Ouça o álbum novo do The Hives!

Música terça-feira, 13 de novembro de 2007 – 0 comentários

Depois do review deprimente de Black and White Album, fiquei devendo pra vocês um link pra ouvir os sons.

Pois bem, corram pro MySpace da banda, os sons estão por lá. Assim cês vão poder falar que eu estou errado, ou que o álbum realmente está ruim.

Leia mais sobre The Hives clicando aqui.

Covers: 2. Hurt (Johnny Cash)

Música terça-feira, 13 de novembro de 2007 – 1 comentário

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Como a maioria das pessoas que eu conheço, só tive acesso a vida e a obra de Johnny Cash tardiamente, através da coletânea de regravações de grandes nomes do pop rock americano no começo deste século. Apesar do country americano não ser exatamente meu estilo musical predileto, as canções de Cash carregam uma melancolia singular que vão muito além de qualquer outra canção tocada num restaurante de beira de estrada em toda a extensão do Texas.

Hurt é um ode a uma vida cheia de desilusões e decisões equivocadas saída diretamente da cabeça doente do líder do Nine Inch Nails, Trent Reznor. Embora a versão original seja muito boa e interpretada com raiva por Reznor, a versão definitiva é a de Cash, especialmente se você já assistiu a sua cinebiografia Walk the Line (aqui no Brasil lançado como Johnny and June). Desde a morte de seu irmão, passando pela atribulada paixão com June Carter, o vício e sua conseqüente prisão por porte de drogas, além da relação pouco amistosa com seu pai, Johnny Cash sempre foi assombrado por diversos fantasmas. Hurt é seu exorcismo, revelando toda a angústia de um artista atormentado envolta numa bela e triste canção.

Música para se ouvir no convés: Buddy Guy

Música segunda-feira, 12 de novembro de 2007 – 7 comentários

Tendo falado de uma verdadeira lenda da guitarra como Eric Clapton, me sinto obrigado a falar de uma de suas maiores influências. E não só do Clapton, mas de um certo Jimi Hendrix, também, não sei se vocês boiolas conhecem. Subindo mais um degrau na grande linhagem do blues, chegamos a um ótimo showman, que consegue empolgar qualquer um com seus shows. E olha que eu ainda nem tô falando do REI. Nascido em 36, em Lettsworth, Louisiana, Buddy Guy é o assunto de hoje. E, dessa vez, eu vou fazer a coisa AO CONTRÍRIO: Eu vou começar o post já mostrando o cara PIRAR tudo e DEPOIS eu falo sobre ele… apesar de Robert Cray já falar tudo sobre o cara no começo do vídeo. Divirtam-se:

Ya’all can help me sing that, I don’t give a damn!

Esse é o hôme, tocando no Crossroads Festival 2004. Ao lado do Clapton, aliás. A música é Sweet Home Chicago, um clássico do blues. E não adianta esconder: eu sei que você também se empolgou com esse cara tocando essa famosa guitarra com bolinhas, véi.

George “Buddy” Guy cresceu no Louisiana, pressionado pela segregação racial nos EUA, onde tudo era separado para brancos e negros. Seu primeiro contato com uma “guitarra” foi aos sete anos. O instrumento era improvisado: duas cordas presas com os grampos de sua mãe num pedaço de madeira. E foi com esse instrumento que Buddy Guy passou várias tardes na plantação, aprimorando sua técnica. Mais tarde, a coisa começou a melhorar. Guy ganhou um violão acústico Harmony. Eram quatro cordas a mais para se preocupar, e também mais um passo em direção ao sucesso.

No começo dos anos 50, o cara tocava com algumas bandas em Baton Rouge, capital de Louisiana. Mesmo assim, Buddy Guy nunca tinha saído do estado, quando, em 1957, um amigo seu disse “Ce devia trabalhar em Chicago, negão. Lá ce trabalha de dia, toca de noite e ganha tua grana, véi!”. E, claro, entre ganhar seus 28 dólares por semana trabalhando na Universidade Estadual de Louisiana e ganhar uns 70 por semana, tocar de noite e ainda ter a chance de conhecer nomes famosos como Muddy Waters e Howlin’ Wolf, que é que ce acha que o cara escolheu? Pois é, el… claro que não, sua BICHONA! Porra de faculdade o quê, véi! Ele foi tocar, porra! Ele era Buddy Guy, véi! Tinha o mundo pra conquistar! Eu nem sei por que eu ainda faço perguntas pra vocês. Buddy então se mudou para Chicago, onde arrumou um emprego e começou a tocar em bares, sendo bem aceito pela platéia. O cara era realmente carismático, empolgava a negada fácil fácil. E foi em 1958 que o cara conseguiu um contrato de gravação, numa competição com Magic Sam e Otis Rush. Uma beleza á primeira vista, mas ao contrário do que parece, Buddy não passou bons bocados com as gravadoras.

A Chess Records, que contava com artistas como Willie Dixon e Little Walter, além dos já citados Muddy Waters e Howlin’ Wolf, foi também a gravadora de Buddy Guy de 1959 a 1968. Pois é, nove anos sob o selo, e o máximo que fizeram pelo cara foi gravar um único álbum, “Left My Blues In San Francisco”, em 1967. A maioria dos sons mais voltados pro soul, que tava estourando na época. Ou seja, lascaram legal o cara. Claro que eles não deixaram de aproveitar o cara: Buddy Guy era quem tocava a guitarra de acompanhamento para os grandes mestres do blues da Chess, e era sempre o primeiro nome a ser chamado. Enfim, quem quisesse ver Buddy Guy tocando guitarra de verdade tinha que ver seus shows ao vivo, já que a gravadora não ajudava. E foi assim que sua fama se espalhou pela Inglaterra: Foi no “American Folk Blues Festival”, festival inglês dos anos 60, que Buddy Guy foi ouvido por jovens músicos como Eric Clapton, Jeff Beck e os Rolling Stones. Buddy se espantou com o quanto sua guitarra influenciou os ingleses. O cara pirava o bagulho, jogava a guitarra pra lá e pra cá e levava o povo ao delírio. Mas, como ele próprio disse certo tempo depois, “(…)apesar de eu ter tocado em outro continente, em casa eu ainda não tinha uma gravação minha(…)”. O cara achava que o problema era por ele tocar muito alto ou por usar muito feedback, mas aí Hendrix e Clapton estouraram por aí com os mesmos “truques” dele.

Foi então que Buddy deixou a Chess Records, assinando contrato com a Vanguard. E foi aí, também, que Leonard Chess, fundador da gravadora, percebeu a besteira que fez em não ver o quanto o estilo de tocar de Buddy Guy venderia. Assim sendo, a Chess Records acabou lançando muito mais álbuns de Buddy depois que ele SAIU da gravadora. Uma maravilha, não?

Sempre com o sorrisão na cara, véi.

O estilo de tocar guitarra de Buddy Guy é único, variando desde o blues mais puro e tradicional até o jazz experimental aéreo. O cara manda bem não só no blues, mas também no rock, no soul, em tudo. Porra, se ce botar Buddy Guy pra tocar samba, é bem capaz de Adoniran Barbosa REVIVER pra ir no show do cara. No DVD Lightning In a Bottle, de Martin Scorcese, pode-se ver Jimi Hendrix admirado na platéia assistindo Buddy Guy quebrar tudo, e… não, não quebrar tudo como Kurt Cobain fazia, véi. O cara tocava com uma mão enquanto tomava cerveja com a outra, tocava com o pé, com a boca, com o pé na boca, com a boca nas costas, de cabeça pra baixo, lavando o convés, saqueando mouros, enfim, de tudo que é jeito. Se você não se empolga com um show de Buddy Guy, então você não se empolga com NADA. Aliás, você é uma BICHONA ALOPRADA. O cara sempre disse que queria tocar como B.B. King, mas que queria se apresentar como Guitar Slim. Não que você, tanga, conheça alguma coisa de guitarra, claro. O estilo de Buddy é explosivo, passando rapidamente de um solo profundo e lento a uma explosão de velocidade, e se resolvendo na mais profunda expressão do blues, com bends em duas ou três casas, e vice-versa, ou qualquer coisa parecida com isso. Ou diferente. E, é claro, o vozeirão do cara ajuda bastante, também.

Quanto aos prêmios, se é que alguém realmente se importa com isso, Buddy Guy foi introduzido (heh) na Rock and Roll Hall of Fame, pra onde doou aquele seu primeiro violão Harmony, e ganhou cinco Grammys. Agora, perto do que pode ser considerado o maior “prêmio”, isso são só souvenirs: Muddy Waters, pouco antes de morrer, disse a Buddy “Don’t let them goddamn blues die on me”. O cara praticamente passou a tocha do blues pro negão, véi. A Buddy Guy Foundation até hoje paga pelas lápides de músicos de blues já esquecidos, dando a eles o respeito que eles mereciam em vida.

Buddy, hoje com 71 anos, ainda toca em festivais, junto a grandes lendas do blues e do rock, como B.B. King, Eric Clapton, Jeff Beck e Carlos Santana. E mesmo assim você prefere ouvir Franz Ferdinand e Arctic Monkeys. Você é uma vergonha.

Como de costume, eu deixo vocês com mais do cara tocando:

Voodoo Chile. Até o próprio Hendrix pagaria pra ver esse cover.
Um exemplo do estilo explosivo de Buddy, num violão acústico
ORRÔ! Essa aqui eu aposto que ce já ouviu com o SRV tocando, véi.

…ah, claro! Buddy Guy, assim como o Clapton, também gravou com Mark Knopfler. Imagino que ces vejam onde eu quero chegar com isso.

E o próximo “Música para se ouvir no convés” terá uma agradável surpresa, aye? Enfim, imagino que o sobrenome Fogerty não seja desconhecido por vocês… ou pelo menos pelos PAIS de vocês.

Covers: 4. Stairway to Heaven (Foo Fighters)

Música domingo, 11 de novembro de 2007 – 1 comentário

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Veja bem, eu odeio Led Zeppelin.
Ok, me trucidem nos comentários mais tarde.

Mas não tem como não gostar de alguma coisa quando os Foo Fighters decidem ser engraçadinhos. Entoando um dos maiores clássicos das rodinhas de violão em todo o mundo, Dave Grohl além de interpretar uma das músicas gosta, tira com a sua cara, seu chato que fica tocando Stairway to Heaven e bebendo vinho barato que parece Tang de uva e acha que todo mundo gosta de te ouvir.

Esquecendo a letra, perguntando pro bateirista qual é a próxima frase e irritando todos os fãs xiitas de Led Zeppelin, Dave Grohl e seu cover tosco são nossa quarta posição.

Covers: 5. What a Wonderful World (Joey Ramone)

Música sábado, 10 de novembro de 2007 – 1 comentário

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Sem dúvida, um dos covers mais insólitos que já se teve notícia, afinal você pode até imaginar alguém melhorando uma música disco ou um hit grudento da década de 80, mas jamais imaginaria que um dos maiores ícones punks da história se aventuraria na releitura de um clássico do jazz.

Em 2001, Joey Ramone empacotou devidou a um câncer linfático e já no ano seguinte, sem nem esperar o defunto esfriar, aquilo que a gente já está cansado de ver com a carreira de Renato Russo aqui no Brasil aconteceu com o ex-vocalista dos Ramones: um cd póstumo (Don’t Worry About Me) com um catadão de sobras de estúdio, covers e qualquer outro registro vocal no qual pudesse ser inserido o bom e velho “one, two, three, four“.

Apesar de eu ser veementemente contra cds póstumos – acho de uma filhadaputagem sem tamanho ganhar dinheiro nas costas de um cara que já morreu. Se você acha que são criações que o mundo não deveria deixar de ouvir, libere de graça no eMule – Don’t Worry About Me mostra que o cara que queria estar sempre sedado, sabia que thinking to himself, that’s a wonderful world.

Covers: 6. Billy Jean (Chris Cornell)

Música sexta-feira, 09 de novembro de 2007 – 3 comentários

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Há muito, muito tempo atrás, quando Micheal Jackson ainda era negão e ele tinha um nariz, suas músicas eram realmente boas. Não pareciam covers malfeitos da Mariah Carey e ele ainda não pendurava crianças em janelas. Billy Jean era um dos hits que faziam todo mundo rebolar e não ter vergonha de coreografar passos inusitados ou usar aquelas roupas medonhas dos anos 80.

Um pouco depois que a carreira de Jackson começou a ir para o ralo, surgia em Seattle o movimento grunge e com ele nascia também o Soundgarden. Dono de uma voz poderosa, o vocalsta Chris Cornell se tornou um dos ícones do movimento e incutiu grandes sucessos no imaginário popular, como Black Hole Sun e Rusty Cage.

Vinte anos depois, Cornell – que depois do término do Soundgarden formou outra superbanda com os ex-integrantes do Rage Against the Machine, o Audioslave – lançou um álbum solo (Carry On), que além de trazer composições próprias, traz uma releitura da canção de Michael Jackson. Como você vai notar nessa série de posts, geralmente os artistas que fazem os covers adoram a letra, mas acham que a música está muito cheio de firulas e acaba limando todas as frescuras e excessos da versão original. O resultado aqui é uma estranha e introspectiva versão de Billy Jean, mas pelo menos dessa vez você não precisa dar um mau jeito na coluna tentando fazer um passo que você não sabe.

Covers: 7. Chop Suey (Richard Cheese)

Música quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 6 comentários

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

É uma tarefa hercúlea escolher só uma versão dentre as várias pérolas do nosso camarada Ricardo Queijo. Seja Creep (Radiohead) interpretada de maneira feliz e saltitante, People = Shit (Slipknot) acompanhada por um pianinho ou Somebody Told Me (The Killers) com a gravata frouxa, um copo de uísque na mão e uma voz de quem acabou de entornar uma garrafa de Old Eight.

Agora, o que faz a versão de Chop Suey ser tão boa? Você sempre imagina o System of a Down como ativistas revoltados, babando e gritando, castigando suas guitarras e moendo suas baterias e achou que ninguém jamais tiraria onda com esses caras porque eles são um bando de badass motherfuckers. Pois bem, um homem, um destemido rapaz com seu paletó tigrado ousou ir onde ninguém mais teve colhões de ir e… matou todo mundo de rir. Para de ler isso aqui e ouve a versão aí embaixo.

Die, ladies and gentlemen.

Isso não é um Top 10 – Covers

Música quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 5 comentários

Todo mundo tem suas preferências.
Todo mundo gosta de fazer listas.

E todo mundo vai discordar das coisas que você escolher, porque todo mundo é besta.

Como aqui a gente não liga pro que os outros pensam ou deixam de pensar, a gente decidiu fazer uma série dessas listas, com motivos absurdos, critérios escusos e pouca ou nenhuma coerência, mas, é claro – ou talvez por causa disso – sem perder o humor.
Agora que eu sou o vagabundo oficial do site, foi intimado a ser o primeiro a enumerar alguma coisa pra entreter os leitores do Ato ou Efeito e escolhi um tema pelo qual eu fiquei obcecado de uns tempos pra cá: Covers.

Inusitados, engraçados, depressivos, bizarros.
Bandas de splash-gore-black-and-white-motherfuckin’ metal cantando hits radiofônicos de princesinhas do pop. Cantores de casino com ternos tigrados dando uma nova cara a clássicos do rock. A velha geração emprestando uma nova cara a canções da nova era. A gama de combinações é enorme e tem pra todos os gostos, basta escolher sua preferida.

Pra quem quiser discordar da gente, a caixa de comentários é livre, mas vocês só precisam se lembrar de uma coisa:

Isso não é um top 10.

7. Chop Suey (Richard Cheese)
6. Billy Jean (Chris Cornell)
5. What a Wonderful World (Joey Ramone)
4. Stairway to Heaven (Foo Fighters)
3. Baby One More Time (Travis)
2. Hurt (Johnny Cash)
1. I Will Survive (Cake)

MPMB – Música pra macho brasileiro

New Emo quarta-feira, 07 de novembro de 2007 – 9 comentários

Ah, a música de macho. Melhor que música de macho, só aquilo que vem acompanhado com uma mulher, em volta. Vai abrindo a latinha de cerveja aí, vamos ao que interessa, direto ao ponto. Vou citar seis bandas nacionais que vão mudar sua vida, se é que já não mudaram. Como algumas bandas já são óbvias, vamos começar com elas então.

VELHAS VIRGENS
Clássico. A maior banda independente do Brasil, os caras estão aí há um tempo do carái, seu avô só fez seu pai porque descobriu essa banda. Letras vulgares, assuntos vulgares (sexo e álcool, em sua maioria), e uma sonzeira muito boa. Não ouço muito a banda, é realmente difícil achar músicas dela. Não é impossível, eu sei, mas a preguiça sempre fala mais alto. Então, decidi ESTUPRAR a preguiça e explorar a banda pra ver se realmente valia a pena divulgar aqui pra vocês. Pois bem, a letra de Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém é, definitivamente, o HINO dos machos.

Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém – Velhas Virgens

A gente corta o cabelo
Pra ver se come alguém
A gente faz a barba
Pra ver se come alguém
A gente toma banho
Pra ver se come alguém
E até troca a cueca
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A gente arruma emprego
Pra ver se come alguém
E a gente junta dinheiro
Pra ver se come alguém
A gente fica bêbado
Pra ver se come alguém
E ouve papo furado
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A muito tempo sem trepar eu perco a dignidade
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém
A muito tempo sem transar e o desespero invade
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz
Tudo o que a gente faz
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A gente lava o carro
Pra ver se come alguém
E vai aos bares da moda
Pra ver se come alguém
E apura putis-putis
Pra ver se come alguém
Paga dez paus numa breja
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém

É EXATAMENTE isso, principalmente a parte da cueca e do putis-putis. Eu tive que aturar indie, véi. INDIE. Ser macho é uma tarefa realmente difícil, não é atoa que dizem que “pra dar a bunda, tem que ser muito macho”. Obviamente eu discordo, mas é aquela coisa: Macho não é homem. A Bel, integrante do AOE, por exemplo, é mais macho que VOCÊ. E também tem mais peito. Mas enfim, tem um vídeo bem podre desse som aí, dá só uma olhada:

Banda boa. Quer mais? Corre atrás. O álbum desse som é o Cubanajarra, de 2006. Eles também têm MySpace.

MATANZA
Acho que já dá pra pular pra letra.

Clube dos Canalhas – Matanza

Vai chegar de madrugada e ela vai querer saber
Onde foi, aonde esteve, o que foi fazer
Mas á todas as perguntas sabe responder
Tem um plano A e tem um plano B

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e todo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Sabe o quanto é importante não dar muita explicação
Não há nada de extraordinário na situação
O segredo do sucesso é a moderação
ter um dia sim e ter um dia não

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e todo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom.

O hino dos canalhas, obviamente. Sensacional. O álbum é o A Arte do Insulto, de 2006. Eu recomendo todos os álbuns dos caras, eles seguem a linha de letras sobre bebidas, brigas e mulheres, tudo com esse Contrycore SENSACIONAL. Uma das MELHORES bandas do Brasil, sem dúvidas. E olha que os caras são cariocas.

O site dos caras é sensacional.

WANDER WILDNER
É simplesmente o Brega mais macho da galáxia. Falo isso pelas letras do cara, claro. Outro que eu recomendo todos os álbuns, e vou passar a letra de Um lugar do caralho, que é tipo um hino do doidão.

Um lugar do caralho – Wander Wildner

Sozinho pelas ruas de São Paulo
eu quero achar alguem prá mim
um alguém tipo assim
que goste de beber, falar, lsd queira tomar
e curta Sid Barret e os Beatles

Um lugar onde as pessoas sejam mesmo afudê
Um lugar onde as pessoas sejam loucas, e super chapadas
Um lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho

Eu preciso encontrar um lugar legal
prá mim dançar e me escabelar
Tem que ter um som legal
tem que ter gente legal
e tem que ter cerveja barata

Sozinho pelas ruas de São Paulo
eu quero achar alguem prá mim
um alguém tipo assim
que goste de beber, falar, lsd queira tomar
e curta Júpiter Maçã e os Beatles

Um lugar onde tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super chapadas

Um lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho
Um lugar do caralho
Um lugar do caralho

paraparaparananana
paraparaparananana
papapaparanana

Um lugar do caralho
Um lugar… do caralho

A letra é da banda Júpiter Maçã, vale frisar que o cara deu um tapa na letra e, é claro, no som.

A faixa tá no álbum Baladas Sangrentas, de 1996. Dá uma navegada no site do cara, é sensacional, dá pra ouvir os sons do cara por lá. Vale também citar o hino dos Bregas que eu não havia encontrado pra publicar na coluna anterior, Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo:

É EXTREMAMENTE Brega, dá uma olhada na letra:

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo – Wander Wildner

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo
Parece uma grande bobagem mas é o que eu sinto quando estou voando e eu tô voando
Eu fico pelado no quarto vendo a sua foto
Parece uma grande bobagem mas é o que eu faço quando estou de porre e eu tô de porre

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo
Parece uma grande bobagem mas é o que eu sinto quando estou voando e eu eu tô voando
Eu fico pelado no quarto batendo punheta
Parece uma grande bobagem mas é o que eu faço quando estou porreta e eu tô porreta

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

A letra sofreu uma leve editada, como vocês podem ouvir aí. Enfim, Brega também é som de macho, cê acha que o Falcão e o Wando não comem ninguém? Presente procês: Cliquem aqui pra ouvir/baixar os sons do cara.

CAMISA DE VÊNUS
Marcelo Nova é um dos caras mais irreverentes do rock nacional, o cara simplesmente detona. Ele teve a manha de criar o hino dos CORNOS, satirizando as músicas clássicas que VOCÊ conhece que falam de dor de cotovelo e afins.

Sílvia – Camisa de Vênus

Você me diz que não tá mais saindo
Mas eu desconfio que cê tá me traindo

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Vive dizendo que me tem carinho
Mas eu vi você com a mão no pau do vizinho

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Vive dizendo que tá numa boa
Mas veio pra São Paulo dar massagem em coroa

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Você jura e repete que me tem amor
Mas eu lhe flagrei com um vibrador

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Quando eu chego em casa com essa cara de otário
Vejo o zelador, tá dentro do armário

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Eu acho mesmo que você não tem jeito
Pois até o leiteiro anda mamando em seu peito

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!
Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Ô sua puta!

Tipo: Quer ser um CORNO EXPLÍCITO? Então APRENDE. Todo homem que sabe o que quer, pega o pau pra bater na mulher. O álbum desse som é o Viva, de 1986, ao vivo. Os caras têm site e MySpace.

ULTRAJE A RIGOR
Na minha opinião, a melhor banda brasileira da galáxia. Não tem pra ninguém, as letras e o som são SENSACIONAIS, Ultraje a Rigor é daquelas bandas que você deve ir a pelo menos UM show antes de morrer (ou antes que eles morram). Já fui um PUTA fã dos caras, participei do Fanático MTV da banda e… perdi, por ser lento ao apertar o maldito botão. Se fosse uma teta, eu teria ganhado.

Sexo! – Ultraje a Rigor

Sexo!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Me dá Sexo!

Hoje vai passar um filme na TV
Que eu já vi no cinema
Êpa! Mutilaram o filme
Cortaram uma cena…

E só porque
Aparecia uma coisa
Que todo mundo conhece
Se não conhece
Ainda vai conhecer
E não tem nada de mais
Se a gente nasceu
Com uma vontade
Que nunca se satisfaz
Verdadeiro perigo
Na mente dos boçais…

Corri pr’o quarto
Acendi a luz
Olhei no espelho
O meu tava lá
Ainda bem
Que eu não tô na TV
Senão ia ter que cortar…

Uh!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Me dá Sexo!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Vem cá Sexo!

Bom! Vá lá, vai ver
Que é pelas crianças
Mas quem essa besta pensa
Que é prá decidir?
Depois aprende por aí
Que nem eu aprendi…

Tão distorcido
Que é uma sorte eu não
Ser pervertido
Voltei prá sala
Vou ver o jornal
Quem sabe me deixam
Ver a situação geral
E é eleição, é inflação
Corrupção e como tem ladrão
E assassino e terrorista
E a guerra espacial
Socorro!…

Eu quero Sexo! Me dá Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Sexo!
Me dá Sexo! Me dá Sexo!
Eu quero Sexo!

Sexo! Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Me dá Sexo! Me dá Sexo!
Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Sexo!

Sexo! Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Vem cá Sexo! Senta Sexo!
Vem cá Sexo! Me dá Sexo!
Solta Sexo!

Do álbum Sexo!!, de 1987, o hino do Macho que SABE curtir a vida, ou algo do tipo. Sabe o que vale a pena, enfim, por aí. O site da banda é meio parado, e no Ning dá pra ouvir uns sons. Curte hinos? Mas hinos mesmo, um ritmo meio… carnaval, e tal. Se liga no Hino dos Cafajestes, procura aí:

Hino dos Cafajestes – Ultraje a Rigor

Nós, os cafajestes do Brasil
temos como missão cafajestar
queremos nossas esposas prá chifrar
e o povo prá enganar

Filhos nos quatro cantos do Brasil
pensões que nós deixamos de pagar
contamos com o respaldo popular
em qualquer lugar

Canalhas!
em qualquer posto dessa nossa sociedade
os cafajestes do Brasil
podem viver com toda liberdade

Sem mais.

RAIMUNDOS
Eu fiquei na dúvida se devia mesmo encerrar a coluna com essa banda, mas dei uma chance pros caras. A forma em que a formação original da banda acabou foi totalmente anti-macho, mas beleza, os caras têm sons sensacionais.

Tora Tora – Raimundos

Se ela tá gemendo é porque eu sou um cara legal
Se ela tá tremendo é que ela gostou do meu pau
Se ela tá gritando é que ela tá querendo mais
Se ela tá berrando é hora de meter por trás

Tora Tora, é isso aí moleca doida
é que a moçada da minha área só para quando a bola do olho pula fora
O corpo fala tem sensor ativo,
é o que me faz vivo, então se agacha e chupa a rola agora
Bye bye, não conta pro teu pai, essa é a manha da ariranha
tu diz vem ele não vai
Igual cipreste, só compre coisa que preste, eu tô doidão
eu tô á toa terra boa é do nordeste

Se acalma, meu chegado
que o homem já encomendou 10 kilos do prensado,
e tu vai ver que é do bom
Que se eu te mostro o camarão, que eu tenho lá em casa meu irmão,
tu vai dizer:yeah yeah yeah yeah

Não sei porque tu chora sempre, hoje quando o galo cantou e a nossa brenfa não chegou, corte de faca no isopor
Não sei porque eu não tava lá quando o bicho pegou toda a minha brenfa sem pedir licença

A gritaria rindo anuncia a hora,
eu tô cansado eu vou-me embora vôo de volta pro meu lar
Volto prá casa, prá mulher e pros meus filho
mas não largo do gatilho, essa herança é de lascar
Sendo animal preferi ser o predador,
não sei fingir não sou ator, só vou querer o que quiser
O sanfoneiro toca a música da morte,
com a minha eu abro um corte e tu sangra quanto sangue tiver

Tora Tora
ela chegou era da boa, era cheirosa manga-rosa
do jeito que os brasiliense adora adora
Fala mais baixo se dançá tá fudido, e aperta um comprido,
quem aprecia comemora a tora
Vai Trás que é pr’eu ficar em paz,
pode até ser bom demais, só que uma fina assim não faz
Aperta um beck do tamanho desse moleque,
camarão da cabeleira dos cabra que toca reggae

Como troféu de um caçador na sua parede,
37 almas na rede eu levo prá todo lugar
É claro que morrer de tiro ninguém gosta,
então eles grudam nas minhas costas e ficam só me dando azar
Não tem problema minha cabeça tá tranquila,
querem briga façam fila, eu tô aqui e não arredo o pé
Cabra safado em dois tempo te encho de bala
emudeço a tua fala e tu sangra quanto sangue tiver

E aí, tá vivo? O Hino dos comedores do BOPE, véi, meu irmão ouvia essa música no último volume na época em que eu nem sabia por que DIABOS eu tinha aquela coisa que me fazia mijar na cama. Essa faixa tá no álbum Lavô tá Novo, de 1994, um dos MELHORES álbuns da banda. Por falar em melhores, posso encerrar essa porra com um dos MELHORES sons dos caras.

Essa é pra você que gosta de MAMONAS ASSASSINAS e pensa que é MACHÃO. Nem vou passar a letra, se vira aí pra DECORAR ouvindo essa PORRADA o dia inteiro. Enfim, é isso, agora vocês podem perder seu tempo de merda procurando por música boa, até deixo vocês indicarem mais bandas aí nos comentários. Se for pra vir com boiolice, vá ler a coluna de games.

Kiss lança escova de dentes musical

Música terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 4 comentários

Cês devem saber que o Kiss é uma banda que deixou de fazer música (se é que um dia já fez) pra entrar para o mundo das vendas, transformando a banda em marca, tipo a… Xuxa. Vi no ANTI MOFO que os caras lançaram uma escova de dentes chamada Tooth Tunes, que toca Rock and Roll All Nite enquanto você escova os dentes. Na descrição do produto consta que “você vai ouvir a música de DENTRO da sua cabeça”, o que é algo incrivelmente perturbador, ainda se tratando de Kiss.

Se você não gosta de escovar dentes, pode jogar damas, brincar de carrinho ou, sei lá, se perfumar e se fantasiar. O que você prefere?

confira

quem?

baconfrito