No primeiro Pânico, de 1996, Ghostface pergunta às suas vítimas: Qual é o seu filme de terror favorito?. Wes Craven começava uma nova era do gênero, uma espécie de metafilme. Não exatamente uma paródia, porque envolvia toda uma trama pensada para não ser óbvia, mas brincava com a invencibilidade dos assassinos e a estupidez dos jovens, marca principal do subgênero que mais ascendeu na década de 1980, os slasher movies. A franquia de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, lançada no ano seguinte, seguiu a mesma linha. A sequência do original tem uma cena inesquecível. O vilão bola um concurso de rádio e tudo o que a protagonista precisa responder é o nome da capital do Brasil. “Rio de Janeiro!”, exclama animada. E ganha as passagens pra passar uns dias morrendo nas Bahamas com seus amigos. continue lendo »
E voltamos nós com vídeos. Dessa vez as notícias da semana foram sobre exageros e sobre a falta de noção/percepção de que certas coisas já deram o que tinha que dar. E eu não to falando da sua mamãezinha, aquela danada. Deixa a véia e dá play no vídeo, malandragem. continue lendo »
Herança de Sangue (Blood Father) Com: Mel Gibson, Elisabeth Röhm, Erin Moriarty, William H. Macy, Diego Luna, Thomas Mann, Dale Dickey e Michael Parks
Lydia tem 17 anos e namora um traficante, que bota ela como bode espiatório por roubar uma grana de um cartel, fazendo com que ela tenha de fugir. E ela só vai poder contar com uma pessoa: Papai John Link, motoqueiro não muito respeitador da lei, que inclusive já cumpriu pena, mas que agora vai fazer a coisa certa e manter sua filha querida viva.
Acho que o Mel Gibson finalmente se deu conta de que tá velho e não pode mais fazer Máquina Mortífera. Mas nada que o impeça de fazer seu próprio Busca Implacável. continue lendo »
Quando Simone de Beauvoir disse a (Recentemente) polêmica frase: “Não se nasce mulher, torna-se”, não precisa ser muito inteligente para entender que ela não fala do aspecto biológico. Tampouco sobre identidade de gênero. Mas sim sobre os papeis que devemos performar uma vez que o médico dá aquela batida nas costas para chorarmos e anuncia: É uma menina. Desde cedo, somos consideradas emocionalmente frágeis, fisicamente fracas, histéricas, dramáticas. Mas prendadas. Belas, recatadas e do lar. Para casar. Alvos fáceis, cujas vozes não merecem ser ouvidas sequer pelo maior esquerdomacho feministo do rolê. Nascemos para ser mães, esposas. Uma compulsoriedade de papeis que o mundo faz crer que nos pertencem, até que os desejamos, mas que apenas servem para nos despersonalizar enquanto indivíduos. Ser mulher é um mundo cão. Não há contestação quanto a isso. continue lendo »
Star Trek: Sem Fronteiras (Star Trek Beyond) Com: Chris Pine, Zachary Quinto, Karl Urban, Simon Pegg, Zoe Saldana, Idris Elba e Sofia Boutella
A galera da Enterprise volta em mais uma aventura do barulho, com altas confusões envolvendo uma turminha da pesada, onde eles vão resgatar um povo que se perdeu numa nebulosa e acabam encontrando um tio que não gosta muito da Frota Estelar.
Melhor filme de Star Trek dessa nova franquia. Acho que finalmente acertaram a ideia de “corajosamente indo onde ninguém jamais foi” [Mesmo que ainda tenha os pew pew pew que todo arrasa-quarteirão de hoje em dia exige]. continue lendo »
Desta vez, Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e a tripulação da Enterprise encontram-se no terceiro ano da missão de exploração do espaço prevista para durar cinco anos. Eles recebem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico vilão Krall (Idris Elba), um insurgente anti-Frota Estelar interessado em um objeto de posse do líder da nave. A Enterprise é atacada, e eles acabam em um planeta desconhecido, onde o grupo acaba sendo dividido em duplas.
Sempre que eu tenho de falar de Star Trek, eu lembro que tinha um funcionário perfeita pra missão. Exceto pelo fato dele morar no meio da selva e não ter acesso ao filme até cerca de três meses depois de ninguém mais ligar. Mas quem disse que o Bacon trabalha com hype? A gente cozinha devagar aqui. Se bem que ele sumiu, provavelmente devorado por uma pantera, ou talvez tenha sido adotado por coalas, não tenho certeza. O que importa é que essa é provavelmente a resenha menos ligada ao Star Trek: Sem Fronteiras que você vai ler nos próximos 15 minutos. Já que fã é um povo que gosta de viajar na maionese mais que eu. continue lendo »
Estive conversando com um amigo sobre as mortes que presenciamos nos últimos tempos e chegamos a conclusão de que essa é a era em que nós, beirando os 30 anos — ou passando deles — perderemos nossos ídolos. O objeto da conversa, no caso, era o roqueiro Flávio Basso, falecido no final do ano passado, mas se aplica perfeitamente ao gênio da comédia Gene Wilder, que faleceu por complicações do Mal de Alzheimer aos 83 anos para deixar a segunda-feira mais amarga do que de costume e, agosto, mais desgostoso. O cara era duro na queda, havia combatido um Linfoma na década de 90, mas superou a doença e continuou ai na atividade, como deveria ser. Dessa vez não deu. continue lendo »
Cubo é um thriller algo popular. Foi lançado em 1997 e, salvo as diferenças, foi um Jogos Mortais que deu menos certo. Enquanto o (Quase) debut de James Wan rendeu uma franquia milionária, mais materialista do que distópica em relação à Cubo que, além de render sequencias ruins, como Hypercubo e Cubo Zero, inspirou um recurso muito curioso: A alienação de desconhecidos, que precisam definir estratégias para sobreviver, em um espaço claustrofobicamente desconhecido.
Jogos Mortais se utiliza desse recurso fugindo das referências sci fi nas quais sua “contraparte” canadense mergulha. Mas, em geral, os filmes que optam por esse caminho, seguem a uma cartilha para fugir das consequências de raios lasers, armadilhas tecnologicamente avançadas e outras drogas. Lembrando que, excluindo o desespero de ser mira de alguma conspiração, essa história já foi vista naquele lugar que gosto muito de visitar… Além da Imaginação. Para os curiosos, vale conferir o episódio Five Characters in Search of an Exit.
Mas como o lance aqui é dica de cinema e não dicas eternas de Twilight Zone, vamos seguir em frente porque esse texto não vai se escrever sozinho. E todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite: Café e contemplação. continue lendo »
Café Society Com: Kristen Stewart, Steve Carell, Jesse Eisenberg, Blake Lively, Anna Camp, Corey Stoll, Don Stark, Gregg Binkley, Judy Davis, Kelly Rohrbach, Ken Stott, Lev Gorn, Liz Celeste, Max Adler, Parker Posey, Paul Schneider, Richard Portnow, Stephen Kunken e Tony Sirico
Década de 30, James é um jovem mancebo que sai do interior em direção à Los Angeles, com um sonho de trabalhar em Hollywood, antes que vire uma grande porcaria. Mas na cidade grande, ele acaba se deixando apaixonar por Theresa, e acaba se deixando levar pelo clima de “sociedade do café” [Sacou? Hein? Hein?] que tá rolando.
Eu nunca vi um filme do Woody Allen, e mesmo assim não consigo gostar da cara deles. continue lendo »
Ben-Hur Com: Jack Huston, Nazanin Boniadi, Haluk Bilginer, Pilou Asbæk, Marwan Kenzari, Rodrigo Santoro, Moises Arias, Morgan Freeman, Ayelet Zurer, Toby Kebbell, Sofia Black-D’Elia, James Cosmo e Julian Kostov
Judah Ben-Hur era um príncipe, até ser acusado de traição por seu irmão adotivo Messala, que é mais falso que nota de três reais. Afastado de seu título de príncipe [Isso é possível?] e afastado de sua mulher, Judah vira escravo. Mas depois de passar vários anos em alto-mar, ele retorna à sua terra pra se vingar. Mas é um bunda mole e só consegue redenção.
O mal de Hollywood hoje em dia é fazer remake e reboot ao invés de usar umas ideias mais originais, ou mesmo adaptar coisa que não foi pro cinema ainda.