Década de 80 e a era dos heróis (quase) politicamente corretos

Televisão quinta-feira, 09 de outubro de 2008 – 7 comentários

Uma semana se passou e cá estou de volta, para continuar essa saga histórica dos desenhos animados, agora invadindo a década de 80, também conhecida como década perdida e auge da breguice humana.

Aliás, a década de 80 é muito reverenciada atualmente, talvez por ser a época que a maioria das pessoas de hoje (principalmente as que visitam este site) tenham passado sua infância, o que mostra o quão bregas vocês eram.

Por conta dessa época, surgiram alguns personagens que até hoje assombram nossa vida, como Xuxa, Mara Maravilha, Angélica, Bozo (in memorian), Vovó Mafalda (in memorian), Balão Mágico (in memorian), entre outras coisas.

Como o assunto não é esse vamos ao que interessa.

No início da década de 80, o povo ficou de saco cheio do estilo e dos desenhos da Hanna-Barbera, que contavam com animações repetitivas, fracas e de péssimo roteiro.

Claro que coloquei esse de propósito, só para cantar junto

Nessa época começaram a se destacar as animações dos estúdios Filmation e Rankin/Bass.
Infelizmente, os dois estúdios também abusavam da técnica da “animação limitada” (explicado aqui), mas compensavam com novas idéias e estilo de histórias, ao contrário do estúdio de Space Ghost.

Por conta do boom dos quadrinhos de heróis e necessitando estimular a boa educação, civismo, boas maneiras, amizades e noções de meio ambiente nas crianças, os dois estúdios resolveram apostar em grupos de heróis, geralmente vivendo em outras dimensões ou mundos paralelos, onde passavam por aventuras fantásticas, mostrando a amizade, companheirismo e a eterna luta do bem contra o mal.

Até que a iniciativa fazia sentido, já que a violência de vários desenhos, apesar de hilárias, infestavam as TVs das famílias tradicionais na época, como Tom & Jerry, Looney Tunes, Pica-Pau, entre outros desenhos.

Mas a apelação era tanta que, no final dos novos desenhos, era regra ter uma lição de moral para as criancinhas retardadas (no caso, vocês na época) refletirem e tratarem bem seus amiguinhos.

Thunder, thunder, Thundercats… Hôôôôôllll!!!!

Com esse grito, Lion, o líder dos Thundercats convocava os gatos-guerreiros refugiados de Thundera, numa Terra pré-histórica. Seu planeta-natal foi destruído e, teoricamente, só sobrou Panthro, Tygra, Cheetara e os irmãos, Wilykit e Wilykat, juntamente com o bicho de estimação mais mala da época, o Snarf.

Infelizmente, a Globo não passava aberturas de desenhos, aliás, até hoje

Estes eram os Thundercats, desenho produzido em 1983, passando no Brasil em 1986, estourando no mundo inteiro como sucesso de público e crítica.

Eles possuem como inimigos uma raça mutante do planeta Plun-Darr, liderados por Escamoso, Abutre, Simiano e Chacal, vieram atrás dos felinos extraterrestres para exterminá-los de uma vez por todas.

O que ninguém contava era com Mumm-Rá o Serrrrrr eterrrrno, uma múmia mística poderosa que vivia num sarcófago e que volta e meia atacava os Thurdercats, utilizando a força dos espíritos do mal se transformando no principal inimigo da série, inclusive mandando nos mutantes.

Casal de Cheetaras no Cio

Thurdercats foi um desenho do caralho produzido pela Rankin/Bass, sendo sucesso retumbante por conta das cenas de ação e dos personagens carismáticos (tirando os irmãos Wilykit e Wilykat que eram um porre, junto com Snarf), rendendo 130 episódios.

Curiosamente, na época, a Globo só passou 100 episódios, com o SBT passando os outros 30 quase 15 anos depois, em 2001, quando adquiriu os direitos de exibição da série.

Em breve, falo exclusivamente dos Thundercats, pois esse merece coluna exclusiva, o que não é o caso agora.

Esse desenho preparou a galera para a modinha de anime

Falta de criatividade

Como falta de criatividade era o que reinava na época, a Rankin/Bass tentou emplacar outra série, os Silverhawks.

Apesar da idéia de ciborgues, no lugar dos felinos, se pegando com seres alienígenas ao som de rock, ser original, o desenho ser repleto de ação, possuir uma abertura irada e ter uma boa animação os Silver Hawks não tinham um roteiro tão bom como o de seu antecessor (sendo praticamente uma cópia, mas ambientada no espaço) e por isso só rendeu uma temporada com 65 episódios, tendo relativo sucesso na terra brasilis, no programa do Sérgio Mallandro (aquele que saiu vereador) e da Mara Maravilha (aquela que virou crente).

Abertura irada, pena que o desenho não era era a mesma coisa

Mesmo levando paulada com Silverhawks, a Rankin/Bass insistiu na idéia de seres humanóides com poderes animais e lançou TigerSharks, humanos que se transformavam em seres marinhos com praticamente a mesma história dos antecessores, enfrentando vilões em um mundo parecido com a terra e com lição de moral no fim do episódio. O fracasso foi tanto, que este foi o último desenho produzido pelos estúdios.

Dá para levar isso a sério?

Como o espaço já está grande, semana que vem continuo a falar sobre as animações da década de 80.

Ressurreição de Heroes

Sit.Com terça-feira, 07 de outubro de 2008 – 4 comentários

Passado mais de um mês desde o início do fall season já dá pra ter uma idéia de que a temporada de séries americanas 2008/09 vai ser bem mais-ou-menos, nenhuma série encontrou uma audiência lá muito animadora, com exceção de NCIS (pois já não concorre mais diretamente com House), e muito menos críticas entusiasmadas. Por enquanto parece que a temporada ainda está engatinhando, porém já há diversas séries, principalmente as que foram renovadas em função da greve (ganhando uma segunda chance) que não durarão três meses no ar.

Em meio a este reinício de temporada, quero compartilhar com vocês da minha satisfação pelo retorno mais pé no chão de Heroes, talvez a série mais hypada depois de Lost. Claro que continuam os inesgotáveis erros de temporadas anteriores como: personagens em demasia (quem ainda aguenta Nikki, Mohinder, Maya), tramas repetidas (mais uma vez há um “salve o mundo”), tramas “encheção de linguiça” (Parkman, o policial que lê mentes, é o castigado do momento) e o subaproveitamento do carismático Hiro Nakamura, relegado ao papel de alivío cômico, perdendo sua conexão com a linha dramática principal, novamente, como ocorreu no vergonhoso segundo volume, ou 2ª temporada.

Assim como ocorre em diversas séries, em Heroes me vejo obrigado a me deixar levar pelos furos do roteiro, erros de enfoque da trama e atores ruins, parece que não dá para levar a série à sério. A diversão é ok, mas quanto à qualidade paira uma dúvida no ar. A impressão que tenho é que em algum momento a série vai estourar, vai conseguir extrair de todas as situações criadas tramas interessantes, cheias de tensão e suspense, mas não há um equilíbrio constante entre os episódios, na minha perspectiva em função do número exagerado de personagens. O público americano viu com desconfiança o retorno da série, audiência na faixa dos 10 milhões, não o suficiente para um show com tanta qualidade técnica e repercussão entre os fãs.

Nesses primeiros três episódios que pude conferir, os roteiristas de Heroes souberam trabalhar melhor os inúmeros ganchos de temporadas anteriores e, logo, responderam diversas questões sobre a misteriosa Companhia (não a de Prison Break, obviamente). A trama referente a família Petrelli, com Nathan envolvido em questões sobrenaturais, Peter (catapultado a protagonista da série) envolvido em viagens no tempo e Angela (finalmente descobrimos seu poder) chefiando a Companhia, está acima das demais subtramas juntamente com a trama de Sylar, se estreitando com os Petrelli, e a sempre interessante Claire e seu pai, Noah Bennet. Parece que a grande questão da temporada é quem são os verdadeiros vilões e heróis da série, podem haver trocas de time no decorrer da temporada, ficou instigante acompanhar o crescimento e as questões que envolvem estas escolhas.

Para os fãs brasileiros, uma boa notícia: o canal Universal Channel vai exibir a terceira temporada de Heroes a partir de novembro, infelizmente num horário bizarro, sexta à noite, mas fazer o quê? Vida de seriemaníaco é complicada no Brasil.

Como Hanna-Barbera dominou o mercado das animações

Televisão quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 6 comentários

A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.

Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.

Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.

Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera

Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.

O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.

Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.

Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos

Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.

Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.

Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?

Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.

Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.

Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA

A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.

Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.

Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem

Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.

Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.

Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.

Afinal, isso aqui tem que durar.

Novidades do Fall Season – Última Parte

Sit.Com terça-feira, 30 de setembro de 2008 – 3 comentários

Passado um mês do retorno da temporada de outono das séries americanas, hoje comento as demais estréias deste inicío de temporada 2008/09. Além das estréias citadas abaixo, teremos importantes retornos, por exemplo, CSI (repercutindo a morte de Warrick e a despedida de Grissom), e a grande premiada do Emmy 2008, 30 Rock.

The Ex List – 3 de Outubro
Lembram da recente participação de Rebecca em Grey’s Anatomy, a desmemoriada apaixonada por Alex? Pois parece que esta personagem serviu muito bem a atriz Elizabeth Reaser, que conseguiu ancorar esta nova série da CBS sobre uma mulher que ao descobrir, através de um vidente, que ela já conheceu seu futuro marido, decide revisar todos os seus relacionamentos procurando por seus parceiros na esperança de encontrar seu futuro marido. Versão americana de uma série isralense.

Eleventh Hour – 9 de Outubro
Uma boa notícia pra quem gostar da trama é que o canal Warner já começa a exibir a série agora em Novembro. No elenco, Rufus Sewell (normalmente vilão em filmes como O Coração de Cavaleiro) é o Dr. Jacob Hood, um biofísico brilhante e conselheiro científico do governo americano. Chamado nas horas mais críticas, ele representa a última tentativa de defesa contra aqueles que usam a ciência para fins abomináveis, investigando crises científicas e acontecimentos estranhos — desde clonagem até criogenia. E para proteger Hood dos perigos está a agente especial do FBI, Rachel Young (Marley Shelton, “Sin City”).

Kath & Kim – 9 de Outubro
Esta é a versão americana de uma série australiana, produzida entre 2002 e 2007 com 32 episódios. Trata-se de uma comédia sobre a relação entre mãe e filha em um bairro do subúrbio. As atrizes Jane Turner e Gina Riley são substituídas pelas americanas Molly Shannon (bastante conhecida de comédias americanas) e Selma Blair (Hellboy) nesta produção da NBC que encomendou seis episódios.

Life on Mars US – 9 de Outubro
Já comentei sobre o episódio piloto vazado desta série policial, remake homônimo de uma série inglesa fantástica, que pecava pelo fraco elenco e identidade cultural. Passados meses, os produtores resolveram refilmar todo o piloto e trocaram 90% do elenco, sobrando somente o protagonista. Mas quem ganhou foram os espectadores, com a entrada do excelente ator Harvey Keitel (estreando em séries) e Gretchen Moll (Os Indomáveis). Se conseguirem ressuscitar a série, tem tudo para ser um dos grandes destaques da temporada.

Única nova série que a ABC apresentou oficialmente para a próxima temporada. A história centra-se no personagem Sam Tyler (que será interpretado por Jason O’Mara), um moderno detetive que depois de um acidente de carro se vê transportado de volta ao ano de 1973, continuando a trabalhar como detetive, procurando entender como chegou lá. Estaria ele louco, em coma ou mesmo viajado no tempo?

My Own Worst Enemy – 13 de Outubro
Ator cinematográfico que busca a rendenção na telinha, nesta temporada atende pelo nome de… Christian Slater. Depois de anos amargando filminhos de segunda que normalmente chegavam diretamente em dvd por aqui, Slater tem a chance de dar a volta por cima nesta série que tem um curioso ponto de partida.

A série irá contar a história de dois homens completamente diferentes: O primeiro, um típico e pacato morador de subúrbio (leia-se: filhos, van, cachorro, cerca branca e mulher perfeita). O outro é um violento e requisitado assassino profissional. O único detalhe é que ambos habitam o mesmo corpo.

Crusoe – 17 de Outubro
A NBC se prepara para estrear a série “Crusoe” no dia 17 de outubro, com um filme piloto de duas horas de duração. O canal Fox já divulgou que comprou os direitos de exibição da série no Brasil, mas ainda não agendou uma data de estréia.

Estrelada por Phillip Winchester, Tongayi Chirisa, Anna Walton, Sam Neill e Sean Bean, a série pretende fazer uma adaptação moderna do clássico da literatura. Considerada a história do Século XVIII sob a lente do Século XXI, a produção irá retratar Crusoe em dois momentos paralelos: sua vida na Inglaterra, onde conheceu e se casou com Susannah, bem como sua relação com seu mentor, Jeremiah Blacktorp, até sua partida em um navio. O outro momento é sua vida como náufrago em uma ilha.

Crash – 17 de Outubro
Crash – a série, obviamente inspirada no filme de grande sucesso e inclusive ganhador do Oscar, é a primeira série original da Starz Entertainment, uma rede de canais por cabo nos Estados Unidos. Ambientada em Los Angeles, a série explora a complexidade social, a tolerância racial e o sentido do sonho americano, através de personagens cujas vidas se interceptam à medida que procuram este sonho. Tudo isto retratado através de um grupo de cidadãos, entre os quais se encontram o produtor Ben Cendars (Dennis Hopper), o impulsivo policial Kenny Battaglia (Ross McCall), a sua colega policial-actriz Bebe Arcel (Arlene Tur), a frustada mãe de Brentwood, Christine Emory (Clare Carey), o seu marido, Peter Emory (D.B. Sweeney), o membro de uma gang, Eddie Choi (Brian Tee), o motorista de Ben, Anthony Adams (Jocko Sims), o imigrante ilegal da Guatemala, Cesar Uman (Luiz Chavez) e o atraente detective Axel Finet (Nick E. Tarabay).

Séries 2009

Se você não viu sua série citada aqui nas estréias nem ficou sabendo do seu retorno neste mês setembro/outubro, veja se ela não está marcada para o mid season a partir de 2009:

Kyle Xy (ABC Family, 3ª Temporada), Skins (4 Channel, 3ª Temporada), Lost (ABC, 5ª Temporada), Big Love (HBO, 3ª Temporada), 24 (FOX, 7ª Temporada), Merlin (NBC, Nova), Kings (NBC, Nova), The Philanthropist (NBC, Nova), Battlestar Galactica (Sci-Fi, Final 4ª Temporada), Rules Of Engagement (CBS, 3ª Temporada), The L Word (Showtime, 6ª e Última Temporada), The Cleveland Show (de Family Guy – FOX, Nova), Scrubs (ABC, 8ª e Última Temporada), Dollhouse (FOX, Nova),Reaper (CW, 2ª Temporada), Damages (FX, 2ª Temporada), Nip/Tuck (FX, continuação 5ª ou 6ª Temporada), Breaking Bad (AMC, 2ª Temporada), Medium (ABC, 5ª Temporada), Torchwood (BBC, 3ª Temporada), Flight of The Conchords (HBO, 2ª Temporada), Ashes to Ashes (BBC, 2ª Temporada), Friday Night Lights (DirecTv em Outubro 08 e NBC, 3ª Temporada), The Tudors (Showtime, 3ª Temporada), Primeval (BBC, 3ª Temporada), American Idol (FOX, 8ª Temporada), The It Crowd (4 Channel, 3ª Temporada), Robin Hood (BBC, 3ª Temporada), Miami Ink (TLC, 5ª Temporada), So You Think You Can Dance (FOX, 5ª Temporada), The Secret Life of The American Teenager (ABC Family, 2ª Temporada), Burn Notice (USA, 3ª Temporada), Psych (ABC Family, 4ª Temporada), Monk (USA, 8ª Temporada), In Plain Sight (USA, 2ª Temporada), Flashpoint (2ª Temporada, CBS), Dante´s Cove (Here Tv, 4ª Temporada).

As cores e a grana começam a aparecer

Televisão quinta-feira, 25 de setembro de 2008 – 6 comentários

Olá Noobs.

A coluna teve uma pequena quebra na seqüência, culpa do Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus, também conhecido com vírus da Caxumba.

Essa porra me derrubou de tal jeito que só conseguia ficar de pé por 30 minutos ininterruptos, talvez, por isso, a coluna possa ter algumas mudanças bruscas, mas (acho) que vocês são inteligentes e vão entender.

Como ninguém tem nada a ver com isso, vamos para a parte da história dos desenhos animados, quando as cores invadem o mundo da imaginação dos autores e as animações viram um negócio lucrativo.

Disney começa a ser oportunista

Como vocês podem imaginar, quem enxergou isso melhor foi o velho Walt Disney, que em 1932, foi até a empresa Technicolor – que havia desenvolvido o sistema para inserir cores nos filmes – e fez um contrato de dois anos de exclusividade com a empresa.

Dessa parceria saiu Flowers and Trees (Flores e Árvores), a primeira animação colorida da história e que rendeu o primeiro Oscar à Disney.

Bonitinho, pena que ordinário

Com o sucesso de Disney, todo mundo resolveu investir em animações, copiando a fórmula de Walt (que todo mundo sabe que é um saco).

Warner entra na parada – Nasce Pernalonga

A Warner foi uma que tentei chupinhar o estilo Disney, mas como falhou miseravelmente e seus desenhos foram um fracasso total (imitar a Disney dá nisso), ela resolveu apostar em personagens malucos e sem noção do que faziam.

Nascia aí, no começo da década de 30, os Looney Tunes – que significa “Cartoons (Desenhos) Insanos” – com destaque para o Pernalonga (Bugs Bunny), o coelho mais pirado das animações, mas continuando com a parada dos bichinhos que falam e agem como seres humanos.

Como os desenhos eram mais insanos naquele tempo

Universal contra-ataca com Pica-Pau

Em 1940, a Universal Estúdios (não é a Record) pediu ao cartunista Walter Lantz uma animação para rivalizar com as cocotinhas e viadices da Disney e os politicamente incorretos, mas não menos populares, bichos pirados da Warner.

Desse pedido, nasceu Andy Panda e sua turma. Como podem ver, mais bichinhos, esses meio gays.
Mas, sem o patrão pedir, Lantz decidiu desenhar um personagem diferente pra fazer frente ao viadinho do Andy e seu pai: o Pica-Pau.

O interessante é que o chefe de Walter, Bernie Kreisler, rejeitou o desenho, dizendo que era o pior cartoon que ele já visto na vida. Lantz insistiu e, por capricho do destino, Kreisler abraçou o projeto, estreando “O Pica-Pau Ataca Novamente (Knock Knock)”, culminando em sucesso estrondoso e no maior desenho estilo cartoon já feito, na minha opinião, já que a de vocês não interessa muito.

Pica-Pau é o melhor que existe, até hoje

William e Joseph se conhecem

Enquanto as três gigantes, Disney, Warner e Universal, brigavam e estavam começando a se consolidar no mercado de animações, dois amigos americanos se conheciam e começavam a trabalhar juntos. Os dois eram William Hanna e Joseph Barbera.

Em 1940, William e Joseph já eram famosos nos estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer – MGM, chegaram a mandar seus desenhos para a raposa Walt, que disse que iria até Nova York para contratá-los. Ocupado com outra coisa, talvez com o projeto do Bambi, Disney nunca apareceu.

Magoados, mas com vontade de trabalhar e mostrar que tinham talento, pois não são como vocês que choram com o primeiro esculacho que levam, os dois apresentaram à MGM a animação Puss Gets the Boot (1940), que era nada mais e nada menos que Tom e Jerry.

Tom & Jerry começam a incomodar as poderosas

Com o sucesso da série e cheios de bichinhos na cabeça para virar desenho, em 1944 decidiram romper o cordão umbilical com a MGM e fundar o estúdio Hanna-Barbera.

Até esse ponto, todas as animações, sejam curtas ou longa-metragens, passavam no cinema, como o bicho estava pegando no mundo (não, me recuso a explicar o que era), não houve tantas novidades nesse período.

Após a guerra, e com a popularização da Televisão na década de 50, as animações passam por mais uma revolução e começam a se popularizar como entretenimento de massa.

Mas esse papo vai ficar para outro dia.

Os premiados do Emmy

Sit.Com terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 2 comentários

Este ano os produtores do Emmy não tem o que reclamar da baixa audiência televisiva da premiação (apenas 12,2 milhões). Bem que eles tentaram, colocaram os apresentadores – indicados em categoria específica na noite – dos reallitys que juntos devem somar em audiência mais de 60 milhões de espectadores, resultado: não teve retorno algum, até porque as apresentações e as inserções dos hosts foram O fracasso da noite, um equívoco sem tamanho. O grande problema da premiação em relação ao público, ultimamente, é sua tendência elitista – os grandes vencedores da noite foram (e estão sendo) séries da tevê a cabo, o que afasta o telespectador comum, e o destaque da tevê aberta na noite, 30 Rock, não chega a dois dígitos de audiência, e somente não foi cancelada devido ao inúmeros prêmios que vem recebendo.

Assim, o que mais me preocupa é este pouco caso da comissão votante do Emmy com os shows mais populares. Não acho que se deve premiar séries pelo seu índice de audiência, mas esnobar séries do quilate de House, Lost, Desperate Housewives que, na minha opnião, tiveram boas temporadas, é não saber diferenciar o timing de um prêmio correto a uma homenagem a um grande artista, principalmente se vindo do cinema ou dando a volta por cima numa série.

Sobre o show, as inúmeras referências aos antigos seriados são sempre momentos nostalgia pura, e simplesmente a apresentação de aberturas pelo cantor Josh Groban foi um dos pontos altos da noite, inclusive com direito a imitação dos garotos de South Park, assim como a participação do inglês Rick Gervais (vencedor na categoria de melhor ator em comédia no ano passado por Extras) numa sequência com o ótimo Steve Carrell (que tinha recebido seu prêmio no ano anterior). Talvez se observarmos os premiados podemos notar que a noite foi de poucas surpresas, pra mim, pessoalmente somente duas (Jean Smart, Samantha Who? e Brian Cranstom, Breaking Bad, sacanagem roubar o prêmio de Hugh “House”Laurie e Michael C. “Dexter” Hall), no mais tudo estava meio que previsto.

Sobre Mad Men, vencedora na categoria Melhor série dramática, posso dizer que a série é super bem produzida com uma recriação de época fenomenal (além de cultural e social), mas não me pegou com este universo dos bastidores da propagando dos anos 60. Já sobre 30 Rock, vencedora de melhor comédia, nem comento porque pouco acompanho, mas a série é a queridinha dos críticos e artistas (nesta temporada que se inicia em Outubro nos EUA, a série já conta com participações de Jennifer Aniston, Oprah Winfrey, Steven Martin e as garotas de Gossip Girl). Atualmente, no meu estoque de séries, somente 3 comédias têm espaço garantido: How I Met Your Mother (do canal Fox Life), Entourage (do canal HBO) e The New Adventures of Old Christine (do canal Warner).

Ainda sobre os prêmios, gostei muito da premiação de Damages, para Glenn Close e Zeljko Ivanek, o Emmy de House para melhor direção dramática, pelo fantástico episódio “House’s Head, e Pushing Daisies, melhor direção em série cômica.

Abaixo, a lista com os principais vencedores do Emmy 2008:

Melhor Drama – Mad Men (do canal HBO)

Melhor Comédia – 30 Rock (do canal Sony e, em algum momento da Record)

Melhor Atriz em Drama – Glenn Close – Damages (do canal AXN)

Melhor Ator em Drama – Bryan Cranstom – Breaking Bad (do canal Sony)

Melhor Ator em Comédia – Alec Baldwin – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Atriz em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Ator Coadjuvante em Drama – Zeljko Ivanek – Damages (do canal AXN)

Melhor Atriz Coadjuvante em Drama – Dianne Wiest – In Treatment (do canal HBO)

Melhor Ator Coadjuvante em Comédia – Jeremy Piven – Entourage (do canal HBO)

Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia – Jean Smart – Samantha Who? (do canal Sony)

Melhor Direção em Drama – Greg Yaitanes – House (do canal Universal e da Record)

Melhor Roteiro em Drama – Matthew Weiner – Mad Men (do canal HBO)

Melhor Direção em Comédia – Barry Sonnenfeld – Pushing Daisies (do canal Warner)

Melhor Roteiro em Comédia – Tina Fey – 30 Rock (do canal Sony)

Melhor Reality Show – The Amazing Race (do canal AXN)

Melhor Apresentador de Reality/Game Show – Jeff Probst – Survivor (do canal People & Arts)

Melhor Programa de Variedades – The Daily Show with Jon Stewart (do canal Sony)

OBS: pelo menos estas premiações servem para captarmos momentos como este, a gatissíma Thirteen de House

E se a gente juntar trechos de um desenho animado com… música?

Televisão quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 5 comentários

O Bolinha debizou a coluna e, porra, é nessas horas em que eu sou o estagiário. O cara diz estar com caxumba, acho que essa eu ainda não tinha ouvido aqui. Disse até ter ATESTADO!

Pois bem, esse é o terceiro texto desta coluna, que nasceu da Otaku é a MÃE!. Como esse nome era bem específico, decidimos deixá-lo pra uma coluna só para cultura japonesa – ela está em transição, e já nessa segunda traz um tema mais… otáco. Então, a Papo Animado sim é uma coluna sobre desenhos animados. Noobs.

Pois bem, em minha coluna de música, eu costumo usar MUITOS vídeos do youtube com vídeos de bandas – O RLY? Porém, nem sempre eu encontro o vídeo original, e me deparo com algo assim:

Sim, Yu Yu Hakusho + DBZ ao som de Damage Inc., do Metallica. É muito do caralho encontrar um desenho que você curte ao lado de uma sonzeira que você também curte. E é descaralhante ver que um fã TRABALHOU nas cenas do desenho, fazendo REALMENTE um vídeo-clipe. Como esse do Cowboy Bebop ao lado de Song for the Deaf, do QOTSA:

E sim, chega de animes. Falemos sobre desenho de VERDADE, agora.

Acho que um dos vídeos mais criativos que eu já vi foi esse:

Simpsons, Troublemaker do Weezer. A música é uma merda, mas o clipe é muito bem feito. Esse desenho tem MUITOS episódios, mas não é muito trabalhoso encontrar Homer e Bart em encrenca – trabalhoso mesmo é deixar a bagaça assim, perfeita. Então, basta ter um som relevante e mandar ver. Não tem como Simpsons dar errado, enfim. Olha que lindo:

Você só ouve Simple Plan na coluna do Bolinha, falaí. Vai um My Chemical Romance também?

Invasor Zim é o desenho mais espetacular de todos os tempos, é FATO. O Gir é quase 30 comprimidos de BENFLOGIN. Sério, chega a ser alucinante pensar em que som usar como base pra um clipe com trechos do desenho. MUITAS cenas cairiam como uma luva em trechos de muitas músicas, até porque o Gir dança em quase todos os episódios. E como as coisas podem melhorar de vez? I’M A SCATMAN!

John Scatman é sempre relevante, véi. E olha o trampo que esse cara teve pra fazer esse vídeo. O cara simplesmente sincronizou a bagaça de uma forma em que o desenho entrou completamente no clima do som.

Eu sinceramente acho que esse tipo de coisa merecia um DESTAQUE. Sei lá, é um lance que merece não só respeito, mas admiração. Cadê a MTV pra investir nesses caras? Cadê o BOM DIA & CIA pra investir nesses caras? Deve ser por ISSO que não investem:

Bom, minha intenção foi realmente trazer algum tipo de destaque pros putos, além de compartilhar isso com vocês E tapar buraco. Como eu costumo fazer em muitas colunas, deixo os comentários para vocês indicarem mais vídeos. Semana que vem o Bolinha volta. Sem ração, mas volta.

Novidades do Fall Season – 2ª parte

Sit.Com terça-feira, 16 de setembro de 2008 – 0 comentários

Passados os primeiros quinze dias desde a estréia do Fall Season 2008, nada de muito estrondoso estreou neste retorno. Inclusive, já há algumas decepções, pelo menos no quesito audiência, como The Sarah Connor Chronicles e Fringe.

No entanto, a partir desta semana, já retorna um dos campões de audiência do canal Fox americano e uma das minha séries prediletas, House, para seu quinto ano, além dele retornam também Smallville e Supernatural. Enquanto isto na HBO brasileira, estréia sua nova produção nacional Alice. Veja abaixo detalhes desta série e dos novos shows que estreiam nos próximos dias (nos Eua), fechando as estréias americanas de setembro.

Obs.: oficialmente, a semana de estréia da televisão americana ocorre a partir do dia 22, com o retorno da grande maioria das séries como, Heroes, Grey’s Anatomy, CSI Miami e NY (o CSI Las Vegas retorna somente em outubro), Two and A Half Man, The Big Bang Theory, entre outros.

Alice, dia 21/09

Depois de Mandrake e Filhos do Carnaval esta é a nova aposta de dramaturgia nacional do canal à cabo HBO. Pela sinopse da série, Alice será um dramédia. Alice, aos 26 anos, mora em Palmas, no Tocantins, e está prestes a se casar com Henrique, com quem namora há 4 anos. Mas a inesperada morte de seu pai, Ciro, que não vê há anos, interrompe o clima de felicidade e leva Alice para São Paulo, onde reencontra a madrasta, a tia e a meia-irmã Célia. Uma série de impresvistos transforma a rápida viagem numa longa estadia. Em São Paulo, Alice faz novas amizades e conhece um outro mundo.

Protagonizando, a desconhecida atriz Andréia Horta, junto a um elenco com nomes como Eduardo Moscovis e Regina Braga. Com direção do cineasta Karim Aïnouz, do nacional O Céu de Suely, a série promete explorar os cenários e os diferentes personagens que povoam São Paulo, terá 13 episódios nesta temporada.

Worst Week, dia 22/09

Comédia do canal CBS, Worst Week, traz o retorno do ator Kurtwood Smith (Red), de “That 70´s Show” de volta à TV. A série é uma versão americana de uma produção inglesa, “The Worst Week of My Life”. Na trama, um jovem tenta manter um bom relacionamento com seus futuros sogros. No elenco também estão Kyle Bornheimer, Erinn Hayes e Nancy Lenehan.

The Mentalist, dia 23/09

Sobre The Mentalist, já havia comentado nesta coluna sobre seu episódio pre-air vazado, então… aqui o link.

Knight Rider, aka Supermáquina, dia 24/09

Não acompanhei o telefilme que foi exibido na tevê americana no início do ano que apresentava a série, remake da cultuada série dos anos 80. Quem não lembra de ter o carro falante, KITT, como brinquedo (eu tinha, assumi minha idade agora) e David Hasselhoff como protagonista? Sim o mesmo de S.O.S. Malibu (nossa, só comentei série velha neste paragráfo).

Quem assitiu comenta que a produção era bem fraca, mas a audiência foi ok. Agora o novo KITT – Knight Industries Three Thousand – é um carro equipado com inteligência artificial, potente sistema de armamento e carroceria capaz de se transformar em outros veículos, além de usar um sofisticado sistema de representação holográfica para confundir os vilões da série. Astro da primeira fase da série, David Hasselhoff faz uma participação em Knight Rider no papel do mesmo Michael Knight. Desta vez, Knight retorna como o pai do mocinho da nova edição, Mike Traceur, vivido por Justin Bruening, o Jamie Martin da novelinha americana “All My Children”.

Gary Unmarried, dia 24/09

Na história, Mohr interpreta um homem divorciado que precisa lidar com a possessividade da ex-esposa e manter um bom relacionamento com seu filho. A sitcom é estrelada por Jay Mohr, Paula Marshall, Jaime King, Ryan Malgarini e Al Madrigal. Estréia nos EUA no dia 24 de setembro. Para estrelar sua própria sitcom Jay Mohr deixou o elenco da cafoninha Ghost Whiesperer na qual interpretava o professor Rick Payne. Em seu lugar, entra para esta série o ator Jamie Kennedy.

A História dos Desenhos Animados 2 – Era do Som

Televisão quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 3 comentários

Diz o ditado que promessa é dívida e, embora não tenha prometido nada e ninguém tenha me dado algum retorno sobre a nova coluna, vou continuar, por enquanto, com a história dos desenhos animados.

Mesmo porquê vocês são uns noobs e não sabem como esse Johnny Bravo, Padrinhos Mágicos, Family Guy, Os Simpsons ou Ben 10 começaram.

Com a popularização da técnica de Earl Hurd (mais aqui ) e também do cinema, os desenhos deixam de ter a temática adulta e começam a se popularizar para todos os tipos de gostos e faixas etárias.

Confira abaixo os que fizeram mais sucesso e ganharam mais dinheiro nessa época.

Gato Félix – 1919

Praticamente um quadrinhos animado

O primeiro a fazer sucesso é o Gato Félix (Felix, The Cat) em 1919 com o curta Folias Felinas (Feline Follies).

Criação de Otto Messmer e Pat Sullivan, Felix foi um sucesso na chamada era muda dos desenhos, principalmente pelo jeito despojado do gato risonho que se comunicava com o rabo e do início do humor quase negro agradando a todos.

Apesar do sucesso, Félix não conseguiu segurar a onda por muito tempo, ainda mais com o início da era dos filmes falados, mas o gato preto pode se orgulhar de uma coisa: foi a primeira animação a ser transmitida pela televisão, em 1930.

Depois, o desenho chegou a ser remodelado, com Félix com um estilo detetive e uma mala que saía de tudo, mas isso é história para outra hora.

Mickey – 1927

É lançado o padrão Disney com overdose de canções e bichinhos

Revolucionando a história da animação (aliás, tudo que era lançado revolucionava, pois era novidade) Steamboat Willie lançou o camundongo Mickey para o estrelato, sendo a primeira animação contando com sonorização própria. Walt Disney mesmo regeu a orquestra do desenho e fez a dublagem dos personagens descobrindo a galinha dos ovos de ouro que até hoje é referência, a equação desenho+musical.

Detalhe que o politicamente incorreto ainda imperava, apesar dos bichinhos e cantoria Disney.
Aliás, muitos acreditam que esse desenho foi o primeiro com Mickey, mas antes de Steamboat Willie, duas animações mudas haviam sido feitas com o ratinho, mas que passaram despercebidas pelo público e crítica.

Com o sucesso instantâneo, foram produzidos mais 15 desenhos com o ratinho começando a colocar o velho Walt na trilha do sucesso.

Betty Boop – 1930

Os caras se masturbavam com isso, véio

Criada em 1930, pelos estúdios dos irmãos Max e Dave Fleisher, Betty Boop estreou na animação Dizzy Dishes, sendo o que de mais ousado havia para a época extremamente conservadora.

Cabeçuda, mas com um corpinho sexy e roupas ousadas para a década de 30, Betty era um desenho direcionado a outro tipo de público. Com um ar inocente, jeito independente e extremamente provocadora, Boop fazia a alegria dos punheteiros da época, principalmente depois da animação Boop-Oop-a-Doop.

Hoje vocês podem achar tudo muito tosco, mas lembrando que na época, mostrar a canela, já era motivo para ser preso por atentado ao pudor.

Foram feitas mais de 100 animações com Betty Boop, até baixarem, em 1934, um Código de Produção censurando a personagem. Em nome da família americana e da moralidade, a personagem não poderia mais exibir suas roupas provocantes e seus decotes.

Os produtores não deixaram por menos e cobriram a personagem até o pescoço, mas em roupas colantes destacando seus seios, o que deixou a personagem mais sexy ainda. Aí, em 1939, os velhotes pau-mole do Comitê Moralizador proibiram Betty de aparecer na TV.

Os estúdios Fleisher nem ligaram, pois já estavam ganhando bem com outra animação.

Popeye – 1933

Eu sou o marinheiro Popeye, eu sou o marinheiro Popeye… Duvido que isso não grude na cabeça

Popeye foi originalmente criado para as tirinhas do “New York Journal” por E. C. Segar, em 1929, mas logo foi levado para os desenhos de Betty Boop pelos irmãos Fleisher, fazendo sua estréia em 1933.

Logo de cara é apresentada a música-tema que será eternizada ao longo dos anos, além de Olívia Palito e Brutus.

Mesmo Popeye já sendo forte, também é mostrado ao público o hábito de comer espinafre para ficar mais forte ainda, fazendo com que aumentasse em 30% o hábito de consumir espinafre nos Estados Unidos e com que minha mãe enchesse o saco para comer esse treco quando era pequeno.

Popeye é um dos meus desenhos favoritos até hoje, e tem uma história através dos anos bem interessante, tanto que não cabe aqui e deve merecer uma coluna especial só para ele.

Como ficou um texto enorme novamente, semana que vem devo voltar com o início da era dos desenhos coloridos.

Repercutindo as séries do Fall Season

Sit.Com terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 8 comentários

Me desculpem aos leitores que acompanham as séries pela tevê a cabo, mas hoje a coluna possui SPOILERS sobre os episódios iniciais de primeira semana do Fall Season, claro que graças aos “meios alternativos” de exibição.

Prison Break – 4ª Temporada

s04e01 – Scylla / s04e02 – Breaking and Entering
Não sei vocês, até porque alguns devem estar acompanhando a 3ª temporada no canal Fox (agora imaginem quando passará esta 4ª temporada), mas PRISON BREAK parece que já deu o que tinha que dar. Não que os episódios deste retorno sejam ruins, estão lá a adrenalina a mil, as situações inverossímeis, todos os personagens, inclusive um morto-vivo; no entanto, a trama básica da série se modificou completamente.

Sai do enfoque as fugas impossíveis e presídios, entram em cena uma organização montada para destruir a tão temida e onipresente Companhia. Inclusive, a introdução desta nova temporada é fulminante e muito, mas muito rápida, assim, em cinco minutos tudo se resolve; me lembrou a organização da série Alias, pelo menos esta tinha a gracinha de Jennifer Garner.

Neste retorno, a ação pelo menos promete ser incessante e as cenas de tensão parecem que serão melhores exploradas, como já observado nestes dois episódios. Dos personagens novos, o novo assassino da Companhia (o marido da médica Miranda Bailey, de Grey’s Anatomy) promete ser O vilão da temporada (bem melhor que os vilões anteriores, oriental de sorrisinho cínico e a boring Gretchen) já o policial Don Self aparentemente vai ser prejudicado pela figura nada ameaçadora do ator Michael Rapaport (que não tem cara alguma de detetive). Só resta acompanhar a série para saber se isto é uma evolução ou uma trucagem dos produtores para esticarem a trama.

Gossip Girl & 90210

Gossip Girl s02e01 – Summer, Kind of Wonderful
90210 s01e01 – We’re not in Kansas Anymore e s01e02 – The Jet Set

Nem vou me ater em muitos comentários destas duas séries teens, ou mimimi, até porque tenho obrigação de agradar a outros paladares que não somente o meu, ou seja, tenho companhia feminina para assistí-los. GOSSIP GIRL volta um pouco melhor que seu final de temporada (até agora não consigo entender todo aquele drama de Serena com seu segredo que durou toda temporada), ainda me incomoda a maneira como certos personagens são tratados, neste início o sem graça Nate pegando uma mulher casada fica díficil de engolir. Whatever, pelo menos ainda sobram as farpas de Chuck e Blair. A série retorna em Novembro na Warner.

Já o retorno marketeiro de 90210, a.k.a. Barrados no Baile, me surpreendeu pelo espaço dado as tramas adultas, até mesmo Kelly (agora, mãe) promete ter sua subtrama; inclusive, tenho que comentar que o sentimento de nostalgia com a antiga série predominou nestes primeiros dois episódios. Vale destacar ainda a presença da veterana Jessica Walter, como vó da nova protagonista (a gracinha esquelética, Naomie), uma antiga diva de Hollywood, sempre com uma “taça de chá” lhe acompanhando! De resto, são os clichês de personagens interagindo no universo escolar (ou melhor, high school). Não posso deixar de comentar que ainda me incomoda a idade dos jovens na série, neste episódio uma das protagonistas faz 16 anos, mas a atriz que interpreta ela já passou faz tempo por esta idade, tem atualmente 21 anos completados! A série será exibida em Novembro pelo canal brasileiro Sony.

Dexter

s03e01 pre air Our Father
E pra surpresa geral, não pela primeira vez, vazou na internet o primeiro episódio da terceira temporada da genial série DEXTER; aqui o FX começa a exibir a 2ª temporada em Outubro. Nesta volta da série, marcada oficialmente para 28/09, começamos a observar uma modificação dos personagens, o episódio em si está muito intimista e parado, um pouco abaixo da média de DEXTER.

No entanto, dá para notar que o tom é proposital devido ao episódio ser o que chamamos de transição, abrindo novas tramas para serem trabalhadas durante esta temporada. Dexter tem que saber como trabalhar com seu novo código, Rita revela uma inusitada surpresa, Debra esta de visual novo e uma nova postura (não deixando de lado seus furos e palavrões, é claro!) e, principalmente, fiquei curioso com o estranho caso que abriu a série, uma morte acidental que trouxe para o elenco fixo da série nesta temporada o ator Jimmy Smith (de série Cane e Nova York contra o Crime), irmão do morto e promotor da cidade, porém, ainda não consegui antecipar de que forma será trabalhado ao longo dos episódios. Clima de dúvida no ar e episódios inéditos agora só em Outubro!

confira

quem?

baconfrito