Após termos alguns nomes confirmados, chegou a notícia tão esperada: QUEM será o Bison. E, melhor: O QUE será o Taboo, do Black Eyed Peas?
Neal McDonough (Minority Report) será o M. Bizon:
E, confirmando as suspeitas do Eric, Taboo será MESMO o VEGA!
Créditos para o FirstShowing.net pelas fotos, eu realmente estou compreguiça de editá-las do meu jeito. É plena madrugada de um feriado, tenha dó.
A direção do filme é por conta de Andrzej Bartkowiak (do sensacional Rede de Corrupção) e o roteiro é de Justin Marks (que tem na lista os filmes He-Man e SuperMax, que ainda estão pra começar). Lançamento? Só no ano que vem.
Terceiro dos cinco filmes da série de George A. Romero, Dia dos Mortos, lançado em 1985, é provavelmente o mais sangrento deles. Sendo o preferido do próprio diretor, que o define como seu “épico zumbi”, o filme parece se passar algum tempo depois de seu predecessor, Despertar dos Mortos (o Dawn of the Dead original). A infestação zumbi já não é mais o centro do filme – o mundo já foi infestado e a idéia de conter o avanço da “epidemia” zumbi simplesmente não faz mais nenhum sentido. O cenário é uma base militar em algum lugar na Flórida, onde algumas pessoas tentam ainda sobreviver no meio do caos que o mundo virou. Um grupo de militares, comandado pelo autoritário e abusivo Capitão Rhodes (interpretado por Joseph Pilato, que participou da versão estendida de Despertar dos Mortos), é encarregado de cuidar da segurança de uma equipe de cientistas que tentam arrumar uma solução para a catástrofe que atingiu o mundo. O desespero e a tensão crescem a cada dia, e as diferenças entre as três equipes – os militares, os cientistas e o terceiro “grupo”, formado por dois civis – tornam a vida na base complicada. Enquanto Rhodes quer um jeito rápido de eliminar os zumbis, mesmo sabendo que não há recursos para tal na base, cientistas como Dr. Logan, conhecido como Frankenstein pelos sobreviventes e Sarah, personagem principal do filme, tentam descobrir mais sobre os zumbis. Sarah quer descobrir o que causou o problema, enquanto o Dr. Frankenstein procura um meio de socializar os mortos-vivos, partindo da teoria de que eles ainda podem ser o que eram em vida. Os civis, formado pelo piloto de helicóptero John e seu amigo, William, acreditam que é perda de tempo fazer as tais pesquisas, e que o que eles devem fazer é aproveitar o pouco de vida que ainda resta pra se aproveitar.
A sanguinolência de verdade só acontece no fim do filme, e não durante toda a história, como nas outras obras de Romero, mas mesmo assim, Dia dos Mortos consegue ser o mais sangrento deles. O mago da maquiagem, Tom Savini, fez um trabalho genial com os zumbis, as tripas, o sangue e os desmembramentos. Cenas como o desmembramento do capitão Rhodes ou os experimentos do dr. Frankenstein – especialmente o corpo do antigo comandante dos militares e a cabeça zumbi – são o tipo de coisa que deixa um filme marcado pra sempre. O curioso é que o excesso de violência foi justamente um dos maiores motivos de briga na produção do filme. O orçamento inicial era de sete milhões de dólares, e o roteiro, claro, bem mais ambicioso, mas os produtores queriam que boa parte da MOEÇÃO fosse cortada, pra que a classificação da censura diminuísse e os adolescentes fossem ao cinema, aumentando a bilheteria e dando mais dinheiro. Mas tripas são tripas, e nenhum dinheiro compra a sangreira de Romero. Ou pelo menos não comprava, na época. O cara bateu o pé e disseram que diminuiriam o orçamento pra 3,5 milhões. Provavelmente foi o sangue mais caro da história dos filmes. Pode ter “custado” metade da verba, mas cada glóbulo vermelho e cada pedaço de tripa vale o sacrifício. Dia dos Mortos não seria a mesma coisa sem as tripas. E vocês sabem do que eu tô falando: Terra dos Mortos seria uma verdadeira obra de arte com algumas mutilações a mais.
Romero soube trabalhar muito bem com a crescente tensão entre os sobreviventes, também. O estresse de Rhodes, a loucura de Miguel Salazar e a crescente euforia dos soldados – especialmente Steel, braço direito de Rhodes – com a presença de Sarah como única mulher no complexo, bem como os constantes pesadelos da própria cientista, retratam bem o estado de desespero dos sobreviventes. Também é feita pela primeira vez uma análise mais amigável dos mortos-vivos. Eles estão ficando mais inteligentes, reaprendendo as coisas. O destaque do filme vai pra Bub – grandiosamente interpretado por Howard Sherman-, o zumbi mais carismático que já passou pelo cinema, e provavelmente um dos personagens mais agradáveis do filme, se não o mais. É impossível não simpatizar com esse ex-militar camarada, que é um marco na história dos zumbis. Bub é o primeiro zumbi a ganhar uma fala (“Olá, tia Alicia”) nos filmes de Romero, por exemplo. É também o primeiro zumbi a usar uma arma, e talvez seja o primeiro a ser retratado como mocinho, com direito a um “duelo final” com o bandido – Rhodes -, inclusive. Em Terra dos Mortos, a demonstração de inteligência se repete, tendo como “protagonista zumbi” o frentista que arma o ataque á cidade dos vivos.
O Dia dos Mortos foi o filme da série “dos mortos” que menos arrecadou nas bilheterias, provavelmente por causa da censura. Apesar de não ter vendido bem nos cinemas, os fãs de Romero geralmente consideram esse um de seus maiores filmes, dando geralmente mais destaque para A Noite dos Mortos-Vivos, por seu status de clássico, sendo o pioneiro dos filmes de “apocalipse zumbi”. Vale lembrar que o primeiro filme de zumbis é White Zombie, dos anos 40. A Noite dos Mortos-Vivos é o filme que iniciou a onda dos filmes com hordas de zumbis dominando a cidade, o estado ou o mundo. Um remake do filme foi lançado esse ano, sem passar pelas telonas. Não cheguei a botar as mãos nele, mas não duvido que tenham aboiolado o filme todo. O jeito é torcer pra que mantenham as tripas no lugar. Ou melhor, fora dele.
Se o que você quer ver são tripas, mutilações, desmembramentos e toda aquela nojeira que os filmes de FRANGO de hoje em dia não tem colhões de mostrar, O Dia dos Mortos é o filme. E eu, pessoalmente, concordo com a opinião do diretor: é o melhor de todos os cinco da série.
O Dia dos Mortos
Day of the Dead (102 minutos – Terror) Lançamento: 1985 Direção: George A. Romero Roteiro: George A. Romero Elenco: Lori Cardille, Joe Pilato, Terry Alexander, Gary Klar, Ralph Marerro, Howard Sherman, Richard Liberty.
Uma pequena correção: No artigo anterior sobre o filme, com as fotos e tudo mais, eu disse que o filme iria estrear no dia 1º de Julho e… só. Ficou parecendo que a estréia já é neste ano. Acalmem-se: O filme só estréia no ano que vem, e é no dia 4 de Julho. Erro técnico e de fonte, então eu só fico devendo meia caixa de cerveja.
Clique aqui para acessar o site oficial do filme, que foi lançado nesses dias. Por lá não tem muita coisa além do que você já viu por aqui. A pena é que nem o trailer eles divulgam, mas foi um marketing inteligente: O trailer está passando no cinema, na seção do filme Horton e o Mundo dos Quem, que bombou. Mas logo os caras lançam o trailer oficialmente por aqui.
Antes de mais nada: Você não viu muita coisa sobre o filme por aqui além de uma matéria antiga, então vou dar uma resumida agora:
Primeiro fiquem com o primeiro teaser do filme.
Agora, a sinopse.
Após a morte de seu irmão, Rex, Speed tenta honrar o nome do cara. Ao recusar uma oferta MILIONÍRIA da Royalton Industries para pilotar para eles, Speed descobre que algumas das maiores corridas do circuitos estão sendo completamente “manjadas”. A Royalton garante que o Mach 5 nunca mais atravesse uma linha de chegada se Speed não correr para eles, então o único jeito é o cara unir-se ao seu rival Corredor X e vencer o rally The Crucible, que atravessa o país e, curiosamente, levou seu irmão á morte.
Trailers, agora?
Os dois acima são os trailers internacionais. Abaixo, o que foi lançado recentemente:
Vou ser sincero: Só fui parar pra ver os trailers nesses dias. Posso até ser suspeito a falar sobre mais um filme dos Irmãos Wachowski, criadores da trilogia Matrix (que eu venero), mas, na boa: Esse filme vai ser ESPETACULAR. Eu mal me lembro do desenho e não sei dizer se tudo o que a gente vê aí respeita o mesmo, mas que é EMPOLGANTE, é. O elenco é composto por Emile Hirsch (Alpha Dog), Matthew Fox (A Última Cartada), Christina Ricci (Família Addams!) entre outros. Enfim, um elenco razoavelmente desconhecido.
Cara, Guillermo del Toro é DEUS. E se não é, devia ser:
Pensando bem… melhor não.
Ok, foi um exagero. Mas orra, como esse gordo manda bem cara. Já falei desse cara antes, na resenha de El Laberinto del Fauno, que eu sei que vocês ainda não assistiram porque cês são tudo uns puto e preferiram assistir Homem-aranha 3. É como o Théo sempre diz: Vocês têm mau-gosto.
Então, El Orfanato é a produção mais recente do cara a chegar aos cinemas nacionais e pelo menos ESSE filme vocês têm que assistir. Cara, eu IMPLORO pra vocês assistirem, o mundo precisa de mais cinema feito desse jeito.
El Orfanato (2007)
Querem saber a história do filme? WHO FUCKING CARES? Se del Toro fizesse um documentário sobre latas de leite condensado eu pagava pra assistir; isso aqui não é cinema de historinha boba com final feliz. O que o cara faz em todos os filmes é foder com sua mente por mais ou menos 100 minutos e depois te deixar pedindo mais. A história é o de menos, o que importa é a MANEIRA como ela é contada. Se ele fizesse o tal documentário, as latas de leite condensado seriam fantasmas que assombrariam um supermercado, clamando pela vingança de suas mortes, que foram jogadas por engano na lata de lixo orgânico e trituradas junto com as alfaces. A lata de leite condensado principal sairia catando abridores de lata para derrubar as paredes do supermercado atrás da lata de lixo orgânica onde jaziam os cadáveres triturados das latas que não tiveram seu justo fim. Vou mandar esse roteiro pro del Toro.
El Orfanato é um suspense, mas não é um suspense. É uma fábula, mas não é uma fábula. É um filme de horror, mas que não assusta ninguém; como todos os filmes de del Toro, ele transita entre os gêneros, sem se apegar a nenhum de forma rígida. Depois de passar por El Espinazo del Diablo e El Laberinto del Fauno, eu já sabia como tirar o máximo de El Orfanato: Senta na frente da tela e simplesmente deixa o cara fazer o trabalho dele. É como deitar pra uma massagem… No cérebro. Suspenda os seus julgamentos e a necessidade de que tudo que aparece na tela precisa fazer sentido imediatamente. A cena tá meio esquisita, a atriz falou uma coisa estranha, apareceu um personagem novo do nada? Não esquenta, tudo vai ser explicado no final. As coisas vão se encaixando, deixe o filme te levar. Vai vendo tudo com olhos de criança, aprecie as cenas bonitas, a fotografia, os momentos de silêncio, o tempo que as coisas levam pra acontecer. Não tente prever a próxima cena, mas preste atenção quando ela estiver rolando na tela.
Presta atenção nesse moleque. Ah, sim. Isso é um moleque.
O que me deixa muito confortável nesse filme é que o cara conta uma história em que você sente que ele SABE do que tá falando. O filme se passa num orfanato (Saca o título e tal?) que é um tema recorrente para del Toro. El Orfanato é quase uma refilmagem do El Espinazo del Diablo, onde também se documentava acontecimentos terríveis em um orfanato. Os dois filmes têm uma atmosfera totalmente opressiva, de orfanatos que ficam localizados na puta que o pariu, como se fizessem parte de um outro mundo, afastado do nosso, onde fantasmas realmente existem. Os próprios orfanatos, as casas, são os personagens principais. São como seres vivos que vão sendo abertos, paredes derrubadas, portas que se fecham sozinhas pra guardar segredos, se deixam explorar aos poucos, revidam agressões, derrubam vigas na sua cabeça e fazem todo mundo sangrar. Um tesão.
Mas em El Orfanato o tema segue adiante e fica melhor; não é apenas uma história de fantasmas, onde se desvendam os acontecimentos terríveis do passado de crianças fragilizadas. Aqui as memórias atuam de forma lancinante no presente dos protagonistas, moldam suas vidas, distorcem a realidade e levam todos pra bem perto da beira da loucura. E certamente os levam pra morte. Os fantasmas são palpáveis e arrastam os vivos pros cantos mais obscuros da casa, criando as melhores cenas do filme. É como explorar o sótão de uma casa antiga quando você é criança; os cantos vão ficando cada vez mais escuros e difíceis de entrar, mas você simplesmente PRECISA saber o que tem atrás daquela porta, daquele armário, daquela cortina. Laura, a personagem principal, é a apenas uma extensão de cada um dos telespectadores, o seu “avatar”, dentro do filme.
Laura. MILF.
A identificação com Laura, aliás, é imediata porque, embora ela faça coisas terríveis, nenhum de nós faria diferente no lugar dela. Ela não tem escolha nas suas ações, não existe espaço para optar, mas ainda assim ela o faz por vontade própria. Ela caminha pra sua morte certa, mas com as próprias pernas e sem ninguém empurrar. Fascinante.
Bom, se ainda não te convenci a assistir ao filme, saiba que o SR. BARRIGA está nele. É meu, o Sr. Barriga do Chaves! Se isso não te convenceu, cê é um bosta que não sabe se divertir.
Aí ó: Recomendação FÁCIL esse filme. Certamente um dos 10 melhores que cê vai ver nesse ano. Trailerzinho pros tangas que precisam de trailer pra se convencer:
Assistiu? Tanga.
O Orfanato
El Orfanato (105 minutos) Lançamento: 2007 Direção: Juan Antonio Bayona Roteiro: Sergio G. Sánchez Elenco: Belén Rueda; Sr. Barriga
Sim, um dos filmes mais… loucos dos últimos tempos, Adrenalina (Crank) terá uma continuação – e você SABE disso. Talvez você não saiba o que vai rolar no segundo filme E que vai rolar um TERCEIRO filme. Mas até então nós só sabemos que o terceiro filme contará com os famosos óculos 3D.
Brian Taylor e Mark Neveldine, roteiristas e diretores do filme, falaram ao Omelete que eles só não usam tal tecnologia no segundo filme por estão “esperando até que as câmeras especiais para 3D fiquem menores, mais leves – e mais fáceis de manejar”.
“Nós estamos criando um bullet-time em movimento que nunca foi feito antes. São 15 câmeras em um trilho, presas em patins, que ficam rodando ao redor das pessoas. Teremos aquela imagem vista em Matrix, em que eles congelam a ação e a câmera gira ao redor, exceto pelo fato de que nossas câmeras giram e os atores continuam a se mover.”
No primeiro filme, Chev Chelios, interpretado por Jason Statham, é um assassino profissional. Até aí beleza, se não fosse o porém: ele já começa o filme no chão. Depois de se levantar, ele vai até sua TV, onde tem um DVD que, ao colocar no aparelho, aparece ele mesmo e um cara injetando algo em seu pescoço. Depois de descarregar toda sua raiva em uma tv de plasma, ele sai de casa até seu carro, decidido a se vingar. O que injetaram nele? Um composto sintético chinês, que faz com que o coração dele vá diminuindo o ritmo aos poucos até que pare totalmente. Isso deveria matar ele em algumas horas, mas só deveria. Aos poucos, Chelios percebe que, quando faz coisas que aumentam sua adrenalina e que por tabela aumenta seus batimentos cardíacos, ele consegue sobreviver por mais tempo.
Agora, no segundo filme, Chelios encara um chinês mafioso que ROUBOU seu coração e colocou em seu lugar uma máquina movida a bateria. Agora o cara precisa de descargas de eletricidade para não morrer outra vez.
Em Abril as gravações começam, lá em Los Angeles. Atualmente os caras estão filmando o thriller Game, com Gerard Butler.
Depois de ver o pôster Russo do filme, é a vez de ver as primeiras fotos. Estrelando… SCRAT!
O filme estréia no dia 1º de Julho com a tecnologia 3-D (sim, você vai ser obrigado a usar um óculos ridículo para ver o filme) e com o brasileiro Carlos Saldanha na direção.
O Eric me mostrou nesses dias um site onde você pega um pôster de um filme conhecido e muda seu texto. Quer que eu desenhe?
Taí, pôster do filme Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters) em uma versão… estranha. Entendeu o espírito? Então corre pro Hollywood poster generator e zoe o pôster de Matrix, Blade Runner, Jurassic Park, Marte Ataca entre outros. Cola aí nos comentários o que você fizer, rapaz.
Uma das reclamações da safra deste Oscar, segundo alguns críticos, seriam os finais em aberto dos filmes, onde não há notadamente um clímax, prática usual, mas sim um simples “fechar cortinas” sem chamar muito a atenção. Assim ocorre com o vencedor do Oscar de melhor filme Onde os Fracos Não Têm Vez. Ou mesmo um final amargo sem dar possibilidade de redenção ou mesmo um sentimento de felicidade para os personagens retratados no filme.
Para mim, que trabalhei em videolocadora, sinto que as pessoas necessitam de um final “redodinho”, de preferência bem feliz, como um conto de fadas. Poucas pessoas acham que um filme possa ser encarado como “assim é a vida”, podendo terminar de forma ruim. Num ponto as pessoas têm razão (e os produtores hollywoodianos sabem disso): finais surpresas marcam um filme, para o bem, mesmo que o filme não seja aquela maravilha e, obivamente, finais felizes também.
Os finais surpresas, uma verdadeira febre nestes últimos dez anos, são reconhecidamente um “salva filmes”. Se o filme não está lá grandes coisas, conta com uma trama de suspense ou mistério, é só encaixar uma revelação final ou reviravolta na trama que pronto, o filme vai conseguir seu espaço na memória coletiva das pessoas. Acredito que a grande referência desta década seja o final de O Sexto Sentido, excelente drama com suspense, que como um conto de fantasmas, surpreende simplesmente por dificilmente observarmos o que estamos assistindo; somos pegos de surpresa (positivamente). Outro exemplo poderia ser a caminhada final de Kevin Spacey em Os Suspeitos (só quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando), ótimo suspense de Bryan Singer. Mas levante a mão quem nunca teve o prazer de contar o final de um filme de propósito para estragar a surpresa de uma outra pessoa?
Sinceramente, finais felizes me enjoam, são boring, acho-os previsíveis e dependem única e exclusivamente do meu humor. A trama e os personagens têm que ser muito divertidos, interessantes ou terem um tempero especial para me agradar. Para não dizerem que sou xarope de carteirinha posso citar a recente comédia romântica Ligeiramente Grávidos como um filme com final feliz (e previsível), mas nem por isto deixa de ser um filme com personagens engraçados e situações cômicas.
Porém, nada me agrada mais do que um evento único e inesperado para fechar um filme, e isto não significa que precisa ser um dramalhão como o lacriminoso (e antigo) Tarde Demais para Esquecer, na cena em que Cary Grant descobre que Deborah Kerr está paralítica; pode ser um filme de ação, Thelma & Louise, com as atrizes se jogando no Grand Canyon; um épico, O Poderoso Chefão III, na cena em que Sofia Coppola (que deixou de ser atriz depois deste filme e, hoje, é uma excelente diretora) é morta nas escadarias do Teatro é deslumbrante; ou mesmo um filme de terror, O Bêbe de Rosemary, na aterradora cena em que Rosemary embala o berço do bebê-diabo.
Mesmo citando estes exemplos, quero deixar bem claro que o the end do filme não necessita ser um evento extraordinário para o mesmo virar um ícone; acho que o filme tem que seguir uma linha de raciocínio que nasce lá na introdução do mesmo. Não adianta chutar o pau da barraca na cena final achando que o filme vai prestar se não há uma coerência na trama (e olhe que isto acontece bastante, finais reviravoltas são os campeões de furos na lógica da trama para tentar ludibriar o público).
Primeiramente, gostaria de agradecer á distribuidora Warner pelo excelente cronograma de lançamentos, pois seus dois filmes previstos para 20 de março foram lançados semana passada. Valeu pela organização!
Valente: Lançamento da Warner, inédito nos cinemas, chama atenção por se tratar de um filme policial – o que pode-se considerar comercial. Com direção de Neil Jordan (deslocado) e um elenco com nomes como Jodie Foster e Naveen Andrews (o Sayid, de Lost). Na trama, Erica (Jodie Foster, de O Quarto do Pânico) é uma popular apresentadora de rádio de New York que viu seu noivo morrer; e ela mesma quase virou vítima fatal de um inesperado ataque também. Agora, ela descobre dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida, alguém que vaga pela cidade á noite armada e em busca de vingança, em conflito com si mesma. O filme também conta no elenco com Terrence Howard (ator já indicado ao Oscar por Ritmo de um Sonho) como um policial determinado que a persegue.
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford: Não deixe nem a longa duração nem o nome muito comprido assustá-lo; O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford é um dos grandes filmes do ano. Protagonizado por Brad Pitt (de Sr e Sra Smith) e Casey Affleck (de Um Beijo A Mais), respectivamente nas peles de Jesse James e de Robert Ford, a trama se caracteriza por apresentar momentos de tensão, aproximando o faroeste de um suspense psicológico. Robert Ford é um fracassado aspirante a pistoleiro que tem como grande ídolo o temido Jesse James, um bandido que ganhou fama por toda a América. Ford quer entrar para o bando de James, que está ficando cada vez mais isolado e temperamental depois de anos na marginalidade. Quando o novato finalmente consegue, um jogo psicológico começa entre os dois e ainda entre James e os outros homens de seu bando. Esse jogo é construído aos poucos pelo diretor Andrew Dominik que, em seu segundo trabalho, já mostra talento estético e narrativo suficientes para chamar a atenção. As cenas são pintadas aos poucos e o diretor explora a psicologia de seus personagens a fundo, criando cenas em que o conflito silencioso entre eles diz mais do que muitos tiros. Assim, o que se vê é um filme complexo que ultrapassa apenas um gênero, capaz de prender qualquer tipo de espectador que gosta de uma trama contada com muito talento e, acima de tudo, com beleza e sensibilidade até mesmo para uma história de assassinato.
Sobrevivente: Dirigido pelo alemão Werner Herzog, cineasta mais associado á filmes documentários, como o excelente Homem-Urso. Na trama do filme, um piloto alemão cai no Laos durante a Guerra do Vietnã, sendo preso e torturado. Ele passa a planejar um meio de fugir, juntamente com outros prisioneiros. Reparem na transformação física de Christian Bale (novamente, quem viu O Operário sabe do que estou falando) e na participação competente do comediante Steve Zahn num papel dramático.
Chumbo Grosso: Finalmente chegou em dvd esta excelente comédia, dirigida pelo cineasta Edgar Wright e com os atores Simon Pegg e Nick Frost. Depois da divertida sátira inglesa dos filmes de zumbis Todo Mundo Quase Morto, decidiram se unir novamente para atacar uma outra frente do cinema: as produções policiais. Aqui é contada a história de um policial que é considerado o melhor de Londres, tanto que seu sucesso causa inveja em seus companheiros de trabalho e até em seus superiores. Com isso, eles acabam dando um jeito de tirá-lo de jogo e o colocam em uma afastada cidade no Sudeste, onde praticamente não existe crime. Ali ele conhece seu novo parceiro, um aficionado por filmes de ação que vê, com a chegada do policial da cidade grande, uma chance de finalmente participar de todas as cenas que sempre imaginou, com direito a muitos tiroteios e perseguições de carros. A surpresa é geral para os dois lados, quando eles começam a perceber que a cidade não é assim tão calma como sempre pareceu.
Novo Mundo: Passou rapidamente pelos cinemas esta produção de Martin Scorsese. Na trama, o diretor (Emanuele Crialese, o mesmo de Respiro) faz uma bela homenagem ás raízes do povo italiano ao narrar a história de uma família que sai da Sicília e segue em busca de uma vida mais digna na América, no final do século XIX. Eles enxergam na América uma terra cheia de oportunidades, mas se deparam com as diferenças culturais, além de muitos outros desafios.
Viagem A Darjeeling: Os personagens dos filmes de Wes Anderson parecem habitar um planeta paralelo ou pertencerem todos á uma mesma, e estranha, família. Foi assim em os Excêntricos Tenenbauns e o tema familiar volta a aparecer em seu novo filme, em que, mais uma vez, comédia e um tipo sutil de drama convivem bem. No centro da trama estão três irmãos que, após a morte do pai, partem para a Índia em busca da sua mãe. Eles querem tirar satisfação com ela sobre o porquê de ela não aparecer para o enterro. Nesse caminho, os três acabam fazendo uma viagem de trem, salvam a vida de crianças de uma aldeia (onde também enterram uma delas que não se salvou) caem em um templo católico e reconhecem suas diferenças.
Escocês Voador: Inédito nos cinemas esta produção da Fox Filmes, conta a emocionante história real de um homem (Johnny Lee Miller, atualmente, na série Eli Stone) que, apesar de todas as dificuldades, conseguiu superar limites e se tornar uma lenda do ciclismo mundial. Com origem modesta e um distúrbio bipolar, um homem criativo monta uma veloz bicicleta feita com sobras de metal e peças de uma máquina de lavar roupa. Ele parte para uma competição contra os melhores do mundo e acaba quebrando o recorde mundial no esporte. Mais tarde, esse recorde seria batido de maneira controversa.
Ela e os Caras: Inédito nos cinemas com a ídola teen dos americanos Amanda Bynes, pelo menos até aparecer sem calcinha em algum evento. Na trama, uma caloura da faculdade é banida pelas amigas ciumentas da fraternidade onde mora e precisa encontrar um novo local para ficar. Assim, ela acaba se juntando a um grupo de nerds. Com o tempo, ela começa a ficar inconformada com a maneira como seus novos amigos são tratados pelas estudantes mais populares. Decidida a mudar isso, organiza a sua gangue para começar uma campanha que pretende mudar esse sistema. Para isso, ela contará com a ajuda de um conquistador. Tudo para transformar os rejeitados em verdadeiros vencedores.