olhada nesse artigo lá do Loading Time. Dá uma visão um pouco diferente do que eu vou falar aqui, e pode te ajudar a decidir.

Em primeiro lugar, pense em que tipo de jogador você é; isso vai ser essencial para a escolha do console. Estou falando aqui de personalidade, lógico. Porém, se você é um jogador POBRE, esqueça o lance da personalidade: a sua única opção é o Playstation 2.

Melhor custo x benefício da categoria.

Mas não ache que você vai se divertir menos por ser pobre; o Playstation 2 pode não ser de última geração, mas é uma escolha espetacular. Ele possui gráficos extremamente detalhados e trabalha muito bem com 3D, o que garante uma ótima performance em todos os tipos de jogo. Se você der uma olhada em jogos como Final Fantasy XII ou God of War II vai ver que a capacidade gráfica do PS2 é plenamente satisfatória e nunca vai se colocar como obstáculo para a sua diversão.

Violência RLZ (God of War 2)

RPG RLZ (Final Fantasy XII)

Outra grande vantagem do PS2 é a enorme biblioteca de jogos bons á disposição, coisa que o PS3 e o Wii ainda não têm. Mesmo que você seja um vagabundo desgraçado e tenha todo o tempo do mundo pra ficar em casa de fraldas e intravenosa, só jogando 18 horas por dia, você simplesmente NÃO VAI conseguir jogar todos os jogos bons que o PS2 tem a oferecer. Eu calculo que só de jogos muito totalmente excelentes existam pelo menos uns 40 títulos no PS2. Dá uma olhada nessa lista do Metacritic: são 62 os jogos que ganharam um score médio entre 9 e 10 e isso não é uma lista completa. É um console que vai te garantir diversão por anos. E continuam saindo jogos bons para o PS2; ele ainda deve receber títulos novos por mais um ano, calculo. É difícil saber a sobre-vida de um console last-gen.

E, mesmo que eventualmente você resolva adquirir um console mais atual, te GARANTO que você não vai querer se desfazer do PS2. Ele é simplesmente bom demais, e ocupou na minha vida o lugar que o Super Nintendo ocupava como o console mais duradouro e divertido que eu já joguei.

Outra observação importante: o PS2 é o único console que pode ser melhor aproveitado em uma televisão normal, de tubo. Isso mesmo, melhor aproveitado em uma televisão velha. Se você ligar o PS2 em uma plasma ou LCD, vai ficar com uma imagem de merda, pois são pouquíssimo os jogos do PS2 que possuem opção widescreen e suporte para imagem em alta resolução. Se você não pretende trocar de televisão tão cedo e tem uma boa TV de 29 polegadas tela plana, fique com o PS2. Falaremos mais adiante sobre a questão das TVs e os consoles.

Supondo agora que você tem uma grana e está a fim de investir mesmo em um console, podemos voltar ao papo da personalidade de jogador que você tem. Você pode dar uma olhada nessa minha outra coluna, pra pensar um pouco melhor sobre quem você é jogando.

Eu ia cair na velha história de “consoles para hardcore gamer” (XBox 360 e PS3) e “consoles para jogadores casuais” (Wii), mas estou começando a achar que isso é lorota. Depois de jogar alguns títulos do Wii (poucos, admito) estou achando que essa divisão tende a desaparecer em breve. Vou tentar recomendar um ou outro console através de outros critérios.

Para que serve um Wii?

Minha última aquisição

O Wii foi criado para DIVERSÃO, e é impressionante como ele trabalha bem dentro desse objetivo. Se algum vídeo-game pode ser chamado de brinquedo, esse vídeo-game é o Wii. Pequeno, se encaixa em qualquer canto, controles razoavelmente intuitivos e propositadamente não ameaçadores, com poucos botões e bem distribuídos, a fim de não intimidar o jogador que está chegando agora. Interface amigável, onde você simplesmente aponta para o que você quer fazer a aperta um botão, muito parecido com o controle remoto de televisão ao qual todos estamos acostumados.

O preço a pagar por essa simplicidade foi, inicialmente, jogos mais bobos e simples. Isso está mudando depois de um ano do seu lançamento (lançado no Natal de 2006). Como o Wii “deu certo”, sua base instalada de jogadores é grande e tende a aumentar, aumentando também a demanda por jogos mais complexos, pois, convenhamos, Wii Sports é um saco. E por mais casual gamer que você seja, logo você espera coisas melhores e um pouco mais elaboradas pra jogar.

Não é tão divertido como eles querem fazer parecer

Aos poucos os desenvolvedores estão entregando jogos melhores, puxados pelos excelentes lançamentos da própria Nintendo, que invariavelmente quebra barreiras e mostra aos desenvolvedores como aproveitar as capacidades do Wii. Jogos como Zelda Twilight Princess, Metroid Prime 3, Super Paper Mario, Zack & Wiki (esse não é da Nintendo) e Super Mario Galaxy, trazem esquemas de controle e formas de jogar que nunca existiram antes para nós. Vou dar um exemplo:

Em Metroid Prime 3, um jogo sci-fi em primeira pessoa, no qual você vê o que acontece na tela como se estivesse por trás dos olhos do personagem, existe um item na sua armadura que se chama Grappling Hook. Basicamente é um raio de energia que você lança em direção a objetos, que se prende neles e te permite manipular coisas a distância, como arrancar portas do lugar. Acontece que você faz esse movimento MESMO, com o controle do Wii, projetando a mão rapidamente á frente e trazendo depois ela pra trás, como se estivesse lançando algo e depois puxando alguma coisa. Na primeira vez que você usa essa parada, você gargalha de alegria e não sabe por quê. É simplesmente a alegria infantil de poder controlar coisas com o pensamento, de ficar fingindo que é caubói e laçando o seu cachorro, sei lá. Eu sei que essa merda SEMPRE me diverte. Entre outras várias inovações do jogo, claro.

Me dá esse escudo seu puto!

Acho que, em resumo, o que se pode dizer mesmo do Wii é que ele realiza fantasias. Fantasias e saltos imaginários que todos nós tínhamos quando crianças, e que vão se perdendo ao longo do tempo, como é de se esperar. Um exemplo: um dos lançamentos mais aguardados e hypados para o Wii é o jogo Star Wars: The Force Unleashed; mais um jogo sobre Star Wars, que vai sair para várias plataformas ao mesmo tempo. Porém, somente na versão Wii você vai poder usar o wiimote como um sabre-de-luz e o nunchuk para usar a “força” nos inimigos, como se estivesse influenciando eles com suas mãos. Exatamente como acontece nos filmes, cara! Usar um sabre de luz não é só fantasia de nerds, essa é a fantasia de qualquer um que já foi criança um dia, porra. O sabre-de-luz é uma espada glamourizada, e se você já não brandiu seu sabre imaginário, garanto que pelo menos uma espada de plástico ou de madeira você já ficou batendo por aí.

UóNN!!!

O Wii também é razoavelmente compatível com as televisões de tubo atuais. Se você quer um console “novo” mas não quer trocar de televisão, ainda pode comprar o Wii, mas saiba que vai estar perdendo um pouco da experiência total que o Wii pode oferecer. Outro complicador é que como os jogos dependem de interação com a tela, é melhor que ele seja acoplado em um aparelho com tela grande, acima de 30 polegadas, pra você ver o que está acontecendo no jogo e poder reagir de forma adequada com os movimentos em frente ao televisor.

O ideal mesmo para o Wii é uma lcd, com cabos vídeo-componente para poder utilizar a resolução máxima do aparelho. Não sei porque não fizeram uma saída de alta definição para o Wii, mas também não adianta reclamar sobre isso agora.

Porra, eu me empolgo pra falar de vídeo-game e a coluna ficou enorme de novo. Terminamos na semana que vem com o PS3 e o XBox 360, ok?

confira

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