Indicados ao Oscar 2008

Cinema terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 2 comentários

á primeira vista os indicados ficaram dentro do que se apontava nestes últimos meses, senti a falta de Na Natureza Selvagem, de Sean Penn, que angariou inúmeras indicações no SAG (prêmio do sindicato dos atores, quase um terço dos votantes na Academia) e, obviamente, do filme brasileiro O Ano em que Meus Pais saíram de Férias, que acabou ficando de fora da lista final, apesar que especialistas estrangeiros dizem que esta seleção final era muita fraca e injusta com os melhores longas estrangeiros do ano passado, vai saber só assistindo para conferir.

O favoritismo é dividido entre Onde os Fracos Não têm Vez, previsto para estrear nos cinemas em 01/02, e Sangue Negro, previsto para estrear em 15/02. Correndo por fora Juno (representante dos independentes), estréia em 22/02, Conduta de Risco (representante do cinema político), já em cartaz, e Desejo e Reparação (cinema á moda antiga), já em cartaz.

Maiores comentários quando a maioria dos filmes estrearem por aqui, veja a lista abaixo:

MELHOR FILME
Conduta de Risco
Desejo e Reparação
Juno
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro

MELHOR DIRETOR
Jason Reitman, Juno
Joel e Ethan Coen, Onde os Fracos Não Têm Vez
Julian Schnabel, O Escafandro e a Borboleta
Paul Thomas Anderson, Sangue Negro
Tony Gilroy, Conduta de Risco

MELHOR ATOR
Daniel Day-Lewis, Sangue Negro
George Clooney, Conduta de Risco
Viggo Mortensen, Senhores do Crime
Johnny Depp, Sweeney Todd
Tommy Lee Jones, No Vale das Sombras

MELHOR ATRIZ
Cate Blanchett, Elizabeth: A Era de Ouro
Julie Christie, Longe Dela
Marion Cotillard, Piaf – Um Hino ao Amor
Ellen Page, Juno
Laura Linney, The Savages

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Javier Bardem, Onde os Fracos Não Têm Vez
Casey Affleck, O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
Tom Wilkinson, Conduta de Risco
Hal Holbrook, Na Natureza Selvagem
Philip Seymour Hoffman, Jogos do Poder

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Ryan, Medo da Verdade
Cate Blanchett, Não Estou Lá
Tilda Swinton, Conduta de Risco
Ruby Dee, O Gângster
Saoirse Ronan, Desejo e Reparação

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Juno
Conduta de Risco
The Savages
Ratatouille
Lars and the Real Girl

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Desejo e Reparação
Longe Dela
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sangue Negro
O Escafandro e a Borboleta

MELHOR FOTOGRAFIA
Sangue Negro
O Escafandro e a Borboleta
Desejo e Reparação
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
Onde os Fracos Não Têm Vez

MELHOR MONTAGEM
O Escafandro e a Borboleta
Na Natureza Selvagem
Onde os Fracos Não Têm Vez
O Ultimato Bourne
Sangue Negro

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Bússola de Ouro
Desejo e Reparação
O Gângster
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Sangue Negro

MELHOR FIGURINO
Across the Universe
Desejo e Reparação
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Elizabeth: A Era de Ouro
Piaf – Um Hino ao Amor

MELHOR MAQUIAGEM
Norbit
Piaf – Um Hino ao Amor
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Transformers
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
A Bússola de Ouro

MELHOR TRILHA SONORA
Conduta de Risco
Ratatouille
Desejo e Reparação
O Caçador de Pipas
Os Indomáveis

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Falling Slowly”, Once
“Happy Working Song”, Encantada
“Raise It Up”, O Som do Coração
“So Close”, Encantada
“That’s How You Know”, Encantada

MELHOR SOM
Transformers
Onde os Fracos Não Têm Vez
O Ultimato Bourne
Ratatouille
Os Indomáveis

MELHOR EDIÇÃO DE EFEITOS SONOROS
Transformers
Onde os Fracos Não Têm Vez
O Ultimato Bourne
Ratatouille
Sangue Negro

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
12, Rússia
Beaufort, Israel
The Counterfeiters, Íustria
Katyn, Polônia
Mongol, Cazaquistão

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Ratatouille
Persépolis
Tá Dando Onda

MELHOR DOCUMENTÍRIO
No End in Sight
Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience
$.O.$ Saúde
Taxi to the Dark Side
War/Dance

MELHOR DOCUMENTÍRIO EM CURTA-METRAGEM
Freeheld
La Corona (The Crown)
Salim Baba
Sari””””s Mother

MELHOR CURTA-METRAGEM
At Night
Il Supplente (The Substitute)
Le Mozart des Pickpockets (The Mozart of Pickpockets)
Tanghi Argentini
The Tonto Woman

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
I Met the Walrus
Madame Tutli-Putli
My Love (Moya Lyubov)
Peter & the Wolf

Overdose Nicolas Cage: Resenha – O Sacrifício

Cinema terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 8 comentários

Este foi o filme mais disputado para ser resenhado entre os putos que estão cuidando do especial: Todo mundo queria falar mal. Minha surpresa foi ver que, ao chegar o dia de sua publicação, ninguém havia o resenhado. É claro que o sacrifício sobrou pra mim, sem trocadilhos. Com Ellen Burstyn (Dragão Vermelho), Kate Beahan (Matrix Revolutions) e Nicolas Cage no elenco, o filme é daqueles que vai mudar seu humor.

“Consulte seu SACO antes de ver o filme.”

Um policial vê um acidente trágico envolvendo um carro e um caminhão acontecer do seu lado, logo após ele ter parado o maldito carro. O cara fica traumatizado, é claro. Mais tarde, ele recebe uma carta de sua ex-noiva, a mesma que o abandonou há alguns anos sem motivos aparentes. Na carta, sua ex pedia ajuda, dizendo que sua filha havia desaparecido em Summerisle, uma ilha isolada na costa do estado americano do Maine. Então ele pesquisa sobre o local e cai na estrada, mas não chega lá com facilidade.

Chegando lá, o policial, Edward Malus (Nicolas Cage), se depara com coisas… estranhas. As mulheres mandam na ilha, e o comportamento da população em geral é no mínimo… estranho. Ele encontra sua ex e já começa a investigar, mas ninguém do local colabora. Todos o tratam com sarcasmo. Mas o cara não pára.

Não tenho nada para falar sobre esta foto.

Sabe, o filme não começa bem, não tem um ponto alto, é entediante e termina de uma forma horrível. Sem sombra de dúvidas, mesmo que eu não tenha visto a todos os filmes do cara: O pior filme com Nicolas Cage. Primeiro que o título nacional do filme já entrega o final, basicamente. Segundo que, desfarçadamente, tentaram fazer uma versão de Silent Hill. Sem os monstros, é claro.

O cara bem que tentou, mas o filme é péssimo.

Não há o que falar sobre o filme, ele é simplesmente ruim em todos os aspectos. O filme é um remake de um filme de 1973, O Homem de Palha. Deve ser tão horrível quanto. Pra você ter uma idéia, O Sacrifício recebeu CINCO indicações ao Framboesa de Ouro: Pior Filme, Pior Ator (Nicolas Cage), Pior Dupla (Nicolas Cage e seu casaco de urso), Pior Roteiro e Pior Remake ou Imitação Barata. Aparentemente, foi ruim o bastante pra não ganhar nem esses prêmios.

Overdose Nicolas Cage: Resenha – Coração Selvagem

Cinema terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Como vocês já devem ter reparado, cada sonho erótico do théo acaba virando um Overdose por aqui. Foi assim quando ele teve sonhos eróticos com Dave Grohl, quando assistiu Brokeback Mountain e, agora, quando ele teve um surto homossexual querendo ter a língua chupada pelo Nicolas Cage. O lado bom é que isso me deu motivo pra resenhar esse filme do cacete. O ruim é que quanto mais gente estiver resenhando por aqui, menos vai lavar o maldito convés.

A grande questão é: Como se começa uma resenha dessas? Eu me sinto quase na obrigação de fazer o começo da resenha ser tão explosivo quanto o começo do próprio filme. Porque esse é simplesmente o melhor início de filme que qualquer ser humano consciente poderia ver no mundo. Quer dizer, pra que as preliminares, véi? Nego quer ver é o sangue, a matança. E é exatamente o que David Lynch nos dá logo no início. Você ainda duvida? Pois bem, não diga que eu não te avisei:

VIOLENÇA, MALUCO! HAHAHAHAHAH!

Pois é, a coisa já começa preta pro lado de Sailor Ripley, como vocês provavelmente já notaram. O filme, dirigido por David Lynch, como eu já sugeri lá em cima, é baseado no romance de mesmo nome escrito por Barry Gifford e lançado em 1990. Não que vocês queiram saber disso, ces querem saber é de matança. Pois voltando ao que interessa, o maluco vai pra cadeia depois do incidente, e é quando ele é solto que a piração toda começ… digo, aumenta. Sailor e Lula Pace Fortune (a loira histérica da cena ali em cima, interpretada por Laura Dern) resolvem fugir da mãe psicopata e ditatorial da moça. Parece simples, não? Pois é, só parece. O fato da tal mãe, Marietta Fortune, namorar tanto um detetive particular quanto um gângster começa a embolar um pouco as coisas. Tudo isso recheado de uma porrada de referências a O Mágico de Oz e a Elvis Presley (não só na música e no jeito de Sailor. dá pra ver referências a filmes do Elvis, também). Agora já parece bizarro o suficiente? Espera então até você ver as cenas com o Bobby Peru, ou o show da banda Powermad. Do caralho as cenas. Aliás, o filme todo é do caralho.

“Bobby Peru não para pra pegar ar.”

Sailor é, na minha opinião, o melhor papel já feito por Nicolas Cage em toda a história dos filmes. O cara caiu como uma luva pro papel. Quer dizer, de vez em quando nego tem que acertar, né? Porque porra, motoqueiro fantasma, véi? Enfim, se o que você quer ver na sua tela é um road movie infestado de sanguinolência, esquisitice, sanguinolência, personagens carismáticos, sanguinolência, brutalidade e VIOLENÇA, pode pegar Coração Selvagem sem medo, cara. A fotografia do filme é do caralho, as falas são do caralho (porra, QUEM nunca quis dizer “o que vocês querem, bichonas?” pra um bando de vagabundo?), as atuações são do caralho e… porra, por que ce ainda tá lendo isso aqui, seu animal? Vá assistir o maldito filme!

Agora, se você é uma bichona de estômago fraco, não só passe longe do filme, mas também retire-se da minha frente, antes que eu lhe enfie uma bala do tamanho dum TUBARÃO no meio da cara.

Indicados ao Framboesa de Ouro 2008

Cinema segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 – 4 comentários

Um dia antes da indicações ao Oscar (na terça, dia 22/01), são divulgados os indicados ao prêmio mais escrachado e certeiro da indústria americana, a Framboesa de Ouro (no original, Razzie Awards), também conhecido como, os piores filmes do ano. E o escolhidos deste ano fizeram bonito para garantir as indicações, temos desde comédias ruins, a onda torture porn (filmes de terror com torturas) e o suspense de Linday Lohan (inacreditavelmente, a atriz recebeu três indicações), Eu Sei Quem Me Matou, que acaba de ser lançado em dvd, para quem for masoquista e quiser conferir.

Eis a lista de indicados:

Pior Filme
Bratz – O Filme
O Acampamento do Papai
Eu Sei quem Me Matou
Eu os Declaro Marido e… Larry!
Norbit

Categoria disputada!!!O menos pior é Eu os declaro…, e como quase todo ano acontece, temos um filme de Eddie Murphy (ehhhh).

Pior Ator
Nicolas Cage (Motoqueiro Fantasma, A Lenda do Tesouro Perdido 2 e O Vidente)
Jim Carrey (Número 23)
Cuba Gooding Jr. (O Acampamento do Papai, Norbit)
Eddie Murphy (Norbit)
Adam Sandler (Eu os Declaro Marido e… Larry!)

Não, é o retrato da judiaria!Nicolas Cage (num mal ano com certeza), Cuga Gooding Jr. e Eddie Murphy, fica difícil escolher.

Pior Atriz
Jessica Alba (Awake, Quarteto Fantástico 2, Maldita Sorte)
Logan Browning, Janel Parrish, Nathalia Ramos & Skyler Shaye (Bratz – O Filme)
Elisha Cuthbert (Cativeiro)
Diane Keaton (Minha Mãe Quer que Eu Case)
Lindsay Lohan, como Aubrey (Eu Sei quem Me Matou)
Lindsay Lohan, como Dakota (Eu Sei quem Me Matou)

Ninguém tasca o prêmio de Lindsay (muito gostosa no filme) mas como atriz, disputa pelos dois papéis que desempenha no filme.

Pior Ator Coadjuvante
Orlando Bloom (Piratas do Caribe – No Fim do Mundo)
Kevin James (Eu os Declaro Marido e… Larry!)
Eddie Murphy, como Mr. Wong (Norbit)
Rob Schneider (Eu os Declaro Marido e… Larry!)
Jon Voight (Bratz – O Filme, Lenda do Tesouro Perdido 2, September Dawn, Transformers)

Entre Eddie Murphy e Rob Schneider até Orlando Bloom parece um bom ator.

Pior Atriz Coadjuvante
Jessica Biel (Eu os Declaro Marido e… Larry!, Next)
Carmen Electra (Deu a Louca em Hollywood)
Eddie Murphy, como Rasputia (Norbit)
Julia Ormond (Eu Sei quem Me Matou)
Nicolette Sheridan (Operação Limpeza)

O ano foi tão ruim para Eddie Murphy, apesar de sua indicação para o Oscar por Dreamgirls (que fique bem claro), que ele conseguiu até um indicação pelo papel feminino que representa em Norbit, não se perca já foram 3 indicações.

Pior Casal
-Jessica Alba & Hayden Christensen (Awake), ou Dane Cook (Maldita Sorte), ou Ioan Gruffudd (Quarteto Fantástico 2)
-Qualquer combinação com dois personagens (Bratz – O Filme)
-Lindsay Lohan & Lindsay Lohan (Eu Sei quem Me Matou)
-Eddie Murphy, como Norbit, & Eddie Murphy, como Mr. Wong, ou Eddie Murphy, como Rasputia (Norbit)
-Adam Sandler & Kevin James ou Jessica Biel (Eu os Declaro Marido e… Larry!)

Eddie Murphy 3 indicações, digo, 4 indicações.

Pior Remake ou Cópia
Uma Casa de Pernas Para o Ar (Remake/Cópia de Lar, meu Tormento, de 1948)
Bratz – O Filme (paródia se si mesmo)
Deu a Louca em Hollywood (paródia de todos os filmes que parodia)
Eu Sei quem Me Matou (Cópia de O Albergue, Jogos Mortais e The Patty Duke Show, comédia familiar de 1963)
Who’s Your Caddy (Cópia de Clube dos Pilantras)

Tinha sentido a falta de Deu a Louca em Hollywood nas categorias anteriores.

Pior Prequel ou Seqüência
Aliens vs. Predador 2
O Acampamento do Papai
Todo Poderoso 2
Hannibal – A Origem do Mal
Albergue: Parte II

Mal estreou e Alien vs. Predador 2 já está circulando por aqui.

Pior Diretor
Dennis Dugan (Eu os Declaro Marido e… Larry!)
Roland Joffe (Cativeiro)
Brian Robbins (Norbit)
Fred Savage (O Acampamento do Papai)
Chris Siverston (Eu Sei quem Me Matou)

Para quem não reconhece, Fred Savage é o eterno Kevin Arnold da série Anos Incríveis, que depois de dirigir diversos episódios de séries cômicas, está pagando este mico em O Acampamento do Papai.

Pior Roteiro
O Acampamento do Papai
Deu a Louca em Hollywood
Eu Sei quem Me Matou
Eu os Declaro Marido e… Larry!
Norbit

Pior Desculpa para Filme de Terror
Aliens vs. Predador 2
Cativeiro
Hannibal – A Origem do Mal
Albergue: Parte II
Eu Sei quem Me Matou

Esta onda de terror está tão ruim que o Framboesa criou um categoria somente para ela.

Os vencedores (ou perdedores) serão revelados na noite anterior a Festa do Oscar (isso se houver alguma).

Resenha – Hairspray – Em Busca da Fama

Cinema segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 – 0 comentários

HAIRSPRAY – EM BUSCA DA FAMA (pra quê o subtítulo?), é um filme muito encantador e gostoso de assistir. Como fã ocasional e bissexto de musicais, sou obrigado a confessar que me diverti muito com as aventuras de Tracy Turnblad (simpática estreante Nikki Blonsky) em busca da igualdade de direitos, tanto racial quanto no padrão de beleza, na Baltimore dos anos 60.

Acima de qualquer discurso, o musical acerta no tom da escrachado da crítica e mais ainda, na escolha do elenco, apesar da manobra marketeira a presença de John Travolta como mulher, todos os personagens (temos Christopher Walken, Michelle Pfeiffer, Amanda Bynes, Zac “High School” Efron, entre outros) são trabalhados de maneira carismática e possuem seu momento na trama, ora em musicais ou mesmo em cenas cômicas, como as intervenções da carola Prudy Pingleton (personagem hilário de Allison Janney).

HAIRSPRAY somente exagera um pouco na duração, são quase duas horas, e num número de Queen Latifah desnecessário. Difícil acreditar que o diretor Adam Shankman, de “pérolas” como Operação Babá e Doze é Demais 2, conseguiu orquestrar um filme tão alegre musicalmente e descompromissado.

Overdose Nicolas Cage: Resenha – A Outra Face

Cinema segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Um carrossel. Pai e filho brincam inocentemente, até que, a cena muda, e passa um cara com uma arma, que pouco depois dispara, acertando o pai e por tabela, acertando o garoto. Choros, lágrimas, um pouco de sangue, e aí sim, depois de um pulo de 6 anos na história, o filme tem seu inicio oficial…

Um policial, atrás do terrorista Castor troy (Nicolas Cage) que é procurado internacionalmente e que aparece logo depois armando uma bomba em algum lugar do estados unidos, pra variar um pouco. O policial, Sean Archer, interpretado por John Travolta, que depois de muito tempo, o consegue capturar. Até aí, nada de mais, mas ao descobrir que a bomba irá explodir em poucos dias, toda a divisão dele tenta descobrir onde está a bomba de todas as maneiras possíveis. E é aí que entra a parte de uma operação, que retira a face da pessoa e a transfere pra outra. Quem é o melhor pra essa operação? a única pessoa que respirava castor troy, o policial bonzinho que o havia prendido, e o conhece mais do que a própria filha.

Sean Archer, com cara de “noça, te odeiou, cara”

E tá lá ele, depois de ter brigado com a mulher, filha, todo mundo no departamento, e com cara de cu, esperando pra ir pra mesa, com seu amigo do lado, que ele entrega sua aliança enquanto se dirige para a sala de operação, uma das melhores cenas do filme:

Logo depois, é aí que entra a total interpretação dos atores, fazendo o papel do outro, algo que me fez prestar atenção o restante do filme inteiro. Perceba na imagem abaixo, logo depois da operação, que mesmo sendo a mesma pessoa, a interpretação dele muda completamente, como se o terrorista não existisse mais, e fosse mesmo Sean Archer na pele de Castor Troy:

Infiltrado na prisão onde está o irmão de Castor Troy, o único que sabe da bomba, ele tenta descobrir a localização dela, se mete em uns problemas, e ao descobrir, tenta contatar seus superiores, o que dá um problema muito grande, afinal, quem é que aparece na prisão?

ámágah

aparece Sean Archer. Depois disso tudo, se eu contar mais com certeza estragarei o filme, contando é claro, que você não o tenha visto ainda. Só digo que o filme foi dirigido por John Woo, o mesmo de missão impossível, o que somente percebi em uma das cenas, que pra variar, aparecem pombas:

Que presumo que sejam algum fetiche dele, pois aparecem em quase todos os filmes dirigidos por ele. Ou deve ser algum tipo de assinatura, sei lá. ótimo filme, perfeito em sua direção, os efeitos na hora da operação são muito bem feitos, assim como as cenas de tiroteios, e as cenas da prisão, perfeitas. assista, garanto que não irá se arrepender. A não ser que você seja um paranóico, e depois disso, comece a desconfiar de todo mundo que passe ao seu lado.

Overdose Nicolas Cage: Resenha – Con Air

Cinema segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Filme de 1997, dirigido por Simon West e produzido por Jerry Bruckheimer (Rá, eu sou MUITO comedor, mesmo, escrevi o sobrenome do puto de primeira!). Concorreu ao oscar por melhor música e nhé nhé nhé. Passada a frescuragem, vamos á ação.

Nic dessa vez é Cameron Poe, um militar condecorado dos EUA, com uma bela carreira e uma bela mulher, uma garçonete. E em breve vai ter uma bela filha, também, já que sua esposa já tá grávida desde o começo do filme. O cara mal volta do Alabama, onde ele cumpria o seu dever na Guerra do Golfo, e reencontra a mulé. É claro que tinha que dar merda. É o que todo mundo quer, cara. Se não der merda, não tem pancadaria. A coisa é bem rápida, até. Nego aparece querendo BOLINAR a mulher de Poe (não o escritor, seu doente! eu botei o nome em negrito, até!), e o cara acaba acidentalmente cobrindo um deles de porrada até a morte, logo no começo do filme, mesmo. Aí ele é preso, e… porra, sou só eu ou eu já resenhei a mesma coisa antes[butar o link pra resenha de CORAÇÃO SELVAGEM, aqui]?

Bom, tanto faz, onde eu tava, mesmo? Ah, sim, o cara é preso, porque mesmo tendo desossado o cara em legítima defesa, a carreira militar e o fato de ser interpretado por Nicolas Cage fazem do cidadão uma arma viva. Pois bem, lá vai o maluco pra prisão, perder sete anos da vida, sem reclamar. Durante o tempo na prisão, o filme mostra que Poe é um bom sujeito. Ele faz tudo pra crescer enquanto tá preso, ao contrário do que a maioria das pessoas fazem. Aprende espanhol, origami e o caralho a quatro, e se comunica com sua filha através de cartas. A grande sorte dele é que os sete anos não duram mais que três ou quatro cenas, e logo Cameron já tá pronto pra sair da prisão. E é aí que finalmente entra a parte boa do filme.

Depois desse set-up todo, a maior parte do filme corre naquele estilão “perigo-no-espaço-curto-de-um-veículo-motorizado-enquanto-personagens-fora-do- perigo-se-desesperam”, que você pode ver em Velocidade Máxima, Serpentes a Bordo e esses troços assim, sabe? A coisa toda corre no avião que transportaria Cameron pra casa. Como sempre, parece simples o bastante pra dar certo, né? E é por isso que o roteirista do filme encheu o tal avião de bandidos da pior espécie, desde psicopatas caipirões com uma pinta de James Hetfield a versões de Hannibal Lecter que assassinam crianças. Só gente ruim de se conviver, mas ótima de se ver num filme de ação.

O filme parece, de um certo modo, girar em torno da esperança. Cameron continuar uma pessoa íntegra e justa mesmo depois da vida sacanear ele durante o filme todo funciona mais ou menos como se nego dissesse “nem todo mundo cede á corrupção, cara. ainda existe gente decente por aí, e se nego realmente quiser, nego não se corrompe”. Não deixa de ser uma idéia bacana, claro. O filme é muito bom, apesar de ter aquele formato já manjado de filme de ação. Eu acho que vale á pena assistir, mesmo que ele seja um pouco clichê.

Pra concluir a resenha, a única coisa que eu posso dizer é: Assistam Coração Selvagem[mais uma vez, ponham o link]. Não, véi, eu não me confundi com os nomes, tô recomendando que ces vejam o OUTRO filme que eu resenhei, mesmo. Ces podem aproveitar a viagem e alugar(ou baixar) Con Air, claro, o filme é do cacete, mas todo mundo precisa ver Sailor Ripley chutando bundas.

Resenha – Eu Sou A Lenda (2)

Cinema domingo, 20 de janeiro de 2008 – 3 comentários

O que explica o super sucesso de EU SOU A LENDA nos cinemas americanos? Não que o filme seja ruim e não mereça o retorno do público, inclusive, o filme um misto de ficção, aventura com drama é acima da média, mas, para mim, a única explicação atende pelo nome de Will Smith, o novo astro Midas de Hollywood, todos os projetos do ator dão certo, com exceção do pavoroso As Loucas Aventuras de James West, mas o filme é de 1999, são quase dez anos de sucessos.

EU SOU A LENDA é um projeto que já rolava por Hollywood há mais de dez anos, inclusive teve o nome de Arnold Schwarzenegger envolvido antes do mesmo resolver ser governador da Califórnia. Melhor pra nós, Will Smith não é nenhum ator shakespereano, mas tem carisma suficiente e bem dirigido é um competente ator. Como Robert Neville, médico militar imume ao vírus que dizimou a Terra, Smith consegue injetar no personagem esperança (em encontrar a cura para doença e achar outros humanos), loucura (de sobreviver sozinho numa Nova York abandonada), medo (dos mutantes da praga que espreitam á noite atrás de sangue) e, até mesmo, tiradas cômicas (como suas conversas com manequins tratados como pessoas).

O roteiro de EU SOU A LENDA busca, claramente, um tom parecido com o sucesso Náufrago, de Robert Zemeckis, por razões óbvias, Smith permanece sozinho 70% do filme, carregando sozinho a narrativa, outra similaridade com o filme é que ao invés da bola Wilson com quem Tom Hanks dialogava incessantemente, Neville possui uma cadela Sam para conversar (entre os dois acontece uma das cenas mais dramáticas do filme). O clima de isolamento é fantástico graças ao estado de abandono de Nova York (inevitável comparar com a Londres abandonada de Extermínio), tomada por animais e mata selvagem, uma criação bastante realista que assusta. O roteiro também acerta em criar uma tensão crescente desde apresentação da cidade, dos perigos que rondam Neville (na excelente cena do depósito onde somos apresentados aos mutantes) até os inevitáveis confrontos. Uma pena o ato final do filme ser tão banal e simplista, inclusive perdendo a oportunidade de trabalhar melhor Anna, personagem de Alice Braga (sempre natural em cena).

Alice Braga, sem muito o que fazer em cena

A direção de Francis Lawrence, de Constantine, acerta em imprimir um tom intimista na narrativa, Neville é um personagem trágico, como demonstra os flashbacks a la Lost inseridos na trama, que possui uma rotina militar para não se entregar aos ímpetos de loucura pela solidão que lhe acerca. Portanto, EU SOU A LENDA consegue ser mais do que um blockbuster ao inserir dimensão dramática ao protagonista, uma pena que mesmo sendo uma super produção, o filme não consiga superar a artificialidade na criação digital dos mutantes, muito perceptível aos olhos de quem assiste, de repente seria mais inteligente utilizar maquiagem á moda antiga para conferir realidade ás criaturas, assim como a direção optou em outros aspectos no filme.

Resenha – Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado

Cinema sábado, 19 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado é parte de um projeto da Marvel que pretende inserir novos personagens nas franquias já utilizadas e estudar a reação do público, projetando lucros futuros e suicídios coletivos de fãs puristas. Enveredando mais para as situações cômicas do que necessariamente pra porrada, o filme por vezes perde o foco simplesmente pra fazer mais uma gracinha (se continuar assim, é bem provável que ele siga os passos de Joel Schumacher em Batman Forever e coloque mamilos fantásticos nos uniformes).

Se bem que nesse filme tem a Jessica Alb… Ok, vamos a trama.

Estamos alguns anos a frente do último filme. O Quarteto é uma espécie de RBD e as pessoas atiram calcinhas por onde eles andam, principalmente agora que o casamento de Reed e Sue é capa de todos os jornais e revistas de Nova York.
Ao mesmo tempo uma estranha bagaça cósmica anda apagando os televisores bem na hora da novela, coisa que deixa o exército americano intrigado e faz com que eles peçam ajuda pro Sr. Fantástico, uma vez que a última remessa de dinheiro pra pesquisas da NASA tinha sido utilizada pra fazer um robô ouvir Íguas de Março em Marte.

Round One. FIGHT!

A propósito, a bagaça cósmica é o Surfista Prateado, arauto do devorador de mundos Galactus, que vem pra dizer seu chefe quer construir uma rodovia espacial e a Terra está no caminho está com fome e quer o planeta com fritas e uma Coca pra viagem. Como desgraça pouca é bobagem, não bastasse um bicho gigante que come mundos, um surfista com cérebro (!!!) e um general fulo da vida porque perdeu o episódio de 24 Horas, o cara de lata Dr. Destino também aparece, mas só pra encher lingüiça.

Se por um lado o roteiro consegue impor um ritmo dinâmico e ainda amarrar boa parte das questões levantadas ao longo da trama, as atuações pouco inspiradas e as piadinhas quase jogam tudo pelo ralo. Sue Storm nunca foi retratada como uma universitária sonsa e de todas as escolhas equivocadas na história recente da Marvel no cinema (exceto talvez por Jennifer Garner como Elektra) Julian McMahon é o Dr. Destino mais fraco e canastrão que poderia existir.

O roteiro competente e a utilização de personagens que há muito os fãs queriam ver nas telonas, minimizam as falhas dessa seqüência de uma maneira que você não precisa dizer “se eu não tivesse baixado esse filme ilegalmente eu pediria meu dinheiro de volta”, mas está um tanto longe de ser algo digno de ser lembrado nas transições de histórias em quadrinhos para o cinema.

Tell the teacher we’re surfin’. Surfin’ USA

Resenha – Escorregando para a glória

Cinema sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 – 0 comentários
BUM!

Filmes sobre patinação não tem lá muita graça, pois mostrar pessoas deslizando pelo gelo não é uma das melhores coisas. Mas é claro, se o principal em um filme é o humor, ele consegue melhorar muito. Em Escorregando para a glória, não é diferente. Contando a história de dois patinadores rivais, Chazz Michael Michaels e Jimmy MacElroy, interpretados respectivamente por Will Ferrell e Jon Heder, ambos que você já deve ter visto em filmes como O âncora e Napoleon Dinamite, são os principais protagonistas dessa história. Depois de se ferrarem ao terem uma “pequena” discussão durante a entrega de medalhas em uma competição que participaram, discussão essa que recebeu indicação como melhor luta no MTV movie awards, ambos são banidos das competições. O tempo passa, e a patinação que é a vida desses dois continua a assombrar a cabeça deles.

Até que um fã psicótico de Jimmy MacElroy consegue descobrir uma brecha nas regras, e o convence a retornar a patinação, dessa vez, como um patinador de duplas. Seu parceiro? O seu maior rival, é claro.
Não entendo muito de patinação, na realidade, não entendo nada, mas achei as cenas em que mostravam os dois patinando muito bem feitas. Depois de muito treino, eles conseguem entrar em uma competição, e dessa, pro mundial de patinação.
Dai em frente, a história do filme fica em um ritmo muito louco. Outros rivais patinistas, a bela irmã deles, que MacElroy fica xonadin, o treino deles para ficarem melhores e mais coordenados juntos, e até o momento que chega a hora de eles treinarem “A donzela de ferro”.
Se quer um filme pra só se desligar das besteiras da vida, esse é recomendado, uma história simples,que fará você prestando atenção até o final, recheado de cenas que garanto, pelo menos você vai dar umas risadas.

confira

quem?

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