Kiss lança escova de dentes musical

Música terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 4 comentários

Cês devem saber que o Kiss é uma banda que deixou de fazer música (se é que um dia já fez) pra entrar para o mundo das vendas, transformando a banda em marca, tipo a… Xuxa. Vi no ANTI MOFO que os caras lançaram uma escova de dentes chamada Tooth Tunes, que toca Rock and Roll All Nite enquanto você escova os dentes. Na descrição do produto consta que “você vai ouvir a música de DENTRO da sua cabeça”, o que é algo incrivelmente perturbador, ainda se tratando de Kiss.

Se você não gosta de escovar dentes, pode jogar damas, brincar de carrinho ou, sei lá, se perfumar e se fantasiar. O que você prefere?

Lily Allen em ensaio de moda…

Música terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 3 comentários

Lily Allen, famosa por hits como “Smile”, “LDN”, entre outros, fará um ensaio para o catálogo de langeries da marca “Agent Provocateur”.
O ensaio, que terá 6 fotos dela, será para o lançamento da nova linha de Primavera da marca. andei dando uma olhada no site , e só digo que, se as fotos forem metade do que tem as que tem no site, já tá de bom tamanho.
Lily Allen, a um tempo atrás, que dizia que estava gorda, parece que teve um belo levante de estima. aos 22 anos, seu cd de estréia “Alright, Still” já vendeu mais de 600.000 cópias.

óóóuuunnn :wub:

Long Road to Ruin – O novo clipe do Foo Fighters!

Música segunda-feira, 05 de novembro de 2007 – 7 comentários

Direto do álbum Echoes, Silence, Patience and Grace, Long Road to Ruin é um som fraquinho na minha opinião, mas o clipe salva. Enfim, vê aí e não reclama.

Já viu o Hotsite do Foo Fighters? Corre pra lá.

Música para se ouvir no convés: Eric Clapton

Música segunda-feira, 05 de novembro de 2007 – 4 comentários

Pois é. Vou falar sobre blues aqui, mais uma vez. Agora que eu comecei essa bagaça, nada vai me impedir de prosseguir ad infinitum. Da última vez, falamos de Stevie Ray Vaughan, um dos grandes gênios desse gênero musical que empolga pra carái. Dessa vez, falaremos sobre outra lenda viva do blues. O cara é visto como um dos grandes nomes do estilo, sendo imensamente respeitado até por gente que começou antes dele. Ele é… não, porra, ainda não é o Buddy Guy! Eu tô falando de Eric Clapton.

Não se engane pela aparência do cidadão: esse inglês de 62 anos com cara de cidadão pacato e esses óculos de bom moço que ce tá vendo aí ainda detona tudo com uma guitarra na mão. Nascido em 30 de março (como o NegoMedonho, aqui do aoe) de 1945, Clapton teve uma carreira invejável, fazendo sucesso com bandas como os Yardbirds, Cream, Blind Faith e Derek and the Dominos, e também na carreira solo. O cara toca até hoje, criando festivais como o Crossroads, onde vários guitarristas bons pra cacete se juntam pra tocar. Uma maravilha, devo ressaltar.

Clapton nasceu quando sua mãe, Patricia Molly Clapton, tinha 16 anos, e criaram o cidadão achando que sua avó era sua mãe e que sua mãe era sua irmã mais velha. Pois é, mais embolado que novela mexicana. Claro que a coisa não durou tanto tempo assim. Aos nove anos o cara descobriu a enrolação toda. E, é lógico, isso mexeu com a cabeça do sujeito. A partir daí, ele se tornou um garoto solitário e tímido, mas ce vê que nem isso impediu o cara de destruir tudo. Com treze anos, o sujeito ganhou um violão e uma marimba de aniversário, mas quase desistiu de aprender a tocar os dois, achando os instrumentos muito difíceis. Claro, a influência e o gosto pelo blues foram maiores. Ainda bem. O cara então entrou em sua primeira banda com dezessete anos, a British R&B, que se tornou The Roosters. Ficou lá de janeiro a agosto de 1963. Isso por um lado parece ruim, mas por outro, foi uma maravilha – afinal, em outubro desse mesmo ano, Clapton se juntou aos Yardbirds.

A banda, cujo nome é uma gíria pra prisioneiro, foi inegavelmente uma das maiores adições ao rock e aos anos 60. Foram eles quem trouxeram inovações como o uso de distorção (como fuzz box) na guitarra, por exemplo. Clapton já caceteava tudo na guitarra, na época, e era um fã irremediável do blues puro. E foi isso que o levou a sair dessa maravilha de banda. Enquanto o som dos caras mudava do blues pro pop rock psicodélico experimental, Eric Clapton ficava cada vez mais insatisfeito. Até que, em 1965, o cara disse “Ces traíram o movimento blues, véios!” e se mandou. Ou alguma coisa parecida. Claro que ele não deixou os caras na mão: indicou um guitarrista conhecido dele que tocava um som bacana pra tocar em seu lugar. Um tal de Jimmy Page, já ouviram falar? Pois é, e aí o Page indicou um certo Jeff Beck, mas sobre esses dois eu falo em outra matéria. Claro que eu não ia deixar vocês sem o gostinho dos primeiros passos de Clapton na escalada para o sucesso. Eis The Yardbirds com Eric Clapton na guitarra:

Oh, Louise! Why don’t you hurry home?

Em abril de 65, ele se juntou a John Mayall & the Bluesbreakers. O álbum Blues Breakers with Eric Clapton, um dos álbuns mais influentes de blues-rock da história, começou a transformar Eric Clapton numa figura lendária. A piração era tanta que nego pichava “Clapton is God” pelas ruas de Londres quando o álbum foi lançado. Foi no mesmo álbum, aliás, que a primeira música com Clapton no vocal, Ramblin’ On My Mind. Música, aliás, que você confere aí em baixo.

I got raaaaaaaaamblin’! I got raaaambling on my miiiind!

Em julho de 1966, apenas um ano após entrar nos Bluesbreakers, Clapton cascou fora e formou o Cream. A banda ficou conhecida por suas performances ao vivo. A improvisação mandava na bagaça toda, e, como todo mundo sabe, ou pelo menos DEVERIA saber, Eric Clapton improvisa bem pra caráio. Os caras também tinham bastante do rock psicodélico sessentista, lembrando um pouco gente como Jimi Hendrix, The Animals e Creedence Clearwater Revival. Canções como Crossroads (que nasceu da Cross Road Blues de Robert Johnson) e Sunshine of your Love são até hoje conhecidas pelos amantes do blues e do rock sessentista (e por jogadores de Guitar Hero, no caso da Crossroads). Clapton ainda se sentia tímido demais pra tomar o microfone pra si, mas mesmo assim cresceu como vocalista, cantando em algumas músicas, como a já citada Crossroads, Strange Brew e Badge. A banda lançou quatro álbuns (Fresh Cream, Disraeli Gears, Wheels of Fire e Goodbye) antes de se separar, em 1969. Como todo mundo aqui provavelmente já ouviu Crossroads até de trás pra frente, o vídeo que eu deixo dessa vez é o de Sunshine of your Love.

Tantantantaaan, taaaaaaaaaan taaaan taaaaan, uóóóóun uééééun uóóóóun!

Depois do Cream, Clapton participou do rápido Blind Faith. Não que as músicas fossem rápidas: a BANDA é que foi. Duraram só um álbum, mas mesmo assim fizeram sucesso pra cacete. Mesmo assim, eu vou pular o Blind Faith e falar logo de Derek and the Dominos, se não essa porra não acaba hoje. E, claro, não dá pra falar de Derek and the Dominos sem falar de Delaney, Bonnie & Friends, visto que todos os músicos da primeira banda eram ex-membros da segunda, incluindo Duane Allman, da Allman Brothers Band, que, teoricamente foi um artista convidado pro primeiro disco dos caras. Na prática, por outro lado, dá pra dizer que ele foi integrante da banda, já que ele esteve em todos os álbuns. O grande problema com a banda de Delaney é que o cara e a Bonnie, que, aliás, eram marido e mulher, brigavam toda hora. Depois de um tempo, ninguém aguentou mais aquela putaria, é claro. Nego saiu e fundou a banda que já foi citada duas vezes aqui nesse parágrafo. O álbum deles, Layla and Other Assorted Love Songs, foi lançado em 1970, e é considerado hoje um dos pontos altos da carreira de Clapton, além de um dos maiores álbuns de rock’n’roll de todos os tempos. Uma maravilha, não? A música-título do álbum você confere aí em baixo, mas não com Derek and the Dominos, já que eu achei ela tocada num dueto do Clapton com Mark Knopfler. Se você quer ouvir a original, vá procurar, vagabundo.

Laaaaaaaaaylaaaaaa, you got me on my kneeeeees…

É claro que nem tudo foi bonito e certinho pra Clapton. Enquanto a carreira dele decolava e ele se tornava praticamente uma divindade da guitarra, sua vida pessoal ficava cada vez mais caótica. Seu vício em heroína só começou a ser tratado em 1971, e isso foi o início de uma pausa em sua carreira. Além das drogas, o guitarrista também foi personagem principal de um episódio sobre racismo em 1976, quando, visivelmente chapado, Clapton reclamou do crescimento da imigração na inglaterra, dizendo para o público não deixar o país virar uma “colônia negra”. Foram esses comentários (além de certas ações de David Bowie, também) que deram origem ao “Rock Against Racism” no reino unido. Clapton depois se desculpou, dizendo que na época andava com raiva porque um árabe tinha metido a mão na “poupança” de sua mulher. Compreensível, mesmo porque muita gente faz pior num caso desses. Além disso, seria até estranho que alguém que toca um estilo musical criado por negros desde o começo da carreira fosse racista, ainda mais sendo fã de B.B. King, Buddy Guy e mais uma porrada de negões. Enfim, passados o período da polêmica, o problema com o alcoolismo e as drogas, Eric Clapton começou a se reerguer. No final dos anos 70, o cara criou até um centro de reabilitação, o Crossroads Centre.

Nos anos 80 ele tocou duetos com Jeff Beck, além de participar de uma turnê de Roger Waters, trabalhar na trilha sonora de Máquina Mortífera e mais uma porrada de coisa. O cara tinha voltado de vez. Claro que os anos 80 também teve seus dias ruins: Clapton teve um caso com Yvonne Kelly, estando ainda casado com Pattie Boyd. Os dois acabaram tendo uma filha, Ruth, nascida em 85, mas Clapton só anunciou publicamente que tinha uma filha em 1991. Clapton também teve um caso com a modelo italiana Lory Del Santo, que deu á luz o seu filho Conor, em agosto de 86. Eric Clapton e Pattie Boyd se divorciaram em 1989. Mais tragédia atormentou sua vida no começo dos anos 90, com duas mortes: Stevie Ray Vaughan faleceu em 1990 enquanto estava em uma turnê com Eric Clapton, e, em 1991, seu filho Conor caiu da janela do 53º andar de um apartamento em New York. O sentimento pela partida dos dois acabou se tornando música: Six Strings Down, na voz de Jimmie Vaughan, e Tears in Heaven, na voz de Clapton. A segunda, que é a que nos interessa mais nesta matéria, foi parte da trilha sonora do filme Rush, e ganhou três Grammys. Clapton parou de tocar a música em 2004, dizendo que não sente mais a perda como sentia antigamente, e que, por isso, tocar a música não é mais a mesma coisa.

Além de tudo o que já foi dito aqui, Clapton já tocou com J.J. Cale, B.B. King, Frank Zappa, George Harrison, Carlos Santana, Bob Marley, Buddy Guy, Mark Knopfler, Hubert Sumlin e por aí vai. Eric Clapton toca até hoje, e provavelmente vai ser um dos grandes nomes da música ainda por muito, muito tempo.

Terminando tudo em grande estilo, um clássico de J.J. Cale tocado por Clapton (mais uma vez junto com Mark Knopfler): Cocaine.

She don’t liiiiiiie, she don’t liiiiiiiiiie, she don’t liiiiiiiie… cocaine!

MTV se nega a tocar 50 Cent

Música quinta-feira, 01 de novembro de 2007 – 5 comentários

Bom, a MTV, todo mundo sabe, toca de tudo. Ís vezes, você tem a sorte de ver o seu clipe preferido passando, mas na maioria do tempo, é só aquelas mesmas músicas de sempre. Ela também toca de tudo, sem nenhum preconceito, seja pelo conteúdo do clipe, ou qualquer outro motivo .
MAS, deve ter acontecido algo que deixou a diretoria muito brava, e eles decidiram que não irão passar o mais novo clipe de 50 Cent.
O clipe, com o sugestivo nome de “I Still Kill”, foi decidido que não será exibido na grade de programação da emissora. O motivo que fez com que o clipe fosse negado a ser exibido, é um mistério, ainda não fui atrás dele pra conferir, e nem vou.
Ao descobrir que a emissora não iria passar a música só por causa do seu título, ele soltou um comunicado, que dizia mais ou menos o seguinte:“se bandas com nomes que remetam a matança podem continuar sendo transmitidas, por que só o clipe dele foi banido?” e alterou o nome da faixa para “I Still Will”. grandes diferenças.
Seria uma boa que a MTV brasil tome a mesma decisão, seria meio difícil pra ela, que só é focada nesse público, mas seria a melhor escolha, na minha opinião, e deveriam dar mais espaço para aquele programa que passa as madrugadas, o Lab, focado em clipes mais undergrounds, e que públicos diferentes podem ter maior aceitação.

Britney Spears dá o cano

Música quinta-feira, 25 de outubro de 2007 – 6 comentários

É, você, que acha que só porque ela é um rostinho bonito (cófcófbarangacóf)ela não tem problemas, comece a mudar de opinião. Sabe aquele show de umas semanas atrás, que teve no VMA, e que passou pelo mundo inteiro? Pois bem, depois dele, a carreira de Britney, ou pelo menos o que sobrou dela, voltou ao que era antes. Bem, não totalmente, mas voltou.
Só que, pelo visto, não avisaram ela que ninguém que estava lá dançando era porque gostava das “músicas” dela. Daquela apresentação, nenhum deles viu UM centavo que seja. A maioria que sobreviveu e foi contratado para os outros shows, só foi paga pelas apresentações posteriores. Mas o motivo que pode justificar o não pagamento é bem simples, idiota até. A empresa responsável pela contratação deles, foi “dispensada de seus serviços” dias antes do show. Num pequeno problema de comunicação, não devem ter avisado a equipe, que já estava ensaiada, e prestes a subir ao palco.
Espero que eles sejam pagos, pois aguentar Britney sem que não tenha ninguém pagando, ou é loucura, ou burrice.


gimme, gimme, gimme há, gimme hú, gimme money, bitch!

Últimos lançamentos no mundo do Rock

New Emo quarta-feira, 24 de outubro de 2007 – 2 comentários

Anteriormente por aqui, eu citei na coluna Previsões para os próximos lançamentos no mundo do Rock os álbuns Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters), Black and White Album (The Hives) e Over the Under (Down), expondo a minha previsão de como os álbuns seriam. Eles já foram lançados e devidamente resenhados, como podem ver. Agora é a hora de falar sobre esses álbuns mais uma vez e aproveitar pra colocar os álbuns Era Vulgaris (Queens Of The Stone Age) e Elect the Dead (Serj Tankian) na roda de vocês. Demorô.

FOO FIGHTERS – ECHOES, SILENCE, PATIENCE AND GRACE
Houve um Especial Foo Fighters por aqui momentos antes do lançamento do álbum, e foi do carái. Só que no fim, não valeu tanto a pena assim. O álbum tá… legal. Os caras meio que gostaram dessa de fazer acústicos e fizeram um “faixa sim faixa não”, colocando um som pesado seguido por um som acústico, e por aí vai. Bom, pesado em termos, a faixa mais pesada é a The Pretender, basicamente, e também é a melhor música do álbum. De poucas. Pela primeira vez fiquei decepcionado com o trabalho da banda, tendo em vista que eu já havia desconsiderado o trabalho anterior, Skin and Bones, um acústico ao vivo. Creio que eu seja o único fã a não ter gostado do álbum, mas eu não ligo pra vocês, mesmo.

THE HIVES – BLACK AND WHITE ALBUM
Deprimente. Logo o álbum em que eu botava mais fé pela SONZEIRA Tick Tick Boom, mas esse é realmente o ÚNICO som bom no novo álbum dos caras. Sério, eu diria que foi a decepção do ano. Conheço pouca gente que gosta da banda, até agora não vi nenhuma opinião sobre o álbum além da minha. Mas, sério, os caras deveriam ter parado quando disseram que iam parar, assim que lançaram o álbum Tyranossaurus Hives. Decepção TOTAL.

DOWN – OVER THE UNDER
Um dos poucos álbuns em que eu acertei a previsão: Não foi ruim, mas também não é sensacional. Os caras meio que CHUTARAM o Stoner Rock e agora estão com um lance mais Doom Metal, não é muito a minha praia. Talvez os caras sigam esse estilo daqui pra frente, uma pena, tendo em vista que Phil Anselmo já não tem mais garganta pro Scream, e agora faz um vocal grave. Ílbum bacana, valeu a resenha.

QUEENS OF THE STONE AGE – ERA VULGARIS
O QOTSA é uma das poucas bandas que inovam sem pisar na bola. Ouvir este álbum pela primeira vez foi um soco, eu entrei em pânico pensando que os caras haviam desaprendido. Mas aí eu dei uma chance pros caras e resolvi ouvir pra valer, e fui percebendo que eles haviam experimentado mudanças mais “radicais” dessa vez. Muito melhor que o álbum anterior, mas ainda assim falta algo: Nick Olivieri, Mark Lanegan e Dave Grohl, definitivamente, fazem falta. O primeiro faz mais falta ainda. O líder da banda, Josh Homme, tá empolgado e querendo gravar um álbum novo o quanto antes. Isso me dá medo, mas quem sabe eles voltem ás origens e fazem aquele Stoner Rock de PRIMEIRA de novo?

SERJ TANKIAN – ELECT THE DEAD
Eu não esperava NADA deste álbum. Aliás, esperava MÚSICA ERUDITA, até. Mas não, o cara fez eu calar a boca e mandou ver em um PUTA ÍLBUM FODA, estou pra dizer que é o melhor do ano. Ainda com um toque de System of a Down, o cara fundiu o som pesado com o som calmo, simplesmente fez um trabalho acima do SOAD e me empolgou legal. Sério, eu não esperava algo tão bom, ouçam o álbum para entenderem o que eu to dizendo. Dos cinco citados neste artigo, esse é o mais bem trabalhado, enfim, é o melhor. Vai ser difícil o cara manter a qualidade para possíveis próximos trabalhos. Eu espero que sim, e que ele venha pro Brasil logo.

É isso, aprendi que nunca mais eu devo botar fé em lançamentos. Mas é difícil, confesso, quem sabe um dia eu aprenda e fure meus tímpanos. Agora é só esperar o que está por vir: Metallica, Alice in Chains, Queens of the Stone Age (possivelmente), Ozzy Osbourne (com ou sem Black Sabbath) e AC/DC. Só coisa boa, convenhamos.

Review – In Rainbows (Radiohead)

Música quarta-feira, 24 de outubro de 2007 – 4 comentários

Não vou fazer essa review faixa a faixa, ok? Já tem disso de monte por aí. Vou falar de uma forma geral do álbum, e pensando mais em quem já curte a banda.

Chora emo.

A melhor parte do In Rainbows é uma certa qualidade de transporte pra outros ambientes e cenários, que permeia o álbum todo. Radiohead faz muita música assim, como a “Meeting on the Aisle”, um single antigo deles, absurdamente repetitivo e viajão. Música da qual lembrei muito já na primeira faixa do In Rainbows. Tenho certeza de que esse álbum vai ser ótimo para ser ouvido sob o efeito de tóchicos. Mas não usem dogras crianças. Drugs are bad, you shouldn’t do drugs, como dizem em South Park.

In Rainbows não te pega na primeira audição; é aquele tipo de álbum que te confunde com os sons na primeira vez que você ouve, pois não segue uma harmonia linear, uma forma fácil do começo ao fim das músicas. Do nada surgem scratchs e samplers, que só aos poucos se misturam pra criar a experiência total. Só depois que seu ouvido já conhece a música, e que você retorna a ela, é que você passa a curtir o que está acontecendo. Isso acontece muito com Pink Floyd e outros grupos que investem em complexidade musical.

Aliás esse é provavelmente um forte motivo para explicar o fato de tanta gente não gostar de Radiohead; não é que o som seja “pretensioso”, “esquisito” ou “muderno”, ele simplesmente possui muitas sonoridades e níveis na mesma música, e se vale de efeitos e instrumentos diferentes dos triviais. Estamos acostumados com poucos instrumentos sendo tocados ao mesmo tempo, principalmente quem gosta de rock e metal como eu. Você sai de um Matanza, por exemplo, pra escutar Radiohead, e se auto-provoca uma diarréia mental. O cérebro precisa de um tempo para se adequar á mudança de estímulos.

Radiohead é uma dessas bandas que precisa ser ouvida no fone de ouvido, para ser completamente aproveitada. Eles trabalham muito com alteração dos canais, divisão dos instrumentos e vozes entre esquerda e direita, e as coisas só fazem sentido quando você divide o som entre suas duas orelhas. Essa qualidade está presente em todas as músicas do In Rainbows, um álbum para ser “lido”, da mesma forma que você lê um livro. Pare e sente para escutar o álbum. Preste atenção no que está acontecendo sem distrações á sua volta. Parece frescura? Então pense em alguns exemplos de música clássica. Pense na diferença que você sente quando escuta Beethoven no seu sistema de som e quando a mesma música toca em um elevador. É como se fossem coisas completamente diferentes. Então não culpe a banda se VOCÊ não tem tempo ou paciência para escutar uma música do jeito certo.

In Rainbows é suficientemente criativo para ter um lugar digno na discografia do Radiohead. A única coisa que me incomodou de fato é que nenhuma música do álbum tem “pegada”, nenhuma delas te chacoalha, ou te faz pular diretamente praquela faixa quando você põe o álbum pra tocar. Talvez seja um dos trabalhos mais calmos e melancólicos da banda, possivelmente influenciado pelo The Eraser, o cd solo do Thom Yorke. A faixa mais palatável, mais mastigada do In Rainbows provavelmente é a “Jigsaw Falling Into Place”, ironicamente, a única faixa que não “encaixa” com o resto do álbum. Esses cara gostam de fazer piada interna.

01 – “15 Step” – 3:57
02 – “Bodysnatchers” – 4:02
03 – “Nude” – 4:15
04 – “Weird Fishes/Arpeggi” – 5:18
05 – “All I Need” – 3:48
06 – “Faust Arp” – 2:09
07 – “Reckoner” – 4:50
08 – “House of Cards” – 5:28
09 – “Jigsaw Falling into Place” – 4:09
10 -“Videotape” – 4:39

Bom, In Rainbows é um péssimo álbum para se conhecer Radiohead. Mas uma ótima adição para quem já é fã da banda. E se você gostou do The Eraser, então não tem erro.

Música para se ouvir no convés: Stevie Ray Vaughan

Música terça-feira, 23 de outubro de 2007 – 3 comentários

Em primeiro lugar, o título. Faz algum tempo, o théo tinha falado algo sobre criar títulos pra “séries” de posts sobre música, assim como acontece com o “Filmes bons que passam batido”. O cara até tinha arranjado um nome sagaz e homossexual pra coisa toda. Como eu sou esquecido pra caralho e tenho preguiça de procurar, eu faço do meu jeito, mesmo.

Como alguns de vocês talvez já tenham visto, uma parte dos colaboradores do site já tentou falar sobre blues por aqui, mas o fato é que eles falharam miseravelmente. Era de se esperar, claro, visto que o nível de tanguice do site nos últimos tempos se elevou ás alturas.

Pois bem. Assim sendo, vejo que sou eu quem deve portanto cumprir tal tarefa. A iniciarei, então, trazendo a vocês um dos maiores ícones do blues de todos os temp… não, porra, não é o Eric Clapton, é Stevie Ray Vaughan!

O sétimo entre os cem melhores guitarristas de todos os tempos, segundo a Rolling Stone Magazine (não que isso seja grande coisa. Afinal, uma revista que coloca Frank Zappa atrás de Jack White não merece lá muito respeito), Vaughan, que morreu em 1990 num acidente de helicóptero, é até hoje visto como um homem de respeito dentro da música, influenciando praticamente qualquer um que goste de blues hoje em dia. O cara foi realmente uma lenda, revitalizando bem pra caráio o blues nos anos oitenta.

Stevie, nascido em 1954, começou a tocar guitarra aos oito anos, ensinado por seu irmão, Jimmie. Aos treze anos, o cara já tocava por aí, atraindo a atenção de gente como Johnny Winter. Mas sua primeira banda a gravar alguma coisa mesmo foi a Paul Ray and the Cobras, nos anos 70, que lançou só um single. Em 1975, depois que os Cobras se separaram, ele formou a Triple Threat, com o baixista Jackie Newhouse, o baterista Chris Layton, o saxofonista Johnny Reno e Lou Ann Barton como vocalista. Barton largou a banda em 1978, e Reno fez o mesmo um ano depois. Os três “sobreviventes” continuaram tocando, usando o nome “Double Trouble” para a banda. E foi aí que SRV¹ pegou também o microfone(heh). Tommy Shannon, baixista que tocou com Johnny Winter, acabou tomando o lugar de Newhouse, e em 1982, o Double Trouble lança seu monstruoso primeiro álbum, Texas Flood. O nome te soa familiar, é? Provavelmente essa é mais uma das músicas que você só passou a conhecer graças a Guitar Hero. Bichona.

Um dos traços característicos do som de SRV é o timbre único e inconfundível de sua Fender Stratocaster, com o tremolo invertido, influência de Jimi Hendrix. Nota-se algo de Hendrix também em seu estilo de tocar, que, aliás, é do caralho. E a coisa não para por aí: foi tocando Little Wing, do cara, que SRV levou o GRAMMY em 1993, por melhor performance instrumental de rock. Ce nota que um sujeito é bom quando ele ganha um GRAMMY depois de morto, aliás. Falando em GRAMMYs, o cara levou seis, no total.

Essa imagem tinha 900 pixels de largura, véi. Deu pena ter que reduzir.

Agora, é claro que depois dessa enrolação toda falando sobre o cara, ce quer ouvir ele pirando o bagulho, né? Pois bem, se isso vai te fazer parar de ouvir a porcaria que ce anda ouvindo e te levar pro lado bom da música, aí vai:

Mary Had a Little Lamb. Música do caráio.
Scuttle Buttin’. Provavelmente o vídeo que mais vai te empolgar nessa resenha inteira.

Agora, se isso não te deixa satisfeito, não tem problema: eu, sendo imensamente benevolente, vos deixo aqui a discografia completa de Stevie Ray Vaughan.

¹: Stevie Ray Vaughan, jumento. Ce achou que fosse o quê? “Socialist Republic of VIETNAM”?

Review – Elect the Dead (Serj Tankian)

Música terça-feira, 23 de outubro de 2007 – 7 comentários

Serj Tankian, pra quem não sabe, é o vocalista da banda System of a Down. O cara lançou um álbum solo HOJE, e… AGORA você vai ler a minha crítica sobre o álbum. Bóra?

Empty Walls abre o álbum prometendo um som mais trabalhado que o da banda do cara, prometendo algo realmente diferente (mas nem tanto) e legal. Eu sempre considerei o Serj Tankian como um dos melhores vocalistas do mundo, o cara simplesmente é muito bom. E esta faixa abre o álbum da melhor forma possível, na metade dela você já vai estar socando as coisas ao seu redor, acompanhando a bateria. Desista, você está estragando a música. The Unthinking Majority já lembra mais o som de SOAD, mas como os caras sumiram, você nem vai querer pensar neles, ainda mais com um puta com como esse. Essa faixa é empolgante e muito bem trabalhada, com ritmos variados que vai dar um Nó na sua cabeça de MERDA. Esse som é um hino, quase. Money começa e te faz pensar “PORRA, lá vem merda”, até que você é atingido por um SOCO e aprende a NUNCA subestimar Serj Tankian. Após uma paulada inesperada, o som fica mais calmo e levemente “comercial”. Mas simplesmente sensacional, faixa a faixa o álbum sobe no meu conceito. Espero ficar vivo até o fim do review.

Feed Us começa com violão e abre espaço pra um riff pesado de guitarra, e eu estou com a ligeira impressão de que essa bateria vai fazer algo espetacular. Não exatamente nesta faixa, mas futuramente. Enfim, o som é mais leve que o anterior, mas nada enjoativo. Pelo contrário, o filho da mãe te CHAMA pra acompanhar a letra, praticamente. Saving Us, mais violão, dessa vez um som mais melódico. Do CARÍI, mais um hino pra sua coleção. Vai por mim, o som chega a ser empolgante mesmo SEM SER empolgante. O refrão é pra te deixar rouco. E o baterista tá me convencendo de que eu tava certo. Retiro o que disse, o som É empolgante. Sky Is Over traz um piano na introdução, como Tankian havia prometido. Sinceramente, eu esperava por um álbum de música erudita, até. Mas o cara calou minha boca, e taí mais um som sensacional. O cara teve a manha de unir instrumentos calmos com um som pesado e NÃO fazer algo sem nexo. Eu pararia por aqui, não é mais necessário uma resenha. O cara é bom.

Baby, um som meloso, tranquilo, român…GAH! Não tem jeito, os caras SEMPRE te surpreendem com uma PEDRADA. E que pedrada, este é um dos sons mais pesados do álbum, simplesmente sensacional. Pela primeira vez em uma resenha eu não sei descrever minha opinião, só consigo falar algo como PUTA QUE PARIU, VÉI! Honking Antelope, suspense, muito suspense. Daqueles sons que te faz ficar olhando ao redor e ver se não tem alguém por perto pra te ESFAQUEAR, e é isso que você vai querer fazer: ESFAQUEAR o PUTO que entrar no seu quarto agora e pedir pra você abaixar o som. Simplesmente tranque a porta e quebre o botão de volume antes que você faça alguma merda. Lie Lie Lie começa com uns backing vocals broxantes, mas você já aprendeu a não subestimar o cara, certo? Mais uma pedrada, mantenha sua cabeça longe de objetos pontudos que não sejam sua própria coluna.

Praise the Lord and Pass the Ammunition é um som… perturbador. Lembra do suspense acima? Esqueça, agora você vai entrar em uma crise de pânico. E a porta do seu quarto vai estar trancada. E o botão do volume está quebrado. Então, vire HOMEM, porra. Beethoven’s C*nt já começa quebrando tudo, sem suspense. Mais um som foda, mais um som bem trabalhado, não tem jeito. Eu já estou quebrado, não devia ter me jogado contra a parede, mas enfim, só falta uma faixa. Elect the Dead, calmaria com um toque de suspense e Serj Tankian soltando a garganta. O cara soube surpreender, nada de porrada, nada de bate cabeça. Finalmente um som “calmo”, o cara meio que preparou a gente no álbum INTEIRO pro final. Sinceramente? Um dos melhores álbuns do ano, e eu não esperava nem um pouco. Altamente recomendável, e o cara vai lançar um vídeo pra cada som. Já sabe o que fazer, né? Acompanha o site mais quente da galáxia, só.

Elect the Dead – Serj Tankian
1. Empty Walls
2. The Unthinking Majority
3. Money
4. Feed Us
5. Saving Us
6. Sky Is Over
7. Baby
8. Honking Antelope
9. Lie Lie Lie
10. Praise the Lord and Pass the Ammunition
11. Beethoven’s C*nt
12. Elect the Dead

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