Você sabe por que velho não joga? Parte 1 – Identificando um gamer que parou no tempo.

Games quarta-feira, 15 de agosto de 2007 – 20 comentários

Eu sei por que velho não joga: Porque os jogos evoluem e melhoram com o tempo. E as pessoas não.

Veja se você reconhece o diálogo:

Mas olha, quanto bichinho colorido nessa tela, como é que você consegue saber qual é você?
– Como assim? Eu tô ali, sou aquele com a espada Stormbringer, matando aquele bando de orcs.
– Mas e esses outros de azul aqui?
– Ah, esses eu comando também, vou mandar eles defenderem a ponte, ó…
– Mas como que você continua lutando ali e faz isso ao mesmo tempo?
– Eu uso o direcional pra chamar o menu e dar ordens, e uso o analógico pra controlar o meu personagem enquanto isso.
– Ah, tá. Pra isso que tem tanto botão nesse controle então… Não sei como você consegue. Quando eu tinha Atari, era um botão só, mais simples, mais direto. Jogo não tinha complicação, era só diversão.

Ou esse:

– E o que que é isso que você joga tanto aí? Não vejo acontecer nada nesse jogo, só fica esses diálogos aí na tela e esses filminho passando.
– É RPG, é assim mesmo.
– Mas o que que acontece nesse jogo, eu não vejo você fazer nada. Não mata nada, não atira, não pula…
– O que interessa é a história, o desafio é fazer a história ir pra frente e ver o que vai acontecendo.
– Ah, que besteira. Quer história vai ler um livro! No meu tempo sim que vídeo-game era bom; River Raid, Enduro, Space Invaders, era cheio de ação, não dava pra tirar o olho que você perdia uma vida… Precisava de agilidade. Era um treino de rapidez aquele vídeo-game.

Rumble Roses, do Playstation 2. Vai dizer que o Atari era MAIS legal que isso?

Se você já ouviu a variação de algum desses diálogos, sabe que um dos protagonistas deve, necessariamente, ser alguém de quase 30 anos ou mais. Só pessoas com quase 30 anos, que jogaram muito Atari quando crianças, conseguem desdenhar tão facilmente das plataformas e jogos atuais, valorizando excessivamente os jogos antigos.

Gostaria de apresentar, através de uma série de posts, uma reflexão a respeito da qualidade e nível de diversão dos jogos atuais em relação aos jogos antigos. Esta reflexão partiu da observação de uma possível tendência, entre os gamers com quase 30 anos (como eu), de avaliar os jogos mais antigos de maneira desproporcionalmente favorável.

 

No próximo post: o percurso do jogador médio.

 

(Originalmente publicado no site www.gamereporter.org – agora no Ato ou Efeito; revisto, ampliado, com mais sabor e vitaminas.)

Você sabe por que velho não joga? Introdução.

Games quarta-feira, 15 de agosto de 2007 – 27 comentários

Em relação aos vídeo-games, confesso a vocês que estou cansado.

Cansado de escutar tanta gente falar besteira.

E nessa minha carreira de jogador, já escutei MUITA besteira. Mas com certeza uma das que escuto com mais freqüência, são os comentários a respeito de como os “jogos de antigamente eram legais”. Tudo bem, existem os grandes clássicos, respeitados por todo mundo: Super Mario World, Double Dragon, Gran Turismo, Final Fantasy, a lista é imensa e vocês sabem do que estou falando.

Porém, sempre sei que a argumentação racional começa a descer pelo ralo quando o sujeito começa a falar que os jogos de antigamente eram MAIS LEGAIS do que os jogos atuais. Que eram mais dinâmicos, mais acessíveis, mais divertidos e outras insanidades.

Se for pra falar merda pelo menos tenha ATITUDE como o Capitão.

Com o tempo, passei a notar que esses ignóbeis hereges normalmente são VELHOS. Nem sempre na idade, mas sim na atitude. Ou seja, são aqueles infelizes que pararam de jogar vídeo-game, pelo motivo esfarrapado que seja. Pois todo motivo é esfarrapado pra se parar de jogar.

Portanto, resolvi explorar um pouco mais essa ligação entre pessoas que pararam no tempo, nostalgia gamística e a evolução dos jogos desde o Atari. Vamos supor, por breves momentos, que estes não-jogadores tenham motivos coerentes para falar as sandices que falam e, caridosamente, vamos procurar entendê-los. Quem sabe? Talvez um dia VOCÊ comece a falar este tipo de besteira também.

Serão 10 posts, divididos em tópicos específicos, pra vocês, tangas, não ficarem “cansados” de ler. Serão publicados diariamente, porque eu gosto de vocês, apesar de tudo.

Parte 1 – Identificando um gamer que parou no tempo.

Parte 02 – O percurso do jogador médio.

Parte 03 – Orra, mas pra quê tanto botão.

Parte 04 – A vida acontece em 3D.

Parte 05 – Saves: a salvação dos jogos.

Parte 06 – Sagrada Mãe Internet.

Parte 07 – O todo-poderoso compact disc.

Parte 08 – Espaço, a fronteira final.

Parte 09 – Mais exemplos de avanços nos jogos.

Parte 10 – Conclusão.

Dedico esta série a todos os jogadores verdadeiramente hardcore. Como diz aquele comercial do Xbox:

A vida é curta, motherfucker. Jogue mais.

(Originalmente publicado no site www.gamereporter.org – agora no Ato ou Efeito; revisto, ampliado, com mais sabor e vitaminas.)

Tick Tick Boom – Saiba nossa opinião sobre o som novo do The Hives!

Música terça-feira, 14 de agosto de 2007 – 1 comentário

PARE TUDO. Vamos falar de The Hives. Os caras começaram com o álbum Barely Legal, em 97, com uma sonzeira SENSACIONAL. Rock de garagem com uma pegada punk única, qualquer banda era TANGA perto de The Hives. Em 2000, os caras gravaram o álbum Veni Vidi Vicious, que fez a banda ser conhecida por mais gente, e principalmente por VOCÊ, que assiste novela – A faixa Hate To Say I Told You So fez parte da trilha sonora da novela O Beijo do Vampiro, da Globo. Os caras voltaram com um som fraco, mas ainda eram empolgantes.

Em 2004 os caras resolveram fundir os dois álbuns antigos pra lançar o disco Tyranossaurus Hives, que também serviu pra anunciar o possível fim da banda. Com a sonoridade melhor que o segundo álbum, esse seria um bom disco de encerramento, mas os caras estavam apenas fazendo cu doce.

The Black and White Album é o novo álbum da banda sueca, e será lançado no dia 8 de Outrubro na Inglaterra e no dia 9 de Outubro nos EUA. Hoje, dia 14 de Agosto, o novo single, Tick Tick Boom, foi colocado para download pela banda, apenas para os EUA. Se você também ficou puto com isso, calma, a gente disponibiliza o vídeo ao vivo desse som por aqui:

Duas coisas: SENSACIONAL. LOL.*

Não é mais aquela pancadaria do primeiro álbum ou o som mais limpo do segundo, mas mais uma vez a banda uniu as duas coisas, ao menos nessa faixa. Rock de primeira, daqueles que fazem você se perguntar por que DIABOS pessoas gostam de bandas de Indie Rock. Ou de Beatles.

A primeira impressão que esse som me passou é que o novo álbum dos caras tem tudo pra ser BOM. Enquanto o álbum não é lançado, bolem planos pra trazer essa banda pro Brasil.

Ouça o som novo do Dropkick Murphys!

Música terça-feira, 14 de agosto de 2007 – 4 comentários

É só visitar o MySpace da banda pra ouvir o som novo: Flanningan’s Ball. Essa é uma das faixas do novo álbum da banda, The Meanest Of Times, que será lançado no dia 18 de Setembro.

A banda Dropkick Murphys (tente decorar esse nome) ficou mais conhecida no Brasil após ter uma de suas músicas na trilha sonora do filme Os Infiltrados. A música era I’m Shipping Up To Boston, que está no álbum The Warriors Code, de 2005. A banda não é nada nova, já tem vários trabalhos e faz um som realmente legal de se ouvir. O som novo dos caras não foge dessa linha, que até lembra os trabalhos antigos da banda Bad Religion. Bom, se eu fosse você, não teria lido nada disso e teria ficado só com a música.

“Caminhos do Coração”: posteres liberados

Televisão terça-feira, 14 de agosto de 2007 – 3 comentários

A novela da Record “Caminhos do Coração”, que tem data de estréia para dia 27 de agosto, tem pôsteres liberados. Eles mostram os principais personagens da série, e como podemos esperar, a sensação de deja-vú vai ser freqüente. E como acho quer ninguém que ler isso vai assistir, não me darei ao trabalho de escrever um resumo da novela, até porque eu não sei nada sobre ela.
Mas enfim, pôsteres liberados. São os seguintes, com suas frases de chamadas que devem ter sido feitas por uma grande equipe, pra que a culpa da merda que ficou possa ser dividida entre todos. Vamos aos pôsteres, e me digam o que acham deles, afinal, não tenho palavras para descrever eles, porque elas seriam meio ofensivas no momento.

Pelo que pude ver, temos o Pyro, o Parkman, o Mestre do Kung-Fu, o Anjo, o Lobisomem e uma tiazinha com fumaça nos olhos.
Posso não esperar muito, mas sabe, vou ver mesmo assim.

Duas novas imagens para A Lenda do Tesouro Perdido 2!

Cinema terça-feira, 14 de agosto de 2007 – 1 comentário

Veja a primeira imagem do filme divulgada clicando aqui.

E aí, que acharam? Nada demais ainda, né? Bom, vamos esperar. A Lenda do Tesouro Perdido 2 estréia no Brasil dia 25 de Janeiro do ano que vem!

Ouça o som novo do The Cult!

Música terça-feira, 14 de agosto de 2007 – 5 comentários

Dia 1º de Outubro sai o novo álbum do The Cult, Born Into This. O que você espera da banda? Eu, sinceramente, não espero muita coisa.

Enfim, clicando aqui você poderá ouvir o som novo dos caras, Dirty Little Rock Star. Sinceramente, nada inovador, e o começo lembra… The Killers. Não sou fã da banda, então não seria justo fazer uma crítica.

Born Into This – The Cult
Lançamento: 01/10/07
1. Born into This
2. Citizen
3. Diamonds
4. Dirty Little Rock Star
5. Holy Mountain
6. I Assassin
7. Illuminated
8. Tiger in the Sun
9. Savages
10. Sound of Destruction
11. Stand Alone

The Hives confirma nome e data de lançamento do novo álbum!

Música segunda-feira, 13 de agosto de 2007 – 0 comentários

The Black And White Album será mesmo o nome do quarto disco da banda, que já anunciou sua data de lançamento: dia 8 de Outrubro na Inglaterra e dia 9 de Outubro nos EUA. Mas amanhã mesmo os caras liberarão o novo single para download, Tick Tick Boom, somente para os EUA. Bom, é o que diz no novo website da banda, totalmente reformulado e bonitão.

Enquanto nós, excluídos, esperamos há tempos por pelo menos um show dos caras no Brasil, vamos continuar esperando pelo tão esperado novo álbum da banda. Tá, talvez nem tão esperado assim, tendo em vista que muitos fãs aceitaram o papo de que a banda não gravaria mais.

Se tudo correr bem, ainda nessa semana você poderá conferir nossa crítica sobre o novo single dos caras. Enquanto isso, fiquem com um clássico, uma obra prima: AKA I-D-I-O-T.

“Jurassic Park IV” sai do papel

Cinema segunda-feira, 13 de agosto de 2007 – 4 comentários

A continuação da história dos cientistas correndo de dinossauros finalmente sairá do papel. Caso você não saiba, os filmes contam a história da ilha onde foi feito um parque no primeiro filme que conseguiu fazer com que os dinossauros voltassem a vida, por clonagem, e sei lá mais o que. Como sempre, algo sai do controle, e tudo dá errado. Os filmes seguintes são os personagens voltando para a ilha por algum motivo completamente idiota importante. Para eles, ao menos.
As gravações, que começarão esse ano em um lugar chamado Kauai, no Havaí, dessa vez terão Laura Dern, novamente no papel da doutora Ellie Sattler. E dessa vez, Sam Neil, o doutor Alan Grant, não irá mostrar a cara nesse filme (Graças a Deus…).
A história dessa vez será sobre o governo, que está treinando dinossauros para carregar armas e usá-las para propósitos de guerra. Se será alguma coisa boa ou ruim, só o tempo irá dizer, mas pela história, ja espero algo que saia direto pra DVD.

Fast-food Reviews 002: Playstation Portable

Games segunda-feira, 13 de agosto de 2007 – 4 comentários

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

Crazy Taxi: Fare Wars.

Só eu tinha um Dreamcast no Brasil. Eu sei, porque nunca vi outro por aí, e as pessoas me olhavam esquisito quando eu falava que tinha um. E por isso, só eu joguei Crazy Taxi no Dreamcast, em 2000.

É o típico jogo que você ouve falar, mas não cai na sua mão nunca para experimentar. É claro, ele teve versões para PS2 e Game Cube, mas as duas ficaram terríveis. Ports mal-feitos do Dreamcast, só serviram pra deixar má-impressão em quem jogou.

Portanto, aproveite agora a sua chance de jogar esse ótimo título, que recebeu uma versão completíssima no PSP. Essa versão tem os dois Crazy Taxi lançados, em versões console e arcade, além de uma série de mini-games que vão sendo liberados conforme você joga. Não estamos falando de Gran Turismo aqui; Crazy Taxi é diversão rápida e descompromissada, e casa perfeitamente com o portátil da Sony.

Julgamento final: Jogo raso como um pires, mas é diversão garantida.

Harvest Moon: Boy & Girl

Harvest Moon é um daqueles joguinhos motherfucker, com história boba, jogabilidade idem, mas que você não consegue largar. É feito pra pegar os jogadores obsessivos, maníacos por detalhes, tarados por gerenciamento. O mesmo tipo de cara que jogava Elifoot e Championship Manager.

Bom, se você é um desses caras, deixe de lado essa nova versão de Harvest Moon. Porque ela ficou uma MERDA, daquelas fumegantes, e que deixam marca na privada. É exatamente o tipo de lançamento que contribui para piorar a fama do PSP, um portátil que já é bastante criticado por receber vários remakes do PS2, ao invés de jogos originais. Por si só, isso não é ruim. Afinal, ninguém reclama de jogar Grand Theft Auto no PSP. O problema é quando relançam remakes de jogos do PLAYSTATION 1! Como é o caso de Harvest Moon.

Não mudaram absolutamente nada das versões originais de Harvest Moon: Back to Nature. Nem pra fazer uma atualização dos gráficos, porra! Eles simplesmente esticaram o jogo pra encaixar na tela widescreen do PSP, e ficou essa beleza que você pode ver no screenshot aí em cima. Tudo embaçado e deformado. Deprimente.

Julgamento final: Mais um remake porco. Evite.

Alien Syndrome

Eis um caso interessante. Alien Syndrome realmente não é um jogo ruim, apesar de todas as críticas que vi em outros sites. Apesar do nome, não é um remake de nenhum dos outros Alien Syndrome já lançados. Possui gráficos e ambientes interessantes, dentro de uma concepção sci-fi que se vê pouco no PSP. Tem uma progressão interessante do personagem, com opções de habilidades pra escolher, além da modificação das estatísticas da heroína. Armas e armaduras em abundância. É um Action RPG razoavelmente competente.

Mas enche o saco. Enche o saco muito rápido.

Acho que o problema não é do jogo. Mesmo. Acho que nós, jogadores, é que já fomos inundados por tantos clones de Diablo, que simplesmente não aguentamos mais esse tipo de jogo. Pra mim, pelo menos, o ciclo se fechou com Dungeon Siege II, que fez tudo que era possível dentro do gênero. Não é á toa que a Blizzard não lançou Diablo III até hoje, e provavelmente nunca o fará, enquanto não encontrarem uma maneira de reciclar a fórmula de hack n’slash.

Alien Syndrome, portanto, é mais do mesmo. Pra decidir se você vai jogar ou não, antes pense em que tipo de jogador você é: se você jogou e curtiu MUITO Untold Legends e Dungeon Siege (os dois no PSP), então manda ver. Se você já está de saco cheio desse gênero, não é esse jogo que vai te surpreender.

Julgamento final: Diablo. Curte?

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