Isso não é um Top 10 de fim de ano – Games

Games quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Isso não é um Top 10. E isso também não é uma lista dos melhores/piores games de 2007. Minha lista de melhores e piores jogos muda a cada instante, basta chegar um jogo novo que me surpreenda. Sou muito volúvel para conseguir fazer esse tipo de lista.

Sem falar que vocês podem ver dessas merdas aos milhares por aí; o que não falta é lista de Best of/Worst of nos sites especializados. E eu discordo de todas elas.

Portanto, vou fazer uma coisa que só EU poderia fazer e da qual NINGUÉM vai poder discordar: um Não-Top 10 dos melhores e piores momentos videogamísticos NA MINHA VIDA em 2007. Isso que é conteúdo exclusivo num site cara.

OS MEUS PIORES MOMENTOS VIDEOGAMÍSTICOS DE 2007

5 – Não conseguir decidir entre o XBox360 e o Playstation 3

Eu sei, eu sei, deveria ser uma decisão fácil optar pelo XBox360; eu até fiz um artigo xingando o PS3 e tal.

Mas cara, o que eu vou fazer se o Playstation 2 simplesmente foi o melhor console que eu já tive até hoje? É dificil acreditar que o PS3 não vá colar depois de um antecessor tão bom. Que merda, meu coração negro de gamer me diz que não posso abandonar essa torradeira gigante só porque ela decepcionou todo mundo de maneira sistemática até o momento. Todo mundo merece uma segunda chance; ou uma décima oitava chance, no caso do PS3.

Pelo menos o preço da parada está baixando, e parece que os aparelhos estão desencalhando das lojas. Isso significa aumento da base instalada e mais confiança dos desenvolvedores para lançar jogos para o PS3. E, no ano que vem, devemos presenciar a chegada dos pesos-pesado para o console: Final Fantasy, Metal Gear, Gran Turismo, esses jogos que sempre comoveram a gente.

E enquanto isso, eu espero pra ver quem ganha a briga.

4 – Perder meus saves do Playstation Portable
Então, estava eu lá mexendo na firmware do meu Playstation Portable, o que é sempre uma cagada, mas que todo mundo se mete a fazer. Instalei uma firmware personalizada um pouco diferente das que o aparelho já conhecia, mas funfou. Reiniciei o brinquedo e, quando ele ligou, vi que tinha perdido todos os saves que estavam no cartão de memória.

Cara. Que dor.

Vocês não sabem como é difícil pra eu conseguir tempo pra jogar ás vezes. E quando consigo, aproveito ao máximo a oportunidade, valorizando cada precioso save que vai me permitir aproveitar os próximos dez ou quinze minutos de vida que poderei tirar pra jogar novamente.

Eu tinha saves de Lumines, eu tinha saves de Vagrant’s Story, eu tinha saves de Metal Gear Solid: Portable Ops. Cada um desses jogos me consumiu HORAS, que nunca mais voltarão, atiradas ao limbo e ao esquecimento, devido a uma desatenção minha com versões de firmware.

É um momento deveras frustrante, onde você olha para os seus saves inexistentes e pensa: “me fodi. me fodi pra caralho.” É lógico que passei a fazer backup depois disso. A vida é bela agora.

3 – Ser decepcionado pela versão oficial de Manhunt 2

Vocês acompanharam a polêmica toda, eu fiz a cobertura do pré-lançamento desse jogo até que ele finalmente saísse.

E, em verdado vos digo: foi broxante. Toda a torcida para que a liberdade de expressão vencesse a briga, todo o crédito que coloquei na força da comunidade gamer, a empolgação com o anúncio de que o jogo ia sair, tudo isso para, no final, termos uma versão capenga de um jogo que era pra ser um tesão. Foi um dos piores momentos do ano.

2 – Ficar com a perna dormente por jogar no banheiro

á essa altura todos vocês já sacaram que eu curto jogar no banheiro. Parecia estranho de início, mas logo me acostumei com o negócio e a parada toda tornou-se um tempo de qualidade, cumprindo dupla função: além de eu me divertir enquanto realizo uma tarefa inútil, ainda dou o tempo necessário para que meus intestinos se esvaziem no ritmo que acharem melhor. Enquanto minhas entranhas fazem seu trabalho sujo com toda a paz do mundo, eu aproveito pra jogar. Risco zero de prisão de ventre.

Porém, tudo tem suas desvantagens; como normalmente você precisa segurar o portátil com as duas mãos, a posição mais provável e confortável de ser assumida é colocar os cotovelos sobre as pernas, inclinando-se um pouco pra frente pra jogar. O problema é que depois de um tempo as pernas começam a adormecer, e isso é um saco. Você se desconcentra, tudo começa a doer até que você desiste e coloca o PSP ou DS em standby, e vai se limpar pra sair do banheiro. Pelo menos os portáteis param o jogo na hora em que você quiser, mas dependendo do momento de jogo é dificil parar; você perde o ritmo, sabe como é.

Já pensei em levar um travesseiro pro banheiro, pra colocar em cima das pernas e impedir o corte de circulação que provoca o amortecimento. Mas aí periga eu DORMIR no travesseiro e derrubar o portátil no chão. Seria deprimente. Tudo tem limite, até mesmo jogar no banheiro. É um esporte perigoso crianças. Estejam avisados.

1 – Não ter tempo pra jogar tudo que eu quero, porra!

De longe, isso foi o pior que pôde me acontecer durante o ano. Eu tenho quatro consoles e simplesmente NÃO CONSIGO jogar tudo que eu quero jogar. A oferta de jogos é enorme, e isso mesmo se você se concentrar apenas nos jogos bons. Até que consigo liberar um bom tempo do trampo e da universidade pra jogar, mas mesmo que eu tivesse 24 horas livres, ainda assim não ia conseguir jogar tudo que eu quero. Essa é, definitivamente, a pior parte de ser um hardcore gamer: jogar menos do que gostaria.

Bônus – Descobrir que o controle do Wii funciona com pilhas AA

Uma reclamaçãozinha de bônus: quem foi o PUTO da Nintendo que teve a idéia de fazer a porra do wiimote funcionar com pilhas? Puta merda mano, século 21, bota uma bateria recarregável na parada, pelamor.

Ficou meio deprimido? Então saca agora os melhores momentos.

OS MEUS MELHORES MOMENTOS VIDEOGAMÍSTICOS DE 2007

5 – 100 horas de jogo em Final Fantasy XII

Ah cara, isso foi lindo. Não terminei FFXII, lógico; ele não tem fim. Essse negócio de nego dizer que viu o fim de FFXII é lenda urbana, vão por mim.

Mas foi extremamente satisfatório enterrar mais de 100 horas num jogo tão bom, e cada segundo valeu. Foi simplesmente um dos top 10 de toda minha carreira videogamística. Um primor de jogo, que infelizmente abandonei em prol de outras coisas que saíram. Mas a vida é assim mesmo: os jogos passam, e ficam as boas ou más lembranças. Joguem crianças, pois é um jogão: o ápice do que a Square Enix pôde fazer com a série até o momento.

4 – Terminar Jeanne D’Arc (Playstation Portable)

Jeanne D’Arc é um joguinho do PSP pelo qual eu não dava nada, mas que me envolveu de uma forma surpreendente. Fiz a review dele aqui. Normalmente eu fico meio puto com essa história de largar um jogo pelo outro, coisa que eu faço com frequência. Mas Jeanne D’Arc me prendeu até o fim, e fiquei deveras feliz por ver que ainda tenho a capacidade e habilidade pra levar um jogo até o final. Me fez sentir um jogador roots novamente.

3 – Jogar online com a rede Wi-Fi do vizinho

Tenho três consoles com capacidade wi-fi, e uma conexão adsl de pobre, sem wireless. estava muito frustrado com o uso parcial da capacidade dos meus consoles, até que fui rodar um testezinho pra ver se pegava algum sinal wireless aqui perto. Qual não foi minha surpresa ao descobrir TRÊS redes desprotegidas. Mas que maravilha! Viva a tecnologia, que permite democratização do sinal de rede, a fim de que eu possa jogar online. Valeu aí vizinhos ignorantes que não sabem criptografar sua conexão. =)

2 – Comprar um Wii

Foi feliz. Um momento muito feliz. Depois de tanto xingar o console da Nintendo, deixei o preconceito de lado e resolvi adquirir um Wii. Assim como ja tinha acontecido com o DS, fui completamente absorvido pelo console e pela sua originalidade. Pode não ter os melhores jogos do mundo, mas os jogos bons que ele tem são únicos e apresentam um jeito novo de se pensar os jogos e a relação do jogador com eles. Não compete com o PS3 e o X360, mas tem seu charme próprio, e vai continuar conquistando gamers por aí, tenho certeza.

Sem falar que o momento de aquisição de qualquer console é sempre uma ocasião especial. É como a chegada de um novo membro na família, com a diferença de que esse membro é divertido e você não quer enfiar uma faca nas costas dele depois do jantar.

1 – Ser pago pra jogar vídeo-game

Isso foi um dos pontos mais altos da minha VIDA e não só do ano. Porra, foi do caralho ser contratado de carteira assinada pra jogar e escrever sobre jogos. Isso nem pode ser chamado de trabalho cara, eu saía feliz do trampo! Uma pena que durou apenas alguns meses, por motivos que não interessam a vocês. Mas juro que foi uma realização enorme na minha vida, e uma daquelas coisas que você quer contar para os seus netos. Quem sabe um dia novamente…

Bônus – Participar de um podcast sobre games

Esse também foi divertido: se juntar com outros loucos por jogos, pra falar qualquer merda que vem á cabeça e depois colocar essas merdas pra geral escutar. De quebra ainda conquistei umas fãs, com a minha voz de sono. Valeu Correia, DSManiac e WiiManiac.

Gostou da lista? Boa né? NÃO gostou da lista? Quero que seu cu pegue fogo.

Se gostou, fique esperto. Regularmente publico idéias e observações videogamísticas tiradas diretamente do meu esfincter na coluna Nerd-O-Matic, toda quinta-feira no AOE.

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