Clássicos do Horror – ETs

Clássico é Clássico segunda-feira, 17 de maio de 2010 – 0 comentários

Eu já cansei de falar que, na minha andança pelo gênero de terror, muitas coincidências me surpreenderam. Seja a extrema qualidade de obras cujo assunto é possessões demoníacas ou a falta de criatividade dos títulos escolhidos para filmes de Múmia. Hoje não poderia ser diferente – nesse gênero que mistura Terror e Sci-Fi (talvez os dois gêneros de maior sucesso da década de 80) – a minha descoberta foi quanto a grande quantidade de remakes/sequências de grande qualidade de filmes com essa temática. continue lendo »

“TOP 100 FILMES BACON FRITO” 95 – 91

Cinema sexta-feira, 04 de dezembro de 2009 – 14 comentários

95) Picardias Estudantis

(Amy Heckerling, 1982)

Uiara: A primeira vista pode parecer um filme americano escolar retardado. E se for pensar demais, é isso mesmo. Só que todo mundo sabe que nem todo filme foi feito pra pensar demais, e sim pra divertir. Dessa forma, Picardias Estudantis deixa de ser um filme idiota e se torna um retrato sem preconceitos da juventude de 80.

Pedro: Eu tinha um professor de história que passava filmes que dizia representar a juventude de diferentes décadas. Juventude Transviada na década de 50, Hair na década de 60, Tommy na década de 70 e Fama na década de 80. É uma pena que eu não possa voltar no tempo pra arrancar o último da lista e incluir esse filmaço. Picardias Estudantis é bom assim – peitos, personagens carismáticos e um retrato fiel da geração de ouro. continue lendo »

FFR – Resistance: Retribution (PSP)

Games sexta-feira, 08 de maio de 2009 – 3 comentários

Não sabe o que é isso? Veja a introdução aqui.

Resistance: Retribution – Playstation Portable

Ninguém dá mais bola pro PSP. É foda. É uma puta plataforma portátil de jogo, provavelmente a mais poderosa que já tivemos até hoje. Mas vai morrer. Pelo menos o PSP vai deixar muito jogo bom quando a Sony finalmente resolver jogar a toalha. E Resistance é um daqueles jogos que vou botar pra rodar de novo daqui uns anos, quando eu estiver precisando de um bom jogo de violência na fila do banco.

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Overdose Adaptações: Rede de relações gamísticas Pt. 1

Nerd-O-Matic quinta-feira, 10 de julho de 2008 – 9 comentários
Cês sabiam que quando o sapo macho não atrai mais as fêmeas ele troca de sexo para continuar se reproduzindo? Sapo velho é exemplo de adaptação ruim.

Aproveitando o Overdose Adaptações, vamos falar nessa coluna sobre todos os tipos de conversões entre vídeo-games e as outras mídias existentes. Como sempre, vocês provavelmente sentirão falta de uma porrada de jogos aqui. Mas também, como sempre, eu só falo dos jogos que eu conheço e já joguei. Compromisso com a credibilidade jornalística, sabem como é.

Adaptações Boas

As adaptações boas são bastante raras. Só consegui lembrar de umas poucas adaptações inquestionavelmente boas:

Silent Hill
Dos games para o filme: O clima de horror e paranóia constante foi levado de forma íntegra para o filme. Não foi sucesso de público nem de crítica, mas é, inquestionavelmente, Silent Hill.

Lord of the Rings
Dos livros para os games: nunca deu muito certo. Sério, só saiu bomba. Nem procurem.
Dos livros para o cinema e então para os games: Aqui ficou bom. A série Battle for Middle Earth rendeu um dos melhores jogos de estratégia disponíveis até hoje.

Lego
Dos brinquedos para os games: ESPETACULAR, uma das misturas mais improváveis e que mais deu certo em forma de paródia de Star Wars e Indiana Jones. Não deu tão certo no lance do Bionicle Heroes, mas esse dá pra esquecer.

Dune
Dos livros para os games: fundou a era de ouro dos jogos de estratégia, e os ecos da série Dune são ouvidos até hoje nos jogos de estratégia. Méritos extras por vir direto dos livros para se tornar um jogo.

Final Fantasy

Caralho, a parada saiu em Blu-ray

Dos games para o cinema: Gerou duas animações complexas demais para as massas (The Spirits Within e Advent Children), que requerem um certo conhecimento prévio da série de jogos. Mesmo sendo pouco acessíveis, ainda assim são espetaculares e demonstram o poder criativo e gráfico dos estúdios da Square. Pau-a-pau com a Blizzard no quesito excelência em tudo que faz.

Dos games para os animes: Assisti dois (Unlimited e Legend of the Crystals) e paguei pau para os animes. Novamente, parece que fazem mais sentido para o público que acompanha a série, mas o fato de existir esse pré-requisito não torna o material ruim.

Outro ponto que contribui para que Final Fantasy dê certo é a riqueza do universo da série; os enredos dos rpg’s já foram para todos os lados possíveis, desde passado medieval, mágico e cyberpunk, até o futuro… medieval, mágico e cyberpunk. Também ajuda muito o fato da série ter uma legião de fãs, principalmente no Japão. O público cativo dá força a qualquer produto que saia dentro do universo Final Fantasy.

Finalmente, ponto para a Square por não vender os direitos de tudo que se relaciona á série, e mantém mão-de-ferro no controle do uso da marca. Creio que isso contribui enormemente para a manutenção da qualidade dos produtos finais.

Adaptações ruins, porém boas

Sim, ruins mas boas ao mesmo tempo. São aquelas adaptações que não são muito fiéis ao universo original, ou então sempre parece ter alguma coisa errada. Mas, no fim das contas, você acaba se divertindo com a porcaria.

Yu-Gi-Oh!
Do anime para os games: O anime é ruim pra cacete, então nem teria como render algo bom. Surpreendentemente, o bagulho funciona muito bem como um jogo de cartas eletrônico, talvez o melhor desde Magic: the Gathering. Mas não espere por nada além disso.

Alien/Predator
Dos filmes para os games: O apelo dos monstrengos sempre foi enorme para o público gamer, e já renderam uma porção de jogos. Prefiro lembrar dos jogos bons como Alien 3, do Super Nes e o arcade de Alien Vs. Predator (Crássico total, procure nos emuladores de placas Capcom)

Matrix
Dos filmes para os games: Joguei o Enter the Matrix, no PC, e lembro que a parada captou muito bem o clima do filme. Na época também fazia parte de toda uma série de produtos que visavam expandir o universo Matrix. Meio ambicioso demais, mas até que funcionou. Não se segurava só como um jogo, entretanto.

Pokémon
Dos games para o anime e do anime para os games: Taí um caso de jogo e anime meia-boca que dão certo em conjunto. Os dois são repetitivos pra cacete, o tempo todo, e não despontam em nenhum quesito além desse. Mas não dá pra negar que é viciante e que funcionam como uma franquia poderosa. Briga de galo pra crianças.

X-Men
Dos quadrinhos para os games: Ah, saudosa época do super nintendo onde cada jogo com X-Men que saía era uma merda lancinante. As coisas só melhoraram com X-Men vs. Street Fighter e X-Men Legends. Aparentemente faltava tecnologia para conseguir dar personalidade a cada um dos mutantes.

Star Wars
Dos filmes para os games: sempre se calcando na força da franquia e na legião de fãs nerds, gerou vários jogos meia-boca, como os do Super Nintendo. Melhorou um pouco com Knights of the Old Republic mas assim, assim.Vamos ver se a coisa finalmente engrena com The Force Unleashed.

Resident Evil
Dos games para o cinema: Amado e odiado ao mesmo tempo. O primeiro filme foi do caralho, mas daí em diante foi degringolando até chegar na bosta total que foi o último filme, Hora de parar com essa merda.

Doom

Chutando bundas no filme

Dos games para o cinema: ESPETACULAR adaptação com The Rock. “Doom” ficou tão ruim que ficou bom. Captou com maestria o espírito trash da sangrenta série o que faz com que seja uma das melhores e mais fiéis adaptações já vistas de uma mídia para outra.

Destaque para a excelente seqüência final, filmada em primeira pessoa, para emular fielmente o que acontecia nos jogos. História fraca, atuações risíveis, monstros bisonhos e sangue pra caralho. Não tem como achar ruim. Quer dizer, tem: bom de tão ruim.

Na próxima semana continuaremos com o estudo das adaptações, abordando os experimentos que deram totalmente errado e fazendo um exercício criativo de pensar em quais jogos DEVERIAM ser adaptados imediatamente para outras mídias. Caralho, a gente tem que ensinar tudo pra esses caras.

Overdose Sci-Fi: Jogos que piram o cabeção Pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 8 comentários

Então, eu pesquisei bastante mas infelizmente parece que não existem mesmo jogos onde você possa manejar uma sonda anal e penetrar terrestres incautos para fins de pesquisa científica. Isso seria emocionante como um jogo do Wii ou do Nintendo DS; seria como um Trauma Center:

Eu não acredito que achei isso na internet. Cês são tudo doente.

Mas não, os desenvolvedores ainda não chegaram a esse nível de criatividade e ficção científica. Então, continuando a coluna da semana passada, fiquem com os outros jogos sci-fi que me emocionaram ao longo da minha carreira de gamer.

Out of this World (1991)

Embora esse jogo tenha surgido no Amiga, foi no Super NES que eu fui conhecê-lo. Era totalmente diferente de qualquer merda que a gente já tinha visto antes num vídeo-game e o título do jogo (“Fora deste Mundo” ou “Em Outro Mundo”) é um dos mais adequados possíveis; nunca antes desse jogo eu tinha sentido tanta estranheza e inadequação nos personagens. Aquele mundo poligonal (uma estética á qual não estávamos acostumado devido ao amplo domínio dos sprites) passava uma sensação REAL de hostilidade, com cada nova tela trazendo um novo evento de impacto e idéias originais.

Dramática fase final, onde você tinha que se ARRASTAR feito aquelas lesmas do começo do jogo:

Deus Ex (2000)

Além de Deus Ex ser extremamente sci-fi ele ainda por cima é CYBERPUNK, mano. VSF, por que todos os jogos não são assim? Foi um dos primeiros (e únicos) jogos em primeira pessoa a permitir total controle sobre o personagem, e uma curva de desenvolvimento altamente personalizável. Mas a maior diversão de Deus Ex mesmo era a possibilidade de abordar cada obstáculo e desafio do jogo de várias formas diferentes, dependendo dos recursos á sua disposição. Só fui sentir essa mesma liberdade anos depois, com Splinter Cell, que não era em primeira pessoa e também não era cyberpunk… oh, well.

Saca como era o jogo funcionando:

Dune II: The Building of a Dynasty (1992)

Puta merda, mil novecentos e fucking noventa e dois. Dezesseis anos atrás e eu já tava jogando isso. Vários de vocês não estavam nem no saco dos seus pais ainda, hein? Envelheço na cidade. Mas enfim, taí um jogo que estabeleceu parâmetros para vários RTS que vieram depois. Mas para mim o mais quente mesmo era que eu já tinha lido quase toda a série “Duna” nessa época, e isso emprestava um sabor especial ao jogo. Era o complemento gamístico perfeito á uma das melhores séries de ficção-científica que eu já li, e o jogo não ficou devendo.

A apresentação de Dune II:

Starcraft (1998)

Não precisa ficar ajoelhado, pode sentar na cadeira de novo. O filho mais brilhante e pródigo da Blizzard, Starcraft atingiu o status de ícone e lenda gamística. Até hoje deve ser simplesmente o RTS mais balanceado que existe. Eu provavelmente venderei a alma da minha mãe pra comprar um computador novo quando sair Starcraft 2, e vocês deviam fazer o mesmo. Foi um dos primeiros jogos que levaram os alienígenas á sério, transformando-os numa opção de altíssima jogabilidade e diversão. Os Zergs possuem uma baita personalidade no jogo, e é impossível não desenvolver uma simpatia pela lógica de colméia deles. Jogaço, jogaço.

Os vídeos da Blizzard sempre chegavam quebrando tudo:

Xenogears (1998) & Xenosaga (2002)

São jogos diferentes, ok, concordo com vocês. Mas são unidos pela escala épica, envolvendo anime, raças alienígenas e mechs. Xenogears e Xenosaga têm uma puta vibe Evangelion, aliás, não sei se vocês sentiram a mesma coisa quando jogaram. Eu gosto do fato do conceito ter sido expandido em Xenosaga, levando a humanidade para outros planetas e aquele lance todo. Esses jogos passaram batidaços de uma forma geral, e acho que merecem ser reavaliados por qualquer gamer que se preze e curta uma boa história de fundir neurônios.

Evangelion na veia:

Parasite Eve I (1998) & II (2000)

Impressionante como a Square aparece nessa lista. Eu devo ser muito Square fanboy mesmo. Mas é impossível não reconhecer a criatividade de Parasite Eve em postular um cenário apocalíptico onde as nossas próprias mitocôndrias se voltam contra nós. O conceito que permeia o jogo é espetacular, digno de super-produção sci-fi, e com alguns dos chefes e inimigos mais bizarros que eu já vi. Top de linha. Parasite Eve 2 foi subestimado.

Curte aí um remix com cenas do jogo:

X-Com (1993)

Isso é o mais perto de alienígenas com sondas anais que eu achei, espero que esteja bom pra vocês. O tom moderadamente cômico da série nunca tirou seu mérito como uma das melhores séries de estratégia em turnos que eu já joguei. Com a emoção adicional de caçar alienígenas verdes, o que é totalmente emocionante pra qualquer moleque gamer. Parece ser um estilo de jogo que acabou, o que eu acho uma pena. Mas vamos deixar a nostalgia de lado, e que venha o novo.

Abertura de um dos últimos jogos da série:

É isso motherfuckers. Se ainda não jogaram alguma coisa dessa lista, corram atrás, cês não sabem o que tão perdendo.

Uma homenagem ao Fabião

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