Overdose Nicolas Cage: Resenha – A Rocha

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Filme sensacional de 1996, trazendo Sean Connery (007 – Nunca mais outra vez), Ed Harris (do nosso tão esperado A Lenda do Tesouro Perdido 2) e, é claro, o ilustre Nicolas Cage. Elenco de peso, e pra quem não gosta de Michael Bay, que dirigiu o filme: Um filme BOM com o cara. Vai por mim.

Devia estar na sua coleção.

Manja a ilha de Alcatraz, a tão famosa ilha que era uma base militar e depois se transformou em uma puta prisão de máxima segurança? Então, o principal do filme está lá: O General Francis X. Hummel (Ed Harris), que havia participado também da Guerra do Vietnã sendo um “herói”, simplesmente tomou conta de armas químicas fodidas e as levou para Alcatraz, com a ajuda de seus comandados. Não tá satisfeito? Pegaram 81 reféns também. E pediram 100 milhões de dólares, grana que também seria usada como doação para famílias de soldados americanos que morreram em missões secretas e nunca foram reconhecidos por isso. Se não pagarem eles vão lançar as bombas em São Francisco.

É aí que o “outro lado” percebe que precisam de apenas duas pessoas contra esse pessoal. Uma deve ser o único homem que escapou vivo do presídio de Alcatraz, e esse homem é John Patrick Mason (Sean Connery), um velho condenado a passar o resto de seus dias na prisão. Enfim, tinha sua chance de se livrar disso, com uma condição: Entrar na prisão de Alcatraz como saiu e completar sua missão junto com alguns homens. Entre esses homens, estava a segunda pessoa essencial para essa missão: Um perito em armas bioquímicas. Sim, Dr. Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), um jovem especialista que se mostra ingênuo, porém quem sabe o que faz.

É claro que o filme não é em preto e branco.

Imagina invadir uma ilha com um monte de soldado armado até a unha sem que eles percebam, desarmar as bombas e render os caras. Impossível, tendo em vista que apenas um dos vários “frascos” encontrados na bomba já basta para uma arma extremamente mortal, basta diluir o conteúdo no ar. Mason, por muitas vezes, demonstra o que um fugitivo de uma prisão de máxima segurança demonstraria: Não é confiável. Porém, tudo o que ele queria era sair logo da prisão e ficar com sua família. Goodspeed é bom no que faz, mas não tem a mínima chance sozinho. Em meio de discussões e pancadaria, os dois formam uma puta dupla e Sean Connery mostra que NÃO HÍ como discordar que o cara é foda.

Sensacional do início ao fim.

Eu diria que este é o primeiro grande filme de Nicolas Cage, mesmo tendo recebido um Oscar em seu filme anterior, Despedida em Las Vegas. O filme é simplesmente empolgante, daqueles que você se OBRIGA a não perder nenhum trecho e faz questão de voltar em algumas partes. Envolvente, enfim. De resto, é com vocês: Filme altamente recomendável. VOCÊ já deve ter visto e, se não viu, me agradeça pela falta de spoilers.

Uwe Boll vai deixar de cometer atrocidades no cinema

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 2 comentários

PAUSA! Cara, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz e aliviado ao ler essa notícia. Eu vi o trailer de BloodRayne, assisti Alone In The Dark e arrisquei ver trinta minutos de House of Dead. Eu sei como Uwe Boll é ruim. FIM DA PAUSA! Para quem não conhece, Uwe Boll é um diretor alemão que dirigiu os três filmes citados. Se você foi um sádico que assistiu, então sabe como é. Se ainda por cima gostou, procure um psicólogo. Odiado pelas críticas e mais ameaçado do que o Joe Quesada, ele continua sendo diretor e fez a adaptação de Dungeon Siege, mais um jogo de videogame, chamada In The Name of the King.

Demon Siege
TENHA MEDO!

Todos esses filmes foram financiados pelo governo alemão através de um programa de incentivo ao cinema. Só que a maioria deles não só não gerou lucro, como ainda teve prejuízo. E In The Name of the King teve o maior prejú deles, custando 70 milhões de dólares e só recebendo 3 milhões desde sua estréia semana passada. O governo alemão já renunciou há meses qualquer investimento em cinema e agora Uwe Boll terá de tirar do próprio bolso ou correr atrás de patrocínio. A falta de auxílio pode significar o fim de sua carreira de destruidor de bons jogos de videogame.

Resenha – 300

Cinema terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 5 comentários

Já tivemos uma outra resenha [Nota do editor: Não tem mais] recentemente sobre “300” aqui no AOE. E vocês, leitores chatos bagarai, devem estar se perguntando por que demoramos tanto pra resenhar esse filme.

No caso dos outros resenhistas eu não sei, mas no meu caso é porque eu quis mesmo esperar a poeira baixar e ver se o filme continuaria me emocionando meses depois.

300 (2006)

E então? Esse filme ainda é bom mesmo ou era só aquele hype e excesso de propaganda do início do ano? Bom, pra começar, quero XINGAR o filme, listando todas as suas coisas ruins:

1) Rodrigo Santoro;
2) Nenhum espartano na história da humanidade NUNCA pareceu com um stripper depilado e usando sombra nos olhos.

Portanto, o filme se tornou uma propaganda visual homossexual. Acho que já falei isso em outro lugar. Mas ok, não consigo pensar em mais nada pra xingar. Vamos para as partes boas.

Apesar da temática visual meio gay, ainda assim acho que “300” é um filme do caralho e sou meio suspeito para opinar sobre ele. Então requisitei a opinião da Gabi sobre a película:

Atillah – Slaying Mojitos diz:
Gabi, por favor. Assim, do nada:
Atillah – Slaying Mojitos diz:
diga uma frase sobre o filme “300”?
Gabi diz:
mó gostosa essa rainha.
Atillah – Slaying Mojitos diz:
Ok, acho que posso utilizar. Obrigado.

Devo concordar com a Gabi. Pra compensar os strippers, pelo menos colocaram uma rainha gostosa e com personalidade. Sem falar no Oráculo. Não lembro muito dessa parte de intrigas políticas na HQ, mas até que encaixou bem no filme. E como o Théo sempre diz: se é pra fazer um filme igualzinho ao livro, pra que assistir ao filme ou ler o livro?

Aê rainha, pega eu.

Aliás, no caso de “300”, a fidelidade á HQ e ás cenas desenhadas por Frank Miller é o grande trunfo. O trabalho foi tão bem feito como em “Sin City”, e é um ótimo exemplo de como um filme pode te seduzir com suas imagens e ritmo, mesmo você já conhecendo o enredo. Os detalhes, esse é um filme para se observar os detalhes. Vejam como o cuidado na fotografia e na edição visual/sonora podem construir cenas inesquecíveis em filmes altamente improváveis, como “300”:

Em um certo momento do filme, o exército espartano passa o cerol em um monte de persas, e o Deus-Rei Xerxes vai pessoalmente até Leônidas, para tentar seduzi-lo com promessas e dar um fim ao massacre.

Reparem na expressão de desdém que Leônidas adota quando vê Xerxes se aproximando, todo Vera Verão, em cima da sua carroça-plataforma carregada por escravos. Leônidas não fala nada, apenas olha com descrédito, em um semi-sorriso irônico; não precisa mais nada para que você entenda o cara:

“mas esse Xerxes é uma bicha louca mesmo. Olha que empáfia, que falta de noção. Eu aqui de pé feito homem esperando e a boneca lá em cima, se achando a poderosa destaque em cima do carro alegórico da escola de samba.”

Orra, vai dizer que não parece desfile de Carnaval?

Ao ser desafiado por Leônidas, Rodrigo Santoro, claramente puto, começa a cuspir ameaças de destruição de Esparta, e enquanto o faz, suas argolas, brincos e outras joiazinhas ficam balançado e fazendo “tlin-tlin” loucamente, como se ele fosse uma caixinha de jóias ambulante.

Percebam, esse tipo de ruído poderia ser cortado depois, na edição sonora, mas os caras fizeram questão de deixar isso, pra mostrar o contraste entre o espartano, despojado de qualquer enfeite ou adereço, e Xerxes, o deus das bijouterias. É assim que você marca o imaginário do espectador, é assim que é traçada linha divisória entre homens, bonecas e crianças no filme. Uma imagem vale mil palavras.

Falando em imagens… e as cenas de batalha? Caralho. As cenas de batalha mexem com alguma coisa dentro de cada um, não sei direito o que é. Muitos falaram na coreografia e no sincronismo dos golpes, que realmente são espetaculares. Outros falaram na direção de arte, na construção visual, na ênfase do vermelho do sangue jorrando, que também são impecáveis. Mas revendo o filme, comecei a prestar atenção em outras coisas; depois que você já sabe como cada cena se desenrola, onde os espartanos vão dar cada soco, enfiar a lança ou a espada, você se desliga um pouco da parte visual. Você já sabe o que vai acontecer, perde a surpresa.

E mesmo assim as cenas continuam me emocionando.

E daí descobri que é TUDO que faz diferença, é o pacote completo. Quando os espartanos levantam o escudo para resistir ao inimigo e deliciosamente o empurram em direção a algum persa que vem correndo em sua direção, feito um texugo alucinado, e você escuta aquele “TUMM” metálico, de quem acabou de quebrar pelo menos o nariz e mais uns três dentes com o impacto, você sente algo quente e confortável por dentro.

TUMM!

Ah os detalhes. Não é só o “TUMM” do impacto; é também o barulho de metal zunindo depois, como quando você bate o cotovelo numa cadeira de metal e fica escutando aquele “uinnnn” ecoando no fundo, enquanto xinga o móvel. Emoção.

Não vou descrever o filme todo para vocês, e nem as melhores cenas, porque isso é coisa de motherfucker. Mas acreditem, o filme inteiro é desse jeito: o tempo todo ele oferece coisas para você ver e ouvir, tudo amarrado por uma história básica, simples, de um bando de nego querendo defender sua terra contra o invasor usurpador. Os clássicos nunca morrem.

Se você ainda não assistiu “300”, tenho inveja de você. Tenho inveja de como você ainda tem a chance de sentir pela primeira vez todo o impacto que o filme provoca. Definitivamente um dos melhores filmes de 2007.

Resenha – A Bússola de Ouro (2)

Cinema terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 16 comentários

Pôster

Eu vi Nárnia. Só por isso vocês já sentem qual era a apreensão em ver esse filme. Um alívio para vocês: A Bússola de Ouro (Dourada, porra! Pra que mudar o nome agora?) é melhor. Mas nem tanto. Pronto, podem assistir. O filme tem bons atores e uma trama interessante, mas não de todo. Vamos aos fatos: O livro é um tratado ateísta contra política e religião, usando metáforas para ligar aquele mundo ao nosso e á nossa realidade. Não que certas coisas não fiquem descaradas, por isso a censura. Censura? Mas quê censura, Black? Pra quem não sabe, a igreja tentou várias vezes persuadir as pessoas á não ver o filme, assim como fez com O Código Da Vinci. Deu pra perceber que não deu certo. O problema que isso afetou a história do filme, tirando quase todas as menções á religião. Pois é, síndrome de Harry Potter é contagiosa! Francamente? Podem esperar certas situações infantis no filme que também poderiam ser retiradas.

Nicole
A gata é quente, mas a personagem é fria

Vamos á sinopse: Existem vários mundos além do nosso. Alguns são similares, outros extremamente diferentes. Nesse específico, todas as pessoas têm a alma forma do corpo, em forma de animais chamados de dimons (Lê-se dimons mesmo, sabe? Como demônios em inglês). Se você morre, seu dimon some. Se seu dimon é afetado, você também sente. Simples. Só que a ligação de todos com os dimons funciona por causa de uma substância chamada pó (Não, não é aquele que você compra ali no morro), negada pelo governo e admirada por muitos por sua “magia”. O Lorde Asriel é um desses que admiram e estudam o trambolho, e por isso ele está com a cabeça a prêmio, mesmo que na surdina.

Paralelamente, sua sobrinha, Lyra se mete em três confusões: Ela quer ir ao Pólo Norte, para encontrar esse pó, tem que descobrir o que aconteceu com as crianças desaparecidas e sobreviver á um grupo que a persegue por ela possuir a Bússola de Ouro do título. Confuso? Muita gente achou.

Bússola de Ouro
ó aí a criança brincando com o perigo

Na realidade, esse é um dos problemas do filme. O maior deles. Muitas tramas aleatórias não fazem a cabeça de crianças e o filme tem uma aura muito de criança pros adultos verem E gostarem. Veja bem, quando alguém morre, você não vê sangue e sim o dimon sumindo. E só!!! Novamente comparo a Nárnia. O filme é bom, mas nem tanto. Aliás, a relação da garotinha com o Urso Polar me deu um dejá vu desgraçado que eu quase saí da sala do cinema. Faz favor, poderiam ter tirado o melodrama.
Tecnicamente não dá pra xingar um filme que emula um urso polar a ponto de você ver cada um dos pêlos dele. O som também é fantástico. Eles não cometem o erro de usar uma música feliz em momentos em que você deveria chorar (Se você fosse mulher ou criança).

Nárnia
Momento Nárnia

Agora, quanto aos personagens… Tirando a Lyra, que é protagonista, muitos dos coadjuvantes são somente isso mesmo, mal dando pra se apegar a eles nos seus dez minutos de tela. O filme corre muito rápido e isso incomoda quando chega ao final aberto para quem não esperava o fim. É porque ele é uma trilogia e quiseram tirar um pedaço do final para usar no próximo, sabe? Que nem Senhor dos Anéis. Não funcionou e o público odiou. Esperem por A Luneta Âmbar sentados, crianças.

Urso Polar
PORRADA!!!

Os burocráticos e duvidosos resultados do Globo de Ouro

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Mesmo sem tapete vermelho e sem atores para receberem os prêmios, nesta madrugada foram divulgados como uma entrevista coletiva os vencedores do Globo de Ouro 2008. Para quem não lembra, a festa de premiação foi cancelada devido a greve dos roteirstas em Hollywood e o boicote dos atores que não estariam presentes na premiação por apoio á greve. Em tempo, o prêmio é concedido pelos jornalistas que formam a Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood.

Assim, foram somente lidos os vencedores, não sei se não foi melhor porque os prêmios foram meio duvidosos para tevê, já para o cinema, os prêmios acabaram sendo divididos entre os favoritos mostrando que neste ano não há um grande filme que arrecadará todos os prêmios. Vamos aos vencedores (em itálico):

Cinema

Melhor Filme – Drama
Desejo e Reparação, em cartaz nos cinemas desde sexta passada
O Gângster, estréia em 25/01
Senhores do Crime, estréia em 08/02
The Great Debaters, sem previsão
Conduta de Risco, já exibido nos cinemas
Onde Os Fracos não Têm vez, estréia em 01/02
Sangue Negro, estréia 15/02

Como vocês podem perceber a maioria dos filmes entra em cartaz em breve, assim, fica difícil achar justo ou injusto o prêmio de Desejo e Reparação, no entanto, o filme estava meio esquecido nestas últimas premiações, quem sabe com o Globo de Ouro o filme arrebata uma vaga nos indicados ao Oscar, que serão revelados semana que vem.

Melhor Ator – Drama
Daniel Day Lewis – Sangue Negro
George Clooney – Conduta de Risco
James McAvoy – Desejo e Reparação
Viggo Mortensen – Senhores do Crime
Denzel Washington – O Gângster

Fã incondicional de Paul Thomas Anderson (Magnólia), torço pelo seu filme Sangue Negro, e seu elenco, como Daniel Day Lewis, ator inglês excepcional de filmes como Meu Pé Esquerdo e Gangues de Nova York. Deve rivalizar com George Clooney no Oscar.

Melhor Atriz – Drama
Julie Christie – Longe Dela, sem previsão
Cate Blanchett – Elizabeth – A Era de Ouro, estréia 15/02
Jodie Foster – Valente (The Brave One), chega diretamente em dvd em Março
Angelina Jolie – O Preço da Coragem (A Mighty Heart), já em cartaz
Keira Knightley – Desejo e Reparação

A categoria feminina também promete no Oscar pois estará dividida entre a vencedora daqui, Christie que interpreta uma personagem com Mal de Alzheimer, ou seja, atriz veterana em papel dramático com doença, é Oscar quase certo, sua grande rival será Marion Cotillard, da biografia Piaf, que aqui recebeu o prêmio como atriz comédia/musical.

Melhor Filme – Comédia
Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco
Across the Universe, já em cartaz
Jogos de Poder, estréia 29/02
Hairspray, já em cartaz
Juno, estréia 08/02

Destes, acredito que somente, Juno, pode chegar ao Oscar, os demais são filmes divertidos realmente como Hairspray, fica a curiosidade pela produção de Tim Burton, Sweeney Todd, um musical gótico (?).

Melhor Ator – Comédia
Johnny Depp – Sweeney Todd
Ryan Gosling – Lars and The Real Girl, sem previsão de estréia
Tom Hanks – Jogos de Poder
Philip Seymour Hoffman – The Savages, sem previsão de estréia
John C. Reilly – Walk Hard, estréia 11/04

Os jornalistas estrangeiros adoram o cinema de Burton e Depp, por isto, Sweeney Todd, papou estes prêmios, não que o filme não seja bom, muito pelo contrário, acredito que a produção seja excelente pelos trailers, mas, estas personalidades são os queridinhos dos votantes do Globo de Ouro.

Melhor Atriz – Comédia
Marion Cotillard – Piaf – Um Hino ao Amor, já em cartaz e chega em dvd agora em fevereiro
Amy Adams – Encantada, já em cartaz
Nikki Blonsky – Hairspray
Helena Bonham Carter – Sweeney Todd
Ellen Page – Juno

Palpite certeiro, Marion Cotillard, dá um show como a cantora Edith Piaf, vai certo para o Oscar e pode levar junto desta categoria, a surpresa independente do ano, Ellen Page (X-Men 3), por Juno.

Melhor Atriz Coadjuvante
Cate Blanchett – I’m Not There, sem previsão
Saoirse Ronan – Desejo e Reparação
Julia Roberts – Jogos de Poder
Amy Ryan – O Medo da Verdade (Gone Baby Gone), sem previsão
Tilda Swinton – Conduta de Risco

Outra queridinha do Globo de Ouro, Cate Blanchett, leva o prêmio por uma das encarnações de Bobby Dylan no filme de Todd Haynes, filmes bastante comentado, mas no hora das premiações somente Cate Blanchett surgiu como indicável.

Melhor Ator Coadjuvante
Javier Bardem – Onde os Fracos Não têm vez
Casey Affleck – O Assassinato de Jesse James, já em cartaz
Philip Seymour Hoffman – Jogos de Poder
John Travolta – Hairspray
Tom Wilkinson – Conduta de Risco

Aqui a disputa deve ser entre o espanhol, Javier Bardem, excelente ator de filmes como Mar Adentro e Antes do Anoitecer, e o irmão de Ben Affleck, Casey Affleck, correndo por fora, Tom Wilkinson, veterano ator bastante competente.

Melhor Diretor
Julian Schnabel – O Escafandro e a Borboleta, estréia 28/3
Tim Burton – Sweeney Todd
Joel Coen & Ethan Coen – Onde os Fracos não Têm Vez
Ridley Scott – O Gângster
Joe Wright – Desejo e Reparação

Outra surpresa a vitória de Julian Schnabel, pela produção francesa O Escafandro e a Borboleta, deixando para trás os favoritos irmãos Coen, que estão ganhando quase tudo, e o não indicado, mas certamente, estará no Oscar, Paul Thomas Anderson, por Sangue Negro.

Melhor Animação
Ratatouille
Bee Movie – A História de Uma Abelha
Os Simpsons – O Filme

Esta categoria também era moleza, gosto das três animações, mas Ratatouille é excelente, uma pérola.

Melhor Filme Estrangeiro
O Escafandro e a Borboleta
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, sem previsão
O Caçador de Pipas, estréia 18/01
Lust, Caution, sem previsão
Persépolis, sem previsão

Esta categoria será bem diferente no Oscar pois produções com diálogos em inglês não podem concorrer lá, por aqui é permitido, e Escafandro e a Borboleta confirmou seu favoritismo. Para o Oscar o filme estará concorrendo aos prêmios principais, como ocorreu com Cidade de Deus.

Melhor Roteiro
Ethan e Joel Cohen – Onde os Fracos Não tem Vez
Diablo Cody – Juno
Christopher Hampton – Desejo e Reparação
Ronald Hardwood – O Escafandro e a Borboleta
Aaron Sorkin – Jogos de Poder

Confirmando o favoritismo os irmãos Coen levam o prêmio, no Oscar estes roteiros são separados em Original e Adaptado.

Melhor Trilha Sonora
Desejo e Reparação
Na Natureza Selvagem (Into the Wild), estréia 22/02
Grace is Gone, estréia 22/02
O Caçador de Pipas
Senhores do Crime

Melhor Canção
“Guaranteed” – Na Natureza Selvagem
“Despedida” – O Amor nos Tempos do Cólera
“Grace Is Gone” – Grace is Gone
“That’s How You Know” – Encantada
“Walk Hard” – Walk Hard

Para quem não sabe a trilha e as canções de Na Natureza Selvagem pertencem ao músico Eddie Vedder.

Televisão

Melhor Série – Drama
Mad Men (AMC)
Amor Imenso (Big Love, HBO)
Damages (FX)
Grey’s Anatomy (ABC)
House (Fox)
The Tudors (Showtime)

Quem acompanha meus textos no Sitcom, sabe que sou fã incondicional de House e Damages, gosto de Grey’s e as demais não acompanho, pelo hype em torno de Mad Men, fui conferí-la e posso garantir que se trata de uma série classuda e muito bem produzida, mas falta alguma coisa, talvez seja a frieza do tema, portanto, somente querer ser moderninha e inovadora pode justificar o prêmio dos jornalistas á Mad Men frente a séries melhores.

Melhor Ator em Drama
Jon Hamm – Mad Men
Michael C. Hall – Dexter
Hugh Laurie – House
Jonathan Rhys Meyers – The Tudors
Bill Paxton – Amor Imenso

O mesmo acontece aqui, não há nenhum ator mais identificado com o persongem do que Hugh Laurie e Michael C. Hall em suas respectivas séries, puta injustiça com ambos. Sem comentários.

Melhor Atriz em Drama
Glenn Close – Damages
Patricia Arquette – Medium
Minnie Driver – The Riches
Edie Falco – Família Soprano
Sally Field – Brothers & Sisters
Holly Hunter – Saving Grace
Kyra Sedgwick – The Closer

Apesar do número exagerado de indicadas era certeiro o palpite em Glenn Close com Damages, no papel da ambígua advogada Patty Hewes, para quem não conhece a série ela estreará em fevereiro no canal á cabo AXN, não percam.

Melhor Série – Comédia
Extras (HBO)
30 Rock (NBC)
Californication (Showtime)
Entourage (HBO)
Pushing Daisies (ABC)

Outra surpresa a série inglesa, engraçada e bem bolada, mas nada demais, Extras, recebeu o prêmio, enquanto as consagradas 30 Rock (mas pela crítica do que pelo público), Entourage e as novatas Californication e Pushing Daisies (imperdível) ficaram para trás.

Melhor Ator em Comédia
David Duchovny – Californication
Alec Baldwin – 30 Rock
Steve Carell – The Office
Ricky Gervais – Extras
Lee Pace – Pushing Daisies

Outra prêmio equivocado, David Duchovny está excelente em Californication mas, a série não é uma comédia, principalmente, se comparada aos papéis hilariantes de Steve Carrell e Alec Baldwin, estranho!

Melhor Atriz em Comédia
Tina Fey – 30 Rock
Christina Applegate – Samantha Who?
America Ferrera – Ugly Betty
Anna Friel – Pushing Daisies
Mary-Louise Parker – Weeds

Categoria fácil, era Tina Fey (também roteirista de 30 Rock) ou America Ferrara por Ugly Betty, que como não está tendo uma boa segunda temporada, perdeu.

Melhor Minissérie ou Telefilme
Longford (HBO)
Bury my Heart at Wounded Knee (HBO)
The Company (TNT)
Five Days (HBO)
The State Within (BBC America)

Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme
Queen Latifah – Life Support
Bryce Dallas Howard – As You Like It
Debra Messing – The Starter Wife
Sissy Spacek – Pictures of Hollis Woods
Ruth Wilson – Jane Eyre

Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme
Jim Broadbent – Longford
Adam Beach – Bury my Heart at Wounded Knee
Ernest Borgnine – A Grandpa for Christmas
Jason Isaacs – The State Within
James Nesbitt – Jekyll

Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme
Samantha Morton – Longford
Rose Byrne – Damages
Rachel Griffiths – Brothers & Sisters
Katherine Heigl – Grey’s Anatomy
Anna Paquin – Bury my Heart at Wounded Knee
Jaime Pressly – My Name is Earl

Nesta categoria se mistura os atores de séries com filmes e minisséries, perde-se um pouco da comparação por não termos estas produções lançadas imediatemente por aqui. Levou o prêmio Samantha Morton (Minority Report) pelo filme televisivo, Longford, mas acho que faltou uma sensibilidade maior entre os votantes com o restante elenco de Grey’s Anatomy, principalmente com as atrizes Chandra Wilson, Dra. Bailey, e Sandra Oh, Cristina, que estiveram impecáveis neste ano.

Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme
Jeremy Piven – Entourage
Ted Danson – Damages
Kevin Dillon – Entourage
Andy Serkis – Longford
William Shatner – Boston Legal
Donald Sutherland – Dirty Sexy Money

O mesmo acontece com os atores coadjuvantes, Jeremy Pivem o papa Emmy (principal premiação da têve Americana), levou agora o Globo de Ouro, deixando para trás excelentes atores em excelentes papéis como Ted Danson e Donald “pai de Jack Bauer” Sutherland, nas boas e respectivas séries, Damages e Dirty Sexy Money.

Resenha – A Última Cartada

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Cara, Ben Affleck (Demolidor – O Homem Sem Medo) tá no elenco, já começamos mal. De resto, Ryan Reynolds (Horror em Amityville), Ray Liotta (Identidade), Joseph Ruskin (O Escorpião Rei), Andy Garcia (participou da trilogia dos “homens de segredo”) e por aí vai, incluindo até mesmo a cantora Alicia Keys. Gente pra cacete e nomes nem tão grandes assim. Hm, pode ser bom.

Assim até eu passo a gostar de franjas, véi.

Sem muita enrolação, o filme é uma boa pra quem está procurando por um pouco de ação. Sim, um pouco – o que você viu no trailer é praticamente a única AÇÃO no filme. O trailer passa um filme eletrizante, mas não é esse o caso. Tudo acontece em Lake Tahoe, Nevada, quando um bando de assassinos começam a correr atrás de Buddy “Aces” Israel (Jeremy Piven) por causa de uma recompensa: 1 milhão de doletas. Aces é um… mágico famoso em Las Vegas, e também “mascote não-oficial da máfia”. É claro que ele queria algo maior que isso, ele queria ser o CHEFÃO. Ou melhor: um dos chefes.

Primo Sperazza (Joseph Ruskin), um dos principais articuladores do crime de Las Vegas, era a companhia de Aces em seus shows e, obviamente, uma ajuda para Aces se tornar o tal mascote. Quando Aces quis mais, acabou expondo a organização que o protegia e, então, Primo se tornou um inimigo mortal do cara. Então, surge um boato: Primo oferece US$ 1 milhão para quem matar Aces. Aí a coisa pega fogo.

Um bundão. Tinha que ser mascote.

Mas não como deveria. É lógico que a polícia já fica na cola, no comando de Donald Carruthers (Ray Liotta), que, na minha opinião, foi mal utilizado no filme. Porém, uma surpresa: Alicia Keys (que interpretou Georgia Sykes). Não sei se é só porque eu esperava MENOS dela, mas ela fez um bom papel e a diferença em trechos do filme.

Então um certo suspense fica no ar, com aquele clima de “vai rolar traição” e “hm, esse cara é esperto”. Mas tudo acontece muito rápido e sem muita empolgação, parece até que incluiram um alto nível de realismo no filme pra que ninguém pense depois algo como “porra, puta mentira isso aí”. Mas sem exageros, é claro. Alguns trechos são sim sensacionais, mas acabam passando batidos. Uma pena.

Donnie Darko em seu papel de cabeça de coelho gay. E eu em meu papel de péssimo piadista.

Se você vai alugar o filme, não alugue pensando em um filme empolgante. Alugue pensando em um filme nada inovador e com um pouquinho de explosões, tiros e prostitutas pra descontrair. Naquelas: Desligue seu cérebro e curta o filme. Quem sabe você goste, porque eu esperei MUITO mais.

Último Harry Potter pode ser dividido ao meio

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 4 comentários

A idéia é simples: Para evitar cortes desnecessários (E assim a revolta dos fãs), o último filme da série Harry Potter pode acabar sendo gravado em duas partes, diminuindo a necessidade de abafar bons momentos da história, mais densa do que nos primeiros livros. A notícia surgiu no tablóide inglês Mail on Sunday e deve ser encarada como boato. De qualquer forma, a medida poderia ser aprovada pelo grande público porque garantiria mais fidelidade á história. Não que arrume o estrago feito pelas adaptações anteriores, verdadeiras carnificinas da história original. De qualquer forma, esperem por pagar dobrado para ver o grande blockbuster que você poderia ver numa vez só.

Harry Potter e as Relíquias da Morte fecha o arco iniciado em Ordem da Fênix, quando a guerra começa e Harry tem de lidar com perdas de entes queridos enquanto tenta derrotar o bruxo das trevas, o purpurinado Valde… Lorde Voldemort. A história é cheia de detalhes e o livro tem 784 páginas na versão em inglês, o que explica a necessidade de dividir o filme em dois ou, se continuar sendo apenas um filme, ser picotado.

Veja os 5 minutos iniciais de Teeth

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Primeiro você viu o trailer. Depois, quatro vídeos. Agora, os cinco minutos iniciais:

TEETH conta a história da estudante Dawn (Jess Weixler), que se esforça para suprimir sua sexualidade sendo uma participante ativa de um grupo de castidade local. Sua missão se torna mais difícil quando seu problemático meio-irmão Brad’s (John Hensley) adota uma conduta altamente provocativa em casa. Uma estranha para seu próprio corpo, Dawn descobre que ela possui uma vagina dentada que se torna um objeto de violência. Enquanto ela luta para compreender sua exclusividade anatômica, Dawn vivencia as armadilhas e o poder de ser um exemplo vivo do mito da Vagina Dentata.

Simplesmente perturbador e, ao meu ver, o ponto que levará o filme a ser pelo menos INTERESSANTE é esse. Não vejo muito além disso, parece ser mais um filme de terror de adolescentes para adolescentes. Aparentemente, não vai ter nada… explícito. É querer demais? Porra, é um filme de terror ou não? A idéia em si é doentia, mas a prática…

Ainda não há uma data definida para o lançamento no Brasil, se é que será lançado por aqui. Lá fora, o lançamento será no dia 18 desse mês.

Resenha – P2 – Sem Saída

Cinema domingo, 13 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Legítimo filme de gênero, no caso, gato-e-rato, um segurança psicótico persegue uma executiva fazendo hora extra na noite do Natal pelo estacionamento do prédio, já abandonado pelo dia e horário, onde trabalha. A executiva seria o clássico “mulher frágil”, no entanto, com direito a um generoso decote e um vestido branco encharcado para animar a platéia masculina e disfarçar o fiapo de idéias do parco roteiro.

Contando com um elenco reduzido, somente os dois atores centrais têm função na trama: Rachel Nichols (a suposta mocinha), pouco conhecida, participou da última temporada de Alias, e Wes Bentley (o lunático perseguidor), mais um jovem ator a ingressar na série “Tá na Hora de Trocar de Agente”, pois depois despontar com o sucesso Beleza Americana, o jovem ator somente se jogou em projetos fracos como Honra & Coragem e Motoqueiro Fantasma.

o citado decote

O curioso de P2, referência á garagem do prédio, é que a personagem Ângela (Nichols) é muito mais inteligente e perspicaz que o seu suposto perseguidor Thomas (Bentley), tanto que chega um momento em que torcermos para o Coiote (Thomas) ganhar em algum momento do Papa Léguas (Ângela), mas não acontece. No ato final, Alexander Aja (diretor dos dois melhores representantes do terror nos últimos anos, Alta Tensão e Viagem Maldita), um dos responsáveis pelo roteiro e pela produção, encontra espaço para adicionar seu famoso estilo gore (sangue e vísceras), porém, aqui, sem nenhum impacto, além de algum riso, pois o filme na realidade não tem uma trama consistente a contar.

outro ângulo do decote

Mesmo assim, confesso que me diverti, portanto, se não se importarem com as bobagens da história, podem curtir a correria de Ângela junto ao seu decote.

Resenha – Hannibal – A Origem do Mal

Cinema sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Quem não é fã de Anthony Hopkins pelos filmes O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho? Você? Você não entende NADA de canibalismo. Pois bem, dessa vez, Anthony Hopkins está… fora. Agora é hora de saber como tudo começou. Com Gaspard Ulliel (Paris, Eu Te Amo – GAH!), Gong Li (Miami Vice) e Dominic West (300), elenco levemente desconhecido, eis a crítica do segundo melhor filme da saga de Hannibal Lecter.

Se não fosse aquela coisa horrível no canto esquerdo do rosto do cara, essa foto seria extremamente gay.

Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) mora com sua família no Leste da Europa e, no fim da Segunda Guerra Mundial, o cara assiste sua familia sendo morta no meio de uma troca de tiros entre russos e nazistas. Só sobra ele e sua irmã Mischa (Helena Lia Tachovska), numa mansão no meio do nada. É quando uns simpatizantes nazistas invadem a casa e, na falta de comida, fazem uma feijoada de Mischa sem Hannibal saber. Ela estava doente, ia morrer, mesmo.

Obrigado a morar em um orfanato soviético por não ter com quem morar, Lecter cresceu fazendo voto de silêncio, se passando por mudo e arranjando problema com os inspetores ou sei-lá-o-quês do lugar. Com o passar do tempo, o cara pretende fugir para encontrar seu tio que mora em Paris e, ao chegar lá, se depara com sua possível tia, Murasaki Shikibu (Gong Li). Ele acaba voltando a falar, e recebe um ótimo tratamento da japa, que deixa no ar um cheiro de segundas intenções.

Mas nem tanto.

É ela quem ensina Hannibal algumas artes Samurai, ainda mais sabendo que o cara tá com sede de vingança pela irmã. Lecter entra pra uma faculdade de medicina e, antes disso, tem sua primeira experiência como assassino: [SPOILER] Decepa um cara que mexe com sua tia, perguntando-a se sua xoxota era atravessada (o velho mito de que a vagina das orientais são na horizontal, se é que você sabe como é uma vagina). E ainda leva a cabeça do cara á ela. Sensacional. [/SPOILER]

Tá, posso ter estragado um trecho do filme contando quase que exatamente como ele é, mas não esquenta: Isso é só a cabecinha. Mais pra frente, o cara começa a correr atrás de todos os putos que estavam na mansão naquele dia. Como? Sabe aquelas correntes que os soldados carregam com uma placa contendo seu nome completo e sei lá mais o quê? Pois é, Hannibal havia encontrado essas plaquinhas. E estava com fome.

Pique-nique.

Não me lembro ao certo se eram quatro ou cinco caras, mas Hannibal mostra que é um gênio e não está pra brincadeira. A polícia já está na cola dele desde o primeiro assassinato, e a coisa só vai piorar. Vibrante, cara, dá vontade de pegar uma faca e sair arrancando bochechas por aí pra fazer um hambúrguer. Como eu disse, o segundo melhor filme da série, mesmo sem Anthony Hopkins. Mas espero que o cara volte logo, antes de… morrer. Afinal, ele é o Hannibal que conhecemos. Mas Gaspard Ulliel fez um excelente trabalho e merece um ou mais dois filmes, quem sabe.

Alguns fãs ficaram putos ao saber que Hannibal é o que é por pura… vingança. Hannibal, um vingador? Eu discordo, e achei do cacete, além de discordar que tenha sido Só vingança. Vou colar aqui um trecho de um post de meu antigo blog, o Agorafobia, que pode ser visto aqui. Contém spoilers:

Há uma certa parada psicológica nisso. Por exemplo, é fato que muitas das pessoas que sofrem um abuso sexual quando crianças, fazem o mesmo quando crescem. É um distúrbio emocional, sei lá, o puto fica traumatizado e faz igual. Foi isso que aconteceu com o Hannibal – ele viu sua irmã virando jantar pra um grupinho de simpatizantes nazistas após ver seus pais morrerem no meio de uma troca de tiros entre russos e nazistas. Já é o bastante pra crescer traumatizado, acho, tanto que ele não dizia uma palavra quando esteve no orfanato, e ainda tinha umas atitudes nada comportadas, como dar garfadas em um dos caras que cuidavam da geral.

Acho que já é o bastante pra tirar essa de vingador. Claro, ele ficou puto e correu atrás dos caras que fizeram uma dobradinha com as tripas da irmã dele, é só o começo pra um futuro psicopata. Aí vem o papo do samurai. Bom, eu diria que aquilo foi uma puta influência pra ele. Aprender os pontos certos pra se fatiar alguém é tudo que um canibal precisa, e ter uma tia gostosa pra te ensinar isso também é. Tanto que ele só usa uma cabeça como troféu, e ainda pra levar pra tia. Aí ele já se envolve com a polícia e mais tarde entra pra faculdade, aí já vai ficando esperto com todos os cortes pra um bom banquete canibal. Mas ele só usaria essa experiência futuramente, agora é hora de aproveitar uns espetinhos de bochecha. Acho que seria cobrar demais querer um Anthony Hopkins logo no começo, né? Po, até o 007 levou um côro no começo.

Enfim, acho que só basta ver o filme mais uma, duas ou vinte e três vezes pra entender isso. Eu achei um filme á altura dos outros, mas é fato que o Hannibal não é o mesmo por dois motivos: Era apenas o começo, e nos outros filmes ele já está velho. Vejam o Faustão, por exemplo. Ele não é o mesmo. Agora é só esperar por mais livros do Thomas Harris, que foi esperto pra caraleo e agora poderá escrever sobre as mudanças que o Hannibal sofreu até se firmar como um psicopata de primeira, se ele pegou alguma cocota e quem ele mandou pro bucho até chegar no Dragão Vermelho.

confira

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