Processo criativo e Nostalgia pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 6 comentários

Ok, vamos lá. Na semana passada eu tava puto com esses jogos que pegam carona na onda de “jogos das antigas”, oferecendo um produto extremamente meia-boca que não aproveita a capacidade do seu console e ainda é lançado com preço de jogo novo. Aí eu falei das pessoas nostálgicas, que provavelmente são os maiores culpados por isso continuar acontecendo. Aliás, eu já escrevi uma série inteira sobre isso, mas vocês demoram pra entender as coisas e tals.

Como eu ia dizendo, não existe problema nenhum em você ter saudades do passado. Eu, por exemplo, gostava muito de brincar de churrasqueiro com as minhas priminhas quando era pequeno; afinal, minha lingüiça fazia sucesso com o publico feminino desde a mais tenra idade. Inclusive, isso deve explicar porque eu gosto tanto de churrasco hoje em dia. Mas isso não significa que eu vá me prender ao passado e continuar só oferecendo sempre lingüiça pra todas as mulheres que aparecem na minha frente. Não. Hoje em dia, além da lingüiça eu ofereço picanha, e ganho em troca MUITA chuleta e MUITA maminha. A gente cresce, e o passado não pode passar de uma lembrança agradável. O tempo não volta, porra.

Difícil é explicar isso pra esses gamers saudosistas.

Aqui seu corno: TUDO BEM você gostar dos jogos antigos. Vai lá, baixa uma merda dum emulador e se acabe de jogar a biblioteca do Super Nintendo. Eu mesmo faço isso de vez em quando. Inclusive, eu gosto tanto de alguns jogos antigos que mantenho sempre o Vagrant Story no meu PSP. Aquilo foi um PUTA jogo do Playstation. E nem preciso falar da minha paixão por Final Fantasy Tactics e tals.

Vagrant Story: CRÁSSICO INSTANTÂNEO. E ninguém conhece.

Mas, porra, mesmo eu adorando Final Fantasy Tactics, eu só me empolguei mesmo com o relançamento dele pro PSP porque eu sabia que o jogo teria uma nova tradução, mais classes de personagens, uma trilha sonora melhorada e um monte de novas cenas primorosas em FMV. Virou quase outro jogo. E as adições tiraram proveito das capacidades do PSP, transformando o relançamento em algo digno de se pagar full price. É praticamente um jogo novo mesmo.

Paga-pau forever

Outro ótimo exemplo é o recente remake de Final Fantasy 4 para o Nintendo DS: eles simplesmente refizeram o jogo INTEIRO em 3D, com adição de vozes e trilha melhorada, também. Essa é a maneira certa de você lembrar do passado, atualizando as coisas que foram boas e adequando-as aos tempos atuais. Final Fantasy 4 é o exemplo típico de uma coisa que era muito boa e que pôde ser melhorada, com a utilização correta da capacidade dos consoles contemporâneos. Vai se foder, é por isso que eu pago pau pra Square. Compara aí as duas versões, pra ver como ficou legal em 3D:

A versão do NDS é a das fotos da esquerda, noob. E olha que o Nintendo DS nem é tão mais poderoso assim do que o Super Nes. É só questão de vontade dos desenvolvedores mesmo.

Agora, me emputece ver uma bosta como esse N+ sendo lançado aí e ganhando altos scores. Meu, vsf, desde que lançaram essa merda, já alcançou uma nota média de 8,2 na média de 12 sites diferentes. Como pode? Sério, olha pra isso:

Merda

Isso é uma MERDA, véi. Isso é uma afronta a todos os desenvolvimentos tecnológicos nos games. Isso é um caça-níquel motherfucker, isso é qualquer coisa, mas me recuso a chamar isso de “jogo”.

Enquanto ficam aí pagando pau pra essa bosta, jogos bons do NDS passam BATIDAÇOS, totalmente fora do radar gamer. Por exemplo, alguém aí ouviu falar de Touch Mechanic? Nem sabe o que é, né não? Vê um vídeo aí:

Então, olhai: é basicamente um Trauma Center, (jogo revolucionário, todo mundo conhece) só que com o tema de conserto e tuning de carros. Tu vai lá com a stylus e fica trocando pneu, mudando spoiler, pintando o carro, trocando filtro de ar, e tudo que cê tinha vontade de fazer no Gran Turismo mas não dava. E com a mesma interface e feeling do Trauma Center.

RULES.

Cara, isso que é uma porra dum jogo que merece pagação de pau. Isso que é inovação e aproveitamento das capacidades do NDS. É justamente esse tipo de coisa que a gente precisa ver mais: jogos contemporâneos que criam novas formas de jogar e permitem que a gente faça coisas nos games que nunca fizemos antes. Taí um exemplo coerente de jogo full price que deveria estar disponível pro maior público possível.

Mas, é claro, a porra do jogo só saiu na europa. E só em francês.

Vaisifudê todo mundo, meu. Vocês acabam comigo.

A História dos Desenhos Animados

Televisão quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 10 comentários

Finalmente consegui um espaço decente neste site.

Foi preciso um certo motim de minha parte e após algumas negociações, muito rum e gordinhas foi acertado que ficaria com a parte mais amaldiçoada do AoE: falar sobre desenhos animados.

Ah, por que amaldiçoado?

Simples, todos que tentaram tomar conta deste espaço foram assassinados sumiram sem deixar vestígios.

Até quando o Capitão da bodega fundiu a seção de animações com a de animes o antigo titular da coluna também desapareceu, deixando um rastro de purpurina no ar, assim como todo otaku fanático por desenho japonês (redundância?).

Enfim, abordarei sobre uma das mais nobres e antigas formas de entretenimento, mas antes de falar sobre desenhos toscos, clássicos, atuais ou algo do fundo do baú, vamos para uma história sobre os primórdios das animações.


Não achei o original, mas vocês entenderam a idéia

A origem dos desenhos animados datam de antes dos primórdios do cinema, quando o belga Joseph-Antoine Plateau fez a primeira animação mostrando o galope de um homem sobre um cavalo. Era um desenho bem besta, desses que se faz na escola com um bloco de papel. Mas, para o século XIX, era um baita avanço. Ele construiu um tambor aberto na parte de cima com desenhos colados na parte interna. Ao girar o tambor, os desenhos se refletiam e sobrepunham num espelho fixo colado em seu interior gerando imagens em movimentos.

Está bem que a história e o enredo eram um lixo, mas aposto que era melhor que Naruto.

Em 1892, o francês Charles Émile Reynaud aperfeiçoou a técnica de Plateau projetando imagens numa tela e apresentando o curta “Pantomimas Animadas”. Por meio de um tambor de espelhos ele projetava sobre um cenário fixo uma seqüência de personagens desenhados em várias etapas de movimento, passando a ilusão de movimento.

Cartaz da “animação” de Émile Reynaud

Para todo mundo não ficar com cara de paisagem, ou dormir na sala de exibição, a apresentação foi acompanhada de músicas exclusivamente escritas para ele.

Foi o que achei mais divertido, apesar das palhaçadas clichê

Para quem acha que isso é novidade de Walt Disney, já vê que é mais um mito que se vai.

Com a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumiére, onde o aparelho projetava, em rápida velocidade, sucessivos slides em uma tela branca passando a sensação de movimento, muitas técnicas usadas em filmes, também passaram a ser utilizadas pelos desenhos.

Foi nessa época que o norte-americano James Stuart Blackton apresentou o primeiro desenho animado do mundo: o “Fases Cômicas De Caras Engraçadas”, filmando uma seqüência de desenhos com cada um dando origem a outro.

Rudimentares, mas bem melhores que algumas porcarias que passam hoje

Partindo para uma evolução, mas através de uma técnica mais simples, o francês Émile Cohl começou a desenhar traços brancos sobre um fundo negro. Seu primeiro desenho animado, Fantasmagoria, foi exibido em 1908, com o francês criando centenas de curtas depois, considerados obras-primas na época.

Durante esse período, muitos norte-americanos estadunidenses aprimoraram as técnicas de animações (rudimentares, mas aprimoravam), com o resto do mundo sendo influenciado por estas técnicas.

No final de 1914, com a Primeira Guerra começando a esquentar, o norte-americano Earl Hurd contribuiu para o que seria a o aperfeiçoamento total da técnica de animação, usada inclusive, até hoje.

Pela foto, nota-se que James é Tanga

Hurd começou a utilizar o papel-celulóide, um papel transparente que lembrava um tipo de plástico. Utilizando esse papel era possível para o artista desenhar cenários de fundo em uma película e, os personagens, em outra, para depois sobrepor um sobre o outro. Com essa técnica muito trabalho era poupado com um mesmo cenário de fundo sendo utilizado para a filmagem, pois os personagens podiam ser desenhados sozinhos, em várias posições (heh) e aplicado sobre o cenário de fundo.

Antes disso, os desenhos eram feitos refazendo os personagens e cenários a cada mudança de posição, sendo um saco fazer isso.

A partir da técnica de Earl, começou a bombar de vez a produção de curtas-metragens dando início à grande produção de desenhos animados e à popularização dessa arte, principalmente após a estréia de Gato Félix, seguido de Popeye, Betty Boop, entre outros.

Como o texto ficou um pouco extenso, talvez continue essa parte semana que vem.

Eu escrevi talvez…

Era Uma Vez…

Cinema quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 4 comentários

Era uma vez… Um filme que é bom até o desfecho, quando falha miseravelmente ao tentar fazer um final à lá Romeu e Julieta.

O filme Era Uma Vez… tinha tudo pra dar certo, e em partes deu. Foi dirigido por Breno Silveira, que tornou a história dos filhos do Seu Francisco (mais conhecidos como Mirosmar e “Welsinho”) em um dos maiores sucessos de bilheteria no Brasil.

O filme narra a história de Dé e Nina, dois jovens do Rio de Janeiro separados pelas diferenças sociais. Aquela mesma receita de sempre. Enquanto Dé é pobre e mora no morro, Nina é gatinha, gostosinha e mora de frente pro mar em Ipanema. Dé também fica de frente pro mar, vendendo cachorro-quente no seu quiosque, babando sempre que Nina aparece na janela. Loser.

Ae Nina, Já é ou Já era?

A vida de Dé tem mais destaque no filme, mostrando os problemas que ele teve na infância sendo vítima dos soldados do tráfico. A vida de Nina não ganha tanta profundidade. E também nem precisa. Ela só entra efetivamente no filme depois de quase 20 minutos.

A história do filme em si é legal pra caramba. Dé é tímido pra caracoles, e as tentavas dele de se aproximar de Nina são bem engraçadas. Me lembrou dos perrengues que passava há uns anos, quando era gordinho e sem graça. Hoje sou meio gordinho e meio sem graça.

Nina Cocota!

Sim, tem peitinhos no filme. Bem rápido, mas tem, e são da Nina.

Os atores foram muito bem escalados. Esse menino que faz o Dé, o Thiago Martins é um puta ator. O único problema é que já ta marcado pelo papel de favelado. Em todo filme ele é do morro. Isso tira um pouco da capacidade do ator de interpretar novos personagens.

A atriz que interpreta Nina, Vitória Frate, apesar de ser o primeiro grande papel dela também não faz feio.
Os atores coadjuvantes fecham o elenco afiado, incluindo o irmão da Camila “Bebel” Pitanga, Rocco Pitanga interpretando Carlão, irmão do Dé. Além de Paulo César Grande e Cyria Coentro, respectivamente pai da Nina e mãe do Dé.

O Rio de Janeiro continua lindo.

O filme realmente tinha tudo pra ser legal, mas o final foi uma merda gigante. A situação que leva ao clímax foi bem amarrada, mas conseguiram cagar com tudo nos últimos 10 minutos de filme.

Sabe aquela coisa forçada, só pra deixar dramático? Fizeram isso no filme. Não vou dizer o que, mas vai aqui um exemplo: Tem uma bomba. E nessa bomba tem um bilhete escrito “Para desarmar, corte o fio azul”. O carinha do esquadrão antibomba faz o caminho mais comprido possível e ainda corta o fio vermelho. É mais ou menos isso que acontece no filme.

Bastava só uma frase pra resolver a situação, mas nego como é burro faz a maior cagada.

Se você não se importar com esse final de merda, o filme vale a pena ser visto. Não tem nada de inovador. É aquilo de sempre: Rio de Janeiro, Patricinhas da Zona Sul, Meninos do Morro, tráfico, tiroteio e tudo aquilo que você já ta cansado de ver em filme brasileiro. Mas é uma história interessante e com bons atores.

E tem peitinhos, avisando mais uma vez.

Era Uma Vez…

Era Uma Vez (118 minutos – Romance)
Lançamento: Brasil, 2008
Direção: Breno Silveira
Roteiro: Patricia Andrade, Domingos de Oliveira
Elenco: Thiago Martins, Vitória Frate, Rocco Pitanga, Paulo César Grande e Cyria Coentro

Lançamentos de Jogos da Semana – 31/08 ~ 06/09

Games quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 3 comentários

Mercenaries 2: World in Flames (PC, Playstation 2, Playstation 3, Xbox 360)
O negócio aqui é destruição. Simples e pura. Em Mercenaries 2 você pode destruir praticamente tudo, e se você gosta de explosões o jogo é perfeito.
Mas tem seus (muitos) defeitos. A história é um tanto quanto simples, o jogo tem diversos bugs de inteligência artificial e escolhas de design estranhas, como quedas ridículas tirando vida e tanques que podem bater em carros e não recebem danos mas recebem danos ao bater em hidrantes. Fora que os inimigos sempre falam as mesmas frases automáticas durante o jogo inteiro, irritante.
Não que o jogo não seja divertido; para cada bug que você encontra, sempre tem algo para ser explodido. Um bom jogo, mas infelizmente sem polimento.
Ignore a versão de Playstation 2, ela foi horrivelmente mal feita e tem gráfico pior que o jogo anterior.

Viva Piñata: Trouble in Paradise (Xbox 360)
Viva Piñata: Trouble in Paradise é a continuação de Viva Piñata. Neste jogo extremamente tanga da Rare, você é um jardineiro novato com um pequeno pedaço de terra. Conforme você melhora o seu jardim, Piñatas (animais fofos, coloridos e com doce dentro) chegam. Por exemplo, você planta cenouras e chega ao seu jardim alguns Bunnycombs, que depois de um tempo são caçados por Pretztails que brutalmente quebram os pobres Bunnycombs para comer os doces de dentro deles, traumatizando a criança jogando para sempre.
Ainda que a idéia seja simples o jogo é bem mais profundo do que parece.
Nessa nova versão da Rare você pode sequestrar piñatas do deserto ou do gelo para o seu jardim, indo para essas regiões e colocando armadilhas. Ainda que você não possa criar jardins nessas regiões, você com o tempo tem acesso a gelo e areia para criar habitats para suas piñatas capituradas. Também foi adicionado um modo multiplayer, tanto local quanto online.
Trouble in Paradise é apenas mais do mesmo, se você é um tanga que gostou do primeiro mas sentiu falta de um modo online ou quer jogar com novas piñatas o jogo está ai, se não sentiu falta disso o jogo é simplesmente o mesmo.

Também nessa semana: Guitar Praise.

E semana que vem a espera acaba, finalmente chega Spore.

Eis que Piccolo aparece em imagens do trailer de Dragon Ball!

Cinema quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 10 comentários

Pois bem, vazaram imagens do primeiro trailer do filme Dragonball (tá, vamos escrever o nome todo junto), e elas você pode ver aqui. Mas o mais importante, você vê aqui:

Sem anteninhas e com uma puta cara de quem saiu de algum episódio do Power Rangers, sensacional. Eu sempre digo que este filme vai ser um Mortal Kombat, mas as imagens mostram claramente que vai ser um POWER RANGERS!

Agora só resta esperar pelo trailer, que sai no dia 17 de outubro. Também saiu um suposto pôster com a Bulma, será que é fake?

Dia 3 de abril é a grande estréia!

O mau uso do poder

Nona Arte quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 14 comentários

Cara, se tem algo que me deixa puto quando to lendo HQ’s são os super-poderes. Sim, os super-poderes. Por que inventam poderes e mutações para serem mal usados? Os poderes são super bem detalhados, mas nunca bem usados.

O clássico exemplo é o Super-Homem. Meu, é ridículo a quantidade de poder que ele tem. Ele voa, é super rápido, tem super força, seus olhos soltam raios, ele pode ficar sem respirar, ele sopra gelo e tudo o que tu pode imaginar. Eu acho genial quando o Super-Homem voa até Gotham em menos de um segundo para ver o Batman. Até mesmo quando ele voa pro espaço em menos de um segundo. O cara é animal, ele é super rápido, ele é o Super-Homem, essa é a idéia que nos passam. Mas e quando ele luta?
O cara consegue ir até o espaço em menos de um segundo e não consegue aparecer de surpresa por de trás do inimigo e bater nele. Ele apanha muito, ele sangra, ele não consegue dar um soco decente. Parece que todo inimigo tem um carregamento de Kryptonita. A Supergirl também é outro caso perdido. Ela chega a ser mais poderosa que o Super-Homem, mas também faz as mesmas bat-cagadas.

Outro ser irritante é o Lanterna Verde. O que você faria com a arma mais poderosa do universo? Bom, o Lanterna faz lanternas gigantes, luvas de boxes, tesouras, tartarugas espinhosas. Ainda me lembro de um comentário do Batman sobre o Lanterna (Grandes Astros Batman & Robin 8):

“O Palhaço faz batedeiras de ovos, ratoeiras e aspiradores gigantes, quando poderia consertar o mundo todo com aquele anel. Que RETARDADO”.

O poder do Flash não é só mal utilizado como é mal explicado. Não lembro ao certo a edição, mas teve uma vez em que um míssil foi lançado e explodiu em uma cidade. Ninguém morreu, pois em questão de segundos o Flash tirou 500 mil habitantes da cidade e os salvou. Uau. Agora como um cara desse consegue tomar um espadada do Exterminador?
Isso vale pra toda a família Flash.
Ainda na DC temos a Zatanna. Praticamente tudo o que ela fala ao contrário se realiza. E ela não fala nada que preste.

Fugindo pro Universo Marvel, temos o ser mais irritante de todos, o Professor Xavier. Sério, esse cara me incomoda. Não só pelo mau uso dos seus poderes, mas também pelos discursos que ele vomita o tempo todo. Magneto também não fica pra trás não. O cara pode controlar o ferro no sangue de qualquer pessoa, mas fica sempre na mesma. Porra, ele matou o Apocalipse assim, partiu o cara no meio (na saga A Era do Apocalipse), mas nunca matou os X-men.
Tínhamos também a Fênix. Ela era tão poderosa, mas tão poderosa, quem não sabiam o que fazer com os poderes, ai resolveram matar ela.
E é claro, temos a Feiticeira Escarlate. Ela pode manipular as probabilidades. Ela pode fazer seu coração explodir, ou apenas desacordar você, mas ela não faz. Ela apenas aumenta a probabilidade de uma caixa de lápis cair no chão e fazer você escorregar.

A explicação para isso é óbvia. Se todos os heróis saírem por ai fazendo tudo o que podem, vai ficar tudo sem graça. As revistas do Super-Homem nem teriam lutas. O Universo Marvel seria paz e amor através da telepatia do Xavier, e por aí vai. Os personagens ficam bocões justamente por isso, para darem emoções às histórias. Tudo começa quando algum roteirista besta faz a cagada de dar poder demais à alguém. Depois todas as histórias são tentativas de consertar essa cagada.
Existem vários outros heróis e vilões que não usam seus poderes. Existem até alguns com poderes meio inexplicáveis e impossíveis. Outros têm seus poderes avacalhados por desenhistas e/ou roteiristas.
Por isso eu prefiro os heróis humanos. Batman, Robin, Asa Noturna, Arqueiro Verde, Justiceiro e etc. Sim, eles fazem coisas impossíveis, mas se limitam apenas pela sua humanidade, não pelo seus poderes mal elaborados.

Previsões para o Orloff Five

New Emo quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 4 comentários

Não sabe o que é o Orloff Five? Porra, é o show que vai trazer The Hives e Melvins pro Brasil, véi. Cê não precisa saber mais nada.

Mas, pensando bem, precisa sim. Afinal, eu estive refletindo: The Hives é uma banda espetacular, mas seu último lançamento foi um pé no saco – e, é claro, os caras estão aqui para divulgá-lo. Melvins é uma banda que não é a minha praia, os caras me agradam MESMO quando estão juntos ao Jello Biafra. DJ Tittsworth eu não conheço mas já não me agrada logo pelo nome; Vanguart é uma banda brasileira que se denomina “Folclórica / Folk Rock”, isso é extremamente duvidoso; e Plastiscines é uma banda “Disco / Thrash / Glamurosa” FRANCESA. PRA QUE ficar empolgado, eu me pergunto?

Então vamos falar de banda a banda, indo por ordem de apresentação.

DJ Tittsworth (18hs e intervalo entre as bandas)

Pra começar, segundo a revista XLR8R, ele é o DJ mais quente da América. Ganha nosso respeito ou a revista devia evaporar? Pois bem, DJ’s sempre podem ser um problema, mas eu acho que o cara pode sim ser um diferencial bacana no show. Esse tipo de som não é mesmo a minha praia, mas eu nunca dispenso ou desmereço um ritmo bacana. Não aposto no cara, mas também não sou contra. Como ele abre o show, até posso descartá-lo, mas penso em dar-lhe uma chance.

Navegando pelo YouTube, achei um remix de Thunderstruck, do AC/DC:

Por um momento o som parece ser um Funk Carioca, mas não curti a bagaça em um todo. Espero que o cara tenha uma playlist boa em mãos, não quero usar um MP3 Player logo no início do evento.

Vanguart (19hs)

Neil Young e Bob Dylan são as inspirações dos caras. Eu nunca havia escutado a banda antes, até porque meu preconceito por bandas nacionais dos últimos tempos é grande e óbvio. Ao me deparar com este Folk Folclórico, minhas expectativas até cresceram quando ouvi a faixa Hey Yo Silver, mas quase dormi com o resto. Sério.

Música ao vivo, dá até pra analisar melhor. Se os caras tocarem só sons nessa linha, o show pode ser bem bacana. Mas, infelizmente, a parte do sono VAI vir. Já estou preparando Velvet Revolver no meu MP3, para compensar. Não espero nada dessa banda, creio que o show será chato. Bem chato.

Melvins (20hs)

Os tiozões do Melvins, que tanto inspiraram bandas ESPETACULARES, prometem chegar para conquistar alguns dos pirralhos na platéia e entediar a maioria, já que dificilmente teremos… tiozões por ali. É fato, na fila dos ingressos havia umas garotinhas com camisetas do Blink 182 que achavam o vocalista do The Hives bonitinho, era esse o motivo da compra do ingresso. Obviamente soltaram a pérola “Enquanto eles (Blink 182) estiverem vivos, eu ainda tenho esperança!”.

A fusão de Jello Biafra com os caras do Melvins foi a melhor fusão de todos os tempos, vence até Probot. Já só os Melvins não fazem um som que me agrada muito, mas isso é relativo. Algumas faixas dos caras são espetaculares, talvez eu só não vou com a cara do vocalista. Mas garanto que não farei parte dos entediados.

Dale Crover é um baterista e tanto, é fato. Esse som aí é o Hooch, e acabo de perceber que eu posso até VIBRAR neste show. A performance dos caras ao vivo é FODA, véi! A apresentação promete, absolutamente imperdível. E eu preciso ouvir mais coisas da banda.

Plastiscines (21:30hs)

Aqui chega a grande escória do show, na minha opinião. É revoltante não botarem essa banda como banda de abertura. Olha isso:

OLHA O QUE EU VOU TER QUE AGUENTAR, VÉI! Ah não, vou preparar PANTERA pra ouvir nesse… show. Isso é banda pra Tim Festival, não pra um festival com MELVINS e THE HIVES, PORRA! Eu espero encontrar o organizador desse show por lá, a gente tem muito o que “conversar”.

Enfim: Uma merda, dá náuseas e vai durar mais de uma hora.

The Hives (23hs)

Taí a banda mais esperada, a banda que dispensa apresentações. Fãs da novela O Beijo do Vampiro, da Globo, se DESESPERAM e entram em cena! Apesar de o último álbum ter sido um cocô, os Hives vão quebrar tudo e não há o que discordar.

Olha isso, cara. É de endoidar. Vai sair MORTE nesse show, véi! Os caras empolgam DEMAIS, e serão capazes de esconder a cagada das bandas anteriores. Ou da banda anterior, é claro. Principalmente se a tática do MP3 Player funcionar.

Enfim, não há mesmo o que se falar, os caras são bons e vão quebrar tudo. Pelo que tudo indica, você VAI precisar de uma empolgação extra, e é aí que eles entram. Afinal, porra, por que fizeram um festival com bandas TÃO diferentes? É claro que isso acontece muitas vezes, mas não deixa de ser revoltante. Por que não fizeram shows em dias diferentes, ou apenas pegaram bandas na linha de Hives e Melvins? Sei lá, poderia rolar Matanza, Ultraje a Rigor ou Astronautas, até. Em relação ao DJ, ok, deixa o DJ lá. Mas Vanguart e principalmente Plastiscines me incomodam muito, achei essa uma estratégia “caça-níquel” E “atirando pra todos os lados” DEMAIS.

Resumindo, Melvins e Hives farão o show. E não duvido que Melvins faça um show ainda mais espetacular que Hives. O Orloff Festival já é melhor que muito festival por aí (eu ouvi Tim Festival?), principalmente por trazer uma banda tão aguardada como o Hives. Ano que vem teremos QOTSA, produtores?

De resto, se liga nos preços:

Pista: R$ 100,00
Mezanino: R$ 160,00
Camarote: R$ 180,00

Obviamente, estudantes pagam meia. Mais informações no site do Via Funchal, ou no telefone (11) 3044-2727. O Via Funchal fica na Rua Funchal, 65 – São Paulo/SP, e a abertura dos portões é ás 17 horas. O show começa às 19 horas. O evento também tem um site, claro.

SIGA O AOE NO TWITTER: A cobertura do evento, em tempo real, será feita por lá!

Se vocês puderem ajudar na divulgação deste fato, melhor ainda! Vamos tentar cubrir o show para o maior número de pessoas possível. Tá esperando o quê? Corre pra lá, siga a gente e diz pros seus seguidores algo como “O @atoouefeito vai cubrir o Orloff Festival neste sábado (6). Sigam-no!”, eu agradeço. :god:

O Procurado (Wanted)

Cinema quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 5 comentários

Alguém precisava resenhar este filme logo. Então, aproveitando que hoje é quarta e todo mundo tem desconto no cinema, BÓRA!

Wesley Gibson é um fracassado. Porém, o cara descobre ser herdeiro de um dos assassinos mais fodões do planeta que, curiosamente, foi assassinado misteriosamente. Agora o cara precisa treinar com outros assassinos, pois ele é o único que pode matar o… assassino de seu pai.

Bom, sinopse nada demais, até então temos um filme de ação. Assistindo aos vídeos e trailers, temos um PUTA filme de ação, daqueles que, pelos efeitos especiais, era o que os fãs de Matrix vinham pedindo. E creio que não se decepcionaram.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Começando pelo MELHOR: Os efeitos, tanto visuais como sonoros, são tremendamente espetaculares. Balas que fazem curvas, carros dando cambalhotas… enfim, um filme “desligue seu cérebro e saiba o que o LSD pode fazer com você”.

Empolgante que só, os efeitos até causam uma certa OVERDOSE de empolgação em alguns trechos do filme. Em Matrix Reloaded, por exemplo, você pode encontrar algumas falhas bizarras. Mas aqui, a perfeição é impressionante. Foda.

Não, a piada do cego no meio do tiroteio não tem graça.

ENREDO

Eu diria que este filme termina três vezes. Não, isso não é ruim, só é levemente surpreendente. Por muitas vezes você SABE como vai ser o final, mas aí você se depara que, além de você estar errado, aquele NÃO É o final!

De resto, não vi buracos no roteiro, apesar da correria que tiveram que fazer nos treinamentos – afinal, não iam fazer um filme inteiro de treinos, né? Clichês existem, mas na medida. Tá, alguns são absurdos, mas é essa a linha de filmes de “heróis”, véi! O Procurado não é um filme de super-herói, mas vocês entenderam meu raciocínio.

Alguns personagens mereciam um destaque maior, uma história maior. Talvez esse seja o furo mais notável no roteiro. Não é porque eu não vi furos que eles não existem, afinal.

PERSONAGENS

James McAvoy fez de Wesley Allan Gibson um loser por completo, definitivamente. Um loser manso, eu diria. Com Morgan Freeman e Angelina Jolie em campo, o cara roubou a cena. Improvável, mas foi o que aconteceu. Os dois aí citados dispensam apresentações ou críticas, eles SEMPRE fazem um excelente trabalho. É uma pena que Angelina Jolie não deu mais… carne à Fox. De resto, os personagens são bem secundários, então avalio o elenco como um todo: Na medida.

Ela tava abaixo. Bem abaixo.

EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS O PROCURADO

Eu cheguei a fazer uma previsão de que este filme seria forte candidato a atropelar Homem de Ferro, mas quase passou longe. Quase. Afinal, o latão está MUITO acima de qualquer adaptação, então isso é relativo. O fato é que O Procurado detonou O Incrível Hulk e, sim, É melhor que Batman – O Cavaleiro das Trevas também. Creio que este filme só fique atrás de Hellboy 2 – O Exército Dourado, terminando o ano então em 3º lugar como melhor “adaptação” (o filme é baseado na HQ Wanted, e não adaptado… mas quem liga?).

É isso: Um filme empolgante, cheio de adrenalina, surpresas e coisas inacreditáveis. Se você está atrás disso, está atrás de O Procurado.

O Procurado

Wanted (110 minutos – Ação)
Lançamento: EUA / Alemanha, 2008
Direção: Timur Bekmambetov
Roteiro: Derek Hass, Michael Brandt, Chris Morgan, baseado na HQ de Mark Millar e J.G. Jones
Elenco: James McAvoy, Angelina Jolie, Morgan Freeman, Common, Terence Stamp, Thomas Kretschmann

Metallica lança clipe de The Day That Never Comes e divulga novo som: Cyanide!

Música terça-feira, 02 de setembro de 2008 – 0 comentários

Que The Day That Never Comes é um sonzinho chulé, você já sabe. O fato é que este som acompanha o primeiro clipe do álbum Death Magnetic, véi! O vídeo tá aqui, mas é claro que também vou botar ele por aqui. Se liga:

Se o vídeo não pegar, clique no link acima. Noob. Enfim, eu acho que o clipe consegue ainda superar a música. São 8 minutos que não voltam mais, na boa.

Há um tempo tempo atrás, divulguei por aqui a faixa Cyanide sendo tocada ao vivo, lembram? Pois bem, agora vocês podem ouvir o som original AQUI.

Como eu já havia dito, confirmo agora: Load & Reload vibrations. Som descartável, cansativo… enfim, segue exatamente a linha desses dois álbuns, com um pouco mais de má vontade no quesito criatividade, talvez. Não há mais o que falar sobre ele, só um EU JÁ SABIA!

Bom, toda segunda eles estão lançando um som novo, vamos ver no que dá. Eu acho que vai dar em merda, lógico. E já é na semana que vem: 12 de setembro será o lançamento do novo álbum dos caras!

Novidades do Fall Season – 1ª parte

Sit.Com terça-feira, 02 de setembro de 2008 – 1 comentário

Já publiquei aqui pra vocês o calendário oficial das estréias das séries americanas neste início do fall season (temporada de Outono, término oficial das férias de verão dos americanos). Hoje, e numa próxima coluna, comento as séries novatas nesta temporada. Sem grandes novidades, principalmente em função da greve de roteiristas que acabou encurtando diversas séries na temporada passada gerando sobrevida das mesmas, a temporada se inicia cheia de expectativas para um possível retorno da audiência de anos anteriores.

Raising The Bar

Estréia 01/02
Agora em “Raising the Bar”, Bochco traz um grupo de advogados recém-formados que trabalham em lados opostos. Focado na figura de Jerry Kellerman (Mark-Paul Gosselaar, de “Galera do Barulho/Saved By the Bell” e “NYPD Blue”), temos um jovem defensor público indealista e moralista que vai até as últimas conseqüências para ajudar seus clientes. Sua chefe no escritório de advocacia é Roz Whitman (Gloria Reuben, de “Plantão Médico/ER”), que precisa lidar com a inexperiência dos jovens advogados recém saídos da sala de aula. Do outro lado, na área da promotoria, está Nick Balco (Currie Graham, de “Men in Trees”), que tem uma opinião mais discrente e cínica sobre os casos em que trabalha. No tribunal, a juíza Trudy Kessler (Jane Kaczmarek, de “Malcolm in the Middle”) é o terror dos advogados. No elenco de personagens também estão Michelle (Melissa Sagemiller, de “Sleeper Cell”), namorada de Jerry que atua na promotoria, e Marcus (J. August Richards, de “Angel”), o assistente da juíza, Charlie (Jonathan Scarfe, de “Madison”) e o advogado Richard (Teddy Sears, que interpretou o personagem Hunter em “Ugly Betty”).

90210

Estréia 02/09
Para os saudosistas está de volta, num legítimo momento Nostalgia da televisão desesperada por audiência, 90210, ou mais conhecida como Barrados no Baile. Pra quem viu a versão anterior, diversas participações e personagens retornando à série como Kelly Preston e Brenda Walsh, e um monte de gurizadinha com crises adolescente, romances e muito dinheiro.

True Blood

Estréia 07/09
Sendo uma série do excelente criador de A Sete Palmos, esperava mais do piloto vazado na internet de True Blood. Não sei se ainda há mitologia e trama para segurar uma série sobre vampiros, torço porque encabeçando o elenco está a gracinha da Anna Paquin, a Vampira de X-Men.

Samurai Girl

Estréia 05/09
O ABC Family está produzindo Samurai Girl, adaptação de uma popular série de livros de mesmo nome. O canal teve grande sucesso com a série sobrenatural Fallen, e pretende repetir o mesmo. A história será exibida como um especial de três partes, de duas horas cada. Criada por Carrie Asai, Samurai Girl conta a história de uma jovem japonesa de 19 anos chamada Heaven, que descobre que o magnata dos negócios que a adotou quando criança é na verdade o líder da Yakuza, a máfia japonesa, e pode ter mandado matar seu irmão. Ela se separa de sua família e começa a treinar para se
tornar samurai, e com a ajuda de um grupo de amigos americanos, vai lutar para destruir o império maligno de seu pai. O episódio piloto é produzido pelo veterano de Arquivo-X Frank Sponitz, e é estrelado por Jamie Chung e Brendan Fehr (da série Roswell). Nem sabia da existência desta série/minissérie do canal ABC Family, para os fãs do gênero fica a dica.

Fringe

Estréia 09/09
Considerados por muitos o novo bam-bam-bam da televisão, essa cria de J.J. “Lost” Abrams que já teve seu piloto vazado meses atrás na internet já conquistou fãs ao redor de mundo sem antes mesmo ter sua estréia oficial na televisão. Eu, particularmente, achei o piloto muito Arquivo X do ser, e ficou a promessa de melhor desenvolvimento durante os episódios seguintes, não tem como negar o potencial da série.

Privileged

Estréia 09/09
Série do canal teen CW, em Privileged temos uma jovem jornalista Megan (Joanna Garica), formada em Yale que perde o emprego por não ter experiência na área em que a revista atua: as fofocas sobre o mundo das celebridades. Assim, aceita trabalhar como tutora de duas adolescentes mimadas: Rose (Lucy Hale, de “Bionic Woman”) e Sage (Ashley Newbrough, que teve participações em “The Best Years”), que dão muito trabalho para sua avó, Laurel Limoges (Anne Archer, que teve participações em “Ghost Whisperer”), uma empresária que fez fortuna no mundo dos cosméticos. Cara de série imitando reality show não deve render muita coisa não!

Do Not Disturb

Estréia dia 10/09
Essa é uma das poucas comédias que está estreando e que aposta ainda nas risadas de fundo de cena (dignos de séries como Chaves). Eu assisti ao piloto pre-air e posso dizer que achei medonho. Cheia de estereótipos e clichês que mostra os bastidores de um badalado hotel em Nova York. Jerry O’Connell (Carpoolers) é o protagonista desta série, que tem ainda no elenco Niecy Nash, Molly Stanton, Brando Eaton , e Jesse Tyler Ferguson (The Class). Originalmente batizada de “The Inn”, apresenta o dia-a-dia dos funcionários de um Hotel em Nova York e seus hóspedes. Tem pinta de série cancelada rapidamente! Nem se apeguem muito, fãs de sitcom

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