O que ouvir na praia?

New Emo quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Cansado de chegar na praia e ficar surdo e puto com aqueles carros que passam a 2km/h do seu lado, com o porta-malas aberto, com um PUTA SOM ALTO tocando… funk? Acha que axé, mesmo com as garotas rebolando, já perdeu a graça? Definitivamente, Jack Johnson de cu é uma hemorróida dupla e inflamada? Tem medo de levar seus cd’s de música erudita pra ouvir por lá achando que não vai combinar NADA? Calma, eu te ajudo.

Não considero a praia como um lugar pra se relaxar. Porra, tem um mar imenso na sua frente, ondas fazendo um barulho do carái, biquinis de todas as cores, tamanhos e formatos e um espaço considerável para se fazer alguma coisa que não seja ficar deitado, lendo um livro. Porra, véi, faz essa sua bunda mole e branca se MEXER.

vs Spy vs Spy

Se sua intenção é curtir algo mais calmo porém dançante, essa banda é uma ótima escolha. Australiana, fez muito sucesso entre os surfistas de lá nos anos 80 e/ou 90, não me lembro bem ao certo. Eu sei que é incrivelmente difícil você encontrar um Australiano por aqui, mas estamos falando de música boa. NINGUÉM vai conhecer a banda, mas ela dá uma boa agitada.

Clarity of mind

Fu Manchu

Partindo para o Stoner Rock agora, uma boa banda se você quer peso, música boa, diferente, dançante e empolgante, tudo ao mesmo tempo.

Evil eye

Taí um som extremamente animador. E outra banda que NINGUÉM vai conhecer. Lembre-se de que você está no meio de pessoas que têm o pior gosto musical da galáxia, você só está fazendo a diferença.

Queens Of The Stone Age

Não sei se você sabe, mas Stoner Rock é o tipo de som que você devia ouvir na estrada. Sim, estrada: Puro barro ou, melhor ainda, um DESERTO. Perfeito pra um rally. Porém, escolhendo bem as músicas, você poderá incluir um pouco mais de… água nisso.

Go with the flow

As garotas que assistem á MTV vão conhecer esse som. E vão puxar assunto com você. Bom, a banda segue o mesmo padrão da de cima, mas aqui você pode contar com sons mais… quentes. (heh)

Dead Kennedys

Se você procura por um som mais desafiador, essa é a banda certa. Não dá pra ouvir Metal na praia, é muito… forçado. Então, que tal uma banda Punk que carrega uma influência Surf Rock em seus riffs?

California Uber Alles

Holiday in Cambodia

Velvet Revolver

Agora, se você quer um som pra detonar os ouvidos de quem estiver na rua, é essa a banda. Velvet Revolver está para a praia como o funk está para a música boa, e o funk está para a praia como o Velvet Revolver está para a música ruim. Entende o que eu quero dizer? Tudo que você precisa é de um som empolgante, dançante e que desvie a atenção de quem está por perto, causando a fúria do filho da puta sem camisa ouvindo aquele insulto á música.

She builds a quick machine

Sucker train blues

Você precisa ser MUITO comedor pra ouvir esse som no último volume. Olha esse último clipe, cara. Ignora o vocalista, eu estou falando das garotas de lingerie, biquini e roupas mínimas. Coloque cada funkeiro em seu devido lugar.

E esse é o som que você coloca quando está chegando.

Monster Magnet

Trazendo o Stoner Rock de volta, só se você não estiver satisfeito com a dica acima.

Powertrip

Tente o som original, ele reforça bem mais a idéia. É pra ter batida? É pra ter esse som.

Ultraje a Rigor

Banda obrigatória para se ouvir na praia. Som dançante, surf rock de primeira. E o melhor: Não há UM axézeiro ou funkeiro que não fique parado com uma merda dessas, por exemplo:

Domingo eu vou pra praia

Porra, sensacional. Não é um dos melhores sons da banda, mas reflete o som que dá certo na praia. Basta soar como um hino. Se sua idéia é juntar a galera, essa banda é obrigatória MESMO.

Nós vamos invadir sua praia

Clássico. Sem mais.

Nada a declarar

Cara, esse é o tipo de som que te transformaria no cara mais FODÃO da praia. Não tem pra ninguém. Quer mais? Então clique aqui.

É isso, procure por mais bandas de Surf Music, Surf Rock, Ska Rock e afins. Posso citar bandas como Os Paralamas do Sucesso, um pouco de Autoramas, Beach Boys se você for chato, quem sabe algumas do Smash Mouth e por aí vai. Repare, fiz recomendações não muito óbvias. O resto é com você.

Agora, se depois de tudo isso você continuar ouvindo Tihuana e afins, meu amigo, vá pegar um bronze no Tietê.

Sertanejo e Moda de Viola – Só Modão

New Emo quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 13 comentários

Bom, a pedidos do leitor Eduardo, que já tá de saco cheio de ver a gente falando só sobre Rock, vou tentar projetar um formato diferente na coluna mais New Emo de todos os tempos. Se tudo der certo, pelo menos a cada duas ou três semanas, prometo falar sobre outros estilos por aqui. É claro que não vai ser bom, mas enfim… eu gostei da idéia. Então, decidi ir longe e falar um pouquinho sobre o lado mais corno da música: O Sertanejo. E um pouco de Moda de Viola.

– Tá precisando trocá o óleo, né?
– É, sô, to sim.
– ó, eu tava falando da caminhonete. Tá, mentira.
– Uai.

Sem querer avacalhar, as letras mais conhecidas na cena Sertaneja retratam traição e corno-mansice. Porém, algumas são tão clássicas que você esquece da letra. Sabe o que é irônico? Tiozões (seu pai, por exemplo) veneram o Sertanejo e te criticam por gostar de músicas internacionais. “Você nem sabe o que eles estão falando. Eles podem estar xingando você!” – clássico. Porra, e eles ENTENDEM que eles estão se dando mal repetindo aquela corno-melação-de-cueca toda e reclamam DA GENTE, que faz curso de inglês. Sacanagem.

Mas eu prefiro os clássicos não-corníferos.

Merda. Não achei o vídeo de Coração Sertanejo (Chitãozinho & Xororó) no Youtube. Mas achei Saudade da Minha Terra:

Aquela choradeira era legal. Boa parte da minha infância eu cresci ouvindo Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano, meus pais tinham todos os discos desses putos. Mas clássico de verdade, o que era realmente bom, era com meu tio: Tonico & Tinoco.

Tristeza do Jeca. Esse som para os Sertanejos está como I Fought the Law para os Punks: todo mundo gravou. Acho que a versão de maior sucesso foi com Chitãozinho & Xororó, e a mais recente é com Zezé di Camargo & Luciano. Se eu não me engano, até o Daniel já gravou essa música. E/Ou o Sérgio Reis. Ah, os dois.

Rei do Gado, participação de Tião do Carro. Seja lá quem for ele. Outro som regravado por Chitãozinho & Xororó, aliás. Cês merecem um ESPECIAL Tonico & Tinoco, boas… curiosidades sobre a dupla. Sério, assistam isso e reparem na parte em que a Hebe Camargo é… surpreendida.

A Moda de Viola, obviamente, influenciou muita gente que faria nascer um novo estilo: Sertanejo. Seria uma mistura de Moda de Viola com Country, pegando a essência de um e o ritmo do outro, respectivamente. É claro, um Country reciclado e nacionalizado.

Quem nunca ouviu essa? Fuscão Preto, véi, Trio Parada Dura. Puta clássico. Dava gosto ouvir isso, todo mundo gostava. Mas hoje em dia, a coisa mudou drasticamente. O novo Sertanejo:

E nem é tão recente assim. Leandro & Leonardo, Pense em Mim. Letra incrivelmente deprimente. É claro que bem antes disso já existiam letras assim, mas os CLÍSSICOS daquela época (veja bem, Tonico & Tinoco é da década de 40) não chegavam nem perto dos clássicos contemporâneos. Brasileiro é chifrudo e gosta de admitir, é essa a conclusão. Então, minha cisma com o Sertanejo é essa, e sempre será essa. A melhor parte são as poesias, lembranças da terra natal, saudades de alguma gordinha, enfim, RAÍZ, véi. Se liga nessa parceria:

As Andorinhas, com Xororó, Daniel e Zezé di Camargo. Outra choradeira clássica. Enfim, taí um tipo de coisa que nunca passou pela minha cabeça antes: O dia em que eu faria uma coluna sobre Sertanejo, sem esculhambar. Mas não se iludam, eu não sou fã, não tenho coleções e não ouço nada; todo meu conhecimento no assunto veio da minha infância e o contato com a mídia. Rádio, manja? Até hoje meus pais escutam isso, entre outras “novidades” (leia PORCARIAS). É nostálgico, e não considero vergonhoso admitir que algumas músicas são boas. Se eu fizesse uma pesquisa mais profunda, ou se existissem mais vídeos no Youtube, eu faria uma puta coletânea pra vocês viajarem em um som desconhecido pra maioria de vocês. Cara, se um dia você achar algum vinil de Moda de Viola, pegue-o. As letras (e não o português) daquela época eram sensacionais comparadas ás de hoje em dia. Se você é TANGA e gosta de ler e escrever poesias, a recomendação é válida. Eu odeio poesias, mas admito quando algo é bom. Então, fico por aqui com a coluna mais inesperada de todos os tempos.

The Darkness versão menos gay – Stone Gods

Música terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Pra quem não sabe, o The Darkness foi uma banda que bombou lá pra 2003, com o hit I Believe in a Thing Called Love. Deprimente, porém, era salvo por ser uma sátira do Hard Rock dos anos 80. Mas o som dos caras nunca foi uma sátira – SEMPRE foi um som empolgante pra cacete. ó aí:

Eles eram tipo um Massacration gringo. Mas é uma pena que uma banda com esse potencial não se leve a sério, não é mesmo? Enfim, o fato é que o vocalista Justin Hawkins saiu da banda, se afundando em drogas. A cara da banda já era, enfim. Impossível colocar alguém no lugar desse cara.

Então, os membros da banda colocaram o IRMÃO de Justin, Dan Hawkins, no vocal. Assim, só faltava mudar o nome da banda para… Stone Gods. Hoje em dia eles estão aí, obscuros, tocando em qualquer lugar, mas fazendo um som MENOS deprimente. Vocal mais grave, mas você fica se perguntando se o cara quer parodiar/plagiar Bruce Dickinson ou se inspirar no Brian Johnson. Ou fazer um mix dos dois. Preste atenção, visite o Myspace dos caras e ouça os trechos de dois sons que eles disponibilizam por lá. Coisa boa.

Ostia – O novo clipe do Sepultura

Música terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Sepultura é a banda mais insistente que eu conheço, os caras não param. Com um som relativamente diferente, taí um clipe do último álbum da banda, o Dante XXI, que é a “tilha sonora do livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri”. Ostia é um som pesado, puxado para o New Metal principalmente pela falta de um solo de guitarra. Mas não se assuste: O som é bom.

E o clipe também, bacana. Porém, não dá pra acreditar que você tá ouvindo Sepultura. Pelo menos pra mim é difícil aceitar que a banda de Roots Bloody Roots perdeu seus principais membros e faz esse som hoje em dia.

Review – Born Into This (The Cult)

Música segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 1 comentário

The Cult é uma banda… bacana. Sei lá, os tempos mudaram “um pouco”, acho que o som dos caras teria que mudar pra se encaixar nessa época. E foi o que aconteceu.

Born Into This abre o álbum de uma forma dançante, já marcando também que o que eu disse acima é verdade. Som bacana, vocal e música casaram bem, destaque para o baixo. Citizens lembra um Foo Fighters mais lento e sem gritaria, em alguns trechos. Isso você considera bom ou ruim? Bom, eu considero razoavelmente bom, até porque essa comparação é totalmente “por acaso”, nada demais. Enfim, o som se torna um pouco enjoativo por ser meio repetitivo e… lento, mas nada que me faça dizer que o som é ruim. Não que eu goste de baladas. Já com Diamonds eu posso ser mais direto: Som chato. Muito New Rock pro meu gosto, acho que comparar The Cult a uma banda indie não é muito aceitável. Vez ou outra uma certa animação surge do som, mas nada esconde a influência broxante.

Dirty Little Rockstar foi um dos melhores sons de 2007, mas não há muito o que se falar sobre ele. Uma certa empolgação tradicional da banda e um ritmo musical novo, acho que é essa a definição desse som. Holy Mountain assusta: Violão e voz grave. Não, não é uma música assustadora, só é… inesperada. Dispensável. I Assassin não traz nada de novo além do já visto, tornando o álbum meio monótono. Som bacana, mas não dos melhores. “Sem sal”, é como dizem. Illuminated, mesma coisa. Mas nem tanto, ao menos o refrão é daqueles “grudentos”. Ian Astbury canta bem pra cacete, temos que admitir.

Tiger In the Sun muda um pouco a situação, mas ainda sem inovação. Talvez eles não quiseram diferenciar muito pra manter um “padrão”, o que é bom em alguns casos. Se falando em The Cult, talvez seja, tendo em vista que a banda é dos anos 80 e seria PECADO cometer alguma mudança sonora. Bom, isso eles já fizeram, mas é a questão do tempo. Ao menos não exageraram em apenas um álbum. Por ironia do destino, Savages inova, trazendo um pouco mais de animação e um vocal viciante. Principalmente pelo refrão. Som dançante e bem trabalhado, ótimo pra quem queria um pouco de animação. Diminuindo um pouco a animação sem deixar o lado dançante de lado, Sound Of Destruction encerra um álbum médio e que passaria batido assim como todos os álbuns das bandas daquela época passam hoje em dia. São RARAS as exceções. Há um outro cd, Bônus, com alguns demos, mas acho que esses eu deixo pra você escutar SEM a minha interferência. Confesso não ser fã de Cult, apenas admirador. Se você é fã, tá esperando o que pra deixar sua opinião sobre o mais recente álbum dos caras?

Born Into This – The Cult
1. Born Into This
2. Citizens
3. Diamonds
4. Dirty Little Rockstar
5. Holy Mountain
6. I Assassin
7. Illuminated
8. Tiger In the Sun
9. Savages
10. Sound Of Destruction

Gene Simmons vai vender água mineral

Música segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Sim, o vocalista e baixista da banda mais comercial de todos os tempos, Kiss, registrou a marca Gene Simmons Wet, que será usada em uma… água mineral PERSONALIZADA. O que seria isso? Tenho medo de pensar. Só consigo imaginar isso:

Pra quem não sabe, o Kiss lançou uma escova de dentes musical. É por essas e outras que eu REALMENTE tenho medo do que possa significar “água mineral personalizada”.

Review – Kill to get Crimson (Mark Knopfler)

Música segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Cá estou eu, entrando nessa onda de resenhar os bagulhos de 2007 que ainda faltavam. E, bom, já era pra eu ter resenhado esse álbum faz algum tempo. Acontece que eu só consegui ouví-lo semana passada. Agora chega de conversa fiada, vamos á review:

Em primeiro lugar, acho que não existe necessidade nenhuma de dizer quem é Mark Knopfler. Muito menos depois de eu já ter feito isso aqui. Mas sempre vale lembrar que o cara é ótimo, e ainda não decepcionou os fãs da boa música. E eu não acho que algum dia ele vá chegar a decepcionar, aliás. O disco foi lançado em setembro de 2007 e chegou ao 26º lugar na Billboard, se é que eu não me enganei. Como já é de costume aqui no site, lá vai a análise música a música.

True Love Will Never Fade, single lançado na europa, abre o álbum com uma levada bem country, que fica ainda mais evidente quando a voz inconfundível de Knopfler começa a cantar. O refrão a duas vozes dá o toque final, e, assim, o disco se inicia com uma bela canção. Muito bacana.

Terminada a música, começa, de um modo bem suave, a balada The Scaffolder’s Wife, que já tem uma pegada completamente folk. Os instrumentos de sopro causam um efeito interessante na música, e o tom nostálgico da música, junto com a voz tranqüila de Mark, fazem com que você se sinta quase na presença de um bom contador de histórias. E contar boas histórias através da música é algo que Mark Knopfler sempre soube fazer, e muito bem.

Falando em histórias, The Fizzy And The Still segue um pouco a mesma linha. Aqui a coisa volta a ter um tom mais country que folk, e o tom melancólico da canção deixa essa coisa toda de contar história muito bonita. Quer dizer, é bem difícil hoje em dia encontrar quem cante uma história triste tão bem com poucas palavras. Não existe mais muita gente que transforme esse tipo de coisa em música: geralmente o que fazem são choradeiras irritantes, lembrando bebês cagados querendo chamar a atenção. Não é o caso de Mark Knopfler. Nunca foi, aliás.

Heart Full Of Holes – uma das músicas mais brilhantes do álbum – começa lembrando de relance a bela Why Worry, ainda da época do Dire Straits. Talvez pelo começo sereno, ou pelas linhas iniciais (“You can tell me your troubles/ I’ll listen for free”, e por aí vai), mas a coisa vai crescendo aos poucos, e passa de uma simples canção calma a uma grandiosa canção sobre vida, morte, o tempo e o mundo, e muito mais, talvez. O modo sereno com o qual Knopfler fala das próprias tristezas e dos problemas do mundo mostra tanto lucidez quanto prontidão pra enfrentar a vida. Mais uma coisa difícil de se ver hoje em dia. Não dá pra duvidar da genialidade do cara depois de uma jóia dessas.

Um pouco mais adiante no álbum, temos We Can Get Wild. Tanto a parte instrumental quanto a voz soam quase como um tema de faroeste, e isso acaba combinando com a letra, que é mais positiva. O refrão (“Listen up, right here/ It’s gonna be a beautiful year”) tem aquela simplicidade que as letras do cara sempre tiveram. O tipo de coisa que soa simples, mas, mesmo assim, muito bonito e poético, sabe? Enfim, vale á pena ouvir.

Secondary Waltz é exatamente o que o título diz: Uma valsa. Três por quatro numa levada dançante, com cordas e tudo mais. Tudo isso com uma forte influência country. Me pareceu até uma das músicas mais calmas dos Pogues, só que sem os sopros, e sem o Shane. Como todas as outras, também uma música muito bacana.

A sétima música é Punish the Monkey, que também virou single, dessa vez nos EUA e no Canadá. A percussão no início me lembrou bastante Ride Across The River, que você pode ouvir no álbum Brothers In Arms, do Dire Straits. E eu também vou usá-la pra ilustrar melhor essa review. Melhor que ler sobre a música é ouví-la:

Let It All Go tem uma ótima letra sobre a própria arte e sobre oportunidades. Ao mesmo tempo em que o refrão soa quase sarcástico – “Go, forget it, let it all go, let it all go” parece ter o efeito contrário no ouvinte, como se o cara dissesse “vá, homem, seja imbecil e jogue fora o sonho da sua vida” -, ela, de um modo bastante sutil, alerta sobre as dificuldades de se viver de arte. Isso se nota mais quando se imagina a música cantada por um pai preocupado, que quer que o filho não se perca ao trocar a vida comum e estável por uma vida arriscada de sonhos, mas quando se imagina o próprio Mark Knopfler tocando, dá pra sentir todo aquele negócio de jogar fora as oportunidades. Enfim, mais uma ótima letra, e mais uma ótima música.

Behind With The Rent soa diferente das músicas até agora. É algo mais urbano, bem mais pro jazz do que todas as outras músicas do álbum. O timbre de guitarra característico do Knopfler tá aí, bem como o teclado já clássico nas músicas dele. Põe pra tocar que essa é boa.

Quase terminando o álbum, ouvimos The Fish And The Bird. Mais uma balada contando uma história, dessa vez através de metáforas. Isso me lembra aquele negócio que dizem sobre a arte, sabe? O livro depois de escrito não pertence mais ao escritor. A interpretação do mesmo depende só do leitor, e aquela coisa toda. Desnecessário dizer que a música é muito boa.

Mark Knopfler começa a penúltima música, Madame Geneva’s, com o verso “I’m a maker of ballads right pretty”. Você já me convenceu disso, Mark. E depois dessa eu nem sinto necessidade nenhuma de comentar a música.

Quanto á música que fecha essa maravilha (In The Sky), me lembro de ter ouvido um certo huno dizer que o sax nela fez a bagaça lembrar aquelas músicas do Kenny G. As que vivem usando pra fazer propaganda de professor de português, sabe? E cá estou eu, ouvindo a música mais uma vez, pra tentar discordar dele…

…a desgraça é que eu concordo. O cara realmente deu uma escorregada aí. Ele já usou sax em muita música e sempre ficou melhor do que isso aí. Enfim, a música não é ruim, mas o sax realmente ficou deprimente. Ponto pro Huno.

No fim das contas, o cara lançou um ótimo cd. Claro que você não vai gostar nada se ouvir a bagaça esperando ouvir um som pesadão pra caralho. Mas o disco é uma verdadeira maravilha, véi. Quem curte Dire Straits provavelmente não vai se desapontar com o trabalho do cara.

AC/DC quebra nossas pernas: Não vai ter álbum novo

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Bom, é o que Danny Keenan, da Albert Records, disse. Segundo o cara, os caras da banda mais espetacular de todos os tempos têm esperança de que um álbum novo seja gravado, mas que é mentira os boatos de que eles já estavam no estúdio. Danny ainda reforçou, lançando a seguinte frase:

“Se você me perguntar se eles estão em estúdio hoje, eu posso dizer que não estão. Se você me perguntar se eles estavam em estúdio semana passada, eu posso te dizer que não estavam. Se você me perguntar se eles estarão em estúdio semana que vem, eu posso te dizer que não estarão.”

É de quebrar as pernas, ainda mais pra quem estava na expectativa. O último trabalho dos caras foi em 2000, com o álbum Stiff Upper Lip. No ano passado eles lançaram um DVD TRIPLO para colecionadores, o Plug Me In. Na boa? Essa de esperança não cola. Esperança é com os FÃS, véi, e a gente tem CERTEZA de que esse álbum vai sair. Pra mim, esse papo aí é só pra diminuir a pressão, vai ver eles queriam fazer uma surpresa e a notícia vazou. Tomara. E morra quem deixou vazar.

Review – Teletransporte (Autoramas)

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Sinceramente, eu gosto muito de alguns sons dos caras. Eles são bons, isso é fato. Porém, esse cd meio que deixou na mão. Enfim, vamos á critica.

Mundo Moderno, sonzeira tradicional dos caras, abre o álbum com… a animação dos caras. Tudo normal até então, são os caras “andando na linha”. Fazer Acontecer é um som… chato. Um ritmo levemente eletrônico e meio cru, parece que falta algo, sei lá. Comparada á primeira música, esse som é de um nível bem ruim. Quando você lê o nome A 300 Km/h, o que você imagina? Um som acelerado, empolgante. Mas não: O som é lento, clichê e… INDIE. Cara, essa banda tem baladinhas geniais, mas essa é broxante. Marketeiro conta com um riff tradicional, porém, o resto da banda faz dos versos algo monótono. O refrão é bacana, mas a música em si não é das melhores. Levemente dançante, e só.

Hotel Cervantes, um dos melhores sons de 2007, apesar de não levar muito a cara da banda, é um som bacana com a letra viciante e o ritmo bem Surf Rock. Faltou algo, mas ainda assim o som é dos melhores. Já Cansei de te Ouvir Falar traz o vocal feminino que é absolutamente sensacional. Cara, essa mina canta demais, a voz dela é orgasmática. O som segue a linha dos caras, é dançante e bem trabalhado. Porém, a parte que o Gabriel canta não é muito boa. Identificação é outra baladinha broxante, principalmente pelo refrão. Ouvir “Foi meio DEPRÊ” foi MUITO deprê, cê não faz noção. Enfim, nessa altura do campeonato, você já perde as esperanças de sons que possam salvar o álbum.

Surtei tem um começo estranho e um refrão mais estranho ainda. Pelo menos o refrão é pesado, mas enfim, som sem sal. Eu Mereço segue a linha de sons sem sal, fazendo eu insistir em algo: Tá faltando alguma coisa. Som sem muita empolgação ou novidade. Eu não mereço um som desses. Muito Mais traz, de leve, a cara da banda: Som animado, dançante. Porém, se torna repetitivo em uma parte, como se eles tivessem feito a música e pensado “Porra, ficou muito curta. Vamos dar um jeito de aumenta-la!”, ou algo do tipo. Cadê a essência?

Digoró é um som experimental, eu diria. Um conto, não há bem ao certo um ritmo. Gosto de sons assim, e, no fim, há uma explosão Punk do nada. Bacana. Panair do Brasil é um som instrumental, bem Surf Music. Eu sempre digo que a melhor música instrumental é a Surf Music, e não é diferente aqui. Mas eu prefiro as mais animadinhas, e essa é bem lenta. O Inesperado devia ser o nome desse álbum, mas enfim, mais um som tradicional. Nenhuma novidade, só um pouco mais de destaque no baixo. De resto, som dançante. Guitarrada encerra o álbum com uma surpresa: Outro som instrumental, Surf Music, mas com uma batida africana, sei lá, algo que me desagradou e muito. E é essa minha impressão final do quarto álbum de uma das melhores bandas do Brasil: Um dos piores álbuns de 2007.

Teletransporte – Autoramas
1. Mundo Moderno
2. Fazer Acontecer
3. A 300 Km/h
4. Marketeiro
5. Hotel Cervantes
6. Já Cansei de te Ouvir Falar
7. Identificação
8. Surtei
9. Eu Mereço
10. Muito Mais
11. Digoró
12. Panair do Brasil
13. O Inesperado
14. Guitarrada

Ouça um trecho do novo single do Cavalera Conspiracy

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 1 comentário

PEDRAAAAAADA, véi. Acesse o site da banda Cavalera Conspiracy e ouça um trecho de Sanctuary, que será lançada como single no dia 3 de Março.

A banda é formada pelos irmãos Max (vocal e guitarra) e Iggor Cavalera (bateria), ambos ex-Sepultura, contando também com Marc Rizzo (guitarra), Joe Duplantier (baixo) e a participação especial do baixista ex-Pantera e atual Down Rex Brown e de Richie Cavalera (Incite).

O álbum de estréia da banda, Inflikted (veja a tracklist aqui e a capa aqui), será lançado no dia 24 de Março (Europa). Depois de ouvir essa PAULEIRA, puta merda, a ansiedade só aumenta. Promessa do ano, véi.

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