Enfim o tão esperado filme. Enfim a tão esperada sequêncida de um filme SENSACIONAL. Enfim, a crítica que VOCÊ tanto esperava. National Treasure: The Book of Secrets, o título original. Elenco de primeira: Justin Bartha (Armações do Amor), Diane Kruger (Tróia), Jon Voight (Transformers), Helen Mirren (A Rainha), Ed Harris (Con Air) e, é claro, Nicolas Cage. O que VOCÊ, que já assistiu ao primeiro filme, espera de sua sequência? Não que seja uma SEQUÊNCIA, tendo em vista que não “começou de onde parou”. Há uma nova história em jogo. E VOCÊ, que não viu o primeiro filme e não tá NEM AÍ pro Overdose Nicolas Cage? Tanga.
Uma das invasões. Sensacional.
Ben Gates (Nicolas Cage) é um cara extremamente maluco e obcecado pela História. Mas tudo começa na época do assassinato do presidente Lincoln, ou melhor: No DIA do assassinato. O assassino do presidente pediu para que o bisavô de Ben Gates a traduzir um enigma em um livro, que seria um mapa para um tesouro. O assassinato aconteceu, o bisavô de Gates descobriu a traição e tentou queimar umas páginas do livro. É claro que um dos capangas do assassino pega uma página e mata o velho, e é quando tudo volta aos dias de hoje e Ben Gates está no meio de uma palestra, contando exatamente o que aconteceu naquela época. Mitch Wilkinson (Ed Harris) aparece do nada, com uma prova que mudaria a história: Um pedaço de uma página. Justamente o pedaço que faltava na página que estava ali, com Ben Gates e seu pai, Patrick Gates (Jon Voight). Mudaria a história? Bom, o pedaço indicava uma lista, com nomes dos capangas do assassino de Lincoln. E estava lá o nome de seu bisavô.
Ben, obviamente, fica louco. Patrick, impaciente. É quando os dois se juntam para provar a inocência de seu antepassado com a ajuda de Riley Poole (Justin Bartha) e, futuramente, com a ajuda da ex-namorada de Ben, Abigail Chase (Diane Kruger).
Pára tudo.
É aí que vemos que o filme baseia-se não só em desvendar um fato histórico, mas em deixar a reputação da família Gates intocada. Pensando por esse lado, chega a ser… desanimador. Convenhamos, é muito melhor ver uma caçada ao tesouro pela História em si do que pelo orgulho. Mas isso é apenas uma observação sem muito valor, tendo em vista que eles não carregam esse propósito como ponto principal, e também conta a perseguição do vilão. Então, é perdoável. Mas eu ainda fico com um pé atrás.
Outra. Novamente, suspense de primeira.
PONTOS ALTOS
A empolgação em relação ao filme anterior só aumentou. Em certos pontos do filme, você fica TÃO ligado que se esquece COMPLETAMENTE do que DIABOS os caras estão fazendo. Você só quer ver mais enigmas, mais soluções e mais escorregadas de Riley Poole. É claro, os novos atores incluidos junto com um toque a mais de humor ajudaram bastante, descontraindo completamente o clima em trechos inesperados. E a ação? Das melhores. As armadilhas melhoraram (ironicamente, se é que você me entende). Envolvente, definitivamente. Nota mental: Se você não viu nenhum dos trailers, não veja. Eles estragam uma cena.
PONTOS BAIXOS
É da Disney. Além do meu protesto acima, forçaram um pouco o humor com Riley Poole. Por exemplo, a cena final do filme foi EXTREMAMENTE óbvia, MUITO clichê. O vilão, em alguns momentos, deixa de ser vilão. Sim, era necessário, porém… você vai me entender quando ver o filme. Nota mental: A mesma da anterior. Eu INSISTO que você não TOQUE nos trailers.
ATUAÇÕES
Cara, Nicolas Cage é excepcional nesse papel. Eu sou fã do cara, mas não sou suspeito a falar: Quando o cara é RUIM, eu admito. Aqui, ele foi excelente. Justin Bartha e Diane Kruger, mais uma vez, mostraram que Hollywood tá cheia de artistas bons que não são utilizados como deveria. Cara, esses dois merecem mais destaque, como nos dois filmes dessa franquia. Os mais experientes Jon Voight, Helen Mirren e Ed Harris mostraram que não estão pra brincadeira e também fizeram um trabalho fenomenal. Ponto para Ed Harris, taí um vilão FODA, apesar de algumas escorregadas.
Depois de encontrar o tesouro, um banho.
Vivem falando de Indiana Jones, mas eu prefiro separar o salame da mortadela. Em termos contemporâneos, A Lenda do Tesouro Perdido 2: O Livro dos Segredos, sinceramente, bate a série. Termos contemporâneos. Não é justo comparar, principalmente pelas épocas. Influências são notáveis, mas acho desnecessário cita-las. Enfim, se você gosta de filmes do gênero, taí um prato cheio. Se você não gosta, vai aprender a gostar. Se você não sabe do que eu estou falando, NÃO VEJA OS TRAILERS. Só pra finalizar, 2008 começou bem pra carái nas telonas e já considero a possibilidade de esse filme estar no pódio dos melhores do ano. Corra até o cinema, eu não estou mentindo.
Jason Statham (Adrenalina) marcando presença pela segunda vez por aqui. Jet Li (Contra o Tempo) é um dos caras mais sensacionais da galáxia do cinema. De resto, também fazem parte do elenco Luis Guzmán (O Conde de Monte Cristo) e, a minha musa nipônica de origem norte-americana, Devon Aoki (DOA – Vivo ou Morto, porque em Sin City ela está em preto e branco).
Pena que não é gordinha.
Tudo começa com o agente do FBI Jack Crawford (Jason Statham) e seu parceiro Li Chang (John Lone) em uma troca de tiros com mafiosos. Os caras desconfiam que Rogue (Jet Li), um assassino cruel, está por ali. Ainda que o cara, aparentemente, seja só um boato. Crawford acaba baleado, mas é salvo por Chang, que mata o atirador. É claro que os caras já sacam: Era o Rogue. E estava tudo acabado.
Mas nem todo filme é da Disney.
Dias depois, Chang é morto em sua própria casa com sua família, e o principal suspeito de cometer o crime é… Rogue. Quatro (ou três?) anos se passam e Crawford, obcecado pelo crime, com sede de vingança, se vê perto de descobrir o paradeiro de Rogue. Mas é claro, são só suspeitas de agente do FBI com intuição pseudo-feminina adquirida após a morte do melhor amigo. Uma série de assassinatos começam após a chegada desse assassino misterioso. Crawford já tinha certeza de que era Rogue.
E era.
Rogue está de volta tocando o terror entre mafiosos japoneses, e a guerra começa. É aí que, definitivamente, a coisa começa a pegar fogo.
Supremacia até no olhar.
Sinceramente, os filmes de Jet Li são, no mínimo, bacanas. O cara consegue ter um currículo cheio de filmes excelentes; ele é o tipo de ator que, pra quem gosta de ação e pancadaria, é uma PUTA referência. E aqui não é diferente, o cara é simplesmente sensacional do início ao fim. Jason Statham é o tipo de ator mal aproveitado e que tem como melhores filmes aqueles que ultrapassam a linha do exagero. Quem viu Carga Explosiva 2 sabe exatamente do que eu estou falando. Rogue – O Assassino não é extremamente forçado, é um filme de ação com pancadaria, Jet Li e Devon Aoki, tão mal aproveitada que ficou quase como figurante.
Sabe daqueles filmes que te fazem soltar um PUTA QUE PARIU no clímax final? Poucos fizeram isso comigo, e esse aqui tá na lista. Como se trata de um filme de vingança, talvez eu seja suspeito á falar. Talvez não. Eu posso apostar que VOCÊ terá a mesma reação; os flashes e a supremacia de Rogue são os pontos fortes do filme, que também conta com um ritmo empolgante e envolvente, mas tão envolvente, que você poderia escrever todas as falas do filme após vê-lo sem precisar consultar o script. Não espere por um filme com lutas exageradas envolvendo artes marciais, espere por algo, por incrível que pareça, mais realista. A luta final é HUMANA, cara, e eu acho que é isso que falta em muitos filmes.
Os bundões.
Se sua praia é ação, vingança, uma japinha linda e PUTA QUE PARIU, este filme devia estar na sua prateleira, já. Então, corre pra locadora ou pesquise por preços do DVD no Buscapé, porque taí um filme que eu recomendo com todas as forças.
Danny Rand, o Iron Fist, fez sua primeira aparição em 1974, em Marvel Premiere número 15. Com um uniforme verde e amarelo com um design deveras cafona e golpes de kung fu, o personagem de Roy Thomas e Gil Kane se tornou um dos grandes coadjuvantes da Marvel, especialmente na revista do Demolidor, aparecendo quase sempre ao lado de Luke Cage. Apesar das aparências, Iron Fist é, e sempre foi, um dos personagens mais interessantes da Marvel, apesar de nunca ter sido devidamente explorado. Até agora.
Com o roteiro escrito pelo experiente [Ed Brubaker (The Authority) e o recém conceituado Matt Fraction[ (Punisher War Journal), e arte arrasadora de David Aja (Daredevil), Iron Fist finalmente está ganhando a devida atenção. Vale ressaltar que esta não é a primeira revista do personagem.
Muitos anos atrás, na cidade mística de Kun’ Lun, o jovem Danny Rand observava um uniforme atrás de um vidro - o garbo do “Imortal Punho de Ferro” – e sabia que ele estava destinado a usá-lo. Mas de onde veio esse uniforme? Por que ele havia esperado por Danny durante todos esses anos como uma sombra de seu futuro? Qual o verdadeiro destino do Punho de Ferro?
O mistério aumenta, á medida que Danny tem a forte sensação de que mais alguém está usando o poder do punho do dragão, o poder do Punho de Ferro. Mas como isso é possível se ele foi ensinado que é o último usuário vivo? Qual a relação desse desconhecido com a volta de um antigo inimigo de Danny?
Todas essas perguntas serão respondidas em páginas e mais páginas de ação, misturando elementos ocidentais e orientais, que fazem de Immortal Iron Fist um épico das hqs de kung-fu.
Por trás desse enredo, a revista faz uma viagem no tempo, ao mostrar partes isoladas da vida dos antigos usuários (66 no total, divididos entre homens e mulheres) do poder do Punho de Ferro, esclarecendo aos poucos a origem dessa surpreedente habilidade.
“Espera Nip. Para tudo. Que habilidade, porra?”. Eu estava chegando lá. O indivíduo destinado a ser o Punho de Ferro passa por um árduo treinamento, como os vistos em filmes de kung fu. Terminado o treinamento, o escolhido deve enfrentar um dragão, e só obtendo a vitória ele herdará o poder do Punho de Ferro. Os vitoriosos são abençoados com a habilidade de canalizar o ki, aumentando seus reflexos além do limite humano e sendo capaz de energizar seu punho, deixando-o tão duro quanto o ferro e tão poderoso quanto um dragão. O usuário do Punho de Ferro pode ser identificado a partir de uma tatuagem em forma de dragão, símbolo de seu poder.
Combinando este poder com suas exímias técnicas de kung fu, Danny Rand é um dos humanos mais poderosos da Marvel, o que me faz imaginar o por quê de ele ter demorado tanto para sair do plano secundário e passar a ser parte dos principais.
Quem lê mangás certamente vai se familiarizar com o enredo, talvez até mais do que os leitores de hq. Faz pouco tempo que comecei e confesso que nunca dei muito valor ao personagem. Me empolguei para ler a revista após ter lido o arco “The Devil in the cell-block D”, da revista do Demolidor. Primeiro, porque os desenhos são os mesmo. Segundo, porque… não vou spoilear, mas quem já leu o arco ou prestou atenção em Civil War sabe.
Os desnhos são meio “rabiscados”, o que dá uma sensação maior de sombra á história e mais semelhança aos mangás. Os movimentos dos golpes são bem definidos, assim como a ação. Eu já conhecia o trabalho de Aja, e inclusive, aprecio bastante.
Immortal Iron Fist é uma das revistas que acompanho atualmente e devo dizer: É também uma das que mais sinto prazer em ler. É, sem dúvidas, a melhor porta para o mundo dos personagens mais undeground da Marvel e prova que os mesmo podem ser tão interessantes quanto os famosos.
Altamente recomendável para fãs do estilo, fãs de hq, otacos em busca de uma entrada no mundo das hqs e qualquer outra pessoa que se interessar. Iron Fist detona, em todos os sentidos.
Quando um livro acaba, ou tem um mundo criado pelo seu autor que é um pouco vasto, com tantas outras histórias que ele mesmo não poderia contar todas, os fãs ficam curiosos. E se é um fã que praticamente respira aquele mundo, ele se sente capaz de escrever sobre ele tão bem quanto o autor original da obra. Quando chega a ocorrer isso, eu considero o ápice de uma obra, ser tão complexa a ponto de seus próprios leitores criarem suas próprias lendas. Essas histórias que não são oficiais se chamam fanfics.
De acordo com a enciclopédia mais barata que você pode achar por ai, a definição de fanfic é a seguinte:
Fanfic é a abreviação do termo em inglês fan fiction, ou seja, “ficção criada por fãs”. Em outras palavras, trata-se de contos ou romances escritos por quem gosta de determinado filme, livro, história em quadrinhos ou quaisquer outros meios de comunicação.
Então, se você algum dia já pensou o que teria acontecido a certo personagem se ele tivesse feito tal coisa, pode ser que isso já tenha sido escrito por outra pessoa que se sentiu capaz de escrever sobre esse fato, o que não o torna um incapaz, talvez apenas um preguiçoso, o que não vem ao caso aqui.
Apesar de serem feitas por fãs, não quer dizer que elas sejam de má qualidade. Tem muitas aí que conseguem ser bem fiéis a história original, seja lá qual for a escolhida. Com o término da saga de potter & cia, a rede pipocou de histórias de fãs que ficaram decepcionados com o fim da série, e resolveram eles próprios escreverem o que eles queriam, apesar de não ser oficial. Mas como já citei, não é só fatos que aparecem nos livros que interessam aos escritores dessas histórias. Muitos dos personagens secundários, que não tem a atenção dada pelo autor suficiente, se tornam os protagonistas, fazendo muitas coisas que se fossem levadas a sério, poderiam superar a história do herói original.
E pra variar, como tudo o que é feito por fãs, tem as tretas com a justiça. Se o autor é meio mala, ele pode se sentir ofendido por seus personagens estarem sendo usados por outros, e resolver processar o seu próprio publico, mas isso não ocorre muito por aí, acho que autor nenhum processaria quem lê seus livros, não é?
Por ser histórias que podem ser baseadas em QUALQUER coisa, as fanfics tem muitos temas a serem abordados. em uma busca sobre o tema, dá pra conferir vários estilos diferentes, com as sobre filmes, como Kill Bill, centenas sobre quadrinhos, que sempre tem reclamações de fãs, com as de X-men, Super-Homem, Batman, e até de personagens que já passaram a muito tempo pro outro lado. Desenhos antigos também tem suas versões espalhadas por aí, ou vá me dizer que nunca foi atrás pra ver como que foi, ou teria sido o último episódio de caverna do dragão? As de potter são as mais fáceis de encontrar, até porque é uma série que chamou a atenção de muitas pessoas, e ainda está “quente”, com o público ainda na febre do lançamento do último livro, mas isso não impede de encontrar outras histórias sobre outros livros, é só procurar nos buracos certos.
Eu recomendaria algumas aqui, mas seria muito imbecil de minha parte recomendar histórias assim, sem base nenhuma em gostos alheios. Então, fico por aqui. Até a próxima semana, e não dobrem as páginas.
Por que trazer um defunto para esta coluna? Porque o Dreamcast é um console do caralho e vocês precisam conhecer antes de sair aceitando qualquer vídeo-game por aí.
Na verdade eu ainda me surpreendo com o desconhecimento das pessoas a respeito do Dreamcast. Mesmo quando eu estava trabalhando profissionalmente escrevendo sobre games, conheci várias pessoas que nunca tinham sequer visto um Dreamcast ao vivo e a cores. Alguns cometiam a heresia de achar que ele apresentava gráficos piores do que o Playstation 1, e que esse era um dos motivos de seu falecimento. Ignorantes.
Shenmue. Um dos melhores exemplos do poder gráfico do Dreamcast.
Na verdade o Dreamcast era uma plataforma poderosa, com gráficos comparáveis aos do Playstation 2, e isso já em 1999. Não vou ficar lembrando aqui dados técnicos do hardware, ou suas datas de lançamento, término e blah blah blah. Vão ler essas merdas em outro lugar, que tá cheio disso por aí.
O que me interessa falar do Dreamcast é que ele é um caso raro de vídeo-game BOM, e que mesmo assim foi o canto do cisne da SEGA, em termos de consoles. Talvez tenha realmente sido o melhor vídeo-game que a SEGA já fez, batendo, na minha opinião, até mesmo o Mega Drive. Como pode acontecer de o melhor vídeo-game que a SEGA já lançou também ser o mesmo que enterrou ela de vez?
Porra, o Dreamcast já vinha com entrada para quatro controles, o que acho que era inédito naquela época. Foi o primeiro console que pensou de forma séria nos party games, os jogos pra se jogar em várias pessoas. Power Stone fazia isso muito bem e era um jogão.
Além disso, foi o primeiro console a vir com um modem 56k embutido. E funcionava bem pra cacete! Quantas horas e horas eu joguei nos fins de semana, quando a conexão discada pagava um pulso só. Como os jogos eram feitos para aquela conexão nojenta, não tinham grandes ambições em termos de trocas de dados simultâneos, mas mesmo assim era possível jogar Unreal Tournament sem lag!
E ele também acessava a internet. Você tem noção de como era inédito acessar a internet através de um vídeo-game há dez anos atrás? Era totalmente inédito, caso você não saiba. Certa vez meu desktop teve sua placa mãe queimada por um raio maroto que caiu durante uma tempestade, e ficou na UTI por semanas, porque placas-mãe eram caras há dez anos atrás. Foi espetacular: graças ao Dreamcast eu não fiquei nem mesmo um dia só sem poder acessar pornografia online! E descobri inclusive a alegria de ver fotos de mulher pelada diretamente na tela do seu televisor de vinte polegadas.
E o joystick? Era esquisito, concordo. Mas até hoje eu acho que o joystick do Dreamcast é o terceiro melhor de toda a história dos vídeo-games (Atrás do controle do X360 e o do PS2). Ele era muito anatômico e confortável, embora não pareça. Ele tinha aquele espaço no meio, onde você encaixava o VMU sobre o qual falarei adiante. O VMU ficava legal ali, e transformava o joystick em um artefato tecnológico, que chamava muita atenção de quem estava só olhando. Porra, tinha uma telinha de LCD no seu controle cara. Ele era praticamente um palmtop!
Além do visual do VMU incorporado, o controle tinha os botões L e R que eram gatilhos, o que eu acho que foi revolucionário. Hoje em dia o PS3, o Wii e o X360 copiam a idéia, mas ela surgiu pela primeira vez no Dreamcast. E era muito tesão jogar Unreal Tournament com gatilhos na mão cara. Fazia maravilhas pela sensação de imersão.
Finalmente, o VMU (Virtual Memory Unit). Era o cartão de memória do Dreamcast. Ok, a essa altura os cartões de memória já não eram novidade, pois foram inaugurados com o Playstation 1. Mas o que era novidade no VMU é que ele tinha um visor de LCD, e até uns controlezinhos junto, o que transformava ele em um (forçando a barra) mini game boy:
É sério, dava pra JOGAR nele. Nada muito complexo, pareciam mais com jogos de celular rudimentares. Mas era interessantes, porque no caso de jogos como Skies of Arcadia, o joguinho do VMU ajudava você a conseguir novos itens para o jogo no console. Era como uma interação rudimentar entre o Nintendo DS e o Wii. E funcionava. Pena que o troço comia pilha pra cacete. E eram aquelas pilhas caras de relógio, pra pioras as coisas. Felizmente ele funcionava como um cartão de memória normal, mesmo sem pilhas.
E, por último, a enorme oferta de jogos bons que o Dreamcast tinha. Veja aqui uma lista com as notas médias dos jogos que saíram para o console. Na boa, que outro console você conhece onde mais de um terço de todos os jogos que saíram tem nota média acima de 80? E onde mais da metade de TODOS OS JOGOS tem nota média acima de 70? É por isso que eu sempre digo que o Dreamcast, proporcionalmente, tem a melhor biblioteca de jogos de todos os consoles que já foram lançados.
E por isso eu nunca vou entender por que a SEGA desistiu de vez dos consoles, já que o último que ela fez foi um dos melhores consoles que eu já tive. E tenho. E jogo. Até hoje. Jet Grind Radiomotherfucker!
Se você viu Demolidor – O Homem sem Medo, deve conhecer Mark Steven Johnson. Não? Foi o diretor do filme. Pois é, o filme é uma MERDA ENORME. E adivinha quem dirigiu ao nosso querido filme que será criticado agora? Acertou. Com Peter Fonda (Os Indomáveis), Donal Logue (Zodíaco), Wes Bentley (P2 – Sem Saída), Eva Mendes (Rede de Corrupção), Sam Elliot (Obrigado por Fumar) e Nicolas Cage, mais um filme destruído pelo saudoso diretor.
Disseram que foi trabalhoso deixar o cara com cabelo.
Muitos falam que a culpa é do roteirista, mas não, o roteiro é ótimo. Um jovem dublê piloto de motocicletas descobre que seu pai está com câncer, e acaba recebendo uma ajuda… divina. O Diabo propõe um pacto ao cara, e ele aceita. Agora seu pai está curado, e o dublê será do cramunhão, Mefisto (Peter Fonda), quando ele precisar. Como o coisa ruim nunca foi confiável, acontece um acidente com o pai do dublê, o levando a morte. Indignado, o cara foge, deixando Mefisto pra trás, mas não as palavras de que um dia ele será dele. Então o tempo passa, e esse dublê é nada mais nada menos que Johnny Blaze (Nicolas Cage), agora bem mais conhecido por seu trabalho, um ilustre recordista. E não demora muito para que Mefisto apareça pra cumprir com a sua palavra.
Vale frisar que, quando jovem, Blaze deixou sua namorada Roxanne Simpson (Eva Mendes) pra trás. É claro que ele re-encontra seu antigo amor agora, e decide reconquistá-lo – e é quando algumas cenas de um certo humor fraco tomam conta, mas nada demais. É claro que, com a chegada de Mefisto, Johnny Blaze começa a passar por dificuldades. Agora ele vai ter que fazer um trabalhinho pro cão, e acaba passando por uma… transformação. Johnny Blaze agora é um esqueleto em chamas. Agora ele é o Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider).
A moto mais quente da galáxia. (heh)
Mas não se anime. A cena da transformação é INCRIVELMENTE HORRÍVEL. Há um corte FORTE de repente, dando a impressão de que você DORMIU por alguns segundos e perdeu a melhor parte. Mas não, é o diretor fazendo o que ele melhor sabe. Daí pra frente é só reclamação.
SOM
Deviam ter duas equipes cuidando do som: Uma liderada por Mark Steven Johnson, e a outra que ia lá de vez em quando, quando o cara tava de saco cheio de mexer com som. Obviamente, o trabalho da segunda equipe é incrivelmente melhor. Cara, a risada do capeta é digna de risada da platéia, vai por mim. Por um momento, o Motoqueiro Fantasma tem a voz assustadora, realmente empolgante. De resto, é incrivelmente tosca, como se tivessem pego OUTRO dublador, o pior que encontraram, com os piores efeitos. Não dá pra elogiar o som, são POUQUÍSSIMAS cenas que merecem um “boa”.
EFEITOS ESPECIAIS
A mesma coisa do som. Algumas cenas são FODA, outras são de doer. Tá certo, o filme não pedia por muitos efeitos visuais, mas os que tiveram poderiam ter sido melhores.
PORRADA
As piores batalhas que eu já vi na minha vida, e olha que eu já vi Alien vs. Predador, filme em que, nas batalhas, deixam a câmera em qualquer lugar ao redor da batalha que NÃO SEJA ela mesma. Aqui isso não acontece. Simplesmente não há batalha. Quando você pensa WOW, agora o bicho vai pegar!, quebra a cara com uma briga de 20 segundos. É decepcionante, o que você mais quer ver em um filme desses é pancadaria, e o que você mais vê é que você está ficando cada vez mais puto. MUITO puto.
ATORES
Nicolas Cage e Sam Elliot deram o MELHOR de si para salvarem o filme. Os dois merecem ser aplaudidos de pé, principalmente o gênio Sam Elliot. Eva Mendes estava perdida, o papel não era pra ela. De resto, a maioria foi de mal a pior.
ROTEIRO
Muito acima do filme, ao meu ver. Se não fosse todos os pontos baixos acima, talvez o roteiro seria FRACO, por incrível que pareça. Porém, o desenrolar da história é bacana, e até mesmo este filme conta com uma cena inesquecível, mesmo que ela seja dominada por efeitos visuais ridículos. Motoqueiro Fantasma e seu novo amigo, um Coveiro (Sam Elliot), viajam para uma cidade que seria o Inferno na Terra, após uma revelação inesperada. É essa a cena, o único motivo pelo qual você deve se lembrar do filme. Porque lembrá-lo por causa de Mark Steven Johnson, não é uma boa.
Inesquecível. FODA. Imagem péssima graças aos efeitos visuais.
Definitivamente, taí um filme dispensável. Se você tem um filho bem novo, talvez ele goste. De resto, impossível. Decepção enorme, e sabe de uma coisa? Nicolas Cage é FÃ de Motoqueiro Fantasma. Não dá pra acreditar que ele deixou uma merda dessa acontecer. Mark Steven Johnson se diz fã de quadrinhos. Imagina, cara, IMAGINA se ele não fosse. E outra, o filme teve seu lançamento prolongado na época. Sabe por quê? Mark Steven Johnson queria trabalhar mais nos efeitos especiais, incluindo som e batalhas. QUE EFEITOS ESPECIAIS, VÉI?
Quando o filme é da Disney, eu geralmente coloco os dois pés atrás e, honestamente, algo mais; graças ao enlargamento peniano patrocinado pelo Google, graças á este site. Enfim, vamos ao filme: Justin Bartha (Armações do Amor), Diane Kruger (Tróia), Jon Voight (Transformers), Sean Bean (Silent Hill) e Nicolas Cage fazem parte do elenco. Tudo indica que o filme vai ser bom.
– Vamos ver se é falsa.
Um caçador de tesouros um tanto quanto obsessivo está atrás de um tesouro que ninguém acredita existir. O cara é simplesmente maluco, e ainda assim conta com uma… equipe. E os caras vão atrás dele, chegando até a costa do Pólo. E como eles foram parar lá? Bom, tudo começou após o avô desse tal (futuro) caçador de tesouros contar-lhe sobre um tesouro que sua família procura desde o século 19. O tesouro foi escondido por fundadores dos EUA, durante a guerra contra a Inglaterra pela independência, numa câmara subterrânea. É claro que o moleque pirou e, sendo assim, mais tarde, quando adulto, decidiu correr atrás do tal tesouro. O caçador é Ben Gates (Nicolas Cage), um arqueólogo “aventureiro”.
Na costa do Pólo, Ben e sua equipe encontraram um navio. O Navio, “Charlotte”. A “tal de Charlotte” que eles tanto procuravam era um… navio. Ao vasculhar o navio, uma nova pista foi encontrada. Ben usa seus dotes geniais e decifra a senha, descobrindo que há outra pista. Dessa vez, na declaração de independência.
Sempre há algum pentelho com um laser.
Ian Howe (Sean Bean) é um dos parceiros de Ben nessa caçada, e tira a máscara ao perceber que eles estavam realmente chegando perto do tesouro. Ao saber que a próxima pista está na declaração de independência, o cara apunhala seu parceiro pelas costas e corre atrás da pista. Sim, Ian ia roubar a declaração de independência, então Ben decidiu fazer algo a respeito: Roubá-la antes.
É aí que a aventura começa, cercada por enigmas, ação e cenas de tirar o fôlego. Porém, por ser um filme da Disney, é só mais um filme de aventura que poderia virar um parque temático. Veja Piratas do Caribe, por exemplo. Onde já se viu Pirata respeitar um “código”? Aqui não tem Pirata, mas falta a ação que a Disney não sabe fazer. Há muita inocência, eu diria. Em certa parte, as pistas começam a dar no saco e algumas viram enormes clichês, acompanhado sempre por um certo humor forçado. Por fora, Ian, o vilão, é a prova de que a Disney não é pra esse tipo de filme. Muitas vezes o cara demonstra não representar perigo algum como vilão, é incrível. Então, ao ver o filme, esteja ciente de que você está vendo a mais um filme da Disney.
Cores… quentes. (heh)
Tirando toda essa coisa broxante, eu diria que o filme é indispensável. É só aceitar que o filme está no nível Disney Way of Life, desligar o cérebro e estourar pipoca. Com cenas realmente incríveis, sendo de ação ou suspense, o filme é animador e envolvente, mesmo com um tremendo buraco infechável (segundo o Google, menos de 50 pessoas usaram essa palavra) com o logotipo da Disney. Se você gosta de aventuras, enigmas e História, corre, o filme é a sua cara. Se você não gosta, taí uma chance pra começar a gostar. Vai ver minha birra com a Disney tenha me impedido de fazer uma resenha mais positiva.
Este artigo faz parte de uma série Nostálgica. Veja a introdução aqui.
Não posso falar de voltar a infância aqui sem falar dos contos de fadas. Aposto que, pelo menos uma vez você já deve ter lido um desses, ou leram pra você, naquela idade em que sua única escolha era ouvir o que falavam pra você dormir. O que leva aos lugares mais inexplorados da mente, pois quase ninguém se lembra das histórias que eram contadas.
É claro, esse tipo de história são aquelas melosas que o bem sempre ganhava, o príncipe beijava a princesa e viviam felizes para sempre, a bruxa morria, voltavam pra casa salvos e agora eu percebi que eu soltei um monte de spoiler. Mas não faz mal com histórias que tem mais de 100 anos, não é?
Bom, essas histórias devem ser as primeiras que qualquer criança se lembra. A da Bela Adormecida que eu não lembro direito, assim como a da Branca de Neve, que só consigo agora perceber que não lembro nada, a não ser que o Dunga no filme da disney tinha cara de retardado, o que não em ao caso aqui. 15 minutos depois…
depois de ir aos buracos mais grudentos e açucarados da internet, o que foi um pouco assustador, e ler novamente todas as histórias, percebi que elas eram (são) muito simples, e que era por isso que os pais as contavam. com poucas palavras, elas explicavam o cenário, os personagens, e tudo o mais que era necessário para que entendêssemos a história. e também, porque a história era simples, era a única que eles podiam decorar, sem esquecer de nenhum detalhe. se faltasse algum, era só inventar, o que tornava cada história unica para cada criança.
mas, pra variar, apesar de tudo, esses contos tinham lá seus atos de perversidade, como queimar pessoas, envenenar outras, e amaldiçoar sem ligar pra nada. na época, muitos nem ligavam, e só agora que reli todos, percebi que esse pessoal era o mal encarnado.
enfim, pra recomendações, dessa vez, só tenho poucos, que você pode conferir nesse site. A música é irritante, o layout dele é estranho, mas aguente tudo isso e leia a história sobre os sete corvos. aliás, aproveite e leia todos, os irmãos grimm são os que escreveram a maioria dessas histórias mesmo. não os do filme, os autores mesmo, passe longe do filme, ele não presta muito.
Durante os seus 40 anos de publicação, os X-Men sempre foram os personagens mais “perseguidos” da Marvel. Massacre de Mutantes, Operação Tolerância Zero, Decimação M, o já extinto vírus Legado… E agora o arrasador Messiah Complex (Complexo de Messias, ainda sem data de publicação no Brasil). Parece que a raça mutante nunca terá descanso. E se tiver, certamente não será agora.
Messiah Complex, evento em 13 partes que encerrou nesta semana, causou grandes modificações no universo mutante. Vidas foram tiradas, e nada será como antes. Começa “Divided we Stand”.
Uncanny X-Men
Os X-Men não existem mais. Os mutantes restantes não tem para onde ir, e devem repensar o sonho de Xavier para decidir se a coexistência pacífica com os humanos ainda é uma opção. Enquanto isso, o Homem de Ferro faz uma proposta á Ciclope, um plano para proteger a raça mutante… Irá ele aceitar?
Esta não é a primeira vez que os X-Men se desbandam, e creio que também não será a última. De qualquer forma, eu estou bastante curioso quanto ao futuro dos personagens mais originais da Marvel.
X-Force
Todo mundo sabe que os X-Men não matam. Mas estes não são os X-Men. Com o fim de Messiah Complex, Ciclope percebe que alguns inimigos devem ser neutralizados permamentemente, sem que os X-Men saibam. Surge então a X-Force, formada por Wolverine, Warpath, X-23 e Wolfsbane.
O que se pode esperar de uma revista que reúne os membros mais frios dos X-Men? Muita violência, no mínimo. Eu imagino que X-Force será a versão mutante dos Thunderbolts. Aguardo ansiosamente.
X-Men: Legacy
O passado se torna o presente enquanto Xavier trava a maior batalha de sua vida. Com sua mente em jogo, um passo em falso pode causar danos irreversíveis. E a ajuda vem de uma fonte inesperada: Seu ex-arquinimigo, MAGNETO.
Não se sabe muito sobre esta revista, e as capas reveladas só contribuem para o mistério. Mas ver Magneto e Xavier se degladiando sem poderes já deve valer algo.
X-Factor
A agência de Maddrox está em crise. Se sentindo culpado pelo que aconteceu com Layla, Maddrox tem uma coisa em mente: Vingança, e os Purificadores estão na mira. Mas estará ele pensando em uma missão suicída? Wolfsbane deixa a equipe para se juntar á X-Force. Rictor e Guido seguem viagem. E alguém sabe algo sobre Layla, mas não está compartilhando a informação… E alguém está grávida!
X-Factor é, desde sua estréia, a melhor revista entre os títulos “X”. Eu espero que continue assim. E sinceramente, acredito que continuará. Esse clima pesado será uma boa adição ao estilo “noir” da revista. Porém, acho que o tão apreciado humor se ausentará um pouco.
Wolverine
Assim como Maddrox, Logan busca vingança. Mas quem é o alvo de sua fúria, e que segredo os dois compartilham? E quão longe Wolvie está decidido a ir para conseguir o que quer?
A revista do baixinho canadense sempre foi composta de altos e baixos. Esse último volume que o diga. E Wolverine em busca de vingança é uma idéia batida e de certa forma instável. Só nos resta esperar.
Cable
O futuro da raça mutante é decidido aqui. Cable foi encarregado de uma missão que pode salvar os mutantes… Ou os levar á extinção, caso falhe. E em sua trilha está um inimigo impiedoso que não irá parar até que sangue seja derramado. Não importa onde, ou quando, Cable corre.
Cable é um personagem tulmutuado, grande parte graças ao fato de ter sido co-criado por Rob Liefeld. Eu particularmente só me interessei pelo personagem por causa do título que ele costumava dividir com Deadpool (também co-criado por Liefeld). Prefiro não afirmar nada.
Young X-Men
Após Messiah Complex, não existem mais X-Men, e os jovens mutantes Rockslide, Blindfold e Dust estão sozinhos e sem direção. Até o dia em que Ciclope os recruta para caçar a nova encarnação da Irmandade de mutantes… E matá-los. Junto á novos recrutas, os jovens X-Men aprendem uma dura verdade sobre o mundo pós Messiah Complex: Antigos aliados podem se tornar inimigos mortais.
Confesso que não gostava dos Novos X-Men, mas essa idéia de combate mortal contra uma nova Irmandade parece legal. E estou curioso para ver quem são esses antigos aliados.
As facilidades que o mundo globalizado trouxe ao cinema mundial são inquestionáveis, o cinema oriental sempre referência no gênero fantasia consegue, agora, produzir filmes com qualidades técnicas inquestionáveis (como Hollywood), sem exagerar no quesito orçamento. Este é o caso do coreano O HOSPEDEIRO, filme sensação desde o ano passado, por transgredir o gênero filme de monstro ao acrescentar neste rótulo crítica social e um competente drama familiar.
É impressionante como o roteiro consegue dosar estes subgêneros que, normalmente, se atropelariam diante de nossos olhos, que no caso da direção de Bong Joon-Ho, não acontece. Logo na abertura temos o apontamento de um acidente real que ocorreu na Coréia do Sul, e que já nos aponta a direção do quesito político que o filme adota, após 10 minutos somos apresentados ao mutante que vive no Rio Han atacando um parque público (numa cena violentamente arrebatadora) e somos apresentados aos cinco elementos da uma família que se vêem envolvidos com o Monstro, após este seqüestrar um integrante da mesma, são eles: um avô trabalhador, o filho mais velho que lhe ajuda sem grandes ambições e, que possui uma filha jovem, e seus dois irmãos: um recém formado desempregado (outro tema mostrado no filme) e uma esportista de arco e flecha (me desculpem mas não consigo guardar os nomes orientais dos personagens).
Neste curioso painel há uma família desestruturada que se vê de uma hora para outra tendo que reconstruir os laços e mágoas do passado para salvar um integrante que dá indícios de ter sobrevivido ao primeiro ataque do Monstro. A partir disso, o filme desenvolve os três temas de maneira eficiente: no que se refere ao Monstro, os sustos e as cenas de pavor permeiam o filme todo, o Monstro criado pelo roteiro é insaciável e assustador, criado pela empresa Weta (de Peter Jackson) são perfeitos os movimentos e a construção do mesmo, no que se refere aos efeitos digitais somente quando fogo é inserido em algumas cenas é perceptível a superficialidade do mesmo.
Já a trama política se desenvolve de maneira a alertar sobre a política intervencionista dos americanos na sociedade coreana (tanto que os supostos vilões, além do Monstro, são americanos). Já o governo coreano surge como manipulado pelas idéias colonialistas dos americanos deixando a sociedade coreana ás cegas sobre os reais eventos que ocorrem na cidade. Mesmo assim, para ilustrar todos estes acontecimentos o maior enfoque se concentra nos familiares, são eles que conseguem transmitir toda a dramaticidade e terror da situação sem esquecer de momentos cômicos, protagonizados pelo filho mais velho.
Uma impressão que eu tenho é que nada é gratuito no roteiro (curiosamente criado a seis mãos), cada característica de algum personagem ou uma informação de alguma cena, mais tarde é reaproveitada pela trama (como nos casos de um celular não funcionar direito e a utilização de um objeto como arma). Além disso, a montagem, edição, fotografia e maquiagem estão em sintonia com a proposta comercial do filme de divertir e assustar, este conjunto de fatos fez com que um filme B vindo da Coréia do Sul ganhasse tanta notoriedade (assim como ocorreu com seu conterrâneo Oldboy).