Temporada de Férias

Sit.Com terça-feira, 08 de julho de 2008 – 2 comentários

Este ano de 2008 têm sido muito frustrante para os fãs de séries. Não fosse a greve que interrompeu durante meses todas as séries que estavam sendo exibidas, quando as mesmas retornam já estava quase na época de férias, assim as séries – que voltaram, pois diversas ficaram somente para setembro – voltaram com poucos episódios (na média 4 ou 5) para fechar as temporadas que estavam ocorrendo.

Digo isto pois se nos EUA as temporadas terminaram em maio, por aqui isto ocorreu nestas últimas semanas, e sabemos que novos episódios somente á partir de setembro/outubro. Portanto, fica a pergunta: o que assistir durante a temporada de férias das séries?

Há algumas opções: 1) procurar colocar em dia aquelas séries que você não conseguiu acompanhar durante a temporada regular, ficou deixando pra trás por motivo de tempo e, agora neste intervalo, pode fazer uma maratona. Exemplo meu, as séries Saving Grace, exibida atualmente pelo canal Fox, e Battlestar Galactica, em intervalo no canal TNT (terminada a exibição da 3ª temporada), estou ainda em haver com a 3ª temporada desta incrível série sci-fi, uma vergonha mesmo tê-la deixado pra trás. Nos EUA a série entrou em intervalo, foram exibidos 10 episódios da 4ª temporada, que retorna em janeiro para seu término definitivo.

2) aproveitar para conhecer aquela série que todo mundo sempre falou bem e você usava a desculpa que não conseguia acompanhar por ter que assistí-la desde seu início. Exemplo meu 2, a série inglesa Life on Mars, misto de policial/comédia/drama, está sendo adaptado para o canal americano ABC (seu piloto pre air do ano passado vazou para a internet, mas dizem que o piloto será refilmado com atores diferentes), teve duas temporadas com o total de apenas 16 episódios. Já iniciei a segunda temporada e posso dizer que a série é excelente tanto pelos atores quanto pelos roteiros e ambientação. Para quem nunca ouviu falar, Life on Mars conta a história de Sam, um detetive da polícia que após sofrer um acidente em 2006 acorda no ano de 1973 sem saber como foi parar lá. A série é centrada na resolução de crimes e na tentativa de Sam em voltar para o ano que aconteceu o acidente. Estaria ele em coma, louco ou seria mesmo uma viagem no tempo?

3) para quem acha que está em dia com as séries e prefere conferir coisas novas (por meios alternativos), no ar nos EUA atualmente estão:
Swingtown – série ambientada nos anos 70, mostrando as transformações sociais e sexuais da época. O seriado é estrelado por Molly Parker (Deadwood) e Jack Davenport (Coupling) que vivem um casal que se muda para um sofisticado subúrbio de Chicago, onde conhecerá vizinhos que vivem casamentos abertos. Está sendo bem recebida pela crítica, em breve devo assistí-la, mas já deixo claro que a série não é muito hot, afinal, passa na tevê aberta americana;

Weeds – em sua 4ª temporada, Mary Louise-Parker continua dando vida a Nancy Botwin, uma viúva que para garantir o sustento dos filhos passa a vender maconha na pacata e, aparentemente conservadora, Agrestic, pequena cidade do interior da Califórnia;

Fear It Self – é uma antologia de horror/suspense. Cada episódio conta uma história diferente e é realizado por pessoas diferentes. A série é produzida pelos diretores de Chuck – O Boneco Assassino, Jogos Mortais II, III e IV e Freddy x Jason;

In Plan Sight – a série mostra as aventuras de uma equipe de uma das mais respeitadas agências federais americanas, os US Marshalls. A agente Mary Shannon (a bela Mary McCormack, paixão de Mel Gibson em Coração Valente) precisa evitar que a testemunha seja morta até receber sua nova identidade e se estabeleça em sua nova vida;

Além destas séries, em breve, entram em cartaz nos EUA diversas séries dos canais de tevê a cabo como Monk, Psych, The Closer, Saving Grace e Burn Notice, entre outras.

Primeiras Impressões: Fringe

Sit.Com terça-feira, 01 de julho de 2008 – 4 comentários

Terminada a temporada de season finales das séries americanas, nós, os fãs, começamos a procurar algo pra curtir enquanto não chega setembro. No entanto, os produtores começam a divulgar sinopses e atores envolvidos em suas séries, ou mesmo num grande golpe de marketing (pelo menos, para mim seria isto), vazar os episódios pilotos das séries novatas para observarem a reação na internet de críticos e curiosos.

Desde o ano passado este evento ocorre, a princípio nunca envolvendo diretamente os envolvidos. Para nós, série maníacos, serve para vermos o que nos espera na temporada que se aproxima. Estes pilotos vazados são chamados de pre air, pois ainda podem ser modificados conforme a repercussão dos mesmos. Convenhamos, é uma excelente idéia dispor de um episódio antes do início da temporada para ver o que as pessoas acham da série.

Se você acha que este instrumento de marketing seria utilizado somente por série desconhecidas sem grande apelo popular, está redondamente enganado: o primeiro piloto pre air vazado foi da série estreante mais comentada até agora, Fringe, do criador de Lost, J. J. Abrams (também no currículo a produção do filme Cloverfield – Monstro e do novo filme da cinessérie, como diretor, Star Trek, a.k.a., Jornada nas Estrelas).

Sinopse: Com um nome que faz referência a “Fringe Science”, ramo da ciência que estuda o que não pode ser provado ou justificado por meios convencionais, “Fringe” é centrada em Olivia Dunham, uma agente do FBI que investiga eventos inexplicáveis ao lado do doutor Walter Bishop, cientista internado em um manicômio, e seu filho, Peter.

Com todo o hype em torno da série, o piloto pre air de Fringe, na verdade um episódio duplo com 1h e 20 min., promete mais do que cumpre (sempre difícil julgar uma série por um episódio somente). Seria ela uma versão de Arquivo X, se isto será suficiente para segurar a série é mais um dos mistérios assim como os que o episódio piloto apresenta aos espectadores.

O elenco está ok, particularmente, achei bastante interessante a figura (e a voz) da protagonista, agente Olivia, somente Joshua “Dawson’s Creek” Jackson parece deslocado como alívio cômico, principalmente se levarmos em consideração o tom urgente e misterioso do piloto. Além disso, Fringe apresentou neste primeiro episódio bons efeitos visuais (assim como a grafia dos ambientes), visual e ritmo – apenas precisa cuidar para que os mistérios conspiratórios não sejam maiores que suas tramas (assim como ocorreu com sua série inspiradora Arquivo X em seus últimos anos).

Assim que assistir a algum outro episódio piloto pre air de outra série estreante, em seguida, já comento no Sit.Com com vocês minhas primeiras impressões. Alguns já estão na fila como Life on Mars US e True Blood.

Episódios Finais – Lost 4ª Temporada

Sit.Com terça-feira, 24 de junho de 2008 – 3 comentários

Na noite de ontem (23/06) o canal AXN exibiu o 12º episódio (de 13 produzidos) da 4ª temporada de Lost, There’s no Place Like Home – parte 1, o que foi para os americanos um episódio final duplo. Aqui, para variar, dividiram e o season finale ficou para semana que vem.

***contém spoilers***

Depois do choque inicial de sabermos que Jack e Kate já haviam saído da ilha num futuro ainda indefinido, sendo que Jack já se mostrava arrependido da escolha e o mistério de quem seria a pessoa morta que Jack visita num funeral abandonado, a 4ª temporada de Lost se mostrou especial ao responder estes dois grandes ganchos do final da temporada anterior e, ainda, acrescentar uma narrativa (que se mostrou bastante eficiente) em seu quebra-cabeças: os flashforwards (escolha de quase todos os episódios).

Mesmo não sendo tão surpreendente quanto Through the Looking Glass (episódio final da temporada anterior), esta 4ª temporada me deixou com uma sensação de que tudo se encaixou, principalmente no arco envolvendo a saída dos Ocean Six, talvez com exceção do episódio de Juliet, The Other Woman, meio óbivo demais ainda contando com flashbacks da médica, um pouco desperdiçada nesta temporada. Os demais episódios foram criando um painel sobre quem eram os Ocean Six, como estes saíram da ilha e porque alguns se arrependeram, quem eram as pessoas no cargueiro de Naomi e a princial informação da temporada: a guerra particular entre Benjamin Linus (novamente impecável durante toda temporada) e Charles Widmore (sim, o pai de Penny, logo, sogro do brotha Desmond).

O arco da temporada, a obsessão de Jack pelo resgate dos naufragos, na verdade, contrastou com o pesado tom dos personagens já no futuro, arrependidos, assombrados e á procura de vingança – com exceção de Kate, que acabou ganhando uma segunda chance do destino ou da ilha. Mesmo assim, os roteiristas encontraram tempo para criar “a pérola” da temporada, The Constant (centrado em Desmond, que possui uma trama própria dentro de Lost, já notaram?), onde criaram uma trama sobre viagem no tempo/mente, morte iminente e um final tão emocionante que funcionou como uma história á parte dos acontecimentos da ilha e dos outros personagens, F-E-N-O-M-E-N-A-L!!!

No balanço final, como saldo positivo: o retorno de Locke e os personagens novos inseridos no tempo e de maneira correta (notem que a personagem de Charlotte promete uma subtrama com o passado da ilha); já como saldo negativo, a concentração de tramas com os Ocean Six, sacrificou excelentes personagens subaproveitados como Juliet e Sawyer (que se transformou quase num alívio cômico, tomando o lugar de Hurley).

Para a próxima temporada a série promete modificar sua estrutura narrativa novamente. Teremos, provavelmente, a reunião de Ben com os Ocean Six para retornar a ilha e os terríveis eventos que ocorreram na ilha após a saída dos Ocean Six que levaram Locke a sair da ilha terminar num caixão (ou melhor, Jeremy Bentham).

Até janeiro/fevereiro de 2009, losties!

Episódios Finais – House 4ª temporada

Sit.Com terça-feira, 17 de junho de 2008 – 4 comentários

Nesta semana o canal Universal exibe a season finale de 4ª temporada de House, o episódios Wilson’s Heart, continuação direta da trama anterior, House’s Head. Talvez, atualmente, House seja a melhor série dramática (apesar do humor) da tevê americana em termos de protagonista. A série apesar da clássica estrutura “caso médico impossível da semana”, conseguiu nesta temporada desenvolver ainda mais seu já complexo protagonista, o inacreditável, em todos os sentidos, Dr. Gregory House.

***contém spoilers***

Com o surgimento da greve dos roteiristas, a 4ª temporada ficou dividida entre a seleção dos novos auxiliares médicos de House e a disputa de House e Amber pela atenção de Wilson. Nestes primeiros episódios a série acabou ganhando status de comédia devido ao alto teor de ironia e sarcasmo de House frente á seleção dos novos médicos (como não se divertir com as eliminações lembrando realitys shows tipo Survivor – fogueiras nas estacas – e The Bachelor – cerimônia das rosas?).

Como destaques a relação ambígua de House com Thirteen (sim, notaram como não sabemos o nome da personagem da bela Olivia Wilde), o bacana episódio Frozen (onde House trata uma psicóloga numa estação no Pólo Sul pelo computador, a química entre os dois é o ponto alto do episódio) e, obviamente, estes dois episódios que fecharam a season finale.

O episódio House’s Head é, sem dúvida, uma das melhores coisas que eu assisti neste ano, a fuga sempre eficiente da fórmula da série, o mistério envolvendo a memória de House, a montagem e o texto foram espetaculares. O episódio final, Wilson’s Heart, sobre a procura de detalhes sobre a condição de Amber (sempre bem defendida pela atriz Anne Dudek), o desespero de Wilson e a culpa de House, pode ter se mostrado menos criativo que o anterior, no entanto, pela primeira vez na série, me emocionei com a figura trágica de House. O final é tão dramático (e triste) que quase esquecemos que o humor preencheu quase toda a temporada; sem sombras de dúvida, Hugh Laurie é o melhor ator em cena nos EUA atualmente, não tem pra ninguém!

OBS.: durante a temporada senti a falta dos antigos personagens Cameron, Chase e Foreman (que voltou com maior participação já na metade da temporada), porém, mostra que os roteiristas arquitetaram muito bem esta temporada. Quem imaginaria que passaríamos oito meses e os três coadjuvantes, ainda presentes na abertura da série, não estariam de volta aos seus cargos. O que será que nos reserva a 5ª temporada, além do inevitável drama da cena final?

Episódios Finais – 3ª Parte

Sit.Com terça-feira, 10 de junho de 2008 – 3 comentários

Como a coluna é semanal hoje fica a dica para a estréia no canal Fox, 9mm: São Paulo. Não se preocupe, a série é nacional então não corre o risco de ser dublada contra a sua vontade. A produção parece bacana e surge uma boa oportunidade para a dramaturgia nacional em busca de identidade para as séries nacionais, óbvio que aqui há respingos de The Shield, CSI e do sucesso policial urbano Tropa de Elite. Claro que uma ruga surge na testa ao lembrar que o mesmo canal Fox produziu a absurda série mi-mi-mi Avassaladoras, levante a mão quem teve coragem de assitir… ninguém, então tá! (também foi exibida pelo canal Record)

O seriado 9mm – São Paulo, mostra a rotina da equipe de uma delegacia de homicídios da capital paulista. Eduardo (vivido pelo ator Luciano Quirino) é um profissional idealista que chegou ao cargo por indicação do sogro, deputado. O policial bate de frente com Horácio (personagem de Norival Rizzo), investigador experiente que age segundo os próprios meios.

Estréia: nesta terça, dia 10, ás 22h

Continuando a odisséia de comentar as séries com temporadas terminadas, pelo ritmo vou chegar junto aos términos de algumas aqui no Brasil. Havia prometido House e Lost para essa semana, mas vou adiá-las para comentá-las com mais cuidado e para os fãs não me amaldiçoarem com SPOILERS destas séries tão idolatradas.

Eli Stone – 1ª Temporada

Série que estreou no midseason americano e também aqui no Brasil (ainda em exibição no canal Sony), teve 13 episódios e foi renovada para uma segunda temporada devido ao simpático e eclético elenco (todos já participaram de diversas outras séries, como Victor Garber, o agente pai Bristow, na falecida Alias) junto a uma trama surreal com direito a nomes de episódios serem inspirados por canções de George Michael. Inclusive, o cantor inglês faz parte das visões do advogado Eli Stone em diversas participações.

A trama como destaquei é desencanada e lembrará para alguns série maniácos a excelente comédia Ally McBeal, com exceção que aqui é um advogado (homem) que possui visões (seria ele um visionário ou somente um efeito adverso de seu recém diagnosticado aneurisma?). Misto de drama e comédia a série se destaca pelos bizarros musicais onde todo elenco canta – as músicas de George Michael e de outros artistas – nas visões de Eli, a série podia sofrer em sua curta temporada de contar sempre a mesma trama. No entanto, com a revelação da doença de Eli e a futura cirurgia para retirada do aneurisma rendeu a série uma season finale bastante emocionante, e não menos, engraçada.

Supernatural – 3 ª Temporada

Cria do sucesso de Arquivo X, ainda detentora do título, Supernatural, desde sua última temporada começou a criar arcos próprios de episódios e não somente a fórmula demônio/mostro da semana. Assim, a série, mesmo para o público teen, começa a galgar uma legião própria de fãs. Inclusive, alguns episódios desta 3ª temporada foram extremamente fortes como conteúdo de terror.

Apostando num clima sempre soturno e sombrio, ás vezes caindo para o humor negro, Supernatural somente se mostra fraca no pouco elenco fixo, os irmãos Winchester já não seguram a trama sozinhos o suficiente. Nesta temporada, os produtores acertaram ao escalar duas atrizes fazendo diversas participações em episódios, normalmente ligados a grande questão da temporada: Como Dean fará para não ir para o inferno, já que vendeu sua alma para o dêmonio em troca da ressurreição de seu irmão?

Temporada boa, com alguns episódios realmente bons; o gancho do season finale promete uma arrancada para a 4ª temporada bastante arriscada (periga sua resolução ser medonha, esperar pra ver!).

Reaper – 1ª temporada

Outra série estreante que estréia neste mês no Universal Channel, a série é uma comédia com toques de suspense e romance. Assim como, coincidentemente, ocorreu com Chuck, Reaper, tem em um dos seus cenários uma loja de conveniência (pelo jeito os jovens americanos sem perspectiva acabam todos trabalhando nestas lojas).

A série fala sobre um jovem, Sam, que descobre que sua alma foi vendida ao diabo. Os primeiros episódios envolvem o Diabo (excelente interpretação do veterano Ray Wise, roubando todas as cenas) ensinando a Sam como recuperar as almas fugidas do inferno, confesso que cansa um pouco pelo desgaste da fórmula (alma fugida do inferno sendo caçada), ainda bem que a trupe de amigos de Sam garante as risadas. Na volta da greve, os produtores criaram um arco de episódios envolvendo a origem real de Sam um grupo de demônios rebeldes que querem derrubar o Diabo. Sem encanações nem teorias, vale uma espiada!

Episódios Finais – 2ª Parte

Sit.Com terça-feira, 03 de junho de 2008 – 0 comentários

Somente para lembrar, quem acompanha as séries pelo canal Warner na tevê a cabo, nesta semana está sendo exibido a Semana Clímax com os finais de temporada de suas principais séries como Smallville, Supernatural, Gossip Girl, Cold Case, Without A Trace, E.R., Pushing Daisies, The Big Bang Theory e Two And a Half Men.

Na semana passada comentei neste espaço sobre as season finales, já exibidas na tevê americana, das seguintes séries: C.S.I., Bones, C.S.I. – New York e Cold Case. Hoje será a vez de outras séries, sempre reiterando que nos comentários haverá S-P-O-I-L-E-R-S inevitáveis para comentar sobre os episódios finais, ok?

Criminal Minds – 3º Temporada

Confesso que tenho duas impressões sobre esta temporada de Criminal Minds, excelente série policial sobre o perfil psicológico dos criminosos. Primeiramente, a série teve que iniciar sua temporada com a saída de seu protagonista, o ótimo ator Mandy Patinkin, conhecido como agente Jason Gideon. Desta missão, os roteiristas se saíram muito bem, introduzindo o ator Joe Mantegna, pena seu episódio redenção – e que resolvia o mistério de seu retorno ao trabalho no BAU – ter sido tão fraco.

No entanto, no decorrer dos episódios as tramas não conseguiram acrescentar muito ás histórias e os casos policiais não eram muito interessantes, com exceção do episódio que montava um perfil sobre casos suicidas numa pequena cidade, bastante instigante. Somente agora no final, ao criar um caso muito interessante sobre o terrorismo, no episódio final “Lo-Fi”, a série cresceu e muito num gancho bastante corajoso, colocou em risco a vida de um provável agente do departamento. Pelo menos, durante a temporada, em diversos episódios os roteiristas desenvolveram alguns personagens carismáticos como a nerd da informática, Penelope, e o geek, Dr. Spencer Reid.

Women’s Murder Club – 1ª Temporada (cancelada)

O que esperar de uma série que era um misto de CSI com Sex and the City? Nada, e foi isto que aconteceu (além do óbvio cancelamento). WMC, tentou dar um ar mais feminino aos crimes na cidade de San Francisco, resultado: ficou muito aquém das possibilidades ao tentar ser natural e misturar em meio aos diálogos sobre mortes e criminosos com quem está saindo com quem!

Confesso que o que me motivou a assistir aos 13 episódios produzidos da série foi a belezinha Angie Harmon (conhecida de Law & Order), no entanto, não esperei que as tramas fossem tão banais e barrassem na mesmice, sendo que a série começa apresentando um suposto serial killer que desafia a policial Lindsay Boxer (Harmon). Detalhe, a trama que revela o assassino – obviamente, no 13º episódio – é fraca assim como a série toda. Vai tarde!

Grey’s Anatomy – 4ª Temporada

Assistir a Grey’s Anatomy é estar em constante conflito com os rumos da série, sua criadora Shonda Rhimes, é capaz de conduzir a trama de maneira incrível (como nos episódios finais) da mesma maneira que erra como uma principiante (ao levar adiante durante diversos episódios o romance sem sal de George e Izzie). Apesar disto e da fórmula semanal bastante conhecida dos fãs – o caso clínico é uma metáfora para o comportamento dos personagens -, Grey’s nos ganha como fãs ao apresentar tramas tão sinceras e dramáticas quanto absurdas e engraçadas num misto de comédia e drama como poucas vezes a tevê americana experimentou, tudo isto embalado por uma trilha impecável.

Ao término desta temporada, Grey’s parece conduzir sua trama para um caminho interessante, acaba de criar um casal lésbico e termina com o chatice crônica/psicológica de sua protagonista (ótima sacada inserir uma psicóloga para confrontar Meredith). Mesmo não tendo muito espaço durante a temporada, nesta reta final a melhor atriz do elenco, Sandra Oh (Cristina Burke), teve momentos absolutamente incrivéis (que tal cantar Like Virgen enquanto disseca um cadáver, num momento deprê), devendo ser lembrada para a temporada de prêmios, junto com sua colega de elenco, Chandra Wilson (a dra. Bailey), que teve espaço para uma trama somente sua, o término de seu casamento.

Desperate Housewives – 4ª Temporada

Outra série que faz a linha novelinha, no tom humor negro e drama, Desperate Housewives encontrou novamente seu caminho de sucesso com uma sucessão de boas tramas. A nova vizinha, Katherine, interpretada pela excelente Dana Delany – que acertou o tom junto as antigas personagens -, é a personagem que conduz o mistério da temporada. Afinal, o que aconteceu ao seu marido e filha desde sua saída repentina de Wisteria Lane? O caso foi resolvido somente no episódio final e, mesmo não sendo nenhuma grande surpresa, mostrou-se uma grande fatalidade, representado pela força dramática da atriz.

Claro, que o outro grande destaque da temporada foi o tornado que levantou, literalmente, o teto das mansões e a poeira das tramas da temporada anterior, fechando o ciclo de diversas subtramas (como a de Gabrielle com o prefeito). A série renasceu, pena personagens como Eddie e Susan já terem esgotado seu repertório, assim como Gabrielle sempre ás voltas com seu ex-futuro-marido Carlos. A sorte dos roteiristas é contar com personagens ricas e atrizes talentosas do quilate de Felicity Huffman (Lynette, muito dramatizada nesta temporada, tanto pelo câncer quanto pela enteada infernal) e Marcia Cross (a sempre divertida Bree, que faz um casal perfeito com o dentista Orson).

Na próxima semana House, Lost e as desencanadas Supernatural e Reaper.

Episódios Finais – 1ª Parte

Sit.Com terça-feira, 27 de maio de 2008 – 6 comentários

Chegando o final do mês de maio é sinal de término da temporada regular de séries na televisão americana. Nem vou comentar a temporada como um todo pois todos já estamos carecas de saber que a greve acentou uma provável crise de audiência e criatividade na indústria televisiva. Então serão pequenos comentários e, obviamente, há SPOILERS espalhados pelo textos, portanto se você acompanha alguma série na tevê a cabo brasileira e não quer saber de alguns detalhes, F-U-J-A daqui!

C.S.I. – 8ª Temporada

Mesmo estando em sua oitava temporada, CSI mostra que ainda tem muito pique pela frente e, na próxima temporada, enfrenta seu maior desafio: descobrir se a fórmula da série depende do elenco regular. Digo isto porque no saldo final tivemos duas saídas de personagens regulares num elenco não muito extenso.

Depois de uma sétima temporada onde os roteiristas inovaram ao criar um caso investigativo (assassino de miniaturas) que durou toda a temporada, neste novo ano os episódios penderam entre o tom dramático e pesado (como a despedida de Sara Sidle, os cães assassinos e a morte abrupta de Warrick) ao tom de deboche e humor negro (no episódio de halloween, o episódio sobre o jogo Detetive e o penúltimo episódio que contou com o roteiro dos criadores de Two And A Half Men, sobre os bastidores de uma diva de sitcom morta).

Para a nona temporada, possivelmente teremos uma nova CSI feminina, uma participação da atriz Jorja Fox (Sara), e as consequências do assassinato de Warrick Brown pelo insuspeito subdelegado. Um detalhe: nunca o tema máfia foi tão abordado pelo CSI Las Vegas, temática que a série abordou tanto pelo envolvimento de Warrick com Gedda (mafioso) quanto pelos estudos de Greg Sanders para seu livro, um detalhe histórico curioso da série.

C.S.I. New York – 4ª Temporada

Este foi o primeiro ano que acompanhei regularmente esta série, deve ser pelo trauma que CSI Miami provocou em mim (é muito ruinzinha). A temporada de CSI New York pode ser dividida em três partes: 1ª) os telefonemas que o personagem de Mac Taylor (sempre eficiente Gary Sinise) recebe nas madrugadas junto aos assassinatos envolvendo um quebra cabeças – que, infelizmente, terminam de uma maneira equivocada e forçada demais, pode ser que pelo efeito da greve; 2ª) o serial killer taxista, trabalhado de maneira acertada sem grandes enrolações, mostrando as consequências e um caos devido ao transporte na Big City; 3ª) a season finale (Hostage), com Mac sendo mantido refém dentro de um banco para comprovar a inocência do assaltante que encontra um corpo no cofre, episódio curioso pelo formato diferenciado, com um grande ator em cena (Elias Koteas) e um gancho tenso. Pena que sabemos como terminam as ameaças ao protagonistas das séries, nada acontece a eles, obviamente!

Bones – 3ª Temporada

Para mim a grande diversão em assistir a Bones é a química entre o agente Booth e a antropologista Temperance, ou Bones para os íntimos. As tramas não são muito sofisticadas e os personagens pouco desenvolvidos, apesar do enorme acerto dos roteiristas em adicionarem um psicólogo para tratar de relação entre Booth e Bones, cenas engraçadíssimas vêm daí.

Sobre a terceira temporada, o arco envolvendo o pai de Temperance (muito bem interpretado por Ryan O’Neal) terminou de maneira ok, sem muitos alardes, mas o grande problema foi o arco envolvendo o serial killer Gorgomon. Vindo de uma mitologia de sociedades secretas, o personagem foi ofuscado pela greve dos roteiristas e pouco desenvolvido sendo a trama do episódio final mais sobre o mistério do envolvimento de alguém de dentro do Instituto, no caso, Zack (a saída do personagem da série para mim foi uma surpresa), do que as motivações do assassino em si. Uma pena!

Cold Case – 5ª Temporada

Sendo a série policial que menos acompanho (vai faltar ainda Criminal Minds que verei nesta semana), Cold Case me chama mais a atenção pelas reconstituições de época e trilhas sonoras excepcionais do que pela trama dos episódios em si.

Das séries investigativas, Cold Case sofre de ser a mais engessada numa fórmula, dificilmente algo acontece de errado ou algum crime não é resolvido. Normalmente, os envolvidos no caso são os responsáveis pelos crimes, e num quebra-cabeças de depoimentos acaba se resolvendo tudo. Assim, se a série não evolui muito o que dirá nesta temporada de risco, nem mesmo um grande drama ocorreu paralelamente aos casos com algum personagem (não vale citar o dilema maternal da policial Kat Miller e a corregedoria em cima do agente Valens, resquicíos da temporada passada).

Sem ganchos no episódio final pouco se sabe o que pode acontecer a série na sexta temporada, mas um grande acontecimento aos personagens ou, quem sabe, um grande caso que modifique a estrutura formulaica da série possa dar uma sacudida na audiência que terminou abaixo da expectativa.

Overdose Sci-Fi: Dossiê Arquivo X

Sit.Com terça-feira, 20 de maio de 2008 – 2 comentários

Claro que para o Overdose Sci-Fi poderiam ter escolhido qualquer série, principalmente algo mais do gênero ficção científica, mas como esquecer da série que há mais de 10 anos mexeu com as estruturas do gênero – mesmo sendo apenas uma série televisiva – Arquivo X? Pode não ser a série predileta de críticos, porém valorizou e popularizou um gênero que andava em baixa em Hollywood. No entanto, abraçou também o sobrenatural, o terror e as conspirações governamentais.

A série conta a história de dois agentes do FBI que procuram cegamente pela verdade. Durante os 9 anos em que os agentes trabalham com os arquivos X (arquivos sem explicação “abandonados” pelo FBI), eles já se depararam com ETs (o assunto principal da série), conspirações governamentais, e todo o tipo de prova, rapidamente omitidas, de que o governo dos Estados Unidos está escondendo a verdade do povo: ETs existem e pretendem invadir a Terra e colonizar a raça humana.

Os Personagens

Um dos grandes trunfos de Arquivo X, são o agente especial Fox Mulder (David Duchovny) e a agente especial Dana Scully (Gillian Anderson). Mulder era considerado um dos melhores agentes do FBI, até achar os arquivos X. Traumatizado pela perda da irmã, que foi abduzida quando ele tinha 12 anos, ele se interessou e muito por tais arquivos. O cara era meio paranóico, se assim quiserem chamar, acreditava em absolutamente tudo, desde lobisomens até formigas comedoras de gente, portanto passou a investigar tais arquivos que outros agentes do FBI não queriam investigar por sua natureza sobrenatural. Os seus colegas passaram a chamá-lo de “o estranho”, desde então.

Scully, que então lecionava na academia do FBI, foi designada para trabalhar com Mulder, dar uma explicação racional para cada caso, e assim, quem sabe, tirar Mulder dali. No entanto isso foi meio impossível de se fazer, simplesmente porque não havia explicação racional para tais casos. Scully acabou as poucos acreditando nas teorias de Mulder (sem nunca deixar de dizer “Deve haver uma explicação científica pra isso”).

Walter Skinner (Mitch Pileggi) – O diretor-assistente do FBI é o supervisor dos agentes Mulder e Scully. Por muitas vezes durante as primeiras temporadas ele se mostrou contra as ações de Mulder, mas essa postura mudou bastante. Skinner percebeu, a partir do seqüestro de Scully, que não podia confiar no sistema do qual fazia parte. Em Avatar, o primeiro episódio centrado nele, Skinner é acusado de um assassinato que não cometeu, meticulosamente planejado para incriminá-lo. Torna-se um aliado importante em Anasazi, sem o qual os agentes não teriam sobrevivido.

Canceroso (William B. Davis) – Mitológica figura dentro da principal trama da série, Canceroso representa o poder do governo americano, a necessidade de se esconder indícios ou fatos que “a humanidade não deve saber, para não causar um desespero global”. Ele, sem dúvida, sabe de tudo o que diz respeito á Verdade que Mulder tanto busca. Mandante até de mortes (em nome da América, é claro), frequentava sempre o escritório de Skinner ou mostrava-se reunido com o “Consortium” (conselho de conspiradores que aparece em vários episódios), fumando seu cigarro. Ele tem uma história bastante confusa, o pouco que sabemos dele é que, juntamente com o pai de Mulder (que era ligado ao governo) e alguns outros homens de importância, foram os responsáveis pela maior parte das ações do governo americano durante a infância do agente. Os episódios dão a entender que Bill Mulder quis se desvincular do grupo ao saber quais os propósitos do governo em relação ao seu trabalho (ligado á catalogação de DNA, como pode ser visto na trilogia de Anasazi), e para evitar que o mesmo revelasse os projetos a outros, teriam seqüestrado a irmã de Mulder, Samantha. Na verdade, Bill e C.G.B. Spender (o nome de Canceroso) estavam a par da negociação do governo com os alienígenas, e a questão do seqüestro foi uma garantia dada pelos humanos de que a aliança com os extraterrestres seria verdadeira.

Frohike, Byers e Langly – são membros do grupo Pistoleiro Solitário, que produz o fanzine “The Magic Bullet”, relacionado a conspirações governamentais e acobertamentos do mesmo governo. Seus membros são “teóricos da paranóia”, pois vêem a conspiração que pregam em todo lugar. Eles também constituem uma fonte de informações para Mulder, no que diz respeito a computadores e relatos de outros paranóicos dos EUA, que se comunicam com os rapazes do Pistoleiro. O sucesso dos personagens foi tanto, principalmente como alívio cômico, que Chris Carter (criador da série) criou uma série só deles que, infelizmente, rendeu apenas 13 episódios.

Agente John Doggett (Robert Patrick, foto) – Introduzido na oitava temporada, no episódio Within (Por Dentro). Ele é interpretado por Robert Patrick, que é o terceiro personagem a integrar os créditos da série. O que sabemos de Jonh Jay Dogget? Não muito, hão há como explicá-lo melhor, porque não os conhecemos, ainda. Carter o apresentou como um homem máculo. Ele é um ex-policial e ex-fusileiro naval também. Pensa que todos os casos podem ser resolvidos nos métodos corretos de investigação. Ele é totalmente cético e Tem de ver, tocar, cheirar e testar para acreditar. ao contrário da Scully, seu ceticimo não é baseado na ciência. Outros adjetivos para Dogget: inteligência e honestidade. Pudemos ver que um grande mistério habita a vida de Jonn Dogget: seu filho foi raptado, sumiu, e apesar de seus esforços, o agente não o encontrou, e esse mistério ainda irá aparecer nos casos de Arquivo X.

Alex Krycek (Nicholas Lea) – Agente especial, fora designado para trabalhar com Mulder a partir do episódio Sleepless, mas a aparente confiança que ele deveria despertar foi-se logo no final do mesmo. Na trilogia Duane Barry, ele mostra bem o seu lado: tenta matar Mulder, mata Duane a fim de incriminar Mulder e some sem dar satisfação alguma. Na verdade, o agente frio e calculista foi o principal executor dos planos do Canceroso. Matou também o pai de Mulder, roubou a fita digital de Skinner em Anasazi e, depois de escapar de um atentado visando matá-lo, resolveu vender os segredos do governo. Reapareceu em Piper Maru/Apocrypha, servindo como “meio de transporte” para uma gosma preta alienígena poder chegar até a sua nave. Já na quarta temporada, em Tunguska/Terma, surgiu novamente e, com o discurso de que iria ajudar Mulder a se vingar dos que tinham matado o pai dele, quase matou o agente outra vez. Mas aqui ele teve o seu merecido castigo: perdeu o braço, cortado a sangue frio .

Annabeth Gish (Monica Reyes, foto) – A agente Especial Monica Reys – Annabeth Gish, integra a série no 14º episódio -“This is Not Happening”, da 8ª temporada, para ajudar na busca por Mulder. O passado da nova personagem como agente em New Orleans envolve investigações de crimes ritualísticos e de cultos satânicos. Ela também teve um histórico com o agente John Doggett.

Garganta Profunda (Jerry Hardin) – Nome dado por Mulder a um de seus informantes durante o primeiro ano da série. No episódio The Erlenmeyer Flask, Garganta foi assassinado numa negociação perigosa. É dele um dos lemas da série, “Não confie em ninguém”, que representa a necessidade de Mulder estar sempre vigilante quanto áqueles que o cercam. Muitos não gostaram do fato dele ter morrido, mas Carter afirma que teve de fazer isso para mostrar que “ninguém é insubstituível” no seriado. Garganta era um informante que passava a Mulder fotos e documentos secretos, e muitas vezes norteava as investigações do agente. Além disso, ele manipulava Mulder não poucas vezes, o que de fato deve ter influenciado muito a Carter na decisão de tirá-lo do seriado

Mr. X (Steven Williams) – Tornou-se o informante de Mulder após a morte do Garganta. Portanto, apesar da necessidade de se desvincular a série dos informantes, ainda assim Arquivo X precisava de alguém que pudesse passar a Mulder informações secretas. E o “X” foi o canal. Para chamá-lo, Mulder usava duas tiras de fita adesiva no vidro de sua janela, formando a letra “X”. X é praticamente o oposto de Garganta: enquanto o último era mais calmo, reservado, X é violento e perigoso. Seria capaz de matar qualquer um (qualquer um mesmo) que interferisse em seus propósitos. Tem extremas habilidades em armas e lutas (um exemplo é a cena entre ele e Skinner em um elevador, no episódio End Game), o que torna-o ainda mais perigoso. Suas aparições no entanto foram extremamente raras, o que contribuiu para o bom-senso da série. Portanto, em casos muito especiais, Mulder chama o X para alguma ajuda.

Tramas

Abordando temas tais como teorias da conspiração envolvendo alienígenas, encobrimentos governamentais de alto nível e paranormalidade, a série conseguiu conjugar características de séries como A Quinta Dimensão, Além da Imaginação e Twin Peaks. Os episódios da mitologia da série ocorriam principalmente nos finais de temporadas e em algum momento do meio da temporada, normalmente contando com episódios duplos ou triplos para o desenvolvimento da história. Estes episódios contavam com tramas mais dramáticas, incluindo mortes de pessoas próximas aos agentes e revelações (mesmo que a conta-gotas) dos grandes segredos que envolviam os mistérios da trama.

Vários questionamentos foram colocados ao espectador, durante os nove anos de produção de Arquivo X, como, por exempo:

1 – O que aconteceu com Samantha Mulder, na infância de Mulder?
2 – Quem faz parte do governo secreto? E qual a real intenção dos informantes de Mulder?
3 – Eles estão mesmo aliados com aliens?
4 – O que de fato é o “Sindicato das Sombras”?
5 – Qual o papel do pai de Mulder na conspiração?
6 – O “Canceroso” é o verdadeiro pai de Mulder?
7 – O que é o óleo negro?
8 – Quem são os seres sem face, caçadores de recompensa?
9 – O que são os Supersoldados?

Os episódios de Arquivo X variavam entre estes centrados na conspiração, mas no decorrer natural da temporada eram abordados freqüentemente temas mais místicos, como satanismo, relato de aparições de fantasmas, em episódios que ficaram conhecidos como “monstros da semana”. Além deles, houveram diversos episódios de tom mais leve, com ênfase no humor. Vale lembrar que nestes episódios isolados, Arquivo X, contou com roteiros escritos pelos mestres da literatura de horror, Stephen King e Clive Barker (ambos fãs declarados da série).

Infelizmente, na sétima temporada começaram a surgir problemas, devido ao estrelismo de David Duchovny, que resolveu afastar-se da série para investir na sua carreira cinematográfica (que não rendeu muito ao ator, que somente agora, voltando a televisão com a série Californication, conseguiu arrebatar elogios novamente). Após muita insistência de Carter, ele acabou assinando contrato para participar de metade da oitava temporada. Mas isso levou ao surgimento de um novo agente para trabalhar com Scully na ausência de Mulder: John Doggett. Algum tempo depois, foi a vez da agente Mônica Reyes, que na oitava temporada participa de apenas alguns episódios. Além de novos personagens, isto também levou ao surgimento de novas tramas que não ficaram muito bem encaixadas na mitologia da série, como o filho de Scully e os Supersoldados. No nono ano, Dogget e Mônica passaram a ser definitivamente a nova dupla, com Scully sendo apenas uma espécie de consultora deles. Fox Mulder só retornou no episódio final da série que explica, detalhadamente, o que foi a conspiração.

Mídias

Se houvesse internet, orkut e fóruns como hoje em dia, possivelmente, a interação entre a série e seus fãs seria tão grande como ocorre com Lost. Mesmo assim, Arquivo X angariou milhões de fãs pelo mundo, criou marcas como Excers (para os fãs da série) e outros nomes específicos do universo da série como Shippers (para os fãs que torciam pela união amorosa dos protagonistas). A série no que pode aproveitar rendeu games, livros com narrativas de episódios ou mesmo tramas inéditas.

Outro tipo de livro que Arquivo X rendeu foram os livros que relatavam os bastidores de cada temporada com guia de episódio e curiosidades de cada um, além de diversas entrevistas com todos os envolvidos na produção (nem preciso dizer que tenho 3 livros aqui na minha coleção).

Enfim, Arquivo X começou timidamente mas se tornou uma febre mundial nos anos 90. Apesar da perceptível queda na qualidade da série em suas últimas temporadas, mesmo nelas encontramos episódios excelentes, acima da média do que se produz na televisão mundial. Portanto, Arquivo X pode, merecidamente, ser considerada uma das melhores séries de TV em todos os tempos.

Calendário dos finais de temporada

Sit.Com terça-feira, 13 de maio de 2008 – 0 comentários

Como já é de costume, o mês de maio é o mês no qual as temporadas das séries americanas encerram suas temporadas ou têm seu final definitivo. Algumas séries já tiveram seu final decretado e nas próximas semanas os canais anunciam seus retornos e suas estréias para a próxima temporada. Aqui no Brasil, a maioria das séries terão suas season finale em junho e julho, conforme forem ocorrendo faço um balanço de algumas séries.

Já tiveram suas season finales, as sitcoms 30 Rock, Scrubs, Samantha Who e os dramas Medium (que estreou esta semana no canal Sony) e Brothers & Sisters. Veja quando sua série termina nos Eua (sorry, se você acompanha na tevê), monte seu calendário e abra espaço no seu HD.

Terça-Feira, 13 de Maio

Women’s Murder Club (canal ABC) – 1ª Temporada: 13 episódios (pode ser o season ou series finale, conforme jornalistas americanos a série deverá ser cancelada)

Law & Order: SVU (canal NBC) – 9ª Temporada: 18 episódios (sucesso de audiência, deve garantir mais uma temporada)

Quarta-Feira, 14 de Maio

‘Til Death (canal FOX americano) – 2ª Temporada: 14 episódios (mesmo com baixa audiência deve ser renovado)

Back to You (canal FOX) – 1ª temporada: 14 episódios (Series Finale)

Quinta-Feira, 15 de Maio

CSI (canal CBS) – 8ª Temporada: 17 episódios (confirmadissíma para a próxima temporada)

Without a Trace (canal CBS) – 6ª Temporada: 18 episódios (também deve ser renovado)

Smallville (canal CW) – 7ª Temporada: 20 episódios (já renovado para sua, provável, última temporada, no entanto, sem Lex Luthor)

Supernatural (canal CW) – 3ª Temporada: 16 episódios (já renovado)

My Name is Earl (canal NBC) – 3ª Temporada: 21 episódios (especial de uma hora de duração)

The Office (canal NBC) – 4ª Temporada: 14 episódios (especial de uma hora de duração)

ER (canal NBC) – 14ª Temporada: 19 episódios (já renovado para sua provável, última temporada, será?)

Sexta-Feira, 16 de Maio

Ghost Whisperer (canal CBS) – 3ª Temporada: 18 episódios

Moonlight (canal CBS) – 1ª Temporada: 16 episódios (pode ser renovada)

Numb3rs (canal CBS) – 4ª Temporada: 18 episódios

Domingo, 18 de Maio

Desperate Housewives (canal ABC) – 4ª Temporada: 16 episódios (especial de duas horas de duração)

Everybody Hates Chris (canal CW) – 3ª Temporada: 22 episódios (já renovado)

Aliens in America (canal CW) – 1ª temporada: 18 episódios (Series Finale)

The Game (canal CW) – 2ª Temporada: 20 episódios

Segunda-Feira, 19 de Maio

The Big Bang Theory (canal CBS) – 1ª Temporada: 17 episódios (já renovada)

How I Met Your Mother (canal CBS) – 3ª Temporada: 20 episódios (provavelmente será renovado, season ou series finale)

Two and a Half Men (canal CBS) – 5ª Temporada: 19 episódios (já renovada)

Rules of Engagement (canal CBS) – 2ª Temporada: 15 episódios (season ou series finale)

CSI: Miami (canal CBS) – 6ª Temporada: 21 episódios

Gossip Girl (canal CW) – 1ª Temporada: 18 episódios (quase certa sua renovação)

One Tree Hill (canal CW) – 5ª Temporada: 18 episódios

Bones (canal FOX) – 3ª Temporada: 15 episódios

House (canal FOX) – 4ª Temporada: 16 episódios (renovação garantida)

Terça-Feira, 20 de Maio

NCIS (canal CBS) – 5ª Temporada: 18 episódios (especial de duas horas de duração)

Shark (canal CBS) – 2ª Temporada: 16 episódios (na corda bamba, pode ser cancelado)

Reaper (canal CW) – 1ª Temporada: 18 episódios (possivelmente renovado, season ou series finale)

Quarta-Feira, 21 de Maio

Boston Legal (canal ABC) – 4ª Temporada: 20 episódios (renovado)

Criminal Minds (canal CBS) – 3ª Temporada: 20 episódios

CSI: NY (canal CBS) – 4ª Temporada: 21 episódios

American Idol (canal FOX) – 7ª Temporada (especial de duas horas de duração)

Law & Order (canal NBC) – 18ª Temporada: 18 episódios

Quinta-Feira, 22 de Maio

Ugly Betty (canal ABC) – 2ª Temporada: 18 episódios (renovada)

Grey’s Anatomy (canal ABC) – 4ª Temporada: 16 episódios (especial de duas horas de duração)

Terça-Feira, 27 de Maio

According to Jim (canal ABC) – 7ª temporada: 18 episódios (Series Finale)

Quinta-Feira, 29 de Maio

Lost (canal ABC) – 4ª Temporada: 13 episódios (especial de duas horas de duração, renovada até a 6ª temporada)

Fenômeno da Temporada: Queda Geral de Audiência

Sit.Com terça-feira, 06 de maio de 2008 – 1 comentário

A temporada 2007/08 das séries americanas entrará para a história como uma das temporadas mais turbulentas em termos de programação e de audiência. O que chama mais minha atenção ainda, é que tanto a qualidade das séries como a audiência vinha numa crescente desde os últimos cinco anos com a explosão de séries policiais (C.S.I. e sua franquia), de séries dramédias (Grey’s Anatomy e Desperate Housewives), um fenômeno de mídia (Lost) e de reality shows (American Idol e Dancing with the Stars).

Maior audiência entre as séries

No entanto, se os canais já se consideravam prejudicados pela – interminável – greve dos roteiristas, a questão se complicou ainda mais quando se observou (atráves de índices de audiência) que com a volta da exibição de episódios inéditos a partir de abril a maioria das séries perdeu uma parcela de audiência considerável.

Exemplo disso: séries como C.S.I. que tinham de 22 á 25 milhões de espectadores por episódio viram seus números despencarem para os atuais 18, no máximo, 20 milhões de espectadores a cada semana. Mas isto não aconteceu somente com as séries, o grande líder da audiência americana, American Idol, rendia na temporada passada facilmente de 27 á 30 milhões de audiência, teve que se contentar com seus atuais 22 á 25 milhões.

Será que a fórmula já se esgotou?

Parece que a greve dos roteiristas fez o espectador habitual perder o costume de acompanhar suas séries durante a semana (o que se justifica já que os episódios inéditos ficaram sendo exibidos aos poucos em alguns casos). Além disso, cada vez mais os americanos têm acesso ao sistema TiVo (de gravar simultaneamente os programas enquanto se assiste a outros) e os já famosos downloads, através da internet. Todos estes fatores podem ser apontados – juntamente com a qualidade atual das séries – como indicativo desta queda geral de audiência.

Outro fenômeno no mínimo curioso desta temporada é que nenhuma série estreante conseguiu chamar a atenção suficiente do grande público. Exemplos como Pushing Daisies, queridinho da mídia (e meu também) e da sitcom Samantha Who (que somente conseguiu algum destaque graças a sua exibição após Dancing with the Stars, lhe entregando uma audiência enorme mas, sem o reality lhe precedendo, a audiência da série despencou), são casos isolados, as demais séries parecem ter passado em branco este ano.

Minha série estreante favorita

No entanto, os diretores dos canais não parecem muito preocupados com isto, pois a atual situação não deve ser contornada tão cedo. Em virtude da greve, uma grande maioria das séries já havia sido renovada antes mesmo do fim da mesma, portanto, teremos poucas estréias no próxima temporada. Claro que com um aumento de marketing (atraindo os espectadores novamente) e uma ajuda extra dos roteiristas este painel pode se modificar. As perguntas que “não querem calar”: quando isto acontecerá? E de que maneira atrair espectadores que perderam interesse em séries já conhecidas do mesmo?

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